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Projecto Daltonn Janeiro

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Universidade São Tomás de Moçambique

Extensão de Gaza

Faculdade de Direito

Dalton António Matimbe

A Investigação e Produção de Provas nos Crimes Cibernéticos no Ordenamento


Jurídico Moçambicano

Xai-Xai, Janeiro de 2023


Universidade São Tomás de Moçambique

Extensão de Gaza

Faculdade de Direito

Dalton António Matimbe

A Investigação e Produção de Provas nos Crimes Cibernéticos no Ordenamento


Jurídico Moçambicano

Supervisor: Deonildo Nhantumbo

Projecto científico de monografia para obtenção do grau de

Licenciatura em Direito
Xai-Xai, Janeiro de 2023

Índice

1. Introdução.......................................................................................................................1

1.1. Contextualização.........................................................................................................2

1.2 Justificativa...................................................................................................................4

1.3. Problema......................................................................................................................4

1.4. Hipóteses.....................................................................................................................5

1.5. Objectivos da Pesquisa................................................................................................5

1.5.1. Objectivo Geral........................................................................................................5

1.5.2. Objectivos Específicos.............................................................................................6

1.6. Metodologia.................................................................................................................6

1.6.1. Tipo de Pesquisa.......................................................................................................6

1.6.2. Métodos de Pesquisa................................................................................................6

1.6.3. Técnicas de Pesquisa................................................................................................8

1.7. Resultados Esperados do Trabalho..............................................................................8

1.8. Delimitação do Tema..................................................................................................9

1.8.1. Delimitação teórica...................................................................................................9

1.8.2. Delimitação legal......................................................................................................9

1.8. 3. Delimitação espacial................................................................................................9

2. REVISÃO CONCEPTUAL.........................................................................................10

3. Cronograma..................................................................................................................13

4. Orçamento....................................................................................................................14
5. Referências Bibliográficas...........................................................................................15
1. Introdução

O presente projecto tem como tema: A Investigação e Produção de Provas nos Crimes
Cibernéticos no Ordenamento Jurídico Moçambicano.

O objecto de estudo incidirá sobre a investigação e a produção de prova nos crimes


cibernéticos, tendo, como ponto de partida, as possíveis dificuldades técnicas e jurídicas
enfrentadas no Direito criminal e Processual penal Moçambicano, o caráter sigiloso do
conteúdo, voltado às ferramentas modernas de investigação cibernética, às soluções
disponíveis técnica e juridicamente na investigação e aos problemas e a limitações na
perícia informática.

A dependência com relação à tecnologia, parece que raramente as pessoas realmente


conhecem, a fundo, as diversas questões que envolvem a segurança relacionada a
aparelhos modernos.

É certo também, que, em determinados casos, é necessário colocar de lado a investigação


tradicional e considerar novos perfis de agentes na seara do crime cibernético, como
provedores de conexão e de aplicação.

Pensando na evolução voltada à tecnologia e nas possíveis dificuldades que podem


circundam o crime cibernético, a pesquisa visará tratar das peculiaridades das buscas e
apreensões de material referente a essa modalidade de crime, do documento digital, da
coleta de vestígios digitais, da materialidade e da autoria delitiva, dos meios de
comprovação do dolo. Discorrer também sobre a maneira como o sujeito activo desse tipo
de crime costuma cooptar a vítima e sobre as possíveis dificuldades enfrentadas pelos
juízes criminais, tais como os critérios ou a falta de parâmetros para a quantificação da
pena e o poder geral de cautela do magistrado.

Para obtenção dos resultados pretendidos com a pesquisa, teremos conceitos de palavras-
chave do tema segundo diversos autores e usar-se-á o método bibliográfico, método
hipotético e o método comparativo, quanto ả técnica, irá- se aplicar o questionário.

A participação do Serviço Nacional de Investigação Criminal, do Ministério Público,


Advogados e Técnicos jurídicos bem como juiz da instrução criminal serão imprescindível
para melhor reflexão sobre a possível dificuldade técnica na área da informática, e às vezes
tão distante das regras jurídicas existentes.

Teremos o cronograma de actividades, de modo a fazer uma demonstração do período


levado para cada fase necessária do início até ao fim do projecto, assim como as devidas
referências bibliográficas consultadas para a elaboração do presente trabalho.

1.1. Contextualização

Em termos de enquadramento teórico a presente pesquisa irá desenvolver-se á luz do


Direito Criminal e Direito Processual Penal.

A investigação criminal cibernética traz novos agentes: os provedores de conexão e


provedores de aplicação. O Marco Civil da Internet tornou obrigatório aos provedores
guardar informações de usuários que utilizaram determinado serviço, bem como a data e a
hora em que a conexão foi realizada. (Tarificco, 2017)

Provedor de conexão é a pessoa jurídica fornecedora de serviços que possibilitam o acesso


dos consumidores à Internet. Exemplo: Tim, Claro, Vivo. (Tarificco, 2017)

Provedor de aplicação é a pessoa natural ou jurídica que se utiliza do acesso à Internet para
prestar serviços. Exemplos: provedores de conteúdo, de e-mail, de hospedagem. (Tarificco,
2017)

Enquanto no local de um crime tradicional se encontram informações essenciais para a


investigação, como testemunhas, digitais, vestígios e indícios, o crime cibernético abriga
suas principais evidências em inúmeros dispositivos, como computadores, telefones
celulares, pendrives, máquinas fotográficas, provedores de Internet, registros de
equipamentos de infraestrutura de rede (roteadores, firewalls, web servers, servidores de e-
mail, etc.).

As provas podem ser as mais diversas possíveis: arquivos digitais, registros de servidores,
cookies, o histórico de navegadores, fotos ou vídeos, e-mails e registros de conversas on-
line. Pela característica da evidência digital, caso esta não seja prontamente preservada,
pode ser rapidamente danificada ou alterada, impedindo qualquer investigação ou
identificação de criminosos. (Tarificco, 2017)

A coleta de vestígios digitais segue rigorosos mecanismos de preservação, além de


controlar qualquer espécie de alteração. Uma característica da evidência digital é que, na
maioria dos casos, ela pode ser copiada inúmeras vezes. (Tarificco, 2017)

A cópia pode ser exatamente como a original e não invalida seu uso como prova.
Infelizmente, o mesmo princípio se aplica para um crime cibernético: quando uma imagem
ou vídeo criminoso é removido da Internet, as cópias podem ser publicadas novamente,
perpetuando o sofrimento e exposição da vítima. (Tarificco, 2017)

Crimes cibernéticos são todo o conjunto de actividade criminosa que pode ser levada a
cabo por meios informáticos, ainda que estes não sejam mais que um instrumento para a
sua prática, pelo que o mesmo crime poderá ser praticado por recurso a outros meios,
Deste modo, crimes informáticos são todas as condutas típicas, antijurídicas e culpáveis
praticadas por meio da Internet como instrumento de perpetração de seus objectivos.
(Carrapiço, 2017)

O Código Penal moçambicano não dispõe de condutas específicas relacionadas a tipos


penais exclusivos aos crimes cibernéticos deixando criminalmente impunes situações tais
como acesso ilegítimo; intercepção ilegítima; interferência em dados; danos relativo a
programas ou outros dados informáticos; sabotagem informática etc. (Chuquela, 2019)

O Código de Processo Penal deve prever um regime específico de meios de investigação e


de obtenção da prova electrónica/digital. Os Meios de obtenção de prova digital são:
Preservação expedita de dados; Pesquisa (busca) informática; Apreensão de dados
informáticos; Intercepção de comunicações; Acções encobertas. (Chuquela, 2019)

A natureza instável, dispersa e imaterial que caracteriza a prova digital exige da


investigação maior atenção com a sua recolha, de forma a garantir a sua integridade e força
probatória em juízo, As especificidades técnicas que caracterizam a criminalidade
informática exigem um reconhecimento de procedimentos de investigação distintos.
1.2 Justificativa

A justificativa da presente pesquisa encontra-se em três âmbitos, social, académico e


jurídico.

Sob ponto de vista social ė importante na medida em que ajudará na melhoria da


criminalização de crimes virtuais. Havendo necessidade, dado que, observa-se o
surgimento da rede mundial de computadores, popularmente conhecida como internet, a
qual teve importante papel no fortalecimento da globalização, principalmente no que diz
respeito às várias maneiras de interações entre pessoas que se encontram espalhadas pelo
mundo inteiro, reforçando a sua aproximação. De forma similar, a evolução tecnológica
tende a facilitar e a auxiliar a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

No âmbito académico, o presente trabalho servirá de base para eventuais pesquisas


relacionadas com o tema.

No âmbito jurídico, ajudará na investigação criminal e produção de provas nos crimes


cibernéticos.

1.3. Problema

O advento de novas tecnologias revolucionou a guarda e o armazenamento de documentos.


A tecnologia digital possibilitou que quantidade imensa de informações pudesse ser
trocada e passasse a ser armazenada, principalmente em face do incremento na
comunicação e transações na comunidade global que migraram para o mundo digital,
representando facilidade e rapidez para a mobilidade de dados.

Documentos virtuais passam a fazer parte das relações sociais, tanto com referência às
transações reais quanto às transações plenamente virtuais. Acompanhando essa tendência,
a investigação dos ilícitos do mundo atual depende de evidências digitais,
independentemente de terem ocorrido, total ou parcialmente, no mundo real ou no mundo
virtual.
A perícia de informática é importante para praticamente todo tipo de investigação, haja
vista a ubiquidade dos computadores citada anteriormente. Entretanto, para aqueles crimes
cujos vestígios principais não são digitais, normalmente os vestígios.

Geralmente, a violência cibernética inclui a perseguição cibernética que envolve incidentes


repetidos que, individualmente, podem ou não ser actos inócuos, mas que, combinados,
comprometem a sensação de segurança da vítima e causam angústia, medo ou alarme,
devendo ser perpetrada pela mesma pessoa; assédio cibernético (conhecido por ciber-
bullyng), uma prática que envolve as tecnologias de informação e comunicação, onde um
indivíduo através de mensagens de texto, imagens ou até chamada, com dolo, fere ou
contrage a vítima.

O Código de Processo Penal deve prever um regime específico de meios de investigação e


de obtenção da prova electrónica/digital. Os Meios de obtenção de prova digital são:
Preservação expedita de dados; Pesquisa (busca) informática; Apreensão de dados
informáticos; Intercepção de comunicações; Acções encobertas. (Chuquela, 2019)

Ao que é inadiável questionar: a investigação criminal e produção de provas são feitas


segundo os parâmetros legais?

1.4. Hipóteses

- Provavelmente, a investigação criminal e produção de provas são feitas segundo os


parâmetros legais.

- Provavelmente, a investigação criminal e produção de provas não são feitas segundo os


parâmetros legais.

1.5. Objectivos da Pesquisa

1.5.1. Objectivo Geral

- Discutir Sobre A Investigação e Produção de Provas nos Crimes Cibernéticos no


Ordenamento Jurídico Moçambicano
1.5.2. Objectivos Específicos

- Apresentar os critérios da investigação e produção de provas em Moçambique.

- Caracterizar o tratamento dado a investigação criminal e produção de provas nos crimes


cibernéticos no Ordenamento Jurídico Moçambicano.

- Comparar a investigação criminal e produção de provas nos crimes cibernéticos em


outros ordenamentos jurídicos.

1.6. Metodologia

Metodologia serve para explicar tudo que será feito durante um estudo ou uma pesquisa, o
objectivo é descrever o método, os participantes, o tipo de pesquisa e os instrumentos
utilizados (como entrevistas e questionários), entre outras coisas. Porém, método é o
conjunto de técnicas que usamos em um estudo para obter uma resposta, em outras
palavras método, é o caminho que percorremos para chegar a uma conclusão científica
(Mascarenhas, 2012).

1.6.1. Tipo de Pesquisa

A pesquisa quanto ao tipo é qualitativa. Utilizamos a pesquisa qualitativa quando


queremos descrever o nosso objecto de estudo com mais profundidade, os dados são
levantados e analisados ao mesmo tempo, os estudos são descritivos voltados para a
compreensão do objecto.

1.6.2. Métodos de Pesquisa


- Método de Abordagem

Método hipotético – dedutivo

Quanto ao método de abordagem recorrer-se-á ao método hipotético dedutivo que consiste


na percepção de uma lacuna nos conhecimentos e a partir das hipóteses formuladas, deduz-
se a solução de problema. Por outras, este método inicia pela percepção de uma lacuna nos
conhecimentos, acerca da qual formula hipóteses e, pelo processo de inferência dedutiva,
testa a predição de ocorrência de fenómenos abrangidos pela hipótese. (Marconi e Lakatos,
2011)

- Método Bibliográfico

No presente trabalho usar-se-á o método bibliográfico que, consiste na colecta de material


teórico que aborda sobre o objecto de estudo, material esse que tem como vantagem
garantir que o investigador consiga fazer a colecta e a sistematização das matérias a serem
analisadas (Marconi e Lakatos, 2000).

O método bibliográfico concentra-se na análise de livros, artigos, dicionários e


enciclopédias. É quando um investigador desenvolve a sua investigação a partir de estudos
já efectuados por outros investigadores.

A razão da escolha deste método é de permitir a revisão da literatura e enriquecer o


trabalho, estudando o assunto com base nas obras que abordam o mesmo. Será importante
para esta pesquisa devido a diversidade de obras no pais e que vários autores procuram
explicar o assunto em estudo.

- Método Comparativo

Método Comparativo consiste no estudo de semelhanças e diferenças entre diversos tipos


de sistemas jurídicos, grupos, sociedade ou povos, contribui para uma melhor compreensão
do comportamento humano, realizando comparações com a finalidade de verificar
similitudes e explicar divergências. Por outras, o método jurídico comparativo, é aquela
que permiti determinar a semelhança e as diferenças existentes entre legislações nacionais
e estrangeiras é necessário utilizar um método que permita uma generalização teórica,
tomando como base a comparação das distintas legislações (Ramos e Naranjo, 2014).

1.6.3. Técnicas de Pesquisa

Técnicas são um conjunto de preceitos ou processos de que se serve uma ciência para a
obtenção de seus propósitos. Corresponde, portanto, a parte prática da colecta de dados
(Marconi e Lakatos, 2011).

- Entrevistas Semi-Estruturadas

Entrevista sem-estruturada é uma técnica na recolha de dados, pois permite obter do


entrevistado aspectos relevantes. Este tipo de entrevista facilita obter do entrevistado
elementos básicos acerca de um problema em análise.

Nessa técnica, o investigador se apresenta frente ao investigado e lhe formula perguntas


com o objectivo de obtenção dos dados que interessam à investigação, portanto, constitui
uma forma de interação social ou diálogo assimétrico em que uma das partes busca
recolher e outra se apresenta como fonte de informação.

A razão da escolha desta técnica foi de pretender perceber em aspectos práticos o tema em
estudo, dialogando com profissionais de Direito, desde Juízes, Procuradores, Técnicos
Jurídicos e Advogados.

1.7. Resultados Esperados do Trabalho

Com a realização da presente pesquisa espera:

- Conduzir os sujeitos da pesquisa a uma reflexão sobre o tema em destaque.

-Dar uma singela contribuição na edificação do Direito Moçambicano.

-Perceber-se de facto a investigação e produção de provas nos crimes cibernéticos é feito


segundo os parâmetros legais.
1.8. Delimitação do Tema

Delimitação do tema é o estabelecimento de limites para a investigação, ou seja, trata-se de


uma especificidade onde incidirá a investigação” (Marconi e Lakatos, 2011).

1.8.1. Delimitação teórica

Incidirá sobre o ramo de Direito Público, no tocante a Direito Processual Penal (Formal ou
Adjectivo) e o Direito e criminal

1.8.2. Delimitação legal

O presente trabalho de pesquisa encontra amparo legal nos termos do código processual
penal e código penal.

1.8. 3. Delimitação espacial

O presente trabalho terá abrangência nacional, porém devidas as condições financeiras do


pesquisador, a pesquisa realizar-se-á na Província de Gaza, concretamente, a Cidade de
Xai-Xai.

2. REVISÃO CONCEPTUAL
Este capítulo consiste exclusivamente fazer a análise das bibliográficas publicadas no que
diz respeito ao tema em apreço e do que já foi escrito, bem como as lacunas existentes e
dar cunho científico ao tema.

Investigação Criminal

A investigação criminal tem por objeto o crime. Tem por objetivo a isenta apuração da
materialidade e autoria de um suposto crime ou contravenção penal mediante busca da sua
verdade fática e jurídica, com base em um juízo de probabilidade indiciária (Pereira,
2010).

O objetivo da investigação criminal é, assim, a descoberta da verdade formal aproximada e


corrigível, com a peculiaridade desta verdade ser ordinariamente retrospetiva, por dizer
respeito a factos passados (Tarricco, 2017).

Produção de Prova

Os meios de obtenção de prova são todos os instrumentos de que se servem as autoridades


judiciárias para investigar e recolher os meios de prova. Na perspetiva técnico-operativa os
meios de obtenção de prova caracterizam-se pelo modo e também pelo momento da sua
aquisição no processo, em regra nas fases preliminares (Silva, 2008).

As proibições de prova não constituem um obstáculo à “produção” da verdade no processo


penal, mas sim uma proteção à validade da instrução probatória do processo. Neste
sentido, os suportes técnicos, nomeadamente a aquisição de meios e de fontes de prova,
devem ser preservados, pelo facto de que apenas dessa maneira é possível assegurar à
defesa o conhecimento das fontes de prova (Perreira, 2010).

A aquisição de meios e fontes de prova é feita pelo rastreamento, tendo por base os
princícipios e limites plasmados na lei. O rastreamento das fontes de prova será uma tarefa
difícil, se alguma parcela dos elementos probatórios colhidos de forma encadeada vier a
ser destruída. A obrigação de estabelecer a cadeia de custódia incumbe à acusação
(Parreira 2015).

A prova legal tem como objetivo ultimo a demonstração da verdade dos factos, sobretudo
na “justificação da convicção sobre a existência de factos penalmente relevantes, que
constituem pressupostos da aplicação da lei” (Silva, 2008).

Crime

O crime vai consubstanciar em uma acção típica ilícita e culposa. (Beleza, 1998)

Crime é toda conduta típica, antijurídica ou ilícita e culpável, praticada por um ser
humano. (Santos, 2002)

(Santos, 2002) na sua definição vai mais longe que ao chamar a colação o agente do crime
de ser humano

Divergindo não muito dos dois primeiros posicionamentos, (Macie, 2018) vislumbra a
necessidade de distinguir crime de delitos conceituando-os da seguinte forma: Crimes são
todos os fatos antijurídicos a que se comina no mínimo uma pena privativa de liberdade de
um ano ou mais. E será delito o facto antijurídico a que comina no mínimo uma pena de
prisão preventiva de liberdade mais leve e inferior a um ano ou uma pena pecuniária.
(Macie, 2018)

Para o âmbito da nossa pesquisa a definição que mais se adequa é a do professor Santos,
que, assemelha-se mais a definição legal de que crime, plasmado no artigo 1º do Código
Penal, que vai ser todo facto voluntario declarado punível pela lei penal.

2.3. Ciberespaço

É comum a referência ao termo ciberespaço vir acompanhada de expressões como


realidade virtual, Internet-NET, redes telemáticas, Comunicação Mediada por
Computador-CMC, cibercultura e outros neologismos. Por vezes, algumas delas,
ciberespaço e NET principalmente, são tomadas como sinónimas ou correlatas. A
tendência dos autores citados acima, no entanto, é empregá-las como noções
interdependentes ou, no máximo, aparentadas. Nos limites do presente artigo, não caberia
uma discussão detalhada sobre cada uma delas. Em lugar disso, teceremos breves
comentários sobre as principais características que definiriam a noção de ciberespaço,
atentando para os pontos de interseção e fronteiras com outros conceitos (Gibson, 1984)

2.4. Crime cibernético

Os crimes virtuais também chamados de crimes digitais, crimes eletrónicos, ciber crimes,
crimes cibernéticos, entre outras nomenclaturas. São os nomes dados à atividade onde um
computador ou rede destes é utilizado como base para cometimento de crimes ou
facilitação para estes. Podendo se categorizar esses crimes de acordo com a sua forma de
cometimento: os crimes que são cometidos utilizando o computador como instrumento
para que se cometa a infracção e aqueles que o crime é cometido contra o aparelho em si, o
objecto é danificado ou violado de alguma forma focalizando-se na Internet, há dois pontos
de vista a considerar: crimes ou acções que merecem incriminação praticada por meio da
internet e crimes ou acções que merecem enquanto bem jurídico autónomo. (Jorge &
Wendt, 2012)

Crime de informática é aquele praticado contra o sistema de informática ou através deste,


compreendendo os crimes praticados contra o computador e seus acessórios e os
perpetrados através do computador. Inclui-se neste conceito os delitos praticados através
da internet, pois pressuposto para a cessar a rede é a utilização do computador. (Riziwane,
2015)
3. Cronograma

Descrição das 2023


actividades

Janeiro Fevereiro Março Abril

Revisão da X
Literatura

Aquisição do X
material

Colecta de X
dados no campo

Analise, X
discursão e
interpretação
dos dados

Elaboração da X
Monografia

Entrega da X
Monografia
4. Orçamento

O orçamento em seguida apresenta todos materiais e produtos que serão aplicados no


estudo, com um balanço dos preços em vigor no país, mas sem garantir a viabilidade
necessária, pois os preços oscilam e o custo aqui apresentado se reflecte a uma estimativa
geral

Categoria orçamental Custo unitário (MT) Quantidade Custo total (MT)

Credencial 200.00Mt 5 1000.00 Mt

Fotocópias de legislação ……. 4 500.00 Mt

Papel A4 350.00 Mt 1 resma 350.00 Mt

Transporte 24.00 Mt …….. 1000.00 Mt

Alimentação 150.00 Mt --------- 3.000.00 Mt

Fotocópias de manuais 300.00 Mt 3 1000.00 Mt

Impressão final da 450.00 Mt 3 1300.00 Mt


Monografia

Total 8. 750,00 Mt
5. Referências Bibliográficas

Legislações

Constituição da República de Moçambique actualizada pela Lei n °1/2018 de 12 de junho.

Código Penal aprovado pela Lei n° 24/2019 de 24 de dezembro.

Código Processual Penal aprovado pela Lei n° 25/2019 de 26 de dezembro.

Lei Orgânica do Ministério Público aprovada pela Lei n °4/2017 de 18 de Janeiro

Doutrina

Beleza, T. P (1998). Direito Penal. 1º Volume. 2ª ed. Revista e Actualizada. AAFDL.


Lisboa.

Correia, E. & Figueiredo, D. (1993). Direito Criminal. Coimbra: Almedina

Chuquela. A (2019).Crimes Informáticos – Desafios enfrentados pelas autoridades


judiciárias. Maputo: PGR.

Capaz, F. (2011).Curso de direito penal parte geral, 15ª edição, vol.1. saraiva editora.

Cervo, A. (2002). Metodologia cientifica. 5.ed. São Paulo: Prentice Hall.

Gil, A. C. (2002). Como elaborar projeto de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas

Gison, W. (1984), Neuromancer. New York: Ace Books,

Reis, A. S. (2021), Ciências criminais: estudos sobre o direito penal moçambicano, São
Paulo Liberars editoram.

Jerónimo, P. (2015). Liçcões de Direito Comparado. Portugal.

Macie, A. (2018). Direito Penal I, Textos de apoio, Maputo.


Mascarenhas, S. A. (2012). Metodologia Científica, São Paulo;

Marconi, M., & Lakatos, E. (2011). Metodologia de Trabalho Científico, 6ª edição, Editora
Atlas S.A, São Paulo.

Roesh, S. M. A. (1999). Projetos de estágio e de pesquisa em administração: guia para


estágios, trabalhos de conclusão, dissertações e estudos de caso. 2.ed. São Paulo: Atlas,

Severino, A. J. (2000). Metodologia do trabalho científico. 21. ed. São Paulo: Cortez.

Silva, G. (2008) Curso de Processo Penal II. 4ª Edição (revista e atualizada). Lisboa:
Editorial Verbo.

Tarificco, A. S. (2017). Investigação e prova nos crimes cibernéticos, São Paulo.

Teixeira, A. D. (2011). Escutas Telefónicas - Dos Conhecimentos da Investigação aos


Conhecimentos Fortuitos. Lisboa: Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança.

Perreira, E. S. (2010). Teoria de Investigação Criminal: Uma Introdução


JurídicoCientífica. São Paulo: Almedina.

Trivinos N. S. (1987). Introdução à pesquisa em ciência sociais: a pesquisa qualitativa em


educação. São Paulo: Atlas.

Went, J. (2012). Crimes cibernéticos: Ameaças e procedimentos de investigação. Rio de


Janeiro: Brasport.

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