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Aula - Dormência de Sementes

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Universidade Federal da Paraíba

Centro de Ciências Agrárias


Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais
Disciplina: Produção e Tecnologia de Sementes

DORMÊNCIA DE SEMENTES

Profa. Dra.: Edna Ursulino Alv


Doutoranda: Lucy Gleide da S

AREIA/PB
Dormência - Definição

Fenômeno pelo qual sementes de uma determinada espécie, mesmo


sendo viáveis e tendo todas as condições ambientais para tanto, deixam
de germinar (CARVALHO e NAKAGAWA, 2012)
Dormência - Definição

QUIESCÊNCA

Água Estado de repouso que,


Oxigênio estando viável a semente, é
Temperatura facilmente superável com o
fornecimento das condições
ambientais necessárias
(CARVALHO e NAKAGAWA,
2012)
Significado Ecológico da Dormência

A dormência é tida como um recurso pelo qual a natureza distribui a


germinação das sementes no tempo devido as diferentes
intensidades de dormência

ESPAÇO
A germinação é distribuída no
espaço devido aos mecanismos
de dispersão - Asas, pelos,
espinhos e ganchos

TEMPO
Fonte: Goo
Significado Ecológico da Dormência

STRIBUIÇÃO DA FATORES GENÉTICOS


ERMINÇÃO NO TEMPO

SEMENTES COM DIFERENTES INTENSIDADES DE DORMÊNCIA

100
sementes

Fonte: Goog
Significado Ecológico da Dormência

Medicago turbulenta - Leguminosa do deserto sobre


condições de armazenamento em condições naturais

Distribuição de Permeabilidade

DISTAL
PROXIMAL

100% 90% 40% 7% 2% 0%

(KOLLER,
Significado Ecológico da Dormência

EXEMPLOS

Xanthium strumarium
•Fruto
Fruto com duas sementes
•Superior - Dormente
•Inferior - Não dormente

Halogeton glomeratus
• Sementes marrons - Dormentes
• Sementes pretas - Não dormente
(Fonte: google ima
Tipos de Dormência

D PRIMÁRIA OU NATURAL
O • Ocorre com intensidade variável - Ano para Gramíne
Legumino
outro e local para local
R • Programada geneticamente e se instala na
Forragei
M fase de maturação da semente
Ê
N SECUNDÁRIA OU INDUZIDA
C • Nem sempre ocorre
I • Quando acontece, é por efeito de uma Sorgo
condição ambiental especial - Altas e/ou Arroz
A baixas temperaturas
Ausência de Dormência

Fragaria
Malus domestica Borkh

num lycopersicum

Fonte: Goo
Mecanismos de Dormência

FÍSICO QUÍMICO
MORFOLÓGICO FISIOLÓGICO
MECÂNICO

Ação de
Resistência mecanismos
Sementes Mecanismos
do tegumento inibidores
com embrião fisiológicos
que impede o presentes no
rudimentar ou de inibição do
crescimento embrião,
imaturo embrião
do embrião endosperma,
tegumento
Causas da Dormência

Embrião imaturo ou rudimentar

Impermeabilidade à água

Restrições mecânicas

Impermeabilidade ao oxigênio

Presença de inibidores

Combinação de fatores
Causas da Dormência
EMBRIÃO IMATURO OU RUDIMENTAR

O embrião das sementes não está totalmente estruturado, do ponto de


vista morfológico, quando atingem o ponto de colheita, sendo constituído por
ecidos compostos por células pouco ou não diferenciadas.
Esses embriões requerem apenas um período adicional para crescer em
condições apropriadas antes que possam emergir da semente.
Causas da Dormência
EMBRIÃO IMATURO OU RUDIMENTAR
Crescimento embrionário
sementes de Ilex maximowic
Corte longitudinal de sem
frescas com um embrião rudim
(a, c) e de sementes com
embrião totalmente desenv
no momento em que o tegum
se divide (b, d) para sem
coletadas em Hengchun (a, b)
Sutu (c, d). Embrião (em
cavidade (cv), endosperma
tegumento (sc), endocarpo
Barra de escala 1 mm. A se
(b) aponta para a posiçã
divisão no tegumento da sem
na ponta da radícula.
Causas da Dormência
EMBRIÃO IMATURO OU RUDIMENTAR

mbrião de Lilum.
ttps://www.flickr.com/photos/mxf/2399300378/in/photostream/
Causas da Dormência
EMBRIÃO IMATURO OU RUDIMENTAR

Semente não
Semente madura Embrião imaturo
germinada

oura durante a embebição das sementes Semente de orquídea (Odontoglossum spp.)


12 (A), 18 (B), 30 (C) e 40 horas (D). embrião maduro rudimentar (Reproduzido de M
A.M. e A. Paljakoff-Mayber. The germinatio
onectasementes.com.br/dormencia-sementes/ seeds).
Fonte: Goo
Causas da Dormência
EMBRIÃO IMATURO OU RUDIMENTAR

Embrião Indiferenciado.
Ilex paraguariensis A. St. - Hil.) Precisa se hidratar
Familias: Palmae, Araliaceae, Rununculaceae
Fonte: Google
Causas da Dormência
IMPERMEABILIDADE À ÁGUA
O tegumento
Age impedindo que a água entre é responsável
no interior da semente por esse
impedimento
Famílias: Fabaceae, Cannaceae,
Cannaceae
Chenopodiaceae, Convolvulaceae,
Convolvulaceae
Malvaceae, Solanaceae,
Solanaceae entre
outras
Na natureza a Superaçã
da dormência -
O hilo só admite saída e
Escarificação,
o estrofíolo controla a
temperaturas,
entrada de água
microrganismos, anima
Causas da Dormência
IMPERMEABILIDADE À ÁGUA

Suberina

Lignina
Substâncias que impedem
Cutina
a absorção de água
Tanino

Pectina

Derivados de quinona
Causas da Dormência Cutícula
Camada subcuticular

IMPERMEABILIDADE À ÁGUA Linha de luz

Cutícula
Camada subcuticular
Capas de células de Malpighian Testa
Linha de luz Células de Malpighian
de parede espessa na
exotesta como camada
Cápsulas de células de Malpighian
de células em paliçada
impermeável à água
Espaço intracelular
Osteosclerídeos

Camadas de nutrientes

Camada de aleurona
Camada interna de endosperma

rutura da testa da semente de Melilotus alba (Fabaceae)

sas estruturas e substâncias presentes nas sementes impermeabiliz


mpletamente o tegumento das mesmas, impedindo assim a absorção
ua durante o processo germinativo
Causas da Dormência Helianthus annuus
IMPERMEABILIDADE À ÁGUA
Sinapsis alba Essas estruturas e substâncias
impermeabilizam completamente o
tegumento das mesmas, impedindo
assim a absorção da água durante o
processo germinativo

Composição básica da
estrutura de proteção
de sementes de duas
espécies vegetais.
Adaptado de Bewley e
Black (1978)
Causas da Dormência
RESTRIÇÕES MECÂNICAS

perma não micropilar Cotilédones

Endosperma não
Algumas estruturas protetoras
micropilar (capa)
(endocarpo ou estendida ao
mesocarpo), assim como o próprio
tegumento conferem resistência
mecânica que impede o embrião de
crescer
mbrião Radícula
Endoperma

Testa Capisicum annum


Causas da Dormência
RESTRIÇÕES MECÂNICAS

Algumas estruturas protetoras


(endocarpo ou estendida ao mesocarpo)
assim como o próprio tegumento
conferem resistência mecânica que
Endocarpo impede o embrião de crescer
Unidade de Dispersão
Semente

ente e unidade de
rsão de pêssego. A semente extraída do endocarpo
dade de dispersão é a germina com facilidade, uma vez que a
dormência era causada apenas pela
mente mais o endocarpo restrição do endocarpo
Causas da Dormência
RESTRIÇÕES MECÂNICAS

Estrutura protetora ou
tegumento conferindo
resistência mecânica
Tegumento preci
ser quebrado pa
que a semente
germine

Fonte: Goo
Causas da Dormência

TEGUMENTO
MENTES SENSÍVEL AO O2 e IMPERMEÁVEIS
2
PRESENÇA DE COMPOSTOS
FENÓLICOS NA CASCA CONTROLA

Tamanho da semente ABSORÇÃO O

Espessura da casca LIBERAÇÃO C


FATORES
Posição do tecido
ESTRITIVO AO
OXIGÊNIO meristemático
Temperatura do meio onde
a semente se encontra
Causas da Dormência
EMBRIÃO DORMENTE

EXIGÊNCIA ESPECÍFICA QUANTO À LUZ

embrião encontra-se
m estado de dormência,
dendo ser superado a luz
rmência com luz e
oque térmico
Promove germinação Inibe dormência

Quebra dormência Fotoblástica negativ

Fotoblástica positiva
Sementes Fotoblásticas
Estudo no século 18 trata os efeit
da luz na germinação de sement
Os agricultores de maneira não muita cla
HISTÓRICO
neolíticos Senebrier e Ingenhouz Carvalh
2012

pectro vermelho: Estimula a Em 1860 de forma clara tem


rminação primeiro trabalho com plantas do
pectro vermelho distante: Inibe a gênero Bulliardia (Vidaver, 1977)
rminação

935-1937 - Descoberta que a luz poderia ter um efeito estimulador como


nibidor da germinação das sementes sensíveis à luz, dependendo do
omprimento de onda luminosa que as estivessem atingindo (CARVALHO, 2012)
Carvalho (2
Sementes Fotoblásticas

POSITIVAS NEGATIVAS NÃO FOTOBLÁSCIAS


Germinam na Germinam no Independem da luz para
presença de luz escuro a germinação
Causas da Dormência

RESENÇA DE INIBIDORES

Promotores da
ibidores dormência germinação
ABA Acido gibelerino
mpostos fenólicos citocina
Cumarina Dormência
etileno

A germinação depende
da interação da
giberelina
ação de espécies e famílias em cujas plantas ocorrem hormônios inibidores de germinação (Ketring, 1973)

mília e espécie (e nome comum) Inibidor Localização


aceae
us persica (pessegueiro) Ácido abscísico Embrião
aceae
his hypogaea (amendoim) Ácido Abscísico Sementes, folhas
nus luteus (tremoço) Ácido Abscísico Vagens
otus alba (trevo doce) Cumarina Sementes, folhas
naceae
um aestivum (trigo-mole) Taninos Pericarpo
naceae
persicon esculentum (tomateiro) Ácido abscísico Fruto
aceae
sypium hirsutum L. (algodoeiro ) Ácido abscísico Capulho
ceae
us limon (limoeiro) Citral Fruto
ranthaceae
vulgaris (beterraba) Ácidos fenólicos Pericarpo
Causas da Dormência

OMBINAÇÃO DE CAUSAS

Presença de mais de uma Não elimina a possibilidade


causa de dormência de que outras também
na semente estejam presentes
Métodos para Superação da Dormência

RESENÇA DE SUBSTÂNCIAS
UÍMICAS QUE INIBEM A
ERMINAÇÃO
• Atuam com os fatores ambientais
• Temperatura
• Disponibilidade de oxigênio

SUPERAÇÃO DA
DORMÊNCIA
• Lavar com água corrente
• Hormônios estimuladores
Métodos para Superação da Dormência

SECAGEM PRÉVIA
• Sementes recém-colhidas
• Perdem a dormência quando deixadas
para secar

PRÉ-RESFRIAMENTO
• Embeber as sementes em água o
substrato umedecido
• Temperatura entre 5 a 10 °C
• Período de 3 a 7 dias
• Forrageiras e hortaliças
Métodos para Superação da Dormência

Fonte: Goo
Métodos para Superação da Dormência

ESCARIFICAÇÃO • Esfregar as sementes em superfície


MECÂNICA abrasivas
• Observar a severidade
• Teste preliminar
• Espécies que usam esse método

ESCARIFICAÇÃO ÁCIDA • Submergir as sementes em


ácido sulfúrico
• Tempo de imersão varia de
acordo com a espécie
• Perigo de queimadura
Métodos para Superação da Dormência

Fonte: Goo
Métodos para Superação da Dormência

RATAMENTO COM
GUA QUENTE • Colocar as sementes em água com
temperatura entre 76 a 100°C
• Tempo varia de acordo com a espécie
• Sementes com impermeabilidade n
tegumento

AVAGEM EM ÁGUA
ORRENTE
• Espécies que têm substancias
inibitórias
• Solúveis em água
Métodos para Superação da Dormência
TRATAMENTO COM ÁGUA QUENTE

Beta vulgaris

Sementes de paricá Schizolobium parahyba var.


amazonicum

Fonte: Goo
Métodos para Superação da Dormência

STRATIFICAÇÃO • Empregadas em sementes para que ocorra


modificações no embrião
• Colocadas em substrato úmido
• Temperatura entre 2 a 7°C
• Florestais, arbustivas e frutíferas

MBEBIÇÃO EM NITRATO
E POTÁSSIO
• Colocar sementes para germinar em
substrato com solução de nitrato de potássi
• Gramíneas e leguminosas
Métodos para Superação da Dormência
bela 1. Espécies cujas sementes são exigentes de estratificação para germinar (STOKES, in VILLIER
1972).
Espécies Faixa de temperatura (°C) Tempo (dias)
Abies arizonica 1-5 30
Betula spp. 1-10 60-70
Crataegus mollis 5 180
Fraxinus excelsior 1-8 150-180
Gentiana acaulis 1-5 60-90
Juniperus spp. 5 100
Picea canadensis 1-5 30-60
Pinus lambertiana 1-10 90
Pyrus malus 1-5 60
Rosa multiflora 5-8 50
Sorbus aucuparia 1-5 60-120
Vitis vinifera var. Concorde 5-10 90
Métodos para Superação da Dormência

Fonte: Goo
Vantagens
DORMÊNCIA

Germinação apenas em ambiente favorável

Maior longevidade da semente

Preservação da continuidade da espécie

Distribuição da germinação no tempo

Adaptação da germinação às variações ambientais

Impede a germinação na planta mãe


Desvantagens
DORMÊNCIA

Redução da porcentagem de emergência

Longos períodos para a superação

Interferência no programa de plantio

Problemas na avaliação da qualidade da semente

Longevidade de plantas invasoras


REFERENCIAS

 CARVALHO, N.M.; NAKAGAWA, J. Dormência de sementes. In: CARVALHO,


N.M.; NAKAGAWA, J. (ED). Sementes: Ciência, tecnologia e produção. 5ed.
Jaboticabal: FUNEP, 2012.p.167-216.

 MARCOS-FILHO, J. Fisiologia de sementes de plantas cultivas. 2.ed.,


Londrina, PR: ABRATES, 2015. p.243-285.
Universidade Federal da Paraíba
Centro de Ciências Agrárias
Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais
Disciplina: Produção e Tecnologia de Sementes

DORMÊNCIA DE SEMENTES

Profa. Dra.: Edna Ursulino Alv


Doutoranda: Lucy Gleide da S

AREIA/PB

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