Aula Aspiração
Aula Aspiração
Aula Aspiração
▪ O sistema respiratório, dentre as suas diversas funções, atua como potente sistema de proteção ao organismo e
determinante mantenedor da vida
▪ A ação mucociliar e o ato da tosse são alguns desses recursos que quando íntegros, possibilitam a eliminação de
agentes nocivos ao organismo, minimizando riscos de infecções respiratórias e reduzindo consequentemente, estados
de morbidade e mortalidade do indivíduo
▪ Em condições normais, a quantidade de muco produzida varia entre 10 a 100 ml por dia
▪ A hipersecreção relaciona-se à sobreposição da concentração de muco com propriedades alteradas, sobre a ação ciliar
▪ Quando a tosse está comprometida ou quando a espessura ou quantidade de secreção está alterada torna-se
necessário realizar técnica específica para higiene brônquica que auxilie na eliminação de secreções e melhora da
função pulmonar (VAN DER SCHANS, 1999)
SISTEMA DE DEFESA
AÇÃO MUCOCILIAR
▪ Membranas epiteliais (numerosos pelos finos – cílios) especializadas
que revestem toda a via aérea juntamente com células produtoras de
muco que recobrem os cílios em uma fina camada de fluido
▪ O muco aprisiona as partículas quando elas entram nas VA e os cílios
transportam o material com segurança antes que ele entre nos
pulmões
▪ Em alguns casos (p. ex. fibrose cística) os pacientes produzem muito
muco, entupindo as VA prejudicando o movimento mucociliar
▪ Se os cílios entupirem, se o ambiente ficar muito seco, o movimento
dos cílios diminuírem, as pessoas correm mais risco de infecções
QUANDO REALIZAR A ASPIRAÇÃO?
▪ As alterações que tornam, indiscutivelmente, necessária a instituição da aspiração são: ineficiência da tosse e
obstrução por rolhas de muco
▪ Muitos são os critérios de indicação da aspiração: queda da saturação de oxigênio, tosse ineficaz, diminuição da
ausculta pulmonar, presença de roncos e desconforto respiratório e aumento da frequência cardíaca
▪ A aspiração da secreção pode proporcionar grandes benefícios ao paciente por otimizar a mecânica respiratória e as
concentrações gasosas, reduzindo o trabalho respiratório e o gasto energético
▪ Entretanto, a possibilidade de ocorrerem complicações como: arritmias, hipóxia, elevação da pressão intracraniana,
infecção e traumas de mucosa traqueal associadas à técnica, impõem necessidade de avaliação contínua e criteriosa
no que se refere à indicação e aos cuidados que devem ser considerados e respeitados ao se eleger e realizar tal
procedimento
CUIDADOS PREVENTIVOS À LESÃO E COMPLICAÇÕES
DECORRENTE DA ASPIRAÇÃO
(duração do procedimento),
▪ Suspensão da dieta
▪ Posicionamento do paciente
▪ Explicar o procedimento ao paciente, através disso observa-se redução nos níveis de estresse e ansiedade do
paciente, fato que minimiza complicações durante a técnica
▪ Hipersecretivo
▪ Cianose
▪ SISTEMA FECHADO: usado geralmente em pacientes na VM que não podem ser desconectados do
▪ Ambos devemos entrar com a sonda fechada, sem vácuo “correndo”, ao sentir a resistência (carina traqueal) deve-
se voltar de 1 a 2 cm e a partir dai abrir o vácuo e começar a aspirar
▪ Tamanho da sonda de aspiração: DI ÷ 2 e multiplicar o resultado por 3. Ex.: cânula DI 8.0mm ÷ 2 = 4 x 3 = 12 (Day et
al, 2002)
TÉCNICA DE ASPIRAÇÃO / TRAQUEOSTOMO
▪ SEQUÊNCIA CORRETA:
1. Aspirar traqueostomo
2. Aspirar nariz
3. Aspirar boca
PROCEDIMENTO
a luva estéril
uma toalha
PROCEDIMENTO
esterilidade do cateter
10º) Tocar a sonda com a mão estéril e com a outra mão fechar a sonda para
11º) Entrar com a sonda fechada por cerca de 10 a 12cm (caso sinta
resistência (carina), voltar um pouco a sonda, dai deve abri-la, para evitar
sangramento)
aspira as secreções
15º) Se forem necessárias aspirações adicionais, propiciar um tempo adequado entre as aspirações para
16º) Se houver necessidade, proceder à aspiração da naso e em seguida da orofaringe com a mesma sonda
17º) Desconectar a sonda da extensão do aspirador. Enrolar a sonda em torno dos dedos da mão dominante,
puxar a luva para fora, pelo lado de dentro de modo que a sonda permaneça dentro da luva
18º) Promover a limpeza da borracha do aspirador, aspirando água para lavar a extensão e proteger a ponta
Embora instilar soro fisiológico durante a aspiração tenha sido usado por anos, este estudo aponta que a evidência mostra
que tal instilação é controversa.
De acordo com Day et al. (2002) o muco e água são como óleo e água, não podem ser misturados, mesmo após agitação
vigorosa
Em vez de usar solução salina normal para diminuir a viscosidade das secreções antes da sucção, esforços deve ser feito
para garantir a hidratação adequada, umidificação adequada, uso de agentes mucolíticos e mobilização eficaz
TRAQUEOSTOMIA COM VIA DE ASPIRAÇÃO SUBGLÓTICA
▪ Ligar o vácuo e manter a mangueira da subglótica fechada (pressionada com os dedos) e ir bem
lentamente liberando o fluxo, até sugar toda a secreção
▪ Caso a secreção não venha, dar uma leve tracionada na traqueostomia (desobstrua a saída rente ao cuff)
TRAQUEOSTOMIA COM VIA DE ASPIRAÇÃO SUBGLÓTICA
▪ Assim que destilar solução, imediatamente conectar a mangueira da subglótica à extensão do aspirador
SISTEMA FECHADO DE ASPIRAÇÃO/TRACH CARE
DAY, T.; FARNELL, S.; WILSON-BARNETT, J.. Suctioning: a review of current research recommendations. Intensive and Critical
Care Nursing (2002) 18, PP 79-89
DAY, T.; WAINWRIGHT, S. P.; WILSON-BARNETT, J.. An evolutionof a teaching intervention to improve the pratice of
suctioning in intensive care units. Journal of Clinical Nursing (2001); 10; pp 682-696.
HERCE, A.; LERGA, C.; MARTINEZ, A.; ZAPATA, M. A.; ASIAN, M. C.. Aspiración Endotraqueal: respirador versus resucitador
manual como método de hiperoxigenación e hiperinsuflación. Enfermería Intensiva. Juolho 1999. Vol 10, nº3, pp 99-109.
PRYOR, J. A.; WEBBER, B. A.. Fisioterapia para problemas respiratórios e cardíacos. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2002.
Ridling DA, Martin LD. and Bratton SL.,2003. Endotracheal suctioning with or without instillation of isotonic sodium
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VAN DER SCHANS, C. P.. Physiotherapy and bronchial mucus transport. European respiratory Journal, nº2, 1999, pp 1477-
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