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Defensores David Hume - 3

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Como David Hume abordou a questão da causalidade?

Trabalho Andreia
Para Hume, a questão da causalidade relaciona-se com a relação causa-efeito.
Essa relação implica que a ocorrência de um evento (a causa) resulte na ocorrência
de outro (o efeito). Por isso, acreditamos que a ideia de causalidade está associada
à ideia de conexão necessária.
Porque observamos que A tem sido sempre seguido de B, acreditamos que da
próxima vez que acontecer A sucederá B. Assim, nós, enquanto observadores,
tendemos a inferir uma relação causal entre A e B.
Hume afirmava que, ao observarmos eventos consecutivos, a nossa mente associa
a ideia da causa à ideia do efeito, mas essa associação é um hábito psicológico
adquirido e não uma relação necessária ou lógica. Ele questionou a ideia de que
podemos conhecer a causa de algo apenas pela observação, argumentando que
não podemos perceber a causalidade diretamente, mas apenas a conjunção
constante de eventos. A compreensão da relação de causa e efeito é crucial para a
nossa capacidade de entender e explicar o mundo ao nosso redor.

Trabalho Carlos e Anita


Segundo Hume, todo o conhecimento que nos permite fazer afirmações sobre o
mundo baseia-se em acontecimentos presentes ou passados, repetitivos e
uniformes porque se baseiam na experiência. No entanto, algumas vezes fazemos
afirmações que implicam o futuro, não só aquilo que observamos ou observámos
porque nem tudo se consegue explicar através da experiência. Por este motivo é
que no raciocínio relativo às questões de facto normalmente verifica-se uma relação
de causa-efeito, quando dois tipos de acontecimentos são constantes temos
tendência a concluir que há uma relação entre eles. Para podermos afirmar que
uma junção de dois acontecimentos do passado constantes poderá também
acontecer no futuro, tem de existir uma conexão necessária entre os dois
acontecimentos, isto é, sendo A e B eventos ou estados de coisas, A sendo a causa
e B sendo o efeito, sempre que, em certas condições, acontece A, acontece
inevitavelmente B de tal maneira que A produz necessariamente B.

Quais são as implicações de sua vida nesse aspeto? (sobre a pergunta acima)

Trabalho Carlos e Anita


Quando observamos repetidamente uma conjunção constante, isto é, uma
combinação entre dois momentos ou eventos que é sequencial e uniforme, repetida
no tempo e no espaço, acabamos por gravar na nossa mente e criar uma
expectativa de que o mesmo acontecerá no futuro, isto porque criamos uma rotina,
um hábito.
Deste modo, podemos verificar que uma conexão necessária entre acontecimentos
deriva das expectativas que criamos quando existe um hábito, que é uma
disposição interna e psicológica. Esta conexão é o resultado do modo como as
nossas mentes estão estruturadas e acaba por se basear em impulsos, sentimentos
e princípios psicológicos. Hume agora demonstra outra dimensão do seu
pensamento, o naturalismo, que é possível observar através desta crença. Para o
filósofo, somos seres que foram criados para acreditar e imaginar, somos seres de
instinto e de hábito e é por isso que o hábito é tão presente no nosso dia a dia.

Trabalho Andreia
Quando falamos sobre um acontecimento do causa efeito associamos que entre a
causa e o efeito existe uma conexão necessária. Acreditamos que a ocorrência de
uma causa é suficiente para provocar o efeito; aconteceu agora tal como no
passado e terá que acontecer no passado.
De acordo com Hume a nossa crença na conexão necessária não está justificada a
priori nem a posteriori é apenas uma associação de ideias que o hábito ou costume
cria na nossa mente. Quando em circunstâncias parecidas verificamos a ocorrência
sequencial e repetida de dois objetos ou acontecimentos, o hábito leva-nos a passar
de um para o outro. Após a observação de sucessivos eventos semelhantes, o
hábito através da imaginação gera em nós a expectativa de que o futuro repita o
passado. A ideia de conexão necessária deriva desta expectativa, trata-se de um
impulso de um sentimento ou princípio psicológico que nos guia, que é resultado do
modo como as nossas mentes estão naturalmente formadas.

Porque é que todas as ideias são cópias de impressões segundo Hume?

Trabalho do Cação e do Tomás:


O princípio da cópia é utilizado por Hume para sustentar que todo o conhecimento
tem como ponto de partida as impressões, ou seja, a experiência. Não
existem,então, ideias inatas. As ideias simples são sempre cópias das impressões
simples. Já as ideias complexas, podem ser construídas a partir de diversas
impressões simples ou complexas. Obrigatoriamente, todas ideias são cópias de
impressões.
Se todas as ideias copiam impressões, não é possível formar uma ideia de algo sem
que tenhamos previamente impressões externas ou internas correspondentes. As
impressões, são assim, a matéria-prima das ideias. Quem nunca provou, por
exemplo, um morango, não pode formar uma ideia do seu gosto. Quem nunca viu,
por exemplo, um leão, não está habilitado a conceber noções correspondentes à
sua imagem. David Hume, afirma então que todos os materiais de pensamento,
incluindo os mais complexos, derivam direta ou indiretamente das impressões.
Para sustentar o princípio da cópia, Hume apresenta dois argumentos: o argumento
do cego e do surdo e o argumento que consiste na ideia de Deus.
O argumento do cego e do surdo sustenta a teoria do filósofo de que as ideias
derivam das impressões. Se assim não fosse, pessoas com cegueira ou surdez
poderiam ter as ideias na ausência de impressões, no entanto, estas pessoas são
incapazes de formar ideias de cores ou sons. Deste modo, este argumento
comprova, segundo Hume, que todas as ideias sem exceção são cópias de
impressões.

Trabalho Carlos e Anita:


Hume defende que tudo o que ocorre na nossa mente são perceções. No entanto,
todos compreendemos a diferença entre Sentir e Pensar. Essa diferença é explicada
porque, segundo Hume, há duas classes ou categorias de perceções que
desempenham papéis fundamentais na formação do conhecimento. As impressões
que fazem parte da dimensão do Sentir e as ideias que fazem parte da dimensão do
Pensar.
As impressões são sensações que derivam de uma experiência emocional e são
provocadas por sentimentos internos, como emocões ou desejos, também podem
derivar de uma experiência sensorial e neste caso são provocadas por sensações
externas, como as sensasões auditivas, visuais, olfativas, tácteis e degustativas. Por
estes motivos são imediatas e são as percepções mais intensas e mais vividas.
As ideias, por outro lado, são derivadas das impressões e por isso são
representações menos vívidas e mais fracas das sensações originais. Hume
argumenta que todas as ideias têm origem em impressões porque, para ele, a
mente não consegue conceber nada antes de ter experimentado de alguma forma.
Lidamos com ideias e não com impressões quando, por exemplo, recordamos
algum momento, imaginamos ou simplesmente e principalmente, pensamos.
O Princípio da cópia é uma parte fundamental da teoria empirista de David Hume,
em que Hume explica a origem das ideias. Para Hume a experiência sensorial é
vista como a base para a aquisição de conhecimento e é com base nisto que
também se formam as ideias, por isso é que Hume faz a ligação entre a formação
das ideias e as impressões. Hume afirma que a mente humana constrói as ideias
com base nas impressões que sentimos. Se uma ideia não tem como base
nenhuma impressão, então essa ideia não tem experiência e é portanto vazia, não
existe, e por isso é uma ideia inata. O Princípio da cópia consiste no facto de Hume
argumentar que todos os materiais de pensamento, derivam direta ou indiretamente
das impressões.
Existe uma solução clara para o problema da indução, ou permaneceu como
uma incerteza na busca pelo conhecimento?

Trabalho Carlos e Anita:


O hábito pressupõem que com aquilo que observámos e observamos consigamos
fazer previsões do que acontecerá no futuro. Por exemplo, sabemos que só
nascerão de humanos, humanos, não outros seres vivos. Neste tipo de exemplos,
recorremos ao raciocínio indutivo. Recorremos a este tipo de raciocínio porque
partimos do princípio de que a natureza é uniforme e constante, utilizamos a crença
do Princípio da Uniformidade da Natureza, que está sempre presente em
interferências indutivas. É esta crença que permite-nos retirar conclusões sobre o
que acontecerá no futuro e sobre o inobservado com base na experiência passada,
ou seja, com base noutros acontecimentos semelhantes, do passado ou do
presente.
O Princípio da Uniformidade da Natureza não pode ser justificado a priori, porque
exprime uma questão de facto. Só podemos aceitar este princípio se usarmos o
método indutivo e se acreditarmos que o mundo será sempre uniforme, porque se o
mundo deixar de ser uniforme o futuro não repetirá o passado. Se utilizarmos este
princípio estaremos então, a recorrer a uma falácia da petição do princípio, porque
recorremos a uma indução para justificar outra indução. Nisto consiste o problema
da indução, que é uma crítica ao raciocínio indutivo.

Chat gpt
O problema da indução, popularizado pelo filósofo David Hume, refere-se à questão
de como podemos justificar racionalmente a inferência de afirmações universais a
partir de observações particulares. Em outras palavras, como podemos extrapolar
conclusões gerais com base em experiências limitadas?
Até onde meu conhecimento vai até janeiro de 2022, não há uma solução
consensual para o problema da indução. O debate filosófico sobre esse assunto
continua, e diferentes escolas de pensamento oferecem abordagens diversas para
tentar resolver ou contornar o problema. Alguns filósofos argumentam que a indução
é justificada por padrões regulares na natureza que podem ser identificados por
meio da observação repetida. Outros defendem abordagens mais céticas,
argumentando que a indução nunca pode ser completamente justificada.
Além disso, alguns filósofos e cientistas cogitaram soluções a partir da lógica,
probabilidade, ou mesmo através de abordagens pragmáticas. No entanto, o debate
está longe de ser encerrado, e novas ideias e teorias podem ter surgido desde
então.
Em resumo, o problema da indução permanece uma questão desafiadora na
filosofia e na epistemologia, sem uma solução universalmente aceita até o momento
em que meu conhecimento foi atualizado pela última vez.
De que maneira David Hume abordou a questão da existência de Deus?

Trabalho Cação e Tomás:


Ao contrário de Descartes, Hume é empirista. A ideia de Deus não pode ser tida à
nascença, visto que não existem ideias inatas. Hume afirma que a nossa mente é
vazia. Assim, Deus (visto como infinitamente sábio, inteligente e bom) é para David
Hume uma ideia complexa que deriva de ideias simples que através da imaginação,
associamos e elevamos à perfeição ilimitada de qualidades das quais temos
impressões sensíveis e que recolhemos de outros seres humanos: sabedoria,
inteligência, bondade e entre outras qualidades.
O fundacionalismo, referido anteriormente, é a doutrina epistemológica que procura
refutar o argumento cético da regressão e da justificação, afirmando que há crenças
básicas ou fundacionais, ou seja, que se justificam a si mesmas. Através do
princípio da cópia, Hume defende que a experiência e as impressões são as
crenças básicas ou fundacionais do conhecimento.

Chat gpt
Hume é conhecido por suas contribuições à filosofia empirista, destacando a
importância da experiência sensorial na formação do conhecimento. No que diz
respeito à questão da existência de Deus, Hume explorou principalmente o
argumento do design e a noção de causalidade.
Hume questionou o argumento do design, que sustenta que a complexidade e
ordem do universo são evidências da existência de um criador inteligente. Ele
argumentou que, com base em nossa experiência limitada, não podemos extrapolar
de objetos ou eventos do mundo para a ideia de um arquiteto divino. Em sua obra
"Diálogos sobre a Religião Natural", Hume apresentou os personagens Cleanthes,
Philo e Demea para discutir diferentes perspectivas sobre a existência de Deus.
Philo, um personagem muitas vezes visto como representante das ideias de Hume,
expressa ceticismo em relação ao argumento do design, questionando a validade de
inferir a existência de um criador a partir da observação do mundo.
Outro ponto crucial na abordagem de Hume à questão de Deus está relacionado à
sua análise da causalidade. Ele argumentou que nossa ideia de causalidade é
baseada na observação de eventos que ocorrem regularmente em sequência, mas
não podemos empiricamente observar a conexão necessária entre causa e efeito.
Portanto, Hume questionou a validade de inferências causais em relação a Deus,
questionando se podemos legitimamente inferir a existência de uma causa divina a
partir dos eventos do mundo.
Em resumo, David Hume abordou a questão da existência de Deus através de uma
abordagem cética e empirista, questionando a validade do argumento do design e
explorando a natureza da causalidade na formação de nossas ideias sobre a
divindade. Suas reflexões influenciaram significativamente o pensamento posterior
sobre religião e filosofia.

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