Este documento discute vários conceitos relacionados à psicopatologia da percepção, incluindo sensação, percepção, ilusão, alucinação, alucinose e pseudoalucinação.
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Psicopatologia
Profa. Dra. Carla Soares
O fenômeno elementar gerado por estímulos físicos, químicos ou biológicos variados, originados fora ou dentro do organismo, que produzem alterações nos órgãos receptores, estimulando-os.
É considerada um fenômeno passivo; estímulos físicos (luz,
som, pressão) ou químicos atuam sobre sistemas de recepção do organismo. A tomada de consciência, pelo indivíduo, do estímulo sensorial.
Fenômeno ativo; é o produto ativo, criativo e pessoal de
experiências que partem de estímulos sensoriais, mas são recriadas na mente de quem percebe algo.
Vários psicopatólogos preferem não separar a sensação da
percepção e denominam o fenômeno de sensopercepção. O elemento básico do processo de sensopercepção é a imagem perceptiva real, ou simplesmente “imagem”.
A representação (ou imagem representativa, ou mnêmica) se
caracteriza por ser apenas uma revivescência de uma imagem sensoperceptiva determinada, sem que esteja presente o objeto original que a produziu.
A imaginação é uma atividade psíquica, geralmente voluntária,
que consiste na evocação de imagens percebidas no passado (imagem mnêmica) ou na criação de novas imagens (imagem criada). Hiperestesia - condição na qual as percepções encontram-se anormalmente aumentadas em sua intensidade ou duração (intoxicações por alucinógenos, em algumas formas de epilepsia e na enxaqueca).
Hiperpatia (neuro)- uma sensação desagradável (geralmente de
queimação dolorosa) é produzida por um leve estímulo da pele.
Hipoestesia - percepções anormalmente reduzidas; ex: as cores tornam-
se mais pálidas e sem brilho; os alimentos não têm mais sabor; e os odores perdem sua intensidade (depressão grave). Hipoestesias táteis (neuro)- alterações localizadas em territórios cutâneos de inervação anatomicamente determinada
Anestesias táteis; analgesias
Anestesias, hipoestesias e analgesias em áreas que não
correspondem a territórios de nervos anatomicamente definidos em geral são de causa psicogenética, com fatores emocionais em sua base. Parestesias são sensações táteis desagradáveis (embora não sentidas propriamente como dor) “formigamentos, adormecimentos, picadas, agulhadas ou queimação” mais ou menos intensas.
As disestesias táteis são sensações anômalas, em geral
dolorosas, desencadeadas por estímulos externos; ILUSÕES
Percepção deformada, alterada, de um objeto real e presente.
Na ilusão, há sempre um objeto externo real, gerador do
processo de sensopercepção, mas tal percepção é deformada, adulterada, por fatores patológicos diversos.
Ilusões visuais e auditivas são mais comuns
ILUSÕES
Ocorrem basicamente em três condições:
1. Estados de rebaixamento do nível de consciência.
2. Estados de fadiga grave ou de inatenção marcante.
3. Alguns estados afetivos. Por sua acentuada intensidade, o
afeto pode deformar o processo de sensopercepção, gerando as chamadas ilusões catatímicas. ALUCINAÇÕES
Percepção clara e definida de um objeto (voz, ruído, imagem) sem a
presença de objeto estimulante real.
Em populações não clínicas podem implicar formas atenuadas, ainda sem
expressão clínica, de psicoses, fases pré-clínicas que precedem o eclodir de psicoses.
Podem estar associadas a ansiedade e depressão, ou, ainda, não ter
qualquer significado clínico, e sim significados culturais.
Humor e emoções negativas, ansiedade, estresse e disforias em geral
têm o poder de desencadear as alucinações em pessoas vulneráveis. ALUCINAÇÕES
As alucinações visuais são visões, muitas vezes nítidas, que o paciente
experimenta, sem a presença de estímulos visuais.
Alucinações visuais simples;
Alucinações visuais complexas, ou configuradas
ALUCINAÇÕES
Alucinações audioverbais ocorrem com maior frequência nos transtornos
do espectro da esquizofrenia, com o paciente tendo convicção marcante da realidade das vozes que ouve.
Também ocorrem nos transtornos do humor: vozes com conteúdo de
grandeza ou místico-religioso no episódio de mania; vozes com conteúdo negativo, de ruína ou culpa na depressão grave. ALUCINAÇÕES
As alucinações visuais podem ocorrer tanto em estados normais e
fisiológicos como em estados de adormecimento (alucinações hipnagógicas) ou na fase de despertar do sono (alucinações hipnopômpicas) e em estados de fadiga e de emoção intensa.
Embora possam se manifestar em condições normais e em transtornos
mentais como a esquizofrenia, são mais frequentes em quadros neurológicos e neuropsicológicos (demência de corpos de Lewy, Doença de Parkinson). ALUCINAÇÕES
Alucinações táteis - paciente sente espetadas, choques ou insetos ou
pequenos animais correndo sobre sua pele.
As alucinações táteis com pequenos animais ou insetos geralmente
ocorrem associadas ao delírio de infestação (esquizofrenia, delirium tremens e psicoses tóxicas)
Alucinações olfativas - “sentir” o odor de coisas podres, de cadáver, de
fezes, de pano queimado, gás, gasolina, etc. (esquizofrenia e em epilepsia do lobo temporal, geralmente precedendo as crises epilépticas generalizadas; precedendo crises de enxaqueca) ALUCINAÇÕES
Alucinações cenestésicas - sensações incomuns e claramente anormais
em diferentes partes ou órgãos do corpo, como sentir o cérebro encolhendo, o fígado despedaçando, ou as mãos se esfarelando.
Alucinações cinestésicas - sensações alteradas de movimentos do corpo,
como sentir o corpo afundando, as pernas encolhendo ou um braço se elevando (Ey, 2009/1973). ALUCINAÇÕES
Alucinações cenestésicas e cinestésicas ocorrem principalmente na
esquizofrenia.
As ocorrências em que se percebem os órgãos encolhendo ou sumindo
se dão sobretudo em depressões graves, esquizofrenia ou transtornos psico-orgânicos.
Delírio de Cotard*
Alucinações somáticas X delírios somáticos (observar qual aspecto
prenomina, a sensoércepção ou as ideias)* ALUCINOSES
Fenômeno pelo qual o paciente percebe a experiência alucinatória como
estranha a sua pessoa.
Psicopatólogos franceses Henri Charles Jules Claude (1869-1945) e Henri
Ey (1900-1977) afirmavam que a característica das alucinoses é serem adequada e imediatamente criticadas pelo sujeito, reconhecendo seu caráter patológico. PSEUDOALUCINAÇÕES
Alterações das representações;
Fenômeno que, embora se pareça com a alucinação, dela se afasta por
não apresentar os aspectos vivos e corpóreos de uma imagem perceptiva real.
A pseudoalucinação apresenta mais as características de uma imagem
representativa, de uma representação.
Na pseudoalucinação, a voz (ou imagem visual) percebida é pouco nítida,
de contornos imprecisos, sem vida e sem corporeidade.