NBR15486 - Segurança No Tráfego - Dispositivos de Contenção Viária - Diretrizes de Projeto e Ensaios de Impacto
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NBR15486 - Segurança No Tráfego - Dispositivos de Contenção Viária - Diretrizes de Projeto e Ensaios de Impacto
Segunda edição
09.03.2016
ensaios de impacto
Traffic safety — Restraint systems — Guidelines for crash tests and project
Número de referência
ABNT NBR 15486:2016
37 páginas
© ABNT 2016
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Sumário Página
Prefácio................................................................................................................................................vi
Introdução...........................................................................................................................................vii
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Necessidade de dispositivos de contenção.....................................................................4
4.1 Em função de obstáculos fixos.........................................................................................4
4.1.1 Cálculo da largura da zona livre........................................................................................4
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Figuras
Figura 1 – Necessidade de proteção lateral em função de talude...................................................8
Figura 2 – Taludes recuperáveis.........................................................................................................9
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Tabelas
Tabela 1 – Cálculo da zona livre, em metros.....................................................................................5
Tabela 2 – Fator de correção da curva horizontal (Kcz)...................................................................6
Tabela 3 – Matriz de ensaios de impacto de acordo com a EN 1317-2..........................................18
Tabela 4 – Níveis de contenção de acordo com a EN 1317-2.........................................................18
Tabela 5 – Matriz de ensaio de impacto e níveis de contenção de acordo com a NCHRP 350...19
Tabela 6 – Classificação dos níveis de contenção, conforme EN 1317-2.....................................20
Tabela 7 – Classificação dos níveis de contenção, conforme NCHRP 350..................................20
Tabela 8 – Classificação da severidade do impacto.......................................................................20
Tabela 9 – Espaço de trabalho conforme EN 1317..........................................................................21
Tabela 10 – Intrusão conforme EN 1317...........................................................................................22
Tabela 11 – Deflexão lateral do dispositivo de contenção em função da velocidade
de projeto...........................................................................................................................28
Tabela 12 – Matriz de ensaio para atenuadores de impacto (EN 1317).........................................30
Prefácio
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT a
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Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes
casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para
exigência dos requisitos desta Norma.
A ABNT NBR 15486 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Transportes e Tráfego (ABNT/CB-016),
pela Comissão de Estudo de Segurança no Tráfego (CE-016:300.005). O seu 1º Projeto de Revisão
circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 07:2013, de 11.07.2013 a 08.09.2013. O seu 2º Projeto
de Revisão circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 08, de 14.08.2015 a 28.10.2015.
Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 15486:2007), a qual foi tecni-
camente revisada.
Scope
This Standard establishes acceptance criteria for containment devices through crash tests to ensure
its performance.
This Standard applies to all new road projects, duplications, adjustments or reconstructions.
Introdução
O projeto dos dispositivos de contenção das vias faz parte de um conceito maior e mais amplo
que é o de se ter um projeto seguro das vias.
O conceito da rodovia que perdoa, utilizado para minimizar a severidade dos acidentes, permite
um tratamento da pista de rolamento e das laterais das vias, de modo que veículos descontrolados,
que saiam da pista de rolamento, encontrem uma lateral projetada para reduzir as consequências
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deste incidente.
1 Escopo
Esta Norma estabelece diretrizes de projeto de dispositivos de contenção, bem como critérios
de aceitação destes dispositivos por meio de ensaios de impacto, de forma a garantir o seu desempenho.
Esta Norma aplica-se a todos os novos projetos viários, duplicações, reconstruções ou adequações
geométricas.
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2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento.
Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
EN 1317-2, Road restraint systems – Part 2: Performance classes, impact test acceptance criteria and
test methods for safety barriers including vehicle parapets
EN 1317-3, Road restraint systems – Part 3: Performance classes, impact test acceptance criteria and
test methods for crash cushions
EN 1317-4, Road restraint systems – Part 4: Performance classes, impact test acceptance criteria and
test methods for terminals and transitions of safety barriers
EN 12767, Passive safety of support structures for road equipment – Requirements and test methods
NCHRP 350, National Cooperative Highway Research Program – Recommended Procedures for the
Safety Performance Evaluation of Highway Features
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
3.1
acidente
evento inesperado, que ocorre subitamente, e que produz danos e/ou perdas humanas e econômicas
3.2
deflexão dinâmica
afastamento dinâmico máximo da face frontal do sistema de contenção
3.3
dispositivo colapsível
tipo de suporte de sinais ou luminária, projetado para ceder, fraturar ou separar quando impactado
por um veículo. O mecanismo de rompimento pode ser por base deslizante, elemento de fratura,
dobradiças, ou uma combinação destes, rompendo de uma maneira previsível quando impactados
3.4
dispositivos de contenção
dispositivos instalados na via com o objetivo de conter, absorver energia de impacto e redirecionar
os veículos desgovernados, reduzindo a gravidade do acidente, impedindo que estes invadam zonas
perigosas ou alcancem um obstáculo fixo, protegendo, desta forma, os usuários da via e reduzindo
as consequências do acidente
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3.4.1
dispositivos de contenção longitudinal
dispositivos instalados longitudinalmente ao longo da lateral da via ou como separadores em canteiro
central ou nas bordas de pontes, com o objetivo de conter, absorver energia de impacto e redirecionar
os veículos desgovernados que saiam da faixa de rodagem
3.4.1.1
dispositivos de contenção central
dispositivos de contenção longitudinal empregados para separar tráfego de sentidos opostos em vias,
construídas de modo a prevenir que um veículo saindo da pista venha a atingir um veículo no sentido
contrário, ou algum obstáculo fixo, ou terreno não traspassável
3.4.1.2
dispositivos de contenção lateral
dispositivos de contenção longitudinal empregados para prevenir que um veículo saindo da pista
venha a atingir algum obstáculo fixo ou terreno não traspassável, que cumprem sua função contendo
e redirecionando os veículos de um modo seguro
3.4.1.3
dispositivos de contenção sobre pontes
dispositivos de contenção longitudinal empregados sobre pontes e viadutos
3.4.2
dispositivos de contenção pontual
dispositivos instalados em ponto específico com o objetivo de conter, absorver energia de impacto
dos veículos desgovernados que possam impactar em obstáculos fixos, e, também, nas extremidades
de dispositivos de contenção longitudinal
3.4.3
atenuador ou amortecedor de impacto (crash cushion)
tipo de dispositivo de contenção pontual fixo ou móvel, que possui a capacidade de absorver
energia a uma taxa controlada, parando o veículo impactante em distância relativamente curta,
e de uma forma que reduza o potencial de ferimentos severos nos ocupantes. Normalmente são
empregados os conceitos de absorção de energia cinética ou de conservação de momento
3.4.4
terminal absorvedor de energia
tipo de dispositivo de contenção pontual acoplado a um sistema de contenção longitudinal que,
ao ser impactado frontalmente, absorve a energia cinética do veículo impactante, conduzindo-o a uma
parada segura. Quando o impacto ocorre na lateral do corpo do terminal, através da sua ancoragem,
permite desenvolver tensão e redirecionar o veículo
3.4.5
terminal abatido (enterrado)
conjunto composto por quatro módulos de defensa, variando na altura desde a posição de projeto até
a extremidade totalmente enterrada
3.4.6
terminal em dispositivo de contenção defletido (terminal ancorado em talude de corte)
conjunto onde o dispositivo de contenção é defletido horizontalmente, prosseguindo até o talude de
corte, onde é ancorado adequadamente
3.4.7
terminal desviado
conjunto onde o dispositivo de contenção é defletido horizontalmente, prosseguindo até o limite
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3.11
risco normal
acidentes gerados com severidade normal, sem consequências adicionais, e perigos que possam
elevar a severidade e as consequências de um acidente
3.12
talude traspassável
aquele onde a superfície é suave e regular, sem descontinuidades significantes, e sem objetos fixos
protuberantes, permitindo que veículos trafeguem ou deslizem sobre eles sem enganchamento
e sem paradas abruptas
3.13
terreno traspassável
terreno livre de ondulações ou depressões excessivas, de modo que um veículo possa atravessar
em segurança, sem ter paradas abruptas e sem a tendência de se desestabilizar, vindo a tombar
ou capotar de alguma forma
3.14
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transição
sistema que faz a transição adequada entre diferentes sistemas de contenção, de forma a dar
continuidade à proteção lateral, prevenindo o efeito de embolsamento, enganchamento ou penetração
do sistema na área de transição entre os sistemas de contenção
3.15
usuários vulneráveis
pedestres e ciclistas expostos ao trafego em seguimentos da via
3.16
velocidade teórica de impacto da cabeça (THIV Theorical Head Impact Velocity)
valor que mede a severidade do impacto da cabeça dos ocupantes do veículo, na medida que
o veículo muda sua velocidade, considerando o movimento livre da cabeça durante a colisão
do veículo com o dispositivo de contenção
3.17
zona livre
área lateral à pista de rolamento que seja traspassável, sem obstruções e sem obstáculos fixos,
podendo ser utilizada por veículos errantes para recobrar o controle ou chegar a uma parada segura
NOTA Não existe, por definição, um limite para alta velocidade, uma vez que esta depende das condições
locais. Para os efeitos desta Norma, entende-se que essa velocidade seja acima de 60 km/h ou 70 km/h,
a critério da engenharia.
O gráfico da Figura 1 apresenta curvas para cálculo da largura de zona livre em função da velocidade,
da declividade lateral e de Veículo Diário Médio (VDM).
Dec
livid ade
ade livid
Dec
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Velocidade
Pista de rolamento
de projeto VDM Pista de rolamento
km/h
1V:6H
1V:6H ou 1V:5H a 1V:5H a
1V:3H 1V:3H ou mais
mais plano 1V:4H 1V:4H
plano
< 750 2,0 – 3,0 2,0 – 3,0 b 2,0 – 3,0 2,0 – 3,0 2,0 – 3,0
750 – 1500 3,0 – 3,5 3,5 – 4,5 b 3,0 – 3,5 3,0 – 3,5 3,0 – 3,5
60 c
1500 – 6000 3,5 – 4,5 4,5 – 5,0 b 3,5 – 4,5 3,5 – 4,5 3,5 – 4,5
> 6000 4,5 – 5,0 5,0 – 5,5 b 4,5 – 5,0 4,5 – 5,0 4,5 – 5,0
< 750 3,0 – 3,5 3,5 – 4,5 b 2,5 – 3,0 2,5 – 3,0 3,0 – 3,5
750 – 1500 4,5 – 5,0 5,0 – 6,0 b 3,0 – 3,5 3,5 – 4,5 4,5 – 5,0
70 - 80
1500 – 6000 5,0 – 5,5 6,0 – 8,0 b 3,5 – 4,5 4,5 – 5,0 5,0 – 5,5
> 6000 6,0 – 6,5 7,5 – 8,5 b 4,5 – 5,0 5,5 – 6,0 6,0 – 6,5
< 750 3,5 – 4,5 4,5 – 5,5 b 2,5 – 3,0 3,0 – 3,5 3,0 – 3,5
750 – 1500 4,5 – 5,0 6,0 – 7,5 b 3,0 – 3,5 4,5 – 5,0 4,5 – 5,0
90
1500 – 6000 5,0 – 5,5 7,5 – 9,0 b 4,5 – 5,0 5,0 – 5,5 5,0 – 5,5
> 6000 6,5 – 7,5 8,0 – 10,0 a b 5,0 – 5,5 6,0 – 6,5 6,5 – 7,5
< 750 5,0 – 5,5 6,0 – 7,5 b 3,0 – 3,5 3,5 – 4,5 4,5 – 5,0
750 – 1500 6,5 – 7,5 8,0 – 10,0 a b 3,5 – 4,5 5,0 – 5,5 6,0 – 6,5
100
1500 – 6000 8,0 – 9,0 10,0 – 12,0 a b 4,5 – 5,5 5,5 – 6,5 7,5 – 8,0
> 6000 9,0 – 10,0 a 11,0 – 13,5 a b 6,0 – 6,5 7,5 – 8,0 8,0 – 8,5
Tabela 1 (continuação)
Declividade lateral
Dec
livid ade
ade livid
Velocidade Dec
Pista de rolamento
de projeto VDM Pista de rolamento
km/h
1V:6H
1V:6H ou 1V:5H a 1V:5H a
1V:3H 1V:3H ou mais
mais plano 1V:4H 1V:4H
plano
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< 750 5,5 – 6,0 6,0 – 8,0 b 3,0 – 3,5 4,5 – 5,0 4,5 – 5,0
750 – 1500 7,5 – 8,0 8,5 – 11,0 a b 3,5 – 5,0 5,5 – 6,0 6,0 – 6,5
110
1500 – 6000 8,5 – 10,0 a 10,5 – 13,0 a b 5,0 – 6,0 6,5 – 7,5 8,0 – 8,5
> 6000 9,0 – 10,5 a 11,5 – 14,0 a b 6,5 – 7,5 8,0 – 9,0 8,5 – 9,0
a Quando uma investigação específica em um local da via indica uma alta probabilidade de colisões contínuas, ou
através do histórico de ocorrências de acidentes, o projetista pode aumentar o valor da distância da zona livre.
b Neste talude, pela possibilidade do veículo não recuperar o controle e prosseguir até o final do aterro, o pé do aterro
deve estar livre de obstáculos fixos.
c Para velocidade menor que 60 km/h, a aplicação fica a critério do projetista.
Em pista simples, utiliza-se o VDM total em ambos os sentidos. Em pista dupla, utiliza-se o VDM
direcional da pista no sentido do tráfego em análise, considerando a possibilidade de impacto
ou o acesso a áreas perigosas. Em marginais segregadas, considerar o VDM por pista analisada.
Em função das curvas horizontais, a largura da zona livre calculada pode ser ajustada utilizando-se
fatores de correção em função da velocidade e do raio da curva (ver Tabela 2).
Os valores resultantes das Tabelas 1 e 2 definem um valor aproximado da largura de zona livre
necessária (o centro de uma área de variação), não se constituindo em um valor preciso a ser
considerado valor absoluto.
Tabela 2 (continuação)
Velocidade de projeto
Raio km/h
m
60 70 80 90 100 110
O tratamento de obstáculos fixos na zona livre deve obedecer às seguintes alternativas de projeto:
a) remover o obstáculo;
b) redesenhar o obstáculo de forma que ele possa ser atravessado com segurança;
c) relocar o obstáculo para um lugar onde a possibilidade de ser atingido seja menor;
A altura dos taludes e a declividade lateral são os fatores básicos a serem considerados na determinação
da necessidade de proteções laterais. A necessidade de contenção lateral deve ser verificada
pela Figura 1.
Taludes com combinação de altura e declividade abaixo ou sobre a curva da Figura 1 não necessitam
de proteção, a não ser que contenham obstáculos fixos dentro da zona livre.
1:1,5
0,6
0,4 1:2,5
Declividade do aterro (V / H)
Declividade do aterro (V : H)
1:3
0,3
1:4
0,2 1:5
Proteção lateral não necessária 1:6
em função do aterro
(verificar necessidade em função de outros fatores)
0,1
0
0 3 6 9 12 15 18
Altura do aterro (m)
Taludes com declividade 4H:1V ou mais planos em que, sendo traspassáveis e livres de obstáculos
fixos, os motoristas podem geralmente conduzir seus veículos a uma parada segura ou reduzir
a velocidade o suficiente para retornar à pista em segurança.
Superfícies suaves, sem descontinuidades significativas e sem obstáculos fixos, são desejáveis sob
o ponto de vista da segurança (ver Figura 2). Neste caso, não existe a necessidade de dispositivos
de contenção.
Taludes com declividade entre 3H:1V e 4H:1V, e que são considerados traspassáveis se forem suaves
e estiverem livres de obstáculos fixos, mas onde a maioria dos veículos não consegue parar ou retornar
à pista com facilidade. Nesses casos é esperado que tais veículos atinjam o fundo do talude, onde
é recomendado encontrar uma área livre (ver Figura 3). Caso não exista uma zona livre no fundo (área
de escape), deve ser projetado dispositivo de contenção próximo à via.
Classificação de talude
Em função da capacidade de recuperação
NOTA 1 A área de escape é a zona livre necessária em função da parte de talude não recuperável
(área hachurada).
NOTA 2 A largura de área de escape deve ser no mínimo igual a da parte do talude não recuperável.
Taludes com declividade maior a 3H:1V são considerados críticos, pois a maioria dos veículos tende
a capotar nesta superfície. No caso do talude iniciar dentro da zona livre (ver Figura 4), deve ser
projetado um dispositivo de contenção.
Declividade
maior que
3H:1V
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Os taludes de corte (ver Figura 5) podem ser considerados traspassáveis dependendo da uniformidade
relativa da sua superfície, da sua baixa rugosidade e da ausência de obstáculos fixos.
Cortes em rocha são considerados perigosos quando a superfície formada puder causar enganchamento
dos veículos ao invés de providenciar um redirecionamento relativamente suave.
Caso os taludes de corte não atendam a estes requisitos, o corte deve ser tratado como obstáculo fixo,
devendo ser colocado um dispositivo de contenção longitudinal.
Taludes transversais criados por cruzamentos em canteiro central, acessos laterais ou por interseções
são obstáculos comuns nas laterais da via. Eles são atingidos frontalmente por veículos errantes e são
mais críticos que os taludes laterais (corte e aterro).
Para vias de alta velocidade, é sugerido um talude transversal de 6H:1V ou menos, especialmente
para aqueles localizados imediatamente adjacentes ao tráfego, podendo transicionar para taludes
mais inclinados, conforme se aumenta o afastamento lateral. Taludes transversais mais inclinados
que 6H:1V podem ser considerados em áreas urbanas ou vias de baixa velocidade.
Quando necessário, devem ser instalados dispositivos de contenção lateral, considerando a distância
de parada, que é a extensão (distância), mínima necessária para que um veículo possa parar antes de
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Seções de canais que caiam dentro da área marcada como preferencial são consideradas
traspassáveis. Seções de canais que caiam fora da área marcada como preferencial são consideradas
menos recomendadas e seu uso deve ser limitado.
Os canais de drenagem que caiam fora da área preferencial indicada nas Figuras 6 e 7 devem
ser redesenhados ou convertidos em sistema fechado, se for prático fazê-lo, ou, em alguns casos,
escudados por dispositivos de contenção.
Pista de rolamento
Talude frontal
Talude posterior
V1 V2
Acostamento H1 H2
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Talude frontal = V1 : H1
1:10 1:8 1:6 1:5 1:4 1:3 1:2
0,5 1:2
0,4
1:3
Talude posterior = V2 / H2
0,3
Talude posterior = V2 : H2
Seção de drenagem 1:4
preferível
1:5
0,2
1:6
1:8
0,1 1:10
0
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
(Plano) 0
Talude frontal = V1 / H1
Figura 6 – Seção triangular preferencial para canais com mudança abrupta de declividade
Pista de rolamento
Talude frontal
Talude posterior
V1 V2
H1
H2
Acostamento
1,20 m (mín)
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Talude frontal = V1 : H1
1:10 1:8 1:6 1:5 1:4 1:3 1:2
0,5 1:2
0,4
1:3
Talude posterior = V2 / H2
Talude posterior = V2 : H2
0,3
Seção de drenagem
1:4
preferível
1:5
0,2
1:6
1:8
0,1 1:10
0
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
(Plano) 0
Talude frontal = V1 / H1
Figura 7 – Seção trapezoidal preferencial para canais com mudança gradual de declividade
Além dos canais de drenagem citados em 4.5, estruturas de drenagem, como guias, linhas de tubos
transversais e paralelas, e caixas de inspeção devem também ser projetadas, construídas e mantidas,
considerando tanto a eficiência hidráulica quanto a segurança das laterais da via.
a) projetar ou modificar estruturas de drenagem de modo que sejam traspassáveis ou que apresentem
a mínima obstrução aos veículos errantes;
b) se uma estrutura de drenagem de porte não puder ser efetivamente redesenhada ou relocada,
deve ser escudada por um dispositivo de contenção, caso esteja dentro da zona livre.
4.6.1 Guias
Recomenda-se uma altura de guia não superior a 10 cm, uma vez que guias com alturas maiores
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podem raspar o assoalho de alguns veículos e, sob condições de impacto, alguns veículos podem
decolar, podendo resultar em perda de controle do veículo.
Se as guias forem usadas em conjunto com dispositivos de contenção, devem ser posicionadas atrás
deles.
Se as guias forem usadas em conjunto com defensa metálica, devem ser posicionadas preferencialmente
atrás delas, podendo, em situações de restrição de espaço, estar faceando a parte frontal da lâmina
da defensa.
As guias não podem ser utilizadas em frente de barreiras de concreto, podendo prejudicar
o desempenho da barreira.
Em geral as bocas de entrada e saída são feitas com muros de alas de concreto. Embora este
tipo de desenho seja hidraulicamente eficiente e minimize os problemas de erosão, ele representa
um obstáculo aos veículos que saem da rodovia.
b) as modificações introduzidas nas bocas de lobo ou caixas de captação não podem reduzir
significativamente a capacidade hidráulica da linha de drenagem. Caso isso ocorra, ou resulte
em problemas de bloqueio das entradas por detritos, a drenagem transversal à via deve ser
protegida por dispositivos de contenção;
c) redesenhar as bocas de entrada e saída, de modo a que não constituam obstáculo fixo;
d) para tubos ou bocas de entrada que não podem ser transformadas em estruturas traspassáveis,
estender a estrutura até um ponto menos provável de ser atingido, até o limite da zona livre
apropriada para o local;
e) escudar as estruturas de maior porte com uma barreira apropriada, onde prolongar a estrutura
ou torná-la traspassável for inviável.
a) eliminar a estrutura;
d) escudar a estrutura.
Na impossibilidade de eliminar a condição de obstáculos fixos dentro da zona livre, deve ser utilizado
dispositivo de contenção.
Onde for possível, os suportes devem ser implantados atrás de dispositivos de contenção existentes
ou em áreas inacessíveis ao fluxo veicular. Onde isto não for possível, dispositivos colapsíveis
ensaiados por impacto, conforme EN 12767, NCHRP 350 ou MASH, podem ser utilizados.
Somente onde o uso de suportes colapsíveis não for prático, então um dispositivo de contenção
longitudinal adequado deve ser implantado, ou utilizado algum dispositivo atenuador de impacto,
para uso exclusivo de proteção ao suporte do sinal.
A parte remanescente de um suporte colapsível com base de rompimento, após impacto, deve ter uma
dimensão vertical máxima de 10 cm da base, conforme Figura 8.
10 cm máx.
Terreno
150 cm
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A Figura 9 apresenta diretriz para a implantação de dispositivo de contenção central em vias de alta
velocidade com canteiros atravessáveis, considerando o VDM e a largura do canteiro central.
Especial atenção deve ser dada aos dispositivos de contenção central separando pistas com diferença
de elevação, nos quais o potencial de acidentes cruzando o canteiro central aumenta. Neste caso,
o critério de zona livre apresentado em 4.1 a 4.4 deve ser seguido como consideração para a instalação
do sistema de contenção.
80
70
dispositivo de
contenção central
(proteção de 5 anos)
50
contenção central
40
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30
20
A critério do
projetista
10
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
NOTA Utiliza-se o VDM total da rodovia, considerando a possibilidade de impacto frontal com o fluxo
oposto, excluindo o VDM das marginais segregadas.
As proteções laterais são necessárias somente quando podem reduzir a severidade dos acidentes
que eventualmente venham a ocorrer, garantida a condição de que o impacto contra o dispositivo
de contençao tenha consequências menos graves do que atingir um objeto fixo, uma área acidentada
ou algum usuário vulnerável da rodovia. Devem ser consideradas as condições descritas na Seção 4.
a) a massa do veículo;
b) a velocidade do impacto;
c) o ângulo de impacto.
Os dispositivos de segurança são classificados com base em três critérios principais: nível
de contenção, índice de severidade da aceleração, espaço de trabalho e deflexão dinâmica.
A Tabela 3 mostra a matriz de ensaios de impacto, de acordo com a EN 1317-2, realizados em laboratório
credenciado, considerando os seguintes critérios: velocidade de impacto, ângulo de impacto, massa
total do veículo e tipo de veículo.
Tabela 4 (continuação)
Nível de contenção Combinação de ensaios
L2 TB11 + TB 32 + TB51
H3 TB11 + TB61
L3 TB11 + TB 32 + TB61
H4a TB11 + TB71
L4a TB11 + TB 32 + TB71
H4b TB11 + TB81
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A Tabela 5 mostra a matriz de ensaios de impacto e os níveis de contenção, de acordo com a NCHRP
350/MASH, realizados em laboratório credenciado, considerando os seguintes critérios: velocidade
de impacto, ângulo de impacto, massa total do veículo e tipo de veículo.
Tabela 5 – Matriz de ensaio de impacto e níveis de contenção de acordo com a NCHRP 350
Velocidade de Ângulo de
Nível de Combinação de impacto impacto
contenção ensaios
km/h graus
820C 50 20
TL 1
2 000P 50 25
820C 70 20
TL 2
2 000P 70 25
820C 100 20
TL 3
2 000P 100 25
820C 100 20
TL 4 2 000P 100 25
8 000S 80 15
820C 100 20
TL 5 2 000P 100 25
36 000V 80 15
820C 100 20
TL 6 2 000P 100 25
36 000T 80 15
Em função dos níveis de contenção, há a classificação de níveis: temporária, normal, alta, muito alta,
conforme Tabelas 6 e 7.
A avaliação da severidade de impacto dos ocupantes do veículo é tratada pelos índices ASI e THIV,
conforme Tabela 8.
O nível de severidade reflete o nível de segurança para os ocupantes do veículo, sendo o nível A mais
seguro que nível B, e o nível B mais seguro que o nível C.
Para NCHRP 350 é necessário utilizar a tabela 5.1 – Evaluation Criteria do referido relatório.
O espaço de trabalho (W) é a distância medida entre a face voltada ao tráfego do dispositivo
de contenção, antes do impacto, até o ponto mais externo do dispositivo, em fase dinâmica, decorrente
do impacto, conforme Figura 10. A Tabela 9 apresenta a classificação dos níveis de espaço de trabalho.
Wm Wm
5.1.4 Intrusão
Um veículo errante impactando em dispositivo de contenção pode produzir uma intrusão no espaço
aéreo, tanto na horizontal como na vertical, conforme Figura 11.
Iv
Iv
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Ih
Ih
Figura 11 – Intrusão
Neste caso, deve ser considerado um espaço adicional, atrás do dispositivo de contenção, de forma
a não atingir um obstáculo fixo (ver Tabela 10).
A deflexão dinâmica (D) é a distância medida entre a face voltada ao tráfego do dispositivo
de contenção, antes do impacto, até o mesmo ponto do dispositivo, em fase dinâmica, decorrente
ao impacto, conforme Figura 12.
Dm Dm
a) velocidade da via;
c) características físicas da via e do seu entorno, condições geométricas adversas, como curvas
e rampas acentuadas, geralmente combinadas com distância de visibilidade baixa, e condições
das laterais da pista;
f) estatísticas de acidentes.
5.3.1 A seleção de dispositivos de contenção viária por níveis de contenção deve ser feita
por trechos homogêneos na rodovia. A análise pode ser feita também, em pontos específicos dentro
dos segmentos que demandam maior atenção quanto à segurança viária. Desta forma, a seleção
de dispositivos de contenção viária por níveis de contenção da Figura 13 deve ser feita conforme
os passos abaixo:
—— passo 1: cálculo da zona livre da rodovia, conforme 4.1.1. Estando garantida a existência
de uma zona livre desobstruída e traspassável, conforme os critérios estabelecidos nesta Norma,
não será necessária a implantação de dispositivos de contenção veicular;
críticos dentro da zona livre, conforme 4.2.3; em função da existência de estruturas de drenagem
que acarretam risco aos usuários, conforme 4.5; presença de usuários vulneráveis em áreas
lindeiras à rodovia dentro da zona livre ou ao final de taludes não recuperáveis; em função
das características do canteiro central da rodovia, conforme 4.8; e em função de obras de longa
e média duração na rodovia, conforme 5.9;
—— passo 3: determinação do risco existente no local em análise, podendo ser risco normal
ou risco alto;
N e c
dentro da zona livre alto
A A A
Área suave e
C á l c u l o
A
ondulada
Talude crítico
D i s p o s i t i v o
A A A A
Estruturas de
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N N N
N N N
c o n t e n ç ã o
N N N
N N N
Legenda
N normal
A alto
MA muito alto
(1) São considerados trechos sinuosos: sequência de curvas acentuadas com raio < 60 m e AC > 30°
ou 60 m < raio < 120 m e AC > 45°, considerando especialmente o lado externo destas curvas
(2) Área montanhosa, com quedas altas em taludes críticos
(3) Área montanhosa com grande desnível entre pistas
NOTA Rodovia Classe IV – usar nível normal de contenção (N), a não ser que alguma necessidade
específica requeira um nível de contenção mais elevado.
5.3.2 O espaço de trabalho esperado do dispositivo de contenção não pode exceder o espaço físico
disponível para deflexão.
5.3.4 O dispositivo de contenção deve ser compatível com o terminal de ancoragem planejado
e capaz de fazer a transição com outros sistemas adjacentes.
5.3.5 Em caso de danos por impacto de veículos, os sistemas devem ser reparados de modo
a assegurar o seu funcionamento (manutenção), restabelecendo as condições de antes do impacto,
e como nos ensaios previstos.
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5.4.1 Especificação
A distância mínima entre a linha de bordo e o dispositivo de contenção longitudinal deve ter
o mínimo de 0,30 m em vias urbanas e 0,50 m em vias rurais. É recomendado, sempre que possível,
que o dispositivo seja instalado no mínimo a 1 m da linha de bordo, a fim de reduzir o efeito visual
da restrição lateral.
A distância do dispositivo de contenção longitudinal para o obstáculo fixo não pode ser menor
que o espaço de trabalho do dispositivo de contenção escolhido.
Para proteção em taludes de aterro, de modo a ter um suporte adequado para o dispositivo
de contenção, é necessária uma distância mínima de 0,50 m atrás do dispositivo até o início do talude.
Taludes laterais e sarjetas são dois dispositivos que merecem especial atenção, pois podem provocar
a projeção do veículo sobre o sistema de contenção.
Deve ser evitada a combinação de barreira com sarjetas em trechos com alta velocidade, onde ângulos
de impacto elevados podem ser esperados.
O sistema de drenagem deve ser colocado sempre atrás do dispositivo de contenção, ou ser enterrado
(tubulações), dotado de caixas coletoras, com grelhas, que não sejam elementos agressivos ao tráfego.
Caso exista um espaço entre a borda do pavimento e o dispositivo de contenção, este terreno deve
ter a superfície uniforme compactada, com declividade frontal de no máximo 1:10.
Obstáculo a
fixo
b ≤ 1:10
Esta deflexão lateral tem, entretanto, algumas desvantagens, como, por exemplo, aumentar o ângulo
de impacto e a severidade deste impacto. Além dessas situações, existe a possibilidade de redirecionar
o veículo em um ângulo elevado, podendo até atingir o tráfego oposto em vias de mão dupla
de direção.
70 12:1 10:1
60 10:1 8:1
50 8:1 7:1
início do comprimento
necessário
Obstáculo
Borda do pavimento
fixo
Máx. 15°
Obstáculo fixo
Borda do pavimento
A seção de transição deve, gradualmente, aumentar a rigidez entre o sistema de menor rigidez
e o de maior rigidez, de modo a providenciar uma transição segura e prevenir o efeito de embolsamento,
enganchamento ou penetração do sistema na área de transição.
A transição deve produzir um enrijecimento gradual, suave e contínuo, do sistema menos rígido
para o mais rígido, de modo a minimizar ou prevenir o efeito de embolsamento, enganchamento
ou penetração do sistema na área de transição. Normalmente isto é alcançado reduzindo o espaçamento
entre postes, aumentando o tamanho dos postes, ou ambos, e aumentando a rigidez da lâmina,
implantando duas lâminas juntas ou acrescentando uma barra inferior, ou ambos. No caso de aterros
com pouco suporte de solo atrás das defensas, deve-se também aumentar o comprimento dos postes.
A conexão entre dois sistemas deve ser feita com elemento(s) que tenha(m) no mínimo a resistência
do sistema de contenção mais fraco e garanta(m) a conexão adequada entre os dois sistemas.
As transições podem também ser ensaiadas e aprovadas conforme as normas NCHRP 350, MASH
ou EN 1317.
Em zonas de obras, devem ser empregados dispositivos de contenção sempre que houver o risco
de um veículo errante penetrar na área de trabalho, em obras de média e longa duração.
TC 1.1.80 900 80 1
TC 1.1.100 100
Frontal
TC 1.2.80 80
1 300 1
TC 1.2.100 100
TC 1.3.110 1 500 110 1
TC 2.1.80 Frontal a ¼ 80
da largura de 900 2
TC 2.1.100 veículo 100
Tabela 13 – Matriz de ensaio para terminais e atenuadores de impacto – Nível 1 (NCHRP 350)
Ângulo de
Nível de Tipo de Velocidade
Dispositivo Veículo impacto,
ensaio dispositivo de impacto
graus
G/NG 820C 50 0
G/NG 700C 50 0
G/NG 2 000P 50 0
G/NG 820C 50 15
G/NG 700C 50 15
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G/NG 2 000P 50 15
Terminais e G 820C 50 15
atenuadores de
impacto rediretivos G 700C 50 15
G 2 000P 50 20
NG 820C 50 15
1 NG 700C 50 15
NG 2 000P 50 20
NG 2 000P 50 20
G/NG 2 000P 50 20
G 820C 50 0
G 700C 50 0
G 2 000P 50 0
Atenuadores
de impacto não G 820C 50 15
rediretivos
G 700C 50 15
G 2 000P 50 15
G 2 000P 50 20
NOTA G/NG do inglês “gating” e “non gating”, significando “abertura” e “não abertura”.
Tabela 14 – Matriz de ensaio para terminais e atenuadores de impacto – Nível 2 (NCHRP 350)
Ângulo de
Nível de Tipo de Velocidade
Dispositivo Veículo impacto,
ensaio dispositivo de impacto
graus
G/NG 820C 70 0
G/NG 700C 70 0
G/NG 2 000P 70 0
G/NG 820C 70 15
G/NG 700C 70 15
Documento gerado em 02/01/2019 de uso exclusivo de Ecorodovias Concessões e Serviços S.A
G/NG 2 000P 70 15
Terminais e G 820C 70 15
atenuadores de
impacto rediretivos G 700C 70 15
G 2 000P 70 20
NG 820C 70 15
2 NG 700C 70 15
NG 2 000P 70 20
NG 2 000P 70 20
G/NG 2 000P 70 20
G 820C 70 0
G 700C 70 0
G 2 000P 70 0
Atenuadores
de impacto não G 820C 70 15
rediretivos
G 700C 70 15
G 2 000P 70 15
G 2 000P 70 20
NOTA G/NG do inglês “gating” e “non gating”, significando “abertura” e “não abertura”.
Tabela 15 – Matriz de ensaio para terminais e atenuadores de impacto – Nível 3 (NCHRP 350)
Ângulo de
Nível de Tipo de Velocidade
Dispositivo Veículo impacto,
ensaio dispositivo de impacto
graus
G/NG 820C 100 0
G/NG 700C 100 0
G/NG 2 000P 100 0
G/NG 820C 100 15
G/NG 700C 100 15
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Da mesma forma que os dispositivos de contenção longitudinal (ver 5.1.2), os atenuadores de impacto
são avaliados pela severidade de impacto dos ocupantes do veículo pelos índices ASI e THIV, conforme
a Tabela 16.
O nível de severidade reflete o nível de segurança para os ocupantes do veículo, sendo o nível A mais
seguro que nível B.
Todo sistema de contenção deve ser introduzido e encerrado com segurança. Desta forma, todo
terminal de dispositivo de contenção longitudinal que tenha a possibilidade de ser impactado deve
ter características de minimizar os efeitos do impacto.
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Os terminais podem ser classificados, segundo a NCHRP 350/MASH, como de abertura ou de não
abertura, dependendo de seu comportamento quando impactado perto do início. Um terminal de
abertura permite que um veículo impactando em ângulo o nariz ou a lateral da unidade antes do ponto
não rediretivo atravesse a unidade. Um terminal de não abertura é capaz de redirecionar um veículo
impactando em ângulo o nariz ou a lateral da unidade em toda a sua extensão. A EN 1317 não faz
qualquer distinção de classificação quanto à abertura e não abertura.
Os terminais possuem diferentes distâncias entre o cabeçal de impacto (início do terminal) e o ponto
a partir do qual ele tem a capacidade de redirecionamento. Esta distância é importante para que
o projetista possa acrescentar ao comprimento necessário do ponto a ser protegido.
Toda a área em frente do terminal e entre a pista e o terminal deve ser essencialmente plana,
com declividade máxima de 10H:1V.
a) terminal abatido (enterrado): conjunto composto por quatro módulos de defensa, variando na altura
desde a posição de projeto até a extremidade totalmente enterrada, que deve ser firmemente
fixada ao solo, por meio de peça apropriada. É vedado o seu uso em locais com velocidade
de projeto maior ou igual a 60 km/h. O terminal deve ser implantado de acordo com
a da ABNT NBR 6971:2012, Figuras A.17 a A.20;
b) terminal absorvedor de energia: tipo de terminal que, ao ser impactado frontalmente, absorve a
energia cinética do veículo errante, conduzindo-o a uma parada segura. Para os terminais de
abertura, quando o impacto ocorre na sua lateral, após o início do comprimento necessário, o
terminal, por meio da sua ancoragem, permite desenvolver tensão e redirecionar o veículo. Para
os terminais de não abertura, o redirecionamento ocorre desde o início do sistema, isto é, desde
o cabeçal de impacto.
c) terminais em defensa defletida (terminal ancorado em talude de corte): conjunto onde as defensas
são defletidas horizontalmente, prosseguindo até o talude de corte, onde deve ser firmemente
ancorado. O terminal deve ser implantado de acordo com a ABNT NBR 6971:2012, Figura A.23.
A deflexão deve ser de acordo com a Tabela 11;
d) terminal desviado: nas situações em que exista uma área lateral relativamente plana, que possa
ser utilizada para desviar lateralmente a defensa, esta pode ser iniciada afastada da pista, conforme
a Tabela 11, de modo a reduzir o comprimento necessário. Se a defensa iniciar dentro da zona
livre, deve-se utilizar um terminal adequado para a velocidade da via (ABNT NBR 6971:2012,
Figura A.24). Caso se inicie fora da zona livre, pode-se utilizar um terminal abatido (ABNT NBR
6971:2012, Figura A.25).
Dispositivo de contenção pontual que impede que veículos errantes atinjam um objeto fixo e cumpre
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seu objetivo desacelerando gradualmente o veículo até sua parada segura, no caso de impactos
frontais. Os atenuadores de impacto podem ser rediretivos, quando, além de suportar impacto
frontal, são capazes de redirecionar o veículo em impacto lateral, ou não rediretivos, quando não têm
a capacidade de redirecionar o veículo perante impacto lateral, ou seja, funcionam somente para
impacto frontal, conforme Figuras 17 e 18.
Dispositivo de contenção Atenuador
Os atenuadores de impacto são ideais para locais onde os obstáculos fixos não podem ser removidos,
relocados, feitos colapsíveis, ou adequadamente protegidos por barreiras e defensas longitudinais,
por exemplo, em bifurcações, cabines de pedágio, colunas de viaduto. Primordialmente, eles servem
para reduzir a severidade dos acidentes.
Outro uso para os atenuadores de impacto está na proteção de zonas de obras e de equipes
de manutenção, sendo que unidades portáteis ou temporárias foram desenvolvidas para este fim,
assim como unidades de atenuadores montados em caminhão (AMC) para proteção dos trabalhos
e das equipes.
Os atenuadores de impacto são projetados para veículos de 800 kg a 2 270 kg e para velocidade
de impacto variando de 50 km/h a 110 km/h, considerando diferentes ângulos de impacto, tendo
os níveis de contenção dados nas Tabelas 12 a 15. Embora não sejam projetados para caminhões
e veículos de transporte coletivo, os atenuadores de impacto têm um efeito positivo também nestes casos.
igual ou inferior a 10H:1V e estar livre de obstruções e irregularidades. Guias não podem ser implantadas
onde atenuadores de impacto forem instalados, uma vez que podem fazer o veículo decolar e atingir
o sistema em posição que comprometa o desempenho da unidade.
Quando mais de um sistema puder ser utilizado em um local específico, o projetista deve avaliar
as características estruturais e de segurança de cada sistema considerado, incluindo as desacelerações
produzidas, capacidade de redirecionamento, ancoragem, necessidades de estrutura de retenção
e detritos produzidos em função do impacto.
Todos os dispositivos ensaiados por impacto devem ser capazes de parar os veículos de projeto,
dentro de níveis toleráveis de desaceleração, quando impactando os dispositivos nas condições
previstas nos ensaios, e capazes também de conter e redirecionar os veículos que impactem a lateral
do sistema.
Em locais com altos índices de acidentes, o uso de atenuadores de impacto com algum grau
de reutilização é recomendado.
Bibliografia
[1] EN 1317-1, Road restraint systems – Part 1: Terminology and general criteria for test methods
[2] EN 1317-5, Road restraint systems – Part 5: Products requirements and evaluation of conformity
for vehicle restraint systems
[3] EN 1317-6, Road restraint systems – Part 6: Pedestrian restraint systems – Pedestrian parapets
[4] EN 1317-7, Road restraint systems – Part 7: Performance classes, impact test acceptance criteria
Documento gerado em 02/01/2019 de uso exclusivo de Ecorodovias Concessões e Serviços S.A
[5] EN 1317-8, Road restraint systems – Part 8: Motorcycle road restraint systems which reduce the
impact severity of motorcyclist collisions with safety barriers