Anatomia Esotérica
Anatomia Esotérica
Anatomia Esotérica
ESOTÉRICA
Douglas Baker
B.A., M.R.C.S.. L.R.CP.. r.z:s.
MERCURYO
"Homem, conhece-te a ti mesmo."
Anatomia Esotérica, de Dou-
glas Baker, trata de um assunto bas-
tante polêmico do ponto de vista da
Medicina ortodoxa. Não obstante, o
próprio Baker é um médico inglês, .
com inúmeros títnlos, que se dedicon
aos estudos de Paracelso, Y oga, Co-
nhecimentos Orientais, além da. Psico-
logia e, claro, da Medicina.
Douglas Baker
B.A., M.R.C.S., L.R.C.P., F.Z.S.
Tradução de
Júlia Bárány
MERCURYO
Título original: Esoteric Anatomy
Copyright © 1976, 1979 by Douglas Baker, "Uttle EJephant", Herts, England.
Todos os direitos reservados.
Capa:
Eduardo Piochi
Roberto Crivelli Jr.
Créditos Artísticos:
O Fator do Soberano Supremo fundindo-se - Fay Pomerance
Chatterton - Henry Wallis
O Filho Pródigo - da estátua de M. Peynot
A Escola de Alquimistas - Pietro Longhi
O Halo dos Tratos Nervosos- Scientific American, junho, 1979
AAnatomia dos Músculos Anteriores e Posteriores do Corpo - de Anatomy of the Human BOdy,
por Lockhart, eta!. (Faber & Faber)
Baker, Douglas.
Anatomia Esotérica / Douglas Baker; tradução Júlia Bárány Yaari -
São Paulo: Mercuryo, 1993.
ISBN 85-7272-050-2
92-2013 COD-133
1. o Hipotálamo . 9
2. O Triângulo Femural... 21
3. Os Núcleos do Hipotálamo .. 25
4. O Diencéfalo. 27
5. O Olho ..... 31
6. A Visão Etérica........ . ................................ . 37
7. Cirurgia e o Terceiro Olho ................... . ....................... . 42
8. Experiência Visual no Misticismo ........................ . 48
9. A Analogia do Olho ............................. . ......................... . 52
10. Mais Analogias e Correlações ....... . ....................... . 58
11. O Olho como um Órgão Criativo ...................................................... . 62
12. O Controle Muscular do Olho ........................................................... . 72
13. O Desenvolvimento Passado e Futuro dos Olhos ...................... . 78
14. A Íris, Espelho da Saúde e da Doença ................................................ . 84
15. A Verdade sobre o Parentesco entre o Homem e o Macaco ................. . 89
16. A Face Humana e a Fisiognomonia ................................................... .. 93
17. A Glândula Hipófise .......................................................................... . 98
18. O Pleomorfismo no Homem .............................................................. . 101
19. O Significado Oculto da Ação da Hipófise .......................................... . 113
20. O Nervo Vago .................................................................................. . 123
21. O Quinto Nervo Craniano ................................................................. . 139
22. O Sangue e a Irrigação Sangüínea do Encéfalo .................................... . 141
23. O Escaravelho, Símbolo da Consciência Superior ................................ . 148
24. A Glândula Pineal ............................................................................. . 153
25. O Terceiro Olho ............................................................................... . 173
26. As Clavículas, as Chaves de Salomão .................................................. . 189
27. A Glândula Tireóide ......................................................................... . 194
28. A Anatomia da Dor e do Êxtase ......................................................... . 205
29. A Coluna Vertebral (SantuáriO da Serpente Sagrada) ............................ . 217
30. Sistemas de Recompensa, Alegria, Êxtase e Beatitude .......................... . 226
31. O Gânglio Cervical Superior (O Sistema Nervoso Simpático) ................ . 242
32. O Centro Respiratório ....................................................................... . 251
33. A Anatomia da Respiração Nasal.. ................................................c... ···· 256
34. O Plexo Coróide .............................................................................. . 259
Conclusão ............................................................................................. . 262
7
1
o HIPOTÁLAMO
9
Raiz Atlante, e que uão será completada em todos os seres humanos antes da Sexta
Raça-Raiz.
Em termos de neuro fisiologia, o discípulo que conseguiu alcançar um estágio
avançado de treinamento reforça o domínio que a consciência sediada no córtex
frontal exerce sobre a expressão emocional. O neófito aprende a sublimar sua ener-
gia emocional e a colocá-la sob o comando da consciência centrada na fronte.
ANATOMIA DO HIPOTÁLAMO
. 'Estes agregados no envoltório astral são os inícios dos centros que construirão no
corpo físico os órgãos necessários, e não são os freqüentemente chamados chakras, ou
rodas, que pertencem à organização do corpo astral em si ... estes agregados atuam no
duplo etérico, formando vórtices etéricos; então, centros correspondentes surgem no
envoltório astral e no corpo físico, construindo assim o sistema nervoso simpático. Este
sistema sempre permanece diretamente conectado aos centros astrais, mesmo depois
de evoluído o sistema cérebro-espinhal. "3
10
Frontal-Hipotálamo
- Eixo (enfatizado no treinamento do discípulo)
Chakra do Plexo
Solar
Energia
Emocional
OS EIXOS EMOCIONAIS
Proveniente do Plano Astral
Foi necessária uma atividade mental: além da experiência emocional, para criar
uma matriz que materializasse os tratos córtico-hipotalâmicos e seus contrários, os
tratos que vão do hipotálamo à superfície do córtex cerebral. A atividade excessiva
ou insuficiente de qualquer um destes núcleos hipotalâmicos pode levar a profun-
dos distúrbios comportamentais da personalidade.
Estes tratos foram constituídos muito tarde, provavelmente durante as primtl-
ras sub-raças da Quinta Raça-Raiz e, como já observamos, a evolução desta área está
longe de ter sido completada. O diencéfalo, do qual deriva o hipotálamo, também
origina o seguinte:
11
(1) a glândula pineal,
(2) o quiasma óptico e os olhos,
(3) a hipófise posterior e
(4) o terceiro ventrículo,
Cada uma destas estruturas tem um profundo significado esotérico, Em outra
ocasião, referimo-nos à glândula pineal que funcionou coma um órgão de percep-
ção durante as primeiras Raças-Raiz, e regrediu, dando lugar ao desenvolvimento
dos olhos. O terceiro ventrículo é o "pólo Norte" da aura magnética humana e a
última posição anatómica do átomo físico permanente antes da morte, A glândula
hipófise posterior, sendo endócrina, deve ter uma associação importante com pelo
menos um dos chakras menores da cabeça,
O hipotálamo é extremamente sensível à mudança na irrigação sangüínea, que
aumenta dramaticamente com as disciplinas esotéricas comO a meditação, práticas
de hatha yoga, etc. Daí a necessidade de disciplina emocional, equilíbrio e harmo-
nia mesmo diante da provocação.
Por causa da sua influência sobre O comportamento e sobre a glândula bipófi-
se, por meio dos hormónios transportados pelo sangue, temos de definir o hipotá-
lamo como uma glândula endócrina, Todas as glândulas endócrinas sobrepõem-se
a algum chakra importante, Sem dúvida, um dia será descoberto o centro relaciona-
do ao hipotálamo e, com isso, sua relação com O pâncreas e o Chakra do Plexo So-
lar correspondente, Esta descoberta irá alterar as atuais idéias sobre as causas do
diabetes, Certamente as formas roliças e volumosas de muitos yogues podem ser
imputadas mais a uma hiperatividade do hipotálamo do que a uma dieta baseada
em carboidratos!
A função primária do hipotálamo, nas primeiras Raças-Raiz, era a de adaptar
o organismo humano ao impacto das desconcertantes mudanças do meio ambien-
te, enquanto ele se materializava fisicamente, 4 a partir de um ser astral, através de
um envoltório etérico, num planeta em cuja superfície o oxigênio aumentava gra-
dualmente com a atmosfera, O hipotálamo era muito sensível às mudanças do cam-
po magnético da Terra, também provocadas pelos eventos solares, e às mudanças
da luz e das forças físicas. E assim é até os dias de hoje.
O desenvolvimento da região hipotalâmica no homem, O progenitor de todas
as espécies,5 desencadeou no decorrer dos últimos quarenta milhões de anos o rá-
pido estabelecimento dos mamíferos, capazes de manter a homeotermia, ou seja,
uma temperatura corpórea regular, e assim viver em ambientes com variações de
temperatura, impróprios para as espécies poiquilotérmicas (de sangue frio), que te-
riam sido eliminadas por esta causa,
O hipotálamo é parte do sistema límbico, Uma vez estimulado, pode agravar
no homem a sensação de fome, de sede, o desejo sexual, a necessidade de seguran-
ça e de uma experiência nova.
O neocórtex, a área da superfície cerebral constituída quase que inteiramente
durante a época atlanta-ariana, tornou-se tão dominante em alguns indivíduos a
12
ponto de sobrepujar os centros do apetite e do instinto, que costumavam sinalizar
as necessidades do corpo. Na realidade, as disciplinas esotéricas de autodesenvolvi-
mento insistem que a mente deveria reger as emoções. Ao mesmo tempo, entretan~
to, advogam a moderação na dieta e em todos os desejos: o meio-termo. Quando
o controle das emoções não é acompanhado pelas práticas habituais de moderação
(purificação) com relação a todas as funções corporais, podem ocorrer doenças de
Cortéx
Cortéx
Medula Nervosa
13
iniciação, muitas delas originadas na região hipotalâmica, com sinais de obesidade,
taxa alta ou baixa de açúcar no sangue, excessos sexuais, labilidade emocional, ma-
nias dietéticas como a repulsa à carne, etc.
É evidente que o neófito deve atravessar uma fase durante a qual o controle
do hipotálamo vai-se transferindo cada vez mais ao córtex cerebral. Isto significa
ultrapassar as fronteiras no controle da personalidade, um caminho inseguro. Para
manter o equilíbrio enquanto executa esta delicada transição, o neófito deve de-
senvolver um regime: estabilidade emocional, calma, moderação no comer e no be-
ber) continência sexual, prática da bondade (mesmo ao confroutar-se com provo-
cação deliberada). Isto tudo é importante fisiologicamente, mesmo sem conotação
moral, ética ou mística.
O hipotálamo, por exemplo, é extremamente sensível aos hormônios específi-
cos de cada sexo. No treinamento iniciático, o neófito deve voltar a ser simples co-
mo uma criança, renascer) reorganizar seus impulsos e apetites, deve redirecionar-
se para um reino mais elevado. A continência sexual acrescenta à sua circulação san-
güínea os hormônios do sexo oposto. Nos homens, novos locais no encéfalo de-
vem acomodar os mecanismos associados ao aumento de hormônios femininos (apre-
ciação artística, intuição, compaixão). Nas mulheres, o mesmo se aplica a qualida-
des recém-adquiridas) associadas aos hormônios masculinos ou por eles permitidas,
como a determinação, a iniciativa) etc. Os hormônios por si sós não fornecem estas
qualidades, mas permitem a sua manifestação mais aberta na personalidade. Real-
mente, esses atributos provêm de veículos mais sutis. Como a própria ciência tem
demonstrado, a estimulação sexual depende mais do cérebro do que dos órgãos se-
xuais (e seus hormônios). No processo iniciático, o hipotálamo deve ser encorajado
a entregar gradualmente seu controle aos centros superiores da superfície cerebral.
Como os hormônios nascem nas glândulas endócrinas, e estas são as concre-
ções dos chakras, o estudante do esoterismo facilita o fluxo de energia de um cha-
kra a outro aumentando a sensibilidade do hipotálamo, o centro emocional do cé-
rebro, a hormônios.
O córtex da gl1ndula supra-renal está relacionado ao Chakra Muladara, na base
da espinha dorsal. Na prática da yoga, suas energias sempre são direcionadas para
a cabeça. Segundo as descobertas da ciência) seu hormônio, a corticosterona) pre-
sumivelmente agindo sobre a organização neural do hipotálamo, modifica a condu-
ta emocional, tornando um animal menos emotivo.
Fatores emocionais afetam tanto o crescimento quanto o peso. Com o tempo,
a ciência descobrirá que o bebê, a criança e o adolescente estressados crescem mais
por causa do conflito emocional em que se envolvem. Algumas tribos africanas e
outras que costumam fazer desenhos ritualísticos nos seus bebês através de cortes
e marcas a fogo, ou quando perfuram lábios ou orelhas, tendem a apresentar uma
pequena superioridade de duas polegadas na altura em relação a outras tribos.
No homem médio, o hipotálamo pode ser comparado ao regente de uma or-
questra de emoções. A partitura que segue é ditada por estímulos dos cinco senti-
dos, por suas experiências anteriores e por seus impulsos. Qualquer um destes, seja
a visão de um cavalo sendo chicoteado, o cheiro de um perfume, o sõm de uma
sirene,
.",
a necessidade de segurança, um estímulo sexual ou o anseio pelo reconhe-
14
GLÂNDULA PINEAL
39 VENTRíCULO
NÚCLEO POSTERIOR
cimento, pode ativar uma orquestração de emoções que produz uma variedade de
reações físicas: sede, sudorese, palpitações, palidez, rubor, dilatação dos olhos. A
gama dessas reações físicas abrange desde a passividade absoluta até a hiperativida-
de, desde a cataiepsia até a narcolepsia, desde "tamas" até "rajas", desde a tristeza
até a exaltação. Cada orquestração evoca um fluxo da energia astral/emocional. Frus-
trar o processo de expressão deste influxo resulta em bloqueios, águas paradas, con-
tracorrente, redemoinhos, o que pode se manifestar em seguida como uma ou vá-
rias disfunções psicossomáticas.
Quando a manifestação for plena, aberta e desinibida, haverá saúde robusta.
Quando a expressão for disciplinada, embora não frustrada, sob controle do córtex
cerebral, quando cada estímulo não levar a um transbordamento emocional, como
no neófito) e quando, mais do que tudo) a alma estiver em harmonia com o propó-
sito de vida, haverá saúde sensível, ainda que não robusta.
Quando a expressão for impedida, seja na profissão, seja no sexo, ou num cam-
po importante da personalidade, como também no caso oposto, ou seja, quando
houver uma expressão excessiva, contrária ao propósito da alma, tal como na gula
ou no alcoolismo, sobrevirá a doença.
Numa criança, o desejo excessivo por carboidratos, bolos cremosos e balas le-
va à sindrome de Frõhlich, distrofia adiposogenital, uma condição caracterizada pela
adiposidade do tipo feminino (Chakra Solar e Chakra Esplênico), atrofia ou hipo-
plasia das gónadas (Chakra Sacra! e Básico), com características sexuais secnndárias
alteradas. Esta condição freqüentemente pode ser causada por uma lesão do hipo-
tálamo e/ou hipófise (chakras da cabeça) mas pode também ocorrer por estimula-
ção excessiva e conseqüente exaustão da própria região hipotalâmica 6
Controlar o hipotálamo implica em reconverter o Desejo em Vontade. Nunca
devemos esquecer que o Desejo tem origem na Vontade. A Vontade é modificada
pelo plano astral durante sua descida da mónada:
"Quando a Mónada emite seus raios para a matéria do terceiro, do quarto e do quinto
planos e se apropria de um átomo de cada um destes planos, cria o que freqüentemente
se chama de sua 'imagem na matéria') o 'Espírito' humano, e o aspecto-Vontade da Mô-
nada reflete-se no Atma humano, cuja morada é o terceiro plano, ou plano átmico. Esta
primeira hipóstase tem seus poderes bastante diminuídos pelos véus da matéria adquiri-
da, mas não sofre distorção alguma; assim como um bom espelho reproduz fielmente
a imagem de um objeto, também o Espírito humano, Atma-Buddhi-Manas - perfeita
imagem da Mónada -, é, de fato, a própria Mônada envolta em matéria mais densa.
Mas, assim como um espelho côncavo ou convexo produz uma imagem distorcida de
um objeto colocado à sua frente, também as outras imagens do espírito refleti das na
matéria ainda mais densa, ou envolvidas nesta matéria, são apenas imagens distorcidas.
"Quando a Vontade, velando-se cada vez mais à medida que desce de plano em
plano, alcança o mundo imediatamente acima do físico, o mundo astral, aparece aí na
forma de Desejo. O Desejo possui a energia, a concentração, as características impetuo-
sas da Vontade, mas deixou de ser controlado e orientado pelo espírito, passando para
o domíniO da matéria. O Desejo é a Vontade destronada, prisioneira, escrava da maté-
ria, que deixou de ser autodeterminante, para ser determinada pelas atraçôes. a seu redor.
6. Ver também "Anorexia Nervosa", em Esoteric Healing, voI. III de S.P.A.W., pp. 75-78.
16
"Esta é a diferença entre Vontade e Desejo. A natureza Íntima de ambos é a mesma,
pois são na verdade uma mesma determinação do Atma, a força motriz do homem, aquela
que impele à atividade, à ação no mundo exterior, no não-Eu. Quando o Eu determina
a atividade, sem se deixar influenciar pelas atrações ou repulsões provenientes dos ob~
jetos circundantes, é a Vontade que se manifesta. Quando as atrações e repulsões de
fora determinam a atividade e o homem é atraído para lá e para cá, surdo à voz do Eu,
inconsciente do Soberano Interior, então é o Desejo que se manifesta.,,7
17
velldolorosa; e quando o Desejo exige a repetição do prazer, a mente evoca o objeto
responsável por ele. Assim, a combinação Pensamento-Desejo engendra um desejo par-
ticular que persegue o objeto aprazível e tenta prendê-lo.
"Tal desejo impele a mente ao exercício de sua aqvidade própria. Ela se esforça
para escapar ao desconforto provocado pela ânsia insatisfeita, fornecendo o objeto de-
sejado. A mente planeja, esquematiza, põe o corpo em ação para atender às ânsias do
Desejo. E, similarmente, pressionada pelo Desejo, planeja, esquematiza, põe o corpo
em ação para evitar a recorrência da dor por parte de um objeto reconhecido como pro-
vocador de sofrimento.
"Essa é a relação entre Desejo e Pensamento. O Desejo desperta, estimula, apressa
esforços mentais. A mente, em estágios primários, é serva do Desejo e cresce na propor-
ção das violentas pressões do Desejo. Desejamos, logo somos forçados a pensar.
"A emoção não é um estado de consciência simples ou primário, mas um composto
constituído pela interação de dois aspectos do Eu - o Desejo e o Intelecto. A ação do
Intelecto sobre o Desejo faz nascer a Emoção, que é filha dos dois e ostenta algumas
das características tanto de seu pai, o Intelecto, quanto de sua mãe, o Desejo ... As virtu-
des são simplesmente estados permanentes da reta emoção. ',9
É possível entender agora que os Desejos estão num dos extremos do espectro,
e que a Vontade se encontra no extremo oposto; entre os dois, existe uma gama
inteira de emoções. Podemos entender também o que significa a noção de que a
"arte deve disciplinar as emoções", enquanto a pornografia, a publicidade, etc. fa-
vorecem emoções inferiores e despertam os Desejos.
Levando-se em conta a anatomia fisico-etérica já descrita, podemos entender
por que o Desejo sempre parece subir (do Chakra do Plexo Solar), e a Vontade sem-
pre parece descer (da mónada através do Chakra Frontal).
Este lugar de encontro é o hipotálamo, para o homem médio; para o homem
primitivo, é o Plexo Solar; e para o homem evoluído, o córtex cerebral.
Para o estudante de anatomia esotérica são obviamente importantes os esclare-
cimentos anatómicos, pois "A energia segue o pensamento" .10 A habilidade de lo-
calizar a atenção numa região do corpo conduz a resultados moderadores, estimu-
ladores ou refreadores naquela região, conforme:
(a) a capacidade de visualizar a área anatómica em questão,
(b) a atitude da mente e da respiração durante a concentração da atenção.
Esta é a base dos verdadeiros métodos de cura esotérica. 11
Nesta época atual de tensão intolerável, quando as pessoas correm para "man-
ter o passo", é de máxima necessidade desenvolver a capacidade de ajustar cons-
cientemente seus mecanismos fisiológicos. Isto permite que o tributo inevitável
da tensão incessante não leve à hipertensão, à úlcera duodenal, ao hipertireoidis-
mo ou a outras doenças resultantes do estresse) características da civilização oci-
dental.
Vimos de que forma o córtex cerebral da região frontal - esta área estreita,
porém contínua, de matéria cinzenta - pode regular o cérebro emocional, o hipo-
18
tálamo. É dali que partem impulsos que podem desajustar o hipotálamo, resultando
em medo, raiva, irritação e a sua parafernália de sinais físicos: palidez, sudorese, etc.
Muitas pessoas são naturalmente suscetíveis à tensão e pressão. Uma grande'per-
centagem da população carrega um cromossomo com um gene de esquizofrenia. 12
A esquizofrenia pode não chegar a manifestar-se durante à vida inteira, ou pode de-
sencadear-se num período de tensão, ou aparecer apenas em certos períodos tensos.
A cada ano, numerosas empresas ministram cursos aos seus funcionários sobre
o modo de compensar o estresse. Este não é o lugar para discursar sobre métodos
de cura esotérica, mas antes para uma apresentação dos mecanismos subjacentes
causadores de angústia e o seu antídoto, a serenidade que resulta da expansão da
consciência.
Um gesto típico de um indivíduo lutando instintivamente contra o estresse é
levar a palma da mão à testa. O Chakra Palmar produz imediatamente um efeito
moderador, suavizante, sobre o excitado Chakra Frontal. Esse indivíduo toca a fon-
te da maior parte da sua tensão: os impulsos que são despertados na matéria cinzen~
ta da superfície dos lobos frontais do cérebro. Já vimos que essa região tem cone-
xão direta e indireta com o hipotálamo.
Quando o córtex é bombardeado por impulsos causados pelo estresse (medo,
preocupações, carência defeedback, etc.), estes passam ao hipotálamo, que os des-
carrega no tronco cerebral onde outros centros fazem aumentar a atividade cardía-
ca. Os impulsos entram também no sistema nervoso simpático. A medula da glân-
dula supra-renal, que é uma parte desse sistema, secreta nor-adrenalina, que provo-
ca a constrição dos vasos sangüíneos e o aumento da pressão. Durante o estresse,
o hipotálamo também descarrega hormónios que fazem a hipófise liberar o seu pró-
prio hormônio (ACTH). Este hormônio (adreno-córtico-trófico), por sua vez, faz a
glândula supra-renal secretar hidrocortisona, que produz uma variedade de efeitos
no corpo, especialmente efeitos metabólicos. Diz-se que este hormônio também mo-
dera a expressão emocional, presumivelmente através do hipotálamo. Sabemos que
existe um eixo etérico entre o Chakra da Base da Espinha, ou Básico, (ligado às glân-
dulas supra-renais) e o córtex cerebral. Uma maneira de moderar os efeitos da hi-
pertensão é coordenar a respiração, principalmente a fase da expiração, com uma
visualização dos impulsos caminhando do córtex, através do hipotálamo (logo aci-
ma da boca, na região do palato mole), para dentro dos vasos sangüíneos. 13
A regulação da temperatura corporal está intimamente relacionada ao hipotá-
lamo, não só no caso da febre, mas também em assuntos esotéricos. Existem exem-
plos famosos de pessoas que afrontaram o frio através de um excelente controle
do seu calor corporal. Está bem comprovada a habilidade dos yogues de ficar em
profunda meditação sentados em padmasana (posição de lótus) a 3.700 m acima
do nível do mar, em temperaturas abaixo de zero, com trajes sumários.
Sócrates, quando em meditação profunda, ou em comunicação com seu Dai-
mon, ficava horas e horas de pé, descalço, enquanto nevava. Sabemos que um cor-
po superaquecido é um veículo inadequado para a meditação, e sabemos também,
19
por Madame Blavatsky, que uma cabeça fria é igualmente inadequada. Ela nos enSI-
na que durante a meditação devemos mantê-los temperados, o corpo mais frio que
a cabeça, para que as forças elétricas da anatomia nervosa possam ser concentradas
nos chakras da cabeça.
No treinamento iniciático, não é necessário trabalhar um por um cada núcleo
hipotalâmico ou cerebral! Mas aprendemos a nos conscientizar das nossas limita-
ções a fim de corrigi-las, e é por isso a ênfase na injunção de Delfos: "Homem,
conhece-te a ti mesmo". Saber como você é permite entender o que você precisa
mudar) e ter por onde iniciar essa mudança. Não saber como você é implica nem
saber como começar a se modificar.
Todos os iniciados da sabedoria antiga são grandes estóicos, resistentes ao es-
tresse e ao enorme dispêndio de energia causado por sua total dedicação em servir
a humanidade. Eles possuem a capacidade do desprendimento que lhes permite,
quando necessário) separar totalmente seu pensamento e sua emoção da situação
em que estão agindo.
A meditação em circunstâncias tão difíceis torna-se impossível para a maioria
das pessoas, mas pode ser praticada pelo iniciado. Focalizando toda a sua atenção
no Centto Frontal, a temperatura de seu corpo cai e seu rosto enrubesce. As ondas
cerebrais diminuem de beta para alfa, e mesmo essas dão lugar a ritmos elétricos
que indicam maior contato com o Divino. A verdadeira meditação implica o con-
trole do hipotálamo, assim, todas as técnicas de meditação visam principalmente
ao controle dos mecanismos do sistema simpático e a porta de entrada para ele,
que é o hipotálamo.
20
2
o TRIÂNGULO FEMURAL
Esse local anatômico é chamado de "O Triângulo de Scarpa" por algumas es-
colas na Inglaterra. A Anatomia de Gray o descreve como segue:
21
PADMASANA
LIGAMENTO DE POUPART
ARTÉRIA e VEIA FEMURAL
TUBÉRCULO
PÚBICO
, ,"
\ 3;Z
F~MUR -f---'-c-
I
\
, APICEJ
•
\
, I
\
TRIÂNGULO
~----~'r-~~~~\\~~~+---+
SART6RIO
, ADUTOR LONGO
, \
I
I
,
\
I
•,
\
\
I
\
I
I
\
\
I
I
,,
I
I
,
I
d
,
d
TUBÉRCULO
ADUTOR
\
\
,
\
TRIÂNGULO FEMURAL
o triângulo femural é muito vulnerável a ferimentos por causa da proximidade
da artéria da superfície da pele. Antigamente, e hoje não mais tanto, inexperientes
auxiliares de açougueiros costumavam ferir-se uo triângulo femural, secionando a
artéria principal, quando erravam no golpe desferido de. cima para baixo, ao cortar
a carne.
O autor examiuou o grande Swami Rama quando este demonstrava sua capaci-
dade de interromper por completo o suprimento de sangue de uma perna, deixando-a
mortalmente branca, com uma correspondente queda de temperatura. O Swami,
porém, fechou os vasos femurais por um ato de vontade, usando outros métodos
fisiológicos que não a pressão para conseguir seus resultados.
Ainda não entendemos bem os mecanismos pelos quais o homem regula a tem-
peratura do seu corpo. Menos ainda entendemos a natureza da hibernação, que, em
muitos aspectos, assemelha-se aos estados corporais conseguidos na yoga. Certa-
mente, o hipotálamo desempenha um papel preponderante tanto na manutenção
do calor como na sua distribuição. Se ele fosse destruído, a maioria dos mamíferos
não poderia manter uma temperatura uniforme. Tumores na região hipotalâmica
do homem podem destruir sua capacidade de manter a temperatura equilibrada. Pa-
rece que a distribuição do calor está mais relacionada ao sistema parassimpático en-
quanto a sua manutenção tem uma relação mais estreita com o sistema simpático.
O melhor conselho é não ir aos extremos, mas escolher sempre, de preferên-
cia, o meio-termo. Na regulação da temperatura, de fato entram em jogo fatores
que afetam a atividade da glândula tireóide. Esta glândula é a concreção de um chakra
importante, que constitui a porta de entrada obrigatória para todos os discípulos
que querem conquistar a integração da personalidade e a terceira iniciação. Em ge-
ral, é sábio nunca confiar na estimulação da "casca" exterior para conseguir resul-
tados interiores. Estimular a glândula tireóide colocando-se num local superaqueci-
do ou expondo-se a temperaturas drasticamente reduzidas não substitui o controle
que se obtém ao longo de uma vida de meditação. Na seção das glândulas endócri-
nas, tratamos da tireóide e o chakra correspondente.
O entusiasmo, com a conseqüente liberação de energia, nasce do elemento mais
íntimo do homem. Enquanto dirigido pelos motivos certos, para campos criativos
em benefício da humanidade, dispensa quaisquer métodos de alteração dos meca-
nismos reguladores de temperatura.
O conselho dado no manual do neófito "A Voz do Silêncio" é apropriado aqui:
~'Elimina a ambição, mas vive como um ambicioso".
24
3
OS NÚCLEOS DO HIPOTÁLAMO
25
o CÂNCER E O HIP01r ÁLAMO
Veremos nos próximos cem anos, com quase toda a certeza, o domínio da cura
do câncer, mas suas causas serão descobertas somente mais tarde. Por fim, se des-
cobrirá que elas se relacionam com O hipotálamo. O câncer normalmente requer
um estímulo físico (superficial) para manifestar-se: uma irritação cutânea, um spray,
excesso de luz solar, fumo, etc. Muitos indivíduos, porém, escapam do câncer ape-
sar da presença de um agente irritador que o provoca em outras pessoas. A causa
do câncer é a frustração emocional, na maioria das vezes resultante da incapacida-
de de satisfazer o desejo por uma resposta, impulsos sexuais. Esta doença está rela-
cionada com O Chakra do Plexo Solar, a principal porta de entrada para as energias
astrais e mais ainda para o hipotálamo, ou cérebro emocional.
A eliminação das causas básicas (não superficiais) do câncer acontecerá quan-
do o homem reorientar-se para o plano mental, quando aqueles que estão polariza-
dos emocionalmente tiverem uma expressão mais saudável e quando o Karma da
Atlântida (a civilização emocional) for cumprido.
A ciência já está descohrindo que existem vínculos diretos entre alguns tipos
de câncer e o hipotálamo. O câncer da mama tem sido relacionado com O hipotála-
mo e a destruição do núcleo apropriado levou à regressão deste carcinoma.
26
4
o DIENCÉFALO
27
te na Terceira Raça-Raiz daquele período. Sua imagem externa aparece pela primei-
ra vez nos metazoários adiantados) imediatamente antes da chegada dos vertebra-
dos, há cerca de 1,2 bilhões de anos.
Os estudantes da Psicologia Esotérica não terão dificuldade em localizar as cor-
respondências com os Sete Raios nestes tecidos primitivos:
TELENCÉFALO
PROSENCÉFALO Raio I
DIENCÉFALO
MESENCÉFALO
Raio II
MESENCÉFALO
MIELENCÉFALO
o CÉREBRO PRIMITIVO
28
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DIENCÉFALO
A Glândula Pineal
TELENCÉFALO MIELENCÉFALO
Hipófise Posterior
o CÉREBRO PRIMITIVO
30
5
o OLHO
Existem várias razões para se considerar o olho humano como o órgão mais
esotérico dentre todos. Sua forma, estrutura e funções são manifestações de um sig-
nificado profundo, interior, com implicações que agem em todos os níveis dos sete
planos da consciência humana e envolvem conceitos do microcosmo (reinos abai-
xo do homem) e macrocosmo (reinos acima do homem) e que se tornam revelado-
res para os estudantes da ciência esotérica que buscam na profundidade.
O desenvolvimento do olho ocorreu paralelamente à regressão da glândula pi-
neal. O homem tornava-se cada vez mais interessado e enredado na matéria e ao
mesmo tempo desenvolvia gradualmente um corpo físico mais denso ou "rude",
que lhe permitia interagir com o seu meio ambiente material. Neste processo, seus
olhos refletiram este interesse e tornaram-se altamente organizados, especializados
e essencialmente funcionais. Por outro lado, a glândula pineal retraiu-se do contato
com o mundo externo e deixou de se ocupar com ele, tornou-se menos especializa-
da e quase perdeu a função. A glândula pineal é agora um símbolo externo do órgão
da visão interior e emergirá de seu "pralaya" apenas na última parte da Sexta Raça-
Raiz. Contudo, ela continua funcionando COmo uma glândula endócrina e participa
da manutenção dos ciclos e ritmos do corpo, que são reflexos em miniatura dos
grandes ciclos através dos quais esta glândula evoluiu, e que estão descritos numa
outra parte desta obra.
Um estudo do funcionamento de uma câmara fotográfica ajuda a entender a
anatomia e as funções do olho que é um instrumento óptico capaz de registrar mu-
danças na qualidade da luz ambiental. O olho, assim como a câmara fotográfica,
possui um sistema de lente, uma abertura variável e uma camada de material sensí-
vel à luz. A lente do olho humano compreende várias estruturas, incluindo a cór-
nea, que é uma modificação da esc!erótica (derma), ou o invólucro externo azul/bran-
co do olho, que permite a passagem da luz, uma lente cristalina suspensa por liga-
mentos e o material líquido que se localiza entre os dois. A combinação destes teci-
dos quebra as ondas de luz, fazendo-as convergir, formando uma imàgem sobre a
camada de células sensível à luz no fundo do olho, chamada retina.
31
A força do cristalino pode ser modificada voluntariamente no que se chama
"acomodação". Isto se consegue pelos ligamentos afixados à cápsula fibrosa que
envolve o cristalino. Estes ligamentos suspensórios, por estarem fixados nas bordas
da cápsula do cristalino, podem puxá-la e com isto modificar seu formato. Assim,
por meio de vários estágios de tensão, pode-se obter desde uma lente redonda até
uma lente plana. Este mecanismo possibilita ao olho mudar seu foco dos objetos
próximos aos distantes, sempre trazendo a imagem resultante para a retina. O mús-
culo ciliar circular, que puxa os ligamentos suspensórios, é controlado pelo sistema
nervoso parassimpático,
A íris do olho é um músculo circular que aumenta ou diminui a abertura do
olho, que chamamos de pupila. Pigmento colorido é depositado nas suas fibras e
dá aos olhos suas cores características: cinza, verde, marrom) azul, etc. O efeito da
íris é aumentar a quantidade de luz incidente no olho quando está escuro e reduzi-
la quando a luz é forte. O diâmetro da pupila do olho pode chegar ao mínimo de
1,5 mm e ao máximo de 8 mm, variando a força da luz incidente em quase trinta
vezes.
Uma camada escura de células pigmentares que se encontram embaixo da reti-
na impede a luz incidente no olho de se espalhar. Envolvendo a retina existe uma
camada de tecido que carrega vasos sangüíneos, constituindo a camada vascular.
Por cima dessa camada existe a esclerótica, ou a cobertura branca fibrosa do globo
ocular. CÓRNEA
PROCESSO
CILlAR
CORPO VíTREO
RETINA ÓPTICA
CORÓIDE
ESCLERÓTICA
NERVO ÓPTICO
o OLHO HUMANO
32
A RllnNA
Todo o interior do olho está coberto com as células sensíveis à luz que consti-
tuem a retina. Cada uma delas está ligada ao encéfalo por um trato nervoso que
passa através da papila, juntamente com o nervo óptico. Na realidade, o nervo óp-
tico é parte do encéfalo, a única parte do encéfalo visível ao mundo exterior. Este
nervo tem uma grande importância esotérica, como veremos em seguida.
Existem duas espécies de células na retina: os bastonetes e os cones. Os basto-
netes se ocupam principalmente da reação à escuridão e à luz, enquanto os cones
contêm pigmentos sensíveis à cor e não só fornecem os mecanismos para a visão
da cor mas também dão a visão aguda e detalhada, o que os bastonetes não podem
fazer sozinhos. Esta acuidade de visão da cor e do detalhe atinge o máximo numa
pequena região das células cones no centro da retina chamado mácula. No centro
da luácula existe uma região destas células que forma a fóvea, onde todos os vasos
sangüíneos, nervos, etc, que estejam no caminho, são desviados. Os cones se divi-
dem então em três grupos, cada um sensível a uma cor específica, isto é, ao verme-
lho, azulou verde e, de maneira menos intensa, às combinações destas cores. Dessa
maneira, o encéfalo pode registrar todas as cores do espectro, mesmo se apenas e!D
termos de impulsos elétricos.
Antes de delinear as correlações esotéricas destas diferentes partes com seu sig-
nificado interior mais profundo, o estudante deveria estar familiarizado com elas.
Podemos explorar mais ainda a semelhança entre a estrutura do olho e a da
câmara fotográfica. A câmara, assim como a natureza exotérica do olho, incorpo-
ram um conhecimento simples das leis da Física. O interior do olho está forrado
de material escuro, pigmentado, que se encontra logo atrás da camada de células
sensíveis à luz que constituem a retina. O interior da câmara fotográfica também
é à prova de luz e, como o olho, contém espaço suficiente para formar uma imagem
("C", Figura p. 34). Em ambas as estruturas não há interferência externa na forma-
ção da imagem. O olho é como um santuário, um lugar sagrado onde apenas deter-
minadas energias purificadas podem entrar.
A câmara possui o equivalente à íris. Nos olhos humanos, a íris é formada de
fibras musculares organizadas radialmente em volta de uma abertura que permite
a entrada da luz, a chamada pupila. Nestes tecidos musculares é depositado o pig-
mento que dá ao olho sua coloração. A pupila age como um diafragma que pode
ser alterado para deixar entrar mais ou menos luz (" A", Figura p. 34).
A função da lente, tanto na câmara quanto no olho, é óbvia, ou seja, a de foca-
lizar as ondas de luz sobre uma região sensível onde é criada uma imagem invertida
de grande nitidez. O formato do cristalino no olho pode ser alterado de maneira
que os objetos localizados a grandes distâncias, assim como os próximos, possam
ser focalizados. O cristalino é arredondado ou achatado pelos músculos ciliares e
pelos ligamentos suspensórios. Na câmara, o formato da lente não é alterado; ela
é, sim, reposicionada (por meio de um fole) para se obter os mesmos efeitos de aco-
modação ("B", Figura p. 34). '
A camada de tecido onde se forma a imagem no olho é chamada de retina. Na
retina, as células sensíveis à luz reagem constantemente aos raios luminosos que in-
33
A
0-- B
F
cidem sobre elas. Algumas reagem em termos de escuro e claro. Outras reagem agu-
damente a diferentes vibrações de luz que chamamos de cor. As primeiras são cha-
madas de bastonetes, e as últimas, de cones. Na câmara fotográfica, a função destas
células, tão vital no relacionamento do corpo com o meio ambiente externo, é exer~
cida por uma placa sensível à luz. Cada placa pode reagir a apenas uma imagem,
enquantO no olho uma série ininterrupta de imagens é levada pelos nervos que li-
gam as células sensíveis à luz ao encéfalo. Este feixe de nervos está envolvido por
um material branco, gorduroso, chamado mielina, constituindo O nervo óptico (ner-
vo craniano II). A placa fotográfica na câmara ("D", Figura p. 34), após a exposi-
ção, precisa ser revelada e fixada. O olho dispensa esta operação transmitindo em
código para o encéfalo a informação contida na imagem. O código é transportado
por impulsos elétricos ao nervo óptico e é recebido uuma área especial de seleção,
na superfície do encéfalo, chamada córtex visual. O encéfalo pode então registrar
ou memorizar a informação obtida, ou descartá-Ia. A câmara fotográfica precisa de
um operador. No homem, as operações finais são por conta do ego ou da personali-
dade (no homem comum) e da alma (uo homem adiantado).
Não devemos levar muito adiante a comparação entre os dois objetos, o olbo
e a câmara, Na verdade, isto foi feito somente para ajudar O leitor a entender a ana~
tomia do olho e as implicações esotéricas que se seguem.
Devemos concentrar nossa atenção, agora, nas figuras menores da p. 34, que
mostram a natureza da retina do olho, que equivale à placa sensível à luz na câmara
fotográfica. A figura inferior mostra dois bastonetes e um cone, os elementos sensí-
veis à luz, componentes da camada da retina.
Maioria de Bastonetes
N erva Óptico
Fóvea
Af-- (Apenas Cones)
Cones e Bastonetes
Maioria de Bastonetes
35
A figura anterior (p. 35) mostra o posicionamento dos bastonetes e cones na
retina. Notarão que há um entalhe na retina, uma depressão onde os cones se con~
centram bastante. É a fóvea, cujo tamanho não passa de um ponto tipográfico, um
minúsculo ponto onde ocorre a visão mais nítida, a acuidade visual. É onde incide
a luz emitida por qualquer objeto que se olha diretamente. É onde cada uma das
letras do livro que você está lendo é registrada e de onde nascem os impulsos elétri-
cos que seguirão através do nervo óptico para o encéfalo, trazendo a mensagem
contida nestas letras. E porque existem somente COnes nesta área, é o local onde
a visão da cor é mais intensa.
Além disso, diferentemente dos bastonetes, que compartilham os tratos nervo-
sos que vão ao encéfalo, cada uma das células cones tem seu próprio trato nervoso
conduzindo ao córtex cerebral.
A fóvea encontra-se no centro de uma região da retina que parece não ter vasos
sangüíneos, chamada de mácula (ver Figura abaixo l. Aparentemente, os vasos san-
güíneos desviam-se da região da mácula, e isso é verdade. A presença dos grandes
vasos sangüíneos impediria a acuidade da visão conseguida nesta região. Na verda-
de, os vasos sangüíneos estreitam-se muito em minúsculos capilares que não são
facilmente visíveis. Na área do próprio centro, as células sangüíneas da fóvea pas-
sam somente uma de cada vez. Por isso, a mácula parece uma mancha esbranquiça-
da sobre a superfície avermelhada da retina, em cujo centro encontra-se a fóvea.
f+--------t- Macula
36
6
A VISÃO ETÉRICA
o mundo material que vemos à nossa volta e que aprendemos a amar tanto,
o mundo que ouvimos, sentimos, degustamos até o extremo, não é somente a subs-
tância gasosa, líquida e sólida que conhecemos tão bem.
Assim como a água penetra na areia e resulta num punhado de lama, e assim
como sabemos que a água, por sua vez, é interpenetrada pelo ar, gasoso, o que per-
mite aos peixes respirar o seu oxigénio, assim também estes estados da matéria ga-
soso, líquido e sólido são interpenetrados por estados mais sutis da matéria, maté-
ria de uma natureza etérea, mas muito tangíveL Esta matéria etérica ou éter, muito
sutil, permeia todo o espaço, certo como é que a natureza detesta o vácuo. A verda-
de oculta é que não existe o vácuo. Mesmo o espaço entre os planetas e o sol, ou
mesmo o espaço entre as galáxias, contém matéria ctérica.
IÓNICO
GASOSO
LÍQUIDO
SÓLIDO
37
OS SETE SUBIPLANOS DO FÍSICO
Este material sutil flui nas correntes portadoras de vida, liberando sua energia
para as plantas, os animais e os homens. Concentra-se m<:tis na região dos planetas
e mais ainda nos corpos dos seres vivos, onde forma um veículo cçerente, subja-
cente ou interpenetrante, que transfere constantemente sua energia para os órgãos
Ou estruturas visíveis mais grosseiras.
A parte mais densa deste coerente corpo etérico é composta de partículas car-
regadas, conhecidas por íons, cuja concentração é facilmente medida por instru-
mentos científicos. As categorias mais sutis da matéria etérica são os elétrons, os
pósitrons e o exército de partículas subatómicas, que vão sendo descobertas atual-
mente pelos químicos.
Estas partículas são mais difíceis de detectar porque a maioria delas tem carga
neutra e está em constante formação e decomposição. Por causa de sua natureza,
COncentram-se mais nas regiões do corpo onde ocorrem mudanças metabólicas. Es-
te corpo etérico subjacente a todos os seres vivos não sobrevive à morte, desinte-
grando-se vagarosamente e retornando ao corpo etérico do planeta.
Este corpo sutU e os ainda mais sutis a ele associados serão descritos mais tar-
de. Primeiro verificaremos se, fora do ensinamento esotérico de todas as grandes
religiões, há evidência de que este corpo sutil existe.
Estas provas são escassas, mas se vão acumuland,o com o aprimoramento da
ciência e o progresso da tecnologia, e na próxima geração a existência do corpo
etérico será aceita nos círculos científicos, mesmo que apenas como uma hipótese
não comprovada.
Consideremos agora a comprovação científica da existência da matéria etérica.
Por volta de 1920, o Dr. Walter Kilner, B.A., M.B. (Cantab) M.R.C.P., e eletricista-
chefe no Hospital St. Thomas, de Londres, publicou um livro sobre suas pesquisas
do estado mais sutH da matéria que, segundo ele, reveste e aparentemente interpe-
netra o corpo humano.
Um dia estava ele estudando os efeitos de determinadas forças físicas sobre o corpo
humano quando, olhando através de certos tipos de telas azuis, tingidas com diciani-
na, descobriu o contorno de um tipo de atmosfera humana envolvendo o corpo. Tes-
tando esta atmosfera com calor, correntes de ar, magnetismo e eletricidade, desco-
briu que nenhuma dessas forças físicas conseguia dispersar esta nuvem de substância
sutil. Descobriu, ainda, que a tintura afetava as células bastonetes e os olhos, tornando-
os sensíveis à luz proveniente da parte ultravioleta do espectro eletromagnético.
Apenas uma pessoa dentre quatro não via o contorno da atmosfera smil torna-
da visível pela ação da dicianina sobre o olho.
Normalmente, a cor que o olho percebe melhor é o amarelo. As lentes focali-
zam na retina com maior nitidez as vibrações amarelas do espectro que as outras.
Quando os olhos são sensibilizados pela passagem da luz através da tintura diciani-
na ou géis azuis (normalmente um azul real), acontece um deslocamento do espec-
tro de maneira que as faixas de cor violeta e o ultravioleta passam a façalizar-se na
retina. É nestas vibrações de luz que vibra o corpo erérico. Assim, após um período
de cerca de cinco minutos durante o qual os olhos são sensibilizados, é possível
ver na penumbra a energia etérica emitida pela superfície da pele humana nua.
38
-- -
---
-- ~
-
-
o CORPO ETÉRICO
Durante as pesquisas, puderam ser distinguidos três contornos ou camadas dis-
tintas desta matéria sutil. Uma se estendia cerca de oito centímetros além da super-
fície do corpo; outra, até trinta centímetros e meio; a terceira irradiava até uma dis-
tância de sessenta e um centímetros, ou mais,
O Dr. Kilner não era um ocultista. Ele nada sabia sobre a matéria etérica como
é ensinada pelo misticismo orientaL Sua investigação e pesquisa seguiram critérios
científicos) sem se deter em nenhum fator que não pudesse ser investigado direta-
mente dentro dos limites da ciência.
Espectro
Dicianina
Vários fatores tornaram-se patentes para ele durante o seu trabalho de pesquisa
em centenas de pacientes.
a) O halo ou aura variava de pessoa para pessoa.
b) Variava em intensidade, na cor e no tamanho.
c) A aura das mulheres era diferente da dos homens.
dj A das crianças diferia da dos adultos.
e) A das mulheres grávidas diferia das outras.
f) Pessoas doentes tinham a aura diferente das saudáveis. Na doença, era pos-
sível distinguir uma descoloração e mancha na parte afetada.
Descobriu ele que ao se colocar as mãos uma frente à outra, com os dedos es-
tendidos) as auras das mãos se uniam, mesmo que estivessem a uma distância de
meio metro uma da outra. Segundo ele, a aura parecia depender da saúde e da capa-
cidade mental do indivíduo, mais do que de sua retidão.
40
VERMELHO LARANJA AMARELO VERDE AZUL VIOLETA U{LTRA)-V{IOLETA)
~----------v~----------~ INVISIVEl
HUMANO
(
>
TREINAMENTO DO DISclpUlO
41
7
CIRURGIA E O TERCEIRO OLHO
42
o instrumento utilizado, em forma de U, foi mantido firme na posição, enquanto
uma fina lasca de madeira era introduzida peIa abertura até uma certa profundida-
de. Essa lasca tinha sido cuidadosamente limpa, endurecida ao fogo e coberta com
um remédio de ervas. Guiada por clarividência, a lasca foi s.endo introduzida cada
vez mais fundo para dentro da cavidade craniana. O menino sentiu um comichão
no nariz e um repentino aumento da sensação olfativa. Sentia aromas perfumados.
Em seguida, houve uma clarão cegante; o Lama que supervisionava interrompeu a
inserção e ao mesmo tempo o menino expedenciou uma variedade de sensações
de cor, semelhantes"aos fenômenos visuais típicos da experiência psicodélica. O ins-
trumento de metal em forma de D, o trépano, foi retirado e a lasca de madeira dei-
xada no local, profundamente introduzida no encéfalo. O ângulo de penetração não
foi descrito.
O menino foi mantido isolado num quarto escuro enquanto a lasca de madeira
permanecia amarrada fortemente na sua posição durante mais de duas semanas. Neste
período, ele começou imediatamente a perceber a aura dourada em volta dos seus
conselheiros espirituais.
Surge a questão de quais estruturas anatómicas são alcançadas nesta operação
e com que propósitos. Antes de mais nada, devemos lembrar que a cIarividênci'f
implica alterações nos estados etéricos da matéria que interpenetra o corpo físico
e que o mais grosseiro destes tecidos etéricos é o composto por íons.
Chakras são centros de força nos níveis etéricos. Eles vitalizam os órgãos ali-
mentando-os de energia etérica, sendo que a energia do prana, pertencente ao pri-
meiro subplano, é a mais sutil dentre elas. A eficiência dos chakras está normalmen-
te em razão direta ao grau de desenvolvimento espiritual de um indivíduo e à saúde
de seus veículos. Geralmente, o despertar dos chakras na região da cabeça conduz
aos poderes psíquicos. Fatores bastante influentes no estímulo, inibição, retenção,
ritmo ou arritmia dos chakras são as correntes nervosas, a alimentação, a respiração,
a energia emocional e a atívidade mental. Cada chakra importante está relacionado
com uma glândula endócrina. Na região da cabeça, a hipófise está relacionada com
o Chakra Frontal, que é um instrumento de percepção superior. Da mesma maneira,
a glândula pineal está relacionada COm o Lótus de Mil Pétalas ou o Chakra da Cabeça.
O local de inserção da lasca de madeira coincide exatamente com a superfície
entre as sobrancelhas, onde o Chakra Frontal se exterioriza. Isto não aconteceu me-
ramente por acaso. A colocação da lasca de alguma maneira deve ter aberto o cami-
nho para que uma quantidade de energia etérica, maior do que o normal, pudesse
se expressar nesta região.
Se a lasca fosse inserida horizontalmente (Figura p. 47 "A"), poderia ser guiada
com sucesso (pelo clarividente) por entre os dois hemisférios cerebrais, chegando
até a parede frontal do terceiro ventrículo, a lâmina terminal. Se esta fosse penetra-
da, a lasca de madeira se estenderia desde o lúmen do terceiro ventrículo até as so-
brancelhas. Deixada ali por 18 dias, numa região onde a regeneração do tecido qua-
se não existe (pois o tecido do encéfalo não se renova), ocorreria o prQcesso nor-
mal de reação a um corpo estranho, que sem dúvida formaria uma passagem forra-
da de paredes fibrosas. Ao se retirar a lasca, esta passagem constituiria um canal
direto de fluido cérebro-espinhal para a região frontal, possivelmente ligando-se à
44
circulação do fluido espinhal nesta região. Um caminho quase desobstruído conec-
taria então a região do terceiro ventrículo com a das sobrancelhas. A propósito, de-
vemos lembrar que o terceiro ventrículo é o "pólo Norte" da aura magnética, afiM
coradouro do fio da "consciência", etc.
Se a lasca fosse introduzida um pouco mais abaixo (Figura ao lado "B"), entra-
ria no hipotálamo, o encéfalo emocional, alcançando alguns núcleos (ver "O Hipo-
tálamo e Seus Núcleos", Figura p. 15), talvez inibindo a resposta emocional para
o ambiente externo e deixando o sujeito mais suscetível ao controle concentrado
do ehakra Frontal.
Introduzida a um ângulo mais baixo (Figura ao lado "e"), a lasca poderia tres-
passar o quiasma óptico e alcançar a área da hipófise, ou pelo menos seu pedúncu-
lo, o tubérculo cinéreo.
Esta glândula, como vimos, é a expressão física do ehakra Frontal. A existência
de uma passagem entre os dois certamente conduziria a um desdobramento inusita-
do do chakra, como também afetaria muitas estruturas corporais, pois a hipófise
pode induzir centenas de combinaçóes de mudanças nas estruturas física e de per-
sonalidade, quando nela interfere um tumor, uma cirurgia ou hormônios de feed-
back e neuro-secreções.
Ocorrendo a penetração horizontal, profunda (Figura ao lado "D"), a ponta
aguda da lasca atravessaria diretamente o terceiro ventrículo, entrando na invagi-
nação da parede do ventrículo que chamamos de glândula pineal. H. P. Blavatsky
chamou esta glândula de útero do encéfalo. Um falo de madeira poderia com suces-
so despertar a atividade das células pineais, ou pelo menos retirá-Ias do seu estado
de atrofia. A glândula pineal é, sem dúvida, a expressão física do Sahasrara, o Lótus
de Mil Pétalas.
Uma penetração rasa, a um ângulo qualquer (Figura ao lado "E"), poderia rea-
lizar uma lobotomia em miuiatura, operação freqüentemente usada (agora, felizmen-
te, menos) uos distúrbios mentais. Seria uma pequena trepanação bilateral no plano
da sutura coronal que dividiria a matéria branca (contendo os tratos nervosos) do
encéfalo, separando de um lado o diencéfalo, especialmente a região hipotalâmica,
c, do outro, o córtex cerebral.
A operação diminuía bastante a agressividade dos pacientes maníacos. Entre-
tanto, com muita freqüência transformava-os em "vegetais" sem intelecto nem ini-
ciativa. Mais recentemente, a técnica foi aperfeiçoada, preservando a habilidade in-
telectual ao lado do efeito tranqüilizante. É grande a tentação de se presumir que
este fosse o alvo da lasca, isto é, reduzir as características agressivas, competitivas,
e separatistas que se originam nesta região antes que comecem a se manifestar na
criança. Esta condição exigiria então que o neófito fosse instruído seriamente nas
disciplinas esotéricas, substituindo as características hostis por um autocontrole para
não infringir os direitos dos outros e permitir que as forças do Amor-Sabedoria se
expressassem adequadamente, um atributo ausente na maioria das crianças educa-
das nos institutos educacionais ocidentais, onde se encoraja a competição nos es-
portes e no desempenho escolar.
A presença de sensações olfativas enquanto a lasca estava sendo inserida indica
um ângulo de penetração muito mais baixo, provavelmente por entre as sobrance-
46
D
A
B
C LÂMINA TERMINAL
POSTERIOR
QUIASMA ÓPTICO
HIPÓFISE
lhas, Parece improvável, porém, que o alvo fosse alguma estrutura bilateral, como
os dois lobos olfativos, os núcleos amigdalóides, ou outros quaisquer.
É certo que a explicação anatômica está associada a uma ou mais de uma das
características enumeradas acima, Dizer qual delas, por enquanto é um segredo de
iniciação, Como foi dito no início, os efeitos reais da operação estariam sendo exer-
cidos a nível etérico, sobre a matriz etérica do alvo, qualquer que fosse.
47
8
EXPERIÊNCIA VISUAL
NO MISTICISMO
48
Platão, com sua lógica magnífica, descreve essa experiência por analogia na fa-
mosa cena da Caverna, na sua República 2
Aqueles que o experienciaram de várias formas distinguem nos eventos três fa-
tores em comum, cada um ligado a uma seusação apropriada:
(1) ONISCIÊNCIA
(2) ONIPOTÊNCIA
(3) UNIÃO
A onisciência implica todo o conhecimento. Na experiência da superconsciên~
cia, O neófito vivenda tamanho aumento de percepção que tem a certeza de ter to~
cado a fonte de toda a sabedoria, de toda a compreensão, e não o mero conheci-
mento dela. Ao mesmo tempo, este aspecto da superconsciência é acompanhado
por uma sensação de luz. A partir de então, este esplendor interno sempre é descri-
to com assombro e reverência, como Luz, e não luz, a Luz de dez mil sóis, não a
luz de uma vela.
A onipotência usualmente acompanha a onisciência. O conhecimento total traz
a certeza de saber que o poder é seu, proporcional à sabedoria dada. Nada, nenhu-
ma coisa lhe é negada. Tudo o que é latente está aí à disposição, para ser expresso.
A sensação que acompanha esta divina megalomania é o êxtase. É como se o maior
dos entusiasmos jamais sentido fosse ampliado centenas de vezes e o estivesse tres-
passando. O orgasmo é nada comparado com isto. É o êxtase levado ao máximo,
como na palavra: "ex stasis" ... "ex-static", fora do fixo e rígido (corpo).
O terceiro fator comum na experiência da superconsciência é a união com um
grande Ser. Não é apenas sentir a capacidade de alcançar a fonte do conhecimento
total mas também de fazer parte de um imenso organismo que gera o Amor-Sabedoria
através de você e por fora de você ("fora" no sentido de "além" e não exclusivo
de você). Você tem à disposição o poder e a energia Dele porque você É Ele.
Juntamente com esta revelação divina de que "Eu sou AQUILO" vem a sensa-
ção de eternidade. O tempo parece funcionar de forma bastante alterada. Há oca-
siões em que o tempo desacelera, de maneira que em poucos momentos alguém
pode ser iniciado numa gnose que, pelos padrões de instrução acadêmicos profa-
nos, requereria um curso de três anos numa boa universidade. Em outras ocasiões,
o tempo se acelera de tal maneira que um padrão inteiro de crescimento evolutivo
de qualquer espécie é visto num instante, num único vislumbre da eternidade. J.
B. Priestly, o famoso escritor inglês, passou por uma experiência assim.
Eis a descrição que J. B. Priestly faz da visão que teve em sonho depois de ter
ajudado com o sino de pássaros no Farol de St. Catherine na ilha de Wight:
"Sonhei que estava de pé no topo de uma torre muito alta, sozinho, olhando para
baixo e vendo miríades de pássaros que voavam todos na mesma direção; havia todo
tipo de pássaros, todos os pássaros do mundo. Era uma visão nobre, este vasto rio aéreo
de pássaros. Então, de algum modo misterioso, a marcha mudou e o tempo foi acelera-
do, de maneira que vi uma geração inteira de pássaros, vi-os quebrar suas cascas, esvoa-
çar para a vida, enfraquecer, cair e morrer. As asas mal cresciam e já se desmanchavam;
2. Ibíd.
49
os corpos eram lisos e em seguida, num instante, sangravam e tremiam, e a morte ataca~
va de todos os lados e a cada segundo. O que adiantava toda esta luta cega pela vida,
este ansiosO experimentar das asas, todo este esforço biológico sem sentido? Ao olhar
para baixo, parecendo ver quase num relance a ignóbil pe~uena história de cada criatu-
ra, senti uma dor no coração. Teria sido melhor se nenhum deles, nenhum de nós tives-
se nascido, se a luta cessasse para sempre. Permaneci na minha torre, ainda sozinho,
desesperadamente infeliz, mas agora a marcha mudou novamente e o tempo passava
mais depressa ainda, tão rapidamente que os pássaros não podiam externar nenhum mo-
vimento e eram como uma enOrme planície coberta de penas. Mas agora, tremulando
através dos próprios corpos, passava pela planície um tipo de chama branca, estreme~
ceudo, dançando, para depois continuar a sua corrida; e logo que a vi, soube que esta
chama era a própria vida, a própria quintessência do ser; e então, numa explosão de
êxtase, me dei conta de que nada importava, nada poderia jamais importar, porque na-
da era real a não ser esta tremulante, apressada volubilidade de ser. Pássaros, homens
ou criaturas ainda não formadas e sem cor, nenhum contava, a não ser quando esta cha-
ma de vida os percorria. A chama nada deixava atrás de si para ser pranteado; o que
eu considerava trágico era apenas o vazio de um espetáculo de sombras, porque agora
todo o sentimento real fora capturado e purificado e dançava em êxtase junto com a
chama branca de vida. Nunca havia sentido antes tão profunda felicidade como esta ao
final do meu sonho da torre e dos pássaros ..
"Todo o deleite e poder, todas as coisas viventes, todo o tempo fundido num bre-
ve segundo. Não ouvia nada; era como se eu estivesse l'Odeado de luz dourada ... "
"As cores tornam-se impressionantes para ele, perdem seus limites e parecem fluir.
Neste estado seu senso de comunhão e de comunidade é acentuado ... "
"As cores parecem ter um significado imenso e fantástico ... tudo adquire significa-
do e se ordena em padrões. Sinto ondas de calor. Meu sentido tátil é acentuado, assim
como o visual, até se tornar muito poderoso."
"Estive durante quatro horas num estado de total luz homogênea, de beatitude, e en-
tão vejo-me começando a descer, e esta enorme onda vermelha entrar rolando pelo quarto:'
"Havia uma consciência de energia eterna, por vezes na forma de uma intensa luz
branca ... Vê-se bem claramente que toda a existência é uma só energia, e que esta ener-
gia é o próprio ser ... você próprio é a eterna energia do universo."
3. The Brain Revolution, Marilyn Ferguson, Taplinger Publishing Co., Nova York, 1973.
50
A estas gostaria de acrescentar humildemente minha própria experiência (do
meu diário, 3,30 da manhã, 31 de outubro, 1961),
. isto era algo novo para mim ".. fabuloso, incrível r uma capacidade desconheci~
da, latente, presente desde sempre, mostrando aquela qualidade particular, a 'fé', mas
numa forma das mais incornuns. Repentinamente era como se eu tivesse contata direto
com o poder central motivador da Vida; e usando meus poderes de visualização, pude
dar ao que estava visualizado uma vida, um significado, urna função. E a certeza ou a
fé com a qual criei - pois de repente eu era um criador, um filho de Deus ... estava
com Ele e era Ele O"' confiante, firme, certo, desprendido e ao mesmo tempo todo en~
volvido - pode nunca mais acontecer novamente e ainda assim podia, deveria, precisa-
va, ACONTECERÁ novamente, pois é uma capacidade que exprime todas as tentativas
escondidas, latentes, não manifestadas, abortadas, de visualização no estado de cons-
ciência plena.
"Muitos fatores deveriam ter estado presentes ou ausentes para que isto fosse pos-
sível '" isto surpreendeu até Você. Era como se eu estivesse num cilindro - o centro
de uma coluna elevando-se sempre para o alto ... e o tempo todo eu fazia um pilar de
luz que incorporava um bilhão de detalhes e tributos a tudo que aprendi durante todas
as minhas vidas -, era uma torre de Giotto virada do avesso e com todos os seus deta-
lhes multiplicados um milhão de vezes, sempre em mutação, com facetas das inúmeras
manifestações de vida - e eu, sabendo que sou uma parte imortal, indestrutível do Cria-
dor, embora ainda uma miserável expressão Dele, era a vida dentro da torre, era a torre,
o seu construtor, enquanto ela crescia mais e mais, destacava-se no seu plano, qualquer
que fosse, como um farol, um tributo às energias que Tu e Outros investiram em mim
e era a minha criação."
51
9
A ANALOGIA DO OLHO
"Hilozoismo 1 não pára no átomo; nem pára no homem. Propõe que os átomos vi-
vem dentro de formas maiores que eles. Alguns átomos vivem dentro do corpo da mo-
lécula, que, como vimos, muitos aceitam como possuidora de vida. Moléculas vivas, às
vezes, fazem parte do corpo de um ser maior que é a célula do tecido Ou um organismo
unicelular. Muitas células se juntam para formar estruturas maiores como o próprio ho-
mem. Cada entidade, independentemente do seu tamanho, tem vida e vive dentro do
corpo de um ser maior situado em algum ponto da escala da evolução.
"Que é que se encontra além dessa entidade viva que é o homem? Ele vive dentro
do corpo de um ser maior? A Sabedoria dos Séculos propõe que o homem não é exce*
ção: vive dentro dessa entidade sensível e imensa que chamamos de Raça-Raiz, em cujo
centro está o Manu. E, continuando, as próprias Raças-Raiz não são apenas sensíveis en-
tidades vivas, mas formam somente uma parte do corpo dessa grande entidade viva:
a humanidade. Nossa Quinta Raça~Raiz (cuja forma externa é bem conhecida por nós
que a compomos), internamente, é um centro vivo de força etérica, na humanidade ...
um centro que corresponde ao nosso Chakra Laríngeo. E a Raça Atlante, a Quarta Raça-
Raiz, corresponde ao centro do Plexo Solar deste distinto Ser. Do mesmo modo, os re-
manescentes da Lemúria correspondem ao Chakra Sacral, porque mesmo nEle, dentro
de quem vivemos e nos movemos e temos nossa existência, ocorre a evolução da cons-
ciência e a sua está se afastando do seu Chakra Sacral e do Plexo Solar e mudando*se
para o Laríngeo. Daí o aparecimento da Quinta Raça-Raiz.
1. Hilo deriva da palavra grega para matéria, e( )-zoísmo significa vida. A teoria propõe que tudo tem
vida - desde o -minúsculo átomo até a maior das galáxias.
52
/
\\
(
.·l'
I
"E conquanto a Ciência possa rir de tais afirmações aparentemente sem sentido,
podemos esperar pacientemente até o dia em que as g~andes massas intuirã~ que m~s
mo os planetas do nosso sistema solar e os de outros nao passam de cxpressao exterIor
de grandes vidas, e assim por diante, até as próprias galáxias. Nossa Via Láctea, a galáxia
na qual vivemos, tem vida e é sensível e tem uma consciênch,em evolução, governada
pelas mesmas grandes leis do Ser que regem a nós e ao menor dos átomos. Durante~ sé-
culos, nosso sistema solar recebeu o nome esotérico de O GRANDE HOMEM DOS CEUS
e mesmo Ele não passa de um centro do coração dentro do corpo de um ser maior ain-
da, que até o iniciado mais elevado sente apenas vagamente, e nãO" é sem razão que Ele
é mencionado como 'Aquele Sobre Quem Nada Pode Ser Oito,."l
54
Células Vermelhas do
Sangue", Hemácias.
CIRCULAÇÃO DO SANGUE
Você mergulha numa incrível claridade. É como se a luz de dez mil, mil sóis
o engolisse. Você fica momentaneamente cego. Ao se recuperar, você toma cons-
ciência do êxtase que acompanha um sentimento de onipotência. Neste estado exal-
tado você tem uma visão, uma visão da realidade que jaz fora do mundo normal
da experiência cotidiana. Por alguns segundos cegantes, você está na fóvea e co-
nhece a Vontade de Deus, e percebe o esplendor do Filho. Você é banhado, não
só na luz do sistema do qual faz parte, mas na luz EXTRA-SISTÊMICA, uma luz que
vem de fora, de além do corpo dAquele em Quem você vive.
E o fogo que se desprende de ti, então, um bllhão de vezes mais belo, mais perigoso,
6 meu cavaleiro!3
Você é capaz de olhar para o Cosmo, ver realmente a direção na qual este Ser
se move, conhecer alguma coisa do Plano do sistema inteiro. Por sua presença e
o oxigênio que você está dando, você de fato está fornecendo-lhe a experiência sen-
sória e vivenciando-a ao mesmo tempo. Você é Ele. Você está num estado de yoga.
Você participa de um tempo extra-sistêmico. Isto é união, onisciência e onipotên~
da, tudo junto. Você, momentaneamente, é o Logos, pois Ele está concentrando-se
naquilo que vê, e está vendo do mesmo ponto no tempo e no espaço que você.
A experiência nunca-a-ser-esquecida termina. Você abandona o chão em fogo e num
instante retorna à "circulação", vivendo a mesma vida de antes.
Você, porém, está mudado. O mundo nunca mais será o mesmo para você. Vo-
cê se aproxima dos outros e tenta contar-lhes sua experiência metafísica. Ninguém,
contudo, quer saber nada sobre isto. Você é um louco, um excêntrico, um místico.
Só você sabe que foi verdade.
NERVO ÓPTICO
H-H::- ,BASTONETES
A FÓVEA ANATÓMICA
3. Gerard Manlev Hopkins em "The Windhover". Ver também. pp. 172-174, TheJewel in the Lotus.
56
A TRANSFIGURAÇÃO
Óleo sobre madeira - Rafael ~ 1517
10
MAIS ANALOGIAS E CORRELAÇOES
Dentre todos os órgãos, o olho é o que mais se parece com um planeta. Tem
a forma qnase esférica e, do ponto de vista do ocultismo, tem, como a Terra, um
pólo norte (a papila) e um pólo sul (a superfície da córnea do outro lado da pupila).
O primeiro age como um vórtice e o último, como uma torrente.
Embora seja menos óbvio, todos os órgãos funcionam como sistemas planetá-
rios no corpo, que é "um sistema solar em miniatura". 1 Principalmente as glându-
las endócrinas, através de seus correspondentes etéricos, os chakras, comportam-
se de maneira tão semelhante aos planetas do nosso sistema solar que as ciências
esotéricas tradicionalmente têm estabelecido correspondências entre eles, como por
exemplo, Saturno, a glândula tireóide, o Chakra Laríngeo, etc.'
As três camadas do olho (quando consideradas em analogia com o planeta Ter-
ra) relacionam-se com os três reinos inferiores:
Esc!erótica - Reino Mineral
Coróide - Reino Vegetal
Retina - Reino Animal
Por sua vez, os bastonetes podem ser considerados os representantes dos ani-
mais superiores, enquanto os cones, estas células sensíveis à luz que reagem à cor/qua-
lidade, correlacionam-se ao reino humano.
Segundo esta analogia, aqueles poucos cones reunidos na mácula representam
o Homem seguindo pelo Caminho, tornando-se receptivo à luz extra-sistêmica (a
energia da mónada). As células cones da fóvea representam os iniciados, respon-
dendo todos à energia da mónada.
As células cones são divididas em três tipos. Cada uma é receptiva a uma espe-
cífica cor/qualidade. As três cores são o vermelho, o azul e o verde. Da mistura des-
tas três cores principais (fisiológicas), são obtidas as cores restantes e os tons. Por
analogia, os três tipos de cones relacionam-se com os iniciados do terceiro grau pa-
ra cima ... pois apenas esses respondem à mónada:
58
Mónadas
Vermelho Raio 1.. ........................ . Vontade e Poder
Azul índigo .. Raio II............................ Amor-Sabedoria
Verde .............. .. Raio III ...... . ......... ,.... Inteligência Ativa
Atualmente, existem 63 bilhões de mónadas trabalhando através do Esquema
do Mundo, na proporção de 1: 10: 10, respectivamente, isto é:
Mónadas do Raio I . 3 bilhões
Mónadas do Raio II .. 30 bilhões
Mónadas do Raio III .............. . 30 bilhões
o número dos iniciados do terceiro grau que estão no mundo pode ser calcula-
do em centenas; do quarto grau (arhats), em vintenas, e os iniciados do quinto grau
(Mestres), em menos que setenta.
~~~
ESCLERÓTICA
íRIS
59
LUZ EXTRA-SISTÊMICA
SUTRATMA
ANTAKARANA
,~
Os iniciados da Terra reagem à luz extra-sistémica - às qualidades do Atma,
Buddhi e Manas. Eles iniciam os projetos em nome da Hierarquia. Os Mestres "se-
meiam" constantemente as suas consciências com aspectos destes projetas ... Dar-
win, trabalhando em sua Origem das Espécies, Mendel,. em seu jardim de ervilhas,
Schliemann, procurando as ruínas de Tróia, Kekulé, desvendando a estrutura da mo-
lécula de benzina.
Sob a orientação destes iniciados, o Plano Inteiw para o planeta é acionado,
ao mesmo tempo que os reinos são guiados para expressar cada vez mais a Verdade,
a Beleza e a Bondade.
Músculo Ciliar
íris
Coróide
Vascular
Nervos Ciliares
Nervo Óptico
61
11
OLHO o
COMO UM ÓRGÃO CRIATIVO
"... Medindo em 'graus biométricos', Brunler fixou uma nota média de 350. Rembrandt
obteve 638 graus biométricos; ]oshua Reynolds, 586; Giotto, 654; Chopin, 550; Wagner,
538; Charles Dickens, 540; Napoleão, 598; Nelson, 510; Frederico o Grande, 657.
<'Ele descobriu que Sir Francis Bacon (640) era consideravelmente superior ao ator
Shakespeare, em cujo nome ele SUPOSTAMENTE (uma suposição falsa) escreveu. Mi-
chelangelo marcou 689, enquanto Leonardo da Vinci, 725",1
Que os olhos humanos emitem energia não é de surpreender tanto, dado o fato
de eles serem parte do encéfalo humano. Os olhos contêm os nervos ópticOs que
podem ser observados pelo oftalmoscópio, aparecendo como discos brancos no fun-
do do olho, ao nível da retina. Nós, é claro, medimos as radiações do cérebro com
62
um eletroeucefalograma ... por que, então, sendo parte do diencéfalo, os olhos não
emitiriam energias que pudessem ser medidas também?
A importância desta informação para o ocultista reside no que concerne à aber~
lUra do Terceiro Olho. O funcionamento do Terceiro Olho requer uma entrada de
energia através do espaço entre as sobrancelhas, focalizada na região da glândula
pineaL O Terceiro Olho também emite energia, uma energia penetrante, transmi-
tindo-a do Lótus de Mil Pétalas ao Chakra Frontal, e daí para o objeto de interesse.
Assim como todos os olhos, o Terceiro Olho requer uma lente para poder focalizar
as imagens de seu ioteresse. O cristalino do Terceiro Olho está localizado à frente
da testa e é construído na periferia da aura magnética. Portanto, o neófito deve apren-
der a construir à frente do espaço entre as sobrancelhas um vórtice de energia, do
qual precisa integrar ou sintetizar uma lente estrutural que permita o trânsito para
dentro e para fora das energias do Terceiro Olho.
Um exame cuidadoso das figuras ao lado, mostrará a importância do cristalino
no olho normal. A forma do cristalino pode ser alterada pelas contrações dos mús-
culos ciliares, para manter sobre a retina, na região da fóvea, a imagem de qualquer
objeto, distante ou próximo. Nas práticas esotéricas, a fóvea é substituída pelo ner-
vo óptico e o objeto se transforma na imagem quando as energias do olho fluem
para fora.
Focalizadas na fronte, estas efusões acabam concretizando um cristalino, a par-
tir do material etérico, através do qual a "luz astral" pode ser captada e dirigida
sobre os órgãos do Terceiro Olho que promovem o desabrochar psíquico.
Então surge a pergunta: como deveríamos construir este cristalino e de que ma-
teriais? A resposta geralmente é dada no processo da iniciação, embora poucos con-
sigam identificá-la nas doutrinas da Sabedoria Antiga. As energias são obtidas atra-
vés do treinamento iniciático e de uma vida meditativa. As energias de Atma, Buddhi
e Manas são atraídas para baixo através da aura etérica e dão forma ao cristalino.
Que são as energias de Atma, Buddhi e Manas?
MANAS SUPERIOR
Antes da chegada dos Senhores da Chama neste planeta, cerca de dezenove mi-
lhões de anos atrás, esta energia não era conhecida. O homem-animal tinha alcan-
çado um estágio na sua evolução em que ele iria regressar em breve para a compa-
nhia dos outros antropóides, se não fosse estimulado com a específica qualidade
da evolução venusiana. Conseqüentemente, vieram para a Terra os Senhores da Cha-
ma, de Vénus, e aplicaram suas energias individualizadoras ao córtex cerebral do
homem terrestre. A partir de então, a parte humana do homem-animal tornou-se
dominante, tornando estes indivíduos primitivos receptivos ao Manas Superior, que
se manifesta como a capacidade de pensar em termos abstratos ... uma qualidade
essencialmente humana. Por meio do pensamento abstrato, o homem pode ponde-
rar sobre assuntos que não têm relação alguma com suas necessidades básicas ou
animais. O artista, o pesquisador, o filósofo, o santo, são testemunhos desta capaci-
dade. Para o homem é mais fácil praticar esta forma de expressão do que Atma ou
64
músculo ciliar radial contraído
fTll.S(;UlO ciliar circular relaxado
objeto
_retina
imagem
focalizada
na fóvea
A - Objeto Distante
imagem
focalizada
na fóvea
B - Objeto Próximo
FUNÇÃO DO CRISTALINO
BuddhL o Manas Superior está intimamente ligado a sua contraparte inferior ... o
Manas Inferior, ou inteligência ativa. Pela prática do Manas Snperior, ou pensamen-
to abstrato, introduzimos no antakarana a substância deste plano.
HUDDHl
ATMA
Considerada como uma manifestação da Vontade Divina e mais rara que as ou-
tras duas, Atma é a persistência de homens como um Moisés no Deserto do Sinai,
como o Capitão Scott no Pólo Sul, ou Ghandi nos seus jejuns em defesa de princi-
pias políticos.
Roger Bannister, o primeiro homem a correr uma milha em menos de quatro
minutos, disse o seguinte sobre sua façanha:
66
~---_._,,_._,-
>t
URANO
rÇ;-
MERCÚRIO VÊNUS
01)
h
A FISIONOMIA DIVINA
68
Que os recursos mentais podem afetar a matéria física já está comprovado pelas demonstraçoes
públicas de muitos fenômenos, feitas por Uri GaHer e por Swami Rama e testadas em bases científicas.
Muito recentemente, vários tenistas profissionais constataram que, em algumas raras ocasiões, conse-
guiram redireclonar a bola depois de tê-Ia lançado. Todos estes fenômenos, como entortar chaves atra-
vés da efusão do atma, curar doentes por atas de compaixão e buddhi, esculpir uma estátua por meio
do pensamento abstrato, são aspectos das energias pertencentes a outras dimensões e a melhor ma-
neira de direcioná-Ias é pelos olhos.
FÓVEA . FÓVEA
PAPILA PAPILA
"A" - OS OLHOS FOCALIZADOS NA LEITURA ... AS
PAPILAS OLHAM DIRETAMENTE PARA A FRENTE
A
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FÓVEA
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I
I '
,
..
+
Uma experiência para demonstrar a existência do ponto cego.
•
Olhe para o + com o olho direito, deixando o esquerdo fechado. Vai aproxi"
mando o livro do olho, começando a 38 cm de distância. A cerca de 23 cm de
distância do olho, O $ irá desaparecer, porque sua imagem está sendo projetada
no ponto cego.
Quando os olhos são virados para dentro e para cima, como o fazem os yogues
em profunda meditação ou mesmo Samadhi, as papilas emitem suas energias direta-
mente através das duas pétalas do Chakra Frontal, um exercício de profundo signi-
ficado oculto.
71
12
o CONTROLE MUSCULAR DO OLHO
A cavidade óssea na qual se aloja o olho é chamada órbita, que contém uma
gordura mole preenchendo inteiramente a cavidade.
Há sete músculos na cavidade. Seis deles movem o globo ocular e o sétimo ele-
va a pálpebra. Juntos, perfazem um septenário esotérico. Os seis fornecem não só
um meio para tomar conhecimento do mundo exterior, mas também uma bengala
para sustentar o peregrino cansado, semiparalisado, nos mundos superiores.
Reto
Oblíquo i;;;;~,i~;:=+
72
Para se obter o controle absoluto dos olhos é necessária a coordenação dos três
nervos cranianos. Este esforço é suficiente para manter os hemisférios cerebrais num
estado de impotência retida, enquanto a consciência se reorienta para o interior.
Os quatro músculos retos simbolizam a Cruz da Iniciação.
f---jf--f--Jl----1 ~
A CRUZ CARDEAL
73
RETO SUPERIOR
CONJUNTIVA
íRIS
PUPILA
ESCLERÓTICA
RETO
RETO MEDIAL
LATERAL
RETO INFERIOR
76
1. MOVA OS OLHOS BEM PARA O TOPO 2. VOLTE OS OLHOS PARA A EXTREMA
DA ÓRBITA DIREITA E PARE POR UM SEGUNDO
E mais:
Tal fenômeno só é possível porque existe uma matriz etérica associada às célu-
las embrionárias cerebrais e que delas irradia, mas sempre levando-se em conta que
78
mesmo a matéria etérica é um reflexo da estrutura mais profunda, a matéria astro-
mental, o veículo da mente.
Já observamos que o olho se desenvolve a partir do prosencéfalo, O que é um
indício de manifestação comparativamente atrasada no desenvolvimento das Raças-
Raiz. A figura da página 28 mostra os pedúnculos ópticos desenvolvendo-se das pa-
redes laterais do diencéfalo. O pedúnculo, que compreende a retina, desenvolve-se
na forma de uma taça, onde se depositam estruturas como o cristalino.
Nenhum estudo de anatomia comparativa consegue explicar como o olho evo-
lui e por que chega a ser tão altamente desenvolvido e organizado, mesmo nos gru-
pos dos vertebrados inferiores. A resposta é que a estrutura já estava presente no
padrão arquetípico do homem, que, um bilhão de anos atrás, já irradiava e "semea-
va", a partir dos níveis astral e etérico, as estruturas que a Natureza ia moldando. 3
Em primeiro lugar, a parede do diencéfalo destaca uma região que se transforma-
rá no pedúnculo, formando um fosso. Mais tarde, assim como a glândula pineal, a
parede invagina e forma uma vesícula óptica (Figura p. 81 superior). Em seguida, a
vesícula torna-se abaulada na parte externa, formando a taça óptica (Figura p. 81 cen-
traI). A taça tem duas camadas: uma, formada pela vesícula; a outra, criada pelo abau-
lamento. Esta taça óptica forma a retina com suas camadas de tecido cerebral. Nas
Raças-Raiz primitivas, em cada taça desenvolvia-se um chakra etérico com duas fun-
ções. Primeiro, atraía para o seu vórtice os tecidos etéricos e mais tarde os físicos (ou
a lente placóide do ectoderma), e estes se diferenciavam no cristalino e na córnea.
Por uma efusão do pólo oposto do chakra, o nervo óptico foi moldado da mesma
maneira e orientado para o eixo superior do Chakra Óptico, localizado no encéfalo.
Esta descrição é apenas um esboço geral do que ocorre na mais complexa das
criações embriológicas. As chances de que este processo inteiro seja realizado por
uma sucessão fortuita de mutações ou por seleção natural são ínfimas. A única alter-
nativa é a ação de um padrão arquetípico, subjacente, orientador, funcionando co-
mo matriz em uma substância mais sutiI.
Hoje em dia, myitos cientistas, antropólogos e estudiosos da evolução duvidam
seriamente que as mutações surgidas por acaso e pela seleção natural possam expli-
car a evolução.
A proposição esotérica, bem mais sustentável, é que uma matriz mental subja-
cente sempre age através da matéria etérica e é responsável pelo principal impulso
evolutivo; que a aquisição das características pela espécie é nm fato e que a seleção
natural é mais um resultado do que uma causa.
É certo que qualquer grande avanço na percepção humana ocorrerá paralela-
mente a uma mudança na percepção visual, ou será prenunciado por ela. Já obser-
vamos que foi assim com as Raças-Raiz primitivas, nas quais a atrofia da glândula
pineal aconteceu paralelamente à evolução dos dois olhos externos. E enquanto o
homem mais uma vez retoma seu caminho de volta à mônada, agora no arco ascen-
dente, com a glândula pineal assumindo uma importância crescente na sua anato-
mia, os olhos verão menos coisas materiais e mais o mundo etérico. Que mudanças
anatômicas aparecerão neste retorno à visão etérica?
79
Uma coisa é certa. As mudanças anatómicas, por um lado, irão reverter o pro-
cesso embriológico mostrado aqui. Por outro lado, caso haja novas qualidades a se-
rem acrescentadas, as mudanças se ocuparão do desenvolvimento posterior de no-
vas estruturas como o prosencéfalo. Portanto, é menos provável que o homem vá
ver mais claramente o mundo EXTERNO.
Sem dúvida, o homem se irá ajustando a esta crescente limitação no decorrer de
longos períodos, criando aparelhos que serão óculos aperfeiçoados. Entretanto, nas
últimas Raças-Raiz deste ciclo ele estará mais do que satisfeito com o equipamento
visual, que por esta época se terá desenvolvido para perceber os mundos INTERIORES.
Entendemos agora por que haverá no futuro um aumento gradual de distúrbios
oculares e novas doenças do olho. Em parte serão o resultado destes fatores e em parte
de uma concentração maior de energias na região da cabeça. Os discípulos bem avan-
çados no Caminho são notórios por seus olhos defeituosos. O Mestre K. H., na sua
última vida, como São Francisco de Assis, sofria continuamente de infecções oculares.
Especulou-se que modificações na retina sensível à luz dariam a visão etérica.
Na verdade, as modificações acontecerão principalmente no córtex visual, a área
superficial do encéfalo destinada a interpretar os impulsos elétricos vindos da reti-
na através do nervo óptico. Quem será o primeiro a manifestar as mudanças no cór-
tex que conduzem à visão etérica? Será a visão etérica produzida pela exposição
prolongada aos raios solares ou pelo emprego de pranayama, ou ainda pelos dois
fatores juntos? Que o olho humano é sensível à presença ou ausência de oxigénio
todos nós sabemos. A redução do suprimento de oxigênio aos vasos sangüíneos es-
clerosados pelo e1}velhecimento é uma característica da velhice pela qual todos te-
rão de passar. Mas também o excesso de oxigênio pode ser deletério para os olhos:
"Os bebês prematuros ou recém-nascidos que recebem terapia de oxigênio por causa
de problemas respiratórios devem ser cuidadosamente acompanhados. Se receberam uma
concentração de oxigênio muito alta existirá o perigo de se formar um tecido fibroso
atrás do cristalino, levando, nos casos graves, à cegueira."4
80
A
Placa do criis"ali.,õ
B
- Pedúnculo óptico
(na junção com
o prosencéfalo)
Camada pigmentada
Camada nervosa
82
ARTÉRIA
t~;:{7it1tfJ.'- CRISTALINO
RETINA
PORÇÃO ANTERIOR
DA RETINA
ECTODERME
DA SUPERFíCIE
CÓRNEA
PUPILA
BASTONETES
E CONES
PÁLPEBRA
ESCLERÓTICA
Uma máxima básica do ocultismo é O que está em cima é igual ao que está
embaixo. Assim como é o Todo em cima, são as Partes embaixo. Este é o princí-
pio no qual se baseiam dois outros postulados do ocultismo. Primeiro, que tudo
é criado à imagem de Deus, isto é, "na imagem daquele em quem a criatura vive
e se move e tem sua existência". Em segundo lugar, que todas as coisas estão inter-
ligadas por um "continuum" (espaço-tempo contínuo), de modo que a menor das
células não pulsa sem que os seus efeitos sejam sentidos no lugar mais remoto do
sistema solar. I Assim, o Macrocosmo transmite-se para cada um de seus microcos-
mos. "O todo é igual às partes e as partes, ao todo; a diferença existe na magnitude
e não na qualidade."2
O conceito básico da igualdade entre as partes e o todo e sua íntima interliga-
ção estão belissimamente representados no desenvolvimento moderno do hologra-
ma. O holograma é uma reprodução tridimensional, resultante do padrão de inter-
ferência produzido por dois raios laser congruentes. Um dos raios é refletido pelo
objeto a ser holografado, e o outro age como a referência. Os dois raios laser
encontram-se sobre a chapa holográfica, criando juntos um padrão de interferência
que produz o holograma. A característica extraordinária é que cada parte do holo-
grama contém a imagem e a informação do todo. Em outras palavras, cada ponto
do holograma é uma completa imagem espelhada do objeto original inteiro.
Um dos efeitos espantosos da incorporação de um holograma numa chapa é
que, tomando-se como exemplo a imagem de um encéfalo, a chapa não só refletirá
essa imagem, mas também, caso se partir, cada pedaço refletirá uma imagem com-
pleta do encéfalo.
De forma análoga, cada entidade individual é criada à imagem de Deus e é, por-
tanto, uma cópia em miniatura do Universo inteiro. Isto é verdade por duas razões
importantes. Primeiro, todas as coisas, desde a maior até a mais diminuta, são cria-
1. Ver Postulados Três e Quatro, seção I, de TheJewel ln the Lotus, voL I, S.P.A.W.
2. Man, Grand Symbol of the Mysteries, Manley P. Hall, Los Angeles.
84
bo~
"O Dr. Ignatz von Peczely, de Egervar, próximo a Budapeste, Hungria, descobriu
no olho o registro da natureza, quase que acidentalmente, quando ainda era um garoto
de dez anos. Brincando com uma coruja, aconteceu quebrar~lhe uma das pernas. Notou
o surgimento de uma risca escura na região inferior da íris do pássaro e mais tarde des~
cobriu que a área escurecida correspondia à perna quebrada. A risca preta foi~se redu~
zindo até um minúsculo ponto preto rodeado de linhas brancas e de um sombreado.
Tal incidente marcou profundamente a mente do futuro médico, e mais tarde, quando
trabalhava nas alas cirúrgicas do hospital universitário, teve boas oportunidades de ob-
servar os olhos dos pacientes acidentados antes e depois de operados. Desta maneira
foi~lhe possível elaborar o primeiro mapa da íris.
"Havia também um homeopata sueco, Nils Liljequist, que descobriu e aperfeiçoou
vários métodos de diagnóstico da íris e levou seu trabalho para os Estados Unidos.
86
íris esquerda; azul normal. Densidade 3'/2' In~
tensa congestão catarraL
Aumento glandular linfático (virilha e selo). Ner-
vosismo.
Esta foto fornece uma boa ilustração do rosário
linfático (zona 6).
88
15
A VERDADE SOBRE O PARENTESCO
ENTRE O HOMEM E O MACACO
A LINGUAGEM E OS MACACOS
89
FONTANELA ANTERIOR
FONTANELA
POSTERIOR
OSSO CARTILA(3INOS:;;~~~WJ~~~:=~1
CRÂNIO DE FETO HUMANO
h..:IÇ;::;:;:3~c:",::::-- CLAvíCULAS
iJlr--- CAIXA TORÁXICA
90
Diz-se com propriedade que todos os macacos antropóides possuem o equipa-
mento vocal e muscular para articular uma linguagem. Todavia, carecem de inteli-
gência para usá-lo, a não ser para expressar a emoção. De onde derivaram estes ór-
gãos para a fala articulada? Certamente não da adaptação ou seleção natural, pois
somente um tolo presumiria que eles tenham falado um dia. Os órgãos da fala deri-
vam de uma conexão humana primitiva, mesmo que apenas por miscigenação com
animais. O homem já era capaz de falar quando ocorreu a miscigenação.
Os esforços em articular modificaram muito os crânios dos homens primitivos.
Aqui, estamos escrevendo sobre um período que antecede em vários milhões de anos
o advento dos antropóides superiores. O crânio humano, como o conhecemos ho-
je, teve uma origem dupla. Atualmente, ainda a abóbada craniana e as estruturas
faciais, incluindo o maxilar superior, desenvolvem-se do osso formado na membra-
na, enquanto o maxilar inferior forma-se da cartilagem. A humanidade recebeu es-
tas estruturas diretamente de sua evolução superior, materializando-as progressiva-
mente de fora para dentro, do tecido astral para o etérico, do tecido etérico para
as membranas e finalmente das membranas para O osso.
O tecido ósseo da mandíbula, o maxilar inferior do homem, diferentemente
do maxilar superior, ainda se forma primeiro na cartilagem, não na membrana. É
uma estrutura que mantivemos de preferência ao maxilar membranoso oferecido
pelo homem no processo de materialização. Enquanto o crânio do último foi man-
tido e serviu ao útil propósito de permitir mudanças extensas nos conteúdos cra-
nianos e na moldagem do encéfalo, o crânio do primeiro ofereceu suportes mais
seguros para os músculos da fala articulada, incluindo a língua, e a oportunidade
para o som se diversificar nos seus tubérculos, protuberâncias, placas, fossas, sa-
liências, artigos e sínfises.
O homem escolheu o melhor dos dois mundos; o crânio e o maxilar superior,
ligando-o às suas origens universais, estavam vinculados ao maxilar inferior, mais
pragmático, que reflete suas conexões terrenas. Com a alteração do formato do en-
céfalo, de par com a capacidade oferecida pelo primeiro e os mecanismos do últi-
mo, ele moldou suas magníficas capacidades da fala. As mudanças nestas estrutu-
ras, ocorridas durante o desenvolvimento da fala, deram-lhe sua característica fi-
sionomia humana. O rebento bastardo, o macaco superior, dispunha também des-
tas mudanças, mas não do crescimento do encéfalo, já que a individualização lhe
era negada, tornando impossível o pensamento abstrato.
Com o advento da Sexta Raça-Raiz, a extinção do macaco superior será com-
pleta, mas a razão disso nada tem que ver com a sua falta de habilidade para sobre-
viver. Durante o estabelecimento da Sexta Raça-Raiz, daqui a um milhão de anos
ou mais, a porta do reino animal para o reino humano será reaberta, e as mônadas
que possuam experiência das almas que usam e compartilham as formas antropói-
des superiores terão uma oportunidade de encarnar em formas humanas primiti-
vas. Por isso, deixarão de usar tipos antropóides, que se extinguirão, pois esta é
a lei. A Figura 3, "A Linhagem dos Macacos", de The Secret Doctrine, volume II,
página 727, ilustra-o graficamente.
Blavatsky citou as observações do grande antropólogo de Quatrefages, de que
os macacos é que podem reivindicar descender do homem e não o contrário:
91
A LINHAGEM DOS MACACOS
Homem Astral Primitivo
HUMANO
Macacos Inferiores
92
16
A FACE HUMANA E A
FISIOGNOMONIA
93
Por mais que tentemos, não conseguiremos obter um sorriso de nossos animais
de estimação ou mesmo de um chimpanzé, mas o conseguiremos facilmente de um
bebê de poucos meses de idade. O sorriso é algo que se reflete dos planos do budd-
hi, uma qualidade que só pode chegar à manifestação físjca numa raça que tenha
ligação com o plano búdico, ligação que nenhum animal tem.
A obra clássica sobre fisiognomonia é da autoria de um médico, Joseph Simms. 1
Ele faz uma lista de centenas de características humanas, estabelecendo uma ligação
com os elementos de expressão facial, o formato e tamanho da face e a disposição
de sua várias partes, por exemplo:
ambiciosidade discriminatívidade
associatividade pureza
fisioelpidicidade espementalidade
morivalorosidade literatividade
elevatividade intuitividade
olfatividade sublimitosidade
auto-hegemonia ordinimentalidade
fisiovalorosidade pré-ciência
intermutatividade imaginatividade
voluntatividade fisio-harmonitívidade
cromaticalidade dedutividade
filonepionalidade decisividade
lingüitividade persistenacidade
curatívidade caracterioscopicidade
sagacitívidade originatividade
esteticidade mensuratividade
Como O riso para nós é uma expressão exclusiva dos músculos faciais do ho-
mem, observemos o que o eminente Dr. Simms tinha a dizer sobre este aspecto da
fisiognomonia:
94
ACUMULATIVIDADE· o DESEJO DE POSSE
A TENDÊNCIA INTUITiVA OU DISPOSiÇÃO PARA OBTER
Sempre que a face for larga no centro e comprida, com um
nariz proeminente, o indivíduo terá a capacidade de acumular
se bem usada. '
o diagnóstico de doença física pela observação da face ainda é usado pelos mé-
dicos sábios e experientes. Diversas doenças espirituais (especialmente aquela que
toma a forma de tendência ao materialismo) podem ser diagnosticadas também pe-
la observação das características faciais e o antídoto pode ser receitado em termos
das qualidades opostas:
o RETRATO DE MOlSÉS2
2. AGADA, lendas, parábolas e ditos do Talmud e os midrash, em quatro partes. Compilado de fontes
~riginais
por I. H. Ravnitsky e H. N. Bialik. Publicado por S. D. Saltsman, Berlim.
96
nomonia. Agora estou convencido de que eles são homens inúteis e que a sua .,abe-
doria é vã e inútil."
"Não," respondeu Moisés, "não é assim; tanto o pintor quanto os fisiognomo-
nistas são homens de grande capacidade e estão igualm.ente certos. Não esqueças
que todos os vícios dos quais os sábios falaram foram de fato atribuídos a mim pela
natureza e talvez num grau maior que o visto pelos sábios no meu retrato. Eu, po-
rém, lutei intensamente com os meus vícios, usando de toda a força de vontade,
e gradualmente os venci e eliminei de dentro de mim, até que todas as qualidades
opostas se tornassem a minha segunda natureza. 3 E nisto reside o meu maior
orgulho. "
Músculo
I
- 'UfO,'CUlal Ocular
Pirâmides Nasais
Anterior
Caput Angular
Occipital Compressor Nasal
Caput Angular
Capu! lnfra-orbitário
Zigomático
ângl.l!oda boca)
Bucal)
97
17
A GLÂNDULA HIPÓFISE
A hipófise, segundo o significado esotérico, é uma das sete glândulas mais im-
portantes do corpo, É um órgão pequeno, muito vascularizado, cinza-avermelhado,
pesando menoS de 0,65 grama, Está bem protegida e fora de alcance, alojada na
"sela túrcica" (sela de turco, literalmente) e quase totahnente cercada pelo osso es-
fenóide da base do crânio. Fica na fossa da hipófise, próximo ao seio esfenóide,
que é um ressonador oco inteiramente rodeado pelo osso, o qual vibra com o som,
principalmente com sons específicos. O canto, a prece e a evocação fazem mover
sutihnente a substância da hipófise, esthnulando as secreções de seus humores e hor-
frontal
'-'flSla,O'LUI do etmóide
cribriforme do etmóide
I
~
VomerAsa
,
esfenóide
Placa pterigoide externa
Processo hamular
FOlrã"'Ando palato anterior
O palato do osso etimóide fica sob o septo nasal que alcança o palato
cribr!forme, através do qual passam fibras nervosas do alfato (1 ia nervo
crantano), e a abertura da fossa esfenóide. Vê~se a fossa hipofisiária
intimamente relacionada a este último.
98
SOLO DO TERCEIRO
VENTRicUlO
EVAGINAÇÃO DO SOLO
PALATO TRANSFORMANDO-SE
EM lOBO ANTERIOR
ESPAÇOS MENiNGEOS
PEDÚNCULO DO PALATO
STOMODEUM _
(BOCA EMBRIOlOGICA)
DESENVOLVIMENTO DA HIPÓFISE
(embrião de 60 dias de vida)
TERCEIROV~7~~~~~~6 _ __
SOLO DO TERÇEIRO - - - -
VENTRICULO
ESPAÇOS MENiNGEOS - - -
LOBO POSTERIOR EM - - - - - - , - - -
FORMAÇÃO
LOBO ANTERIOR
OSSO ESFENÓiDE -
-====:'2
SELA TÚ RCICA -----"---""',,.-
BOCA
DESENVOLViMENTO DA HIPÓFISE
(embrião de 90 dias de vida)
mônios vitais. Existe uma abertura do seio esfenóide para o meato superior do na~
riz, que é absolutamente vital desobstruir antes da meditação. Isto pode ser feito
com o uso do incenso, caso não haja rinite. Os diversos exercícios respiratórios da
yoga, que dilatam as narinas por meio de inspirações curtas e rápidas, levam o ar
para as partes superiores do nariz e para o seio esfenóide. Com a inspiração, a exci~
tação elétrica da mucosa nasal chega ao seio esfenóide e à região da hipófise.
Processo
clinóide Processo
clinóide
Fissura
esfenoidal
o DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
Tudo neste órgão parece ser dual. No entanto, tal dualidade não se manifesta
em uma simetria bilateral, como a dos braços e pernas. Sua estrutura é mediana.
Tem uma origem dual, um suprimento dual de sangue e de nervos, e, como já ob-
servamos, está relacionado ao crescimento da consciência dual.
O lobo posterior da hipófise deriva do solo do diencéfalo. No septuagésimo
dia acontece uma invaginação distinta da parede do encéfalo, que desce mais para
se encontrar com uma protuberância do céu da boca, o lobo anterior da hipófise.
Desde por volta do nonagésimo dia estes dois lobos justapõem-se, preenchendo a
sela túrcica que está formando-se rapidamente.
A hipófise desempenhou muitos papéis estranhos na origem e no desenvolvi-
mento da humanidade. E o pleomorfismo certamente não foi o menor deles.
100
18
o PLEOMORFISMO NO HOMEM
"Os titãs ou gigantes eram os mais fortes; seus adversários, os mais sábios. Isto acon-
teceu durante a Quarta Raça - a dos gigantes. Pois de fato 'existiram gigantes' em tempos
remotos. As séries cvolucionárias do mundo animal são uma garantia de que o mesmo acon-
teceu com as raças humanas. Mais abaixo na escala da criação encontramos vestígios na
flora e na fauna de exemplares da mesma proporção de tamanho. As lindas samambaias
que colecionamos e secamos entre as páginas dos nossos livros favoritos são as descen-
dentes das samambaias gigantes que cresciam durante o período carbonífero. As Escritu-
ras e fragmentos de obras í110sóficas e científicas - em suma, quase todos os registros
que chegaram até nós desde a antiguidade - contêm referências aos gigantes.',2
1. Capacidade de existir em várias formas; a existência de vários tipos dentro do mesmo grupo.
2. The Secret Doctrine, H. P. Blavatsky, voI. II, p. 797.
101
Diz-se que havia gigantes na Inglaterra até a época do rei Artur:
"". se nos voltamos para o Novo Mundo, nas encostas orientais dos Andes e no Equa~
dor, enCOntramos tradições sobre uma raça de gigantes de Tarija, que combatiam deu-
ses e homens. Estas antigas crenças, que explicam o nome de "Los Campos de los Gigan-
tes' dado a certos lugares, coincidem sempre com a existência de mamíferos pliocêni-
cos e a ocorrência de praias formadas durante O Plioccno. 'Os gigantes não estão todos
sob o monte Ossa', e seria fraca a Antropologia que restringisse a tradição dos gigantes
às mitologias grega e bíblica. Os países eslovenos, principalmente a Rússia, abundam
em lendas sobre os bogatirs (poderosos gigantes) de antigamente; e o folclore esloveno,
a maior parte do qual serviu de base para as histórias nacionais, as canções mais antigas
e as tradições mais arcaicas, fala dos gigantes de antigamente. Portamo, podemos rejei-
tar com segurança a teoria moderna que quereria fazer dos titãs meros símbolos repre~
sentativos de forças cósmicas. Eles eram homens vivos, reais, seja de seis metros de al-
tura, seja de apenas três e meio. Mesmo os heróis de Homero, que, é claro, pertenciam
a um período bem mais recente na história das raças, parecem ter forjado armas de ta-
manho e peso além da capacidade dos homens mais fortes dos tempos modernos.
'Nem vinte homens podiam erguer o volume imenso,
Homens como os que vivem nestes dias degenerados.'
"Se as pegadas fósseis em Carson, Nevada, E.D.A., são humanas, indicam homens
gigantes, e não resta dúvida sobre a sua autenticidade. É deplorável que a prova moder~
na e científica sobre homens gigantes deva repousar somente em pegadas. Várias vezes
seguidas, os esqueletos de gigantes hipotéticos têm sido identificados com os de elefan-
tes e mastodontes. Mas todos estes equívocos anteriores ao surgimento da Geologia, e
mesmo os contos de viagem de Sir John Mandeville, que diz ter visto na Índia gigantes
de dezessete metros de altura, apenas mostram que nunca, em ocasião alguma, a crença
na existência de gigantes abandonou os pensamentos dos homens.
"O que se conhece e se aceita é que existiram várias raças de homens gigantes e
que deixaram nítidos vestígios. O jornal do Instituto Antropológico publicou um arti~
go demonstrando que uma raça deste tipo existiu em Palmira e possivelmente em Mi-
dian, exibindo formas cranianas bem diferentes das dos judeus. Não é improvável que
uma outra raça existisse na Samaria, e que o povo misterioso que construiu os círculos
de pedras na Galiléia lavrou as pedras neolíticas do vale do Jordão e preservou uma an-
tiga língua semítica, bem diferente da letra quadrada hebraica, fosse de estatura muito
grande, As traduções inglesas da Bíblia nunca são confiáveis, mesmo com suas revisões
modernas. Elas nos falam dos nefilins, traduzindo a palavra por 'gigantes' e acrescen-
tando que eram homens 'peludos', provavelmente os protótipos grandes e possantes
dos sátiras, descritos tão eloqüentemente pela imaginação patriota; alguns dos Patriar-
cas da Igreja garantiam aos seus admiradores e seguidores que eles mesmos haviam vis-
to tais 'sátiras', alguns vivos, outros 'em conserva' e 'preservados'. Como a palavra 'gi-
gante' foi usada uma vez como sinónimo de nefilim, desde então os comentaristas os
têm identificado com os filhos de Anak. Piratas que atacaram a Terra Prometida
encontraram-na povoada por indivíduos muito mais altos que eles, e os chamaram de
raça dos gigantes. Mas as raças de homens realmente gigantescos desapareceram séculos
antes do nascimento de Moisés. Estes povos altos existiram em Canaã, e mesmo em Ba-
sã, e os nabateus, de Midian, podem ter sido seus representantes. Eram bem mais altos
do que os pequenos judeus. Há quatro mil anos, a sua conformação craniana e sua altura
elevada distinguiam~nos dos filhos de Heber. Quarenta mil anos atrás, seus ancestrais
podem ter sido mais gigantescos ainda, e há quatrocentos mil anos eles devem ter sido,
102
em proporção aos homens de hoje, como os brobdingnagianos para os liliputianos. Os
atlantes do período médio eram chamados os 'grandes dragões', e o primeiro símbolo
das suas divindades tribais, quando os 'deuses' e as dinastias divinas os abandonaram
era uma serpente gigante ... "3 '
o interesse em gigantes esmaeceu com a sua ausência e com o advento dos pen~
sadores "científicos" ... "não os vemos em lugar nenhum" ... "a evidência é boa~
to" .. "fisiologicamente eles não podem existir" ... "eles não existem" .. "eles nun-
ca existiram"!
. contam-nos que o homem mais alto conhecido na antiguidade era o imperador ro-
mano Máximo, de apenas 2,30 m. Contudo, nos dias de hoje, a cada ano vemos homens
mais altos do que isso. O húngaro que se exibiu no Pavilhão de Londres tinha quase
2,70 m de altura. Um gigante nos Estados Unidos tinha 2,90 m de altura; o montenegri-
no Danilo tinha 2,60 m altura. Na Rússia e na Alemanha pode ver-se freqüentemente
homens das classes mais baixas com mais de 2,10 m de altura. Agora, como o Sr. Dar-
win diz aos teóricos dos macacos que as espécies de animais que resultam de cruzamen-
tos entre espécies sempre traem 'uma tendência a reverter ao tipo original', eles deve-
riam aplicar a mesma lei aos homens. Não havendo no passado uma classe de gigar.tes,
não haveria nenhum agora. Os gigantes de antigamente estão todos sepultados sob os
oceanos, e centenas de milhares de anos de constante fricção pela água reduziriam a
pó um bronze, quanto mais um esqueleto humano.
"Quanto à prova fornecida pelos escritores antigos, não nos devemos preocupar,
mesmo com a de Tertuliano, que nos garante que na sua época encontraram em Cartago
um certo número de gigantes. Pois antes de se aceitar o seu testemunho, teria de ser
admitida sua própria identidade e até sua existência. (Críticos tendem a duvidar da exis~
tência de Tertuliano por não encontrar uma prova dela exceto nos escritos de Eusébio.)
Todavia, podemos recorrer aos ensaios de 1858, que falam de um 'sarcófago de gigan~
tes' encontrado naquele ano, naquela mesma cidade. Quanto aos antigos escritores pa~
gãos, Filóstrato nos fala de um esqueleto gigante de vinte e dois côvados * de compri~
mento, e de outro de doze côvados, visto por ele no promontório de Sigaeum. Este es~
queleto talvez não pertencesse ao gigante morto por Apolo durante a invasão de Tróia,
como acredita Protésilas; contudo, era o esqueleto de um gigante, como também o era
um outro, descoberto por Messecrates de Stira, em Lemnos, 'horrível de se ver', segun-
do Filóstrato (em Heróica, página 35). É possível que o preconceito levasse a ciência
a classificar todos estes homens de tolos ou mentirosos? Plínio fala de um gigante que
ele pensou ser Órion, ou Ótus, o irmão de Ephialtes (Hist. Nat., VII, xvi). Plutarco de~
clara que Sertório viu o túmulo de Anteu, o gigante; e Pausinias argumenta que real~
mente existem os túmulos de Astério e Gerion, ou Hila, filho de Hércules, todos gigan~
tes, titãs e homens fortes. Finalmente, o abade Pegues afirma em sua curiosa obra Les
Volcans de la Grece o seguinte:
'Na vizinhança dos vulcões da ilha de Thera, foram encontrados gigantes de crâ-
nios enormes, colocados sob pedras colossais, pedras que para serem erguidas em
todos esses lugares teriam exigido uma força titinica, motivo pelo qual em todos
os países a tradição as associa com idéias sobre gigantes, vulcões e magia.'
3. Ibid.
~ Cóvado - antiga unidade de medida de comprimento
103
" ... é um procedimento pelo menos incomum falar de uma raça de nove 'yatis', ou de
8,25 mde altura, numa obra que se considera mais científica do que, digamos, a história
de 'Jack, the Giant~Killer' (Jack, o Matador de Gigantes). Onde estão as suas provas? ...
perguntarão ao escritor. Ele responderá: na história e na tradi~ão. Tradições sobre uma
raça de gigantes que existia nos teo;pos de antigamente são de âmbito universaL Exis~
tem na tradição oral e na escrita. A India teve os seus danavas e daityas; o Ceilão teve
os seus rakshasas; a Grécia, os seus titãs; o Egito, os seus heróis colossais; a Caldéia,
os seus izdubars (nimrod); e os judeus, os emims do país de Moab, com os famosos gi~
gantes, os anakins. 4 MOisés fala de Og, um rei cujo 'leito' tinha nove côvados de com~
primento (4,70 m) e quatro de largura,; enquanto Golias tinha 'seis c6vados e mais um
tanto de altura' (ou 3,23 m). A única diferença encontrada entre as 'escrituras revela~
das' e a prova fornecida por Heródoto, Diodoro de Sicília, Homero, Plínio, Plutarco,
Filóstrato, etc., é esta:
"Enquanto os pagãos mencionam apenas os esqueletos dos gigantes, mortos há
incontáveis séculos, e as reliquias que alguns deles viram pessoalmente, os intérpre-
tes da Bíblia exigem sem hesitar que a Geologia e a Arqueologia acredite que vários paí-
ses foram habitados por gigantes deste porte nos tempos de Moisés; gigantes diante dos
quais os judeus pareciam gafanhotos, e que ainda existiam nos tempos de Josué e de
Davi. Infelizmente, sua própria cronologia é um obstáculo. Temos de descartar ou a cro-
nologia ou os gigantes.,,6
" ... mas, quem entalhou as estátuas de Bamian, ainda mais colossais, as mais altas
dentre as mais gigantescas no mundo inteiro? Pois a Estátua da Liberdade de Bartholdi,
agora em Nova York, é um anão comparada com a maior das cinco imagens. Burnes
e vários jesuítas eruditos que visitaram o lugar falam de uma montanha 'toda retalhada
com células gigantes', com dois imensos gigantes entalhados na mesma rocha. São cha~
mados de Miaotse modernos, a última testemunha sobrevivente dos Miaotse que "per~
turbaram a terra'; os jesuítas estão certos, e os arqueólogos, que vêem budas nas está-
tuas maiores, estão errados.
"As tradições da Ásia Central dizem o mesmo sobre as estátuas de Bamian. Que são
elas, e que significa o lugar onde elas permaneceram de pé durante incontáveis séculos,
desafiando os cataclismos ao seu redor, e até a mão do homem, como no caso das hor-
das de Timor e os guerreiros vândalos de Nadir Shah? Bamian é uma pequena cidade,
104
miserável, meio destruída, na Ásia Central, a meio caminho entre Cabul e Balkh, ao pé
do Koh-i-baba, uma enorme montanha do Paropamisian, ou Hindu-Kush, Chain, a cer-
ca de 2.600 m acima do nível do mar. Antigamente, Bamian era uma parte da antiga
cidade de Djooljool, arruinada e destruída até a última pedra por Gengis-Khan, no sécu-
lo XIII. O vale inteiro está rodeado de rochas colossais que estão cheias de cavernas
e grutas, parte naturais, parte artificiais, antigas moradias dos monges budistas que esta-
beleceram aí suas Vihâras. Na índia e nos Vales de]ellalabad, estas Vihâras são encontra~
das em profusão, até os dias de hoje, nos templos escavados na rocha. Diante de algu~
mas destas cavernas descobriram-se, ou melhor, redescobriram-se, em nosso século,
cinco estátuas enormes, tidas como de Buda. O famoso viajante chinês Hiouen Thsang
diz ter visto estas estátuas quando visitou Bamian no século VII.
"A veracidade da afirmação de que não existem estátuas maiores do que essas no
globo inteiro é facilmente provada por todos os viajantes que as examinaram e medi-
ram. Assim, a maior delas mede 53 m de altura, ou dezenove metros a mais do que
a 'Estátua da Liberdade' de Nova York, que tem apenas 34 metros. O famoso Colosso
de Rodes, entre cujas pernas passavam com facilidade os maiores navios daquele tem-
po, media apenas entre 36 m e 40 m de altura. A segunda maior estátua, também enta-
lhada na rocha como a primeira, tem apenas 36 m de altura, ou 2 m a mais que a 'Está-
tua da Liberdade'. A terceira estátua tem apenas 18 m de altura, as outras duas são me-
nores ainda, a última sendo apenas um pouco maior do que um homem de altura media~
na da nossa raça atua!. A maior delas representa a Primeira Raça da humanidade, com
seu corpo etéreo comemorado na pedra dura, eterna, para instruir as gerações futuras,
pois de outra maneira sua lembrança não teria sobrevivido ao Dilúvio Atlante. A segun-
da - de 36 m de altura - representa aquele que nasceu do suor; e a terceira - medin-
do 18 f i - imortaliza a raça que caiu e que com isto inaugurou a primeira raça física,
nascida de pai e mãe, cujos últimos descendentes estão representados nas estátuas en-
contradas na Ilha de Páscoa. Estas tinham apenas de 6 m a 7,60 m de altura na época
em que a Lemúria submergiu, depois de ter sido quase destruída por fogos vulcânicos.
A Quarta Raça-Raiz foi ainda menor, embora seja gigantesca em comparação com a nos-
sa Quinta Raça atual, e a série culminou finalmente nesta última.,,8
Começamos a entender que "não existe ninguém tão cego que não possa ver";
e quando os antropólogos e cientistas, acostumados a um modo de vida construído
em volta de homens com uma altura média de menos de 1,80 m, procuram pelos res-
tos fósseis ou os hábitats de homens antigos, não desvelam eles nada além do que po-
de ser explicado em termos de homens com menos de 1,80 m de altura. As partes
do esqueleto humano de 3,60 m de comprimento seriam descartadas, atribuídas a um
animal; seus ossos, seus palácios de dimensões tremendas são descartados como uma
mera moda do dia; as lendas, as histórias, as mitologias, os nomes de localidades e
tradições referentes a gigantes ... meros contos folclóricos. Os grandes templos do Egito
(Carnac, as pirâmides de Guizé), os monólitos da Ilha de Páscoa ... nada disso suscita
um lampejo sequer de interesse nas mentes dos antropólogos contemporâneos.
"O mais antigo de todos os deuses é Hércules, tanto na Grécia como no Egito: o
bom gigante que protege o homem contra todas as coisas más, maiores que o comum.
Para conquistar os titãs, mesmo Júpiter precisou da ajuda de Hércules, Assim alcança-
!O5
mos a aurora da nossa História, há cerca de seis ou sete mil anos. Os gigantes desapare-
ceram e os contos sobre eles e sua época já viraram lendas: como Urano e Saturno co-
meram seus próprios filhos; como os hebreus da Palestina encontraram a cama de ferro
de um rei que devia ter quatro metros e meio de altura; c<?mo as civilizações antigas
desapareceram em meio a cataclismos inconcebíveis (o afundamento da Atlântida). O
mundo foi salpicado de gigantescos e inexplicáveis monumentos: Ilha de Páscoa, Car-
nac, Stonehenge, menires nas ilhas do Pacífico".
''A primeira civilização andina não se parece com nada conhecido pelos arqueólo-
gos, e suas características postulam necessariamente uma data extremamente antiga. Por
exemplo, temos uma pedra finamente lavrada pesando perto de nove toneladas, com cu-
riosos nichos e reentrâncias geométricas, entalhados nas suas várias faces, para os quais
nossos arquitetos não conseguem conceber nenhuma utilidade possível. Os expertos pas-
saram semanas tentando encaixar espigas nos entalhes e encontrar o significado dos bura-
cos. Em vão. Este monólito tem três metros de altura e foi projetado com um propósito
esquecido por todos os construtOres subseqüentes. São pórticos de 2,74 m de altura por
3,66 m de largura, 60 cm de espessura, recortados de um bloco de pedra, com portas e
aberturas cinzeladas no bloco; tudo pesando mais de dez toneladas. Há blocos pesando
cerca de cem toneladas, encravados no solo para sustentar paredes feitas de pedras peque-
nas. Há as próprias estátuas gigantes. Uma das figuras monolíticas foi levada para o museu
ao ar livre de La Paz: 7) 62 m de altura, 91 cm de espessura, cerca de vinte toneladas de
peso. Há dúzias iguais a esta e ainda não se fez um recenseamento metódico delas.
"No Pacífico ocidental) existem selvagens degenerados que ainda erigem monóli-
tos - e às vezes estátuas - em honra de 'ancestrais' divinos dos tempos antigos, seus
mestres gigantes. Os urus, últimos sobreviventes das raças pré-históricas, vivendo ainda
no lago Titicaca, afirmam que as grandes estátuas de Tiahuanaco foram feitas pelos 'deu-
ses', isto é, pelos gigantes que precederam os 'homens', antes que estas raças fossem
criadas. Portanto, o testemunho da Bíblia sobre os gigantes está confirmado. 9
"Por que alguém erguida estátuas gigantescas se não existissem homens gigantes-
cos? Até hoje, os selvagens de Malekula tentam evitar o extenuante trabalho de erguer
estes pesados mon6litos, substituindo-os pelas estátuas de madeira, mais fáceis de enta-
lhar e de transportar. Mas em Tiahuanaco existe a harmonia de uma civilização perfeita
- a calma benevolente e a dignidade de algumas das faces esculpidas implica uma co-
munidade evoluída, onde os mestres e os súditos trabalhavam juntos em harmonia e
paz -, assim como nossas catedrais foram construídas por mãos condescendentes. Os
gigantes faziam a parte gigantesca do trabalho. Podemos supor também que os egípcios
erigiram estátuas colossais a seus deuses em lembrança dos tempos felizes em que o gi-
gante Osíris ensinavaNlhes a arte da escultura; e julgaram necessário dedicar-lhe uma es-
tátua adequada a seu tamanho para que ele a habitasse ao voltar.
"Conserva-se em todas as mitologias humanas a memória de uma idade de ouro,
uma era em que os grandes deuses conversavam com os homens e ensinavam-lhes a agri-
cultura, a metalurgia, a ciência. A idade de ouro durou um tempo considerável e sob
o governo desses seres divinos os homens eram profundamente felizes. Os gregos lem~
bravam uma era de Saturno, que precedeu guerras ferozes entre os gigantes e os deuses,
durante a qual os nomes de Hércules e Prometeu associavam-se apenas a atos beneficen~
teso Os egípcios e os mesopotâmicos também apreciavam as lendas sobre deuses que
civilizaram os homens. Os selvagens do Pacífico falam de seus ancestrais, gigantes bon-
dosos com os quais o mundo começou.
106
A COLUNATA DE EZNEH
"Os egípcios cultivavam uma doutrina contrária à nossa. Eles diziam - e todos os
ntigos diziam - que os deuses e não os selvagens ensinaram aos homens as artes e as
:ormas de trabalho. E esses egípcios, contemporâneos de Platão e de Heródoto, foram
or sua vez civilizados durante pelo menos trêz ou quatro mil anos; e eram tão refina-
~os, cínicos e decadentes como nós mesmos podemos ser hoje. 10
"A segunda era (o Sol da Terra) viu o mundo povoado por gigantes, os quínamet-
zins, que quase desapareceram durante os terremotos que assolaram a Terra. II
"Em uma escavação feita por William Thompson e Robert Smith, a meia milha ao
norte de West Hickory, foi exumado um enorme capacete de ferro, corroído pela ferru-
gem. Continuando a escavação, encontraram uma espada que media 2,74 m de compri-
mento, e, pouco depois, os ossos de dois pés muito grandes. Seguindo a trilha, em pou-
cas horas desenterraram um esqueleto bem conservado de um enorme gigante, perten-
cente a uma espécie da família humana que provavelmente habitou esta parte do mun-
do no tempo do qual fala a Bíblia, quando diz: 'e naquele tempo havia gigantes'. O capa-
cete tem a mesma forma dos que foram encontrados entre as ruínas de Nínive. Os ossos
são extraordinariamente brancos, os dentes estão todos nos seus devidos lugares, todos
em número dobrado, de extraordinário tamanho. Estas relíquias foram levadas a Tio-
nesta, onde são visitadas diariamente por um grande número de pessoas. O gigante de-
via ter 5,50 m de altura. ,1l2
o gigante exibido em Rouen, em 1630, diz o professor, media quase cinco me-
tros e meio. Corapius viu uma menina de três metros de altura. O gigante Galabra,
trazido da Arábia para Roma sob Cláudio César, tinha três metros de altura. O gi-
gante Ferregus, assassinado por Orlando, sobrinbo de Carlos Magno, tinha 8 me-
tros e meio de altura. Em 1814, encontraram perto de St. Germain o túmulo de Iso-
rant, que tinha não menos que nove metros de altura. Em 1850, foi encontrado per-
to de Rouen um esqneleto de cinco metros e oitenta centímetros de altura, cujo
crânio tinha a capacidade de um alqueire (36,37 litros) de cereal. O gigante Bacart
tinha seis metros e setenta de altura; os ossos de sua coxa foram encontrados em
1704, perto do rio Moderi. Fannum, que vivia no tempo de EugêniO II, media três
metros e meio. O cavaleiro Scrog, na sua viagem ao pico de Teneriffe, encontrou
numa das cavernas da montanha a cabeça do Gunich, que tinha sessenta dentes e
media não menos de quatro metros e meio de altura. Em 1623, foi encontrado per-
to do castelo de Dauphine um túmulo de nove metrOs de comprimento, cinco de
largura e dois e meio de altura, com as seguintes palavras gravadas nas pedras cin-
zas: "Keurolochus Rex". O esqueleto estava inteiro: oito metros e meio de compri-
mento, com três metros de ombro a ombro, e um metro e meio do osso peitoral
às costas. Perto de Palermo, na Sicília, foi encontrado em 1316 um esqueleto de
10. lbid.
11. l'he Aztecs of Mexico, G. C. Vaillant, Pelican, Londres, 1950. As tradições de todos os países e na~
ções mencionam este fato. Donnel1y cita um trecho da Historia Antigua de la Nueva Espana de Padre
Duean, escrita em 1885, que cita o relato de um nativo de Cholula, de mais de cem anos de idade, sobre
a construção da grande pirâmide de Cholula: 'No princípio, antes da criação da luz e do sol, este país
(Cholula) estava imerso nas trevas ... mas imediatamente depois que a luz do sol surgiu no Oriente,
apareceram homens gigantescos, que construíram a dita pirâmide e, em seguida, espalharam-se por toda
a Terra. Uma grande parte da história da América Central ocupa-se com as peripécias desta antiga raça
de gigantes, chamados quinanes, de acordo com o autor de Atlântida, p. 204.
12. Oil City Times, Pennsylvania, 31 de dezembro de 1869.
108
<-,-
ESTÁTUA-RETRATO E RELEVO:
AMENÓFIS IV
109
No Apocalipse e no Livro de Enoch, aparecem relatos sohre gigantes que flo-
resceram há cerca de um milhão de anos e acabaram há 850.000 anos, principal-
mente com o dilúvio que submergiu a Atlàntida.
Fósseis? .. talvez, porque se não procurarmos pelos fósseis dos gigantes não en-
contraremos nenhum. É compreensível a dificuldade de achá-los. A cremação era
a ordem do dia para a humanidade até recentemente. Os fósseis de gigantes seriam
provavelmente descartados por causa do tamanho, pois é difícil associar um fêmur
de um metro e vinte de comprimento com um humano) mas os dentes encontrados
na China, pertencentes a um macaco gigante ou a um homem (gigantopithecus), nun-
ca se provou que pertencessem a nenhum dos dois.
Segundo as leis da retribuição do karma para os gigantes que cruzaram com fê-
meas antropóides;
.. dizemos que o homem físico existiu antes do primeiro depósito das camadas
das rochas cretáceas. Na primeira parte da era terciária, floresceu a mais brilhante den-
tre todas as civilizações que o mundo jamais conheceu, num período em que se imagina
que o homem-macaco haeckeliano andava pelas florestas primitivas e o suposto ances-
tral do Sr. Grant Allen balançava-se de galho em galho com suas peludas companheiras,
as Liliths degeneradas da Terceira Raça Adâmica. No entanto, ainda não existiam os ma-
cacos antropóides nos dias mais luminosos da civilização da Quarta Raça; mas o karma
é uma lei misteriosa e não leva em conta as pessoas. Os monstros gerados no pecado
e na vergonha pelos gigantes atlantes, 'cópias imprecisas' de seus bestiais senhores e,
portanto, do homem moderno, de acordo com Huxley, agora se desencaminham e fa-
zem submergir no erro o antropólogo especulativo da ciência européia." 14
110
das. Para os homens cujo tempo de vida foi reduzido a cento e vinte anos e mais
tarde a setenta, novecentos anos e imortalidade eram a mesma coisa. Por isso, os
"deuses" eram considerados "imortais". Mas "deuses", "imortais" por natureza
- isto é, de vida muito longa -, ainda assim podiam ser mortoS em batalha. E os
deuses gregos - que evoluíram mais ainda para a imortalidade absoluta - podiam,
todavia, ser feridos.
Rene Dussaud escreve, ". Nos textos de Ras-Shamra os refaims (cf. Jó) 'são
os companheiros do deus Baal' ". O nome refairns é dado na Bíblia a uma das raças
dos gigantes destruídos. Baal, este gigante-deus, obviamente é um dos que foram
mortos pelos invasores hebreus - um rei gigante com uma guarda pessoal gigante,
soberano de uma tribo de homens.
Entre os hititas, além de eventos semelhantes, encontramos uma variante cu-
riosa de uma lenda que termina de modo mais curioso ainda na história de Sansão
e Dalila. É uma história, contada desde a mais remota antiguidade, sobre o papel
desempenhado pelas mulheres na destruição dos gigantes. A Bíblia conta que os gi-
gantes acharam as filhas dos homens muito bonitas e se arrependeram de sua desco-
berta quando os homens as usaram para destruí-los. Os homens combateram os gi-
gantes não só as com flechas de Héracles ou a funda de Davi mas tamhém com ar-
mas mais sutis.
111
tes que dominavam as tribos palestinas expulsas pelos hebreus. Ferramentas de pe-
dra (bifaces) foram encontradas na Síria, na Morávia e no Marrocos (em 1953-54),
pesando de dois a quatro quilogramas, o que significa que os usuários devem ter
tido entre dois e meio e três e meio metros de altura. .
Os fragmentos de ossos e as ferramentas confirmam que devem ter existido se-
res humanos desta altura; e a prova geológica diz que eles devem ter vivido há cer-
ca de 300.000 anos.1 5
Fragmentos de ossos gigantescos, de forma humana ou pré-humana, foram en-
contrados em três diferentes lugares: Java, Sul da China, África do Sul.
112
19
o SIGNIFICADO OCULTO
DA AÇÃO DA HIPÓFISE
-'rf'rr alvéolo
(por exemplo, glândula sudoripara) (por exemplo, glândula sebácea) (por exemplo, glândula salivar)
113
É aqui que deveríamos enfatizar que as glândulas endócrinas, como a hipófise,
têm urna diferença fundamental, comparadas às outras glândulas. Enquanto as ou-
tras canalizam pelos dutos suas secreções para as cavidades do corpo, por exemplo:
vesícula biliar ___ duto biliar ___ duodeno
uma glândula endócrina segrega seus hormõnios diretamente para o sangue, que,
portanto, deve estar sempre em contato estreito com as células endócrinas, um fato
de importância oculta.
Capilares
CONTROLE ENDÓCRINO
114
ção (os Centros da Cabeça, Figura p. 118, "7", e o Centro do Coração, Figura p.
118, "4") e servir para o bem da humanidade (Centros da Garganta e Alta Maior,
Figura p. 118, "5").
O crescimento da espiritualidade evoca uma energia· planetária que antes esta-
va escondida no Chakra Muladhara (ver Figura p. 118, "1 ';). Em seguida, uma quan-
tidade maior desta energia, chamada knndalini, sobe pela coluna e vai abrindo os
chakras acima do diafragma, trazendo consigo a ampliação da consciência.
O advento dos gigantes sobre a Terra não era apenas um fenômeno novo. Já ob-
servamos que a humanidade das Raças-Raiz primitivas era enorme e bem mais tarde,
nos tempos bíblicos, os gigantes ainda existiam. Poderíamos dizer, portanto, que o
gigantismo tem pouco a ver com mutações aleatórias, Estas têm freqüentemente cau-
sa familiar e genética. Um animal novo pára de crescer depois de lhe ser retirada a
hipófise, e permanece anão, a menos que receba as substâncias do lobo anterior.
O crescimento num ser humano normal ocorre nos discos epifiseais dos ossos
compridos. A cartilagem é convertida em cálcio enquanto o hormônio estiver pre-
sente. Depois de uma certa idade, a secreção do hormônio diminui e/ou outros fato-
res de maturação ati vos na ocasião inibem suas atividades e o indivíduo pát'J. de crescer.
Às vezes, um tumor no lobo anterior da hipófise prolonga a secreção de hor-
mónios do crescimento além da idade normal. Isto leva ao gigantismo.
Após estas observações, que resumem o resultado de experiências científicas
em milhões de animais hipofisectomizados, vemos que o gigantismo se deve mais
à remoção do impedimento do que à instituição de novos processos. O homem
(como os animais) possui a capacidade de tornar-se grande, a não ser que esta seja
cerceada por fatores inibidores como a capacidade de sintetizar proteínas, a matu-
ração sexual) etc,
A castração de um menino) por exemplo, produz um eunuco com um excessi-
vo crescimento dos ossos compridos e outras características eunucóides, Nos tem-
pos primitivos deste planeta, enquanto o corpo físico ainda se encontrava em pro-
cesso de materialização, a hipófise estava relativamente livre para crescer mais, to-
mando uma boa parte do espaço ocupado atualmente pelos seios esfenóides (ver
Fig. p. 98). O crftnio perdeu depois a flexibilidade que havia permitidO à glândula
parapineal manifestar-se como um terceiro olho, como também a seu corpo pineal
funcionar com maior liberdade como um órgão, levando, no início, O homem her-
mafrodita a separar-se em dois sexos distintos. Outros fatores acrescentados pela
glândula tireóide provocaram rapidamente uma metamorfose das estruturas huma-
nas em determinadas ramificações da Terceira e da Quarta Raça, de maneira que
havia gigantes sobre a Terra coexistindo com homens cada vez mais baixos. As mô-
nadas que conquistaram altos graus de expressão como Senhores da Lua, ou outros
sistemas planetários, escolheram para o seu uso as formas mais graciosas disponí-
veis. Estes foram os titãs, que, divinamente inspirados, lutaram em sucessivas épo-
cas para estabelecer as características mais belas e majestosas da Atlântida e da Le-
múria, até que as forças naturais contrárias, de concreção e de cataclismos geográfi-
cos, reduziram seu número. A acentuada proximidade.ela Lua havia ajudado a man-
ter o gigantismo em todos os reinos; o seu crescente afastamento da Terra, porém,
restringiu o crescimento das formas em geral.
Não obstante, nos padrões familiares e genéticos ainda perduram determina-
das características de gigantismo até os dias de hoje.
115
HIPOTÁLAMO
rVrI"'C; POSTERIOR
HORMÔNIO DO CRESCIMENTO
/ \'"
FSH
ACTH
ALTURA
/
(~ORTICAL DA
j
TSH
ESTROGÊNIO
TESTOSTERONA
PROGESTERONA
CORTICOSTERÓIDE
TIROXINA
HORMÔNIOS HIPOFISIÁRIOS
o desabrochar conjunto da hipófise, do corpo pineal e da tireóide (de acordo
com o ponto de vista da Sabedoria Antiga sobre a evolução) levou ao pleomorfismo
do homem, ou seja, à coexistência de uma grande variedade de formas. Até nos dias
de hoje testemunhamos este pleomorfismo na variação'da cor da pele de uma raça
para outra. O gigantismo, o número excedente de membros, as estruturas animales-
cas, o terceiro olho, a ciclopia, os diferentes padrões de cabelo, etc., faziam parte
do processo que levou o homem ao ponto da concretização mais densa. Estas ca-
racterísticas continuam importantes pois em parte irão repetir-se, com freqüência
cada vez maior, enquanto o homem caminha pelo arco ascendente dos padrões ra-
ciais em direção à Sexta e à Sétima Raça-Raiz.
117
Mapa do Mi,sfli'!,ruI'1IS0 KUi'iIdaiini e
Localização das Glândulas
SAHASRARA
Pineal
Hipófise
6- AJNA
«
z
'"
;;
Testículos
Existem tantas correlações entre as glândulas endócrinas e os chakras quantas escolas de yoga.
O autor, após 25 anos de experiência nesse campo, recomenda o seguinte:
Muladhara - Córtex Supra-renal Vishuddha - Tireóide
Svadhishthana - Gônadas Ajna - Hipófise
Manipura - Pâncreas Sahasrara - Pineal
Anahata - Timo
As estátuas, de tamanho natural) eram facilmente transportadas até os seus lo-
cais de cerimônia pelos habitantes gigantescos da Ilha de Páscoa, formada pelo to-
po de uma montanha que restou da Antiga Lemúria.
dente _ _
do siso
interiores
DENTES DE lEITE
DENTES INFANTIS
DENTES PERMANENTES
DENTES DO ADULTO
119
ARQUÉTIPO DIVINO HUMANO
~
RAÇA DOIS
I
I
/
RAÇA TRES
/ RAÇA CINCO
RAÇA SEIS
~
Evolução seguinte
RAÇA QUATRO
I Individualização
~~,,,
,
\ ,
CHIMPANZE
GORILA
OS HORMÓNIOS TRÓFICOS
121
postas ao homem pela constante materialização da sua forma etérica numa casca
física rude, pelos efeitos do aumento da luz e, mais do que tudo, pela pressão oriun-
da das concentrações cada vez maiores de oxigénio sobre a superfície da Terra, a
hipófise não só engrossou a pele humana mas também estimulou a capacidade de
crescimento latente dos diversos órgãos localizados no derma da pele.
Foi durante as manifestações primitivas da forma física do homem que ocorreu
maior variedade na coloração da pele. Na Doutrina Secreta, fala-se que a primeira
forma do homem verdadeiramente física era "amarelo-dourada". Mais tarde, ouvi-
mos sobre as raças de pele azul e vermelha. O MSH desempenhou seu papel em to-
das estas raças e tem mais o que fazer no futuro, enquanto o homem caminha pelo
arCO ascendente em direção à Sexta Raça-Raiz. A pele, ao tornar-se mais grossa sob
os efeitos da hipófise (semelhantes aos que produzem a acromegalia), bloqueou os
magníficos poderes de clarividência que o homem tinha experimentado durante e
depois da raça conhecida por "nascida do suor".'
O desenvolvimento da pele destruiu a clarividência;
. os homens, com suas 'vestimentas de pele' cada vez mais espessas, caindo cada vez
mais no pecado físico, tiveram interrompida a comunicação entre o homem físico e o
homem etérico divino. O véu da matéria entre os dois planos tornou-se tão denso que
até o homem interior não conseguia penetrá-lo. Os Mistérios do Céu e da Terra, revela-
dos pelos Mestres Celestiais para a Terceira Raça ainda em estado de pureza, tornaram-
se um grande foco de luz, cujos raios enfraqueceram ao se difundirem e se espalharem
sobre um solo inadequado, demasiado material."
Como a pele do homem vai-se tornando mais fina, nas raças futuras haverá ca-
da vez mais fenómenos de materialização, que não ficarão restritos às salas de reu-
niões, na condição de fenômenos raros, como hoje acontece. Milhões de indivíduos
de natureza emocional forte e de acentuada sensibilidade (ainda chamamos esta con-
dição de "pele-fina") produzirão formas materiais na escuridão silenciosa dos seus
quartos. Até lá, no entanto, o trabalho de pessoas como Uri GeUer tornará necessá-
ria a investigação científica da materialização e o seu controle nos indivíduos sensi-
tivos fará parte da psicoterapia da estabilidade emocional.
122
20
o NERVO VAGO
123
Encéfalo - - - - - - - '
Nervo Vago - - - - - ,
Pulmão
-I"ibido. do Coração
para o Pulmão
Rim----
- - - - - Pâncreas
r - - - - Hipogástrico
Ovário---- - - - - Intestinos
Bexiga - - - -
T
~- SISTEMA,NERVOSO
SIMPATICO
SISTEMA NERVOSO
PAAAS1MPÁTICO
"Se o teu olho se tornar único, teu corpo inteiro será preenchido pela luz."
Aquilo que preenche, que transmite bem fundo dentro dos tecidos do corpo
a luz conquistada ao fazer com que o olho se torne um só (e isto só pode ser feito
na região frontal), é o Nervo Vago.
A disciplina que leva ao despertar e ao controle progressivo do Nervo Vago
é em si um mecanismo de tensão. Todos conhecem a operação depredadora da va-
gotomia que destrói o contato do Nervo Vago com a mucosa gástrica. Uma opera-
ção deste tipo salva o corpo físico de inconveniências, mas não chega a salvar a
vida e portanto raramente se justifica numa pessoa esotérica. A alma, sob as leis da
retribuição kármica, pode condescender em ensinar ao discípulo a qualidade do po-
sicionamento diante do conflito. Ela pode considerar que vale a pena perder o cor-
po flsico em troca desta qualidade. A vagotomia, vista da perspectiva da alma, mui-
to raramente é indicada.
Sempre associamos o Nervo Vago com o sistema nervoso autónomo, do qual
faz parte. O sistema nervoso simpático, a contraparte do sistema nervoso parassim-
pático, é o agente do corpo emocional que irá explorá-lo sem piedade no caso de
alguma instabilidade emocional ou astral. O processo inteiro de yoga e do desabro-
char esotérico, nos seus primeiros estágios, está orientado para o controle da natu-
reza emocional e, através deste, para o controle do sistema nervoso simpático. Este
último também é um mecanismo através do qual é possível despertar a psique mais
profunda do homem, movimentar o seu subconsciente. Seus instintos animais vêm
à tona, junto com os elementos mais indesejáveis do subconsciente. Um homem
que vive constantemente em confronto com seu subconsciente não está pronto pa-
ra o Caminho da Iniciação. O mestre tibetano afirmou muitas vezes que o subcons-
ciente nunca deveria ser evocado. Deveria ser deixado a diminuir, a retrair-se pro-
gressivamente, para que os elementos de uma consciência superior tomassem o seu
lugar. Naturahnente, existem raras exceções a esta máxima esotérica.
O Nervo Vago opõe-se ao sistema nervoso simpático e ao seu "agente provoca-
dor" , a instabilidade astral. Só por esta razão já vale conhecer a anatomia e o signi-
125
'. ,./,~'\ ... ,.
S'
o GLÓBULO DA VITALIDADE
o Nervo Vago é o "abre-te sésamo" para as trilhas de energia que conduzem o glóbulo da vitalidade
ao corpo etérico. Provenientes da superfície dos pulmões, Ou dos poros da pele, ou da superfície da
pele sobre as aberturas do centro Alta Maior no pescoço, ou da região da pele sobre o baço, todas estas
trilhas de entrada se alargam com a estimulação do Nervo Vago. A inspiração profunda é o momento
de menor inibição para permitir o ingresso do glóbulo da vitalidade, O que resulta na estimulação do
Nervo Vago. Os mesmos resultados são obtidos ao se pressionar os globos oculares, o que faz diminuir
o ritmo do coração, estimula o sistema nervoso parassimpático e inicia vários outros processos, alguns
dos quais constituem segredo de iniciação.
As discipHnas esotéricas do pranayama que incorporam uma absorção mais eficiente do glóbulo da:
vitalidade, sua decomposição e o transporte de suas energias nos tratos do nadis e do Ida, Pingala e Sus-
humna, formam uma base sólida para que a estrutura física enfrente o longo caminho que conduz ao
topo da montanha da iniciação.
Não se deve esquecer nunca de que a glândula tireóide, monitorada pela hipófise, afeta a absorção
de oxigênio e que o glóbulo da vitalidade está intimamente relacionado com a molécula de oxigênio.
126
ficado esotérico do décimo nervo craniano. Ele forma a maior parte do sistema ner-
voso parassimpático e torna-se excessivamente ativo quando da prática da medita-
ção ou durante o sono. Todos os homens são capazes de alguma percepção extra-
sensorial enquanto dormem. Poucos, porém, conseguem ,nanter a consciência nes-
se estado, para poder utilizar-se dessa capacidade. Mantendo-se uma consciência
contínua, vinte e quatro horas por dia, aumentam-se o controle e o uso do Nervo
Vago, juntamente com os seus efeitos colaterais psíquicos.
Começamos a enteuder agora por que o nervo é chamado de "antena psíqui-
ca". Sendo permeado pelo Fogo Solar, age como uma antena, permitindo a entrada
de energias vindas dos reinos do Atma-Buddhi-Manas.
o NERVO VAGO
priedade mais preciosa (sua personalidade), para o topo da montanha (da iniciação) e
lá ofereceu-o em sacrifício (colocou sua personalidade à disposição da hierarquia plane-
tária dos Mestres). A oferenda é aceita (a iniciação é bem-sucedida) mas o filho não é
sacrificado. A personalidade inteira, a partir de então, torna-se o instrumento do gover w
127
Ramificação para as Meninges
Membrana envolvendo o Cerebro Ramificação Auricular
Ouvido
VAGO
9 2 Nervo Craniano ---j,!,-\-l:[,1tí 122 Nervo Craniano
para o Fígado
"Por originar-se na medula, o Nervo Vago faz parte do encéfalo, é um nervo cra-
niano, e está, portanto, intimamente relacionado com o Chakra Craniano, o corpo mental
e o Manas Superior. Através de suas ramificações, o Nervo Vago relaciona-se com os
pulmões, a respiração, o prana, os nervos periféricos, o corpo etérico-físico, O Centro
da Garganta e o Arma. Através dos terminais nervosos no coração, o Nervo Vago relaciona~
se com este órgão, o Chakra do Coração, a circulação sangüínea, os elementos sangüí~
neos (principalmente os leucócitos), o corpo astral e daí, através do átomo astral per-
manente, com o Buddhi. O aumento do influxo espiritual produz mudanças contínuas
em todos os corpos da tríade inferior. Os terminais nervosos ramificam-se no encéfalo
e em todas as regiões intimamente ligadas aos centros superiores ou por eles energiza-
das. As suturas do crânio continuam abertas, mesmo na velhice, permitindo que o encé-
falo se reforme, As glândulas pineal e hipófise tornam-se altamente ativadas com novos
tecidos, antes atrofiados, que entram em funcionamento total, o que inibe determina-
dos órgãos e mecanismos etéricos acima do diafragma. As observações que John White
faz em seu livro The Highest State of Consciousness são relevantes: 'Em termos do encé-
falo, a iluminação parece envolver uma repadronização da rede neuraL Enquanto antes
existiam áreas do sistema nervoso sem conexão, ou 'compartimentalizadas', na ilumi-
nação acontece uma ruptura que resulta na integração dos tratos nervosos que usamos
para pensar e sentir, Nossos 'cérebros' múltiplos se tornam um só. O neocórtex (a parte
'intelecto-pensante'), o sistema límbico e o tálamo (a parte 'emoção-sentir') e o bulbo
(a parte 'inconsciente-intuição') adquirem um método de comunicação intercelular, an-
tes inexistente, mas sempre possível, Ultrapassa-se um umbral, explicável provavelmente
em termos de mudança eletroquímica celular e de crescimento de novos terminais ner-
vosos, Embora se dê em termos neurofisiológicos, o resultado é um novo estado de cons-
ciência. Isto, por sua vez, cria um novo modo de percepção e de sentir que conduz à
descoberta de formas de lógica não-racionais (mas não irracionais), que são: multiní-
veis/integradas/simultâneas, e não: lineares/seqüenciais/alternativas".
"No homem superevoluído, o Nervo Vago assume funções adicionais, de uma na-
tureza esotérica. Através da ação iniciadora do átomo físico permanente, ele atrai o ma-
terial de categoria mais elevada possível (mas dentro dos limites do karma do indiví-
duo) para dentro de suas estruturas, que são numerosas e se ramificam em muitas partes
do corpo, Nos iniciados, estes átomos atraídos podem até possuir espirais altamente ati-
vadas de quinta e de sexta classe, que têm qualidades idênticas aos planos do Atma, Buddhi
129
Osso Turbinado
Médio Meato Superior do Nariz
Meato Médio
do NarJz
Seio Esfeoidal
Meato Inferior Osso Turbinado Inferior
do Nariz
Borda Posterior do
Septo Nasal
Orifício da Trompa de
Eustáquio
Parte da Amígdala
Faríngea
Recesso Lateral da
Faringe
~,c4-- Elevador da Úvula
_ _ _ Fossa Sal pingo-
Faringeana
TI~"- Glândulas no Palato Mole
Ar"co Palatino Anterior
---t:f%i'-- Fossa Supratonsllar
Placa TrJangular
Amígdala
Genio Glosso
Genio Hiôide
Cartilagem Cricóide
Osso Hióide
Folículo Linfótico
"O glóbulo da vitalidade compreende sete átomos físicos fundamentais, que se li-
gam entre Si pela energia do prana e formam um vórtice irradiante, emissor de luz, doa-
dor de vida. C. W. Leadbeater, nas suas brilhantes obras clássicas The Hídden Side of
Thíngs e Occult Chemístry, descreve detalhadamente como o prana das dimensões su~
periores, emitido pelo Sol, entra nas miríades do anu, na nossa atmosfera. Este autor
acrescenta algumas observações. Prana é a energia do segundo aspecto do 'Coração do
Sol' e, portanto, evolucionária nO sentido de espiritualmente motivadora, assim como
doadora de vitalidade para todas as formas que se utilizam dela. Quando um anu é preen-
chido completamente, começa a brilhar. Cada anu tende a manifestar, na sua qualidade
geral, a predominância de um dos Sete Raios. Quando emerge um anu do Segundo Raio,
do Amor-Sabedoria (a energia radial do Logos Solar), atrai, por meio de suas qualidades
inerentes e magnetizadas, seis outros anu, formando o glóbulo da vitalidade. Neste esta~
do, o glóbulo da vitalidade pode aderir a uma molécula de oxigênio e ser introduzido
no corpo pelo ato da respiração, ou pode ser introduzido no corpo diretamente, sem
estar aderido, através do Chakra Esplênico, que, como os outros chakras, encontra-se
na superfície do corpo etéricoHfísico.
O prana liga os sete átomos fundamentais entre si, formando o glóbulo da vitalidaH
de. Este glóbulo vitaliza as estruturas etéricas do corpo físico. O mecanismo do metabo~
lismo, entretanto, sustenta as partes puramente físicas destes mesmos órgãos. Muito re-
sumidamente, o processo biológico é o seguinte: a digestão decompõe o alimento em
suas moléculas constituintes. Estas moléculas são absorvidas pelo sangue através das pa~
redes do intestino. Elas circulam pelo corpo e pelas células de diversos órgãos, como
os rins, o fígado, os músculos, etc., retiram as moléculas do sangue e, por uma forma
de combustão, convertem as moléculas do alimento em várias formas de energia que
elas mesmas usam para fazer funcionar os seus diversos processos celulares. Para que
a energia seja liberada, é necessária a presença do oxigênio. Isto se conhece por respi-
131
_ _- - Artéria Carótida Interna
Elevador do Palato
Elevador da Úvula
~:F:--Músculo Constritor Superior
47'-- Glândulas no Palato Mole
Papila Circunvalata
Sulco Terminal
Músculo Hipoglosso
Osso Hióide
As raízes do Nervo Vago surgem da medula, a antiga parte do encéfalo que con-
tém muitos centros de atividade nervosa responsáveis pela manutenção dos pro-
cessos corporais que se encontram abaixo do nível da consciência normal. A manu-
tenção da respiração é uma delas. O Nervo Vago tem um vínculo muito estreito com
133
Lateral do Corpo da Tireóide
Veia Jugular Interna -'-~ ",,,,v do"Çorpo da Tireóide
Nervo
Artéria Carótida
a Tireóide
Veia Subclávia
Veia Inominada
Interna
I (esquerda)
Vago Esquerdo
i Subclávia (esquerda)
Artéria Mamária I""""a __
Veia Inominada i Veia Inominada Esquerda
Primeira Costela
Arco Aórtico
Lobo Superior do Lobo Esquerdo da
Pulmão Direito Glândula Timo
I Esquerdo
Coração
Lobo Médio do
Pulmão Direito
Fissura Pulmonar
Lobo Inferior do
Pulmão Direito
Pericárdio
Num dos passos da evolução do homem, o Nervo Vago uão apenas controlava
a respiração, como, numa época em que o homem estava materializando um corpo
físico e ainda dependia inteiramente do prana e do oxigênio para se alimentar, con-
trolava a absorção de energia da "placenta tribal", através de suas ramificações no
abdome. Nos capítulos 32 e 33, discutimos mais sobre o assunto.
As origens do Nervo Vago encontram-se atrás do osso esfenóide estreito e do
meato inferior do nariz. Este último se encontra abaixo do osso turbinado inferior.
Os turbinados são dobras nas paredes laterais do nariz. Elas se curvam de tal manei-
ra que o ar inalado toma um caminho espira lado ao passar ao longo dos turbinados.
Portanto, um cone de ar golpeia a parede posterior da faringe ao passar através de
cada uma das narinas. O ar move-se muito rapidamente e suas partículas elétricas
têm a carga aumentada pelos efeitos espiralantes. Isto produz a estimulação das ex-
tremidades nervosas do I? nervo craniano, o do olfato. Quando, porém, se usam
os padrões de respiração associados com a ciência do pranayama, o fluxo de excita-
ção elétrica afeta os núcleos vagais da medula (ver Figura p. 130).
135
Vasos Frênicos Direitos Aorta
Cápsula
Supra-Aenal
Direita
Superior
Direita
Comum
Esquerda
137
sabrochar das faculdades psíquicas e espirituais. É interessante notar que o forimen
cego encontra-se logo abaixo da úvula, na superficie da língua. No embrião, é desta
região que a glândula tireóide desce para o pescoço. Vimos que a tireóide, junta-
mente com as glândulas hipófise e pineal, forma um triângulo de grande significado
no ocultismo.
Enquanto as fibras nervosas do Vago são motoras e sensórias, ao nível etérico
os nadis de ambas as fibras reagem ao ser estimulados e produzem muitos dos fenô-
menos de percepção extra-sensorial. A "Voz do Silêncio", ou a voz do Mestre, Ouve-
se internamente através dos efeitos etéricos das fibras do Vago que se originam na
pele, atrás do pavilhão auricular e da parede posterior do meato auditivo externo.
As organelas estiradas nas raízes dos pulmões produzem estimulação vagai e
assim, através de processos respiratórios, pode-se colocar em movimento a antena
psíquica inteira, diminuir o ritmo cardíaco, ganhar sensações de luz interior e tra-
zer para baixo O Fogo Solar.
Não existe ainda evidência de que a glândula tireóide é suprida pelos nervos
do Vago, mas o tempo o mostrará. Certamente, o décimo nervo supre a glândula
do timo e é em grande medida o responsável pelo seu crescimento até a idade de
dois anos, quando ela se atrofia. Vimos que o Nervo Vago desempenha um papel
na respiração de bebês prematuros e que no futuro se descobrirá a grande impor-
tância de seu papel no crescimento e involução da glândula do timo.
A glândula do timo, uma estrutura endócrina, está relacionada ao Chakra do
Coração.
Os nervos motores que suprem o baço, trazem o Nervo Vago em contato ínti-
mo com o Chakra Esplênieo, que é o pôlo oposto ao encéfalo e aos centros da cons-
ciência. O baço entra em cantata com a ponta do pâncreas, como mostrados na
pág. 136.
O Vago supre de nervos o pâncreas, a glândula endócrina associada ao Plexo
Solar e o seu chakra correspondente. O pâncreas é também o pólo magnético infe-
rior do eixo formado entre ele e o hipotálamo. Uma grande sensibilidade do Vago
pode produzir hiperinsulinismo e hipoglicemia. Associadas a estes distúrbios, po-
dem surgir formas voluntárias de mediunidade, enquanto com os efeitos opostos,
isto é, hiperglicemia (diabetes), associa-se a mediunidade inconsciente.
O Nervo Vago supre a mucosa do estômago de nervOs que produzem as secre-
ções do ácido hidrocloridrieo. A injeção de açúcar no estômago pode estimular o
Nervo Vago e causar o hiperinsulinismo. Estes diversos fatores envolvem o tôrax
e o abdome, que são assuntos dos Capítulos 32 e 33.
Não se deve esquecer que o Vago é parte integrante do sistema nervoso paras-
simpático e que, através deste, seus efeitos e estimulação podem ser correlaciona-
dos ao centro sacral, que é o alvo da atenção da yoga tântriea.
138
21
o QUINTO NERVO CRANIANO
139
A Figura da págiua ao lado mostra o arranjo embriológico dos nervos crania-
nos em relação com os das fissuras da brânquia. Note-se que o quinto nervo crania-
no, o trigêmeo, envia seus terminais nervosos àquela região que será a face. Portan~
to a sensação de toque, dor, etc., ocorrida na superfície da face, é transmitida pelo
qdinto nervo craniano. Os nervos cranianos restantes associam-se aos miótamos per-
sistentes da cabeça. São os nervos motor-ocular, o trodear, o abdutar e hipoglosso,
ou os m, IV, VI e XII nervos cranianos.
Com a ciência a caminho para o mundo etérico, irão aparecer muitas caracte-
rísticas interessantes concernentes aos nervos cranianos, especialmente no seu re-
lacionamento com os problemas mentais e doenças psicossomáticas.
Um exemplo interessante disso poderia ser citado quanto ao nervo infra-orbital,
um ramo do quinto nervo craniano.
140
22
o SA~.qUE E A IRRI G!--çÃO
SANGUINEA DO ENCEFALO
141
porém, uma outra função relacionada aos eritrócitos. Eles fornecem um mecanis-
mo pelo qual cada plano de elaboração de uma idéia pode ser conservado, projeta-
do ou retirado. A inspiração favorece o fortalecimento de qualquer idéia ou concei-
to mantido (na essência astral e mental) dentro dos reservatórios sangüíneos do en-
céfalo e materializado em fórmulas elétricas pelos neurónios cerebrais. A inspira-
ção retida irá manter o pensamento em estado de equilíbrio dinâmico.
1. Ver MeditaUon, The Theory and Practice, voI. II, S.P.A.W., p. 39.
142
A artéria carótida interna penetra no crânio através do canal" ósseo no osso pé-
treo. Emanuel Swedenborg, um grande místico e visiouário, era também um anato-
mista na primeira parte da sua longa vida. Ao dissecar a artéria carótida, observou
o seu caminho tortuoso pelo canal ósseo antes de entrar no crânio e na substância
do prosencéfalo. Chegou à conclusão de que a artéria se contorcia assim para redu-
zir o impacto dos efeitos pulsantes das ondas de pressão advindas dos batimentos
cardíacos. Ele pensou que estas interfeririam nos processos de pensamentos do en-
céfalo. Esta observação, feita no início do século XVIII, é aceita pelos anatomistas
atuais. É de considerável importância aos estudantes de anatomia esotérica que sa-
bem que até a atividade do coração deve ser reduzida para que a meditação seja
possível. A atividade do encéfalo deve ser apaziguada, porque um órgão pulsaudo
com o sangue não serve de instrumento para a mente superior.
A Anatomia de Gray diz o seguinte sobre o caminho tomado pela artéria caróti-
da interna através do osso temporat
143
AS ARTÉRIAS DA BASE DO CÉREBRO,
O POLÍGONO DE WllUS
Trato Olfativo
Artéria Comunicante Anterior
Quiasma óptico
Artéria Cerebral Anterior
Artéria Comunicante
Posterior
~~===0i~~~-
~ Artéria Cerebral
Posterior
Artéria Ce rebelar
Superior
Artéria Basilar
102 Nervo
___ Arterlla Vertebral
A CROÇA
"Este é o bastão pastoral de bispo, um bastão que tem sua cabeça recurva de manei~
ra bem parecida com um cajado de pastor, que supostamente deu origem ao bastão epis~
copal. Outra teoria afirma que a croça descende do lituus ou gancho, um dos emble~
mas carregados pelo áugure romanO nos tempos pré~cristãos. Sem dúvida que o bastão
pastoral, pintado em alguns dos monumentos cristãos primitivos, é praticamente idên~
tico ao bastão do áugure, pois a vara da croça primitiva parece ter sido muito mais curta
3. Salmo 23.
145
Artéria Vertebral
Arteria Vertebral Direita
Esquerda
Direita
Artéria Subclávia
Esquerda
A CROÇA DIVINA
(O bas1ão pas10ral ou croça que um bispo carrega)
ç
A C R O A. Mostram-se três tipos de cabeça de croça. As minúsculas jóias
consagradas são colocadas no interior da salíência arredondada assinala com um K. Os
pontos sobre a cabeça da craça onde deviam ser colocadas divisões de pedra, ou de éter
magnetizado, são indicados por algarismos. A primeira divisão, 1, interrompe o fluir da
matéria etérica; a segunda, 2, da materia astra!; e a terceira, 3, da materia mental inferior.
r
do que o seu equivalent~ moderno ..N.a v_crdade, o bastão foi alongado provavelmente
quando :om~~ou a se: fc:to de ma~ena1s tao pesados que se tornava recomendável apoiá~
lo n? chao. E l1:-~u~St1o~avel que e u:n dos primeiros símbolos externos prescritos pela
Igreja a seus ofIc1aIs, p01S as croças fIguram nas ilustrações das catacumbas e um bastão
atribuído a São Pedro conserva-se na catedral de Trier, mi Alemanha.
Tanto o material como a forma do bastão têm variado bastante. No início era de
madeira, geralmente cedro, cipreste ou ébano, muitas vezes trabalhado ou encapado com
placas de prata. Logo começou-se a fazer a cabeça de metal ou de marfim entalhado,
e mais tarde o bastão inteiro passou a ser de marfim ou metal esmaltado. As croças irlan-
desas eram muitas vezes de bronze ou de prata trabalhada, e às vezes ornadas de pedras
preciosas, embora isto seja desnecessário.,,4
147
23
o ESCARAVELHO, SÍMBOLO DA
CONSCIÊNCIA SUPERIOR
Não existia no Egito antigo um símbolo mais sagrado do que o escaravelbo. Qual-
quer soldado americano ou britânico em campanha na África do Norte logo perce-
beria este pequeno besouro paciente e obstinado, cuja imagem foi adotada como
uma cinosura (centro de atração ou atenção) para os olhos do iniciado.
fi
I 4=P~""
~ ~~~~"'-
"O escaravelho egípcio é uma das figuras simbólicas mais admiráveis já concebidas
pela mente humana. A erudição da arte do sacerdócio fê-lo evoluir de um simples inse-
to, que, por causa de seus hábitos peculiares e de sua aparência, acabou por simbolizar
com propriedade a força do corpo, a ressurreição da alma, e o eterno e incompreensí-
vel Criador no Seu aspecto de Senhor do Sol.
Havia ainda uma outra imagem em que o céu era uma vasta planície sobre a qual
rastejava um besouro, empurrando o disco do Sol à sua frente, Este besouro era o deus
celeste; e os egípcios antigos, baseando-se no exemplo do besouro (Scarabaeus sacer),
que rolava com as suas patas traseiras uma bola que se acreditava conter seus ovos, pen~
savam que a bola do deus celeste continha o seu ovo, e que o Sol era o seu rebento.
Entretanto, graças às investigações do eminente entomólogo Monsieur]. H. Fabre, sa~
148
bemos agora que a bola que o Scarabaeus sacer rola não contém seus ovos, mas esterco
que serve de alimento para os seus ovos, por ele depositados num lugar cuidadosamen~
te preparado." 1 .
"Os iniciados dos mistérios egípcios às vezes eram chamados de escaravelhos, ou
de leões e panteras. O escaravelho era o emissário do Sol, simbolizando a luz, a verdade
e a regeneração. Escaravelhos de pedra, chamados de escaravelhos do coração, com cerca
de 7 cm de comprimento, eram colocados na cavidade do coração dos mortos quando
esse órgão era removido para ser embalsamado separadamente, como parte do proces~
so de mumificação. Alguns afirmam que os escaravelhos de pedra eram simplesmente
embrulhados em faixas de pano na ocasião da preparação do corpo para a conservação
eterna.
"No Livro Egípicio da Iniciação, O Livro dos Mortos, diz-se o seguinte: .. e vê, tu
deverás fazer um escaravelho de pedra verde, que será colocado no peito do homem
e que realizará para ele a abertura da boca.
"Ra, o deus do sol, tinha três aspectos importantes. Na função de criador do Uni-
verso, ele era simbolizado pela cabeça de um escaravelho, chamada de Khepera, que
significava a ressurreição da alma e de uma nova vida no final do período mortal. Os
sarcófagos dos mortos egípcios eram quase sempre ornamentados com escaravelhos.
Habitualmente, um destes besouros com asas estendidas era pintado no sarcófago dire-
tamente sobre o peito do morto. Por causa da sua relação com o Sol, o escaravelho sim-
bolizava a parte divina da natureza humana. O fato de esconder suas belas asas sob a
casca brilhante lembrava a alma humana alada escondida dentro do invólucro terreno.
Os soldados egípcios recebiam um escaravelho como seu símbolo especial porque os
antigos acreditavam que estas criaturas eram todas do sexo masculino e, conseqüente-
mente, apropriados emblemas da virilidade, da força e da coragem.
"Plutarco observou que o escaravelho rolava para trás a sua estranha bola de esterco,
enquanto o próprio inseto olhava na direção contrária. Isto fez dele um símbolo especial-
mente adequado para significar o Sol, porque o seu orbe (de acordo com a astronomia
egípcia) rolava do oeste para o leste, embora aparentasse mover~se em direção contrária.
Uma alegoria egípcia afirma que o nascer-do-sol é causado pelo escaravelho quando abre
as suas asas, que se estendem em cores gloriosas de cada lado do seu corpo - o orbe
solar -, e que quando ele recolhe as asas sob a casca escura, ao pôr-do~soI, vem a noite.
Khepera, o aspecto cabeça-de-escaravelho de Ra, freqüentemente é simbolizado navegan~
do pelo mar do céu num maravilhoso navio chamado de Barca do SoL' ,2
"A impressionante semelhança entre o topo do crânio marcado pelas linhas de su~
turas e o contorno do ESCARAVELHO egípcio pode ser a responsável pela adoção deste
inseto como símbolo da alma humana. Se o crânio é o Gólgota, ou o local de sepulta-
mento, então as pinturas egípcias, que representam a alma na forma de um falcão com
cabeça humana subindo do túmulo onde está a múmia, através de uma abertura na for~
ma de chaminé, não necessitam de mais explicação. ,,3
Na obra Meditation, 1beory and Practice foi mostrado que o súubolo do Cbakra
Alta Maior era a Roda Alada. Madame Blavatsky relaciona o escaravelho ao Globo
Alado ou Roda e, portanto, as qualidades do Chakra Alta Maior correspondem às
propriedades divinas do escaravelho.
149
A gravura de um papiro no Édipo Egípcio de Kircher mostra um ovo flutuando
acima da múmia, Este é o símbolo da esperança e da promessa de um segundo nas-
cimento para o morto osirificado; a sua alma, após a devida purificação no Amenti,
será gerada neste ovo da imortalidade para renascer daí para uma nova vida sobre
a Terra, Pois esse ovo, segundo a Doutrina Esotérica, é Devachan, o local da Graça;
o escaravelho alado é também símbolo disso, O globo alado é uma outra forma do
ovo, e tem o mesmo significado do escaravelho, o Khopiroo - da raiz khoproo,
vir a ser) renascer -, que se relaciona ao renascimento do homem e à sua regenera-
ção espiritual. 4
A Doutrina Secreta ensina-nos que tudo no Universo, assim como o próprio
Universo, é formado (criado) durante as suas mauifestações periódicas, por MOVI-
MENTO acelerado, impulsionado pela RESPIRAÇÃO do Poder Eternamente Desco-
uhecido - desconhecido para a humanidade atual, de qualquer maneira - dentro
do mundo dos fenõmenos, O espírito da vida e da imortalidade foi simbolizado em
toda parte por um círculo; daí a serpente mordendo o próprio rabo representar o
círculo da sabedoria no infinito; assim como a cruz astronômica - a Cruz dentro
Linha Temporal
Sutura Coronal
Sutura Sagital
Forâmen Parietal
Sutura Lambdóide
151
do círculo - e o globo com as duas asas, o qual então tornou-se o escaravelho sa-
grado dos egípcios, sendo de notar que o próprio nome sugere a idéia sagrada a
ele vinculada. Pois o escaravelho é chamado nos papiros egípcios de Khopirron e
Khopri, do verbo khopron, vir a ser, e assim foi transformado no símbolo e no em-
blema da vida humana e das sucessivas vidas do homem, através de diversas pere-
grinações e metempsicoses, ou reencarnações da alma liberada. Este símbolo místi-
co mostra bem claramente que os egípcios acreditavam na reencarnação e nas vidas
e existências sucessivas da entidade imortal. Entretanto, por sef uma doutrina eso~
tériea, isto era mantido em segredo e revelado apenas durante os Mistérios aos can-
didatos, pelos hierofantes sacerdotais e reis iniciados.s
Os egípcios eram fascinados pelos insetos. Viviam num pais onde os insetos
virtualmente faziam o que lhes agradava. A abelha, com a sua metamorfose da bo-
neca para imago, exercia especial atl'ação sobre eles, pois os seus estados mutantes
lembravam-nos da transformação que o homem deve sofrer na passagem de um rei-
no para outro por ocasião de sua morte.
O escaravelho representava a Vontade divina persistente ou Atma. A determi-
nação com a qual este inseto extraordinário executava seu trabalho prendeu a ima-
ginação dos egípcios. Ele também representava um símbolo daquilo que age contra
o charme. Não existe muito charme, realmente, numa criatura que rola uma bola
de esterco humano na direção do seu ninho, mas existe o exercício de um grau enor-
me de persistência e uma vontade nada pequena.
Em muitas peças de joalheria e obras de arte, o escaravelho é associado com
esta pílula ou esfera. Assim como o Logos podia mover o Sol, o Senhor e Doador
de Vida que cruza os céus, podia o homem mover o seu próprio mundo divino à
sua frente. A existência de um mundo divino dentro da bola ou esfera da cabeça
era um segredo ensinado na iniciação. Os ombros humanos sustêm este mundo. No
macrocosmo, o mundo conhecido da Grécia antiga ou o mundo celeste dos místi-
cos era sustentado nos ombros do deus gigante Atlas. A forma do mundo conheci-
do parecia bem com a imagem do córtex cerebral, a fissura de rolando coincidindo
com o mar Mediterrâneo e os giros pré-central e pós-central ocupando as posições
da Grécia e de Roma, a primeira relacionada com a sensibilidade e a última, com
a ação.
Destas diversas tradições é fácil ver como a semelbança do escaravelho com
a superfície do encéfalo podia ligar suas atividades com o trabalho duro que se deve
executar para obter a expansão/movimento da consciência. Ê subir pela espinha com
a bola da consciência sempre à frente ou acima do encéfalo.
152
24
A GLÂNDULA PINEAL
153
A ANATOMIA COMPARATiVA DA GLÂNDULA PiNEAL
Pele Escamada
Crânio
(;landlJlaPineal
Forâmen Parietal
Terceiro Ventrículo
LAGARTO
Olho Parietal
Plexo Coróide
Tereeiro Ventrfculo
RÃ
diversos graus de abertura. As palavras de Shakespeare ou John Richardson, talvez
o verdadeiro autor das peças "Shakespearianas", descrevem o sapo da seguinte ma-
néira, em "Assim é se lhes parece":
... referiudo-se a uma antiga superstição a respeito dos sapos, que teriam pedras pre-
ciosas enterradas entre as protuberâncias calosas de seu crânio. Essa superstição,
por sua vez, baseava-se numa meia verdade e referia-se ao olho parietal, a jóia que
tanto o sapo quanto os homens verdadeiros possuíam antigamente.
O Chakra do Topo da Cabeça não está manifestado em todos os corpos etéri-
CDS dos animais. Nos homens, porém, sempre esteve presente, mesmo nos homens
mais primitivos. Este chakra marca o local de ancoragem da alma humana, um pon-
to de luz radiante, uma jóia enterrada bem fundo, dentro das camadas da aura e
"envolta" pela carne grosseira. A combinação do olho parietal com o Chakra da
Cabeça, quase inerte, forneceu ao homem primitivo sua visão etérica (e não a clari-
vidência). Agora que o homem tem de volta seu olho parietal, o Centro da Cabeça
permanece focalizado na região da glândula pineal. Este centro, uma vez desperto
com o crescimento espiritual, proporciona a visão etérica e a clarividência.
A Terceira Raça-Raiz possuía somente a visão etérica. A Sexta Raça-Raiz possui-
rá tanto a visão etérica quanto a clarividência, porque então a estrutura física da
glândula pineal irá aparecer novamente e será sustentada pelos Chakras da Cabeça,
despertos.
Foi da própria substância da glândula pineal que evoluiu a atual glândula endó-
crina, auxiliada, apenas no homem, pelo Chakra da Cabeça. A glândula pineal se-
grega muitos hormônios ainda desconhecidos da ciência. Estes, com seu vasto cam-
po de ação, têm modificado periodicamente a forma humana, a pele, o encéfalo
e o crânio, e os órgão sexuais, de acordo com os Raios que governam a específica
Raça-Raiz e suas sub-raças.
"Ver no escuro" era uma capacidade que o homem possuía outrora e voltará
a possuir, gradativamente, ao caminhar pelo arco ascendente. Originou-se do me-
canismo descrito acima, e perdeu-se apenas com a atrofia completa do olho parie-
tal. Atualmente, não há nenhum indício dele, embora muitas vezes o forâmen pa-
rietal (observável em alguns recém-nascidos) permaneça parcialmente aberto nos
adultos, coberto adequadamente por camadas do couro cabeludo. O ritmo circa-
diano e outras características impostas a nós pelo aspecto diurno de nossa vida pla-
netária ainda continuam vinculados à glândula pineal.
A meditação afeta profundamente a glândula pineal por despertar o Chakra
da Cabeça que lhe é correspondente. Este mecanismo possibilita a constante re-
forma do crânio e seus conteúdos através das secreções da glândula pineal, naque-
les que durante anos se dedicam ao crescimento espiritual. As secreções da pineal
mantêm as suturas cranianas abertas, não permitindo que se fechem completa-
mente.
155
\ ~ .
O despertar destes chakras trará de volta o potencial oculto das glândulas en-
dócrinas correspondentes. Quando estes chakras estiverem expandidos, justapos-
tos e inter-relacionados, as células (não apenas as endócrinas) de todos os tecidos
produzirão secreções especiais dentro de suas órbitas, que irão propiciar a expan-
157
o ANEL LIMITE DO INICIADO
são de alguns nervos e a regressão de outros. Com a sede da consciência focalizada
cada vez mais na região da cabeça, o tronco inferior irá alterar-se bastante, tornando-
se menos importante e menos grosseiro.
O campo gravitacional do nosso planeta já está diminuindo rapidamente, pois
também a Terra caminba em ciclos pelo arco ascendeute. E todas as formas' 'que vi-
vem na lerra' " desde o mineral até o homem e além dele, vão tornando-se mais sutis
menos densas, mais etéreas. Os estudos sobre os efeitos de visitarmos planetas meno~
densos que o nosso (por exemplo, a Lua) uos previnem das profundas modif1cações
morfológicas que resultam da exposição a campos gravitacionais menores.
Vivemos numa época na qual voar para planetas próximos tornou-se uma reali-
dade. A época seguinte irá se confroutar com os problemas da exploração espacial,
que não só afetarão o corpo físico do homem, mas também sua natureza emocional
e seus mecanismos de pensamento. Apesar das experiências de indivíduos corajo-
sos que se aventuraram em tanques de água simulando a ausência da gravidade 1 e
astronautas intrépidos que exploraram um planeta onde a gravidade é cinco vezes
menor que a nossa, temos pouca evidência dos efeitos sobre o homem em condi-
ções de prolongada ausência de gravidade. Com a construção de enormes platafor-
mas espaciais e laboratórios de pesquisa, é apenas uma questão de tempo até que
a Medicina descubra as possíveis implicações no tratameuto da artrite, por exem-
plo, nas condições de ausência de gravidade, onde o movimeuto das juutas esclero-
sadas pode deixar de ser um problema.
Haverá muitos problemas a serem resolvidos. Segundo os ensinamentos da ciên-
cia esotérica, podemos esperar numerosos distúrbios nos homens que penetrarem
no sistema solar. Alguns destes distúrbios resultarão da ausência de gravidade, ou-
tros, do rompimento desta fronteira extraordinária que nós, os estudantes da ciên-
cia esotérica, chamamos de Anel Limite.
Um Anel Limite é uma esfera de campos de força iuterpenetrantes que engloba
a consciência de todos os homens, composta de várias esferas: etérica, astral e men-
tal, esta última, a maior de todas. O tamanho da esfera é determinado pelo grau
de evolução espiritual do indivíduo. O Anel Limite não deve ser confundido com
o Ovo Áurico. Um selvagem com alma jovem terá um Anel Limite pequeno, com-
posto principalmente de energias etéricas e astrais, podendo estender-se por ape-
nas alguns quilómetros. Um homem mais evoluído teria um Anel Limite do tama-
nho do planeta Terra, e, por telepatia, poderia incluir em sua consciência mental
qualquer um que estivesse na Terra. No entanto, a esfera emocional de seu Anel
Limite poderia não se estender além das fronteiras de seu país. Os iniciados do Ter-
ceiro Grau normalmente compreendem em seu Anel Limite uma região esférica que
inclui a Lua. Por ocasião dos recentes vôos à Lua, surgiu a questão se o fato de um
astronauta ultrapassar fisicamente as fronteiras de seu Anel Limite criaria proble-
mas ou traria experiências benéficas.
Na verdade, o Anel Limite de um indivíduo nunca deve ser ampliado até o má-
ximo. Ele pode viver com os seus três campos de força interpenetrantes reprimidos
e não expressos, confinados estreitamente à sua volta por diversos fatores do seu
159
ambiente ou da sua personalidade. O treinamento esotérico expande o Anel Limite
até o extremo. As explorações espaciais, em tese, fariam o mesmo, embora não te-
nhamos certeza de que maneiras e até que ponto. Daí a uecessidade do aconselha-
mento de um Mestre da Sabedoria.
Agora, em vez de ter que distorcer o contorno, a forina ou a aparência do ho-
mem para adequá-lo às diferentes condições destes planetas, a Natureza tem um ou-
trO plano. A Sabedoria dos Séculos ensina que o homem é tão antigo quanto o pró-
prio Universo. Na verdade, ele é um princípio do Universo tanto quanto o é a luz.
A humanidade também se manifesta em diversos níveis de densidade e qualidade,
assim como a luz do plano físico, que se manifesta em cores e outras qualidades
inatas, a luz que se vê no mundo dos sonhos do plano astral, e outra ainda, a glorio-
sa luz do plano búdico.
Os homens que habitassem um planeta de massa muito maior que a da Terra
não necessitariam de músculos colossais para se movimentarem, nem de ossos que
remontassem aos homens pré-históricos da Terra. Ao invés disso, estes homens se-
fiam muito mais sutis, menos densos, mais etéricos. Embora sua forma fosse igual
à nossa, eles seriam mais leves em relação ao volume de carne, pois teriam menos
massa para sustentar. Seus ossos conseqüentemente seriam menos calcificados. Eles
possuiriam, no máximo, cartilagem no lugar de osso. Nesse planeta, um homem de
um metro e oitenta de altura poderia pesar, segundo os nossos padrões, apenas cer-
ca de vinte e dois quilos e mesmo assim ser perfeitamente equilibrado. Na realida-
de, a vida da forma humana em Júpiter cria mais compensações ainda. Os homens
em Júpiter são o que são por serem um produto de Júpiter, modelados de acordo
com o arquétipo de homem, o princípio humano. Júpiter tem propriedades pecu-
liares: seu diâmetro é de 143.201 quilómetros, ou mais de onze vezes o da Terra.
No entanto, este planeta enOrme gira (no Equador) a 45.052 quilómetros por hora,
enquanto nosso planeta gira a 1.609 km/h. Não é de admirar que sua vida humana
seja diferente. É diferente, mas se mantém dentro da matriz do Divino Arquétipo
Humano, a quem alguns de nós chamam de Deus. Todos os homens são criados
à imagem de Deus, mas possuem enormes poderes de adaptação. E assim, os ho-
mens de Júpiter são mais velhos que nós em idade e na origem. Eles são maiores
e mais adiantados. Relativamente, não são tão pesados. MAS SUA FORMA É ESSEN-
CIALMENTE HUMANA.
Além das estrelas e dos planetas visíveis do nosso Universo, existem, é claro,
milhões de planetas etéricos que, embora não sejam visíveis, transmitem ondas de
rádio. Somente no nosso sistema solar existem cerca de sessenta planetas de subs-
tância muito sutil, habitados por um tipo de vida próprio. Nestes planetas, cujas
emanações são registradas pelo grande rádio-telescópio em Jodrell Bank, existe uma
vida sutil, corpos etéreos de forma semelhante às partes etéreas de nossos próprios
corpos, que já foram fotografadas pelas máquinas fotográficas radiónicas nos labo-
ratórios de la Warr em Oxford e vistas através das telas de Kilner. A estrutura de
seus habitantes será ditada pela estrutura do planeta, como também suas qualidades
160
e seu grau de desenvolvimento na escala da evolução espiritual. Todas as suas for-
mas humanas, porém, são essencialmente imagens humanas e tão sirrlétricas quanto
a nossa.
Em 1963, escrevi um ensaio sobre a ausência de gravidade e suas implicações,
ao qual acrescento agora as observações do Mestre Inglês.
Minha tarefa consiste em observar os problemas da ausência de gravidade sob
a luz das ciências antigas. Talvez vocês tenham visto antigos manuais de ciência que
descreviam os efeitos de um planeta maior sobre os seus habitantes. Viram animais
e homens desses planetas imaginados com enormes músculos e estruturas ósseas
qne suportassem uma gravidade maior. Ou talvez viram imagens de astronautas pu-
lando nos planetas onde a gravidade é bem menor que a nossa. E assim desenvolveu-
se a idéia, aceita pela maioria, de que a vida humana em outros planetas do nosso
sistema é praticamente impossível por causa dos extremos de gravidade, calor e frio,
da falta de oxigênio, etc. Um dos planetas freqüentemente citados neste contexto
é Júpiter. Nenhum cientista exotérico atual demonstra muita esperança de que haja
vida em Júpiter.
Antes de considerar a ausência de gravidade, façamos uma interrupção para con-
siderar como alguns dos sábios muito antigos viam o Universo. Um dos conceitos
era que o espaço e o tempo fossem ilimitados. Eles não falavam muito da idade da
Terra (H. P. B. calculou-a em cerca de 4,3 bilhões de anos) e sim de seus ciclos de
manifestação ou manvantaras, que duravam milhares de anos. Nossa Terra nunca
foi considerada um planeta especialmente importante no grande esquema da Vida.
Na verdade, diziam que a vida no nosso planeta é inferior ao desenvolvimento mé-
dio de vida no Universo como um todo. E o grande preconceito de nossa época,
é que nós, os seres terrestres, acreditamos ser a forma mais elevada de vida no Uni-
verso. Isto indica que irá surgir um novo sistema, incontestável como o foi o siste-
ma de Copérnico, onde a nossa Terra e seu sistema solar serão um centro relativa-
mente sem importância num vasto, próspero Universo cheio de Vida. Será uma mu-
dança de enfoque tão importante quanto a que ocorreu de Ptolomeu a Copérnico.
Será como se houvéssemos estado obcecados durante anos com o dedo e agora de'
vêssemos procurar a cabeça.
De acordo com os mesmos ensinamentos tradicionais, existem milhões de pla-
netas capazes de sustentar vida mas nenhum é igual a outro. Eles diferem em idade,
massa e grau de condensação, seu desenvolvimento externo e interno e sua quali-
dade geral, assim como um ser humano difere do outro.
Es~es assuntos parecem complexos se não usarmos técnicas ocultas para estudá-
los. Se olharmos para o sistema solar como uma grandiosa Entidade Cósmica, como
uma estrutura onde as partes correspondem ao Centro da Cabeça e outros chakras,
muitos problemas conceituais serão eliminados. Aquilo que existe no macrocosmo
do Logos Solar existe no microcosmo que é o homem. E as regiões que constituem
o Centro da Cabeça macrocósmico correspondem ao Centro da Cabeça do homem
e, através dele, ã sua glândula pineal.
Há muitos anos, durante uma viagem de conferências, falando sobre o assunto
de técnicas de projeção astral, expressei minha preocupação quanto aos problemas
dos astronautas lançados no espaço além da fronteira da consciência que é chama-
161
o MACROCOSMO DO LOGOS SOLAR REFLETE-SE NO
MICROCOSMO DO HOMEM
Como o Fogo Central (nas minhas obras sempre simbolizado por um S) faz
a ligação entre todas as coisas, o desenho de Fay pomerance consegue trans~
mitir um pouco da grandiosidade e complexidade destes relacionamentos.
da de "Anel Limite' '. Todas as entidades humanas, planetárias e solares possuem um
A~el,Limite qu~ demarca o limite seguro para a projeção da consciência, além do qual
nao e seguro vIaFr sem ameaçar a llltegndade e a coordenação de seus corpos mais
sutis. Naquela ocasião, o homem ainda não tinha chegado ~ Lua. Certamente,_parecia
que alguns astronautas iriam exceder este limite, embora todos os homens sejam cons-
tituídos de maneira diferente, conforme o grau de seu desenvolvimento espiritual,
que depende principalmente do grau de abertura dos Centros da Cabeça.
Previ que esta projeção além do Anel Limite poderia provocar distúrbios de
personalidade. Portanto) não me surpreendi com os relatos de que a maioria dos
astronautas envolvidos nas viagens lunares dos Estados Unidos desenvolveu sérios
distúrbios de personalidade após o seu retorno, incluindo alcoolismo, desavenças
familiares, manias religiosas, etc.
O homem normal tem um Anel Limite que se estende a todas as partes do pla-
neta e até uma região não demarcada a seu redor, que normalmente alcança até cer-
ca de 80.000 quilómetros. Um iniciado do Terceiro Grau é capaz de incluir dentro
do seu Anel Limite toda a área da Lua e projetar-se ali com certo conforto, tanto
com O corpo físico quanto com O astral. Um Arhat, um iniciado do Quarto Grau,
é capaz de estendê-lo até o Sol, que inclui o planeta velado atrás da superfície do
Sol onde se diz que residem os devas solares, que outrora foram Mestres em dife-
rentes planetas. Um iniciado do Quinto Grau, isto é, um Mestre, é capaz de projetar-se
a todas as partes do sistema solar e além dele.
O processo de desmaterialização do planeta e de suas formas é muito, muito
vagaroso, mas já é mensurável. Será através de órgãos como a glândula pineal e ou-
tras aqui mencionadas que o homem irá se adaptar às condições variáveis, como
já o fez em ciclos anteriores deste planeta e de outros. Afinal, o homem é um dos
seres mais adaptáveis, capaz de viver dentro de alguma forma em qualquer planeta
mental, astral, etérico ou físico, contanto qne tenha tempo suficiente para esta adap-
tação. Se alguma vez os homens do nosso planeta chegarem a habitar alguma lua
longínqua por qualquer espaço de tempo, é mais provável que se adaptarão usando
hormónios do que apenas transportando reserva de oxigênio e instrumentos que
compensem os efeitos da ausência de gravidade.
As modificações que ocorrerão na forma humana serão efetuadas primeiro nos
filhos mais adiantados da humanidade. As estruturas que se encontram no tronco
cerebral e nos mecanismos nervosos na substância do músculo cardíaco estarão en-
tre as primeiras a serem afetadas, junto com a expansão dos elementos nervosos
e do tecido endócrina. Estes efeitos serão tratados mais tarde nesta obra.
As duas Raças-Raiz humanas mais antigas são consideradas por alguns como
"sem-cabeça" e por outros como "sem-mente". Suas estruturas certamente eram
compostas de matérias mais sutis, como matéria etérica, astral e mental. Sua fun-
ção, entretanto, era importante, Estas raças elaboraram uma primeira forma alta-
mente plástica e maleável e pronta para se fundir com as estruturas mais organiza-
das e integradas que estavam sendo transferidas da corrente lunar (às vezes em gran-
des "levas"), onde eram organizadas pelo manu-semente 2 Estas estruturas primiti-
2. Uma descrição detalhada e um tanto quanto insincera do desenvolvimento das Pdmeiras Raças-Raiz,
feita por C. W. Leadbeater, encontra-se em Man, Whence, How and Whither, cap. VI.
163
vas receberam o característico nome de "cestos'») em referência ao trançado de fios
que conectam os elementos da tríade superior (seus átomos permanentes em Atma-
Buddhi-Manas) com a tríade inferior. Estes "cestos" tinham duas funções impor-
tantes que tornaram possível o desenvolvimento do reino humano para chegar ao
que ele é atualmente. Eles eram divinos, no sentido de que continham dentro do
trançado a parte imortal, a tríade superior, e estavam sempre suscetíveis ao estímu-
lo meutal dos seres superiores como os Manasaputras, os Senhores da Chama, que
introduziram as centelhas de sua divindade num crescimento mental cujo futuro
não conhece limite. E os "cestos" eram suficientemente maleáveis para fundir-se
com os produtos mais elevados da evolução paralela da própria Terra, que, por si
só, conseguiria no máximo desenvolver um sistema nervoSO simpático eficiente e
um pequeno entumescimento cerebral nos três locais principais da extremidade en-
cefálica da medula.
Os "cestos" forneceram o potencial para que o desenvolvimento antropóide
saísse do ponto de estrangulamento. Como sua mente era dada à estimulação, ao
fundirem-se com formas terrenas apropriadas abriram a possibilidade de se desen-
volver um cérebro e um sistema nervoso central como um adequado meio de ex-
pressão, no plano físico, de suas faculdades mentais em rápida evolução. O sistema
nervOSO simpático antropóide já estava adequado para operar uo plano físico, mas
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164
não para penetrar no mundo subjetivo, que incluía o continente hiperbóreo ou eté~
rico, onde os "cestos" sentiam-se mais à vontade.
A junção das duas correntes de evolução estimulou consideravelmente o cres-
cimento das extremidades encefálicas de ambos os sistemas nervosos na criatura
que, neste estágio, deveria ser chamada de homem-animal. Os gânglios superiores
dos tratos simpáticos cresciam em importância, e o sistema pineal, um mecanismo
atrofiado, oriundo de períodos muito mais antigos da evolução mamífera e réptil,
foi reativado. As secreções da área da pineal (estimuladas pelo soberano "cesto")
agiam neurotroficamente sobre os neur6nios do gânglio cervical superior. Muitos
deles cresceram na direção da glândula pineal, ampliando-a e ao mesmo tempo di-
ferenciando o olho parietal que realizava determinadas funções grosseiras no nível
físic0 3 , enquanto possibilitava ao "soberano" conservar seus vínculos com os pla-
nos internos, o que lhe dava certo conforto por poder "ver" a luz subjetiva do mundo
interior, como ainda acontece atualmente para alguns. Este assunto é mencionado
novamente na seção que trata da corrente do nervo simpático no tórax.
Mais tarde ainda (estamos falando aqui de milhões de anos), quando os Senho-
res da Chama aplicaram o fogo extra-sistémico à cabeça da parte soberana da enti-
dade, promovendo com isto a individualização do homem-animal, ocorreu o rápi-
do crescimento do prosencéfalo. Quando a forma humanizada passou a focalizar
seus complementos sens6rios através deste prosencéfalo, sua atenção transferiu-se
do mundo subjetivo para o externo. Os olhos, ao funcionar cada vez mais na luz
do mundo objetivo, inibiam a glândula pineal que acabou desaparecendo, assim co-
mo o olho parietal, restando hoje apenas uma imagem do sistema pineal.
Nos primórdios da humanidade, entretanto, a glândula pineal, através das se-
creções hormonais (oriundas da estimulação do olho parietal pela luz subjetiva ou
visão etérica), era a principal responsável pelas mudanças nos métodos de reprodu-
ção. Assim o homem passou da androginia e hermafrodismo para o seu atual está-
gio heterossexual, onde apenas um dos sexos é enfatizado, intensificando as capa-
cidades da influência cromossomática X-Y.
As recentes descobertas dos efeitos da glândula pineal, que a ciência considera-
va adormecidos há muito tempo, apesar de H. P. Blavatsky e Descartes já terem
chamado a atenção para sua poderosa importância, mostram que a atividade inten-
sa da glândula (especialmente quando existe um tumor ou pinealose) eleva os níveis
de adrenalina, serotonina, melatonina, histamina, acetilcolina, ácidos acéticos
5-metoxindole e 5-hidroxindole, iodo 131, peptidase aminoácida e atividades de
delidrogenase succínicas. Bastaria conferir esta lista em qualquer livro de fisiologia
moderna para descobrir a sua profunda importância na manutenção das funções
corporais.
A glândula pineal recebe um suprimento de sangue extraordinário, especialmente
por ser uma glândula considerada irrelevante pela maioria dos estudiosos da Medi-
cina. O fluxo de sangue que passa pela glândula é enorme. Comparando-se os pe-
sos, somente os rins recebem um fluxo maior. Deveríamos lembrar que estamos fa-
3. C. W. Leadbeater escreveu que o olho parietal detectava a presença do calor, numa época em que
os vulcões eram um verdadeiro perigo para as formas terrenas.
165
A mônada
e
a tríade superior
Átomo
manãsico
permanente
Embrião
do
corpo causal
Átomos permanentes
e associados
da tríade inferior
UMA CESTA
Este é o veiculo no qua! as qualidades de um espécime
imaturo são transferidas com outras "cestas" em "levas", de
uma cadeia para a seguinte.
EFEiTO DE UM PINEAlOMA
(1) melatonina da pineal dos mamíferos desbota a pele das rãs (mas não
dos humanos); (2) A luz diminui o peso da pineal, R. N. A. e proteína, e ateta
o estro nos ratos; (3) Estimula a liberação de aldosterona pelo córtex
supra-renal, resultando em retenção de sal e de água.
lando de uma glândula endócrina que segrega seus hormônios (como todas as glân-
dulas endocnnas) d,retamente para o sangue e que esta glândula é o principal alvo
das forças emergentes no Chakra da Cabeça, o supremo foco de atençã.o nas disci-
plinas que compõem o treinamento do discípulo.
Na meditação, o clímax e a síntese destas disciplinas se dão naturalmente quan-
do o Centro da Cabeça desperta e a glândula pineal é estimulada. A tradição ensina
que quando uma pessoa pratica um longo retiro espiritual deve abster-se do sal em
sua alimentação. A glândula pineal, ou a sua região adjacente, produz glomenulo-
trofina que estimula a liberação de aldosterona pela cortical supra-renaL A aldoste-
fona retém o sal e a água no corpo i daí a necessidade de eliminar~se o sal durante
a meditação para evitar acúmulo de água no organismo, o que se vê freqüentemen-
te em rechonchudos yogues devotos (mas não iluminados)'
O vínculo físico entre a glândula pineal e as supra -renais enfatiza o ensinamen-
to esotérico de que o Chakra da Base da Espinha está correlacionado às glândulas
supra-renais e intimamente ligado ao Chakra da Cabeça, que é seu alter ego. Ener-
gias etéricas e mais sutis, produzidas por meios naturais ou supranaturais, são con-
duzidas da base da espinha para a região da glândula pineaL
169
Assim, aconteceu a fusão de alguns componentes das duas correntes evolutivas
inferiores: a mente com a "ausência da mente", o sentimento nobre com o afeto
rude, e até o buddhi com O bruto. O sacrifício das correntes superiores foi imenso,
e durante muitas eras, estes seres encarcerados buscaram .consolo e o caminho de
volta para a sutil região hiperbórea da qual tinham se materializado. No entanto,
com as sucessivas gerações, foram diminuindo a rudeza do corpo e as atitudes pura~
mente instintivas da atividade mental das formas ocupadas. As formas hospedeiras
tornaram-se mais refinadas sob a influência direta de seus soberanos, ou "hóspe-
des", oriundos da corrente superior.
O processo de aprendizagem para tornar-se" objetivo" constituiu a "queda do
homem". Foi uma lição que ele chegaria a aprender muito bem ... bem demais. A
partir de então, a memória de suas origens mais elevadas tornou-se embaçada, fas-
cinado que estava com sua existência objetiva na estrutura física de sentidos alta M
meute aguçados. Sua preocupação dominante passou a ser a vida no corpo físico
hospedeiro, embora este fosse apenas uma luva para o hóspede "interior". Maia
era vista como a realidade e as qualidades trazidas pelo soberano sem dúvida tinham
quebrado o domínio férreo do instinto que as camadas inferiores do inconsciente
tinham exercido sobre as formas físicas grosseiras no Globo D. E foi assim que gran-
de número de homens, sem deixar de ser homens, começou a usar o produto mais
elevado da corrente evolutiva puramente terrena.
O homem nunca foi macaco, da mesma maneira que um homem de hoje nunca
é a capa de chuva ou a roupa que usa. O "elo perdido" nunca será encontrado por-
que não existe. O que falta é compreender os estados mais sutis e as dimensões de
tempo e espaço onde abundam muitas hierarquias de vida, diferentes das descritas
acima, que, de tempos em tempos, fundem-se com a corrente evolucionária infe-
rior. Assim, estas hierarquias se expressam numa subcorrente de evolução que vai
desde a grama, o trigo e os cereais, até alguns artrópodes como os crustáceos, la-
gostas e camarões, etc,
Para o homem, que pela fusão, portanto, ficou ancorado a uma existência ob-
jetiva numa forma grosseira, sobre o Globo D da Corrente Terrestre, o "fim do iní-
cio" ocorreu há cerca de 15 milhões de anos. Nesta ocasião, através de uma "con-
junção" fortuita ou sizígia de determinados globos interiores, um reservatório do
Fogo extra-sistêmico (um fogo de qualidade venusiana e originário de Sirius) ficou
disponível aos Senhores da Chama, que introduziram-no somente nas formas resul-
tantes da fusão das duas evoluções inferiores. Este ato de individualização comple-
tou a "tomada de posse", e durante um longo período, a partir de então, o homem
teve que se arranjar sozinho, construindo primeiro uma consciência totalmente per-
sonalizada, com o objetivo de satisfazer o equipamento sensório que tinha acabado
de receber e de dominar o planeta usando o seu monitor, O encéfalo humanóide.
Na medida em que suas atitudes se tornavam personalizadas e sua conduta, ob-
jetiva, o homem ficava menos dependente das antigas emissões instintivas da re-
gião inconsciente inferior e menos dirigido pelo inconsciente superior, que conti-
nuou sendo seu lar espiritual, embora perdesse logo o contato consciente. Era um
"saudável" sinal de evolução imergir totalmente no mundo objetivo e conhecer a
natureza e a sedução do desejo.
170
Sua primeira tarefa era manter o veículo físico que possuía e descobrir Sua infi-
nita diversidade e potencialidade, As primeiras Raças humanas do Quarto Ciclo eram
etéreas e enfatizavam a segunda COrrente de evolução. Na Terceira Sub-Raça da Ter-
ceira Raça-Raiz, porém, esta fusão direta com as formas da corrente evolucionária
inferior proporcionou-lhe um corpo físico que poderia de outro modo ter levado
bilhões de anos para se materializar.
Por esta ocasião) nos níveis mais sutis) o homem era hermafrodita, depois de
ter sido andrógino. No princípio, foram ocupadas apenas as formas femininas dos
antropóides terrenos, pois as formas masculinas eram completamente repulsivas aos
elementos da evolução mais subjetiva e espiritual. Os filhos homens gerados destas
primeiras formas fundidas eram mais receptivos e hospitaleiros para com os seus
soberanos e,. assim, uma evolução hermafrodita, subjetiva e mais espiritual, conhe-
ceu as características da bissexualidade e, por fim, da heterossexualidade. Entretan-
to, por causa destas "complicações", muitas raças primitivas humanas extinguiram-se
rapidamente e somente depois de alguns milhões de anos é que se estabeleeeu uma
forma verdadeiramente humana, estável e durável, heterossexual e dotada de um
enorme potencial cerebral.
Muitas das características físicas antropóides foram descartadas, e manifestou-
se uma nova forma simétrica e bela, que refletia mais a corrente evolucionária inte-
rior. Há cerca de oito milhões de anos, manifestaram-se as primeiras formas huma-
nas possuidoras de um corpo astral integrado. Foram necessárias a civilização atlante
inteira e as suas colônias mais importantes para fornecer as condições para este mo-
numental desenvolvimento do mecanismo emocional no homem.
Tendo investigado as origens dos verdadeiros homens, podemos dar mais um
passo no estudo da relação entre a glândula pineal e a pinha, já mencionada. Assim
como um fogo florestal ajuda a separar as sementes da pinha, contribuindo com
o reflorestamento do local arrasado, o Fogo Espiritual, agindo sobre a glândula pi-
neal e o tecido circundante (por exemplo, o Plexo Coróide), produziu uma semea-
dura em outros locais do corpo, fazendo crescer uma nova floresta, o matagal em
torno dos chakras do novo homem.
A Teosofia sempre alegou que os macacos têm uma relação especial com O ho-
mem. Nos primórdios de sua história, mas hem depois dos acontecimentos que le-
varam ao desenvolvimento espiritual do homem a partir dos hominídeos primiti-
vos, várias tribos da Terceira Raça-Raiz, e mesmo algumas da Quarta Raça-Raiz,
cruzaram-se com os antropóides parecidos com gorilas, que eram puramente ani-
mais por nunca terem sido individualizados. Deste cruzamento resultaram os atuais
macacos de elevada inteligência e quase humanos, que às vezes acabam em jardins
zoológicos e mesmo em laboratórios de pesquisa.
Existem muitas características que identificam estes macacos altamente desen-
volvidos com Slia origem "humana". Enquanto os gatos, os cordeiros e a maioria
dos outros animais (com exceção do macaco), ao serem confrontados com um es-
pelho, considerarão a imagem uma entidade separada, os macacos e os humanos
identificarão imediatamente consigo mesmos a imagem espelhada (exceto os hu-
manos com menos de vinte meses de idade). Quando um macaco é colocado na
frente de um espelho e vê uma protuberância verrugosa em seu rosto, irá apalpar
diretamente esta protuberância em sua própria carne e não examiná-la ao espelho.
171
No nova livro de Adrien Desmond, The Ape's Reflexion 4 , o historiador da ciên-
cia observa que nós sabemos há apenas trinta anos que somente os macacos e o ho-
mem têm esta imagem de si mesmos claramente estabelecida. Criaturas mais primi-
tivas simplesmente não se reconhecem num espelho: elas não conseguem compreen-
der os princípios da reflexão. Se um símio vê alimento no espelho, estenderá a mão
para pegá-lo. Um macaco irá procurá-lo atrás de si, guiado pelo espelho. Não há
dúvida de que não é uma limitação visual dos símios, mas uma limitação mental.
"Em termos evolutivos, os macacos parecem ter mais coisas em comum com o ho-
mem do que com os símios." Esta é exatamente a afirmação das ciências esotéricas,
pelas razões expostas acima.
Os macacos aprendem com seus pais adotivos a "pescar") enquanto os babuí-
nos, mesmo que os observem nesta tarefa durante anos, nunca apreendem-na o su-
ficiente para usufruir dela. Quando em cativeiro, eles se mostraram capazes de sele-
danar, separando, em pacotes diferentes, uma coleção de porcas, arruelas, pregos,
parafusos e chaves.
A família Gardner adotou um chimpanzé chamado Viki desde a tenra infância,
mas falhou na tentativa de fazê-lo falar, principalmente porque um macaco não possui
cordas vocais. Eles podem produzir apenas algumas consoantes, mas nenhuma vo-
gal. Os Gardner mostraram que os macacos podem falar por intermédio de uma lin-
guagem de sinais e que podem ser ensinados a distinguir entre o certo e o errado.
Uma fêmea de gorila chamada Koko, com sete anos de idade, aos cuidados da
Universidade Penny Patterson de Standford, Califórnia, aprendeu 375 palavras. Ela
adora andar de carro, sabe usar uma máquina fotográfica e discar um número de
telefone, divertindo-se muito ao ouvir uma voz humana do outro lado da linha. Ou-
tros gorilas adotados de maneira semelhante demonstram gostar de televisão, che-
gando até a escolher seus programas favoritos. Eles demostram preferência por di-
ferentes tipos de comida, mas são capazes de desistir destas preferências em favor
de assuntos mais elevados que se esperam deles.
Ontro fatal' que vincula o homem ao macaco é a extraordinária semelhança nos
gens. Na Califórnia, engenheiros biólogos compararam uma faixa do DNA humano
com a sua contraparte do chimpanzé. Descobriram que a estrutura da proteína hu-
mana e seu material genético são praticamente idênticos ao do chimpanzé, diferin-
do apenas em 1,1%.
172
25
o TERCEIRO OLHO
173
tão cheias de referências ao terceiro olho. Os egípcios chamavam-no de "Olho de
Taurus". Nos mistérios romanos e gregos, o terceiro olho era uma intumescência
no bastão do caduceu, que Mercúrio, ou Hermes, levava consigo. E Mercúrio era
o mensageiro dos deuses. Nas bacanais romanas, o bebê Baco brinca com uma pi~
nha e um espelho - o espelho representando o plano astral e a pinha representan-
do a glândula pineal, cuja forma parece com a pinha.
No Novo Testamento, é ao órgão da visão interior que Jesus se refere com
as seguintes palavras: "Se teu olho tornar-se um só, teu corpo inteiro será preen-
chido pela luz". No misticismo inglês, é O chifre do unicórnio, o instrumento
afiado ou a lâmina do mitológico cavalo branco que foi capaz de abater o leão.
O unicórnio é um símbolo da alma, e o leão com o qual ele luta representa a
personalidade. Ainda no misticismo inglês, e acredito que na Bíblia também, o
terceiro olho é uma tigela brilhante. Novamente no misticismo inglês, é o Santo
Graal das lendas arturianas e os cavaleiros em armaduras resplandescentes, o sím-
bolo externo da purificação. Os cavaleiros em armaduras resplandescentes andam
em busca do Santo Graal, procuram o olho da percepção espiritual que lhes torna
visíveis todas as coisas.
Sem dúvida, temos nossos próprios pontos de vista esotéricos sobre o assunto
e, nos ensinamentos ocultos, o terceiro olho é sempre o objetivo final das discipli-
nas esotéricas. As disciplinas esotéricas conduzem o discípulo o aspirante a ini-
ciado ou noviço - ao reconhecimento ou a localização do terceiro olho, e preparam-
no para abri-lo e fazê-lo funcionar, transformando o indivíduo, conforme se acredi-
ta, num super-ser, num membro do Quinto Reino da natureza - o Reino dos San-
tos, o Reino da Alma. E todas as disciplinas esotéricas como a temperança, a absti-
nência, a meditação e o desprendimento são meios para conduzir o indivíduo ao
encontro deste grande objetivo.
Agora surge a questão: "O terceiro olho é um órgão físico?" Ao examinarmos
os animais e seus papéis na evolução, encontramos em alguns a evidência do tercei-
ro olho, um órgão real, físico. 'i),c~ita-se que este terceiro olho seja um corpo pig-
mentado que chamamos de corpo pineal, uma evaginação do encéfalo. Na anato-
mia primitiva dos animais e do homem, é um tubo com uma extremidade fechada.
O tubo intumesce produzindo o prosencéfalo, enquanto a parte de trás do tubo in-
tumesce produzindo o tronco cerebral. Entre o prosencéfalo do animal primitivo
(e certamente no homem) e o tronco cerebral, uma evaginação do tubo representa
a parte que chamamos de glândula pineal ou corpo pineal.
Este corpo pineal, que é uma intumescência do tubo encefálico, está presente
em alguns animais, como o peixe-porco e o lagarto tortalla da Nova Zelândia, na
forma de um olho primitivo, significando que possui células pigmentares capazes
de reagir à luz. Raspando-se a superfície calosa do crânio e do escalpo do lagarto
tortalla, vemos uma glândula pigmentada. Nos sapos, esta glândula ou corpo pineal
segrega um hormônio que age sobre a coloração da pele. A glândula pineal, reagin-
do à luz, pode fazer a pele passar de uma cor clara para uma escura.
Assim, afirmamos que há na anatomia primitiva a evidência de um corpo pi-
neal funcionando como um olho primitivo, e mais tarde veremos qual é a proposi-
ção esotérica sobre esta glândula.
174
É verdade que a mitologia nos conta sobre os "olhos medianos" que os seres
humanos antigos possuíam, e fala de gigantes com um olho mediano no centro da
testa. Menciona também tipos humanos primitivos que possuíam um olho a mais,
além dos dois olhos normais, alojado na testa ou na parte de trás do crânio.
Quando chegamos a examinar a anatomia do encéfalo humano, encontramos
consideráveis mudanças a partir do tubo primitivo descrito acima. A intumescência
na frente do tubo transformou-se num extenso tecido maciço, constituindo os he-
misférios. Dois lobos dos hemisférios cerebrais ocupam atualmente a maior parte
da caixa craniana ou o conteúdo do crânio. O tronco cerebral também cresceu, mas
não tanto. Enquanto o prosencéfalo é a sede da consciência humana e das funções
superiores, inclusive da memória e do cafiter, o tronco cerebral é apenas incons-
ciente e coordena o movimento, e entre outras coisas, é responsável pelo equilí-
brio. Ainda assim, entre este enorme prosencéfalo humano e o trOnco cerebral, me-
nor, encontra-se a glândula pineal.
O centro oco do tubo ainda existe no homem, ao que chamamos de ventrícu-
los do cérebro. Estes ventrículos descem pela medula nervosa e contêm o fluido
cérebro-espinhal, que é um tipo de circulação interna do cérebro. A glândula pineal
é uma evaginação dos ventrículos, como um apêndice, um rebento ou um tipo de
saco. Entre o solo do terceiro ventrículo e o céu da boca cresce a hipófise, outra
glândula muito importante. Assim, descrevemos anatomicamente a localização ou
os resquícios da glândula pineal no ser humano.
A ciência esotérica afirmou durante muitos e muitos anos, inclusive a Madame
Blavatsky, o budismo esotérico e outros, que a glândula pineal era definitivamente
uma glândula endócrina. Pesquisas feitas pela Universidade de Minnesota provaram
que a glândula pineal segrega hormônios, o que confirma sua natureza endócrina.
Os hormônios são mensageiros químicos que agem à distância sobre os tecidos, pro-
vocando mudanças estruturais e às vezes funcionais também. As mudanças produ-
zidas pela glândula pineal, de acordo com a ciência, já que não as conhecemos to-
das, estão na área da maturação das funções e órgãos sexuais do ser humano.
Se a glândula pineal for invadida por um câncer (um pinealoma), podem ocor-
rer graves distorções, como precocidade sexual. Um menino de sete ou oito anos
de idade, acometido por um pinealoma, terá um desenvolvimento prematuro das
glândulas sexuais, possuindo órgãos, pêlo e precocidade de adulto.
Além disso, a glândula pineal é capaz de alterar o relógio do organismo que
dita o ritmo do corpo. Um dos ritmos que podem ser afetados profundamente nas
mulheres é o ciclo menstrual, durante o qual a temperatura do corpo se eleva, e
o endométrio, a forração do útero, se prepara para receber o ovo fertilizado.
É de grande interesse para nós, esotéricos, o fato de os ritmos constituírem uma
parte necessária no desenrolar das disciplinas esotéricas. A preparação para o trei-
namento do discípulo exige a observância de ritmos. Externamente, de um ponto
de vista ortodoxo ou exotérico, estamos interessados por ora no assunto dos rit-
mos circadianos, que vinculam as funções dos órgãos do corpo ao dia e à noite.
À noite, alguns dos nossos órgãos mergulham numa meia atividade, enquanto ou-
tros, como o sistema nervoso parassimpático, tornam-se estimulados e hiperativos.
A glândula pineal afeta o nosso ritmo circadiano, o nosso ajuste ao dia e à noite.
175
Estes ajustes podem ser perturbados facilmente se ampliarmos o nosso dia ou
alterarmoS a posição da nossa noite. Isto ocorre principalmente nas viagens de lon-
as distâncias em aviões, Cruzar o Oceano Atlântico altera o nosso ritmo circadia~
~o, que leva alguns dias para se ajustar. Portanto, precisamos nos ajustar às circuns-
tâncias diferentes do dia e da noite.
A glândula pineal pode afetar também os rins, fazendo com que retenham sal,
que normalmente é quase todo eliminado.
Estes são alguns dos efeitos conhecidos da glândula pineal sobre o corpo hu-
mano, porém, segundo a ciência esotérica, existem vários outros muito pouco co-
nhecidos pela ciência acadêmica. Um destes efeitos, assim chamados ocultos, é que,
estimulada por meio da meditação, a glândula pineal mantém a abertura das Suturas
da caixa craniana. Os ossos humanos tendem a se ossificar por volta da idade de
vinte e um ou vinte e dois anos, com exceção dos ossos do crânio, que mantêm-se
não ossificados, ou não completamente fechados, até por volta da idade de sessen-
ta anos Ou mais. A proposição esotérica é manter estes ossos do crânio não sutura-
dos, Impedindo a ossificação e o conseqüente endurecimento, para que o discípulo
(espiritualmente evoluído) possa mudar a forma do cérebro. As ciências esotéricas
afirmam que, com a prática da meditação, o tecido cerebral Cresce e o conteúdo
do cérebro é modificado, acrescentado de novas áreas altamente receptivas aos im-
pactos espirituais ou subjetivos. Esta é uma das funções esotéricas da glândula pi-
neal a ser descoberta nos próximos séculos.
Alguns acreditam que a hipófise seja o terceiro olho, tendo um vínculo impor-
tante com o órgão da percepção interior. Isto é verdade em parte, mas é a glândula
pineal, dentre os órgãos físicos que desempenham algum papel na abertura do ter-
ceiro olho, que é mais relevante do que a hipófise. Agora é importante considerar
a idade do homem.
A concepção esotérica é que o homem não terminou de Crescer fisicamente,
nem a níveis mais sutis. Está em estado embrionário, é um embrião espiritual, não
formado ainda. Analisando o homem a começar pelo corpo físico até o seu interior,
aos veículos mais sutis da consciência, vemos que a cada passo ele é mais embrioná-
rio, menos formado, mais feio espiritualmente. Embora bem simétrico no nível físi-
co, do ponto de vista espiritual o homem está formado apenas pela metade.
A idade do homem é imensa, mesmo se apenas considerarmos sua vida nos sis-
temas planetários, ou até no nosso sistema solar. Num nível não físico, angélico (se
precisamos usar esta palavra) ou mais suti!, o homem tem possuído instrumentos
de expressão que remontam a quatro ou cinco bilhões de anos. O próprio corpo
físico do homem, segundo o que acreditamos, tem a idade de vinte e cinco milhões
de anos, e é produto de duas evoluções que se fundem. Uma delas, à qual acabamos
de nos referir, tem cerca de quatro trilhões de anos, e enfatizou um processo de
materialização do corpo mental, em seguida, do astral, do etérico e, finalmente, do
físico. A outra corrente evolucionária, gêmea da que acabamos de descrever, evo~
luiu sobre a Terra dentro dos conceitos Darwinianos geralmente aceitos, COmo a
origem das espécies, ou a sobrevivência do mais apto, e assim por diante.
Com isto queremos dizer que, muito devagar e ao mesmo tempo comparativa-
mente em períodos mais curtos (que envolvem os conceitos ocultos de ciclos e cor-
176
rentesl, o homem foi moldado por um processo no qual primeiro desahrochou o
reino mineral, em seguida um reino vegetal sobre a superfície do mineral, depois,
por concentração, um reino animal, e então, do reino animal, uma corrente de ho-
minídeos (formas de aspecto humano l que alcançaram um estágio antropóide e de-
senvolveram uma grande área encefálica. Assim, tínhamos as formações dos homi-
nídeos sobre a Terra, ainda não humanos, embora tivessem aspecto humano.
Em seguida, há cerca de vinte e cinco milhões de anos, alguns destes hominí-
deos, extremamente desenvolvidos do ponto de vista do prosencéfalo, foram ocu-
pados pêlos estados etéricos da COrrente de evolução mais antiga, a evolução mate-
rializante, enquanto outros foram habitados ou interpenetrados pela evolução mais
sutil. As estruturas destes hominídeos, como a glândula pineal, a hipófise, a caixa
craniana, os ossos faciais e as clavículas, foram profundamente alteradas por esta
evolução que os habitava.
Assim, a evolução etérea instalada na grosseira estrutura física hominídea, pro-
duzida num período mais curto sobre a Terra, fundiu-se com a evolução mais sutil,
e, sob sua influência, as estruturas pineais (às quais nos referimos como a base física
do terceiro olho) mudaram enormemente.
O impacto do encontro destas duas correntes evoluciouárias foi explosivo em
termos da humanização das formas de macaco. John E. Pfeiffer l diz que o fator foi
dietético. A ciência esotérica aponta o fator "soberano";
177
ção coincide com a variação do homem moderno. Isto significa que alguns membros
do Homo erectus tinham cérebros maiores do que muitas pessoas de hoje. O cérebro
quase dobrou de tamanho no espaço de dois milhões de anos."2
178
dos", ser avisados dos locais de calor. De acordo com C. W. Leadbeater, o teósofo
clarividente, e Annie Besant, o olho parietal funcionava como órgão detector do
calor dos vulcões, protegendo assim os homens primitivos da aproximação de áreas
perigosas no planeta.
O olho funcionava também como órgão visual. Entretànto, devemos nos lem-
brar que nestes períodos toda a superfície da Terra ficava coberta de nuvens e va-
pores quentes, as chamadas brumas de fogo, de maneira que a luz como a conhece-
mos hoje era ll1n raro fenômeno para os homens mais primitivos.
( UM CICLO •
RAÇA 1 7
RAÇA 6
5
LIMITE DA DIFERENCIAÇÃO,
(por exemplo,i61
sub-raça da 5' raça-raiz)
OS SETE ESTÁGIOS DE
ENVOLVIMENTO COM A MATÉRIA
179
Os ossos membranosoS do corpo são as duas clavículas, também chamadas de
Chaves de Salomão. São ossos sagrados. Têm a forma de dois braços de uma suásti-
ca e, quando cruzados, formam um antigo símbolo, usado pelos ocultistas milhares
de anos antes que os nazistas o adotassem como seu emblema, na forma revertida,
Os dois braços da suástica representam o formato das antigas chaves romanas usa-
das para abrir uma fecbadura. Eles representam também o formato dos ossos clavi-
culares do homem.
A mandíbula do homem é formada na cartilagem, sendo basicamente de ori-
gem animal. Faz parte da corrente Darwiniana, se quiserem. A face humana, po-
rém, é divina. A face do homcln deve sua origem a uma evolução muito além da
história primitiva do nosso sistema solar. E os ossos da face do homem são forma-
dos na membrana, assim como a caixa craniana. E é na parte membranosa dos ossos
humanos que acontecerão as principais mudanças no futuro desenvolvimento de
seu corpo físico.
O corpo físico do homem ainda não está completo, ainda não realizou suas al-
terações finais. A psicologia dirá que este processo foi interrompido há vinte mil
anos. Nós, ao contrário, dizemos que o corpo humano ainda irá mudar muitas ve-
zes seguidas. Por exemplo, muito dos seus membros inferiores irão eterealizar-se
vagarosamente. O corpo humano se tornará mais e mais concentrado na região da
cabeça, mas isto é uma outra história.
O que começamos a entender agora é que os homens primitivos possuíam um
enorme potencial para mudança, que se manifestava continuamente desde a Ter-
ceira Sub-Raça da Terceira Raça-Raiz em diante. Os olhos que ele herdou dos homi-
nídeos não eram suficientes para o homem que crescia abrigando sua evolução in-
terior. Estes olhos deviam passar por grande maturação e, entre outras coisas, de-
viam mudar de posição no crânio, desenvolver outras estruturas, como a visão es-
tereoscópica levada ao seu máximo, desenvolver mais a visão da cor e projetar-se
para frente.
Enquanto o par de olhos projetava-se para frente, dando a visão binocular, e tor-
nava-se cada vez mais eficiente, proeminente e ativo, a glândula pineal com o seu olho
parietal regredia, acabando por atrofiar-se. O olho parietal retirou-se do forâmen pos-
terior, que se fechou, voltou para o fundo do crânio, fundindo-se com a glândula pi-
- neal e deixou de funcionar. Assim, mesmo ao nível físico, houve grandes mudanças
no desenvolvimento do assim chamado terceiro olho, ou glândula pineal.
O terceiro olho, ou glândula pineal, agia sobre outros órgãos endócrinos, espe-
cialmente a hipófise, junto com a qual produziu as mudanças na estrutura anatõmi-
ca do homem que descrevemos como pleomorfismo, detalhado no meu livro Anth-
ropogeny. Por exemplo, naquela época remota a pele humana sofreu mudanças va-
riadas, não só na cor como também na espessura. Cada raça produziu uma cor dife-
rente de pele: havia homens azuis, vermelhos, amarelos. Nos trópicos, a superfície
da Terra estava coberta por enxames de insetos, e a pele do homem era muito, mui-
to fina. Isto precisava ser mudado. Uma das maiores pragas para os homens primiti-
vos era os enxames de insetos, até que mais tarde sua pele tornou-se mais grossa,
desenvolvendo a derme ou a subcamada de pele contendo os órgãos que conhece-
mos hoje.
180
A despeito de tudo isto, entretanto, devemos dizer que a glândula pineal com
o seu acessório parietal não é O terceiro olho da metafísica. O que então é o terceiro
olho da metafísica?
Devemos entender que o corpo físico do homem é apenas a expressão externa
de um espectro de seus veículos. Seu corpo físico, por exemplo, é interpenetrado
por um veículo etérico. Este veículo é um corpo de vitalização. O homem não pode
agir com um corpo de gás, líquido e sólido apenas. Interpenetra-o também um cor-
po de ação, muito sutil, que chamamos de corpo etérico. Sua forma física é interpe-
netrada por uma contraparte etérica ou matriz.
Devemos imaginar diferentes estados de matéria para entender que assim co-
mo a areia é interpenetrada pela água e a água é interpenetrada por gases, de manei-
ra que num punhado de lodo temos os três estados da matéria (gasoso, líquido e
sólido) interpenetrando-se mutuamente, também o homem possui corpos mais su-
tis ou matrizes que se interpenetram mutuamente. E o seu corpo físico gasoso, lí-
quido e sólido é interpenetrado por um corpo etérico que o energiza com o que
os yogues chamam de prana.
De maneira semelhante, o homem tem um corpo feito de substância emocional,
com o qual ele sente, chamado corpo astral. Este corpo astral, no estado de consciên-
cia desperta) interpenetra o físico-etérico. Durante o sono ou durante determinadas
condiçóes de meditação e yoga, o corpo astral se desprende do físico. Descrevi o fe-
nómeno no qual se deposita a consciência num corpo astral desprendido, na minha
obra intitulada The Techniques of Astral Projection, mas isto é outro assunto.
O homem possui um terceiro corpo com o qual ele pensa e que está incomple-
to, formado por uma parte inferior, que é a contraparte do sólido, líquido e gasoso,
que chamamos de corpo mental inferior. É a parte do estado mental no qual o ho-
mem pensa. Este também interpenetra os outros corpos, como o gás interpenetra
o líquido, e o líquido interpenetra a areia ou o sólido.
Os veículos que descrevi perfazem o que chamamos de corpo da personalidade
do homem, isto é, o corpo no qual a sua alma se expressa como uma personalidade.
Existem veículos superiores, constituindo o domínio da alma uma unidade energética.
A alma existe nos três planos de expressão que chamamos de Atma, Buddhi
e Manas, mas a maioria dos homens não tem consciência da sua alma, da sua unida-
de espiritual. Os homens estão ligados a sua alma por uma "corda" fina ou fio, co-
nhecida por antahkarana. A evolução espiritual é um processo no qual esta corda
fina ou ponte do arco-íris, como é chamada simbolicamente, é fortalecida, amplia-
da e aumentada até se transformar num verdadeiro cordão umbilical que canaliza
as energias espirituais para dentro da personalidade do homem.
Voltando ao corpo sutil mais imediato do homem, o corpo etérico, vemos que
está dividido em regiões, numa conformação que poderíamos chamar de anatomia
etérica. Esta anatomia etérica inclui canais chamados nadis. Existem três enormes
canais que coincidem com a medula e o encéfalo do homem, ou seja, Ida, Shushum-
na e Pingala, segundo a terminologia hindu. São simbolizados também pelo cadu-
ceu de Mercúrio, Terminam na intumescência do caduceu, que coincide com o cé-
rebro do homem, em cujo centro encontra-se a glândula pineal ou a contraparte
física do terceiro olho.
181
Agora, começamos a compreender que o homem possui um veículo energiza~
dor conhecido por corpo etérico, de cuja anatomia fazem parte os centros etéricos
ou vórtices, ou seja, os chakras. Estes chakras são cinco, num homem atual de de~
senvolvimento médio, e três na maioria dos homens pri11?itivos, sendo que o mais
baixo deles, em termos de posicionamento anatómico, coincidia com o osso sacro,
que é a fusão de cinco vértebras na base da coluna humana. Nos tempos de antiga-
mente, estas cinco vértebras estavam ligadas a uma cauda ou o que chamamos atual-
mente de cóccix. Uma das mudanças estruturais dos hominídeos consistiu na perda
da sua cauda, manifesta na parte primitiva da evolução dual do homem.
Na região do osso sacro, encontra-se o chakra básico do corpo etérico, chama~
do o Centro da Raiz. É um lótus de quatro pétalas, e demarca o local por onde gran-
de quantidade de prana se infiltra nos veículos humanos. Este, porém, é somente
o chakra básico. Com o crescimento e a evolução espiritual, com o desabrochar de
uma sub~raça após outra, de uma raça-raiz após outra, de um ciclo após outro, a
energia de fogo que se encontra neste chakra básico é despertada. Começa por su-
bir, abrindo no seu caminho uma seqüência de chakras ou centros de força.
Assim, durante a raça da Lemúria descrita acima, este chakra desperto pela in-
teração do homem com o seu meio ambiente, quando o homem introduziu o invó-
lucro mental e o invólucro emocional de sua evolução superior, estimulou a sepa-
ração dos sexos. Primeiramente, o homem destas primitivas raças~raiz era assexua-
do. Em seguida, ele desenvolveu a bissexualidade, ou seja, dois conjuntos de ór-
gãos paralelos. Mais tarde, os órgãos se separaram em dois, dando as orientações
feminina e masculina. Isto aconteceu com o desenvolvimento de um segundo chak-
ra, conhecido como o Centro Sacral, de seis pétalas, duas a mais que o Chakra da
Raiz. Foram o ambiente e as qualidades da Raça-Raiz lemuriana que proporciona-
ram o desabrochar do Centro Sacral.
Mais tarde, há cerca de cinco a sete milhões de anos, outro chakra manifestou-se
mais acima, ao nível do umbigo do homem. Este é chamado de Chakra do Plexo Solar.
Este fato coincidiu com a junção do envoltório astral da evolução subsidiária do ho-
mem com o corpo etérico. Uma vez estruturado e especializado o envoltório astral,
o Chakra do Plexo Solar tornou-se radiante. De um ponto de vista externo, foi a civili-
zação de Atlántida que o tornou possível, fornecendo um estímulo emocional para
que o homem se tornasse um ser emocional. Antes disso ele era quase um autómato.
Com o crescimento emocional do homem, apressaram-se os ímpetos espirituais,
fazendo os fogos subir da base da coluna, através do Centro Sacral. Durante a civili-
zação atlante (que ainda se manifesta muito poderosamente no planeta na Raça-Raiz
Sino-Japonesa), o Chakra do Plexo Solar subiu até a sua radiação final.
No homem atual, os fogos subiram mais, começando a ultrapassar o nível do
diafragma, um músculo achatado que demarca uma divisão esotericamente impor-
tante também no corpo etérico. O homem começa a abrir o seu Chakra Cardíaco,
situado no centro da região do coração. O homem começou a abrir também, com
a civilização que conhecemos hoje por ariana 3 ou Quinta Raça-Raiz, o Chakra da
Garganta, que tem dezesseis pétalas.
3. A raça ariana era um nome usado cinqüenta anos antes que os nazistas dele se apropriassem para de-
signar uma raça nórdica, conceituada segundo suas próprias convicções nórdicas.
182
Existe na maioria dos indivíduos um outro chakra, que reside no sagrado cen-
tímetro quadrado entre as sobrancelhas. Geralmente, em alguns homens adianta-
dos, até este chakra está desenvolvido. Este centro se chama Chakra Frontal ou
segundo os hindus, Centro Ajna. E, finalmente, o homem possui em estado d~
desenvolvimento o chakra que será o Centro da Cabeça. Este Centro da Cabeça
pode tornar-se muito radiante nos indivíduos espiritualmente evoluídos, a ponto
de produzir uma aura em volta da cabeça. Buda, que na realidade pertencia ao
Sexto Ciclo e não a este (o Quarto), tinha uma aura, assim como o Mestre Jesus
e os santos.
Começamos a entender então que o desabrochar espiritual, do ponto de vista
esotérico, é um assunto nebuloso. É um processo que consiste em levar, por vonta-
de própria e focalizando a atenção, as energias dos chakras abaixo do diafragma
para as regiões acima dele. Esta grandiosa ciência conhecida por yoga, menospreza-
da principalmente nos recentes anos, ensina pelo entendimento e pela orientação
científica a levar as energias dos centros específicos abaixo do diafragma para os
seus alter egos. Portanto, é possível apressar a evolução espiritual.
Nestes termos, evoluir espiritualmente significa transferir a energia do Chakra
da Base da Espinha para o Centro da Cabeça, do Centro Sacral para o Centro da
Garganta, e do Chakra do Plexo Solar para o Centro do Coração. Finalmente, neste
processo de rápido desabrochar espiritual, cujo início recebe o nome de treinamen-
to do discípulo e o final de iniciação, quando o refugo da personalidade é transmu-
tado por alquimia no reluzente Ouro do iniciado ou do Mestre, as energias princi-
pais dos diferentes chakras centralizam-se na região da cabeça. A centralização des-
tas energias na região da cabeça produz em pouco tempo a abertura do terceiro olho.
O diagrama na página seguinte mostra os chakras etéricos, cujas raízes localiza-
das na coluna intercalam-se com discos etéricos rotatórios. Observe como o núme-
ro de pétalas num centro energético aumenta progressivamente conforme vai su-
bindo de posição na coluna. A contraparte etérica da coluna é um trato de três vias
chamado Ida, Sushumna e Pingala. Embora existam inevitavelmente inúmeras ex-
periências na senda do desabrochar (destes chakras), na realidade é nestes três tra-
tos que se pode observar ou rastrear o progresso, por clarividência.
Nenhum discípulo deve esperar um cantata direto com um Mestre da Sabedo-
ria, acontecimento altamente valorizado nas escolas de ciência esotérica, a menos
que, totalmente por si só, ele tenha levado as energias do Lótus de Quatro Pétalas,
localizado na base da coluna, até o Lótus de Dez Pétalas no Plexo Solar, logo abaixo
do diafragma. Após isso, empenhando cada vez mais do seu tempo e de suas ener-
gias, ele pode começar a trilhar o verdadeiro caminho do treinamento do discípu-
lo, que exige que suas energias sejam conduzidas do Lótus de Dez Pétalas para o
de Doze, localizado na região do coração. Quando este processo estiver em estágio
bem avançado, então, e somente então, ele poderá reivindicar uma posição de neó-
fito, elegível para um contato com O Mestre. Mesmo então, este contato pode não
ser registrado por sua consciência até que as energias comecem a fluir para o sagra-
do centímetro cúbico, o Chakra Frontal. Terminado o período de noviciado, ele
é aceito como chela, e então o Mestre irá solicitar sua cooperação em alguma tarefa
planetária em benefício da humanidade.
183
Estimulas dos Ciclos Internos
Raça-Raiz Ariana
Civilização Lemuriana
~!~I
185
-~
CHAKRAS DA CABEÇA
INTEGRADOS
187
dade. Os três centros na cabeça se estabelecem, interagem e finalmente formam uma
bola integrada de Fogo Espiritual, abrigando o deva solar. Mostramos na página 186
o diagrama da concentração dos Fogos Espirituais na região da cabeça feita por um
iniciado adiantado. Cada um dos três Centros da Cabeça gira num plano em ângulo
reta com relação a outro, formando uma esfera de discos interpenetrantes de gran-
de radiância. O iniciado está praticando dharana (concentração mantida) e, portan-
to, o Centro Frontal oscila entre os dois planos (de uma elipse) enquanto os Outros
dois centros da cabeça) por não receberem atenção direta, permanecem mais estáveis.
188
26
AS CLAVÍCULAS,
AS CHAVES DE SALOMÃO
189
A Epifise Esternal ossifica-se por volta do
20ll ano; funde-se por volta do 25 2 ano.
OSSIFICAÇÃO DA CLAVíCULA
OSSIFICAÇÃO - A clavícula no homem é notável porque começa a se ossificar antes de
qualquer outro osso no corpo; isto acontece jâ na 5"" ou 6~ semnna de vida do feto. O centro
primitivo do qual a haste e extremidade lateral se desenvolvem aparece na membrana antes
da formação de uma matriz cartilaginosa; e é só um estágio posterior que a cartilagem
desempenha um papel no desenvolvimento do osso, ajudando no crescimento de suas
extremidades,
Um centro secundário ou epífise aparece na extremidade posterior por volta da idade de vinte
anos ou mais, e com a rápida fusão com a haste. completa-se a ossificação por volta da
idade de vinte de cinco anos.
Clavícula é o nome de uma antiga chave romana, com a qual estes ossos se pa~
recem. Estes ossos têm de fato a forma de S, e ao serem cruzados, parecem-se es-
pantosamente com o antigo símbolo esotérico da suástica, que significa, entre ou-
tras coisas, Vida, Expansão e Movimento. Talvez não exista outro osso no corpo
humano com uma individualidade tão expoente. As circunstâncias do seu desen-
volvimento, formação e simbolismo esotérico fazem dele uma chave para se enten-
der o Templo de Salomão e o Mistério do Homem.
Em termos de desenvolvimento, é o primeiro osso no embrião humano a de-
monstrar um centro de ossificação, que aparece por volta da quinta semana depois
da concepção. Para o esotérico, isto significa que o osso é de origem muito antiga.
O antropólogo provavelmente iria negá-lo de imediato, dizendo que o osso chegou
a se desenvolver por completo muito mais tarde, como um mecanismo que possibi-
litou uma amplitude muito maior no movimento dos braços das criaturas eretas.
Faceta Esternal
Tubérculo Conóide
Esternal
190
OS CENTROS DE OSSIFICAÇÃO
191
Não seria inapropriado mencionar aqui também a importância da própria me-
dula óssea, o maior de todos os órgãos do corpo, por ser O local de produção das
células sangüíneas e, portanto, um lugar onde de qualquer maneira o magnetismo
tem um efeito pronunciado por causa da imensa absorç~o de ferro, necessário para
a formação de glóbulos vermelhos.
Os ossos longos, como os ilustrados aqui, crescem nas suas extremidades e por-
tanto existem centros menores, a cerca de cinco centímetros de onde eles se articu-
lam coro as suas juntas correspondentes.
Já escrevi sobre embriologia esotérica, onde os centros organizadores no em-
brião nos dão dicas de onde se desenvolvem em seguida os chakras maiores e me-
nores.
A INDIVIDUALIDADE DA eLAVÍCULA
......~~~~....,-Claviculas
192
COMPONENTES 00 CRÂNIO HUMANO POR OCASIÃO DO NASCIMENTO
Fontanela Anterior
As áreas em branco representam os
ossos formados na membrana; as
áreas pontilhadas, ossos formados
na cartilagem. As áreas cruzadas são
as fontanelas.
Osso CaI1i1aqTii"sõ
Devemos entender agora por que a clavícula recebeu o seu nome esotéricOj CO~
mo esta ajudou a fornecer uma saída para os animais vinculados à Terra, na sua ne~
cessidade de tornarem~se cretos e possuir um movimento diversificado do braço;
por que o crânio humano tem sido capaz de arquear e reagir às contorções do encé-
falo enclausurado e irrequieto, estimulado pelo Manas Superior; por que se diz que
o homem é criado à imagem do seu Criador. Por que alguns humanos individualiza-
ram-se na corrente lunar antes que o mesmo processo ocorresse na Terraj por que
nunca houve um "elo perdido" e por que os antropólogos estão "em cima do mu-
ro", e assim por diante.
O Templo de Salomão ainda não está completo, ainda não está aperfeiçoado.
Ainda haverá uma segunda medula nervosa, certas glândulas ressurgirão, os ossos
se tornarão menos densos e haverã menos deposição de tecidos. O Princípio Divi-
no paira sobre a verdadeira forma do homem, como um arquétipo, sempre mudan-
do, sempre fazendo evoluir o corpo físico terrestre do homem, até que um dia ele
seja transformado num perfeito espelho de Si Mesmo. É por isso que alguns homens,
às custas de grande sofrimento e esforço, dedicam-se a saber mais sobre este Eu e
a ajudar outros a conhecê-lo.
"O homem terrestre avançou apenas até a metade do processo evolutivo ao qual
se deve o seu desenvolvimento atuaI. Ele será muito maior do que o· é hoje, antes que
o destino do nossO sistema seja consumado, maior que o elo perdido."
Esoteric Buddhism, p. 52.
193
27
A GLÂNDULA TIREÓIDE
194
A metamorfose humana impele a roda da reencarnação, com um processo apa-
rentemente infindável que garante que todos irão atingir a maturidade espiritual. As
mudanças na forma física levam um tempo enorme. Os insetos o conseguem através
de uma série de trocas da pele externa. No homem, as ffi1l:danças físicas Ocorrem va-
garosamente durante imensos períodos de tempo. As maiores mudanças acontecem
em níveis mais sutis, numa série de "trocas de pele espirituais", as reencarnações es-
pirituais em terminologia esotérica, que coincidem com o desabrochar dos centros
energéticos, ou chakras, e a sua interação e coordenação uns com os outros. 2
Nos animais, as mudanças anatômicas da metamorfose são monitoradas pela
glândula tireóide. No homem, a tireóide colabora com a moldagem do corpo, co-
mo também com a sua adaptação às mudanças mais abrangentes, internas, que acon-
tecem via Chakra da Garganta, intimamente ligado à glândula tireóide, e via cen-
tros vinculados ao Lótus de Dezesseis Pétalas.
A retirada da glândula tireóide em animais novos, como coelhos, bezerros, etc.,
retarda o crescimento do esqueleto e inibe o desenvolvimento sexual. A pele engrossa
e se torna como couro; o cabelo perde o brilho e se torna ralo e quebradiço; os ossos
compridos (fêmur, úmero, etc.) param de crescer longitudinalmente e engrossam.
No homem, a perda da função tireoidal produz o cretino, com defeitos no de-
senvolvimento físico) sexual e mental. Jovens vítimas da insuficiência tireóide são
acentuadamente anãs e, a menos que recebam extrato da glândula tireóide, não pas-
sam da estatura de uma criança normal de sete anos,
A)~
/2(0":"~'Q)~~ ~\II
/
'/~p"
195
Cretinismo, À esquerda, '<tos 3lf2 anos de id'<tde (antes do tratamento); à direita, o mesmo indivíduo apôs
tratamento com hormônio tireôide) aos sete anos de idade (BEST e TAYLOR).
Embora existam muitas causas físicas para a insuficiência tireóide) existem tam-
bém fatores psicossomáticos e esotéricos que no decurso do desenvolvimento hu-
mano afetam raças e sub-raças inteiras.
As mudanças nas formas humanas primitivas, que aconteceram quando este equi-
pamento físico emergiu do Terceiro Reino, foram parcialmente induzidas pelas mu-
danças nos veículos etérico e astral que ocupavam e interpenetravam o físico. A
evolução interior do homem agia elU muitas estruturas externas, inclusive na tireói-
de, e apressou as mudanças físicas. "Naqueles dias havia gigantes", e ocorreram am-
plas mudanças na pele, especialmente quanto à coloração e à espessura. Aparece-
ram homens de pele vermelha e até de pele azul. Estes efeitos resultaram também
dos impactos internos sobre a glândula pituitária via seu próprio chakra minúsculo.
3. Embriologicamente, a glândula tireóide é uma estrutura da língua. Quando falta iodo, torna-se inefi-
ciente e aumenta, transformando-se num papo.
196
A GLÂNDULA TIREÓIDE
Os hominídeos que não estivessem "soberaneados" por matrizes divinas ex··
tinguiriam-se ou regrediriam para tipos de gorilas e gibões. O destino superior do
homem estava entregue às energias com as quais as matrizes interiores e "sobera-
nas" alimentavam a glândula tireóide.
A glândula tireóide não possui um duto e segrega o seu hormónio (tiroxina)
diretamente para os vasos sangüíneos que saem da glândula. Esta mensagem quími-
ca age como catalisador, apressando a oxidação dos tecidos. Na verdade, a glându-
la dita o ritmo pelo qual os tecidos do corpo farão o seu trabalho e, por extensão,
afeta o ritmo segundo o qual o oxigénio é consumido pelos mesmos tecidos. O io-
do é um componente essencial da titoxina, extraído do sangue pela glândula tireói·
de. Na falta de iodo, a glândula incha até se transformar num papo.
A falta de tecido tireóide nos girinos produz efeitos dramáticos, interrompen-
do a metamorfose, impedindo que o girino se desenvolva em sapo. Adicionando-se
extrato de tireóide à água, a metamorfose continua. O extrato de tireóide ministra-
do a girinos normais faz com que eles se transformem em sapos em um terço do
tempo normal.
Há um século ou mais, algumas criaturas aquáticas da América do Sul, chamadas
axolotls, foram trazidas para uma exposição em Paris. Nas águas normais dos lagos
da América do Sul, o axolotl é totalmente aquático. Assim como o girino, embora muito
maior (cerca de 25 cm de comprimento), possui guelras, uma cauda com barbatanas
e quatro membros curtos, sugerindo que a sua metamorfose fora interrompida. Colo-
cando os axolotls em tanques, na exposição de Paris, os oficiais foram surpreendidos
ao se depararem com estas criaturas transformadas em animais terrestres, tendo per-
dido suas guelras e barbatanas, desenvolvido órgãos respiratórios de oxigénio, aban-
donado a vida aquática e desenvolvido uma pele amarela e preta, pálpebras, uma enor-
me cauda e patas com garras. A razão desta mudança foi a presença de iodo nas águas
parisienses. A metamorfose nestas criaturas fora concluída, resultando num animal
terrestre espantosamente diferente de sua forma aquática.
Quando o homem, no arco ascendente de evolução, deixar para trás as águas
da sua natureza emocional (astrologicamente) e polarizar-se para atitudes inteira-
mente desapegadas e mentais, passará por uma grande metamorfose. Nesta transi-
ção, a mágica contraparte do iodo será a capacidade intermitente de focalizar a men-
te, desapaixonada, no assunto em questão. As massivas mudanças internas aconte-
cerão através de seus Centros da Garganta, nos níveis dos diversos planos. Ao mes-
mo tempo, espantosas mudanças nos tipos raciais também serão observadas nOs ní-
veis do plano físico. E será por intermédio das glândulas endócrinas, como a hipófi-
se e a glândula tireóide, que estas mudanças serão efetuadas.
AXOLOTL (Ambystoma)
"Um membro da família das salamandras, o axolotl distingue-se por conservar per-
manentemente as características larvais, como as guelras externas. É encontrado em la-
gos próximos da Cidade do México, onde é considerado uma iguaria de primeira. O no-
me 'axolotl' também é aplicado a qualquer larva crescida do gênero Ambystoma, que
ainda não perdeu suas guelras externas.
198
"Ambystoma mexicanum Cresce até cerca de 25 cm de comprimento e é marrom
escuro, salpicado de preto. Tem as pernas e os pés pequenos e fracos, a cauda compri~
da. Uma barbatana se estende de trás da cabeça até a ponta da cauda; e uma barbatana
mais baixa, desde o meio das pernas traseiras até a ponta da cauda. Espécimes de labora~
tório às vezes transformam~se cm formas sem guelras, parecidas com a salamandra~tigrina
adulta (Ambystoma tigrinum).
"A evolução produziu vários tipos de desenvolvimento multifásico, nos quais a his w
tória de vida envolve sucessivos estágios larvais. Estes tipos de desenvolvimento ofere w
cas, o estágio final da história de vida, que antes era o de adulto, pode desaparecer to w
199
"Chama~se de pedomorfose o fenômeno pelo qual as características larvais são con~
servadas pelo adulto. Isto caracteriza até um certo ponto todas as salamandras, sendo
particularmente evidente nas espécies como a da Ambystoma mexicanum (o axolotl),
que conserva as guelras e outras estruturas larvais pela vida inteira. Esta condição extre~
ma (que caracteriza os proteídeos, nectúrios e sirenídeos) ericontra~se também em vá~
rias espécies dos pletodontídeos e ambistomatídeos.
"Na maioria das espécies, o estado larval permanente é determinado por heredita-
riedade, mas, em algumas, é induzido por fatores ambientais, tais como condições ter-
restres favoráveis, resultantes de vento ou do frio. A metamorfose mais completa se dá
nas famílias Hynobiidae, Salamandridae, Ambystomatidae e Plethodontidae. A maio-
ria das espécies da família dos Plethodontidae desenvolve-se inteiramente na terra, sem
um estágio larval aquático. O filhote possui guelras rudimentares que logo desaparecem,
ou nenhuma, e, virtualmente cm todos os aspectos, é uma miniatura do adulto."
SALAMANDRA TIGRINA
'" Soma - conjunto de tecidos do corpo vivo que mantém e transmite o germe, elemento de perpetua-
ção da espécie. (N. do T.)
SATURNO, O SENHOR DO CARMA,
SINTETIZADOR DA PERSONALIDADE
(VER ESOTERIC AS TROLOGY, PARTE IV)
As energias sexuais do Centro Sacral, um Lótus de Seis Pétalas, precisam subir
até a garganta, sem o que a estabilidade não será possíveL A inteligência ativa ne-
cessita de grande quantidade de energia, e se alguém não consegue "alimentar" a
área da garganta com energias sacrais sublimadas, fica propenso à exaustão, hiperti-
reoidismo, inflamação da garganta por estreptococos, eczema e acne crônica.
Se os Centros da Cabeça forem despertos rapidamente demais e a criatividade
não conseguir manter o passo com tal exuberância, o Chakra da Garganta ficará hi-
perestimulado, e pode acontecer o hipertireoidismo com tirotoxicose. 4 O neófito
está sempre "inebriado" e deve praticar o relaxamento e a meditação para recupe-
rar o equilíbrio. É bom incluir o sal iodado na alimentação, por causa da glândula
tireóide, quando se participa dos treinamentos da iniciação.
A glândula pineal, a hipófise e a glândula tireóide, trabalhando sozinhas ou em
conjunto e com os seus chakras correspondentes, podem agir como instrumentos
que irão construir um veículo para a alma, desde o de um cretino até o corpo de
um verdadeiro querubim.
201
Dentre todas as glândulas de secreção interna, a tireóide é a que provavelmen-
te melhor entendemos. Sua função é regular o metabolismo do corpo e) portanto,
a tireóide governa o ritmo em que cada célula do corpo irá "queimar" a glicose
na presença de oxigénio. A energia liberada por esta atividade metabólica é usada
pela célula para realizar o seu trabalho especializado e geral para o corpo. A fórmu-
la química clássica para esta "respiração interna" é a seguinte:
Ou, em termos mais simples, uma molécula de glicose, "queimada" com seis
moléculas de oxigénio, emite energia calórica com seis moléculas de dióxido de car-
bono e seis moléculas de água COlno "resíduo". 5
Ao examinar a fórmula química da respiração interna dada acima, o estudante
da ciência esotérica notará imediatamente os dois gases componentes - oxigênio
e dióxido de carbono - e irá lembrar-se que o controle da respiração externa é
uma condição indispensável para uma meditação eficiente.
OXIGtNIO
ÁTOMO DE OXIGÊNIO
COM O GLÓBULO DA VITALIDADE
5. Sobre os detalhes da íntima relação entre as glândulas endócrinas (glândulas de secreção interna) e
o corpo etérico (o veículo que fornece a energia vital ou prana para o corpo fisico), O estudante deveria
consultar a primeira parte do livro
202
A regulação do metabolismo pela glândula tireóide implica também controle
da absorção do prana armazenado nos glóbulos de vitalidade agregados à molécula
de oxigênio, embora este controle possa ser muito menos rígido. Notaremos tam-
bém que a atividade tireóide é medida normalmente pela quantidade de oxigénio
que uma pessoa retira do ar que respira, proporcional à área da superfície da pele.
Quando a tireóide é hiperativa, aumenta a quantidade de oxigênio consumido na
respiração interna.
DIÓXIDO DE CARBONO
203
o prana existe em todos os planos, e a respiração praticada sob certas condi-
ções, que faz os sentidos se retraírem do mundo externo, atiça os fogos interiores.
O Fogo Elétrico é avivado apenas quando se abre o Chakra Alta Maior, o alter ego
do Chakra Laríngeo, quando então proporciona um duradouro poder criativo, Aquilo
que o oxigénio é para a glândula tireóide, o dióxido de carbono o é para a glândula
carótida, na medida em que as duas representam seus chakras subjacentes e inter-re-
lacionados 6
6. Para maiores informações sobre o Chakra Alta Maior, O estudante deve consultar as pp. 36-41 de Me-
ditation, The Theory and Practice, do Dr. Douglas Baker.
204
28
A ANATOMIA
DA DOR E DO ÊXTASE
A ANÁUSE DA DOR
205
nando todos os sentidos. (Escolhi minhas palavras com cuidado para beneficiar
os estudantes orientados para o esoterismo.)
Sabendo que existem diversos graus e tipos de dores, desde a dor de cabeça,
a enxaqueca, até as dores do parto, como definiremos a dor' O que pode ser dolo-
rosO para uma pessoa, pode não ser (tão) doloroso para outra. Sem pensar muito,
a maioria das pessoas poderá invejar um certo cabo do exército, de 25 anos de ida-
de, que nunca tinha sentido dor. Numa ocasião, seus dentes foram perfurados por
broca. Ele tomou numerosas injeções. Teve sua perna cortada por um machado,
que penetrou no osso provocando uma ferida que exigiu 20 pontos. Mantendo suas
mãos na água gelada por vários minutos, o que provoca dores atrozes 110S outros,
o cabo apenas fez a seguinte observação: "Parece que esta água está UlTI pouco fria".
Na verdade, sem a dor para alertá-lo, este homem leva uma vida difícil e precisa
aprender sobre os perigos da vida do dia-a-dia que não ameaçam os outros.
A dor é inconveniente, e muitas vezes amedronta. Entretanto, a aparente au-
sência de limite para a dor, que tem assustado as pessoas por estes muitos séculos,
é tão irreal quanto o bicho-papão. Já foi provado que o limite da dor está dentro
da capacidade de qualquer pessoa normal de agüentar. Portanto, da próxima vez
que você tiver dor, reconsidere~a sob a luz deste conhecimento mais atual .. é sur-
preendente comO vai doer menos.
206
SOFRENDO ENTRE OS DOIS MUNDOS
Mesmo a dor imposta aos inocentes pela Inquisição em Nome de Deus não pode
comparar-se à dor experimentada por aqueles poucos que se colocam de livre
vontade entre os dois mundos na sua luta em busca do Quinto Reino.
"Contam~nos que dor é seguir a linha de maior resistência, alcançando assim o cu-
me da montanha; dor é esmagar a forma e alcançar o fogo interior; dor é o frio do isola-
mento que conduz ao calor do sol central; dor é queimar na fornalha para finalmente
conhecer o frescor da água da vida; dor é viajar para um país distante, e acabar bem-
vindo na Casa do Pai; dor é a ilusão de ser deserdado pelo PaI, que impele o filho pródi-
go direto ao coração do Pai; dor é a cruz da perda total, que devolve as riquezas do
tesouro eterno; dor é O chicote que impele o construtor a lutar para atingir a extrema
perfeição na construção do Templo. Os usos da dor são muitos, e conduzem a alma hu-
mana da escuridão para a luz, da escravidão para a liberdade, da agonia para a paz. Esta
paz, esta luz e esta liberdade na harmonia ordenada do Cosmo são destinadas a todos
os filhos dos homens."2
A dor é o auge da força negativa que impele o corpo para a submissão. Outras
disciplinas como a meditação e a aplicação consciente da vontade podem fazer o
mesmo, mas de uma maneira mais delicada. Sob o jugo da dor, o corpo se submete
a qualquer forma de atividade para evitá-la - gritos, contorções, reação de fuga,
etc. Esta atividade está quase totalmente fora do controle da vontade e, portan-
to, negativa e praticamente sem valor para o esotericista. O processo alternativo,
qne não tem paralelo na sua capacidade de forçar a evolução interna do homem,
é a submissão proposital (e cheia de alegria) do corpo à dor. Estudantes sérios irão
reconhecer aqui a ligação com os feitos da yoga.
" ... a ausência de paixão é a grande virtude a ser cultivada, e deve ser desenvolvida a
prontidão de se submeter com alegria a qualquer inconveniência temporária, dor ou ago~
nia, tendo em vista a glória futura que afastará as nuvens na hora da morte. "3
CLASSIFICAÇÃO DA DOR
A ciência esotérica distingue três tipos principais de dor. Existe a dor derivada
da aprendizagem por tentativa e erro. Todo O homem sofre este tipo de dor, e é
uma parte muito necessária no processo de formação e integração do corpo da per-
sonalidade e não deveria sofrer interferência dos outros. Aprendemos com a
dor dos nossos erros, e um homem que nunca cometeu um erro nada fez. A criança
que é sempre protegida dos espinhos e das flechas não serve de veículo para os ri-
gorosos processos moldadores do treinamento do discípulo e da iniciação.
Existe a dor do sofrimento não merecido. Muitas vezes alguém quase livre de
envolvimento kármico é empurrado para um conjunto de circunstâncias que lhe
causam grande dor, por exemplo, uma guerra, um acidente, um terremoto, etc.,
do qual a tentativa e erro não fazem parte. Essas pessoas deveriam ser ajudadas de
toda a maneira passiveI a reduzir sua dor.
A dor resultante de indiscrições e ações involuntárias de vidas passadas é a mais
difícil de reconhecer e de lidar. As doenças físicas, emocionais e mentais ou defor-
mações de qualquer um destes corpos que produzam dor, resultam do trabalho in-
208
tencionaI de um mecanismo que fornece à alma encarnada os veículos que assegu-
rarão, da maneira mais econômica, um campo de aprendizagem que fornecerá a ex-
periência necessária para acertar algum defeito deixado para trás das lições de uma
vida anterior. 4 .
Em seguida, temos a dor mais atemorizante e ao me-smo tempo mais cheia de
alegria de Iodas - atemorizante porque é uma dimensão de dor diferente da geral-
mente conhecida, alegre porque é aceita voluntariamente, de dimensão diferente
porque é uma dor de um planeta. É a dor que o Mestre Jesus tomou para si, da
qual todos os discípulos da Senda devem compartilhar.
O karma e a dor estão intimamente ligados. Quando um homem toma cons-
cientemente para si a responsabilidade de um ser maior, como o patriota o fará pe-
lo seu país, os atos que ele realiza impõem-lhe o karma segundo o grau relacionado
com a diferença entre a vida organizada do seu corpo e a do país do qual ele é ape-
nas uma parte menor. Assim, a dor sofrida na participação do karma nacional, co-
mo a guerra, a revolução, uma cruzada por algum ideal elevado, etc., ergue a pes-
soa a um nível mais elevado de sofrimento. E neste sofrimento, reduzimos a quanti-
dade total de dor do karma desta nação, decidida pelas vidas vividas pela alma da
nação nas suas encarnações anteriores. Os indivíduos mais adiantados da humani-
dade, como os intelectuais, os patriotas, os sensitivos, tenderão a tomar para si a
parte de leão da dor planetária, e quanto mais tomarem para si, menos sobrará para
as almas mais jovens desta nação em particular.
Refletindo cuidadosamente, descobriremos as implicações esotéricas da ação
do Mestre Jesus, que deu o testemunho de exatamente este tipo de dor. É um exem-
4. Assim, a gula numa vida anterior pode trazer nesta vida uma digestão fraca, acompanhada de dor.
Um homem que ocupava um cargo na Pérsia Antiga, desempenhando a tarefa de cegar os prisioneiros
inimigos, sofria de cegueira nesta vida. Ver o artigo de Margaret Tutt "Karma and Pain", Aquarius Ri-
sing, junho/julho de 1959.
209
pio para aqueles que seguem a senda do treinamento do discípnlo, que se sacrifi-
cam para o bem de seus irmãos mais novos. Alguns servem de Qutras maneiras, co-
mO o artista, o político, o médico, etc. Há sete caminhos principais, correlaciona-
dos aos Sete Raios.
Sabemos qne o maior crescimento decorre da experiência da dor. O impulso
evolucionário das civilizações atuais é O resultado inevitável da era que está termi-
nando, a Era de Peixes, marcada por sofrimento intensíssimo, como a guerra, o mar-
tírio, o sacrifício. Os frutos deste sofrimento irão aparecer principalmente no pro-
gresso da ciência, na arte e em outras facetas da expressão humana durante a Era
de Aquário, na qual estamos ingressando.
A Hierarquia sabia que a raça humana deveria passar por um período de ten-
são. Eles enviaram o seu eleito, o Mestre Jesus, que escolheu o signo de Peixes (Pis-
ces) para seu símbolo, e sem dúvida foi um "pescador de homens". Ele sabia que
o clímax do seu trabalho no Sexto e no Segundo Raio era o ato supremo para o
bem da humanidade, ou seja, compartilhar da carga comum de dor que fazia parte
do karma da raça humana para aquela era - uma condição prévia para a ilumina-
ção que deveria ocorrer na Era de Aquário, que agora se inicia.
Nós, que trabalhamos no Caminho, conhecemos muitos exemplos de discípu-
los que ainda partilham desta carga comum, para que o caminho não seja tão dolo-
roso e tortuoso para as almas mais jovens, os "pequeninos" que vêm atrás. Assim,
o discípulo, chegando ao final de sua utilidade, esgotado e cansado do trabalho,
às vezes pode tomar voluntariamente para si uma doença amedrontadora que en-
volva dor extrema. Ele sofrerá sozinho, sem procurar um médico, sem pedir alívio,
neste seu ato final em benefício da humanidade - a redução da carga comum de dor.
210
Compartilhar da dor planetária pode elevar
infinitivamente o nível de percepção espiritual.
sob certas condições - tornamo-nos mais sensíveis ao som, à luz, etc., depois de
experienciarmos uma dor persistente. Na época da lua cheia, o limiar dos impulsos
vindo para este planeta, oriundos de níveis superiores, fica muito baixo e a força
dos impulsos, elevada. E nesta ocasião que os seres avançados deste mundo se pre-
param para receber, em meditação receptiva, a torrente e os dilúvios das energias
estimulantes, inspiradoras, que, interceptadas no espaço sideral pelas hostes sola-
res, fluem para a Terra.
Os homens evoluídos correspondem às células sensórias do encéfalo planetá-
rio, e sua capacidade de sofrer, sentir e absorver as forças divinas que chegam irá
determinar o quanto de inspiração o planeta irá receber, o quanto da energia esti-
mulante do poder evolutivo pode ser absorvido nesta ocasião. Assim como a dor
dilata as pupilas dos olhos, permitindo maior entrada de luz, a dor planetária, su-
portada pelos poucos que são capazes de compartilhá-la a qualquer momento, irá
permitir um influxo maior da luz divina ou consciência.
As lágrimas são a umidade da vida, e a dor compartilhada com qualquer ho-
mem ou animal cria um laço que raramente pode ser rompido. Se você já cuidou
de um animal gravemente doente ou compartilhou a dor de um ser humano, deve
ter notado comO os laços de um amor indescritível cresceram entre vocês em con-
seqüência disto. As barreiras de raça, sexo, classe social e reino se desvanecem. Ofe-
reço a seguinte experiência da minha vida para ilustrar este assunto:
212
uma corrente da melhor energia do "olhador". Os estudantes da ciência esotérica
talvez se lembrem da obra do Dr. Oscar Brunler sobre radiações cerebrais, com re-
lação a este assunto.
O fenõmeno da dor no homem é da mais remota origem e, na qualidade de
sensação, certamente é mais antigo que os sentidos da visão, olfato e paladar. Nas
suas primeiras manifestações, não passava de um embotado mecanismo de reação,
inerente às superfícies ectodérmicas ou superficiais da estrutura humana, mal se dis-
tinguindo da sensação do tato. Mesmo na nebulosa história do homem que prece-
deu a sua condensação etérica no continente hiperbóreo, e antes do desenvolvi-
mento do sistema nervoso mais primitivo na matriz mental e astral, o comporta-
mento humano passou a incluir a experiência da tentativa e erro.
Nestes estados sem mente, já tinha sido elaborado com o tato o vago desconforto
que acompanbava as incursões em erros de julgamento. As ameaças à sobrevivência,
provenientes dos contatas táteis danosos, evocavam reações das estruturas superfi-
ciais que acabavam concretizando a matriz etérica do que chamamos de ectoderme
no corpo material. Observando o embrião humano atual, no que ele reflete de como
estes desenvolvimentos eram então, notamos que onde a ectoderme começa a se do-
brar para dentro, formando diversos órgãos como o sistema nervoso, os olhos, a bo-
ca, o cabelo, o esmalte dos dentes, o ânus, etc., a rude reação desagradável ao toque
doloroso se desenvolve em dor. Mesmo naquilo que por fim condensou-se em pele
verdadeira, a dor se desenvolveu em órgãos sob a superflcie da derme.
Por esta razão, na Astrologia, a dor é associada ao signo de Escorpião. As quali-
dades de Escorpião emergem de recessos escondidos, como as invaginações de su-
perfícies que formam órgãos. Assim, além da dor localizada na superfície do corpo
(onde ela poderia ser facilmente aliviada coçando-se o local), existia a dor em ní-
veis profundos, em recessos de órgãos que não podiam ser alcançados, como a va-
gina, o cólon) o meato auditivo, etc,
A irritação da superflcie da pele era provocada pelos enxames de insetos, con-
tra os quais o homem primitivo estava praticamente indefeso, e Escorpião governa
os insetos. O ferimento por instrumentos cortantes que levava à dor estava associa-
do a Marte, o soberano planetário, ortodoxo e esotérico, de Escorpião. A inflama-
ção, seqüela da lesão de tecidos e da infecção, também contribuiu com suas pró-
prias qualidades de tensão. Na Astrologia, a dor e a inflamação, como a tensão in-
tensa e dolorosa, são soberaneadas por Escorpião. Também são atributos de Escor-
pião as lesões que uma pessoa provoca em si mesmo em conseqüência de erros sim-
ples, desde indiscrições sexuais até o suicídio.
No momento em que conseguimos relacionar uma característica anatómica ou
fisiológica com o seu Raio ou correspondente astrológico, imediatamente podemos
deduzir muitas características correlatas.
Todos sabemos que dor gera dor, que consome energia, especialmente nos ní-
veis mais profundos, e o resultado é uma sensação ampliada de dor. Assim, o corpo
inteiro torna-se um joguete da dor que começara, talvez, num só local, como um
abscesso na raiz de um dente. Esta hipersensibilidade à dor e outras percepções sen-
sórias têm a essência de Escorpião, que duplica sua intensidade quando está na pri-
meira casa ou se a Lua se encontra em Escorpião.
213
Chatterton, por Henry Wallis
A morte do poeta Chatterton, que se envenenou. Ele tinha os inconfundíveis tra-
ços de Escorpião, era hipersensível à dor espiritual ou de outro tipo, e morreu
por suas próprias mãos (Escorpião).
A Lua em Escorpião ou a conjunção de Marte e da Lua dá sensibilidade à dor.
Dá também a profunda sensibilidade da psique, ao que chamamos de consciência.
A casa onde a Lua estiver com Escorpião indica para o que a consciência está sensí-
vel. (Ver página 119 de Esoteric Astrology, Parte II, de Douglas Baker.)
Luther Burbank demostrou que, submetendo as plantàs à tensão, ocorrem mu-
danças muito rápidas na sua forma. Mostrou também que a maior variedade e ex-
tensão das mutaçües resultaram não de fatores temporais mas sim desse aUluento
de pressão. Concordamos com Burbank que:
"quanto mais sensível a planta ou o homem, tanto mais rapidamente ele absorve as im-
pressões que as circunstâncias ou situações provocam. É tudo uma questão de vibra-
ções, uma questão de resposta a vibrações."
215
Segundo os conhecimentos da Astrologia, Escorpião governa os órgãos sexuais,
e sagitáriO na oitava casa (a casa de Escorpião) sugere a extensão do órgão masculi-
no e, portanto, tecnicamente falando, a glande deste órgão representa o local da
extensão temporária (e distensão) que deveria agir como a sola do pé no que esta
reflete a totalidade do corpo. Em determinados círculos esotéricos, o uso deste ór-
gão inflado para propósitos terapêuticos ainda é praticado. A extensão da coluna
vertehral ajudou o homem a caminhar creIO e abriu o caminho para muitas modifi-
cações anatómicas na sua evolução. A espinha, portanto, pode ser considerada uma
extensão do corpo conjunto.
A área espinhal é um local tão freqüente para manifestação da dor e do êxtase
que é apropriado tratarmos disso a seguir.
216
29
A COLUNA VERTEBRAL
(SANTUÁRIO DA SERPENTE SAGRADA)
217
roediárias) precisam de caminhos na coluna através dos quais eles possam se
expressar.
A coluna, por causa do seu comprimento) oferece uma variedade de interações
com os chakras associados, ligados aos suhchakras vizinhos; alguns dos quais já des-
crevemos (como os suhchakras associados à ossificação). Por exemplo, a interação
vital entre o triângulo manásico e o triângulo prânico Ocorre na parte cervical da
coluna. Portanto, é neste estreitamento do corpo, localizado no pescoço, que é mais
provável ocorrer um hloqueio, vedando a passagem aos Fogos, seja acima do dia-
fragma, na área torácica, seja ahaixo do diafragma, nas áreas abdominais da coluna
vertehral.
Centro da Cabeça
Centro
Frontal
8 ~ Centro Alta Maior
- Antakarana
Centro entre
as Omoplatas
Centro do Diafragma
OS CENTROS E OS TRIÂNGULOS
218
UM DEVA DO FOGO
subir o Fogo no indivíduo humano que não purificou os centros e os canais a eles
ligados. Destes, os associados com a coluna são os mais importantes e perigosos.
Devemos lembrar-nos também que o Fogo existe em todos os planos, e enquanto
estivermos referindo-nos principalmente aos Fogos associados ao corpo físico e a
sua matriz etérica, subentendemos também a interação dos Fogos no corpo astral
e no corpo mental, assim como nos veículos espirituais. Nos discípulos altamente
evoluídos, estes diversos Fogos dos planos fundem-se, consumindo cada vez mais
as barreiras inerentes na forma e que normalmente separam os planos, os chakras
e os nadis. Um exemplo disso é dado na figura da pág. 184, onde os discos etéricos
enfatizam a terra-de-ninguém que se encontra entre os diversos centros.
Ao se visualizarem barreiras semelhantes entre os planos, etc., a ação corrosiva
do Fogo pode ser apreciada como um instrumento de evolução espiritual. Talvez
seria apropriado descrevermos aqui os diversos centros conforme vistos por clari-
vidência:
1. A Base da Coluna, quatro pétalas. Estas pétalas estão dispostas em cruz e
irradiam fogo cor laranja.
2. O Plexo Solar, dez pétalas, cor rosa com matizes de verde.
3. O Centro Cardíaco, doze pétalas, dourado brilhante.
4. O Centro da Garganta, dezesseis pétalas de um azul prateado, com a predo-
minância do azul.
5. O Centro da Cabeça dividido em dois:
(a) Frontal, consistindo de noventa e seis pétalas, sendo metade do lótus,
rosa e amarelo e metade, azul e roxo.
(b) O Topo da Cabeça. Um centro consistindo de doze pétalas maiores, bran-
cas e douradas, e novecentas e sessenta pétalas secundárias, arrumadas
em volta das doze centrais. Isto perfaz um total de mil e sessenta e oito
pétalas nos dois Centros da Cabeça (sendo que um deles é o Centro) ou
trezentos e cinqüenta e seis triplicidades. Todas estas cifras têm signifi-
cado oculto. 2
A RODA ALADA
220
o diagrama da figura da página 218 - "Os Centros e Os Triângulos" - mostra
o triângulo prânieo que possui um centro localizado entre as omoplatas. Coincide
com o complexo de tratos do Nervo Vago que se ramifica em torno das raízes dos
pulmões, mas não é o Chakra Cardíaco. O maior salto para cima que o Fogo Kunda-
lini realiza partindo da Base da Coluna, no atual nível de desenvolvimento da Quin-
ta Raça-Raiz, dirige-se para este centro. Kundalini gosta de cavernas ou concavida-
des, e de um ponto de vista clarividente, existe uma concavidade neste local no
corpo etérico, um tipo de caverna que atrai kundalini.
Mais acima na medula nervosa, atrás da orofaringe, está o Centro Alta Maior
que guarda os portões que levam ao triângulo manásico. Este chakra, simbolizado
pela roda alada, absorve a energia prânica convertida no triângulo prânico e a irra-
dia, alterando o seu ritmo vibratório. Assim, esta energia modificada, monitorada
pelo Chakra Alta Maior, o mais baixo dos três centros componentes do triângulo
manásico, sustenta as funções operacionais do Centro Frontal e do Centro da Cabeça.
221
Não se deve supor que o despertar destes Fogos restrinja-se apenas à área da
coluna. Simultaneamente à sua expansão, a cada nível sucessivo, todos os centros
(maiores e menores) assim como todos os nadis (filamentosos ou maiores) são esti-
mulados até a sua máxima capacidade de funcionamento. Isto implica na limpeza
de todas as áreas, livrando-as do entulho, de maneira qúe cada onda de Fogo en-
contra menos dificuldade que a anterior em permear a substância dos corpos mais
sutis.
222
Hemisfério - - - - - - - - - - - - - -
Cerebral
~==::;----- Cerebelo
Ne~osc-c-c_----------
Ce~icais 1 ·8 Plexo Ce~ical, Nervos
Ce~icais 1 ·4
Axilar
Músculo-Cutâneo
Frênico
i I
Cubital
Nervos-----~---
Lombares 1 - 5
Alargamento Plexo
Lombar· _ _ _ _ __
Lombo-Sacral
Plexo Sacral,
Lombar 4 • 5,
Sacral1 - 2
Femural-----
224
Raio
" - Raio II
J
---I
' - Raio III
Raio IV 1·- 7 RAIOS
Raio V
- Raio VI
-RaioVII
TÁries
-6-º Cancêr
. -f\, Leão
-ll}' Virgem
- A Libra 12 SIGNOS ZODIACAIS
-.)f Peixes
_r
Éter Triângulo
LPrânico
fChakra do
- Fogo-lplexo Solar
rchakra
- Ar -l9o Baço - 5 ELEMENTOS
,-
- Água _I Chakra
sacralJ
~Terra JSase da
IColuna
30
SISTEMAS DE RECOMPENSA,
ALEGRIA, ÊXTASE E BEATITUDE
226
/
/
J
.,, /
228
Faquires hindus, andando sobre carvão em brasa,
num estado de êxtase.
são acompanhadas pelo que aqui devemos, por ora, chamar de mecanismos de re-
compensa, mas que têm sido definidos por estes Poucos como "alegria inefável",
"beatitude sem igual" e êxtase.
A descoberta dos aspectos externos dos sistemas inerentes de recompensa for-
nece apenas a evidência anatómica e fisiológica daquilo que tem sido a fonte inspi-
radora para a maioria das formas artísticas que couhecemos. Aqueles que descreve-
ram estados místicos de beatitude revelaram também a existência de outros planos
de consciência, de uma potencialidade para a alegria tão superior a outros planos
quanto a consciência do homem é superior à consciência animal ou à consciência
de um camundongo que fica parado num aparelho de caixa Skinner por dias segui-
dos, esquecendo do alimento, água e sono.
Certamente, na parte que se chama de medula, os caminhos do êxtase e da dor
seguem próximos um ao outro. Não é de admirar que, para as pessoas espiritual-
mente sensibilizadas, que canalizaram as forças espirituais, os dois se alternem ou
mesmo se juntem. O estado de transe de um faquir hindu caminhando pelo carvão
em brasa a uma temperatura de 760°C prova que o êxtase do misticismo sobrepuja
a dor provocada pelo trauma na carne.
Não se deve esquecer que a tensão é também uma característica do Quarto Raio
da Arte e da Harmonia através do Conflito, que é o Raio da própria humanidade.
E a humanidade muitas vezes manifesta grandiosamente o que tem de melhor, sob
o chicote da tensão.
Na sua longa viagem para fora do Éden, o homem foi esquecendo o seu poten-
cial de alegria que outrora exercitava. Agora, quando lhe contam sobre este estado
paradisíaco existente no seu íntimo, este "esplendor aprisionado", o homem acha
impossível acreditar nisto. Apenas quando a dor e o sofrimento ("o remédio mise-
ricordioso do céu para os espiritualmente doentes") executaram bem O seu traba-
lho, só quando uma vida cheia de tensão e sem sentido o fez ajoelhar-se, é que ele
está pronto para ouvir mais uma vez a Canção do Éden dentro do seu ser, a sua
própria alma chamando-o de volta para casa (ver Figura da página ao lado).
230
o FILHO PRÓDIGO. (De uma estátua de M. Peynot.)
"Para cada imagem externa, existe uma contraparte interna."
Para alguns, inclusive para o autor e o seu Mestre, os estados internos mais ele-
vados são experimentados como Fogo.
o ELEMENTO FOGO
Nossas atitudes mundanas para com a natureza do Fogo não nos deixam muito
espaço para especular sobre suas verdadeiras funções. O Fogo nem é considerado
uma energia, e sim um mero resultado de liberação de energia. Vemos o Fogo des-
truindo a forma, ou produzindo calor e transformando uma forma em outra sobre
232
os nossos fogões de cozinha. Acrescente-se a isso a suposição científica de que o
Fogo resulta de um aumento de temperatura de certos gases até chegar a um ponto
crítico de combustão. Isto constitui quase tudo o que o homem conhece sobre a
força mais importante do Universo.
O Fogo, como é conhecido pelo ocultista e revelado gradualmente para aquele
que medita, é subjacente a todos os fenômenos e noumenos 6 É o Criador, o Man-
tenedor e o Destruidor de todas as formas micro cósmicas e macrocósmicas. É a ma-
nifestação do Primeiro Raio da Vontade e do Poder. O Fogo manifesta-se de muitas
maneiras e aquilo que é visível a olho nu é apenas uma de suas manifestações mais
grosseiras. O Fogo visível é a súbita encarnação de miríades de formas de ia.úmeros
elementais do Fogo e de salamandras. Cada plano, porém, possui seus próprios Fo-
gos. Os raros indivíduos ou clarividentes que possuem a visão etérica do mundo
dos etéricos, que inclui o corpo etérico do homem, vêem o Fogo como um tremu-
lante espetáculo de pontos de luz faiscantes, cintilantes, em movimento const.ante
e mantendo uma manifestação noumenal de energia no equilíbrio dinâmico que serve
de estrutura ou matriz subjacente para qualquer forma. Os chakras são vórtices des-
te Fogo. Cada célula, na sua tarefa de produzir energia no metabolismo de glicose
e oxigênio, é um ponto brilhante do Fogo latente em toda a matéria. Os eflúvios
de Fogo que penetram nas nossas auras a cada respiração, constituem o movimento
do prana na sua circulação pelo nadis e centros de força, enquanto o prana preen-
che de vitalidade os órgãos físicos.
O CADUCEU,
UM EMBLEMA DO FOGO
6. A substância de um fenômeno subjacente; um objeto ou o conceito de um objeto como é em si, ou
como aparece no pensamento puro. O noumeno pode ser apreendido totalmente apenas na meditação,
que é o espaço entre os pensamentos.
233
o mesmo prana penetra diretamente no Chakra do Baço e supre os três Fogos
que emergem do Chakra da Base da Espinha, aquecem o sangue, energizam as góna-
das e alimentam os chakras acima e abaixo do diafragma, conforme sua potência.
Todos os chakras, por sua vez, são nutridos pelo Fogo de uma ordem mais ele-
vada, oriundo do plano astral, que penetra-os em ângulos retas em relação a seus
discos. O Fogo da energia emocional pode ser ofuscante, cegante e desordenado
(excesso do Sexto Raio) ou pode ser refinado, delicado e disciplinador, quando in-
troduzido paulatinamente no chakra acima do diafragma, sob o estímulo de música
clássica.
Em seguida, há os Fogos da Mente, que se expressam facilmente através do Chak-
ra Sacral e do Chakra Laríngeo do corpo etérico, dependendo do grau de evolução
espiritual do indivíduo.
Sempre que o Fogo se manifesta no vórtice e na torrente do átomo ou da aura,
no coração pulsante ou no planeta pulsante, age no sentido de mudança e cresci-
mento. O calor é uma manifestação do Fogo iniciado dentro ou aplicado de fora.
É através do Fogo Solar que a força da evolução é manipulada, esta ânsia por uma
expressão mais plena e mais perfeita que impele todas as formas para mais perto
da Verdade, Beleza e Bondade. É o Fogo da Mónada que atrai a personalidade inte-
grada para os assuntos espirituais e a conduz pela senda do treinamento do discípu-
lo, rumo à religação e à síntese com o graude centro ou Chama Divina, de onde
ele, uma' 'jovem" mónada ou filho pródigo, outrora partira pata sua longa e cansa-
tiva viagem.
A importância da concentração mental, da meditação e do desabrochar espiri-
tual reside no fato de estes serem meios de controlar e canalizar o Fogo, e, portan-
to, devemos lembrar-nos sempre de tratá-lo com o devido respeito, como o faze-
mos com O fenómeno externo do Fogo.
Quando homenageamos o grande disco donrado nas nossas meditações, ao
nascer-da-sol e ao pór-do-sol, entramos em cantata com a própria essência da nos-
sa natureza que se compõe dos três Fogos do Sol:
Todos são necessários para a manutenção da forma. Aquele que quer intervir
nos assuntos da sua própria evolução espiritual ocupa-se em manipular os três Fo-
gos. Deve tornar-se o alquimista, empenhado em transmutar o refugo de sua perso-
nalidade no reluzente ouro do homem aperfeiçoado, o iniciado, um Mestre da
Sabedoria.
A meditação é o processo pelo qual se realiza a alquimia divina. Ela constrói
o próprio canal pelo qual o Fogo pode operar as mudanças necessárias nos diversos
corpos, transformando cada um numa "Tigela Brilhante", o santo graal, um recep-
táculo digno para a consciência superior. O homem é um deus no processo de cria-
ção, e a criação envolve a capacidade sempre crescente de canalizar o Fogo. Cada
homem é um Prometeu em potencial que deve roubar o Fogo dos deuses, porque
234
Gli,nde,la Pineal
Centros Cerebrais
Vértebras da
Coluna Espinhal
do Chakra do Baço
CHAKRA DO BAÇO
Chackra da Base
da Coluna
Entra no Sangue e
Aqwece o Corpo
A figura acima ilustra alguns dos Fogos que circulam na coluna vertebral e que juntos,
ao desabrocharem nos três Centros da Cabeça, trazem o Fogo elétrico, um Fogo
sistêmico monitorado por meio do globo de Vênus, da corrente da Terra.
para conseguir este Fogo', ele deve entrar com o seu equipamento físico, emocio-
nal e mental de um cidadão do Quarto Reino (o humano), num reino superior (alie-
nígena). Isto só lhe é permitido se usar os Fogos, armazenados nos seus três Centros
da Cabeça, em benefício da humanidade, na cura, no ensino;.na orientação das mas-
sas. O preço é a destruição de seus próprios corpos. Seus corpos são vagarosamente
substituídos pelos átomos, queimados não pelas energias da primeira expansão do
Chakra da Base da Espinha, mas pelas energias oriundas dos quatro Planos Etéricos
Cósmicos: o Monádico, o Átmico, o Búdico e o Manásico. Os últimos átomos dos
seus corpos são substituídos gradativamente pelos átomos que fazem circular os Fogos
dos Quatro Planos Etéricos Cósmicos, na sua Quinta Espirila.
O fato triste de nossa época é haver tantos indivíduos prontos para o progresso
espiritual, que têm sofrido, resgatado o karma ruim, muitas vezes por meio de boas
obras para com os seus irmãos, mas que, cegados pelo materialismo da sociedade
na qual cresceram, não percebem que o Fogo, com suas CHAMAS, funciona na qua-
lidade de noumena em todos os planos da consciência. Afinal, é isto que eles de-
vem conhecer. O principal objetivo da minha vida tem sido comunicar a realidade
e a onipresença destes Fogos, objetivo no qual persistirei nesta vida e nas vindou-
ras, até que eles sejam investigados, desapaixonadamente (se não cientificamente),
sem os efeitos nubladores de religião alguma ("Não existe religião mais elevada que
a Verdade."). Até então, esse assunto estará sempre sujeito à distorção, mito, escár-
nio, medo e guerras religiosas.
O dragão, a serpente, o falo, o vinho e outros emblemas têm sido amplamente
usados por todas as raças para simbolizar estes Fogos dentro de nós. Apresentamos
a seguir uma paráfrase do comentário de H. P. B. relativo às Chamas, de The Secret
Doctrine:
"Sobre o Fogo e os deuses do Fogo:
Eles foram os titãs.
Eles foram os kabiri, nome que hoje indica os persas, antigos adoradores do Fogo de
Parsis, os zoroastrianos na Pérsia.
Eles foram os dois dióscuros, Castor e Pólux, e, exotericamente, Júpiter e Baco (Júpiter
- relâmpagos; Baco - vinho), Aqui eles personificaram os pólos da Terra, os pó~
los dos céus (Estrela do Norte, etc.), e a polaridade física/espiritual no homem,
Os titãs~kabirin eram também os geraçiores e reguladores das estações, Eles ativavam
os vulcões e presidiam à alquimia dos minerais.
Por intermédio de Prometeu, eles trouxeram a luz ao mundo e dotaram o homem com
o intelecto e a razão.
Eles foram os divinos Fogos sagrados (3 + 4, 7 e 49) das alegorias hindus.
Os gênios do Fogo na Grécia e outros lugares (por exemplo, Aladim e sua lâmpada).
Os cultos de Frígia, Fenícia, Tróia, Trácia, Egito, Lemnos e Sicília sempre foram ligados
ao Fogo, e em sua homenagem, os templos sempre eram construídos nas regiões
mais vulcânicas.
7. Prometeu ousava fazer homens de barro e animá-los com o Fogo que ele tinha roubado do céu. Isto
desagradou tanto ajúpiter que ele castigou Prometeu, mandando que Mercúrio o amarrasse no Monte
Cáucaso, onde um abutre comia diariamente o seu fígado, que se regenerava durante a noite o tanto
quanto fora consumido durante o dia, transformando o castigo numa tortura sem fim. Finalmente Hér-
cules matou o abutre e libertou Prometeu,
236
o DRAGÃO:
Um Símbolo de Fogo para a Base da Coluna
A figura acima ilustra o famoso símbolo de Fogo do Dragão, É um emblema chi·
nês, que expressa esotericamente o Chakra da Base da Espinha. Sugeriu-se nu-
ma obra anterior (The Jewel ln The Lotus) que a constelação do Dragão é o ser
celeste que constitui o Centro da Base da Espinha naquele Um Sobre Quem Na~
da Pode Ser Dito.
Os cristãos interpretaram estes deuses do Fogo como divindades ctónicas ou DEUSES
INFERNAIS, procurando assim derrubá-los.
Homens plenos de fogo, inspirados pelas chamas, que nos tempos antigos tornaram-se
dirigentes da humanidade.
Eles agiam através dos semideuses e heróis, como Orfeu, Hennes, Cádmo, Set e Esculápio.
Eles revelaram o grande benefício da agricultura, mostrando como produzir o milho
e o trigo, na figura de ísis-Osíris no Egito e Ceres na Sicília.
Quando encarnados como reis das 'dinastias-divinas', eles deram os primeiros impulsos
para as civilizações, e dirigiram a mente com a qual dotaram o homem para a invenção
e o aperfeiçoamento de todas as artes e ciências."
237
"Eis que o meu corpo ainda arde com este vinho tinto
E nunca está vazia esta minha taça
Por centenas de vidas com este doce aroma inundada
Dez mil anos para marcar o seu sutH progresso
Entre os clamores desta taverna Terra
Onde são raras as taças que conhecem o seu valor. ,,8
238
Núcleo Núcleo Solitário
Feixe Longitudinal Medial do Vago
do Nervo Vago
--Cenl,ro Expiratório
'---C"nt,o Inspiratório
240
não tem consciência do soberano. Se empreender treinamentos esotéricos, a rapi-
dez com que o nirmanakaya pode abrigar e eventualmente ocupar a sua tríade infe-
rior é aumentada em progressão geométrica, especialnlente se a tríade inferior pas-
sar por iniciações.
Uma vez que a personalidade transfigurada estabelece uma via de comunicação
com o seu eu superior, o nirmanakaya, certas partes anatômicas nos corpos triádi-
cos tornam-se objeto de sua atenção especial. As três mais notáveis, em ordem tem-
poral são:
241
31
o GÂNGLIO CERVICAL SUPERIOR
(O SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO)
Uma das assim chamadas maravilhas das ciências biológicas é o modo com que
as excrescências neurais dos gânglios acham" seus órgãos apropriados que devem
enervar" . Embora muitas enzimas e hormõnios contribuam externamente com esta
interação e com a ligação de uma célula neural a seu órgão apropriado, o fator de-
242
cisivo neste processo é a matriz etérica, a estrutura pré-física que estimula as rea-
ções químicas das euzimas e o crescimento ordenado, gerado pelos hormônios,
A matriz etérica estabelece no corpo humano (assim como nas plantas e nos
animais) a coordenação perfeita dos sistemas de crescimento, Quando um órgão cres-
ce rapidamente, os nervos apropriados, mesmo que distantes, são estimulados atra-
vés da matriz etérica a crescer com igual rapidez para ligarem-se a este órgão, inde-
pendentemente das diferentes forças atuantes, como o calor, ou dos elementos de
liga,'ão disponíveis, como os animoácidos,
Estes simples fatos esotéricos da Natureza podem parecer tão óbvios a ponto
de não merecerem atenção, No entanto, existem implicações com relação à patolo-
gia e à respectiva cura. No local onde cresce um tumor, acontece um correspon-
dente aumento de atividade nos corpos das células nervosas que o supre, Assim,
um médico esotérico tem à sua disposição um eficiente método de cura, se puder
intervir no campo de força etérico que interpenetra tanto o suprimento de nervos
quanto o suprimento de sangue de um órgão invadido por um câncer ou um tumor.
Pesquisadores científicos constataram que os gânglios simpáticos podem aumen-
tar cinco ou seis vezes o seu volume normal, e que seus tratos podem alcançar os
órgãos-alvos muito antes do normal, forçando seu caminho pelas veias grandes e
pequenas, às vezes interrompendo a corrente sangüínea, Isto tudo pode ser expli-
cável em termos de algum fator químico, O ensinamento esotérico, porém, é bem
claro: é necessário que haja uma expansão pré-física na matriz etérica,
A ciência esotérica adianta-se e diz que, com estímulos apropriados provenien-
tes dos planos físicos, qualquer célula neural ou célula germinal pode ser orientada
a gerar células de qualquer parte do corpo, porque dentro da célula neural e da cé-
lula germinal aloja-se um microcosmo do corpo inteiro, De fato, cada gânglio celu-
lar dos tratos simpáticos é uma projeção virtual do corpo inteiro, assim como o são
a sola do pé, a palma da mão, a íris do olho e as vértebras, Por existir cooperação
entre as estruturas físicas, quase toda mudança pode ser realizada engatilhando-se
o mecanismo de dentro, a partir dos níveis pré-físicos,
Isto ajuda a explicar como foi possível, através do sistema nervoso do seuhor
inferior e suas glândulas endócrinas, como a pineal, a hipófise e a tireôide, o senhor
superior promover aquelas extensas mudanças na estrutura humana, do hermafro-
ditismo até a heterossexualidade, e dos invólucros etéricos até um esqueleto ossifi-
cado, e do ananismo até o gigantismo,
Esta reação de uma célula microcósmica a uma mudança na matriz macrocôs-
mica pré-física foi mostrada de maneira muito bela pelo Instituto de Biofísica do
Rio de]aneiro, Numa de suas experiências, foi feita uma cultura de um gânglio que
cresceu num meio semi-sólido de fragmentos de um sarcoma de rato, fazendo sur-
gir, na espaço de dez horas de incubação, uma densa auréola de tratos nervosos
que irradiavam da célula em cultura como raios de sol (ver Figura p, 247),
A Figura da página 245 mostra os tratos de nervos simpáticos ordenados numa
cadeia de gânglios simpáticos do lado direito da coluna espinhaL O gânglio situado
na parte mais elevada, o gânglio cervical superior, tem vínculos com o sistema vi-
sual, com as áreas emotivas do hipotálamo e com a glândula pineaL Algumas esco-
las de pensamento esotérico ligam as duas cadeias simpáticas com os gigantescos
243
tratos etéricos Ida e PingaIa, propondo também que Sushumana esteja contido na
medula nervosa.
É interessante notar que os mesmos efeitos de NGF, estimulando o crescimento
excessivo de um gânglio simpático, podem ser observados no caso do veneno de ser-
pente, sendo que a serpente é um súnbolo esotérico do potéocial de cura regenerativa.
Estas observações tornam-se mais significativas ao estudante de antropogénese
quando entende que a glândula pineal é energizada principalmente através dos tra-
tos provenientes do gânglio cervical superior, um gânglio simpático alojado no alto
do pescoço, o mais alto e o primeiro da cadeia. Sugere-se que muitas das mudanças
no tamanho, estrutura e função da glândula pineal foram geradas por efeitos que
alcançavam primeiro o gânglio cervical superior. Um deles certamente foi o fator luz.
A glândula pineal funcionou poderosamente na penumbra da superfície do pla-
neta, há cerca de vinte e cinco milhões de anos, quando era freqüente as nuvens
e brumas vulcânicas obscurecerem totalmente o Sol. Com o assentamento da super-
fície do planeta, a luz foi aumentando gradual e constantemente, reduzindo o tama-
nho da glândula pineal.
Aqueles que estudam a A Doutrina Secreta irão lembrar-se da ênfase dada por
Madame Blavatsky ao fato de que, enquanto se desenvolviam os dois olhos, e pre-
sumivelmente ela queria dizer com isso que os olhos reagiam cada vez mais aos estí-
mulos visuais e à luz, reduzia-se o funcionameuto do terceiro olho ou o olho parie-
tal. Ao escrever sua obra, ela não tinha como saber sobre as descobertas dos últi-
mos trinta anos. Apesar disso, o que ela afirmou está comprovado atualmente, que
o fato de os olhos receberem luz constante pode resultar em regressão da pineal.
Demonstrou-se recentemente que a glândula pineal reage também à luz não vi-
sual e que a capacidade da glândula em produzir diversos tipos de hormõnios, co-
mo melatonina e serotonina, pode variar de trinta a setenta vezes nas suas flutua-
ções diárias. Na pineal das aves, existem fotorreceptores que reagem à luz não vi-
sual. Descobriu-se também que os fotorreceptores dos olhos de ratos transmitem
estímulos para a glândula pineal por um caminho que passa pelo gânglio cervical
superior, o que não acontece nas aves.
Já fornecemos exemplos de como a glândula pineal pode afetar o crescimento
e a maturação sexual do homem, e postulamos alguns dos meios pelos quais este cres-
cimento se deu no decorrer de milhões de anos, com suas enormes e variadas mudanças.
No reino animal, onde a consciência ainda não evoluiu para a autoconsciência,
é acentuada a interação entre o invõlucro astral e o sistema nervoso súnpático. An-
nie Besant escreve sobre este assunto o seguinte:
"Os impactos do plano astral sobre o invólucro astral geram ondas vibratórias por
todo o invólucro astral e, aos poucos, a consciência encoberta adquire uma vaga per~
cepção destes acontecimentos, sem relacioná~los com alguma causa externa. A consciência
está tateando à procura de impactos flsicos muito mais violentos, aos quais dedica o
poder de atenção que desenvolveu. Os agregados de matéria astral, conectados aos sis-
temas nervosos físicos, compartilham naturalmente dos acontecimentos gerais do invó~
lucro astral. As vibrações causadas por estes acontecimentos misturam~se com os acon~
tecimentos vindos do corpo físico, afetando também as vibrações que lhe são impostas
pela consciência através destes agregados. Assim, estabelece~se uma conexão entre os
244
Cadeia do Sistema Sirnp,átic:O,
Gânglio Sirnp,;tic~
o diagrama acima mostra os tratos de nervos simpáticos, ordenados numa cadeia de gânglios
simpáticos do lado direito da coluna espinhal. O gânglio situado na parte mais elevada, o gânglio
cervical superior, tem vínculos com o sistema visual, com as áreas emotivas do hipotálamo e com a
glândula pineaL Algumas escolas de pensamento esotérico ligam as duas cadeil.l:-i' simpáticas com os
gigantescos tratos déricos ida e pingala, propondo também que sushullma esteja contido na medula
nervosa.
1
impactos astrais e o sistema simpático, sendo que aqueles desempenham um papel con-
siderável na evolução do último. Ao mesmo tempo em que a consciência, operando no
corpo ffsico, começa a reconhecer aos poucos um mundo exterior, estes impactos oriun-
dos do astral, gradualmente classificados pelos cinco sentidos (que fazem o mesmo com
os impactos do plano fisico), misturam-se com os impactos "do plano físico, scm se dis-
tinguirem destes quanto à sua origem. Reconhecer esta distinção é a clarividência infe-
rior, aquela que precede a grande evolus,:ão da mente. Enquanto o sistema simpático
for o instrumento dominante da consciência, a origem dos impactos astrais e físicos con-
tinuará sendo a mesma para a consciência. Mesmo os animais superiores, que têm o sis-
tema cérebro-espinhal bem desenvolvido, mas não ainda o principal mecanismo da cons-
ciência salvo os seus centros sensórios, não distinguem entre as imagens físicas e astrais,
sons, etc. Um cavalo saltará sobre um corpo astral como se fosse um corpo físico; um
gato se esfregará na perna de uma figura astral; um cachorro irá latir para uma imagem
semelhante ... ' ,2
246
.
;,.:~...... .
"Na Quinta Raça-Raiz, o homem tem o interior das suas células nervosas bem mais
diferenciado, sendo que as intercomunicações são muito mais numerosas. Em termos
gerais, a consciência do homem da Quinta Raça-Raiz opera no plano astral, e está ausen-
te do corpo físico com exceção do sistema nervoso cérebro-espinhaL O controle dos
órgãos vitais do corpo é delegado para o sistema simpático, treinado durante longas épo~
cas para este trabalho. O sistema simpático opera por intermédio de impulsos vindos
dos outros centros astrais que não os dez, sem receber atenção intencional da consciên-
cia, ocupada com outros assuntos, embora, sem dúvida, ela o sustente. Entretanto, co-
mo veremos, é bem possível atrair novamente a atenção da consciência para esta parte
do seu mecanismo, e reassumir um controle inteligente. Nos membros mais evoluídos
da Quinta Raça, o mundo mental inferior envia os principais impulsos conscientes que
penetram no físico através do astral, para então estimular a atividade nervosa física. Es-
ta é a consciência inteligente, aguçada) sutil, movida mais por idéias do que por sensa-
ções, mais ativa nos centros cerebrais mental e emocional, do que nos centros que se
ocupam com fenômenos sensórios e motores.
"Os órgãos dos sentidos do corpo da Quinta Raça são menos ativos e aguçados do
que os da Quarta Raça) mais elevada, ao reagirem aos impactos puramente físicos. O
olho, o ouvido, o tato não reagem às vibrações que afetariam os órgãos dos sentidos
da Quarta Raça. É significante também o fato de estes órgãos estarem no seu auge du-
rante a primeira infância, diminuindo sua sensibilidade a partir do sexto ano de vida,
aproximadamente. Por outro lado, embora sejam menos apurados para receber os im-
pactos sensórios puros, eles se tornam mais sensíveis para sensações misturadas com
emoções. As sutilezas de cor e som) seja na natureza ou na arte, atraem-nos com mais
eficiência. A organização superior mais intrincada dos centros sensórios do cérebro e
do corpo astral parece provocar um aumento de sensibilidade à beleza da cor, forma
e som, mas diminui a reação à sensação onde as emoções não participam.
248
ConexõesNervc,sag~~~L--------1
A GLÂNDULA PINEAL
E GÂNGLIO CERVICAL SUPERIOR
As conexões nervosas entre o gânglio cervical superior e a glândula pineal (indicada por setas).
A proposição esotérica é que o impacto da luz crescente sobre os olhos humanos em rápida
evolução gerou reações via sistema nervoso simpático, causando a regressão da- glândula
pineal, que de um olho parietal ativo passou a ser um órgão astrofiado de secreção endócrina.
"O corpo da Quinta Raça é também muito mais sensível ao choque que os corpos
da Quarta e da Terceira Raças, mais dependentes da consciência para a sua manutenção.
Um choque nervoso é sentido com muito mais intensidade e engendra uma prostração
muito maior. Uma mutilação grave não é mais uma mera questão de um músculo lesado,
ou tecidos rompidos, mas uma questão de choque nervoso; ó sistema nervoso altamente
organizado carrega a mensagem aflitiva para os centros cerebrais, que de lá segue para o
corpo astral, perturbando e alvoroçando a consciência astral. A isto se segue uma pertur~
bação no plano mental; a imaginação é ativada, a memória estimula a expectativa, e a cor-
reria de impulsos mentais intensifica e prolonga as sensações. Estas novamente estimulam
e excitam o sistema nervoso, e uma excitação indevida age sobre os órgãos vitais, causan-
do perturbação orgânica; daí a depressão da vitalidade e a recuperação lenta.
"No corpo altamente evoluído da Quinta Raça, também as condições mentais gover-
nam amplamente o físico, e a ansiedade intensa, o sofrimento mental e a preocupação,
que levam à tensão nervosa, perturbam de imediato os processos orgânicos e provocam
a fraqueza ou a doença. Conseqüentemente, a força mental e a serenidade promovem dire-
tamente a saúde física, e quando a consciência está definitivamente estabelecida no plano
astral ou no plano mental, as maiores causas da má saúde são as perturbações emocionais
e mentais do que quaisquer privações infligidas ao corpo físico. Em termos físicos, o ho~
mem evoluído da Quinta Raça vive literalmente no seu sistema nervoso."3
No texto a seguir, Annie Besant trata do uso de técnicas visuais na cura das ma~
trizes mais sutis de matéria mental, emocional e etérica:
"As escolas da Ciência Cristã, Ciência Mental, Cura pela Mente, etc., dependem to~
das do poder emissor da Vontade para obter seus resultados. As doenças em geral ce~
dem a este fluxo de energia, e não só os distúrbios nervosos, corno alguns imaginam.
Os distúrbios nervosos são os que cedem mais rápido, porque o sistema nervoso foi mol~
dado para expressar os poderes espirituais no plano físico. Os resultados mais rápidos
acontecem quando se trabalha primeiro no sistema simpático, pois este está mais direta~
mente relacionado ao aspecto da Vontade, na forma de Desejo, assim como o cérebro~
espinhal está mais diretamente relacionado aos aspectos da Cognição e da Vontade pUH
ra. A disseminação de tumores, cânceres, etc., e a destruição de suas causas, a cura de
lesões e fraturas de ossos, em geral exigem do médico um considerável conhecimento.
Eu digo 'em geral', porque é possível guiar a Vontade a partir de um plano superior,
mesmo sem o conhecimento do plano físico, caso o operador esteja num estágio avan H
çado de evolução. O método da cura, quando existe o conhecimento, seria como se
segue: o operador forma uma imagem mental do órgão afetado em estado de perfeita
saúde, criando-o, portanto, na matéria mental; em seguida, introduz esta imagem na maH
téria astral, tornandoMa assim mais densa, e em seguida usa a força do magnetismo para
densificáHla ainda mais na matéria etérica, introduzindo nesta fôrma os materiais mais
densos de gases, líquidos e sólidos, utilizandoHse dos materiais disponíveis no corpo e
fornecendo de fora o que falta. Neste processo, a energia direcionadora é a Vontade,
sendo esta manipulação da matéria mera questão de conhecimento, seja neste ou em
planos superiores. Este método de cura não oferece perigo, pois acompanha as curas
realizadas por um sistema mais fácil e portanto mais comum, que opera sobre o sistema
simpático, ao qual nos referimos acima. ,,4
250
32
o ClENTRO RlESPIRATÓRIO
251
Repetindo, nesta seqüência de acontecimentos visuais, podemos ver que à
projeção da imagem do Mestre na co_n~ciência do neófito, _seg~e-se um estímulo
do centro respiratório, para que o neoflto saiba que o padrao visual expertmenta-
do por ele naquele átimo de segundo antes da inspiração repentina foi implantado
pelo Mestre.
Quando esta técnica é dominada (estou escolhendo minhas palavras com cui-
dado), pode desenrolar-se um diálogo de glifos visuais, que num período muito curto
de esolepsia pode transmitir uma quantidade imensa de informações. Esta é uma
das razões por que as escolas chinesas afirmam que "uma imagem vale mil pala-
vras". O estudante precisa ler e reler com muito cuidado os últimos parágrafos se
quiser colher o prêmio do que está sendo ensinado, um método nunca antes expos-
to neste planeta, e desconhecido para a maioria das escolas de mistérios.
A interpretação da informação visual transmitida é um outro assunto, do qual
tratei na minha obra Beyond The Intellect, como também na série de minhas obras
sobre a Astrologia Esotérica.
A respiração é um ato involuntário, automático, no qual o pensamento não par-
ticipa. Entretanto, podemos intervir a qualquer momento, colocando-a sob o con-
trole da Vontade. Assim, podemos interromper a respiração por um espaço de tem-
po, e podemos variar o ritmo e o padrão da nossa respiração ao falar e ao cantar.
Podemos até colocar as palavras ou sons que emitimos numa seqüência intencional
de significado esotérico, o que chamamos de mantra. Controlamos a respiração semi-
automaticamente ou por reflexo quando engolimos ou tossimos ou chupamos qual-
quer coisa. Tudo isto pode ser afetado pelo estado emocional. Apesar disso, po-
rém, os movimentos respiratórios são essencialmente automáticos.
Sabemos também que podemos suspender voluntariamente nossa respiração por
cerca de sessenta segundos, depois do que somos forçados a inspirar. Esta última
afirmação implica no fato de que a falta de oxigênio, ou talvez o acúmulo de dióxi-
do de carbono, gera estímulos no centro respiratório da medula, que nos forçam
a retomar o fôlego. Se um ser superior aplica um impulso de Fogo espiritual ao nú-
cleo respiratório, somos forçados a inspirar involuntariamente, o que pode sinali-
zar o que já descrevi.
É fácil de entender também que ao se diminuir o ritmo respiratório, um pré-
requisito para o estado esoléptico, podemos tornar receptivo o centro respiratório
ao estímulo oferecido pelo Mestre.
Há um ritmo respiratório anormal, característico de certas doenças, denomi-
nado respiração Cheyne-Stokes, descrito por dois médicos do século passado que
lhe emprestaram seu nome. Ela se compõe de respiração profunda e rápida, alter-
nada com a interrupção completa da respiração. A respiração profunda elimina o
dióxido de carbono do sangue, o que provoca a interrupção. O nocivo diõxido de
carbono vai acumulando-se no sangue, como resultado da atividade metabólica e
respiratória das células, até o ponto de exigir uma inspiração repentina novamente,
e o processo se reinicia.
Deve ficar claro que, por um ato de vontade, podemos produzir com seguran-
ça condições semelhantes nas quais a eliminação do dióxido de carbono pode facil-
mente tornar o centro respiratório suscetível ao estímulo.
252
1 2
3
RESPIRAÇÃO CHEYNE-STOKES
o diagrama ilustra: (1) respiração forçada durante dois minutos, seguida de (2)
um período de apnéia, ou ausencia de respiração, durante tres minutos. A isto
se segue (3) respiração periódica do tipo Cheyne·Stokes, durante um minuto
ou mais, antes de se retomar a respiração normal. Este período importante e .
crítico, durante o qual uma imagem pode ser projetada na consciência, é
mostrado em (4).
A Figura da página 239 mostra o local do centro respiratório, dividido em duas
partes: o centro expiratórío e o centro inspiratório, abaixo do primeiro. Quando
o centro é estimulado, os impulsos gerados são conduzidos ao longo da medula ner-
vosa através do nervo frênico, que vem de um plexo de .r::tervos oriundo da terceira,
quarta e quinta vértebras. (ver Figura da pág. 223).
O acúmulo de dióxido de carbono no sangue, que pode ser produzido delibe-
radamente diminuindo-se o ritmo respiratório, pode causar uma inspiração quase
violenta. Nas intervenções cirúrgicas, o dióxido de carbono introduzido no anesté-
sico garante a manutenção da respiração profunda e regular.
o CORPO CARÓTIDO
Carótida
254
As cavidades das artérias carótidas e os próprios corpos carótidos também de~
sempenham um papel na respiração, sob certas circunstâncias especiais. Suas pare-
des contêm receptores, de maneira que quando a pressão sangüínea dentro da arté-
ria aumenta ou as paredes da artéria são esticadas) os im,pulsos precipitam~se para
o centro respiratório. Portanto, o aumento da pressão sangüínea pode desacelerar
a respiração ou mesmo interrompê-la por um breve período, e uma queda na pres-
são sangüínea provoca o efeito inverso.
O corpo carótida é uma pequena estrutura alojada na bifurcação da artéria ca-
rótida comum em suas artérias interna e externa. Contém células quimo-receptoras,
estimuladas pelo dióxido de carbono quando este aumenta no sangue arterial, pelo
aumento de íons de hidrogénio, o que torna o sangue mais ácido, e também pela
falta de oxigênio.
Há um nervo sinusalligado à medula via nervo glossofaríngeo. O sistema caró-
tida, portanto, está ligado não só à respiração, mas também ao sistema cardiovas-
cular, afetando assim tanto a respiração como a pressão sangüínea.
Esta glândula e suas ramificações, ligada ao Centro Alta Maior, é a roda alada
já descrita por nós. O Chakra Alta Maior é um centro que proporciona um podero-
so suporte para as forças criativas atuantes nos dois outros Centros da Cabeça. Seu
vínculo com a pressão saugüínea e com a respiração garante que o suprimento de
prana nos níveis mental, emocional e etérico seja mantido quando a demanda de
criatividade está no auge. O despertar do Chakra Alta Maior implica a habilidade
de manter a eriatividade.
Na verdadeira meditação, que é um ato de introspecção, aumenta bastante o
suprimento de sangue para a cabeça, embora, usando certos artifícios respiratórios,
possamos restringir o suprimento sangüíneo ao cérebro em si.
255
33
A ANATOMIA
- NASAL
DA RESPIRAÇAO
AS AURÍCULAS DO NARIZ
256
ANATOMIA DA HATHA VOGA
(AS CAVIDADES NASAIS)
"Dois processos altamente vasculares com a forma de frisos da tela cüróide contêm
os plexos coróides do quarto ventrículo; eles invaginam a parte inferior do teto do ven-
triculo e são cobertos por toda a parte pelo forro epitelial da cavidade, que é modifica-
da formando um verdadeiro epitélio secretório. 1 Cada um consiste de uma porção ver-
tical e uma horizontal: a primeira se encontra perto do plano mediano, e a última passa
para o recesso lateral e projeta-se através da abertura lateral ainda coberta pelo epêndi-
ma. As partes verticais dos plexos são diferentes uma da outra, mas as porções horizon-
tais se juntam no plano mediano; e assim a estrutura total tem a forma de uma letra T,
cujo pé vertical é duplo. Numerosos tufos pequenos do plexo associam-se,com a parede
superior recuada da abertura mediana e projetam-se para o espaço subaracnóide (Figura
1), como os tufos que despontam dos forâmens dos recessos latnais.,,2
o tecido vascular dos plexos coróides não era só o local que recebia o estímulo
do Fogo extra-sistémico para o crescimento e desenvolvimento rápido do cérebro
do homem individualizado, mas até os dias de hoje, junto com todos os tecidos vas-
culares do cérebro (por exemplo, as artérias terminais), continua sendo o local que
recebe o impacto das impressões mentais que fluem para dentro ao serem projeta-
das do corpo mentaL A Figura da página 261, "O Mecanismo da Produção de Ima-
gem", reflete esta sensibilidade dos plexos coróides à estimulação mental.
259
Muitas das chamadas "dores de cabeça" originam-se deste mecanismo ainda
manifesto nO homem, o que significa que uma atividade excessiva do corpo mental
pode produzir uma repentina e intensa secreção nos plexos coróides, fazendo com
que um aumento transitório no volume do fluido cérebro-espinhal, localizado nos
ventrículos do encéfalo, seja responsável por um aumento na pressão e sintomas
de dor de cabeça.
...,.'--44''lr-- Língula
NÓdulo
Maler
o PLEXO CORÓIDE NO
TETO DO QUARTO VENTRíCULO
o diagrama acima mostra como as imagens projetadas do corpo menta! (ver à direita) golpei,am a área
etérica em torno daquela parte do cérebro que inclue a glândula pineal e o plexo coróide. E aqui que
pensamentos germinais podem ser registrados primeiro na consciência que está despertando,
mediados pelo cérebro e a sua contra parte etéric8. No terceiro ventrículo, o plexo coróide encontra-se
muito próximo da glândula pineal. Os outros plexos são também muito sensíveis aos estímulos mentais.
260
o MECANISMO DA PRODUÇÃO DE IMAGEM I
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A Glândula Pineal
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Proleções do
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SIMETRIA INTERNA
A simetria do corpo físico pode nem sempre estar presente, mas é possível ob-
ter a simetria dos veículos internos. E ajudar o entendimento da estrutura destes
veículos e mostrar onde aplicar os estímulos são os outros objetivos desta obra. As
causas da maioria das doenças estão nestes veículos internos. É possível fazer com que
262
POSiÇÕES ANATÓMICAS QUE sÃO SENSíVEIS À APLICAÇÃO
DE CAMPOS MAGNÉTICOS PULSANDO NAS FREQÜÊNCIAS
ENTRE 200 E 800 CICLOS POR SEGUNDO.
a causa inibida se expresse, aplicando-se à aura e aos vórtices etéricos as energias
naturais como C01\ som e magnetismo. Afirmei na Esoteríc Healing, Parte l, que
"O magnetismo não deixará mentir", tendo em mente este assunto de causas inibidas.
As Chaves de Salomão, já descritas antes, formam uma importante estrutura equi-
librada. Logo acima de cada clavícula pode-se apalpar uma fossa (uma concavidade)
que permite que os dedos se aproximem bastante não só dos vasos subclavianos
como também dos tratos etéricos que sobem até a cabeça. É por esta razão que os
solonóidos magnéticos são colocados nessas fossas supraclaviculares para que pos-
sam ser estabelecidos a ordem e o ritmo nos tratos, nos nervos e nos vasos sangüí-
neos que passam para cima e para fora, até os braços.
Este trabalho sobre anatomia esotérica tem por objetivo encorajar sempre o uso
das energias naturais em vez de drogas que produzem invariavelmente algum efeito
tóxico. A medicina do futuro, e;specialmente a que chamamos de preventiva, deve
levar em conta os tratos energéticos dos corpos mais sutis e a aplicação de energias
naturais para corrigir os seus distúrbios.
Se o estudante pode entender a anatomia esotérica da cabeça e do pescoço,
entenderá também o processo pelo qual ao homem é dada a possibilidade de se trans-
formar num deus, pois todos nós somos deuses pela capacidade de criar.
,
(
264
Dr. Douglas Baker
fonnou-se em Medicina na
Universidade de Sheffield,
em 1964, e desde então tem
procurado chamar a aten-
ção do público para os as-
pectos holísticos da nature-
za humana, que constituem
os limites do conhecimen-
to científico. Passou pelo
menos 35 anos estudando e
treinando técnicas do co-
'nheclmento oriental. Já es- '
creveu muitos livros, e sua
lingu~gem, . clara e, direta;
, tOTImessestell1as facibneh"
',~e ",compreendidos ,pelos
()cidentais; ,,
Douglas Baker
MERCURYO