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Atividade Material Questões

Flashcards Desempenho Anotações

Resumo de Figuras de linguagem:


aspectos fonético e sintático

Figuras de Linguagem: Fonética e


Sintática.
Passar uma mensagem usando apenas as
regras do português e de sua gramática é
relativamente simples, e às vezes muito
monótono. Existem estratégias usadas
pelo autor ou falante que dão ao texto
mais originalidade e expressividade, as
chamadas figuras de linguagem. É quase
impossível participarmos de uma conversa
sem recorrer a uma ou outra dessas
figuras, algumas já estão profundamente
incorporadas à nossa língua, tanto que mal
notamos que são figuras de linguagem.
São artifícios bastante comum em obras
literárias, musicais e poéticas, e o uso
destes recursos pode transformar uma
frase ordinária em algo original.
Classificação
As figuras de linguagem podem ser
classificadas em quatro grandes grupos, e
a divisão se dá em relação a aspectos
fonológicos, semânticos ou sintáticos das
palavras em que o recurso foi utilizado.
Elas podem ser figuras de som, de palavra,
de pensamento ou de construção.
Figuras de som, fonéticas ou sonoras
As figuras sonoras são recursos muito
utilizados em poemas e músicas e, por seu
caráter expressivo, proporcionam ao leitor
uma experiência sinestésica.

As figuras sonoras combinam os sons às palavras,

provocando no leitor uma experiência auditiva

extremamente agradável
Na língua portuguesa existem
determinadas figuras de estilo que
combinam elementos sonoros e que são
bastante utilizadas em textos, discursos e
poemas. Essas figuras são representadas
por fonemas com objetivos simbólicos e
têm a intenção de soar agradavelmente
aos nossos ouvidos.
Chamamos de figuras sonoras aquelas
que estão relacionadas com os aspectos
fonéticos e fonológicos das palavras. São
elas: aliteração, assonância, paronomásia
e onomatopeia.
A aliteração consiste na repetição de um
fonema para sugerir acusticamente algo
que temos em mente. Observe o exemplo
no trecho da música “Ode ao rato”, de
Chico Buarque:
“(...) Rato
Rato que rói a roupa
Que rói a rapa do rei do morro
Que rói a roda do carro
Que rói o carro, que rói o ferro
Que rói o barro, rói o morro
Rato que rói o rato
Ra-rato, ra-rato
Roto que ri do roto
Que rói o farrapo
Do esfarra-rapado
Que mete a ripa, arranca rabo
Rato ruim
Rato que rói a rosa
Rói o riso da moça
E ruma rua arriba
Em sua rota de rato (...)”.
A assonância consiste na repetição
proposital de sons vocálicos idênticos ou
semelhantes. Observe o exemplo no
poema Aos principais da Bahia chamados
os Caramurus, de Gregório de Matos:
“(...) A linha feminina é carimá
Moqueca, pititinga, caruru
Mingau de puba, e vinho de caju
Pisado num pilão de Piraguá.(...)”
A paronomásia consiste no emprego de
palavras parônimas, cuja sonoridade é
semelhante, apesar de apresentarem
significações diferentes. Observe o
exemplo na música Qualquer coisa, de
Caetano Veloso:
“(...) Berro pelo aterro
Pelo desterro
Berro por seu berro
Pelo seu erro
Quero que você ganhe
Que você me apanhe.
Sou o seu bezerro
Gritando mamãe (...)”.
A onomatopeia consiste no emprego de
um fonema em uma palavra com a
intenção de descrever acusticamente um
objeto pela ação que exprime,
frequentemente traduzindo vozes dos
animais ou os sons das coisas. Observe o
exemplo no poema O relógio, de Vinicius
de Moraes:
Passa, tempo, tic-tac
Tic-tac, passa, hora
Chega logo, tic-tac
Tic-tac, e vai-te embora
Passa, tempo
Bem depressa
Não atrasa
Não demora
Que já estou
Muito cansado
Já perdi
Toda a alegria
De fazer
Meu tic-tac
Dia e noite
Noite e dia
Tic-tac
Tic-tac
Dia e noite
Noite e dia.
O emprego das figuras sonoras tem como
principal objetivo explorar a musicalidade
presente nas palavras, especialmente
quando essas se combinam a outras,
produzindo efeito não apenas sonoro, mas
também de sentido, despertando
diferentes sensações no leitor ao conferir
à palavra escrita um caráter sinestésico.
Figuras de Construção ou Sintáticas
As Figuras de Sintaxe ou Figuras de
Construção correspondem a um grupo das
figuras de linguagem - ao lado das figuras
de pensamento, figuras de palavras e
figuras de som.
São utilizadas para modificar um período,
ou seja, interferem na estrutura gramatical
da frase, com o intuito de oferecer maior
expressividade ao texto.
Assim, as figuras de sintaxe operam de
diversas maneiras na frase, seja na
inversão, repetição ou na omissão dos
termos.
Elipse
A elipse é a omissão de um ou
mais termos, os quais não foram
expressos anteriormente no discurso,
entretanto, que são facilmente
identificáveis pelo interlocutor (receptor).
Exemplo: Estávamos felizes com o
resultado dos exames. (Neste caso, a
conjugação do verbo “estávamos”, propõe
o termo oculto “nós”.)
Zeugma
A zeugma é um tipo de elipse, uma vez
que há omissão de um ou mais termos na
oração, sendo um recurso utilizado
para evitar a repetição de verbo ou
substantivo.
Exemplo: Fabiana comeu maçã, eu (comi)
pera.
Hipérbato ou Inversão
O hipérbato é caraterizado
pela inversão da ordem direta dos termos da
segundo a construção sintática usual da
língua (sujeito + predicado +
complemento).
Exemplo: Triste estava Manuela. (Neste
caso, o estado do sujeito surge antes do
nome “Manuela”, que na construção
sintática usual seria: Manuela estava
triste).
A anástrofe é uma inversão suave dos
termos frasais. Já a sínquise é uma
inversão mais acentuada e que pode
prejudicar o entendimento do período.
Por esse motivo, a anástrofe e a sínquise
são consideradas por diversos estudiosos
como tipos de hipérbato.
Silepse
Na silepse há concordância da ideia e não
do termo utilizado. São classificadas em:
Silepse de Gênero, quando ocorre
discordância entre os gêneros (feminino e
masculino);
Silepse de Número, quando ocorre
discordância entre o singular e o plural;
Silepse de Pessoa, quando ocorre
discordância entre o sujeito, que aparece
na terceira pessoa, e o verbo, que surge
na primeira pessoa do plural.
Exemplos:
São Paulo é suja. (silepse de gênero)
Um bando (singular) de mulheres (plural)
gritavam assustadas. (silepse de número)
Todos os atletas (terceira pessoa)
estamos (primeira pessoa do plural)
preparados para o jogo. (silepse de
pessoa)
Assíndeto
Síndeto corresponde a uma conjunção
coordenativa utilizada para unir termos
nas orações coordenadas. Feita essa
observação, a figura de
pensamento assíndeto é caracterizada
pela ausência de conjunções.
Exemplo: Daiana comprou uvas para
comer, (e) limões para fazer suco.
Polissíndeto
Ao contrário do assíndeto, o polissíndeto é
caracterizado
pela repetição da conjunção coordenativa
(conectivo).
Exemplo: Dolores brigava, e gritava, e
falava.
Anáfora
A anáfora é
a repetição de termos no começo das frases,
muito utilizada pelos escritores na
construção dos versos a fim de dar maior
ênfase à ideia.
Exemplo: Se eu amasse, se eu chorasse,
se eu perdoasse. (A repetição do termo
“se” enfatiza a condicionalidade que o
emissor do discurso quer propor).
Anacoluto
O anacoluto altera a sequência lógica da estru
meio de uma pausa no discurso.
Exemplo: Esses políticos de hoje, não se
pode confiar. (Numa sequência lógica,
teríamos: “Esses políticos de hoje não são
confiáveis” ou Não se pode confiar nesses
políticos de hoje.)
Pleonasmo
Repetição enfática ou redundância de
um termo que soa “desnecessário” no
discurso, o qual pode ser utilizado
intencionalmente (pleonasmo literário)
como figura de linguagem, ou por
desconhecimento das normas gramaticais
(pleonasmo vicioso), nesse caso um vício
de linguagem.
Exemplo: A noite escura da Amazônia.
(Note que a noite já pressupõe escuridão.)

Sínquise
A sínquise é uma figura de
linguagem que seu recurso aumenta a
expressividade e o teor artístico da
mensagem. Refere-se a uma inversão
desmesurada e violenta da ordem dos
termos de uma oração, havendo uma total
desconstrução, ou seja, desordem e
confusão.
Considerada um hipérbato excessivo, a
sínquise cria uma inversão de tal forma
intensa que o sentido da mensagem fica
comprometido, sendo indecifrável numa
primeira leitura. A sínquise privilegia o lado
rítmico e artístico da frase, preterindo a
clareza e fluidez da mensagem, que se
torna obscura e ininteligível.
Exemplos de sínquise:
Cobertor fofinho quente bebê dormia no.
piscina mergulhou na gelada ele.
por entre frio verdes passava folhas o
vento.
Exemplos de sínquise na literatura:
“A grita se alevanta ao Céu, da gente.”
(Camões).
“Enquanto manda as ninfas amorosas
grinaldas nas cabeças pôr de rosas.”
(Camões)
“Ouviram do Ipiranga as margens
plácidas/De um povo heroico o brado
retumbante.” (Joaquim Estrada - Hino
Nacional Brasileiro)
“Tu de amante o teu fim hás encontrado.”
(Gregório de Matos)
Hipálage
A hipálage é uma figura de
linguagem caracterizada pela atribuição
de uma característica de um ser ou objeto
a outro ser ou objeto que se encontra
próximo ou relacionado com ele. Assim, é
atribuído um adjetivo a um substantivo
quando na realidade esse adjetivo se
refere lógica e naturalmente a outro
substantivo.
A hipálage produz uma mudança na
estrutura natural da oração, ocorrendo um
desajuste entre o sentido e a função da
palavra na frase. Este recurso, utilizado na
linguagem oral e escrita, tem como
principal objetivo aumentar a
expressividade da mensagem.
Exemplos de hipálage:
Deitado na rede, Ricardo lia um livro
sonolento.
Minha avó fazia um tricô rápido e
incessante enquanto via a novela.
Olhei por uma janela atenta e fiquei
esperando que algo acontecesse.
Esse sapato não entra no meu pé!
Essa blusa não cabe em mim…
Exemplos de hipálage na literatura:
“Fumando um pensativo cigarro.” (Eça de
Queirós)
“O silêncio desaprovador dos meus
colegas.” (Camilo Castelo Branco)
“A janela começa a clarear foscamente.”
(Carlos de Oliveira)
“Uma alvura de saia moveu-se no escuro.”
(Eça de Queirós)
“Sobre as aldeias tristes, sobre o silêncio
humilde do fumo das lareiras...” (Vergílio
Ferreira)

Fonte:
Gramática.Net - Disponível em <
https://www.gramatica.net.br/figuras-de-
linguagem/ > Acesso em 12 abr. 2022.
Mundo Educação - Disponível em <
https://mundoeducacao.uol.com.br/gramatica/fi
sonoras.htm > Acesso em 12 abr. 2022.
Toda Matéria - Disponível em <
https://www.todamateria.com.br/hiperbato/
> Acesso em 12 abr. 2022.
Toda Matéria - Disponível em <
https://www.todamateria.com.br/figuras-
de-sintaxe/ > Acesso em 12 abr. 2022.
Norma Culta - Disponível em <
https://www.normaculta.com.br/sinquise/ >
Acesso em 12 abr. 2022.
Norma Culta - Disponível em <
https://www.normaculta.com.br/hipalage/
> Acesso em 12 abr. 2022.

Conteúdo da atividade

Assunto(s)

Figuras de linguagem: aspectos


fonético e sintático

Técnica(s) recomendada(s)

Estudar teoria
Elaboração de material de revisão

Duração estimada

60 min

Literatura

Figuras de linguagem: aspectos fonético e


sintático

Figuras de linguagem: aspecto semântico

Romantismo: primeira geração

Romantismo: segunda geração

Romantismo: terceira geração

Modernismo: primeira geração

Modernismo: segunda geração

Modernismo: terceira geração

Gêneros Literários

Funções da Linguagem

Trovadorismo

Quinhentismo

Barroco

Arcadismo

Realismo

Naturalismo

Parnasianismo

Simbolismo

Pré-Modernismo

Vanguardas Europeias

Poesia Concreta

Poesia Marginal

Literatura contemporânea

Romantismo: Prosa

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