Estudos Preliminares
Estudos Preliminares
Estudos Preliminares
A fase preliminar é composta de algumas etapas que serão descritas nos tópicos a
seguir (BRASIL, 2006).
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Obra-de-arte: Designação tradicional de estruturas, tais como pontes, viadutos, túneis, muros de arrimo e
bueiros, necessários à implantação de uma via (BRASIL, 1997).
Segundo Brasil (1997), uma diretriz consiste numa projeção ortogonal do eixo da
plataforma de uma via em plano horizontal, sendo denominada diretriz ideal a linha reta que
liga dois pontos extremos de uma estrada a ser projetada.
Para Macedo (2000), a diretriz geral consiste em uma reta que liga os pontos extremos
da estrada (pontos A e B), conforme demonstra a figura 1. A diretriz parcial, por sua vez, liga
dois pontos obrigatórios intermediários. A cidade C e o porto D correspondem a pontos
obrigatórios de passagem de condição determinados pelo órgão responsável pela construção
levando em conta fatores políticos, econômicos, sociais, entre outros. A garganta G e o ponto
E correspondem aos pontos obrigatórios de passagem de circunstância, os quais são
definidos por fatores técnicos (melhores condições de tráfego ou menores custos) durante a
fase de reconhecimento.
De acordo com Brasil (2006), para identificação das possíveis diretrizes devem ser
observadas algumas condicionantes existentes, projetadas ou planejadas relativas ao uso do
solo, rede de serviços públicos, controles geográficos, geotécnicos e ainda, à utilização
conjunta de faixas de domínio2.
Conforme Brasil (2006), nesta etapa, serão estabelecidos alguns critérios como:
a) Número de pistas e faixas de cada subtrecho; velocidade diretriz;
b) Largura da faixa de rolamento, acostamento e canteiros; grau de acesso e sua
forma de controle; superelevação máxima;
c) Gabaritos verticais e horizontais mínimos;
d) Veículos de projeto;
e) Declividade transversal da pista em tangente;
2Faixa de domínio: Base física sobre a qual assenta uma rodovia até o alinhamento das cercas que separam a
estrada dos imóveis marginais ou da faixa do recuo (BRASIL, 1997).
Projeto Geométrico de Vias – Professora Zuleide Alves Ferreira
f) Características da transição da superelevação;
g) Medidas de favorecimento do transporte coletivo quando aplicáveis.
De acordo com Brasil (2006), após os estudos da fase preliminar, será selecionado,
dentre os traçados alternativos, o que mais atende aos objetivos do projeto.
1.2.1 Aspectos a serem considerados
d) Obras de arte especial3: Neste estudo, deve ser prevista a necessidade de pontes,
viadutos, passarelas, muros de arrimo de maior porte.
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Obra-de-arte especial: Estrutura, tal como ponte, viaduto ou túnel que, pelas suas proporções e
características peculiares, requer um projeto específico. Da mesma forma uma obra-de-arte corrente consiste
numa obra-de-Arte de pequeno porte que normalmente se repete ao longo da estrada, obedecendo geralmente
a projeto padronizado.
Projeto Geométrico de Vias – Professora Zuleide Alves Ferreira
e) Faixa de domínio: Nesta etapa, deve ser feita uma estimativa de custos com a
desapropriação na faixa de domínio para cada traçado alternativo, baseada no levantamento
de preços de mercado para os terrenos e construções dentro da faixa de domínio.
f) Pavimentação: Esta tarefa tem como objetivo a definição dos tipos genéricos de pavimento
(rígido ou flexível) com base nos resultados dos estudos de geologia e geotécnica, bem como
de drenagem e necessidades de tráfego.
h) Outros itens: Nesta etapa devem ser considerados todos os elementos que possam
influenciar nos custos do projeto: sinalização, defensas, paisagismo e urbanização,
instalações vinculadas à operação da rodovia (postos de polícia, de pesagem ou de
estatística de trânsito, residências), conforme orientação e definição por parte do DNIT.
i) Plano funcional definitivo: Este plano está relacionado a trechos viários já implantados,
onde deverá ser definida a necessidade e locais de acessos; estabelecidos o padrão e a
configuração de interseções; determinada a necessidade de vias marginais; tomadas em
consideração as necessidades de atendimento ao fluxo de pedestres e ao transporte coletivo,
entre outros.
REFERÊNCIAS
MACEDO, Edivaldo Lins. Noções de topografia para projeto rodoviário. 2000. Disponível
em: <http://topografiageral.com.br/Nocoes/index.php>. Acesso em: 22 abr. 2016.