Trabalho de Filosofia
Trabalho de Filosofia
Trabalho de Filosofia
Trabalho de Investigação
Disciplina: Filosofia
Classe: 12ª
Índice
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Introdução....................................................................................................................................4
1. As Falácias...............................................................................................................................5
2. Lógica Proposicional..............................................................................................................11
Conclusão...................................................................................................................................18
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Introdução
Introdução;
Desenvolvimento;
Conclusão.
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1. As Falácias
Designa-se por falácia um raciocínio errado com aparência de verdadeiro. Este vocábulo provém
do grego “fallere” (de falácia, enganar). Enquanto sujeitos falantes, cometemos frequentemente
erros que os ouvidos desatentos não descobrem imediatamente.
Tais erros ou falácias podem ser, por um lado, involuntários ou despropositados e, por outro,
propositados ou voluntários. As falácias que são cometidas involuntariamente designam-se por
paralogismos; as que são produzidas de forma a confundir alguém numa discussão designam-se
por sofismas. Assim, em qualquer falácia ocorrem dois elementos essenciais:
O erro oculto pode derivar da ambiguidade dos conceitos, de um salto desregrado do particular
para o geral, de uma tomada do relativo como absoluto, do parcial como total, do acidental como
essencial.
Existem muitos tipos de falácias, não havendo consenso quanto à sua classificação. Para efeitos
de nosso estudo vamos classificá-las em três grandes tipos:
São os seguintes:
» Falácia da composição - consiste em juntar palavras que devem ser tomadas separadamente.
Argumenta-se que um todo, considerado com entidade singular, tem certas características
porque cada uma das suas partes tem tais características. Por exemplo:
Sempre que se transfere um atributo de cada uma das partes para o todo não se distinguindo a
predicação distributiva da predicação colectiva corre-se o risco de argumentar falaciosamente.
» Falácia da divisão - esta falácia consiste em separar palavras que devem ser tomadas juntas.
Por isso, ela ocorre quando num argumento se transfere ilegitimamente um atributo do todo,
isto é, da classe, para as partes, para cada um dos membros da classe. Entretanto, nem sempre
esta transferência é ilegítima. Por exemplo:
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A Francisco Manyanga é uma das escolas prestigiadas do país. Logo, cada um dos alunos desta
escola é prestigiado.
» Falácia da falsa dicotomia - este tipo de falácia ocorre quando se reparte uma classe de
objectos em dois pólos que se supõe serem os únicos possíveis e incompatíveis, ignorando a
possibilidade de existência de uma alternativa a ambos. Esta falácia confunde opostos e
contraditórios, sendo por isso conhecida como a falácia do “ou tudo ou nada”. Por exemplo:
Os sofismas mentais podem resultar da uma dedução ou indução ilegítimas. Daí que, temos
sofismas de indução ilegítima e sofismas de dedução ilegítima.
Falácia de analogia - ocorre quando concluímos de um objecto para outro sem ter em
consideração as diferenças existentes entre eles, mas considerando apenas as suas semelhanças.
Exemplos:
As aves voam.
Falácia do acidental - esta falácia acontece quando tomamos o que é acidental pelo que é
essencial e vice-versa. É a generalização abusiva. Exemplos:
Falácia de ignorância da causa - ocorre quando tomamos por causa um simples antecedente ou
qualquer circunstância acidental. Por exemplo:
Falácia da enumeração imperfeita - verifica-se sempre que atribuímos ao todo aquilo que só é
verdadeiro de algumas partes. Por exemplo:
Este tipo de falácias resulta especificamente da falta de observância das regras formais dos
raciocínios dedutivos, com o também do facto de se ignorar a realidade.
Falácia da Conversão - ocorre quando se convertem proposições sem respeitar as regras. Por
exemplo:
O mendigo pede.
Falácia de Oposição - ocorre quando não são respeitadas as regras da oposição de proposições.
Por exemplo:
Falácia de dedução silogística - acontece quando não são respeitadas as regras do silogismo ou
se usa um esquema formal não válido. Por exemplo:
Círculo vicioso (ou petição de princípio) - Ocorre quando se pretende resolver uma questão
com a própria questão, ou seja, quando se supõe acordado ou provado precisamente o que está
em questão; apresenta-se como premissa o que só se justifica como conclusão. Exemplos:
A principal característica das falácias argumentativas é que elas parecem ter uma forma lógica,
mas apresentam algum tipo de erro no raciocínio, mas sempre com a forma argumentativa.
Esta falácia comete-se quando alguém tenta refutar o argumento de uma outra pessoa atacando
não o argumento, mas sim a própria pessoa. Em vez de uma contra-argumentação (oposição de
um argumento a outro) temos um ataque pessoal, ou seja, em vez de apresentar razões adequadas
ou pertinentes contra determinada opinião ou ideia, pretende-se refutar tal opinião ou ideia
censurando, desacreditando ou desvalorizando a pessoa que a defende.
Exemplo: “O senhor afirma estar inocente da acusação que pesa sobre si. Mas como acreditar no
homem cujo passado é melindroso”.
Esta falácia ocorre quando, por falta de razões convincentes ou pertinentes, se manipulam e
exploram sentimentos da audiência para fazer adoptar o ponto de vista de quem fala. O
“argumento” dirige-se a um conjunto de pessoas – “ao povo” – e tira partido de preconceitos,
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desejos e emoções para tornar persuasiva uma ideia ou uma conclusão para qual não se
encontram nem dados, nem provas nem argumentos racionais. Apela-se à emoção das pessoas,
não à sua razão.
De acordo com Luís Rodrigues, na sua obra “Introdução à Filosofia”, Plátano Editora, pág. 103,
o princípio que orienta quem recorre ao “argumentum ad populum” o de que aquilo que a
maioria das pessoas considera verdadeiro, valioso, agradável é verdadeiro, valioso e agradável. A
opinião da maioria toma o lugar da verdade. Este tipo de argumento falacioso é muito usado nas
campanhas eleitorais.
Exemplo: “Querem uma cidade sem lixo? Querem uma cidade com ruas não esburacadas?
Querem uma cidade com escolas para todos? Votem no partido X!”
A falácia do apelo à força verifica-se quando quem argumenta a favor de uma conclusão sugere
ou afirma que algum mal ou algum problema acontecerá a quem não a aceitar. Portanto, este tipo
de argumento baseiase em ameaças explícitas ou implícitas ao bem-estar físico e inclusive
psicológico do ouvinte ou do leitor, seja ele um indivíduo ou um grupo de indivíduos.
Exemplos:
“As minhas opiniões estão correctas porque mandarei prender quem discordar de mim”.
Esta falácia ocorre quando se argumenta que uma proposição é verdadeira porque não foi
provado que é falsa ou falsa porque não foi provado que é verdadeira.
Exemplos:
Ninguém, até hoje, provou que debaixo da terra há vida. Logo debaixo da terra não há vida.
Ninguém, até hoje, provou que debaixo da terra não há vida. Logo debaixo da terra há vida.
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Este tipo de falácia verifica-se quando alguém argumenta recorrendo a sentimentos de piedade e
de compreensão por parte da audiência de modo a que a conclusão ou afirmação defendida seja
aprovada. Mas convém notar que apelo à piedade ou “falar ao coração” não é, de forma alguma,
um modo racional de argumentação.
É o que acontece, como maior frequência, com alguns alunos, quando estes convencem os seus
professores a passá-los de classe, invocando razões comoventes.
2. Lógica Proposicional
A lógica proposicional recorre a uma linguagem simbólica para poder traduzir as proposições e
as suas relações, evitando, desta forma, ambiguidades que resultam do uso que se faz da
linguagem natural.
As variáveis;
As conectivas ou operadores lógicos;
Os parênteses (curvos e rectos) e as chavetas;
Os valores lógicos das preposições.
As conectivas lógicas ou operadores lógicos são partículas que designam às diferentes operações
lógicas. Tal como na aritmética elementar os símbolos “+”, “-“, “x” e “÷” designam diferentes
operações aritméticas, isto é operações sobre números, de igual modo as partículas “e”, “ou”,
“se... então...” e outras designam diferentes operações sobre valores de verdade.
As operações lógicas que se realizam com as conectivas são apresentadas mediante as tabelas de
verdade, onde é possível combinar todos os valores de verdade possíveis das proposições
conectadas. Dado que estamos perante a lógica bivalente, isto é, lógica que admite dois valores
de verdade, verdadeiro ou falso, concluímos que quatro são os casos possíveis.
“Catija estuda
Que valores de verdade assume esta proposição conjuntiva? Como dissemos, quatro são os casos
possíveis.
Negação (~ ou ¬)
Mas o que é a negação? A negação é um operador que, ao ligar-se a uma única proposição, a
torna falsa se é verdadeira e verdadeira se é falsa.
A negação é uma função de verdade porque basta saber se uma proposição qualquer p é
verdadeira ou falsa, para saber o valor de verdade que possui a nova proposição ~p.
Como uma proposição pode ter dois valores de verdade – verdadeiro (V ou 1) e falso (F ou 0) e,
como o valor lógico de cada proposição molecular, isto é, composta depende especificamente
dos valores lógicos das proposições simples atómicas, isto é, simples que a compõem, podemos
construir uma tabela de verdade para a negação na qual se relacionam os valores de verdade
possíveis para a proposição p e para a sua negação: ~p.
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Conjunção ( Λ ou & ou .)
Trata-se de duas proposições simples ou atómicas que podemos simbolizar pelas variáveis p e q.
Podemos combinar estas proposições recorrendo o conector “e” (Λ) por forma a obtermos uma
nova proposição, proposição molécula ou seja composta.
Assim teremos: “Mataka está doente e vai ao médico”. Aqui, as duas proposições estão ligadas
por conjunção. A conjunção liga duas ou mais proposições pela conectiva “e” representada pelo
símbolo Λ (ou & ou .). A proposição resultante:
“Mataka está doente e vai ao médico” pode ser representada da seguinte forma: p Λ q (podendo-
se ler “p e q”).
A conjunção é verdadeira se e somente se as duas proposições forem verdadeiras. Basta que uma
proposição seja falsa para que a conjunção seja falsa.
Se a proposição “Mataka está doente” é verdadeira assim como “Mataka vai ao médico”, quer
dizer que a proposição “Mataka está doente e vai ao médico” é verdadeira.
Disjunção (V)
A disjunção é a operação que expressa uma alternativa, que na linguagem corrente se traduz pela
partícula “ou” e na lógica matemática se simboliza por V.
Disjunção Inclusiva – que na linguagem comum identifica-se com a expressão e/ou e cujo
símbolo V (ou no sentido inclusivo).
A disjunção inclusiva é falsa quando as duas proposições que a conecta são falsas. Basta que
uma das proposições simples seja verdadeira para que a disjunção seja verdadeira.
Assim, a proposição “Está sol ou a temperatura está agradável” é verdadeira nos seguintes casos:
Diz-se que uma disjunção é exclusiva quando as proposições simples que a conectam se excluem
mutuamente, ou seja quando a verdade duma implica necessariamente a falsidade da outra. Ou
seja a proposição p w q é verdadeira se p e q tiverem valores distintos e falsa nos outros casos,
isto é, só poderá ser verdadeira se e só se uma das proposições for verdadeira e outra falsa e, será
falsa caso as proposições simples forem ambas verdadeira.
Por isso, quando se enuncia proposições complexas ou seja moleculares como “Está frio ou está
calor”, “ Estou vivo ou estou morto” não se admite que as proposições atómicas ou seja simples
sejam simultaneamente verdadeira.
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Pois, é inaceitável senão absurdo que o tempo esteja frio e calor ou que alguém esteja vivo e
morto, simultaneamente.
Com uma implicação afirmamos que se a proposição “p”, o antecedente, for verdadeira também
a proposição “q”, o consequente, será verdadeira.
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Pois, a fórmula “p→q” significa, de forma popularista, que não há “p” sem “q”. Por isso, a
implicação só resulta falsa caso o antecedente for verdadeiro e o consequente falso.
Conclusão
Chegando ao fim do presente trabalho, tomei nota que as falácias constituem um raciocínio
errado com aparência de verdadeiro, e que este pode ser despropositados, ou seja, involuntário,
ou propositados, ou seja, voluntario.
Porém, notei que existem muitos tipos de falácias, sendo que no presente trabalho destacamos
três grandes tipos: sofismas verbais, lógicas e falácias de argumentação.
Também, constatei que a lógica proposicional recorre a linguagem simbólica para poder traduzir
as proposições e as suas relações. Foi da minha clara visão que as conectivas lógicas são
partículas que designam diferentes operações lógicas e algumas delas são: “e”, “ou”, “se…
então…”.
Finalmente, percebe que as tabelas de verdade apresentam as operações lógicas que se realizam
com as conectivas. Contudo, notei que nas tabelas de verdade é possível combinar todos os
valores de verdade das proposições conectadas.