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RELATÓRIO - Experimento VI

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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas

Experimento VI
Preparação e Padronização de uma solução de 𝐻2 𝑆𝑂4 0,01 mol/L.

BRUNA LETÍCIA DE FREITAS HOLANDA


DÉBORA CRISTINA BRAGANTE COSTA
JONATHAN JOSÉ COSTA CARVALHO
RAÍSSA DOS SANTOS SILVA

Maceió – AL, 28 de Setembro de 2023.


BRUNA LETÍCIA DE FREITAS HOLANDA
DÉBORA CRISTINA BRAGANTE COSTA
JONATHAN JOSÉ COSTA CARVALHO
RAÍSSA DOS SANTOS SILVA

Experimento VI
Preparação e Padronização de uma solução de 𝐻2 𝑆𝑂4 0,01 mol/L.

Relatório requerido pelo Professor Alan


John Duarte de Freitas da disciplina de Química
Analítica Quantitativa para a obtenção de nota
parcial no curso de Química Subsequente - 3°
período.

Maceió – AL, 28 de Setembro de 2023.


SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................... 4
1.1. ÁCIDO SULFÚRICO .......................................................................................... 4
1.2. TITULAÇÃO ...................................................................................................... 4
1.3. PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÕES ................................................................... 5
2. OBJETIVO ................................................................................................................. 6
2.1. OBJETIVO GERAL ............................................................................................ 6
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 6
3. MATERIAIS, EQUIPAMENTOS, REAGENTES E SOLUÇÕES ........................... 7
4. METODOLOGIA ......................................................................................................... 8
4.1. PREPARAÇÃO DA SOLUÇÃO DE𝐻2 𝑆𝑂4 0,01 mol/L ...................................... 8
4.2. PADRONIZAÇÃO DA SOLUÇÃO DE 𝐻2 𝑆𝑂4 0,01 mol/L ................................ 8
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................. 10
6. CONCLUSÃO............................................................................................................. 16
7. REFERÊNCIAS.......................................................................................................... 17
8. ANEXO ....................................................................................................................... 18
1. INTRODUÇÃO.
1.1. ÁCIDO SULFÚRICO.
Ácido sulfúrico é o nome comercial da solução aquosa de sulfato de hidrogênio, cuja
fórmula é 𝐻2 𝑆𝑂4 . Esta solução contém cerca de 97% em massa dessa substância, ou seja, é
praticamente a substância pura. Cabe destacar que, assim como todas as substâncias ácidas,
ele é solúvel em água e a sua dissolução é um processo que libera muito calor, um processo
exotérmico (FOGAÇA, [s.d.]).
O grau de ionização desse ácido é muito elevado, cerca de 61% dos seus hidrogênios
são ionizáveis, o que significa que ele é um ácido forte. Além disso, ele também é corrosivo,
pois o ácido sulfúrico tem um poder oxidante e desidratante muito forte, sendo capaz de
carbonizar compostos orgânicos, como hidrato de carbono (carboidratos) (FOGAÇA, [s.d.]).
O ácido sulfúrico possui amplas aplicações, sendo que uma das mais conhecidas é o
seu uso como eletrólito em baterias de chumbo usadas em automóveis. Nas indústrias, o ácido
sulfúrico é a substância química mais utilizada, entre as suas aplicações, cita-se seu uso na
produção de fertilizantes, como superfosfatos e sulfato de amônio, na produção de papel,
corantes, fibras de raiom, medicamentos, tintas inseticidas, explosivos e outros ácidos, além
de ser usado também nas indústrias petroquímicas para o refino de petróleo e na síntese de
sulfato de alumínio, na produção de ácido clorídrico, além de ser um agente coagulante
utilizado no tratamento de água, de floculação (FOGAÇA, [s.d.]).
O ácido sulfúrico é classificado como um dos ácidos mais perigosos que existem,
devido ao seu poder corrosivo e desidratante. Em contato com a pele, o ácido pode provocar
queimaduras graves por meio de uma reação de desidratação, decompondo proteínas,
carboidratos e lipídios presentes na pele e nos músculos. Os vapores liberados pelo ácido
sulfúrico também são bastante prejudiciais, principalmente se inalados em grandes
quantidades, provocando irritação dos olhos e das vias respiratórias (FERREIRA, [s.d.]).
Por esses motivos, deve-se tomar muito cuidado ao manipular ácido sulfúrico e
armazená-lo de forma correta, em recipientes de vidro (uma vez que, dependendo da
concentração do ácido, ele pode derreter o plástico) e com a devida rotulação da sua
concentração (FERREIRA, [s.d.]).

1.2. TITULAÇÃO.
Segundo DIAS, [s.d.] A titulação é um procedimento laboratorial utilizado para
determinar a concentração em quantidade de matéria (ou a concentração em mol/L) de uma
solução que contém um ácido ou uma base. Durante a titulação, sempre ocorre uma mistura

4
de solução contendo solutos diferentes com ocorrência de reação química. O processo para
determinar a concentração molar de uma solução desconhecida durante a titulação depende
dos seguintes fatores:
● Conhecer a concentração molar da solução que será misturada a desconhecida;
● Conhecer o volume da solução de concentração desconhecida;
● Conhecer o volume da solução conhecida.

1.3. PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÕES.


Segundo Filho (2020), padronização é um procedimento que permite determinar a
concentração exata de uma solução, geralmente para usá-la em uma análise volumétrica
(quantitativa). Consiste em fazer uma titulação da solução preparada, em relação a um padrão
primário (ou secundário). Com base nos volumes e na massa do padrão primário (ou
concentração de padrão secundário) utilizados, é possível calcular a concentração molar exata
da solução.
Dessa forma, existem muitas maneiras de expressar a concentração de uma solução e
por isso é tão importante a padronização de medidas. A obtenção de resultados confiáveis
exige que se conheçam os conceitos fundamentais, indispensáveis para qualquer
procedimento analítico.

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2. OBJETIVO.
2.1. OBJETIVO GERAL.
Preparar e padronizar uma solução de 𝐻2 𝑆𝑂4 0,01 mol/L.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS.


● Determinar a concentração exata de soluções aquosas diluídas de ácidos e bases fortes,
utilizando-se a titulação;
● Utilizar reações químicas (reações de neutralização para determinar a concentração de
ácidos fortes e bases fortes);
● Utilizar indicadores ácido-base para identificar o ponto de equivalência na titulação;
● Efetuar cálculos envolvendo concentração de soluções.

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3. MATERIAIS, EQUIPAMENTOS, REAGENTES E SOLUÇÕES.
● Suporte universal;
● Garra para bureta;
● Bureta de 50 mL;
● Balão volumétrico de 250 mL;
● Erlenmeyer de 100 mL;
● Béqueres de 50 mL;
● Bastão de vidro;
● Etiqueta;
● Funil médio;
● Pipeta volumétrica de 25 mL;
● Pipeta graduada de 25 mL;
● Pêra para sucção;
● Papel toalha;
● Frasco reagente em polipropileno;
● Pisseta com água destilada;
● Solução de Hidróxido de sódio 0,02 M padronizada;
● Ácido Sulfúrico Concentrado;
● Fenolftaleína 1%.

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4. METODOLOGIA.
4.1. PREPARAÇÃO DA SOLUÇÃO DE 𝐻2 𝑆𝑂4 0,01 mol/L.
Inicialmente o frasco do reagente foi limpo com papel absorvente para evitar
contaminação, foi posto 50 mL de água destilada em um béquer para diluir o ácido sulfúrico
concentrado, o processo deve ser feito na capela de exaustão. Com uma pipeta graduada de 1
mL foi retirado 1 mL de 𝐻2 𝑆𝑂4 concentrado e deste 0,15 mL foi colocado em um béquer com
água destilada. Foi realizada a solubilização com bastão de vidro em um volume pequeno,
com funil de vidro transferiu-se o volume para um balão de 250 mL e foi feita uma lavagem
quantitativa. Avolumou-se o balão até o menisco, direcionado à altura dos olhos para não
ocorrer risco de erros. Quando chegou próximo ao menisco, foi feito o acréscimo de água
destilada com conta-gotas, para evitar perder a solução e refazer o procedimento. Finalizando,
fechou-se o balão e homogeneizou a solução a solução a 0,01 mol/ litro de ácido sulfúrico, a
solução foi transferida para o frasco em polipropileno.

4.2. PADRONIZAÇÃO DA SOLUÇÃO DE 𝐻2 𝑆𝑂4 0,01 mol/L.


Antes de começar a análise, foi realizado um teste de vazamento para saber se a
torneira da bureta não estava vazando, o teste foi feito com pequeno volume de hidróxido de
sódio (sempre colocar o becker embaixo caso haja vazamento) feito isso, realizou-se a
ambientação da bureta, adicionando um pouco mais de hidróxido de sódio, virando e fazendo
movimentos com a solução na bureta, certificando-se que está ambientada. Depois da
ambientação da bureta, posicionou-a na garra do suporte universal, certificando que está
posicionado e que não há vazamentos. Com auxílio de um béquer, adicionando a solução de
NaOH, transferiu-se para a bureta, certificando que não há bolhas e acertando o volume no
zero. Posicionando o erlenmeyer no suporte, colocando o fundo branco, para uma melhor
visualização da viragem do indicador.
Com o auxílio de uma pipeta, foi retirado do frasco em polipropileno 25 mL de
H2SO4 sendo direcionado para o primeiro erlenmeyer, o mesmo procedimento foi feito duas
vezes nos outros dois erlenmeyers, nos três erlenmeyer foi adicionado três gotas de
fenolftaleína que foi o indicador utilizado, e homogeneizaram-se as soluções.
Na primeira mudança de cor, o processo deve ser feito lentamente para evitar erros,
caso o valor do titulante na bureta não seja suficiente, deve-se esgotar o valor da bureta e
aferir o menisco novamente até os 50 mL e continuar a titulação. A bureta foi cheia
novamente em cada uma das 3 alíquotas, realizando o gotejamento da solução NaOH na

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solução de 𝐻2 𝑆𝑂4 e persistindo por 30 segundos, chegando ao fim da titulação. Anotando o
volume da solução de NaOH que foi consumido, para cálculo de concentração. Ao fim das
titulações, descartaram-se as amostras, realizando a limpeza dos materiais.

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5. RESULTADOS E DISCUSSÕES.
Com base nos procedimentos realizados mediante o que foi solicitado em roteiro,
foram realizados os cálculos exibidos a seguir.

 Cálculo da molaridade de 𝑯𝟐 𝑺𝑶𝟒 presente no frasco.


Para isso utilizaremos a Relação entre t%, d, C e MM, da seguinte forma:

𝐭% 𝐱 𝐝 𝐱 𝟏𝟎𝟎𝟎
𝑪á𝒄𝒊𝒅𝒐 =
𝐌𝐌
Onde:
 t% = Teor em massa;
 d = Densidade;
 MM = Massa molar.

Substituindo os valores, teremos:

Dados importantes do H2 SO4 :


 MM = 98,08 g;
 t% = 95% a 98%;
 d = 1,83 g/mL;

0,95 x 1,83 x 1000 1738,5


𝐶á𝑐𝑖𝑑𝑜 = = = 𝟏𝟕, 𝟖 𝐦𝐨𝐥/𝐋
98,08 98,08

 Cálculo de quantos volumes de 𝑯𝟐 𝑺𝑶𝟒 são necessários para o preparo da


solução:
Inicialmente precisamos compreender que foi realizada uma diluição do ácido
concentrado. A diluição é um método importante que visa diminuir a concentração a valores
que possam ser passíveis de manipulação. Cabe destacar que a diluição tem a finalidade
apenas de diminuir a concentração ao acrescentar um solvente, em sua grande maioria água
destilada, mas não altera a sua massa.
A maioria dos laboratórios possui as soluções armazenadas em uma concentração mais
alta, principalmente para evitar a contaminação dos seus reagentes. Por isso, fazem as
diluições de acordo com a demanda e necessidade para determinado experimento.

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Nesse sentido, por estarmos utilizando um ácido concentrado, faz-se necessária a sua
diluição. E, por meio da equação 1 conseguimos determinar a alíquota de ácido sulfúrico a ser
transferida para o preparo de 250 mL de solução.

Equação de Diluição
𝑪𝟏 𝒙 𝑽𝟏 = 𝑪𝟐 𝒙 𝑽𝟐 (Equação 1)
Onde:
 𝑪𝟏 = Concentração atual;
 𝑪𝟐 = Concentração desejada;
 𝑽𝟏 = Volume inicial;
 𝑽𝟐 = Volume final.

Substituindo os valores,

Dados:

 𝑪𝟏 = 17,8 mol/L (encontrada anteriormente);


 𝑪𝟐 = 0,01 mol/L;
 𝑽𝟏 = O que eu quero descobrir;
 𝑽𝟐 = 250 mL.

17,8 𝑥 𝑉1 = 0,01 𝑥 250


0,01 𝑥 250 2,5
𝑉1 = = = 0,14
17,8 17,8
Obteremos um volume de,
𝑽𝟏 = 𝟎, 𝟏𝟒 𝒎𝑳 (𝑑𝑒 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑠𝑢𝑙𝑓ú𝑟𝑖𝑐𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 250 𝑚𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 ).

Cabe destacar que, para esse experimento, o roteiro pedia 0,28 mL para 500 mL de
solução, diminuindo a solução para a metade desse valor, a quantidade de reagente também
seria dividida pela metade, sendo de 0,14 mL.
Contudo foram pipetados 0,15 mL da solução, estabelecendo uma margem de erro de
0,01 mL.

 Equação da reação ocorrente entre o hidróxido de sódio e o ácido sulfúrico:

𝟐 𝑵𝒂𝑶𝑯 + 𝟏 𝑯𝟐 𝑺𝑶𝟒 ↔ 𝟏 𝑵𝒂𝟐 𝑺𝑶𝟒 + 𝟐 𝑯𝟐 𝑶

É interessante destacar a relação estequiométrica de 2:1 entre os reagentes na


reação, onde, cada mol de ácido sulfúrico reage com dois mols de hidróxido de sódio.

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Tanto a base quanto o ácido são caracterizados reagentes “fortes”, e isso está
relacionado ao seu grau de ionização. Sendo o ácido sulfúrico um ácido forte, os seus dois
hidrogênios (prótons) são ionizáveis, ou seja, todos os dois hidrogênios participam da reação.
Como a interação entre um ácido e uma base resulta na formação de sal e água, nesse caso,
por termos a interação de um ácido forte com uma base forte, obteremos como produto um sal
neutro e moléculas de água.
Nesse sentido, para cada mol de ácido sulfúrico é necessário dois mols de hidróxido de
sódio. Uma vez que, um mol de ácido sulfúrico resulta em dois hidrogênios ionizáveis e um
mol de hidróxido de sódio resulta em uma hidroxila ionizável.
Agora que conseguimos determinar a estequiometria da reação podemos calcular a
concentração de ácido sulfúrico de nossa solução.

 Cálculo da concentração da solução de ácido sulfúrico.

Partiremos do princípio estequiométrico, relembrando:

1 mol de ácido reage com 2 mol de base

Por isso, iniciaremos os cálculos descobrindo a quantidade de mols de hidróxido de


sódio utilizados na titulação. Para isso vamos utilizar a equação 2, que relaciona o número de
mol com o volume da solução em questão utilizada.

Equação de molaridade
𝐧
𝐌= (Equação 2)
𝐯

Onde:
 n = Número de mol;
 v = Volume.

A padronização foi realizada em triplicata, e os dados obtidos foram organizados no


quadro 1.

Quadro 1: Molaridade e volumes de NaOH.


Molaridade do NaOH (mol/L) Volume de NaOH (mL) Volume de NaOH (L)

0,0197 mol/L 74 mL 0,074 L

0,0197 mol/L 74,4 mL 0,0744 L

0,0197 mol/L 73,9 mL 0,0739 L

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A partir dos dados do quadro 1, poderemos determinar o número de mol de hidróxido
de sódio, utilizando a equação de molaridade.
Como,
𝐧
𝐌=
𝐯

O número de mol pode ser a multiplicação da molaridade do regente (concentração)


pelo seu volume utilizado,
n=Mxv

Substituindo os valores obteremos,


𝒏𝑨 = 0,0197 𝑥 0,074 = 0,0014578 = 𝟏, 𝟒𝟓𝟕𝟖 𝒙 𝟏𝟎−𝟑 𝒎𝒐𝒍
𝒏𝑩 = 0,0197 𝑥 0,0744 = 0,00146568 = 𝟏, 𝟒𝟔𝟓𝟔𝟖 𝒙 𝟏𝟎−𝟑 𝒎𝒐𝒍
𝒏𝑪 = 0,0197 𝑥 0,0739 = 0,00145583 = 𝟏, 𝟒𝟓𝟓𝟖𝟑 𝒙 𝟏𝟎−𝟑 𝒎𝒐𝒍

A partir do número de mols encontrados de NaOH podemos determinar o número de


mols do𝐻2 𝑆𝑂4 e consequentemente a concentração da solução preparada.
Lembrando que,
1 mol de ácido reagente com 2 mol de base

Sendo assim, basta apenas dividir por dois a quantidade de mols do hidróxido, da
seguinte forma:

Equação de molaridade para o ácido


𝒏𝒃𝒂𝒔𝒆
𝑴á𝒄𝒊𝒅𝒐 = 𝟐
𝑽á𝒄𝒊𝒅𝒐

Calculando a molaridade para cada, obteremos:

1,4578 𝑥 10−3
2 0,7289 𝑥 10−3
𝑴á𝒄𝒊𝒅𝒐−𝑨 = = = 𝟎, 𝟎𝟐𝟗𝟏𝟓𝟔 𝐦𝐨𝐥/𝐋
25 𝑥 10−3 25 𝑥 10−3

1,4657 𝑥 10^ − 3
2 0,73285 𝑥 10−3
𝑴á𝒄𝒊𝒅𝒐−𝑩 = = = 𝟎, 𝟎𝟐𝟗𝟑𝟏𝟒 𝐦𝐨𝐥/𝐋
25 𝑥 10−3 25 𝑥 10−3

1,45583 𝑥 10−3 𝑚𝑜𝑙


2 0,727915 x 10−3
𝑴á𝒄𝒊𝒅𝒐−𝑪 = = = 𝟎, 𝟎𝟐𝟗𝟏𝟐 𝐦𝐨𝐥/𝐋
25 𝑥 10−3 25 x 10−3

Calculando a média das concentrações obteremos:

̅ = ∑ 𝐱𝐢 = 0,029156 + 0,029314 + 0,02912 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟗𝟏𝟗𝟔 𝐦𝐨𝐥 ≅ 𝟎, 𝟎𝟐𝟗𝟐 𝐦𝐨𝐥/𝐋


𝐗 𝐧 3 𝐋
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 Determinação do fator de correção.
O fator de correção é determinado pela relação entre a concentração real e a
concentração teórica, ou seja, a concentração calculada e a concentração esperada da solução,
conforme a seguinte equação:
[𝑪]𝒓𝒆𝒂𝒍
𝑭𝒄 =
[𝑪]𝒕𝒆ó𝒓𝒊𝒄𝒂

Onde:
 Fc = Sigla para fator de correção;
 [𝑪]𝒓𝒆𝒂𝒍 = Concentração calculada = 0,0292 mol/L;
 [𝑪]𝒕𝒆ó𝒓𝒊𝒄𝒂 = Concentração esperada = 0,01 mol/L.

Substituindo os valores, obteremos:

𝟎, 𝟎𝟐𝟗𝟐
𝑭𝒄 = = 𝟐, 𝟗𝟐
𝟎, 𝟎𝟏

Observando o resultado encontrado percebemos que este foi maior do que o desejado.
Muitas conclusões e justificativas podem ser abordadas para que a solução preparada não
esteja no valor esperado. Contudo, cabe destacar que a solução foi diluída a um valor de
concentração bem menor em relação à concentração do ácido presente no frasco.
Nadja Maria Sales de Vasconcelos, em seu livro “Fundamentos de Química Analítica
Quantitativa”, descreve que, qualquer medida que envolva o conjunto: objeto a ser
investigado, o método utilizado e quem vai observar, está sujeita a erros e incertezas, que
podem ocorrer em apenas um fator, em dois ou nos três fatores.
Os erros são classificados em Determinados ou Sistemáticos. Os erros determinados
podem estar relacionados com as operações, ou seja, com as manipulações no decorrer da
análise, que podem advir da negligência ou da inexperiência do operador. Alguns exemplos
são: transferência inadequada de reagentes, contaminação da amostra a ser analisada, dentre
outros. Além disso, em se tratando de inexperiência, os erros determinados podem estar
relacionados com a dificuldade do observador em fazer a leitura correta dos dados.
Na titulação alguns cuidados são essenciais:
 Manusear a bureta com cuidado;
 Evitar danificar o conjunto da ponta e da torneira porque danos e vazamentos nessas
áreas podem e irão alterar o desempenho e os resultados;

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 Registrar com precisão as leituras de volume final e inicial, lendo a parte inferior do
menisco da solução;
 Não drenar a bureta além da marca mais baixa;
 Lembrar de agitar a amostra enquanto titula;
 Não derramar a amostra fora do béquer/frasco evitando que o conteúdo da bureta caia
para fora do copo.

A segurança dentro do laboratório também é algo essencial, principalmente ao se


manusear buretas, ácidos e bases. Para isso é recomendado sempre o uso de equipamentos de
proteção, individual, para evitar possíveis acidentes (DHARMADHIKAR & HARRIS, 2016).
Além disso, cabe destacar a importância de conhecer as propriedades físico-químicas
dos reagentes utilizados. Por exemplo, o hidróxido de sódio é um reagente relativamente
instável e a sua concentração muda com o tempo. Dessa forma, para garantir a precisão dos
resultados analíticos é importante verificar periodicamente a sua concentração. Pois, se a
concentração mudou, ela deve ser reajustada ao valor original e o novo valor de concentração
(ou normalidade) é o que deve ser utilizado nos cálculos (DHARMADHIKAR & HARRIS,
2016).
Portanto, para a química analítica, seguir devidamente as etapas para o preparo de
soluções é imprescindível, pois minimiza os erros e consequentemente os resultados
esperados são alcançados.

15
6. CONCLUSÃO.
Assim, para o preparo de uma solução de 250 mL de ácido sulfúrico (H2SO4) 0,01
mol/L utilizou-se o volume de 0,15 mL de H2SO4 para a diluição, a fim de melhor
manipulação para a padronização, com uma margem de erro de 0,01 mL, uma vez que foi
solicitado pelo roteiro o volume de 0,28 mL para 500 mL de solução diminuindo pela metade
tais valores. Com a relação estequiométrica de 2:1 entre o ácido sulfúrico e o hidróxido de
sódio (NaOH) utilizado na padronização, tem-se que cada 1 mol de ácido sulfúrico reage com
dois mols de hidróxido de sódio.
Sendo a padronização realizada em triplicata, determinou-se o número de mol de
NaOH para cada volume gasto na bureta durante a titulação para a determinação do número
de mols do H2SO4 em uma alíquota de 25 mL e, assim, determinar também a concentração
da solução preparada. A molaridade do ácido sulfúrico foi de aproximadamente 0,0292 mol/L
obtido da média das concentrações e o fator de correção foi de 2,92 em uma solução com
concentração esperada de 0,01 mol/L.
Temos o valor do fator de correção excedido o esperado em decorrência de alguns
fatores tais como: a diluição da solução teve um valor de concentração menor comparado a
concentração do ácido contido no frasco; inexperiência do operador no procedimento em
momentos cruciais como transferência de reagentes e vazamentos na bureta, pois mesmo
tendo cautela no manuseio do ácido sulfúrico, por ser um ácido corrosivo e desidratante, um
erro pode ser crucial e gerar queimaduras em contato com a pele; além de erros de leitura e
manuseio durante a titulação. Desse modo, a concentração da solução de ácido sulfúrico foi
definida, pôde ser observada a relação estequiométrica da reação e analisado os possíveis
erros na determinação da concentração.

16
7. REFERÊNCIAS.

DHARMADHIKARI, M. & HARRIS, T. Preparing Standard Sodium Hydroxide


Solution. Midwest Grape and Wine Industry Institute, 2016.
DIAS, Diogo. O que é titulação?. Brasil Escola. Disponível em:
<https://m.brasilescola.uol.com.br/amp/o-que-e/quimica/o-que-titulacao.htm>. Acesso em: 27
de setembro de 2023.
FERREIRA, Victor. Ácido Sulfúrico. Manual da Química. Disponível em:
<https://www.manualdaquimica.com/curiosidades-quimica/acido-sulfurico.htm>. Acesso em:
27 de setembro de 2023.
FILHO, Hayrton. A padronização das soluções em análises químicas. Revista AdNormas,
2020. Disponível em: https://revistaadnormas.com.br/2020/06/23/a-padronizacao-das-
solucoes-em-analises-quimicas>. Acesso em: 27 de setembro de 2023.
FOGAÇA, Jennifer. Ácido Sulfúrico. Mundo Educação. Disponível em:
<https://mundoeducacao.uol.com.br/amp/quimica/acido-sulfurico.htm>. Acesso em: 27 de
setembro de 2023.

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8. ANEXO

Lista de Exercícios:

1. Expresse a concentração de 𝑯𝟐 𝑺𝑶𝟒 em termos de Normalidade e T%.


 NORMALIDADE.
O termo normalidade é frequentemente usado na química ácido-base. O peso
equivalente de um ácido é definido como o peso molecular dividido pelo número de
moléculas reagentes (hidrogênios de uma molécula de ácido na reação).
Vamos relembrar a equação de reação entre o ácido sulfúrico e o hidróxido de sódio.

𝟐 𝑵𝒂𝑶𝑯 + 𝟏 𝑯𝟐 𝑺𝑶𝟒 ↔ 𝟏 𝑵𝒂𝟐 𝑺𝑶𝟒 + 𝟐 𝑯𝟐 𝑶

Em nossa equação acima podemos ver que temos o ácido e a base reagindo para
formar um sal e água, e que eles reagem igualmente. O ácido dá 1 H+ para cada OH dado pela
base. Portanto, para cada mol de H+ é necessário 2 mol de OH.
Para ácidos define-se um peso equivalente como o peso molecular dividido pelo
número de H+ doado por molécula, conforme a seguinte equação:

𝐌𝐌
𝐄𝐪𝐠 =
𝐱
Onde:
 𝑬𝒒𝒈 = Equivalente em gramas;
 𝑴𝑴 = Massa molar do ácido sulfúrico (98,08 g);
 𝒙 = Número de hidrogênios ionizáveis (2 𝐻+ ).

Substituindo os valores,
𝐌𝐌 𝟗𝟖, 𝟎𝟖
𝐄𝐪𝐠 = = = 𝟒𝟗, 𝟎𝟒 𝐠
𝐱 𝟐

A Normalidade é expressa pela seguinte equação:

𝐦𝐠
𝐍=
𝐧𝐄𝐪𝐠 𝐱 𝐕

Onde:
 N = Normalidade;
 𝒎𝒈 = Massa utilizada;
 𝐧𝐄𝐪𝐠 = Número de equivalente em gramas;
 𝐯 = Volume (L).

18
O número de equivalente em gramas é determinado por outra equação:
𝐦𝐠
𝐧𝐄𝐪𝐠 =
𝐄𝐪𝐠

Onde:

 𝒎𝒈 = Massa utilizada;
 𝐧𝐄𝐪𝐠 = Número de equivalente em gramas;
 𝑬𝒒𝒈 = Equivalente em gramas;

Substituindo os valores podemos determinar o equivalente em gramas:


𝐦𝐠
𝐧𝐄𝐪𝐠 =
𝟒𝟗, 𝟎𝟒 𝐠
Determinando a quantidade em mol, temos que,
1 L de solução ---------- 0,029 mol de 𝐻2 𝑆𝑂4 (concentração encontrada)

0,25 L de solução ---------- X mol de 𝐻2 𝑆𝑂4


X = 0,00725 mol de 𝐻2 𝑆𝑂4
Determinando a massa temos que,
1 mol de 𝐻2 𝑆𝑂4 ------------ 98,08 g
0,00725 mol de 𝐻2 𝑆𝑂4 ----------- X g
X = 0,71108 g de 𝐻2 𝑆𝑂4

Substituindo o valor que faltava,


𝟎, 𝟕𝟏𝟏𝟎𝟖 𝐠
𝐧𝐄𝐪𝐠 = = 𝟎, 𝟎𝟏𝟒𝟓 𝐍 𝐨𝐮 𝐞𝐪. 𝐠/𝐋
𝟒𝟗, 𝟎𝟒 𝐠

 T% - TÍTULO EM MASSA OU EM VOLUME.


Título ou porcentagem em massa é a relação (razão) entre a massa do soluto e a massa
da solução.
Título ou porcentagem em volume é a relação (razão) entre o volume do reagente e o
volume da solução.
Ele não tem unidades e pode ser expresso também em porcentagem. Nesse caso é só
multiplicar o resultado por 100%.
Utilizamos um reagente líquido, então determinaremos o percentual em volume, pela
seguinte equação:
𝑽𝒐𝒍𝒖𝒎𝒆 𝒅𝒐 𝒓𝒆𝒂𝒈𝒆𝒏𝒕𝒆 𝟎, 𝟏𝟓
𝑻% = = = 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟔 𝒙 𝟏𝟎𝟎 = 𝟎, 𝟎𝟔%
𝑽𝒐𝒍𝒖𝒎𝒆 𝒅𝒂 𝒔𝒐𝒍𝒖çã𝒐 𝟐𝟓𝟎

19
2. Apresente as reações químicas envolvidas.

Ver terceiro tópico de Resultados e discussão sobre “Equação da reação ocorrente


entre o hidróxido de sódio e o ácido sulfúrico”, pág 11 e 12.

3. Calcule o volume médio da titulação.

̅ = ∑ 𝐱𝐢 = 73,9 + 74 + 74,4 = 𝟕𝟒, 𝟏 𝐦𝐋


𝐗
𝐧 3

4. Calcule a concentração real do 𝑯𝟐 𝑺𝑶𝟒 , determine o fator de correção e explique


sua importância.

Ver quarto e quinto tópicos de Resultados e discussão sobre “Cálculo da


concentração da solução de ácido sulfúrico” e “Determinação do fator de correção”, pág.
12,13 e 14.

5. Determine o desvio padrão.

Fórmula do Desvio Padrão

̅ )2
∑(𝑋𝑖 − X
𝑆= √
𝑛−1
Dados necessários:
𝑴á𝒄𝒊𝒅𝒐−𝑨 = 0,029156 mol/L
𝑴á𝒄𝒊𝒅𝒐−𝑩 = 0,029314 mol/L
𝑴á𝒄𝒊𝒅𝒐−𝑪 = 0,02912 mol/L

Média das concentrações:

̅ = ∑ 𝐱𝐢 = 0,029156 + 0,029314 + 0,02912 = 0,029196 mol ≅ 𝟎, 𝟎𝟐𝟗𝟐 𝐦𝐨𝐥/𝐋


𝐗 𝐧 3 L

Cálculos:

∑(|0,029156 − 0,0292|)2 + (|0,029314 − 0,0292|)2 + (|0,02912 − 0,0292|)2


𝑆=√
3−1

(0,000044) 2 + (0,000114)2 + (0,00008)2


𝑆=√
2

1,939 𝑥 10−9 + 1,2996 𝑥 10−8 + 6,4 𝑥 10−9 2,1335 𝑥 10−8


𝑆=√ √ = √1,06675 𝑥 10−8
2 2

𝑺 ≅ 1,0329𝑥 10−4 𝑥 100 = 𝟎, 𝟎𝟏𝟎𝟑𝟐𝟗 %


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6. Determine o erro e o erro percentual.

Fórmula de Erro Absoluto


𝑬𝒂𝒃𝒔 = |𝑬𝒆 − 𝑬𝒗 |

Substituindo os valores, temos que,

𝑬𝒂𝒃𝒔 = |0,0292 − 0,01| = 𝟎, 𝟎𝟏𝟗𝟐

Fórmula de Erro relativo


𝐸𝑎𝑏𝑠
𝑬𝒓 =
𝐸𝑣

Substituindo os valores, temos que,

0,0192
𝑬𝒓 = = 1,92 𝑥 100 = 𝟏𝟗𝟐%
0,010

7. Explique o porquê de ter que ser adicionado o ácido à água, e não ao contrário.

Mistura é a junção de duas ou mais substâncias, sejam elas simples, sejam compostas,
sem que ocorra uma transformação química desses compostos. As propriedades físicas das
misturas, como densidade e temperatura de fusão e de ebulição, serão diferentes das
substâncias puras envolvidas nesse sistema.
As misturas diferenciam-se, principalmente, pelos seus aspectos físicos, como o
aspecto visual e temperaturas de ebulição e fusão, que podem ser fixas ou variáveis.
As misturas podem ser homogêneas quando estas apresentam apenas uma fase, ou
seja, não é possível distinguir os componentes que as constituem, ou heterogêneas, quando
estas apresentam duas ou mais fases, permitindo a distinção de seus componentes.
Uma das maiores dúvidas quando se fala de mistura de substâncias é se o ácido deve
ser adicionado à água, ou a água deve ser adicionada ao ácido. Quando o ácido se dissolve em
água, ocorre uma grande liberação de calor, que faz com que a quantidade de calor da mistura
aumente. Dessa forma o procedimento correto é sempre adicionar o ácido na água e em
pequenas quantidades. Se a água for adicionada ao ácido, essa evapora rapidamente, levando
consigo algumas partículas de ácido que podem entrar em contato com pele e mucosas, e
causar irritabilidade no local, resultando até mesmo em uma queimadura, ou até mesmo
causar uma pequena explosão.
Por isso, nunca deve se adicionar água no ácido, mas sempre o ácido na água, em
pequenas quantidades e lentamente, evitando reações perigosas e possíveis danos.
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