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PDM Chaves

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11146 Diário da República, 2.ª série — N.

º 76 — 18 de abril de 2018

Referência B: Mais certifica que a ata referente a este Ponto da Ordem de Trabalhos
foi aprovada em forma de minuta para seguimento imediato.
Presidente — Chefe de Serviços, Clementina de Fátima Bidarra Pinto Por ser verdade é passada a presente certidão que vai ser assinada e
de Castro autenticada com o carimbo a óleo existente nesta Assembleia Municipal.
1.º Vogal Efetivo — Técnico Superior, Jorge Manuel Leandro Paiva
Costa Neves Gabinete da Assembleia Municipal de Chaves, 02 de março de
2.º Vogal Efetivo — Chefe de Serviços, Abílio Gonçalo Ribeiro do 2018. — O Presidente da Assembleia Municipal, Dr. Altamiro da Res-
Brito surreição Claro.
1.º Vogal Suplente — Encarregado Operacional, Luís Manuel Dias
Martins Plano Diretor Municipal de Chaves
2.º Vogal Suplente — Assistente Técnica, Sílvia Cristina Rufino Bento
Correia Extrato das alterações introduzidas

20 — Nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 19.º da Portaria As alterações do texto do regulamento do PDM consistem em alte-
rações, revogações e aditamentos de alguns artigos.
n.º 83-A/2009, 22 de janeiro, na sua atual redação, o presente aviso será
Os artigos 15.º, 18.º, 19.º, 20.º, 22.º, 23.º, 24.º, 25.º, 38.º, 55.º, 58.º,
publicitado na Bolsa de Emprego Público (www.bep.gov.pt), no 1.º dia 59.º, 73.º e Anexo n.º 5 passam a ter a seguinte redação:
útil seguinte à presente publicação do Diário da República, no página
oficial do Município de Castro Marim (www.cm-castromarim.pt) e por
«Artigo 15.º
extrato, no prazo máximo de três dias úteis contados da mesma data,
num jornal de expansão nacional. [...]
21 — Em cumprimento da alínea h) do artigo 9.º da Constituição de 1 — [...]
República Portuguesa, “a Administração Pública, enquanto entidade 2 — [...]
empregadora, promove ativamente uma política de igualdade de oportu- 3 — [...]
nidades entre homens e mulheres no acesso ao emprego e na progressão 4 — [...]
profissional, providenciando escrupulosamente no sentido de evitar toda 4A — Excetuam-se do número anterior as parcelas em contiguidade
e qualquer forma de descriminação”. com solo urbano ou com áreas que tenham adquirido características
2 de abril de 2018. — O Presidente da Câmara, Dr. Francisco Augusto semelhantes àquele através de ações de urbanização ou edificação e
Caimoto Amaral. desde que o município considere que as soluções propostas asseguram
311245402 uma correta articulação formal e funcional com o solo urbano e não
prejudiquem o ordenamento urbanístico da área envolvente e sobrante;
5 — [...]
Aviso (extrato) n.º 5232/2018 Artigo 18.º
Avaliação final relativa ao período experimental do trabalhador [...]
em contrato de trabalho 1 — São passíveis de edificabilidade avulsa as parcelas ou lotes
em funções públicas por tempo indeterminado pertencentes a qualquer das categorias integrantes da classe 1 que
Para os efeitos do disposto no n.º 5 do artigo 46.º da Lei Geral do cumpram as seguintes condições, sem prejuízo de quaisquer outros
Trabalho em Funções Publicas, aprovada pela Lei n.º 35/2014, de 20 de condicionamentos legais aplicáveis a cada caso e do disposto nos
junho, torna-se público que, de acordo com o processo de avaliação n.os 4 e 4A do Artigo 15.º:
elaborado nos termos do disposto nos n.os 3 e 4 do artigo 46.º da referida a) [...]
lei, que se encontra arquivado no respetivo processo individual, foi b) Quando não seja possível a ligação às redes públicas, permiti-
concluído com sucesso o período experimental do Assistente Técnico, rem a instalação de sistemas individuais de redes de abastecimento
Vitor Miguel Correia Gonçalves. e drenagem e de modo a possibilitar a futura ligação destas às redes
2 de abril de 2018. — O Presidente da Câmara, Dr. Francisco Augusto públicas;
Caimoto Amaral. c) (Revogada.)
311245419 d) [...]

2 — [...]
Artigo 19.º
MUNICÍPIO DE CHAVES
Regras de edificabilidade
Aviso n.º 5233/2018 1 — A edificabilidade em lotes ou parcelas constituídos ao abrigo de
projetos de ordenamento urbanístico ou operações de loteamento plena-
Alteração e Republicação do Regulamento mente eficazes rege-se pela disciplina instituída por estes instrumentos.
do Plano Diretor Municipal de Chaves 2 — [...]
Nuno Vaz Ribeiro, Presidente da Câmara Municipal de Chaves, torna a) A edificabilidade de um dado prédio, dada pela área bruta de cons-
público que a alteração do Plano Diretor Municipal (PDM) de Chaves foi trução, é função do cumprimento da moda da cércea e dos alinhamentos
aprovada em sessão da Assembleia Municipal realizada no pretérito dia e recuos dominantes existentes e a manter na frente urbana em que se in-
28 de fevereiro, sob proposta da Câmara Municipal em reunião realizada sere o prédio tal como é disposto no artigo 26.º, considerando-se como:
em 22 de fevereiro, tendo por base a Informação n.º 6/SPMOT/2018, i) Moda da cércea — a cércea que apresenta maior extensão ao
de 15 de fevereiro. longo de uma frente urbana;
A alteração aprovada incide apenas sobre algumas disposições do Re- ii) Frente urbana — superfície, em projeção vertical, definida pelo
gulamento do plano. Neste sentido, nos termos e para os efeitos previstos conjunto das fachadas dos edifícios confinantes com uma dada via
no artigo 191.º do Decreto-Lei n.º 80/2015 de 14 de maio, publicam-se, pública e compreendida entre duas vias ou espaços públicos sucessivos
em anexo, a deliberação da Assembleia Municipal e a republicação do que nela concorrem;
regulamento do Plano Diretor Municipal de Chaves.
26 de março de 2018. — O Presidente da Câmara Municipal, Nuno a1) Nas situações em que não seja possível definir uma moda da
Vaz Ribeiro. cércea ou um alinhamento dominante, a edificabilidade é condicionada
pelos seguintes parâmetros:
Deliberação
i) Categoria 1.1 — cidade de Chaves:
Altamiro da Ressurreição Claro, Presidente da Assembleia Municipal
do Concelho de Chaves. Ic ≤ 1,2 m2/m2;
Certifica, que a Assembleia Municipal de Chaves, reunida em sessão Cércea máxima ≤ 20 m;
ordinária, no dia 28 de fevereiro de 2018, aprovou por maioria com 2 abs- Número máximo de pisos ≤ 6;
tenções o Ponto 12 da Ordem de Trabalhos: Procedimento de alteração
do Plano Diretor Municipal de Chaves: — divulgação dos resultados ii) Categoria 1.2 — vila de Vidago:
da discussão pública; — Aprovação da versão final do Regulamento do Ic ≤ 1,0 m2/m2;
Plano. — Informação da Divisão de Gestão e Ordenamento do Território Cércea máxima ≤ 14 m;
da Sra. Arq.ª Ana Augusto datada de 15.02.2018. Número máximo de pisos ≤ 4;
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iii) Categoria 1.3 — outros aglomerados: iv) Categoria 1.4 — áreas periurbanas de Chaves:
Ic ≤ 0,8 m2/m2; Ic ≤ 0,5 m2/m2.
Cércea máxima ≤ 7,5 m; Cércea máxima ≤ 7,5 m;
Número máximo de pisos ≤ 2; Número máximo de pisos ≤ 2.

iv) Categoria 1.4 — áreas periurbanas de Chaves: 2) (Revogado.)


2 2 3) Nas operações relativas a terrenos situados em espaços da ca-
Ic ≤ 0,5 m /m . tegoria 1.4 deve ser dado cumprimento ao disposto artigo anterior,
Cércea máxima ≤ 7,5 m; com as seguintes adaptações e adendas:
Número máximo de pisos ≤ 2.
a) [...]
b) (Revogada.) b) As faixas non aedificandi mencionadas no n.º 4 do artigo anterior
c) (Revogada.) serão, em número e localização, as necessárias para garantir que da
d) A área total de implantação das edificações previstas, incluindo constituição dos lotes para a construção não resultem, nas traseiras
anexos, não poderá exceder os seguintes valores em relação à área dos mesmos, parcelas agrícolas encravadas ou sem possibilidade de
da parcela integrada nesta classe: futura ligação autónoma à via pública;
c) (Revogada.)
i) 80 % para as categorias 1.1 e 1.2;
ii) 65 % para as restantes categorias; 4) [...]
Artigo 22.º
e) A área de solo impermeabilizado pelas edificações, anexos,
pátios e outros recintos exteriores pavimentados não poderá ex- [...]
ceder os seguintes valores em relação à parcela integrada nesta (Revogado.)
classe:
i) 85 % para as categorias 1.1 e 1.2; Artigo 23.º
ii) 75 % para as restantes categorias; [...]
f) (Revogada.) [...]
g) As disposições constantes das alíneas d) e e) anteriores não são 1) [...]
exigíveis nas áreas a submeter a planos de salvaguarda e valorização 2) Os valores dos índices de construção máximos de qualquer zona
ou quando se tratar de parcelas localizadas em núcleos consolidados instituída pelos planos não podem exceder os indicados no n.º 1 do
dos aglomerados que possuam uma área inferior a 250 m2. artigo 20.º, conforme a categoria de espaços em que se localize a área
de intervenção, exceto nas seguintes situações:
2A — Os valores estabelecidos no número anterior poderão ser
a) Quando se trate de edificações em parcelas situadas em áreas a
ultrapassados nas seguintes condições:
submeter a planos de salvaguarda e valorização, em centros históri-
a) Quando se trate de edificações em parcelas situadas em cos ou em núcleos tradicionais dos aglomerados rurais, desde que o
áreas a submeter a planos de salvaguarda e valorização, em município reconheça que tal se justifica por razões de integração na
centros históricos ou em núcleos tradicionais dos aglomerados envolvência ou de coerência formal da imagem urbana;
rurais, desde que o município reconheça que tal se justifica por b) Nos casos mencionados na alínea anterior, a edificabilidade
razões de integração na envolvência ou de coerência formal da máxima a autorizar será a que resulta da aplicação do valor médio dos
imagem urbana; Ic correspondentes às edificações existentes nas parcelas contíguas da
b) Nos casos em que se aplique o mecanismo de transferência de parcela em causa ou a que for permitida ou estiver estabelecida em
capacidade construtiva previsto no artigo 25.º plano de salvaguarda e valorização, quando plenamente eficaz;
c) Nos casos em que se aplique o mecanismo de transferência de
3 — [...] capacidade construtiva previsto no artigo 25.º;
4 — Independentemente de se tratar de construção avulsa, opera- d) Nas situações de tecidos urbanos consolidados ou em consolida-
ções de loteamento, projetos de ordenamento urbanístico ou planos ção, em que a edificabilidade é regida por critérios morfo-tipológicos
de urbanização, na edificação em parcelas pertencentes à catego- definidos pelos tecidos e edificações existentes.
ria 1.4 — áreas periurbanas de Chaves, só poderão edificar-se mo-
radias unifamiliares isoladas, em que a implantação das edificações Artigo 24.º
garantirá a existência de uma faixa non aedificandi com uma largura [...]
mínima de 5 m que permita estabelecer ligação autónoma da via pú-
blica às áreas agrícolas situadas para além das parcelas destinadas a [...]
edificação, viabilizando futuras infraestruturas de apoio às atividades 1) [...]
agrícolas, e em cumprimento do disposto no artigo 17.º 2) [...]
a) Os estabelecidos no n.º 1 do artigo 20.º correspondentes à cate-
Artigo 20.º goria de espaços onde se localiza a área de intervenção, quando esta
[...] não estiver disciplinada por plano de urbanização;
b) [...]
[...]
1) [...] 3) Excetuam-se do disposto no número anterior:
a) [...] a) Os casos de planos de salvaguarda e valorização de centros
b) Nos restantes casos: históricos ou núcleos tradicionais dos aglomerados, se tal se mostrar
imprescindível para a manutenção das características dominantes do
i) Categoria 1.1 — cidade de Chaves: conjunto edificado;
Ic ≤ 1,2 m2/m2; b) Os casos em que se aplique o mecanismo de transferência de
capacidade construtiva previsto no artigo 25.º
Cércea máxima ≤ 20 m;
Número máximo de pisos ≤ 6; 4) (Revogado.)
5) [...]
ii) Categoria 1.2 — vila de Vidago: 6) [...]
Ic ≤ 1,0 m2/m2; Artigo 25.º
Cércea máxima ≤ 14 m;
Número máximo de pisos ≤ 4; [...]
[...]
iii) Categoria 1.3 — outros aglomerados:
1) [...]
Ic ≤ 0,8 m2/m2; 2) [...]
Cércea máxima ≤ 7,5 m; 3) [...]
Número máximo de pisos ≤ 2; 4) [...]
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5) (Revogado.) Artigo 73.º


6) (Revogado.) Regime transitório
7) [...]
8) (Revogado.) (Revogado.)
9) [...]
Artigo 38.º ANEXO N.º 5
[...]
[...]
1 — [...]
2 — Estes empreendimentos, com exceção dos parques de cam- 1 — [...]
pismo e de caravanismo, terão de cumprir as seguintes exigências, 2 — [...]
cumulativamente com os requisitos gerais estipulados no n.º 2 do 2.1 — [...]
artigo 35.º: 2.2 — [...]
a) (Revogada.) a) [...]
b) [...] b) São ainda admitidos usos que permitam instalar equipamentos
c) [...] de utilização coletiva de apoio à melhoria da urbanidade do PEC,
incluindo unidades de investigação tecnológica de iniciativa pública
3 — Os parques de campismo e de caravanismo terão de res- ou privada, estabelecimentos hoteleiros, de restauração, de bem-estar
peitar os requisitos gerais estabelecidos no n.º 2 do artigo 35.º e desporto e equipamentos sociais.
e localizar-se-ão de modo a cumprir o afastamento referido na c) [...]
alínea c) do n.º 2 do artigo anterior, só sendo autorizadas no- d) [...]
vas edificações se se destinarem exclusivamente a instalações de e) [...]
apoio ao funcionamento do parque e se cumprirem o disposto nas f) [...]
alíneas b), d), e) e f) do preceito atrás mencionado. g) [...]

Artigo 55.º 3 — [...]»


Estabelecimentos hoteleiros e aldeamentos turísticos O artigo 70.º-A é aditado ao regulamento:
1 — A instalação de estabelecimentos hoteleiros ou de aldeamentos
ou conjuntos turísticos fora dos espaços urbanos e urbanizáveis só é «Artigo 70.º-A
admissível desde que o município reconheça o interesse público do Regularizações no âmbito do RERAE
empreendimento ou o seu interesse para o desenvolvimento local, e
o mesmo se localize em espaço florestal ou em espaço agroflorestal As operações urbanísticas que se enquadrem no regime extraordi-
comuns. nário de regularização de atividades económicas e cujas atividades
2 — [...] económicas tenham obtido decisão favorável ou favorável condi-
cionada tomada em conferência decisória, podem ficar dispensadas
Artigo 58.º do cumprimento, parcial ou integral, das prescrições do PDM que
[...] lhe sejam aplicáveis, nos termos definidos nas respetivas atas das
conferências decisórias.»
1 — [...]
2 — Às componentes edificadas referentes a estabelecimentos ho- Os artigos 29.º-A e respetivo Anexo n.º 5, bem como o Artigo 36.º
teleiros ou de aldeamentos turísticos aplicam-se as disposições sobre são introduzidos no corpo do regulamento, uma vez estarem publica-
edificabilidade em espaço rural a seguir mencionadas: dos em documentos autónomos, no âmbito de anteriores alterações do
a) (Revogada.) regulamento do PDM.
b) [...]
c) [...] Plano Diretor Municipal de Chaves
3 — Os parâmetros de edificabilidade estabelecidos na alínea b) Alteração do regulamento
do n.º 2 deste artigo poderão ser ultrapassados desde que sejam ob-
servadas as seguintes condições cumulativas: Nota Justificativa
a) Quando se trate de parcelas com área igual ou inferior a Tendo por referência as atribuições do Município no domínio do
10 000 m2; “Ordenamento do território e urbanismo”, estabelecidas na alínea n)
b) Tais parcelas estejam situadas na contiguidade dos perímetros do n.º 2 do artigo 23.º do Anexo I (a que se refere o n.º 2 do artigo 1.º)
urbanos e seja garantida a sua integração no tecido urbano consolidado da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, que aprovou o regime jurídico
existente na envolvente; das autarquias locais, bem como a correlação de competências previstas
c) Os parâmetros de edificabilidade passam a ter os seguintes na referida Lei entre a Assembleia Municipal e a Câmara Municipal,
valores máximos: designadamente na alínea r) do n.º 1 do artigo 25.º e na alínea a) do n.º 1
i) Índice de utilização: 0,8 m2/m2; do artigo 33.º, bem como o estabelecido no n.º 1 do artigo 90.º do Regime
ii) Número de pisos acima da cota de soleira: 3; Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, aprovado pelo Decreto-
iii) Percentagem de impermeabilização do solo: 30 %. -Lei n.º 80/2015, de 14 de maio, sob proposta da Câmara Municipal,
aprovada em reunião de 22 de fevereiro de 2018 a Assembleia Municipal
4 — Às componentes edificadas referentes a restaurantes, discote- de Chaves deliberou aprovar, em sessão realizada em 28 de fevereiro de
cas ou estabelecimentos afins e a instalações desportivas ou de recreio 2018, a alteração do Plano Diretor Municipal de Chaves.
e lazer aplicam-se as disposições constantes do n.º 2. A necessidade de iniciar um procedimento de alteração do Plano
Diretor Municipal (PDM), em simultâneo e em articulação com o pro-
cedimento de revisão deste plano a decorrer atualmente, fundamentou-se
Artigo 59.º essencialmente no facto de as Medidas Preventivas estabelecidas por
[...] motivo de revisão do PDM de Chaves, publicadas no Diário da Repú-
blica, 2.ª série, n.º 107, de 04-06-2014, através do Aviso n.º 6779/2014,
1 — [...]
prorrogadas igualmente no Diário da República, 2.ª série, n.º 143, de
2 — [...]
27-07-2016, através do Aviso n.º 9339/2016, caducarem em 27 de julho
a) [...] de 2017.
b) [...] A caducidade das Medidas Preventivas representou a repristinação
c) [...] das disposições regulamentares do PDM suspensas durante o seu prazo
d) Estabelecimentos hoteleiros e aldeamentos turísticos; de vigência, consideradas desajustadas da realidade urbanística atual e
e) [...] que dificultavam, em muitos casos, a necessária operatividade do plano,
causando alguns constrangimentos na sua aplicação, tanto por parte
3 — [...] dos técnicos da Câmara Municipal que intervêm na gestão urbanística
4 — [...] do território, quer por parte dos agentes de transformação do território.
Diário da República, 2.ª série — N.º 76 — 18 de abril de 2018 11149

Acrescia o facto de algumas dessas disposições suspensas não se encon- artigo 32.º do Decreto-Lei n.º 448/1991, de 29 de novembro, no que
trarem ratificadas pela Resolução de Conselho de Ministros n.º 12/95, se refere à exigência de compensações pelo excesso de coeficiente de
de 12 de janeiro, que deu origem à publicação do Regulamento do ocupação do solo autorizado.
PDM de Chaves no Diário da República — em concreto, os n.os 5), 6) Importa ainda referir que as disposições constantes dos artigos 7.º,
e 8) do artigo 25.º n.º 4, 13.º, n.º 4, 19.º, alínea c), 24.º, n.º 3, e do corpo do artigo 25.º
Por essa razão, em reunião da Câmara Municipal realizada em 15 configuram alterações às regras constantes do Plano Diretor Municipal,
de maio de 2017 foi deliberado iniciar o procedimento de alteração do pelo que terão de respeitar as formas de alteração de planos previstas
regulamento do Plano Diretor Municipal de Chaves, ratificado por Re- no Decreto-Lei n.º 69/1990, de 2 de março, designadamente através de
solução de Conselho de Ministros n.º 12/95, de 12 de janeiro, publicado planos de pormenor e de urbanização sujeitos a ratificação.
no Diário da RepúblicA, 1.ª série-B, n.º 35, de 10-02-1995 e ulteriores Deve ainda ser referido que as compensações mencionadas no n.º 3
alterações, tendo por base a fundamentação apresentada na Informação do artigo 21.º têm de cumprir o disposto no artigo 16.º do Decreto-Lei
n.º 20/SPMOT/2017, de 8 de maio, da Divisão de Gestão e Ordenamento n.º 448/1991, de 29 de novembro, só podendo ser exigidas nos estritos
do Território (DGOT). termos constantes desse artigo.
O procedimento de alteração do PDM em vigor foi desenvolvido em Mais deve ser referido que qualquer destaque de parcelas para constru-
articulação e simultaneidade com o procedimento de revisão deste plano, ção, designadamente as referidas no n.º 5 do artigo 37.º, tem de respeitar
em curso, e tem incidência exclusiva no texto do seu regulamento, com o disposto no n.º 2 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 448/1991, de 29 de
alterações pontuais no teor de alguns artigos, nomeadamente relaciona- novembro, bem como o previsto no Decreto-Lei n.º 384/1988, de 25 de
dos com o regime de edificabilidade em solos da classe 1 — espaços outubro, e Decreto-Lei n.º 103/1990, de 22 de março, relativamente ao
urbanos e urbanizáveis. fracionamento de prédios rústicos.
As alterações efetuadas visam a valorização das características do Acrescente-se, todavia, que qualquer infraestrutura aeronáutica exis-
tecido urbano e a utilização dos padrões morfo-tipológicos existentes tente no concelho deve cumprir o disposto nos Decretos-Leis n.os 45986
como referência para o estabelecimento de parâmetros de edificabilidade e 45987/1964, ambos de 22 de outubro de 1964, bem como a circular
e para enquadrar operações urbanísticas que de outro modo não poderiam de informação aeronáutica n.º 8/90 da Direção-Geral da Aviação Civil e
ser aprovadas (mediante procedimentos de controlo prévio ou de lega- ainda as disposições constantes do volume II do anexo 14 da Convenção
lização previstos no Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação, Internacional da Aviação Civil.
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 136/2014, de 9 de setembro), não por Na aplicação prática do Plano há ainda a observar as servidões e
inadequação das operações urbanísticas em si, mas por desajustamento restrições de utilidade pública constantes da planta de condicionantes,
e/ou ausência de disposições regulamentares disciplinadoras, como é o a qual, embora não seja publicada, constitui elemento fundamental do
caso das edificações em situação de colmatação. Plano, a atender no âmbito da respetiva gestão.
No âmbito da alteração do regulamento do PDM, justificou-se a Considerando o disposto no Decreto-Lei n.º 69/90, de 2 de março,
introdução de algumas normas relacionadas com o Regime Extraordi- alterado pelo Decreto-Lei n.º 211/92, de 8 de outubro, e ainda os Decretos-
nário da Regularização de Atividades Económicas (RERAE), de modo -Leis n.os 445/91, de 20 de novembro, e 448/91, de 29 de novembro:
a permitir ultrapassar as questões de conformidade com as atividades Assim:
que forem licenciadas ao abrigo deste regime, assim como a correção de Nos termos da alínea g) do artigo 202.º da Constituição, o Conselho
situações que têm impedido o desenvolvimento de algumas tipologias de Ministros resolveu:
de empreendimentos de turismo no espaço rural devido à exigência des- 1 — Ratificar o Plano Diretor Municipal de Chaves.
proporcionada de uma parcela/prédio com área mínima de 40 000,0 m2 2 — Excluir de ratificação os n.os 5), 6) e 8) do artigo 25.º do Regu-
ou 20 000,0 m2, conforme se localize, respetivamente, dentro da área de lamento do Plano.
proteção à zona urbana de Chaves delimitada na planta de ordenamento
ou fora daquela área, incluindo-se, ainda, parâmetros de edificabilidade Presidência do Conselho de Ministros, 12 de janeiro de 1995. —
adaptados à dimensão e localização de determinadas parcelas. O Primeiro-Ministro, Aníbal António Cavaco Silva.
Aproveitando a oportunidade de alteração estritamente regulamentar
do PDM de Chaves pelos motivos mencionados, também se justificou Republicação do Regulamento do Plano
introduzir no texto integral deste regulamento, mediante a sua repu- Diretor Municipal de Chaves
blicação, as duas alterações de que foi alvo ao longo da sua vigência,
nomeadamente, mediante a publicação no Diário da República, 2.ª série,
n.º 158, de 10-07-1996, de um Edital consubstanciando uma alteração
ao seu artigo 36.º e, no Diário da República, 2.ª série, n.º 53, de 17 de CAPÍTULO I
março de 2010, do Aviso n.º 5569/2010 consubstanciando uma «Altera-
ção ao Plano Director Municipal de Chaves (PDM) circunscrita à área Disposições gerais
do Parque Empresarial de Chaves e respectiva envolvente».
O texto do regulamento foi ainda objeto de conversão segundo o Artigo 1.º
Acordo Ortográfico em vigor, para efeitos de cumprimento das regras Objeto e âmbito
de publicação de atos no Diário da República.
Finalmente importa sublinhar que o procedimento de alteração do 1 — O presente Regulamento estabelece, em conjunto com as plantas
PDM não representa qualquer modificação ao nível do ordenamento do e anexos mencionados no seu articulado, que dele são parte integrante,
território municipal, mantendo-se a sua repartição nas classes e catego- as regras para a utilização, ocupação e transformação do uso do solo
rias de espaços estabelecidas em função do uso dominante dos solos e em todo o território do concelho de Chaves, constituindo o regime do
traduzida graficamente nas plantas de ordenamento, em conformidade seu Plano Diretor Municipal.
com o estabelecido no artigo 7.º do Regulamento do PDM. 2 — São abrangidos pelas disposições deste Regulamento todos
Resolução do Conselho de Ministros n.º 12/95 os atos que tenham incidência no uso, ocupação e transformação do
A Assembleia Municipal de Chaves aprovou em 26 de outubro de território, incluindo, nomeadamente, aquela cuja execução esteja ou
1994 o seu Plano Diretor Municipal. venha a estar condicionada ou submetida pela lei geral à intervenção
Na sequência daquela aprovação, a Câmara Municipal respetiva do município.
iniciou o processo de ratificação daquele instrumento de planeamento,
conforme dispõe o n.º 5 do artigo 16.º do Decreto-Lei n.º 69/1990, de Artigo 2.º
2 de março. Competências do município
O Plano Diretor Municipal de Chaves foi objeto de parecer favorável
da comissão técnica que, nos termos da legislação em vigor, acompanhou 1 — As competências do município de Chaves, adiante designado
a elaboração daquele Plano. por município, na disciplina dos atos referidos no artigo anterior são
Este parecer favorável está consubstanciado no relatório final daquela genericamente as que lhe estiverem ou forem expressamente atribuídas
comissão, subscrito por todos os representantes dos serviços da admi- em legislação ou regulamentação de carácter geral, nos termos e com
nistração central que a compõem. os efeitos aí estabelecidos.
Foram cumpridas todas as formalidades exigidas pelo Decreto-Lei 2 — O município poderá instituir, em conformidade com as suas com-
n.º 69/1990, de 2 de março, com a redação que lhe foi dada pelo Decreto- petências legais, regulamentação destinada a disciplinar ou condicionar
-Lei n.º 211/1992, de 8 de outubro, designadamente no que se refere a prática dos atos referidos no artigo 1.º que não estejam já submetidos
ao inquérito público. pela lei geral à sua intervenção nem contemplados em disposições
Verifica-se ainda a conformidade formal do Plano Diretor Municipal subsequentes do presente Regulamento.
de Chaves com as demais disposições legais e regulamentares em vigor, 3 — O exercício das competências referidas nos números anteriores
com exceção dos n.os 5), 6) e 8) do artigo 25.º, por violarem o disposto terá por objeto a localização e as condições e características dos empreen-
no artigo 68.º do Decreto-Lei n.º 445/1991, de 20 de novembro, e no dimentos, atos ou atividades em causa, bem como os atos preparatórios
11150 Diário da República, 2.ª série — N.º 76 — 18 de abril de 2018

dos mesmos, devendo o município tomar como critério fundamental das Artigo 6.º
suas decisões a verificação da compatibilidade dos atos em causa com Projetos de ordenamento urbanístico
as disposições do Plano Diretor Municipal e demais regulamentação
subsidiária deste, ponderando também o eventual interesse público 1 — Para efeitos do presente Regulamento, consideram-se projetos
ou coletivo das iniciativas, e ainda atender às eventuais implicações de ordenamento urbanístico os seguintes instrumentos de ordenamento
múltiplas de cada caso ou situação. territorial:
4 — Quando outra não seja a fundamentação legalmente exigida, a) Plano de pormenor;
poderá haver lugar a decisão desfavorável por parte do município sempre b) Proposta de delimitação de área de desenvolvimento urbano prio-
que a natureza ou o aspeto dos empreendimentos comprometerem a esta- ritário;
bilidade ecológica, a adequada utilização de solos de alta potencialidade c) Proposta de delimitação de área de construção prioritária;
ou capacidade de uso agrícola, a salubridade, segurança, tranquilidade d) Plano de salvaguarda de centro histórico, conjunto ou sítio clas-
e ambiente públicos, o carácter ou interesse público dos lugares, das sificado.
paisagens e dos sítios panorâmicos ou ainda quando implicarem a rea-
lização de novos equipamentos ou infraestruturas não previstos pelo 2 — Serão ainda considerados projetos de ordenamento urbanístico
Estado ou pelo município. outros planos de ordenamento territorial de natureza e grau de pormenor
5 — As licenças, aprovações ou pareceres favoráveis poderão ser semelhantes aos dos mencionados no número anterior que estejam ou
condicionados, nomeadamente através da imposição de medidas de venham a estar cometidos por lei à responsabilidade da Administração
integração na paisagem, de proteção aos sítios, pessoas e bens e de Pública.
limitação ou compensação de impactes sobre as infraestruturas. Artigo 7.º
Artigo 3.º Ordenamento do território municipal
Condicionantes 1 — Para efeitos de aplicação deste Regulamento, o território do
concelho de Chaves reparte-se pelas seguintes classes e categorias de
1 — Em todo os atos abrangidos por este Regulamento serão espaços, estabelecidas em função do uso dominante dos solos e tradu-
respeitados, cumulativamente com as suas disposições, todos os zidas graficamente na planta de ordenamento:
diplomas legais e regulamentos de carácter geral em vigor aplicá-
veis em função da sua natureza e localização, nomeadamente os a) Classe 1 — espaços urbanos e urbanizáveis, subdividida nas se-
respeitantes a servidões administrativas e restrições de utilidade guintes categorias:
pública, mesmo que tais documentos não sejam aqui expressamente Categoria 1.1 — cidade de Chaves;
mencionados. Categoria 1.2 — vila de Vidago;
2 — As servidões administrativas e restrições de utilidade pública Categoria 1.3 — outros aglomerados;
com possibilidade de expressão gráfica são traduzidas na planta de Categoria 1.4 — áreas periurbanas de Chaves;
condicionantes, que, nos termos da lei, faz parte integrante do Plano
Diretor Municipal de Chaves. b) Classe 2 — espaços industriais;
c) Classe 3 — espaços para indústrias extrativas;
Artigo 4.º d) Classe 4 — espaços agrícolas e florestais, subdividida nas seguintes
categorias e subcategorias:
Ocupação de terrenos baldios
Categoria 4.1 — espaços florestais:
As ocupações ou utilizações do solo de terrenos baldios para fins
incompatíveis com o seu estatuto atual, em particular ocupações de Subcategoria 4.1.A — espaços florestais comuns;
tipo urbano ou industrial, só poderão efetivar-se de acordo com as Subcategoria 4.1.B — espaços florestais condicionados;
condições e após o cumprimento da tramitação previstas no respetivo
quadro legal. Categoria 4.2 — espaços agrícolas:
Subcategoria 4.2.A — espaços agrícolas defendidos;
Artigo 5.º Subcategoria 4.2.B — espaços agrícolas condicionados;
Preexistências
Categoria 4.3 — espaços agroflorestais:
1 — Para efeitos do presente Regulamento consideram-se preexistên-
cias as atividades, explorações, instalações, edificações, equipamentos Subcategoria 4.3.A — espaços agroflorestais comuns;
ou quaisquer atos que, executados ou em curso à data de entrada em Subcategoria 4.3.B — espaços agroflorestais condicionados;
vigor do Plano Diretor Municipal, cumpram nesse momento qualquer
e) Classe 5 — espaços culturais e naturais, subdividida nas seguintes
das seguintes condições: categorias:
a) Não carecerem de qualquer licença, aprovação ou autorização, Categoria 5.1 — espaços culturais;
nos termos da lei; Categoria 5.2 — espaços de uso diversificado;
b) Estarem licenciados, aprovados ou autorizados pela entidade com- Categoria 5.3 — espaços naturais;
petente, nos casos em que a lei a tal obriga, e desde que as respetivas
licenças, aprovações ou autorizações não tenham caducado ou sido f) Classe 6 — espaços para infraestruturas e equipamentos;
Revogadas ou apreendidas. g) Classe 7 — espaços-canais, subdividida nas seguintes categorias:
2 — São também consideradas preexistências, nos termos e para Categoria 7.1 — rede de rega fundamental;
efeitos do disposto no número anterior, aquelas que a lei reconheça Categoria 7.2 — rede rodoviária fundamental.
como tal e ainda os espaços públicos e vias públicas existentes à data
de entrada em vigor do Plano Diretor Municipal, independentemente 2 — As classes de espaços estabelecidas no número anterior
da sua localização. caracterizam-se do seguinte modo:
3 — Os atos ou atividades licenciados, aprovados ou autorizados a a) Classe 1 — espaços urbanos e urbanizáveis — espaços que pos-
titulo precário não são considerados preexistências, nomeadamente para suem já ou estão vocacionados para uma utilização e ocupação do solo
efeitos de renovação da validade do respetivo título ou da sua transfor- de tipo predominantemente residencial, terciária ou mista, traduzida
mação em licença, aprovação ou autorização definitivas. pela concentração dos espaços edificados, pelo nível de infraestru-
4 — As preexistências definidas nos termos dos números anteriores turação urbanística e pelos equipamentos, atividades e funções neles
que, pela sua natureza, não se incluam no âmbito do estatuto de utilização implantados ou instalados;
e ocupação das classes ou categorias de espaços onde se localizam, não b) Classe 2 — espaços industriais — espaços destinados à instalação
poderão ser objeto de ações ou intervenções que tenham como efeito de indústrias transformadoras em geral, de serviços de apoio a estas
ampliar ou agravar as condições de incompatibilidade de usos verifica- atividades e, suplementarmente, de outras atividades que apresentem
das, em especial no que respeita a ampliações significativas das áreas formas de incompatibilidade com as funções urbanas;
edificadas ou das explorações e ainda ao aumento do número de fogos, c) Classe 3 — espaços para indústrias extrativas — espaços especi-
quando se tratar de habitações. ficamente destinados ou reservados à exploração de recursos minerais
5 — As alterações ou reconversões de usos preexistentes reger-se-ão e ainda outras áreas em que se proceda à exploração daqueles recursos,
pelas disposições do presente Regulamento aplicáveis em função da sua em conformidade com contratos de concessão ou licenças de exploração
localização e da natureza dos novos usos pretendidos. que possuam validade jurídica nos termos da legislação aplicável;
Diário da República, 2.ª série — N.º 76 — 18 de abril de 2018 11151

d) Classe 4 — espaços agrícolas e florestais — áreas do território 2) A edificabilidade máxima admissível para um lote ou parcela de
concelhio que possuem aptidões e características mais adequadas a terreno calcula-se multiplicando a sua área pelo índice de construção
atividades de tipo agrícola, pecuário, silvo-pastoril ou florestal; especificamente atribuído à classe ou categoria de espaços em que o
e) Classe 5 — espaços culturais e naturais — áreas do território con- referido lote ou parcela se localizarem;
celhio que constituem ou onde se localizam os seus valores patrimoniais 3) A edificabilidade que, nos termos dos números anteriores, vier a ser
de maior interesse e importância, sejam culturais ou naturais; autorizada para um lote ou parcela engloba a totalidade das respetivas
f) Classe 6 — espaços para infraestruturas e equipamentos — áreas áreas edificadas e a edificar, incluindo eventuais anexos dos edifícios
já ocupadas ou destinadas a ser ocupadas com grandes infraestruturas principais, com as seguintes exceções:
que, pela sua configuração espacial, não possam estar abrangidas pelo
conceito de espaço-canal; a) As áreas destinadas a estacionamento, mesmo quando inseridas
g) Classe 7 — espaços-canais — áreas ou faixas de território de no perímetro edificado, salvo quando forem adstritas a edifícios de
configuração essencialmente linear ocupadas pela implantação física habitação unifamiliar ou destinadas predominantemente à recolha ou
de infraestruturas, existentes ou programadas, que possuam efeito de estacionamento de veículos, oficina de reparação ou estação de serviço,
barreira física entre os espaços que as marginam. casos em que tais áreas se mantêm englobadas no cálculo da edificabi-
lidade máxima admissível;
3 — Os perímetros urbanos compreendem a totalidade dos espaços b) As áreas de cave de edifícios destinadas a arrecadações adstritas a
pertencentes à classe de espaços urbanos e urbanizáveis e ainda os per- habitações, desde que se trate de edifício com componente de habitação
tencentes à classe de espaços industriais que sejam contíguos daqueles. coletiva e as referidas áreas não venham a constituir-se, ao abrigo do
4 — Nas áreas submetidas ou a submeter à disciplina de planos de regime de propriedade horizontal, em frações autónomas comercializá-
urbanização ou projetos de ordenamento urbanístico, estes poderão veis separadamente das habitações a que ficam adstritas.
instituir, dentro do perímetro urbano a que digam respeito, categorias de
espaços destinados a usos distintos do urbano em sentido estrito, nomea- Artigo 10.º
damente espaços industriais, espaços culturais, de uso diversificado ou Infraestruturas
naturais, espaços para infraestruturas e equipamentos ou espaços-canais,
desde que possa compatibilizar-se a sua coexistência dentro do referido 1 — O licenciamento de qualquer construção ficará sempre condi-
perímetro. cionado à existência ou criação das infraestruturas urbanísticas básicas,
nomeadamente acesso viário, abastecimento de água potável, drenagem
Artigo 8.º de esgotos, abastecimento de energia elétrica e outras exigíveis por lei.
Alterações à configuração dos espaços 2 — Sempre que não existam, no todo ou em parte, redes públicas
das infraestruturas acima referidas, serão exigidas soluções individuais
1 — A transposição de qualquer parcela do território para uma clas-
para as infraestruturas em falta, sem prejuízo do disposto no n.º 3 do
se ou categoria distintas daquela que lhe está consignada nos termos
deste Regulamento e da planta de ordenamento só poderá realizar-se artigo seguinte.
por meio de um dos seguintes processos: 3 — Quando não houver possibilidade de ligação imediata às redes
públicas, as soluções individuais referidas no número anterior implantar-
a) Plano de urbanização ou plano de pormenor, desde que ratificados -se-ão de modo a viabilizar a sua futura ligação àquelas redes.
superiormente nos termos da lei;
b) Alteração ou revisão das disposições do Plano Diretor Municipal, Artigo 11.º
nos termos da legislação em vigor.
Edificação fora dos perímetros urbanos
2 — Poderão realizar-se ajustamentos de pormenor nos limites entre e dos espaços industriais
espaços pertencentes a classes ou categorias distintas, decorrentes da sua 1 — O licenciamento ou autorização para construir novos edifícios ou
demarcação concreta no terreno, desde que de acordo com as condições para reconverter os usos de outros preexistentes que se localizem fora
estabelecidas no anexo n.º 1 deste Regulamento. dos perímetros urbanos ou dos espaços industriais, quando possíveis,
3 — A configuração espacial dos espaços pertencentes à catego- não acarretarão para o município qualquer obrigação, imediata ou futura,
ria 1.3 — outros aglomerados, da classe 1 — espaços urbanos e urbani- de vir a dotá-los com infraestruturas urbanísticas ou outros serviços que
záveis, à classe 2 — espaços industriais ou às categorias 5.1 — espaços possa prestar, nomeadamente construção ou pavimentação de acessos,
culturais ou 5.2 — espaços de uso diversificado, da classe 5 — espaços abastecimento de água, fornecimento de energia elétrica, iluminação
culturais e naturais, poderá ser objeto de correção de limites, por delibe- pública, redes de telecomunicações, redes de saneamento e de drenagem
ração da Assembleia Municipal, fundamentada em estudos específicos, a de águas pluviais, recolha de lixos e outros resíduos sólidos, transportes
realizar por uma só vez para cada espaço e cumprindo cumulativamente escolares ou sociais e distribuição domiciliária de correio.
as seguintes regras: 2 — Os licenciamentos ou autorizações referidos no número anterior
a) As alterações de limites terão de respeitar as imposições decorrentes só serão concedidos desde que os proprietários dos edifícios em ques-
das servidões administrativas ou restrições de utilidade pública eventual- tão apresentem declaração expressa de que tomaram conhecimento do
mente existentes no local, com especial relevo para as delimitações da disposto no número anterior.
Reserva Agrícola Nacional e da Reserva Ecológica Nacional; 3 — A impossibilidade ou inconveniência de execução de soluções
b) A configuração espacial do espaço em causa terá de ser mantida individuais para as infraestruturas referidas nos números anteriores
inalterada em pelo menos 95 % da sua superfície; pode constituir motivo suficiente de inviabilização destas edificações
c) A variação global, para mais ou para menos, da área total do espaço por parte do município.
não poderá exceder 5 % da sua área inicial. Artigo 12.º
Áreas para estacionamento de veículos
CAPÍTULO II 1 — Todas as novas edificações terão de dispor, dentro do perímetro
do respetivo lote ou das suas partes comuns privadas, quando existam, de
Usos dominantes do solo e edificabilidade espaços destinados ao estacionamento de veículos automóveis, sendo a
sua área mínima estabelecida em função dos destinos de uso do edifício
e da sua dimensão.
SECÇÃO I 2 — Os parâmetros para o dimensionamento das áreas mínimas desti-
nadas a estacionamento serão estabelecidos através de regulamento mu-
Disposições comuns nicipal, planos de urbanização ou projetos de ordenamento urbanístico.
3 — Sem prejuízo de regras mais exigentes que sejam impostas por
Artigo 9.º legislação de carácter geral ou do que o regulamento, planos ou projetos
mencionados no número anterior venham a instituir, terão de garantir-se
Índice de construção cumulativamente os seguintes mínimos de lugares de estacionamento:
A edificabilidade máxima em lotes ou quaisquer parcelas de terreno é a) Um lugar por cada fogo;
determinada pelo índice de construção atribuído à classe ou categoria de b) Um lugar por cada 200 m2 de área bruta de construção em moradias
espaços em que se localizem, nos termos dos números seguintes: unifamiliares;
1) O índice de construção, abreviadamente designado por Ic, é o c) Um lugar por cada 120 m2 de área bruta de construção destinada
quociente, expresso em metros quadrados por metro quadrado, entre a a habitação coletiva;
área bruta total dos pavimentos das construções existentes e edificáveis d) Um lugar por cada 50 m2 de área bruta de construção destinada a
numa porção de terreno e a área desse mesmo terreno; comércio ou serviços;
11152 Diário da República, 2.ª série — N.º 76 — 18 de abril de 2018

e) Um lugar por cada 100 m2 de área bruta de construção destinada 3 — Consideram-se espaços urbanizáveis todas as restantes áreas
a indústrias ou armazéns; pertencentes a esta classe que não cumpram nenhuma das condições
f) Um lugar por cada dois quartos em estabelecimentos hoteleiros; estabelecidas no número anterior.
g) Um lugar por cada 25 m2 de área bruta de construção destinada a 4 — Sem prejuízo de outras disposições específicas do presente
estabelecimentos similares de hotelaria; Regulamento relativas a situações concretas, as áreas consideradas
h) Um lugar por cada 20 lugares da lotação de salas de espetáculos, espaços urbanizáveis só são passíveis de edificação mediante projeto de
recintos desportivos ou outros locais de reunião. ordenamento urbanístico ou operação de loteamento urbano plenamente
eficazes e de acordo com a respetiva disciplina.
4 — Os espaços para estacionamento destinados a garantir as áreas 4A — Excetuam-se do número anterior as parcelas em contiguidade
mínimas referidas nos números anteriores, mesmo quando inseridos com solo urbano ou com áreas que tenham adquirido características
nos perímetros de construção de edifícios a integrar no regime de pro- semelhantes àquele através de ações de urbanização ou edificação e
priedade horizontal, não poderão ser constituídos em fração autónoma desde que o município considere que as soluções propostas asseguram
comercializável separadamente das restantes frações, às quais ficarão uma correta articulação formal e funcional com o solo urbano e não
adstritos individualmente ou em condomínio. prejudiquem o ordenamento urbanístico da área envolvente e sobrante;
5 — O município poderá estabelecer para situações de exceção de- 5 — As parcelas integradas em espaços urbanizáveis serão conside-
vidamente tipificadas, nomeadamente edifícios situados em centros radas terreno para construção a partir do momento em que adquiram
históricos ou núcleos antigos das povoações, a dispensa do cumprimento capacidade efetiva de edificação em conformidade com as disposições
das disposições constantes dos números anteriores. legais e o presente Regulamento, passando a integrar os espaços urbanos.

Artigo 13.º Artigo 16.º


Limitações à altura ou cércea dos edifícios Usos supletivos
1 — Na construção de novos edifícios serão respeitadas as limitações à 1 — As áreas referidas no artigo anterior podem ainda englobar outras
sua altura ou cércea estabelecidas pelo presente Regulamento em função utilizações ou ocupações, desde que compatíveis com o uso dominante
da classe ou categoria de espaços em que se localizem. atrás estipulado e, designadamente, com a função residencial.
2 — Salvo indicação expressa em contrário, as limitações de altura 2 — Para além das situações que a lei geral considere como tal, são
acima referidas devem ser respeitadas em toda a área de implantação razões suficientes de incompatibilidade com o uso dominante referido,
das edificações e medem-se a partir da cota do terreno na sua configu- fundamentando a recusa de licenciamento, aprovação ou autorização,
ração natural. as utilizações, ocupações ou atividades a instalar que:
3 — Poderão ultrapassar a altura estipulada pelas disposições deste a) Deem lugar à produção de ruídos, fumos, cheiros ou resíduos que
Regulamento aplicáveis a cada situação as partes da construção refe- afetem as condições de salubridade ou dificultem a sua melhoria;
rentes a coberturas, elementos arquitetónicos ou decorativos e ainda b) Perturbem as condições de trânsito e estacionamento ou provoquem
outros elementos construtivos tornados necessários pela natureza e movimentos de cargas e descargas que prejudiquem a via pública e o
funções previstas para o edifício, desde que os espaços construídos que ambiente local;
daí eventualmente resultem possuam configuração e características que c) Acarretem agravados riscos de incêndio ou explosão;
impeçam a permanência continuada de pessoas e como tal não possam d) Possuam dimensão ou outras características não conformes com
ser destinados à habitação ou ao exercício de atividades económicas as disposições que vierem a ser estabelecidas em regulamentos muni-
de qualquer tipo. cipais, planos de urbanização ou projetos de ordenamento urbanístico
4 — As limitações de altura referidas no n.º 1 poderão não ser res- plenamente eficazes.
peitadas por deliberação da Assembleia Municipal, sob proposta fun-
damentada da Câmara Municipal, quando se tratar de edificação de 3 — O município poderá, por meio de regulamento ou de planos
especial interesse público. municipais de ordenamento do território, estabelecer as regras e con-
Artigo 14.º dições a respeitar em usos diversos do dominante dentro de espaços
pertencentes a esta classe, desde que as utilizações e ocupações do solo
Condicionamentos estéticos sejam compatíveis com o uso habitacional.
1 — Em áreas não disciplinadas por planos de urbanização, projetos 4 — Enquanto não forem plenamente eficazes o regulamento ou os
de ordenamento urbanístico ou operações de loteamento urbano, o planos referidos no número anterior, o município poderá não autorizar
município poderá impor condicionamentos de ordem arquitetónica ou de forma genérica a instalação de novas unidades industriais ou oficinais
estética ao alinhamento e implantação das edificações, à sua volumetria ou de armazéns, ou a ampliação das já existentes, em lotes, parcelas ou
ou ao seu aspeto exterior, desde que tal se destine a garantir uma correta áreas localizadas em espaços pertencentes a esta classe, nomeadamente
integração na envolvência através da manutenção das suas características aquelas em que já existem edificações de habitação.
dominantes.
2 — Os condicionamentos referidos no número anterior só poderão Artigo 17.º
traduzir-se em redução da edificabilidade permitida genericamente para Áreas integradas em perímetros de rega
cada caso quando tal decorrer de situações expressamente previstas
neste Regulamento. Sem prejuízo das restantes disposições do presente Regulamento, nas
áreas pertencentes à classe de espaços urbanos e urbanizáveis integradas no
perímetro de aproveitamentos hidroagrícolas a edificabilidade só poderá ser
SECÇÃO II permitida quando, cumulativamente, se cumpram as seguintes condições:
Espaços urbanos e urbanizáveis (classe 1) 1) A área tenha sido excluída da Reserva Agrícola Nacional ou a
edificação tenha sido autorizada pela entidade competente, de acordo
Artigo 15.º com o regime legal daquela Reserva;
2) Tenha sido efetuada a sua exclusão do perímetro do aproveitamento
Caracterização e destino de uso hidroagrícola, de acordo com a legislação em vigor;
1 — As áreas englobadas nesta classe destinam-se primordialmente 3) A implantação das edificações e as utilizações de solo a elas inerentes
à localização e implantação de atividades, funções e instalações com não impeçam ou prejudiquem a preservação das infraestruturas de rega e
fins residenciais, comerciais ou de serviços, incluindo equipamentos drenagem ou a passagem de águas nos canais de rega e garantam a liberta-
públicos, edificados ou não, repartindo-se por espaços urbanos e espaços ção de faixas de terreno junto às obras de rega que permitam os trabalhos
urbanizáveis. da sua conservação.
2 — Consideram-se espaços urbanos as áreas pertencentes a esta Artigo 18.º
classe que cumpram qualquer das seguintes condições:
Construção avulsa
a) Estarem disciplinadas por projeto de ordenamento urbanístico
ou por operação de loteamento urbano plenamente eficazes, salvo 1 — São passíveis de edificabilidade avulsa as parcelas ou lotes per-
expressa determinação em contrário dos respetivos regulamentos tencentes a qualquer das categorias integrantes da classe 1 que cumpram
ou alvarás; as seguintes condições, sem prejuízo de quaisquer outros condiciona-
b) Serem passíveis de edificabilidade avulsa, de acordo com as dis- mentos legais aplicáveis a cada caso e do disposto nos n.os 4 e 4A do
posições do artigo 18.º; Artigo 15.º:
c) Serem consideradas como tal nos termos da disciplina de planos a) Possuírem acesso direto a partir de via pública que permita trânsito
de urbanização plenamente eficazes. automóvel e possua uma largura não inferior a 4 m;
Diário da República, 2.ª série — N.º 76 — 18 de abril de 2018 11153

b) Quando não seja possível a ligação às redes públicas, permiti- quando se tratar de parcelas localizadas em núcleos consolidados dos
rem a instalação de sistemas individuais de redes de abastecimento aglomerados que possuam uma área inferior a 250 m2.
e drenagem e de modo a possibilitar a futura ligação destas às redes
públicas; 2A — Os valores estabelecidos no número anterior poderão ser ul-
c) (Revogada.) trapassados nas seguintes condições:
d) Possuírem uma forma em planta tal que permita a inscrição de a) Quando se trate de edificações em parcelas situadas em áreas a
um retângulo com as dimensões de 5 m x 10 m, com o seu lado menor submeter a planos de salvaguarda e valorização, em centros históricos ou
sobreposto ao alinhamento de fachada estabelecido para o local. em núcleos tradicionais dos aglomerados rurais, desde que o município
reconheça que tal se justifica por razões de integração na envolvência
2 — São ainda passíveis de edificabilidade avulsa as parcelas que ou de coerência formal da imagem urbana;
cumpram as condições para tal estabelecidas em planos de urbaniza- b) Nos casos em que se aplique o mecanismo de transferência de
ção, projetos de ordenamento urbanístico ou operações de loteamento capacidade construtiva previsto no artigo 25.º
plenamente eficazes.
Artigo 19.º 3 — Nas áreas disciplinadas por planos de urbanização as regras
constantes do número anterior manterão aplicabilidade apenas na parte
Regras de edificabilidade em que aqueles planos forem omissos.
1 — A edificabilidade em lotes ou parcelas constituídos ao abrigo 4 — Independentemente de se tratar de construção avulsa, opera-
de projetos de ordenamento urbanístico ou operações de loteamento ções de loteamento, projetos de ordenamento urbanístico ou planos
plenamente eficazes rege-se pela disciplina instituída por estes instru- de urbanização, na edificação em parcelas pertencentes à catego-
mentos. ria 1.4 — áreas periurbanas de Chaves, só poderão edificar-se mo-
2 — A edificabilidade em parcelas não submetidas à disciplina dos radias unifamiliares isoladas, em que a implantação das edificações
instrumentos urbanísticos referidos no número anterior fica sujeita às garantirá a existência de uma faixa non aedificandi com uma largura
seguintes regras: mínima de 5 m que permita estabelecer ligação autónoma da via pú-
blica às áreas agrícolas situadas para além das parcelas destinadas a
a) A edificabilidade de um dado prédio, dada pela área bruta de edificação, viabilizando futuras infraestruturas de apoio às atividades
construção, é função do cumprimento da moda da cércea e dos ali- agrícolas, e em cumprimento do disposto no artigo 17.º
nhamentos e recuos dominantes existentes e a manter na frente ur-
bana em que se insere o prédio tal como é disposto no artigo 26.º,
Artigo 20.º
considerando-se como:
Operações de loteamento urbano
i) Moda da cércea — a cércea que apresenta maior extensão ao longo
de uma frente urbana; Nas operações de loteamento urbano serão cumpridas as disposições
ii) Frente urbana — superfície, em projeção vertical, definida pelo constantes do artigo anterior aplicáveis a cada caso, com as seguintes
conjunto das fachadas dos edifícios confinantes com uma dada via adaptações e adendas:
pública e compreendida entre duas vias ou espaços públicos sucessivos 1) Os índices de construção médios a adotar na operação não poderão
que nela concorrem; exceder os seguintes valores:
a1) Nas situações em que não seja possível definir uma moda da a) Os estabelecidos para a zona onde se localiza o terreno objeto
cércea ou um alinhamento dominante, a edificabilidade é condicionada da operação, quando se tratar de área disciplinada por plano de urba-
pelos seguintes parâmetros: nização;
b) Nos restantes casos:
i) Categoria 1.1 — cidade de Chaves:
i) Categoria 1.1 — cidade de Chaves:
Ic ≤ 1,2 m2/m2;
Cércea máxima ≤ 20 m; Ic ≤ 1,2 m2/m2;
Número máximo de pisos ≤ 6; Cércea máxima ≤ 20 m;
Número máximo de pisos ≤ 6;
ii) Categoria 1.2 — vila de Vidago:
ii) Categoria 1.2 — vila de Vidago:
Ic ≤ 1,0 m2/m2;
Cércea máxima ≤ 14 m; Ic ≤ 1,0 m2/m2;
Número máximo de pisos ≤ 4; Cércea máxima ≤ 14 m;
Número máximo de pisos ≤ 4;
iii) Categoria 1.3 — outros aglomerados:
iii) Categoria 1.3 — outros aglomerados:
Ic ≤ 0,8 m2/m2;
Cércea máxima ≤ 7,5 m; Ic ≤ 0,8 m2/m2;
Número máximo de pisos ≤ 2; Cércea máxima ≤ 7,5 m;
Número máximo de pisos ≤ 2;
iv) Categoria 1.4 — áreas periurbanas de Chaves:
iv) Categoria 1.4 — áreas periurbanas de Chaves:
Ic ≤ 0,5 m2/m2.
Cércea máxima ≤ 7,5 m; Ic ≤ 0,5 m2/m2.
Número máximo de pisos ≤ 2. Cércea máxima ≤ 7,5 m;
Número máximo de pisos ≤ 2.
b) (Revogada.)
c) (Revogada.) 2) (Revogado.)
d) A área total de implantação das edificações previstas, incluindo 3) Nas operações relativas a terrenos situados em espaços da catego-
anexos, não poderá exceder os seguintes valores em relação à área da ria 1.4 deve ser dado cumprimento ao disposto artigo anterior, com as
parcela integrada nesta classe: seguintes adaptações e adendas:

i) 80 % para as categorias 1.1 e 1.2; a) As propriedades existentes só poderão ser fracionadas desde
que todos os lotes destinados a construção se disponham ao longo
ii) 65 % para as restantes categorias;
da via pública, confrontando com esta numa extensão mínima de
e) A área de solo impermeabilizado pelas edificações, anexos, pátios e 20 m cada um;
outros recintos exteriores pavimentados não poderá exceder os seguintes b) As faixas non aedificandi mencionadas no n.º 4 do artigo anterior
valores em relação à parcela integrada nesta classe: serão, em número e localização, as necessárias para garantir que da
constituição dos lotes para a construção não resultem, nas traseiras dos
i) 85 % para as categorias 1.1 e 1.2; mesmos, parcelas agrícolas encravadas ou sem possibilidade de futura
ii) 75 % para as restantes categorias; ligação autónoma à via pública;
c) (Revogada.)
f) (Revogada.)
g) As disposições constantes das alíneas d) e e) anteriores não são 4) O dimensionamento das parcelas de terreno destinadas a espaços
exigíveis nas áreas a submeter a planos de salvaguarda e valorização ou de circulação — rede viária, estacionamento e percursos pedonais —,
11154 Diário da República, 2.ª série — N.º 76 — 18 de abril de 2018

a espaços verdes e de utilização coletiva, e a equipamentos públicos, Artigo 23.º


obedecerá aos seguintes parâmetros e regras: Áreas disciplinadas por planos de urbanização
a) A área a destinar globalmente ao conjunto dos usos referidos não Os planos de urbanização podem estabelecer índices de construção
poderá ser inferior a: diferenciados para as várias zonas em que se subdividam as suas áreas
2 2
0,35 m /m de área bruta de construção de habitação, comércio e de intervenção, desde que se cumpram as seguintes regras:
serviços; 1) Os valores dos índices de construção médios da área de intervenção
0,25 m2/m2 de área bruta de construção de indústria; integrada na classe de espaços urbanos e urbanizáveis não podem ser
inferiores a 0,5 m2/m2;
b) Da área global calculada nos termos da alínea anterior será, no
2) Os valores dos índices de construção máximos de qualquer zona
mínimo, afetada a espaços verdes e de utilização coletiva a área cor-
instituída pelos planos não podem exceder os indicados no n.º 1 do
respondente a:
artigo 20.º, conforme a categoria de espaços em que se localize a área
0,20 m2/m2 de área bruta de construção de habitação coletiva, co- de intervenção, exceto nas seguintes situações:
mércio e serviços; a) Quando se trate de edificações em parcelas situadas em áreas a
0,15 m2/m2 de área bruta de construção de indústria; submeter a planos de salvaguarda e valorização, em centros históricos ou
em núcleos tradicionais dos aglomerados rurais, desde que o município
c) Os parâmetros a cumprir no dimensionamento das infraestruturas
reconheça que tal se justifica por razões de integração na envolvência
viárias — faixas de rodagem, estacionamentos laterais, passeios e áreas
ou de coerência formal da imagem urbana;
para estacionamento — serão estabelecidos em regulamentação própria,
b) Nos casos mencionados na alínea anterior, a edificabilidade máxima
a aprovar pelo município, adotando-se, enquanto tal regulamentação não
a autorizar será a que resulta da aplicação do valor médio dos Ic corres-
entrar em vigor, os seguintes parâmetros mínimos:
pondentes às edificações existentes nas parcelas contíguas da parcela
Em áreas consolidadas com alinhamentos definidos, as características em causa ou a que for permitida ou estiver estabelecida em plano de
geométricas das vias públicas já existentes; salvaguarda e valorização, quando plenamente eficaz;
Nos restantes casos, faixas de rodagem com 3 m ou 6 m de largura, c) Nos casos em que se aplique o mecanismo de transferência de
conforme se destinem a um ou dois sentidos de circulação, e estaciona- capacidade construtiva previsto no artigo 25.º;
mento laterais, quando existam, com 1,80 m de largura; d) Nas situações de tecidos urbanos consolidados ou em consolida-
ção, em que a edificabilidade é regida por critérios morfo-tipológicos
5) As operações de loteamento a realizar em áreas abrangidas por definidos pelos tecidos e edificações existentes.
planos de urbanização, planos de pormenor ou outros projetos de orde-
namento urbanístico plenamente eficazes reger-se-ão pelos respetivos Artigo 24.º
regulamentos, aplicando-se de forma subsidiária as disposições do nú-
mero anterior quando aqueles forem omissos na matéria. Áreas disciplinadas por projetos
de ordenamento urbanístico
Artigo 21.º A edificabilidade a estabelecer em projetos de ordenamento urbanís-
tico obedecerá às seguintes regras:
Regime de cedências em loteamentos
1) A área bruta de construção máxima a adotar é a que resulta do
1 — O dimensionamento das áreas de cedência gratuita ao município valor obtido pela multiplicação do Ic estabelecido para cada caso pela
que, de acordo com as operações de loteamento, devam integrar o domí- área total de intervenção compreendida dentro dos limites dos espaços
nio público municipal será objeto de regulamento a aprovar pelos órgãos desta classe, depois de subtraída da área bruta total das edificações já
competentes do município, o qual estabelecerá os coeficientes e valores existentes dentro do mesmo perímetro e cuja demolição não seja prevista
padrão a aplicar nas diferentes situações tipo, bem como as condições a no próprio projeto;
cumprir quando esses parâmetros não forem acatados. 2) Os índices de construção médios a adotar não poderão exceder os
2 — Enquanto o regulamento referido no número anterior não entrar seguintes valores:
em vigor, o município poderá exigir áreas para integração no domínio
público, desde que sejam respeitadas as condições e regras seguintes: a) Os estabelecidos no n.º 1 do artigo 20.º correspondentes à categoria
de espaços onde se localiza a área de intervenção, quando esta não estiver
a) A área global máxima exigível para integração no domínio público, disciplinada por plano de urbanização;
correspondente à soma das áreas destinadas a espaços públicos verdes, b) Os estabelecidos para a zona onde se localiza a área de intervenção,
de utilização coletiva ou de circulação, e a equipamentos públicos ou quando existir plano de urbanização plenamente eficaz e desde que este
de utilidade pública, não poderá exceder o menor dos seguintes valores: não disponha de outro modo;
40 % da área total do terreno objeto da operação;
Aquele que garanta que do cumprimento das disposições legais e 3) Excetuam-se do disposto no número anterior:
regulamentares relativas à edificação aplicáveis ao local, nomeadamente a) Os casos de planos de salvaguarda e valorização de centros histó-
no que se refere a tipologias e cérceas, não resulte uma diminuição da ricos ou núcleos tradicionais dos aglomerados, se tal se mostrar impres-
edificabilidade estabelecida regulamentarmente para o referido local; cindível para a manutenção das características dominantes do conjunto
edificado;
b) Sem prejuízo do disposto na alínea anterior, a área máxima exigí- b) Os casos em que se aplique o mecanismo de transferência de
vel destinada especificamente a equipamentos públicos ou de utilidade capacidade construtiva previsto no artigo 25.º
pública não poderá ultrapassar o valor numericamente igual a 25 % da
área bruta de construção prevista na operação; 4) (Revogado.)
c) O município poderá sempre exigir que a operação preveja áreas desti- 5) A volumetria e área bruta globais de edificação previstas para a
nadas a espaços públicos — espaços verdes ou de utilização coletiva, arrua- área de intervenção, de acordo com o disposto nos números anteriores,
mentos viários e pedonais, estacionamentos — até um valor máximo global podem distribuir-se diferenciadamente pela área em estudo ou pelos
que não exceda 15 % da área total do terreno objeto da mesma operação; lotes a constituir, não se exigindo para cada um deles individualmente
d) Por comum acordo entre os interessados e o município, as áreas o cumprimento do Ic estabelecido ou acordado para o projeto.
referidas nas alíneas anteriores a contemplar nas operações de loteamento 6) Quando os projetos incidam sobre as áreas pertencentes à catego-
poderão ser superiores aos valores máximos aí estabelecidos. ria 1.4 — áreas periurbanas de Chaves, será ainda cumprido o disposto
no n.º 3 do artigo 20.º
3 — O regulamento mencionado no n.º 1 estabelecerá as condições
e os parâmetros de cálculo da compensação devida ao município pelo Artigo 25.º
proprietário do loteamento quando não houver lugar, por desnecessária, Transferências de capacidade construtiva
à cedência gratuita de áreas para integração no domínio público ou
quando a dimensão global das áreas a ceder para aquele fim for inferior Quando considere que daí resultará benefício para o interesse público,
ao valor resultante da aplicação dos coeficientes ou valores padrão que o município pode autorizar que a edificabilidade em parcelas ou áreas
forem estabelecidos no mesmo regulamento. pertencentes a espaços das categorias 1.1, 1.2 ou 1.3 ultrapasse os ín-
dices de construção estabelecidos para o local em que situam, através
da transferência de capacidade construtiva de outras parcelas, a realizar
Artigo 22.º
de acordo com os números seguintes:
Edificabilidade máxima
1) A transferência de capacidade construtiva só poderá realizar-se por
(Revogado.) livre e comum acordo entre o município e os interessados;
Diário da República, 2.ª série — N.º 76 — 18 de abril de 2018 11155

2) O suplemento de edificabilidade a autorizar terá de resultar da atividades a desenvolver e se o município considerar que se justifica
transferência da capacidade construtiva de outros terrenos localizados para atender a qualquer das seguintes situações:
no mesmo perímetro urbano, estabelecendo-se a seguinte correspondên- a) Alojamento coletivo de pessoal ao serviço;
cia entre o referido suplemento e a área total dos terrenos que cedem b) Alojamento de pessoal de vigilância ou segurança;
capacidade construtiva: c) Alojamento do proprietário ou gerente da unidade a instalar e sua
família.
C = At x Ic(t)
3 — O município pode estabelecer para a totalidade ou partes dos
em que: espaços integrados nesta classe vocações preferenciais ou exclusivas de
C é o suplemento de edificabilidade, expresso em metros quadrados, destino de utilização, desde que inseridas no âmbito dos usos e atividades
ou seja, a área bruta de construção a autorizar para além da que resul- referidos nos dois números anteriores.
taria da aplicação do Ic específico do local onde se situa a parcela ou
área de intervenção; Artigo 28.º
At é a área total dos terrenos que cedem a sua capacidade construtiva, Instalação avulsa de unidades industriais
expressa em metros quadrados;
Ic(t) é o índice de construção específico do local onde se situam os Na ausência de plano de pormenor ou operação de loteamento ple-
terrenos que cedem a sua capacidade construtiva, expresso em metros namente eficaz, a instalação avulsa de unidades industriais em parcelas
quadrados por metros quadrados; localizadas em espaços desta classe só poderá realizar-se desde que se
cumpram os requisitos expressos nos números seguintes:
3) O suplemento de edificabilidade a autorizar não pode ultrapassar 1) As parcelas destinadas à referida instalação, na área que estiver
50 % da área bruta de construção máxima admissível para a parcela integrada em espaço industrial, terão de:
ou área de intervenção correspondente ao Ic específico do local em
que se situa; a) Confrontar, numa extensão mínima de 20 m, com estrada ou arrua-
4) Os terrenos que perdem a sua capacidade construtiva nos termos mento que delimite o espaço industrial em questão;
dos números anteriores passam a possuir Ic = 0 e constituem-se em b) Possuir uma forma em planta que permita a inscrição de um re-
reserva para espaços de interesse ou utilidade públicos, a serem afetados tângulo com as dimensões de 20 m x 30 m, com o seu lado menor
à criação de vias, espaços ou zonas verdes públicas ou à instalação de sobreposto à berma da referida via;
equipamentos públicos ou de utilidade pública devidamente reconhecida
pelos órgãos competentes do município; 2) A implantação e a volumetria das edificações terão cumulativa-
5) (Revogado.) mente de:
6) (Revogado.) a) Assegurar que no interior da parcela em que se localizam venham
7) Não haverá lugar às cedências a que se refere o presente artigo a existir espaços destinados ao movimento de cargas e descargas e ao
quando o suplemento de edificabilidade que as originaria resultar de estacionamento próprio com dimensão suficiente para que não seja
disposições imperativas de planos municipais de ordenamento do terri- prejudicada a normal fluência de tráfego nas vias públicas;
tório ou de outros instrumentos legais ou regulamentares que disponham b) Adotar como alinhamento da fachada virada à via com que con-
da mesma força imperativa, salvo se tal suplemento decorrer de prévio fronta com a parcela o afastamento estabelecido para o local de acordo
acordo entre o município e os interessados; com as disposições legais ou regulamentares em vigor, o qual não poderá
8) (Revogado.) ser inferior a 30 m;
9) Os acordos de transferência de capacidade construtiva celebrados c) Manter um afastamento mínimo de 5 m às estremas da parcela e,
ao abrigo das disposições do presente artigo serão tornados públicos em simultâneo, um afastamento mínimo de 30 m às linhas limite do
pelo município através de edital. espaço industrial estabelecidas na planta de ordenamento;
d) Não ultrapassar os seguintes índices urbanísticos, aplicados à área
Artigo 26.º de parcela integrada no espaço industrial:
Alinhamentos das edificações e dos muros de vedação Ic = 0,8 m2/m2;
Área de implantação — 70 %;
1 — A implantação das edificações e dos muros de vedação con-
finantes com a via pública em espaços pertencentes a qualquer das 3) Quando a parcela destinada à instalação confrontar com estrada
categorias desta classe cumprirá os alinhamentos especificamente es- nacional ou municipal, exigir-se-á que:
tabelecidos para o local.
2 — Quando estes não existirem, adotar-se-ão os seguintes critérios a) A área compreendida entre as edificações e a plataforma da estrada
para a sua definição caso a caso: contenha espaços de aparcamento pavimentado com dimensão adequada
às necessidades geradas pelas atividades a instalar, sendo o espaço
a) Para edificações em parcelas confinantes com vias para as quais sobrante, se existir, devidamente tratado;
estejam definidos, em diploma legal ou regulamentar, afastamentos b) Ao longo da estrada e junto à sua berma seja instalado um separador
mínimos das mesmas às referidas vias tomar-se-ão esses afastamentos não transponível pelo tráfego automóvel, estabelecendo um máximo de
como alinhamentos imperativos; duas ligações entre a mesma estrada e a área de estacionamento, obri-
b) Para edificações em parcelas confinantes com vias que não estejam gatoriamente localizados nos pontos extremos da linha de confrontação
na situação referida na alínea anterior tomar-se-ão como alinhamentos da parcela com a plataforma da estrada;
imperativos os afastamentos mínimos estabelecidos na lei geral para os c) Seja pavimentada e destinada à circulação automóvel, dentro da
caminhos municipais; parcela, uma faixa contígua ao separador atrás referido com uma largura
c) O alinhamento dos muros de vedação será definido pelo município máxima de 5 m;
para cada caso concreto, respeitando as imposições legais eventualmente
aplicáveis ao local, e será estabelecido de forma a garantir uma conve- 4) Quando for autorizada uma componente habitacional no âmbito
niente articulação com as condições da envolvência. da instalação cumprir-se-ão as seguintes regras:
a) A área edificada destinada a fins habitacionais será contabilizada
para efeitos de cumprimento dos índices urbanísticos atrás estabelecidos;
SECÇÃO III b) A referida área não poderá constituir-se em fração autónoma da
restante área edificada, passível de comercialização separada desta;
Espaços industriais (classe 2) c) Se a instalação se construir por fases, a licença de utilização da
parte edificada destinada a habitação ou alojamento só será concedida
Artigo 27.º em simultâneo com a da última fase;
Destino de uso d) Nos casos referidos nas alíneas b) ou c) do n.º 2 do artigo anterior
a respetiva área bruta de construção não poderá exceder 5 % da área
1 — Os espaços pertencentes a esta classe destinam-se à instala- bruta total da unidade a instalar;
ção de unidades industriais, podendo porém o município autorizar a
construção de edifícios para armazéns ou instalações comerciais, que 5) Ficará a cargo da entidade proprietária da unidade industrial,
ficarão subordinados à disciplina de edificabilidade aqui instituída para mediante compromisso formal assumido por quem juridicamente
instalações industriais. a obrigue, a construção, manutenção e gestão dos sistemas que
2 — As instalações referidas no número anterior poderão englobar garantam de modo permanente e eficaz o controlo e tratamento dos
uma componente de habitação, se tal for compatível com a natureza das efluentes eventualmente produzidos, a eliminação de todas as formas
11156 Diário da República, 2.ª série — N.º 76 — 18 de abril de 2018

de degradação ambiental resultante da laboração e a preservação ou recursos e ainda, em casos devidamente justificados e como tal aceites
utilização controlada dos recursos naturais; pelo município, as destinadas à instalação de indústrias de transformação
6) Cumulativamente com todas as disposições anteriores, na ins- dos próprios produtos da exploração.
talação e laboração das unidades existentes ou a criar nestes espaços 3 — As formas de exploração a utilizar não podem em circunstância
serão cumpridas todas as disposições legais e regulamentares em vigor alguma comprometer a vocação ou os usos dos espaços envolventes,
aplicáveis a cada situação e atividade concreta; ficando para tal a entidade responsável pela exploração obrigada a
7) A instalação avulsa de unidades industriais em áreas integradas tomar as medidas necessárias a garantir esse objetivo, especialmente
em espaços desta classe que estejam subordinadas a plano de pormenor quando se tratar de localizações nas proximidades de espaços urbanos
ou operação de loteamento plenamente eficaz reger-se-á pela respetiva e urbanizáveis ou de espaços culturais e naturais.
disciplina, que terá de respeitar as disposições do artigo seguinte.
Artigo 31.º
Artigo 29.º
Condições de edificabilidade
Áreas disciplinadas por plano de pormenor
ou operação de loteamento 1 — Às edificações a autorizar em áreas integradas na classe de espa-
ços para indústrias extrativas aplicam-se, com as devidas adaptações, as
1 — A disciplina de ocupação a instituir em planos de pormenor de seguintes disposições relativas às instalações industriais:
áreas integradas nesta classe deverá contemplar os seguintes requisitos,
cumulativamente com todas as disposições legais e regulamentares a) O n.º 2 do artigo 27.º;
aplicáveis a cada caso: b) As alíneas b) a d) do n.º 4 do artigo 28.º;
c) O n.º 5 do artigo 28.º
a) Para além dos lotes destinados às instalações empresariais, serão
sempre previstas áreas para: 2 — Cumulativamente com o disposto no número anterior, na ins-
Faixas envolventes de proteção ambiental e visual, que terão uma lar- talação e laboração das unidades existentes ou a criar nestes espaços
gura mínima de 30 m quando se situarem ao longo do perímetro externo serão cumpridas todas as disposições legais e regulamentares em vigor
dos espaços industriais estabelecidos na planta de ordenamento; aplicáveis a cada situação e atividade concreta.
Arruamentos de acesso, estacionamentos e outros espaços públicos;
Equipamentos e serviços de apoio; Artigo 32.º
Integração e compatibilização de eventuais núcleos habitacionais, Recuperação das áreas esgotadas ou abandonadas
edificações ou usos não industriais preexistentes que o município en-
tenda manter; 1 — Qualquer área que deixe de ser explorada por esgotamento
do recurso, por necessidades da própria laboração ou por abandono
b) Nas faixas de proteção será interdita a execução de quaisquer da exploração será objeto das medidas de recuperação paisagística
construções, devendo prever-se a sua arborização ou reforço de coberto previstas na legislação aplicável, reconstituindo os terrenos para
vegetal, quando necessários, de modo a garantir a integração paisagística utilização segundo as finalidades a que estavam adstritos antes do
do local; início da exploração ou as que forem determinadas pelas entidades
c) As áreas para equipamentos e serviços de apoio terão as dimensões competentes.
e características adequadas aos programas a instalar que previamente 2 — Findos os trabalhos de recuperação atrás referidos, as áreas
hajam sido definidos pelo município; objeto dos mesmos passarão a subordinar-se à disciplina das classes e
d) O disposto nos n.os 3 e 4 do artigo anterior, quando aplicável; categorias de espaços correspondentes às finalidades de utilização para
e) A edificabilidade máxima a estabelecer para o conjunto da área que foram recuperados.
destinada a lotes industriais é a que resulta da aplicação cumulativa dos 3 — A adoção de finalidades de utilização dos terrenos recuperados
seguintes índices à referida área: para usos ou ocupações correspondentes às classes 1 — espaços urbanos
Ic = 0,8 m2/m2; e urbanizáveis ou 2 — espaços industriais exige a criação de um novo
Área de implantação — 70 %. espaço a incorporar numa das classes referidas e só poderá ser autorizada
ao abrigo de plano de pormenor ratificado superiormente.
2 — Os planos de pormenor deverão ainda indicar as soluções técnicas
e as formas institucionais a adotar para garantir um eficaz controlo, tra-
tamento e correto destino final dos efluentes e resíduos sólidos, líquidos SECÇÃO V
ou gasosos resultantes da laboração, a eliminação de cheiros, ruídos e
outras formas de degradação ambiental e a preservação ou utilização Espaços agrícolas e florestais (classe 4)
controlada dos recursos naturais.
3 — As operações de loteamento de áreas integradas nesta classe cum- Artigo 33.º
prirão as disposições dos números anteriores e ainda, na parte aplicável, Categorias de espaços agrícolas e florestais
o disposto nos artigos 20.º e 21.º, relativos a operações de loteamento
urbano e ao respetivo regime de cedências. 1 — De acordo com as aptidões e características específicas em ter-
mos de adequação diferenciada aos vários tipos de atividades agrícolas,
Artigo 29.º-A pecuárias, silvo-pastoris ou florestais, os espaços que constituem esta
classe subdividem-se nas seguintes categorias e subcategorias:
Parque Empresarial de Chaves
Categoria 4.1 — espaços florestais:
As regras de uso, ocupação e transformação do solo aplicáveis ao
Parque Empresarial de Chaves (PEC) são as estabelecidas na Secção III Subcategoria 4.1.A — espaços florestais comuns;
(Espaços Industriais Classe 2), do Capítulo II (Usos dominantes do Subcategoria 4.1.B — espaços florestais condicionados;
solo e edificabilidade), cumulativamente com as estabelecidas no Ane-
xo 5 — Unidades Operativas do Parque Empresarial de Chaves, preva- Categoria 4.2 — espaços agrícolas:
lecendo este último nos casos em que as regras sejam divergentes. Subcategoria 4.2.A — espaços agrícolas defendidos;
Subcategoria 4.2.B — espaços agrícolas condicionados;
SECÇÃO IV Categoria 4.3 — espaços agroflorestais:
Espaços para indústrias extrativas (classe 3) Subcategoria 4.3.A — espaços agroflorestais comuns;
Subcategoria 4.3.B — espaços agroflorestais condicionados.
Artigo 30.º
2 — A categoria 4.1 integra as zonas de território concelhio particu-
Estatuto de ocupação e utilização larmente vocacionadas para os usos florestais que englobam a gene-
1 — Nos espaços integrados nesta classe não são permitidas alterações ralidade das áreas atualmente submetidas ao regime florestal, sendo a
aos seus atuais usos ou outras ações que, pela sua natureza ou dimen- subcategoria 4.1.B constituída pelas áreas desta categoria que também
são, comprometam o aproveitamento e exploração dos seus recursos fazem parte da Reserva Ecológica Nacional.
minerais. 3 — A categoria 4.2 incorpora as áreas pertencentes à Reserva
2 — Nestes espaços não são permitidas novas construções, exceto Agrícola Nacional, em que se engloba a área do aproveitamento
aquelas que se destinarem a apoio direto à exploração dos referidos hidroagrícola da veiga de Chaves, incluída nesta classe, sendo a
Diário da República, 2.ª série — N.º 76 — 18 de abril de 2018 11157

subcategoria 4.2.B constituída pelas áreas desta categoria que também 2) Instalações agropecuárias — a edificação de estábulos, salas de
fazem parte da Reserva Ecológica Nacional. ordenha, pocilgas ou quaisquer outras instalações para criação de gado
4 — Na categoria 4.3 incluem-se as áreas que apresentam aptidões ou alojamento de animais cumprirá as seguintes regras:
indiferenciadas para atividades agrícolas, pecuárias, silvo-pastoris ou
a) Devem implantar-se, preferencialmente, em parcelas pertencentes à
florestais, em que se integra o remanescente dos espaços desta classe não
categoria 4.3 — espaços agroflorestais, só se admitindo a sua implanta-
pertencentes a qualquer das duas categorias acima enumeradas, sendo a
ção em parcelas pertencentes a qualquer das outras categorias de espaços
subcategoria 4.3.B constituída pelas áreas desta categoria que também
que integram esta classe no caso de reaproveitamento de instalações
fazem parte da Reserva Ecológica Nacional.
preexistentes ou quando o município reconheça que o interessado não
dispõe de alternativa de localização economicamente viável e sem
Artigo 34.º prejuízo dos condicionamentos impostos por outras entidades que even-
Usos dominantes e seus condicionamentos tualmente detenham jurisdição sobre o local;
b) A sua localização e implementação cumprirão todos os condicio-
1 — Os solos integrantes desta classe não podem ser objeto de quais- namentos legais aplicáveis a cada caso, tendo ainda de garantir, quando
quer ações que diminuam ou destruam as suas potencialidades, salvo outros parâmetros não estiverem legal ou regularmente estabelecidos,
as previstas neste Regulamento e as exceções consignadas na lei geral, um afastamento mínimo de 200 m, quando se trate de instalações de
quando aplicáveis. suínos ou caprinos, e 100 m, nas restantes explorações, às linhas limites
2 — Nos espaços que integram esta classe não é permitida a realização dos aglomerados — classe de espaços urbanos e urbanizáveis — e a
de operações de loteamento urbano. quaisquer outras edificações existentes, licenciadas, ou previstas em
3 — As áreas pertencentes a qualquer das categorias desta classe projetos de ordenamento urbano plenamente eficazes, exceto aquelas
integradas na Reserva Agrícola Nacional, no aproveitamento hidroagrí- que se destinem exclusivamente a atividades agrícolas, agropecuárias
cola da veiga de Chaves ou na Reserva Ecológica Nacional, que estão ou florestais;
devidamente assinaladas nas plantas de ordenamento e de condicionan- c) As parcelas onde se localizam deverão possuir uma dimensão tal
tes, subordinam-se aos respetivos regimes e seus condicionamentos, que a distância entre o perímetro destas edificações e as estremas da
cumulativamente com as disposições do presente Regulamento. parcela nunca seja inferior a 10 m;
4 — Excetua-se dos condicionamentos constantes dos números ante- d) As edificações desenvolver-se-ão num só piso acima do solo;
riores a construção de equipamentos, instalações ou infraestruturas de e) Sem prejuízo do disposto nas duas alíneas anteriores, a área bruta
interesse público reconhecido formalmente pelo município e por todas de construção máxima admissível para o conjunto edificado é a que
as entidades com jurisdição sobre a área em que se localizem, e desde corresponder à aplicação do Ic = 0,25 m2/m2 à área da parcela;
que de acordo com as exigências da legislação aplicável a cada situação. f) Nas situações de reaproveitamento de instalações preexistentes, as
disposições das alíneas c), d) e e) só se aplicam às eventuais aplicações
Artigo 35.º das mesmas.
Usos supletivos
3) Sem prejuízo do cumprimento de todos os condicionamentos
1 — Para além dos casos referidos no n.º 4 do artigo anterior, nos legais e regulamentares aplicáveis a cada situação, o disposto nas
espaços que integram esta classe e suas categorias só poderão ser autori- alíneas anteriores não se aplica a instalações familiares em regime
zadas, como usos supletivos do uso dominante, as atividades, edificações, caseiro, podendo estas ficar a 50 m das linhas limites dos aglome-
instalações e infraestruturas a seguir enumeradas: rados — classe de espaços urbanos e urbanizáveis — e a quaisquer
a) Instalações diretamente adstritas às explorações agrícolas, pecuá- outras edificações preexistentes, licenciadas ou previstas em projetos
rias, silvo-pastoris ou florestais; de ordenamento urbano plenamente eficazes.
b) Habitações unifamiliares;
c) Empreendimentos de turismo no espaço rural; Artigo 37.º
d) As atividades correspondentes às situações especiais especifica-
Edifícios destinados a habitação
das na secção IX deste capítulo, de acordo com as disposições que a
integram. 1 — Só poderão ser autorizadas novas edificações destinadas a ha-
bitação que se localizem em parcelas para as quais seja apresentada
2 — As autorizações a que se refere o número anterior ficam ainda prova documental de que a área da parcela é de pelo menos 40 000 m2
condicionadas aos seguintes requisitos: ou 20 000 m2, conforme se localize, respetivamente, dentro da área de
a) O equilíbrio da paisagem não poderá ser perturbado pelas ativida- proteção à zona urbana de Chaves delimitada na planta de ordenamento
des, instalações ou edificações em causa, em razão da sua localização, ou fora daquela área.
volumetria ou aspeto exterior, nem pelas obras referentes à instalação das 2 — Verificada a condição expressa no número anterior e ainda os
infraestruturas julgadas necessárias em cada caso pelo município, sendo requisitos gerais estipulados no n.º 2 do artigo 35.º, as edificações a
encargo e da responsabilidade do interessado as medidas necessárias a autorizar deverão obedecer às seguintes regras:
garantir aquele objetivo; a) O conjunto edificado poderá albergar uma só habitação unifa-
b) Terão de estar garantidas a obtenção da água potável e energia miliar;
elétrica, a eficaz eliminação de esgotos e acesso automóvel à construção, b) A área bruta de construção máxima admissível para o conjunto
sem prejuízo para terceiros, mediante a apresentação das autorizações edificado é a que corresponde à aplicação do Ic = 0,05 m2/m2 à área
e licenças legalmente exigíveis e dos projetos técnicos necessários, da parcela;
sendo da responsabilidade e encargo do proprietário a realização das c) O conjunto edificado tem de garantir um afastamento mínimo de
respetivas obras; 200 m a qualquer instalação agropecuária já existente, salvo se esta se
c) Terão de ser cumpridos os condicionamentos e a tramitação legal situar dentro da própria parcela e estiver devidamente licenciada;
aplicáveis a cada caso, quando o local destinado à edificação ou insta- d) As edificações novas implantar-se-ão a uma distância mínima de
lação se situar em área subordinada aos regimes da Reserva Agrícola 10 m de qualquer estrema de parcela;
Nacional, do aproveitamento hidroagrícola da veiga de Chaves ou da e) As edificações novas não poderão ultrapassar a altura de 7,5 m;
Reserva Ecológica Nacional, ou sujeita a qualquer outra servidão ad- f) A área total do solo impermeabilizado pelas edificações, anexos,
ministrativa ou restrição de utilidade pública. pátios e outros recintos exteriores pavimentados não poderá exceder
8 % da área da parcela integrada nesta classe.
Artigo 36.º
3 — As condições estipuladas no n.º 1 não são exigíveis quando se
Instalações adstritas às explorações trate de edificações para habitação promovidas por entidades públicas
As instalações adstritas às explorações agrícolas, pecuárias, silvo- e que se destinem a responder às próprias necessidades de exploração
-pastoris ou florestais só poderão ser autorizadas se cumprirem os se- ou salvaguarda dos recursos agroflorestais.
guintes requisitos, cumulativamente com as regras gerais constantes 4 — Na recuperação ou reconversão de usos de edifícios preexis-
do artigo anterior: tentes não se exige a verificação do disposto no n.º 1, mas terão de ser
cumpridas as disposições constantes das alíneas a) e c) do n.º 2, sendo
1) Instalações de apoio às atividades agrícola, silvo-pastoril ou flores- admissível em tais casos uma ampliação da área edificada até ao máximo
tal que não se destinem a albergar animais — a área total de construção de 20 % da área de edificação preexistente.
deste tipo de edificações não poderá exceder os seguintes valores, em 5 — Na envolvência imediata dos aglomerados, em áreas exteriores
função do valor A da área da parcela em que se localizem: ao seu perímetro e exclusivamente ao longo dos troços das suas vias
a) 25 % x A, se A não exceder 1000 m2; de acesso para tal demarcados na planta de ordenamento, o município
b) 250 m2 + 10 % (A-1000 m2), se A for superior 1000 m2; poderá autorizar a construção de edifícios destinados a habitação, em par-
11158 Diário da República, 2.ª série — N.º 76 — 18 de abril de 2018

celas confinantes com as mesmas vias, nos termos da disciplina constante Artigo 41.º
do n.º 2 a n.º 4 deste artigo, com as seguintes adendas e alterações: Estatuto de ocupação e utilização dos espaços culturais
a) A parcela terá de possuir uma área mínima de 2500 m2 e confrontar e de uso diversificado (categorias 5.1 e 5.2)
com a via de referência numa extensão mínima de 30 m, não se aplicando 1 — As formas de ocupação e utilização de cada um dos espaços
o disposto no n.º 1; pertencentes às categorias 5.1 — espaços culturais ou 5.2 — espaços de
b) O valor do Ic referido na alínea b) do n.º 2 passa a ser de 0,10 m2/ uso diversificado devem ser disciplinadas por planos de ordenamento,
m2, não podendo em nenhum caso a área bruta de construção exceder cujas disposições garantirão a preservação e valorização dos elementos
350 m2; patrimoniais em causa e otimizarão as condições da sua fruição pública.
c) A edificação implantar-se-á junto da via de referência, com o ali- 2 — Na elaboração e nas disposições a adotar nos referidos planos
nhamento estabelecido pelo município para o local, não se aplicando o de ordenamento deve atender-se ao seguinte:
disposto na alínea d) do n.º 2;
d) A percentagem referida na alínea f) do n.º 2 passa a ser de 15 %, a) Os planos poderão contemplar a instalação de equipamentos de
não podendo em nenhum caso a área total de solo impermeabilizado tipo turístico ou de recreio e lazer dentro dos respetivos perímetros de
exceder 450 m2. intervenção, bem como a integração urbanística de núcleos de edificação
habitacional já existentes;
Artigo 38.º b) Os índices de construção referentes às áreas ou parcelas que vierem
Empreendimentos de turismo no espaço rural eventualmente a ser dotadas de capacidade construtiva para as finalidades
referidas na alínea a) não poderão ultrapassar os valores estipulados no
1 — Consideram-se empreendimentos de turismo no espaço rural artigo 22.º deste Regulamento para a categoria 1.3 — outros aglomera-
aqueles que a lei define como tal. dos da classe de espaços urbanos e urbanizáveis.
2 — Estes empreendimentos, com exceção dos parques de campismo
e de caravanismo, terão de cumprir as seguintes exigências, cumulativa- 3 — Salvo para atender a situações de emergência para salvaguarda
mente com os requisitos gerais estipulados no n.º 2 do artigo 35.º: das suas características e potencialidades fundamentais, não são autoriza-
a) (Revogada.) das alterações aos atuais uso e ocupação do solo em espaços pertencentes
b) O disposto nas alíneas b) a f) do n.º 2 do artigo anterior, com as a estas categorias enquanto não forem plenamente eficazes os planos de
ressalvas de que o valor do Ic mencionado na alínea b) será nestes ordenamento referidos no n.º 1.
casos de 0,15 m2/m2 e de que a percentagem referida na alínea f)
será de 15 %; Artigo 42.º
c) O disposto no n.º 4 do artigo anterior, quando se tratar das situações Estatuto de ocupação e utilização dos espaços
de recuperação ou reconversão de usos aí referidas. de interesse paisagístico (categoria 5.3)
3 — Os parques de campismo e de caravanismo terão de respeitar 1 — Nos espaços integrados nesta classe são proibidas as ações de
os requisitos gerais estabelecidos no n.º 2 do artigo 35.º e localizar-se- iniciativa pública ou privada que se traduzam em operações de lo-
-ão de modo a cumprir o afastamento referido na alínea c) do n.º 2 do teamento, obras de urbanização, construção de edifícios, instalação
artigo anterior, só sendo autorizadas novas edificações se se destinarem de empreendimentos industriais ou turísticos, obras hidráulicas, vias
exclusivamente a instalações de apoio ao funcionamento do parque de comunicação, aterros, escavações, destruição do coberto vegetal e
e se cumprirem o disposto nas alíneas b), d), e) e f) do preceito atrás explorações de recursos geológicos.
mencionado. 2 — Sem prejuízo das competências legais de outras entidades com
jurisdição sobre a área em causa, excetuam-se do disposto no número
Artigo 39.º anterior:
Equipamentos e infraestruturas de interesse público a) Os atuais usos do solo ou atividades que possam ser considerados
Aos equipamentos e infraestruturas de interesse público, quando preexistências nos termos do artigo 5.º, nomeadamente o uso florestal que
integrarem instalações destinadas ao alojamento ou à permanência não ponha em causa, direta ou indiretamente, o equilíbrio paisagístico
continuada de pessoas, aplica-se o disposto no n.º 2 do artigo anterior. ou ecológico do local;
b) A realização das ações que, pela sua natureza e dimensão, sejam
insuscetíveis de prejudicar o equilíbrio paisagístico ou ecológico locais,
SECÇÃO VI incluindo a construção de pequenas infraestruturas de apoio direto aos
usos acima referidos ou à proteção dos recursos, desde que devidamente
Espaços culturais e naturais (classe 5) justificadas;
c) As realizações já previstas neste Plano Diretor Municipal;
Artigo 40.º d) Ações de interesse público ou de alto interesse para o desenvol-
vimento do concelho, desde que estas sejam prévia e formalmente
Categorias de espaços culturais e naturais reconhecidas como tal pelo município.
1 — De acordo com a natureza e características dos valores patrimo-
niais em causa, os espaços que constituem esta classe subdividem-se 3 — Excetuam-se ainda do disposto no n.º 1 a recuperação, recons-
nas seguintes categorias: trução ou reconversão de usos de edificações preexistentes, desde que
destinados a empreendimentos de turismo no espaço rural, aplicando-se
Categoria 5.1 — espaços culturais; em tais casos a disciplina instituída pelo artigo 38.º
Categoria 5.2 — espaços de uso diversificado;
Categoria 5.3 — espaços de interesse paisagístico.
SECÇÃO VII
2 — Na categoria 5.1 incluem-se os espaços que integram valores
importantes do património arqueológico ou edificado concelhio e áreas Espaços para infraestruturas e equipamentos (classe 6)
envolventes a eles adstritas.
3 — Na categoria 5.2 incluem-se os espaços destinados ao desenvol- Artigo 43.º
vimento mais intensivo, isoladamente ou em conjunto, de atividades
culturais, religiosas, recreativas, desportivas ou de lazer em geral, po- Caracterização
dendo eventualmente integrar elementos patrimoniais arqueológicos, 1 — De acordo com a natureza dos usos neles existentes, os espaços
edificados ou naturais. para infraestruturas e equipamentos incluem:
4 — A categoria 5.3 integra as áreas do território concelhio que cons-
tituem o seu património natural mais sensível nos aspetos paisagístico a) As áreas adstritas ao atual aeródromo, incluindo as ocupadas com
e ambiental e não incluídas na classe de espaços agrícolas e florestais, as respetivas instalações de apoio;
compreendendo, nomeadamente: b) As áreas ocupadas pelos depósitos municipais de lixos e resíduos
sólidos, englobando as suas faixas envolventes de proteção;
a) Áreas de especial valor cénico-paisagístico ou ambiental; c) As áreas adstritas às estações de tratamento de águas residuais ou
b) Os leitos dos cursos de água e suas margens; a outras instalações destinadas ao mesmo fim;
c) Elementos patrimoniais arqueológicos ou edificados localiza- d) As áreas adstritas às instalações de captação, tratamento, bomba-
dos no interior das áreas referidas nas alíneas anteriores, quando gem ou armazenamento de água destinada às redes públicas de abas-
não se integram em espaços pertencentes a qualquer das outras tecimento;
categorias desta classe. e) As subestações das redes elétricas;
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f) As antenas e postos retransmissores das redes de telecomunicações; c) Estrada nacional n.º 103.
g) Áreas para outros equipamentos ou infraestruturas localizadas fora d) Estrada nacional n.º 103-5;
dos perímetros urbanos. e) Estrada nacional n.º 213;
f) Estrada nacional n.º 311, desde o limite do concelho de Boticas ao
2 — Incluem-se ainda nesta classe os espaços destinados à futura entroncamento com a estrada nacional n.º 2;
instalação de infraestruturas ou equipamentos dos tipos mencionados g) Eixo fronteiriço;
no número anterior. h) Variante proposta à estrada nacional n.º 103, em Curalha, e seu
prolongamento até à estrada nacional n.º 2;
Artigo 44.º i) Vias de ligação dos nós do itinerário principal n.º 3 à cidade de
Chaves, até ao limite do seu perímetro urbano.
Estatuto de ocupação e utilização
1 — Nos espaços que integram esta classe só são permitidos os usos e 3 — O estatuto de espaço-canal, com todas as suas implicações, será
ocupações diretamente relacionados com a sua função ou com esta com- aplicado às eventuais variantes das vias designadas no número anterior
patíveis, de acordo com os respetivos estatutos de funcionamento, planos, à medida que forem sendo construídas.
projetos ou outros instrumentos reguladores das mesmas atividades. 4 — Os troços de estrada substituídos pelas variantes referidas no
2 — Nas áreas destinadas à instalação ou expansão das infraestruturas número anterior deixam de constituir espaços-canais, salvo nos se-
referidas nesta secção não são permitidas transformações dos atuais usos guintes casos:
do solo que prejudiquem ou dificultem essa instalação ou expansão. a) Quando a lei geral disponha de outro modo;
3 — Os espaços destinados a infraestruturas devem englobar as áreas b) Quando eles se mantenham integrados na rede rodoviária nacional.
de segurança ou proteção próximas exigidas pela natureza específica
de cada uma delas. 5 — Para efeitos do disposto no número anterior, não se considera o
4 — No caso dos depósitos municipais de resíduos sólidos, a área itinerário principal n.º 3 como variante de qualquer das restantes vias
de proteção referida no número anterior é constituída por uma faixa enumeradas no n.º 2.
envolvente do depósito propriamente dito com uma largura mínima de
100 m, que deve ser vedada pelo seu perímetro exterior, dentro da qual
Artigo 48.º
será criada uma cortina verde de proteção visual e só será permitido
edificar instalações de apoio direto à gestão do mesmo depósito. Estatuto de utilização
5 — As áreas que vierem a ser adstritas a novas instalações de infraes- 1 — As áreas integradas nos espaços-canais só podem ser utilizadas
truturas ou equipamentos dos tipos mencionados no artigo 43.º passarão para os fins consignados no respetivo estatuto, sendo interditas todas
a ficar subordinadas às disposições da presente secção. as ações ou ocupações que impeçam ou prejudiquem o seu normal
funcionamento.
2 — Sem prejuízo das disposições legais em vigor, quando mais
SECÇÃO VIII restritivas, e das competências de outras entidades com jurisdição sobre
Espaços-canais (classe 7) cada caso, não é permitida a criação de novos acessos particulares de
pessoas ou veículos às vias que constituem espaços-canais integrados na
categoria 7.2 — rede rodoviária fundamental nem a construção de novas
Artigo 45.º
edificações em parcelas cujo único acesso automóvel à via pública se faça
Caracterização diretamente através dos mesmos espaços, com as seguintes exceções:
1 — Constitui espaço-canal todo o espaço próprio de cada infraestru- a) Os casos e situações expressamente previstos na lei;
tura da posse da entidade com jurisdição sobre a mesma, incluindo as b) Áreas de serviço ou postos de abastecimento de combustíveis;
áreas adjacentes imprescindíveis à sua implantação e funcionamento, c) Equipamentos ou infraestruturas de apoio a serviços de utilidade
tais como obras de arte, viadutos, bermas, taludes, trincheiras, valetas, pública, desde que tal decorra das exigências do seu funcionamento;
aquedutos e elementos similares. d) Os casos previstos noutras disposições do presente Regulamento,
2 — Quando as áreas ou faixas adstritas às infraestruturas acima nomeadamente na secção IX do presente capítulo, desde que realizados
mencionadas forem vedadas, considera-se como espaço-canal toda a de acordo com a respetiva disciplina.
área compreendida no interior das mesmas vedações.
3 — Os condicionamentos estabelecidos no número anterior não
3 — De acordo com a sua natureza específica, os espaços-canais
se aplicam aos troços de margens das vias que confrontam com es-
subdividem-se nas seguintes categorias:
paços integrados na classe 1 — espaços urbanos e urbanizáveis, na
Categoria 7.1 — rede de rega fundamental; classe 2 — espaços industriais, na classe 3 — espaços para indústrias
Categoria 7.2 — rede rodoviária fundamental. extrativas, nas categorias 5.1 — espaços culturais ou 5.2 — espaços
de uso diversificado da classe 5 — espaços culturais e naturais, ou
Artigo 46.º na classe 6 — espaços para infraestruturas e equipamentos, salvo nas
extensões devidamente assinaladas na planta de ordenamento, onde
Rede de rega fundamental (categoria 7.1) aqueles condicionamentos se mantêm.
1 — Nesta categoria inclui-se o atual canal de rega que faz parte 4 — As disposições dos números anteriores poderão ser alteradas
integrante do aproveitamento hidroagrícola da veiga de Chaves. no que se refere aos troços de espaços-canais situados no interior de
2 — Poderão integrar-se nesta categoria os canais, adutoras ou con- perímetros a sujeitar a plano de urbanização ou projeto de ordenamento
dutas a executar futuramente no âmbito dos projetos relativos aos apro- urbanístico, passando a prevalecer a disciplina instituída pelos mesmos
veitamentos hidroagrícolas. a partir do momento em que se tornem plenamente eficazes, de acordo
com a tramitação legal.
Artigo 47.º
Rede rodoviária fundamental (categoria 7.2) SECÇÃO IX
1 — Esta categoria é constituída pelas áreas adstritas às seguintes
infraestruturas viárias: Situações especiais
a) Estradas existentes ou futuras integradas na rede rodoviária nacio- Artigo 49.º
nal, de acordo com o Plano Rodoviário Nacional;
b) Para além das referidas na alínea anterior, outras vias estruturantes Disposições genéricas
da acessibilidade externa do concelho, conforme indicadas no n.º 2; 1 — As disposições que integram a presente secção estabelecem os
c) Outras estradas ou vias para as quais estejam ou venham a ser critérios orientadores da intervenção do município no exercício das suas
instituídas restrições ou proibições relativas a acessos marginais parti- competências de licenciamento, autorização, aprovação ou emissão de
culares às mesmas. parecer sobre determinados atos ou atividades que se pretendam loca-
lizar ou exercer em espaços não pertencentes às classes ou categorias
2 — Constituem vias estruturantes de acessibilidade externa do con- especificamente designados ou vocacionados para o efeito.
celho as seguintes estradas, designadas de acordo com a sua denomi- 2 — A disciplina instituída pelas disposições da presente secção é
nação atual: cumulativa com as disposições relativas a servidões administrativas,
a) Itinerário principal n.º 3 (IP3/A24); restrições de utilidade pública e demais condicionamentos legais ou
b) Estrada nacional n.º 2; regulamentares, incluindo os referentes à ocupação de terrenos baldios
11160 Diário da República, 2.ª série — N.º 76 — 18 de abril de 2018

ou de áreas integradas no perímetro do aproveitamento hidroagrícola da 2 — Quando se tratar de depósitos ou armazéns de combustíveis, é
veiga de Chaves, e não dispensa a tramitação processual de licenciamento ainda admissível a sua localização em espaços industriais ou em espaços
estabelecida para cada situação pela legislação em vigor. urbanos e urbanizáveis, desde que sejam destinados exclusivamente ao
3 — Conjuntamente com as deliberações favoráveis tomadas no âm- serviço e abastecimento dos respetivos usos e atividades dominantes e
bito das disposições desta secção, o município deverá sempre exigir aos sejam cumpridos todos os condicionamentos de segurança legalmente
interessados o acatamento de medidas de proteção e salvaguarda do meio estabelecidos.
envolvente destinadas a garantir: Artigo 53.º
a) A integração visual e paisagística dos empreendimentos, instalações Instalações industriais e armazéns
ou atividades em causa;
b) O controlo dos efluentes e de quaisquer outros efeitos nocivos nas 1 — É admissível a instalação de unidades industriais fora dos espaços
condições ambientais; pertencentes à classe 2 — espaços industriais, desde que se trate de indús-
c) A segurança de pessoas e bens, quer no interior das áreas adstritas trias das classes C ou D referidas no Regulamento do Exercício de Atividade
ao empreendimento ou atividade, quer muito particularmente nas áreas Industrial, e aqueles se localizem em espaço florestal ou em espaço agro-
que lhes são exteriores; florestal comuns, e sem prejuízo do cumprimento dos condicionamentos
d) A não perturbação ou agravamento das condições de tráfego e a legalmente estipulados para cada atividade industrial concreta.
segurança da circulação nas vias públicas de acesso aos empreendi- 2 — É ainda admissível a instalação de unidades industriais das classes
mentos ou atividades. acima referidas em espaços de uso diversificado — categoria 5.2 —,
desde que de acordo com a disciplina de planos de urbanização ou
4 — Nas situações que considere sensíveis do ponto de vista eco- projetos de ordenamento urbanístico plenamente eficazes.
lógico ou ambiental, o município poderá exigir, nos termos da lei, e 3 — As unidades industriais referidas nos números anteriores poderão
previamente à sua tomada de decisão, a apresentação pelo interessado instalar-se de forma avulsa em espaços urbanos e urbanizáveis, desde
de estudos de avaliação de impacte ambiental do empreendimento ou que o município considere que tal é compatível com os usos dominantes
instalação pretendidos. atuais ou futuros da área onde pretendem localizar-se.
4 — As disposições dos números anteriores são ainda extensivas à
Artigo 50.º instalação de armazéns e edifícios similares.
Exploração de recursos minerais
Artigo 54.º
1 — É admissível a instalação de novas explorações de recursos mine-
rais fora dos espaços pertencentes à classe 3 — espaços para indústrias Instalações para comércio ou serviços
extrativas, nos casos e condições seguintes: 1 — É admissível a localização de instalações destinadas exclusiva-
a) Se a exploração pretendida se localizar em espaço florestal ou mente a atividades comerciais ou de serviços fora dos espaços perten-
espaço agroflorestal comuns, desde que o município reconheça o seu centes à classe 1 — espaços urbanos e urbanizáveis, desde que se situem
interesse público ou o seu interesse para o desenvolvimento local; em espaços industriais ou em espaços agroflorestais comuns.
b) Se a exploração se localizar em espaço florestal ou espaço agro- 2 — A localização de grandes superfícies comerciais reger-se-á pelo
florestal condicionados — subcategorias 4.1.B ou 4.3.B —, em espaço disposto no número anterior, só podendo aquelas instalar-se em espaços
agrícola ou em espaço natural, desde que o município reconheça o seu urbanos e urbanizáveis de acordo com a disciplina de planos de urba-
especial interesse público ou o seu elevado interesse para o desenvol- nização ou projetos de ordenamento urbanístico plenamente eficazes.
vimento concelhio;
c) Se se tratar de exploração de recursos hidrogeológicos localizada Artigo 55.º
em qualquer outra classe ou categoria de espaços, desde que se cumpra Estabelecimentos hoteleiros e aldeamentos turísticos
a condição estabelecida na parte final da alínea anterior e o município
considere garantida a sua compatibilização com o uso dominante do 1 — A instalação de estabelecimentos hoteleiros ou de aldeamentos
espaço em que se situar. ou conjuntos turísticos fora dos espaços urbanos e urbanizáveis só é
admissível desde que o município reconheça o interesse público do
2 — Às áreas adstritas às explorações viabilizadas nos termos do empreendimento ou o seu interesse para o desenvolvimento local, e
número anterior passará a aplicar-se a disciplina estabelecida para a o mesmo se localize em espaço florestal ou em espaço agroflorestal
classe de espaços para indústrias extrativas. comuns.
2 — Os empreendimentos referidos no número anterior poderão ainda
Artigo 51.º localizar-se em espaços de uso diversificado, desde que de acordo com
a disciplina de planos de urbanização ou projetos de ordenamento ur-
Depósitos banístico plenamente eficazes.
1 — A instalação de depósitos de resíduos sólidos, lixos ou entulhos
só poderá verificar-se por iniciativa e sob a responsabilidade de entida- Artigo 56.º
des públicas e desde que se localizem em espaço agroflorestal comum, Restaurantes, discotecas e estabelecimentos afins
admitindo-se ainda a sua localização em espaço florestal comum em caso
de não haver alternativa técnica ou economicamente viável. 1 — A instalação de restaurantes, discotecas ou estabelecimentos
2 — A instalação de depósitos de sucata ou ferro-velho só poderá afins fora dos espaços urbanos e urbanizáveis e dos espaços de uso
verificar-se em espaço florestal ou espaço agroflorestal comuns. diversificado só é admissível quando se trate de iniciativa de interesse
3 — A instalação de depósitos de areias, inertes ou materiais de cons- para o desenvolvimento local reconhecido pelo município, podendo em
trução civil, de matérias-primas ou de contentores obedecerá aos critérios tais condições localizar-se em espaços pertencentes à classe 4 — espaços
da localização estabelecidos no número anterior, admitindo-se ainda a agrícolas e florestais.
sua localização: 2 — Quando a localização incidir em espaço agrícola, em espaço
florestal condicionado ou em espaço agroflorestal condicionado apenas
a) Em espaços industriais; se admite a possibilidade de instalação dos empreendimentos referidos
b) Em espaços urbanos ou urbanizáveis, desde que de acordo com a no número anterior através do aproveitamento ou reconversão de edi-
disciplina de planos de urbanização ou projetos de ordenamento urba- ficações que possam ser consideradas preexistências, sem dispensa de
nístico plenamente eficazes. cumprimento do disposto no n.º 2 do artigo 49.º
4 — As componentes edificadas destes empreendimentos limitar-se- Artigo 57.º
-ão estritamente às instalações de apoio direto às respetivas atividades.
Instalações desportivas e de recreio e lazer
Artigo 52.º 1 — É admissível a localização de campos de jogos, recintos ou
Armazenamento de combustíveis e de materiais instalações desportivas, instalações de recreio e lazer ou parques de
explosivos ou perigosos diversões em espaço florestal ou em espaço agroflorestal comuns, desde
que o município reconheça tratar-se de iniciativa de interesse público
1 — Os depósitos e armazéns de combustíveis e de materiais explo- ou de interesse para o desenvolvimento local.
sivos ou perigosos só poderão localizar-se em espaço agroflorestal, 2 — Os empreendimentos referidos no número anterior poderão ainda
sem prejuízo do cumprimento das condições de segurança legalmente localizar-se em espaços de uso diversificado, desde que de acordo com
estabelecidas para cada caso, e desde que o município reconheça não a disciplina de planos de urbanização ou projetos de ordenamento ur-
haver inconvenientes na sua instalação nos locais pretendidos. banístico plenamente eficazes.
Diário da República, 2.ª série — N.º 76 — 18 de abril de 2018 11161

Artigo 58.º nas áreas circundantes das nascentes de água compreendidas dentro de
Edificabilidade um círculo com 100 m de raio centrado na nascente, podendo os limites
destas áreas ser alterados por deliberação do município, fundamentada
1 — As componentes edificadas referentes a armazéns de com- em estudo técnico das condições locais.
bustíveis ou de materiais explosivos ou perigosos, a instalações
industriais, a armazéns e afins ou a instalações comerciais ou de Artigo 61.º
serviços cumprirão, com as devidas adaptações, as regras de edifi-
cabilidade estabelecidas no artigo 28.º relativas à instalação avulsa Área dos «barreiros de Chaves»
de unidades industriais, salvo no que diz respeito ao Ic, que passa a 1 — É interdita a construção de novas edificações dentro da área dos
adotar o valor de 0,25 m2/m2. «barreiros de Chaves», delimitada na planta de ordenamento, salvo as
2 — Às componentes edificadas referentes a estabelecimentos ho- que se destinem a apoiar a exploração das jazidas argilosas.
teleiros ou de aldeamentos turísticos aplicam-se as disposições sobre 2 — O disposto no número anterior é extensivo à instalação ou
edificabilidade em espaço rural a seguir mencionadas: exercício de atividades que possam dificultar ou tornar mais one-
a) (Revogada.) rosa a futura exploração dos recursos minerais, salvo se se tratar
b) O disposto nas alíneas b) a f) do n.º 2 do artigo 37.º, com as ressal- de atividade de interesse público ou de interesse para o desenvolvi-
vas de que o valor do Ic mencionado na alínea b) será nestes casos de mento do concelho formalmente reconhecidos pelo município e se
0,15 m2/m2 e de que a percentagem referida na alínea f) será de 15 %; o interessado se comprometer, por forma juridicamente vinculativa,
c) O disposto no n.º 4 do artigo 37.º, quando se tratar das situações a prescindir de qualquer indemnização relativa ao valor das ben-
de recuperação ou reconversão de usos aí referidas. feitorias realizadas e à cessação da atividade, em caso de a área se
tornar necessária à referida exploração.
3 — Os parâmetros de edificabilidade estabelecidos na alínea b) do
n.º 2 deste artigo poderão ser ultrapassados desde que sejam observadas Artigo 62.º
as seguintes condições cumulativas: Reserva biológica
a) Quando se trate de parcelas com área igual ou inferior a 10 000 m2; 1 — São interditas a caça e a pesca, bem como quaisquer atividades
b) Tais parcelas estejam situadas na contiguidade dos perímetros que façam perigar a sobrevivência das espécies animais, dentro da «área
urbanos e seja garantida a sua integração no tecido urbano consolidado de reserva biológica das lagoas do rio Tâmega», conforme a delimitação
existente na envolvente; constante da planta de ordenamento.
c) Os parâmetros de edificabilidade passam a ter os seguintes valores 2 — Excetuam-se da interdição estabelecida no número anterior as
máximos: ações promovidas pelas entidades oficiais com jurisdição sobre as ati-
i) Índice de utilização: 0,8 m2/m2; vidades referidas que se destinem estritamente a garantir o equilíbrio
ii) Número de pisos acima da cota de soleira: 3; ecológico da reserva ou a salvaguardar as culturas e a segurança dos
iii) Percentagem de impermeabilização do solo: 30 %. habitantes da sua área envolvente.

4 — Às componentes edificadas referentes a restaurantes, discotecas


ou estabelecimentos afins e a instalações desportivas ou de recreio e SECÇÃO II
lazer aplicam-se as disposições constantes do n.º 2.
Património arqueológico e edificado
Artigo 59.º
Artigo 63.º
Acessos à rede rodoviária fundamental
Património arqueológico
1 — Sem prejuízo das disposições legais em vigor e das competências
de outras entidades com jurisdição sobre cada caso, é admissível que 1 — Os sítios ou vestígios arqueológicos dos tipos enumerados no
com a instalação de atividades ou empreendimentos referidos nesta anexo n.º 2 deste Regulamento beneficiam de áreas de proteção deli-
secção sejam criados acessos diretos dos mesmos a vias integradas na mitadas por uma linha poligonal traçada na envolvente dos elementos
classe de espaços-canais, desde que se cumpram cumulativamente as arqueológicos já identificados, a uma distância nunca inferior a 200 m
condições dos números seguintes. dos mesmos.
2 — Poderão ser dotados dos mencionados acessos: 2 — O processo de autorização ou licenciamento de qualquer
obra ou intervenção em qualquer local abrangido por esta área de
a) Instalações de exploração de recursos minerais; proteção será obrigatoriamente instruído com parecer dos serviços
b) Instalações industriais, armazéns ou edifícios similares, desde que de arqueologia do município, se existirem, ou de organismos exte-
o município reconheça o alto interesse público do empreendimento ou riores ao município com competências ou idoneidade reconhecidas
o seu especial interesse para o desenvolvimento concelhio; nestas matérias.
c) Grandes superfícies comerciais; 3 — Tendo em conta o teor dos pareceres referidos no número anterior,
d) Estabelecimentos hoteleiros e aldeamentos turísticos; o município poderá não autorizar a obra ou intervenção pretendidas ou
e) Restaurantes. ainda impor condicionamentos à sua execução.
4 — Quando se verificar a ocorrência de novos vestígios arqueoló-
3 — A criação dos acessos restringir-se-á aos casos em que o muni- gicos, o município deverá estabelecer uma área de proteção preventiva,
cípio considere que não existe alternativa técnica ou economicamente dar conhecimento do facto aos organismos estatais competentes e provi-
viável ou que as eventuais soluções alternativas acarretam inconvenientes denciar trabalhos arqueológicos de emergência, com vista a determinar
acrescidos ao interesse público. o seu interesse.
4 — Os acessos a criar destinar-se-ão a servir exclusivamente as 5 — A área de proteção preventiva acima referida vigorará pelo
atividades ou empreendimentos em causa. prazo máximo de seis meses, podendo o município estabelecer, antes
de esgotado aquele prazo, uma área de proteção definitiva, que ficará
subordinada às disposições constantes dos números anteriores.
CAPÍTULO III
Condicionamentos de salvaguarda e proteção Artigo 64.º
Património edificado
SECÇÃO I 1 — O município pode impedir a demolição, no todo ou em parte, dos
elementos de património edificado dos tipos enumerados no anexo n.º 3
Recursos naturais deste Regulamento, bem como as obras ou intervenções, mesmo de
mero restauro, que possam diminuir ou prejudicar o seu interesse e
Artigo 60.º valor histórico-cultural, nomeadamente no que se refere a alterações
da traça original.
Nascentes de água 2 — Os projetos das obras ou intervenções mencionadas no nú-
É interdita a existência ou criação de focos de poluição bacteriana ou mero anterior devem ser elaborados por arquitetos e subscritos por
química, tais como coletores de saneamento ou fossas séticas, a descarga estes, que devem também responsabilizar-se pelo acompanhamento
de efluentes domésticos ou industriais e o despejo de lixo ou entulho das mesmas.
11162 Diário da República, 2.ª série — N.º 76 — 18 de abril de 2018

3 — Os elementos patrimoniais referidos no n.º 1 beneficiam Artigo 68.º


de uma área de proteção, que abrange o território delimitado por
Rede rodoviária
uma linha traçada a 50 m de distância do elemento patrimonial em
questão, contados a partir do seu perímetro exterior, e ainda todo 1 — Sem prejuízo das disposições legais em vigor, quando mais
o espaço público envolvente, bem como os edifícios que confinam exigentes ou restritivas, os condicionamentos relativos a afastamentos
com o mesmo espaço público. mínimos e zonas non aedificandi a respeitar, fora dos espaços urbani-
4 — A delimitação da área de proteção referida no número anterior záveis e dos espaços industriais, nas áreas situadas nas proximidades
poderá ser alterada através de duas vias: das vias estruturantes, definidas nos termos do artigo 47.º, são os
a) Automaticamente, por ajustamento aos limites da zona especial de estabelecidos legalmente para a rede de «outras estradas» estabelecida
proteção que for eventualmente definida por entidade estatal competente no Plano Rodoviário Nacional, independentemente de aquelas vias
para classificar o património; integrarem ou não a rede nacional de estradas e de qual seja a sua
b) De acordo com as propostas de estudo ou plano de salvaguarda classificação atual.
do bem patrimonial aprovados pelos órgãos competentes do município, 2 — Os condicionamentos relativos à rede viária municipal — es-
podendo tais propostas, desde que devidamente fundamentadas, incluir tradas e caminhos municipais — são os estabelecidos pela legislação
a redução ou eliminação da área de proteção. em vigor.
3 — Os condicionamentos estabelecidos na lei geral referentes às es-
5 — Quaisquer obras ou intervenções dentro das áreas de proteção tradas municipais são extensivos à totalidade da rede municipal principal
referidas poderão ser sujeitas a condicionamentos especiais de ordem constante da planta de ordenamento, independentemente do estatuto ou
estética ou formal por parte do município, devendo os respetivos projetos classificação atual das vias que a integram.
e acompanhamento obedecer ao disposto no n.º 2. 4 — Para os troços das vias estruturantes projetadas constantes da
6 — A disciplina constante dos números anteriores é extensiva a planta de ordenamento são estabelecidas as seguintes faixas de reserva,
imóveis e outros elementos de património localizados dentro dos perí- dentro das quais o município pode impedir construções ou quaisquer
metros de sítios, aglomerados ou áreas urbanas delimitadas como «áreas alterações de usos que tenham por efeito inviabilizar ou dificultar a sua
a preservar» em planos de urbanização ou planos de pormenor, os quais futura execução:
deverão conter as disposições concretas a observar para o efeito. a) Com uma largura de 200 m para cada lado do eixo do traçado pre-
visto, no caso do itinerário principal n.º 3 ou de propostas de variantes
Artigo 65.º às estradas integradas no Plano Rodoviário Nacional;
Conjuntos patrimoniais b) Com uma largura de 100 m para cada lado do seu eixo, nos res-
tantes casos.
1 — São considerados conjuntos patrimoniais a salvaguardar os nú-
cleos tradicionais dos aglomerados do concelho listados no anexo n.º 4 5 — Os condicionamentos estabelecidos no número anterior deixarão
deste Regulamento. de vigorar:
2 — Por deliberação dos órgãos competentes do município, a clas-
sificação do conjunto patrimonial a salvaguardar pode ser atribuída a a) Nos casos do itinerário principal n.º 3 e das restantes vias a integrar
outros aglomerados ou áreas que deles façam parte. na rede rodoviária nacional, com a entrada em vigor dos condiciona-
3 — Os conjuntos patrimoniais a salvaguardar beneficiam das áreas mentos definitivos, de acordo com a legislação aplicável;
de proteção delimitadas na planta de ordenamento, as quais poderão b) Nos restantes casos, decorrido um ano sobre a data de entrada
ser alteradas por deliberação do município, fundamentada em estudo em vigor do Plano Diretor Municipal ou à data de aprovação pelo
técnico apropriado. município dos projetos definitivos de execução daquelas vias, se for
4 — Dentro da área de proteção aplica-se às edificações e outros anterior, passando neste caso a vigorar, a partir dessa data, a disciplina
elementos patrimoniais existentes o disposto nos n.os 1, 2 e 5 do artigo instituída no n.º 1 do presente artigo.
anterior.
5 — O município deverá impor condicionamentos estéticos às novas Artigo 69.º
construções a edificar dentro das áreas de proteção referidas neste artigo, Albufeiras
de modo a garantir a manutenção da traça tradicional do aglomerado.
1 — A autorização de construção de quaisquer edificações ou infraes-
truturas dentro das áreas inundáveis por futuras albufeiras delimitadas
SECÇÃO III na planta de ordenamento será precedida de consulta ao organismo
estatal de tutela sobre o empreendimento ou à entidade que este indicar,
Infraestruturas devendo o teor dos respetivos pareceres ser tido em conta na decisão
do município.
Artigo 66.º 2 — A disciplina instituída no número anterior é extensiva a outras
Sistema público de abastecimento de água albufeiras que venham a ser previstas para o concelho, passando a
vigorar a partir do momento em que tal seja oficialmente solicitado ao
1 — Nas captações efetuadas ou a efetuar nos leitos dos rios é esta- município pelo organismo ou entidade acima referidos.
belecida como zona non aedificandi uma faixa de 50 m ao longo das
margens, numa extensão não inferior a 200 m, contada ao longo do rio
para montante dos locais de captação. CAPÍTULO IV
2 — Às captações de água é aplicável o disposto no artigo 60.º, re-
lativo às nascentes. Disposições complementares
3 — É interdita a construção no interior de uma faixa de 5 m medida
para cada lado do eixo do traçado das condutas de adução ou adução- Artigo 70.º
-distribuição de água.
4 — É interdita a construção no interior de uma faixa de 1 m medida Unidades operativas de planeamento
para cada lado do traçado das condutas distribuidoras de água. 1 — As unidades operativas de planeamento correspondem a espaços
5 — Fora dos espaços urbanos e urbanizáveis e dos espaços indus- de ordenamento que serão prioritariamente sujeitos a planos municipais
triais é interdita a plantação de árvores no interior de uma faixa de 10 m de ordenamento do território ou a planos de natureza especial, nos ter-
medida para cada lado do traçado das condutas de água. mos da legislação em vigor, a elaborar de acordo com as disposições
do presente Regulamento aplicáveis a cada caso.
Artigo 67.º 2 — Serão objeto de plano de urbanização:
Drenagem de esgotos a) A área correspondente ao perímetro urbano da cidade de Chaves;
1 — É interdita a construção no interior de uma faixa de 5 m medida b) A área correspondente ao perímetro urbano da vila de Vidago.
para cada lado do eixo dos emissários.
3 — Serão objeto de plano de pormenor:
2 — É interdita a construção no interior de uma faixa de 1 m medida
para cada lado do eixo dos coletores. a) A zona da Madalena, na cidade de Chaves;
3 — Fora dos espaços urbanos e urbanizáveis e dos espaços industriais b) A zona do Alto da Trindade/Santa Cruz, na cidade de Chaves;
é interdita a plantação de árvores no interior de uma faixa de 10 m medida c) As áreas incluídas na categoria de espaços de uso diversificado da
para cada lado do traçado dos emissores e coletores. classe de espaços culturais e naturais.
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4 — No plano de pormenor da zona da Madalena observar-se-ão Artigo 73.º


as seguintes especificações: Regime transitório
a) A área assinalada por 3A na planta de ordenamento destinar-se-á (Revogado.)
a ocupação de baixa densidade, com predominância de habitação uni-
familiar em lotes de dimensão mínima elevada e com fortes restrições
à impermeabilização, não sendo ainda permitidos acessos particulares ANEXO N.º 1
à via periférica do perímetro urbano;
b) A área assinalada por 3B na planta de ordenamento destinar-se-á Regras para a demarcação dos limites das classes
predominantemente a espaços de lazer e recreio, ficando a sua disciplina e categorias de espaços
de ocupação e edificação estritamente subordinada às determinações que
garantam a manutenção do regime de escoamento do rio Tâmega em (a que se refere o artigo 8.º)
caso de cheia, a estabelecer previamente por estudo de regularização
do curso do rio entre a ponte romana e a ponte de Barbosa Carmona, A demarcação concreta dos limites entre as diferentes classes e cate-
aprovado pelas entidades com jurisdição sobre a área. gorias de espaços cumprirá as seguintes regras:
1) Nas áreas reguladas por planos de urbanização, projetos de orde-
5 — Serão objeto de plano de salvaguarda e valorização o centro namento urbanístico ou operações de loteamento plenamente eficazes
histórico da cidade de Chaves e os conjuntos patrimoniais mencionados à data de entrada em vigor do Plano Diretor Municipal prevalecem os
no artigo 65.º limites entre espaços, áreas e zonas constantes das respetivas plantas
6 — Serão também objeto de plano de ordenamento as áreas envol- de síntese;
ventes das albufeiras que vierem a ser criadas no território concelhio. 2) Nos casos em que a linha limite se dispõe paralelamente a arrua-
7 — Deverão ainda ser objeto de planos de ordenamento todas as mentos ou vias públicas, estabelecendo espaços urbanos ou urbanizáveis
restantes áreas para as quais as transformações dos seus atuais usos do desse mesmo lado da via, a sua implantação é fixada a 30 m da respetiva
solo ficam dependentes, nos termos do presente Regulamento, da entrada berma, salvo nas seguintes situações:
em vigor dos referidos planos.
a) Quando um edifício preexistente se localize parcialmente para
além da faixa de terreno assim definida, situação em que a referida linha
Artigo 70.º-A
contornará estritamente o perímetro edificado, incluindo-o na totalidade
Regularizações no âmbito do RERAE no espaço urbano ou urbanizável;
b) Quando as parcelas confinantes com a via possuírem no todo ou
As operações urbanísticas que se enquadrem no regime extraordinário
em parte uma profundidade, medida perpendicularmente à mesma via,
de regularização de atividades económicas e cujas atividades económicas
inferior a 30 m, situação em que, nos troços nessas condições, a linha
tenham obtido decisão favorável ou favorável condicionada tomada em limite se ajustará às estremas das parcelas;
conferência decisória, podem ficar dispensadas do cumprimento, parcial
ou integral, das prescrições do PDM que lhe sejam aplicáveis, nos termos 3) Quando a linha limite constitua o término de um espaço pertencente
definidos nas respetivas atas das conferências decisórias. à classe 1 estabelecido ao longo de um dos lados de uma via pública,
paralelamente a esta, a sua implantação deverá sempre que possível
Artigo 71.º coincidir com elementos físicos facilmente identificáveis, de existência
Regulamentação complementar permanente e com localização fixa, tais como vias públicas convergentes
com a primeira, cursos ou linhas de água ou espaços públicos;
1 — O município poderá estabelecer regulamentação complementar do 4) Quando não existam elementos físicos que possam desempenhar
Plano Diretor Municipal, destinada a regular especificamente o exercício a função referida no número anterior e o limite coincida com uma edi-
de determinados tipos de atividades ou a execução de determinados ficação preexistente, deverá implantar-se a linha limite à distância de
tipos de atos na totalidade ou em partes do território concelhio, desde 5 m da edificação, segundo uma direção perpendicular à via pública, ou
que sejam cumpridas todas as disposições legais e regulamentares em sobre a estrema da parcela, quando esta se situar a uma distância inferior
vigor, incluindo as disposições do presente Regulamento. a 5 m da referida edificação;
2 — A referida regulamentação poderá revestir as formas de regula- 5) Os limites dos espaços pertencentes às classes 1 ou 2 poderão ainda
mentos municipais, planos de urbanização, planos de pormenor, posturas sofrer ajustamentos por razões de cadastro de propriedade quando se
e ainda outros instrumentos de regulação do uso, ocupação e transfor- tratar de situações não contempladas nos números anteriores, e desde
mação do uso do solo que possuam validade jurídica reconhecida na que se cumpram as seguintes condições:
lei geral. a) As alterações de limites terão de respeitar as servidões adminis-
3 — Para além dos casos e situações previstos na lei geral e no presente trativas e as restrições de utilidade pública em vigor e, em especial, as
Regulamento, o município poderá estabelecer, através de qualquer das delimitações da RAN e da REN;
formas indicadas no número anterior, a obrigatoriedade de intervenção b) Em cada caso a área a integrar nas classes 1 ou 2 não poderá ser
de arquitetos nos projetos de novos edifícios ou instalações e nos de superior à da propriedade a que respeita e que já esteja incluída na classe
alteração de existentes que envolvam modificações na sua expressão de espaços em causa.
plástica.
4 — A aplicação das disposições do atual Regulamento Geral das 6) Nas restantes situações prevalecerá a implantação da linha limite
Edificações Urbanas é extensiva à totalidade do território do concelho. constante da planta de ordenamento.

Artigo 72.º ANEXO N.º 2


Informação pública
1 — O município manterá sempre em condições de poderem ser con- Classificação tipológica do património arqueológico
sultados ou adquiridos pelos interessados, dentro das horas normais de
funcionamento dos seus serviços, os seguintes documentos: (a que se refere o artigo 63.º)
a) Regulamentos, plantas de síntese e plantas de condicionantes dos 1 — Antas, dólmenes, orcas e mamoas.
planos municipais de ordenamento do território em vigor; 2 — Necrópoles e outros locais de inumação.
b) Regulamentos e posturas municipais em vigor; 3 — Castros, fachos e cercados ou cercas.
c) Cópia dos alvarás de loteamento concedidos pelo município que se 4 — Arte rupestre, incluindo gravura na rocha ou pinturas.
mantenham em vigor, incluindo as respetivas plantas de síntese; 5 — Lagares e sepulturas insculpidos na rocha.
d) Elementos escritos e gráficos de outros instrumentos de ordena- 6 — Cortas mineiras e outros vestígios de atividade industrial pri-
mento territorial ou urbanístico aprovados pelo município que, nos mitiva.
termos da lei, tenham força vinculativa geral. 7 — Lápides, aras, marcos miliários e outros vestígios da romanização.
8 — Calçadas e vestígios de passagem de vias romanas ou medievais.
2 — Será também garantido o acesso público, nos termos do nú- 9 — Pontes romanas ou medievais.
mero anterior, a todos os elementos de alteração dos documentos 10 — Ruínas de construções romanas.
mencionados, a partir do momento em que adquiram eficácia nos 11 — Estações arqueológicas.
termos da lei. 12 — Sítios arqueológicos.
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ANEXO N.º 3 2.2 — Indicadores e Parâmetros Urbanísticos:


a) Os usos admitidos são os relacionados com as atividades previstas
Classificação tipológica do património edificado na lei que regula a atividade da logística, nomeadamente, serviços e
armazenagem, podendo admitir-se usos relacionados com a instalação
(a que se refere o artigo 64.º) de indústria e comércio associados à atividade da logística;
b) São ainda admitidos usos que permitam instalar equipamentos de
1 — Igrejas paroquiais. utilização coletiva de apoio à melhoria da urbanidade do PEC, incluindo
2 — Capelas e ermidas. unidades de investigação tecnológica de iniciativa pública ou privada,
3 — Santuários. estabelecimentos hoteleiros, de restauração, de bem-estar e desporto e
4 — Mosteiros. equipamentos sociais;
5 — Cruzeiros e calvários. c) O índice de construção máximo é de 0,80 m2/m2;
6 — Alminhas. d) A área de implantação máxima é de 65 %;
7 — Pelourinhos. e) A área de impermeabilização máxima é de 70 %;
8 — Castelos, muralhas de defesa, fortes e outras construções mi- f) O número de pisos máximo acima da cota de soleira é de 3;
litares.
g) A cércea máxima das edificações é de 12 metros;
9 — Torres medievais.
10 — Solares e casas brasonadas. 2.3 — Formas de execução
11 — Casas de valor arquitetónico ou antiguidade notável. A execução desta área deve ocorrer, preferencialmente, através de
12 — Construções rurais de valor. operações urbanísticas enquadradas em Unidades de Execução, a deli-
13 — Elementos decorativos de valor em fachadas de casas ou muros.
mitar pelo Município ou mediante proposta dos particulares interessados
14 — Fontes de mergulho, fontanários e chafarizes.
em promover a urbanização para o fim em vista.
15 — Azenhas e moinhos de rodízio.
2.4 — Condicionamentos específicos ao uso e ocupação do solo:
16 — Fornos comunitários.
17 — Outras construções de arqueologia industrial. a) Devem ser garantidos e salvaguardados os valores ambientais; e
b) Paisagísticos identificados na planta integrante do presente anexo,
ANEXO N.º 4 sem prejuízo da construção de infraestruturas viárias, percursos pedonais
e outras que se revelem necessárias;
c) A “Zona de Proteção e Enquadramento” ao sítio arqueológico de
Aglomerados com núcleo tradicional a preservar Vale de Lagares, delimitada com um raio de 50 m e identificada na planta
integrante do presente anexo, define-se como uma zona non aedificandi,
(a que se refere o artigo 65.º) na qual está interdita qualquer espécie de construção;
d) Em toda a área do PEC devem ser salvaguardadas faixas de
1 — Águas Frias.
“gestão de combustível”, com 100 m de largura mínima, as quais
2 — Arcossó.
3 — Casas Novas. deverão ser realizadas à medida que se concretizam as operações
4 — Granjinha. urbanísticas.
5 — Izei.
3 — Unidade Operativa 6 — Área de Ampliação do Parque de Ati-
6 — Loivos.
vidades de Chaves:
7 — Mairos.
3.1 — Objetivos programáticos:
8 — Nogueirinhas.
9 — Oura. Com uma área aproximada de 147,60 hectares, constitui uma área
10 — Outeiro Seco. de expansão do Parque de Atividades existente, tendo por objetivo
11 — Ribeira de Sampaio. consolidar/reforçar este sector do PEC, mediante a criação de condições
12 — Santo Estêvão. urbanísticas e de gestão ajustadas ao conceito de “Área de Acolhimento
13 — Seara Velha. Empresarial”, especialmente destinada a unidades empresariais de média/
14 — Soutelinho da Raia. grande dimensão.
15 — Torre do Couto. 3.2 — Indicadores e Parâmetros Urbanísticos
16 — Tronco. a) Os usos admitidos são os relacionados com as atividades previstas
na lei que regula a atividade industrial, podendo admitir-se usos relacio-
ANEXO N.º 5 nados com serviços e armazenagem, bem como a instalação de comércio
associado à atividade industrial.
b) São ainda admitidos usos que permitam instalar equipamentos de
Unidades Operativas do Parque utilização coletiva de apoio à melhoria da urbanidade do PEC, incluindo
Empresarial de Chaves
unidades de investigação tecnológica de iniciativa pública ou privada,
unidades de gestão e formação, unidades de hotelaria, de restauração,
(a que se refere o artigo 29.º-A) de bem-estar e desporto e equipamentos sociais.
1 — Âmbito territorial c) O índice de construção máximo é de 0,80 m2/m2;
1.1 — O Parque Empresarial de Chaves (PEC) corresponde à área d) A área de implantação máxima é de 65 %;
territorial delimitada na planta de ordenamento, sendo composto por três e) A área de impermeabilização máxima é de 70 %;
componentes já urbanizadas, designadamente, o Mercado Abastecedor f) O número de pisos máximo acima da cota de soleira é de 3;
da Região de Chaves (MARC), o Parque de Atividades de Chaves g) A cércea máxima das edificações é de 12 metros.
(PAC) e a Plataforma Logística de Chaves (PLC), e por duas áreas de
urbanização programada enquadradas em duas Unidades Operativas, 3.3 — Formas de execução
designadamente: A execução desta área deve ocorrer, preferencialmente, através de
operações urbanísticas enquadradas em Unidades de Execução, a deli-
a) Unidade Operativa 5 — Área de Ampliação da Plataforma Lo- mitar pelo Município ou mediante proposta dos particulares interessados
gística de Chaves; em promover a urbanização para o fim em vista.
b) Unidade Operativa 6 — Área de Ampliação do Parque de Ativi- 3.4 — Condicionamentos específicos ao uso e ocupação do solo:
dades de Chaves.
a) Devem ser garantidos e salvaguardados os valores ambientais e
2 — Unidade Operativa 5 — Área de Ampliação da Plataforma Lo- b) Paisagísticos identificados na planta integrante do presente anexo,
gística de Chaves sem prejuízo da construção de infraestruturas viárias, percursos pedonais
2.1 — Objetivos programáticos e outras que se revelem necessárias.
Com uma área aproximada de 88,21 hectares, constitui uma área c) Em toda a área do PEC devem ser salvaguardadas faixas de
de expansão da Plataforma Logística de Chaves existente, tendo por “gestão de combustível”, com 100 m de largura mínima, as quais
objetivo consolidar/reforçar este sector do PEC mediante a criação deverão ser realizadas à medida que se concretizam as operações
de condições de acolhimento de unidades empresariais de média/ urbanísticas.
grande dimensão. 611266755

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