Caroline Andrade - Señorita
Caroline Andrade - Señorita
Caroline Andrade - Señorita
PLAYLIST
SINOPSE
PRÓLOGO
A HERANÇA DOS CACHILA
FANTASMA
CAPÍTULO 1
RUA DOS PRAZERES
TINA ZARA
CAPÍTULO 2
A BRANCA DE NEVE E OS TRÊS ANÕES E MEIO
TINA ZARA
CAPÍTULO 3
NA TOCA DO LOBO MAU
TINA ZARA
CAPÍTULO 4
OLHOS DE AVELÃ
TINA ZARA
CAPÍTULO 5
SEÑOR SÁNCHEZ
TINA ZARA
CAPÍTULO 6
MEU RECOMEÇO
TINA ZARA
CAPÍTULO 7
MORANGO
SEBASTIAN SÁNCHEZ
CAPÍTULO 8
FLORAIS E MARGARIDAS
TINA ZARA
CAPÍTULO 9
A NEGAÇÃO
SEBASTIAN SÁNCHEZ
CAPÍTULO 10
ZERO
TINA ZARA
CAPÍTULO 11
HISTÓRIAS CRUZADAS
TINA ZARA
CAPÍTULO 12
ABELHINHA
PAPI
Tina Zara
CAPÍTULO 13
COMO EU VEJO VOCÊ
SEBASTIAN SÁNCHEZ
CAPÍTULO 14
O PRIMEIRO
TINA ZARA
CAPÍTULO 15
APENAS A TINA
TINA ZARA
CAPÍTULO 16
O SEGREDO
PAPI
Tina Zara
CAPÍTULO 17
UMA FEBRE
SEBASTIAN SÁNCHEZ
CAPÍTULO 18
MEU PEQUENO CAOS
SEBASTIAN SÁNCHEZ
CAPÍTULO 19
O PAGAMENTO
SEBASTIAN SÁNCHEZ
CAPÍTULO 20
O CAÇADOR DE BICHO-PAPÃO
SEBASTIAN SÁNCHEZ
CAPÍTULO 21
ME APAIXONEI
TINA ZARA
CAPÍTULO 22
BOMBONS E FOFOCA
TINA ZARA
CAPÍTULO 23
MALPARIDO
SEBASTIAN SÁNCHEZ
CAPÍTULO 24
A PRIMEIRA DANÇA
TINA ZARA
CAPÍTULO 25
A ÚLTIMA DANÇA
TINA ZARA
CAPÍTULO 26
SOU SUA
SEBASTIAN SÁNCHEZ
CAPÍTULO 27
SEMPRE SEREI SUA
TINA ZARA
CAPÍTULO 28
A DOR DA ALMA
TINA ZARA
CAPÍTULO 29
O DESPERTAR DOS DEMÔNIOS
SEBASTIAN SÁNCHEZ
CAPÍTULO 30
O FANTASMA
TINA ZARA
CAPÍTULO 31
A TRÉGUA
SEBASTIAN SÁNCHEZ
Tina Zara
CAPÍTULO 32
POR AMOR
TINA ZARA
CAPÍTULO 33
O CAOS
PAPI
Tina Zara
CAPÍTULO 34
UM MOTIVO
SEBASTIAN SÁNCHEZ
CAPÍTULO 35
DOCE MORANGO
SEBASTIAN SÁNCHEZ
CAPÍTULO 36
AS ESCOLHAS
PAPI
Pablo Cachila
CAPÍTULO 37
UM RECOMEÇO
TINA ZARA
EPÍLOGO
TINA ZARA
Sebastian Sánchez
ENTRE A CRUZ E A ESPADA
BELLA CHAT
AGRADECIMENTOS
Copyright © 2023 por Caroline Andrade
Señorita | 1ª Edição
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Livro digital | Brasil
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permitidos pela lei de direitos autorais.
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meses a 1 (hum) ano, ou multa, a violação de direito de autor que não tivesse como
intuito a obtenção de lucro com a reprodução da obra intelectual protegida.
PLAYLIST
FANTASMA
Nova York
15 anos antes
TINA ZARA
15 anos depois
Nova York
TINA ZARA
Vinícola Sánchez
Três dias depois
TINA ZARA
TINA ZARA
TINA ZARA
TINA ZARA
SEBASTIAN SÁNCHEZ
TINA ZARA
SEBASTIAN SÁNCHEZ
TINA ZARA
TINA ZARA
PAPI
— Chefe...
A voz de um dos seguranças da casa de jogos é silenciada
quando a mão de Papi se ergue, o mandando fazer silêncio
enquanto ele termina de cheirar a última risca de pó branco em cima
da mesa do escritório. Seu corpo se endireita e ele joga suas costas
para trás, soltando a nota de 100 dólares enrolada como um canudo
em cima da mesa.
— Pura! — Sua voz sai ríspida e esfrega a ponta do nariz, o
limpando. Levanta seus olhos para o segurança e dá a ele um
sorriso cínico. — Diga.
Papi desabotoa o botão do terno e deixa o blazer aberto,
retirando sua arma automática cromada da cintura e a repousando
na ponta da mesa.
— Os meninos encontraram Zara, como o chefe ordenou. —
O segurança faz um gesto de cabeça e aponta em direção à porta.
— A traga para mim. — Papi empurra a cadeira para trás e
cruza suas pernas, mantendo seus olhos na porta, sentindo uma
pequena euforia dentro dele ao saber que finalmente sua abelhinha
voltou para ele.
Observa o capanga se virar e caminhar rumo à porta do
escritório, abrindo, mas não é sua abelhinha que passa pela porta, e
sim uma ratazana inútil que é empurrada para dentro por outro
segurança. Seu rosto inchado, com lábios cortados e olho roxo, lhe
contam que os rapazes pegaram pesado com ele. Os olhos do
garoto ficam mais arregalados quando se encontram com os de
Papi, tendo o medo ficando ainda mais visível em sua expressão.
— Papi... — A voz de David é calada quando um soco é
desferido na lateral da sua face pelo capanga, o derrubando no
chão antes mesmo do rapaz dar um passo que seja para perto da
mesa. — Oh, Deus...
David tosse e cospe uma bola de sangue no chão, com seu
corpo tombando de barriga para cima quando ele se vira.
— Onde ela está? — Seus olhos desviam do rapaz e
encaram o segurança, tendo a veia na lateral da sua testa pulsando
rápido. — Onde está a irmã?
— Não a encontramos, chefe. — O segurança que tinha
empurrado David para dentro da sala é quem responde. —
Reviramos cada esgoto dessa cidade, e não encontramos a puta!
Um sorriso frio e sem emoção se esboça na face de Papi, ao
mesmo tempo que seu olhar se mantém fixo no segurança. Suas
pernas descruzam e Papi se levanta, tombando seu rosto para o
lado enquanto desvia seus olhos para David caído no chão.
— Não encontramos a puta! — ele repete baixo as palavras
do segurança, enquanto caminha lento e dá a volta na mesa, se
aproximando do jovem David caído no chão.
Seu segurança de confiança, que veio lhe dar a notícia da
chegada do rapaz, dá um passo para trás, se afastando do seu
chefe. Conhece o olhar de morte de Papi, e sabe que o capanga
burro tinha irritado o patrão no segundo que chamou a garota de
puta.
— Não encontramos a puta, sim? — Papi ergue o rosto para
o segurança e dá uma risada. — Não a encontramos?
Ele dá mais um passo à frente, parando de frente com o
rapaz, mantendo contato visual olhos nos olhos.
— Sim, chefe, não a encon... — O som da voz do segurança
é calado pelo barulho alto que sua cabeça faz quando é empurrada
contra a parede, estourando a lateral do rosto do segurança.
Sua própria arma é usada contra ele, pelos movimentos
rápidos de Papi quando o desarma e engatilha o revólver, colando a
boca da arma na nuca do segurança, enquanto em um ataque de
frenesi, Papi continua a golpear a cabeça do segurança contra a
parede, deixando a marca de sangue escorrer sobre a pintura. Os
joelhos do rapaz se dobram e ele cai no chão no segundo que o
dedo de Papi pressiona o gatilho e dispara uma bala à queima-
roupa em sua nuca.
— Tira essa merda de dentro do meu escritório, Paco! —
Papi rosna, baixo, e cospe no chão, dando a ordem para seu
segurança de confiança. Se vira lentamente e olha o jovem David
que está com seus olhos arregalados, em pânico, para ele. — Onde
ela está, David? — Caminha lento e balança a arma em sua mão,
se agachando perto do garoto.
— Eu não sei, eu juro que não sei, Papi... — A voz dele
treme, assim como o corpo inteiro, covarde e inútil, se arrastando
como um verme e se sentando no chão.
— Ninguém me sacaneia, e você e sua irmã acharam que
realmente podiam me sacanear e ficarem vivos? — Papi ergue a
arma e estica seu braço, mirando na testa de David. — Cadê a
porra da sua irmã?
— JURO QUE NÃO SEI, PAPI! — A mão do rapaz se ergue
para o alto, com os olhos dele se fechando enquanto chora
amedrontado. — Nunca ia tentar te sacanear, cara, nunca. Eu ia te
entregar ela, ia sim, estava tudo pronto...
— Não, não, não ia, se fosse me entregá-la, você não teria
fugido. — Sua voz é como aço, fria e com ódio, empurrando a arma
contra a pele de David.
— Ela fugiu, ela fugiu, e quando eu vi que ela tinha me
abandonado, eu fiquei com medo, por isso fugi também... — David
abre seus olhos, chorando ainda mais forte, negando com a cabeça.
— Eu estava atrás da Z, por isso desapareci, estava procurando-a
para lhe entregar. Por favor, cara, acredita em mim, eu nunca lhe
foderia...
— Acha mesmo que sou estúpido?! — Papi ri e nega com a
cabeça. — Tina nunca fugiria sem você. Então diga onde aquela
cadela está, ou juro por Deus que em cada parte dessa cidade irá
amanhecer um pedaço do seu corpo jogado na sarjeta, depois que
eu te desmembrar.
— Z FUGIU! — ele fala mais alto, negando com a cabeça. —
Ela fugiu, eu juro que não sei onde ela está... Por favor, eu dou um
jeito de pagar a sua grana de outra forma, apenas me dê mais
tempo.
Uma risada debochada escapa da boca de Papi quando ele
abaixa a arma, a balançando entre suas pernas, enquanto observa
o garoto idiota.
— Sempre foi um dos mais burros dessa família, apenas
perdia para o bêbado do seu pai, David. — Papi para de rir e
esmaga sua boca, levantando o revólver novamente para a face de
David. — Acha mesmo que eu sou tão estúpido que deixaria um
merda como você ficar me devendo algo se eu não tivesse algum
interesse?
As mãos de David se abaixam e ele solta um soluço baixo,
parando seu olhar no revólver.
— Você e o seu pai sempre foram dois merdas. E se não
fosse pela boceta da sua irmã, eu mesmo já tinha matado vocês
muito tempo atrás. — Papi comprime seu olhar e move o revólver
lentamente para o queixo de David, empurrando a boca do revólver
de baixo para cima contra a pele. — Inútil, sempre foi um verme
inútil, David, e se realmente está dizendo a verdade e não sabe
onde ela está, você não tem serventia alguma para mim. Mas não
se preocupe, mandarei lembranças suas para ela, quando eu a
encontrar.
Papi sorri e dá uma piscada para ele, enquanto levanta e
deixa o braço esticado, pronto para apertar o gatilho.
— EU SEI QUEM PODE SABER ONDE ELA ESTÁ... — A
voz do covarde de David grita alto, com ele se encolhendo e
erguendo seus braços, tentando salvar sua vida. — SEI QUEM
PODE SABER.
Os olhos de Papi desviam do rapaz para seu segurança, o
encarando, dando um sorriso de vitória.
— Posso dar um jeito de te levar até Z, apenas preciso que
me deixe vivo. Me dê apenas um tempo e trago a Tina de volta...
— O nome, me diga o nome. — Papi mantém o jovem na
mira da arma, voltando seus olhos para David.
— Dolores. — O nome sai da boca de David, com os olhos
dele se abrindo e falando entre o choro. — Ela foi uma ex-mulher do
meu pai. Tina gosta dela como se fosse sua mãe de verdade, a
velha vivia tentando tirar a Tina do píer.
— Deve ser a velha que a Angel disse que foi atrás da garota
na madrugada que ela desapareceu. — Papi vira seu rosto para o
segurança, quando ele fala.
Uma das prostitutas, chamada Angel, que trabalha no píer,
tinha contado que na noite que Tina fugiu, apareceu uma velha atrás
dela e as duas saíram juntas.
— Isso, deve ser ela mesmo. — David confirma com um
balançar de cabeça, falando rápido. — Tina sempre gostou dela
como mãe, ajudava ela e as crianças que têm na casa, dando
dinheiro para a velha. Se alguém sabe onde Z está escondida, é
Dolores.
Papi abaixa a arma e inala o ar com força, enquanto estuda
David, olhando-o com asco.
— Não gosto de incendiar casas que têm crianças, isso pega
mal para a minha reputação — ele fala e nega com a cabeça, se
agachando novamente perto de David. — Vou fazer o seguinte. Lhe
darei a chance de me mostrar que realmente não é tão inútil quanto
eu pensava, David. Vá até essa velha e descubra onde Tina está, se
fizer isso, lhe deixo vivo.
Os olhos de David piscam e ele respira depressa, olhando o
revólver na mão de Papi.
— Eu prometo que vou descobrir, Papi...
Papi sorri, suavizando sua feição, e estica sua mão, dando
um leve tapinha no rosto de David.
— Eu sei que vai. — Ele faz um gesto com a cabeça em
direção à porta. — Some da minha frente, e volte assim que a
encontrar!
O garoto se levanta rápido, gemendo de dor, e caminha às
pressas para a porta. Papi se mantém na mesma posição,
agachado, olhando o local onde David estava.
— Chefe — o segurança o chama, parando ao seu lado e
aguardando pela ordem.
— Siga-o. Descubra onde essa velha vagabunda mora e a
faça falar. — Papi se levanta e entrega o revólver para seu
segurança.
— E depois?
— Queime a casa e mate todos que estiverem dentro dela! —
Ele repuxa seu nariz e fecha seus olhos, caminhando em direção à
mesa. — Minha pequena abelhinha precisa se lembrar a quem deve
obediência.
Um rosnado baixo sai da sua boca, enquanto sua mente
consegue o fazer visualizar Tina perfeitamente bem, cada detalhe
da sua face, do seu corpo pequeno, o qual Papi conhece como a
palma da sua mão. Se recorda de observá-la desde pequena,
quando se mudou para aquela espelunca de lugar com o pai e o
irmão, frágil e delicada, exalando inocência por seus poros. Cristo,
Papi a desejava como nunca desejou outra, mas se mantinha
afastado, apenas a olhando de longe, ambicionando o dia que
pudesse se aproximar da garota, e esse dia chegou muito antes que
pudesse imaginar. O irmão idiota e o pai bêbado tinham entregado
Tina a Papi praticamente de bandeja, quando a deixaram sozinha e
vulnerável.
Foi tentador demais para Papi resistir e não a possuir ali
mesmo, dentro daquele apartamento, com uma barganha, tomando
sua inocência a troco de soltar o pai de merda dela e o irmão da
cadeia. Teria sido apenas isso, se não tivesse ficado aprisionado na
inocência daquele olhar assustado, com lágrimas escorrendo por
suas bochechas, enquanto seu corpo o recebia dentro dela. Iria
querer outras vezes, Papi soube disso no segundo que se afastou
da cama e a olhou, e a manteve como dele, cuidava da sua
pequena abelhinha.
Fez algumas merdas de escolhas erradas, que o acabou
separando dela, e nem na prisão, durante os anos que ficou
encarcerado, conseguiu esquecer Tina. Sabia de cada passo dela, o
que andava fazendo, que tirava a roupa em uma espelunca e que
saia com clientes a troco de dinheiro, mas nada importava, porque
ele sabia que ele era o dono daquele olhar inocente de Tina, e sua
abelhinha iria voltar para ele. Queria que as coisas tivessem sido
mais fáceis, que ela tivesse aceitado a proposta desde o começo,
mas sua pequena abelhinha era teimosa, preferia ser uma prostituta
no píer a aceitar que sua vida seria melhor ao lado de Papi. Tentou
ser paciente com ela, lhe dar a chance de enxergar que ele era sua
melhor escolha, só que tudo tinha limite, principalmente a paciência
de Papi, por isso usou o idiota do irmão, o iludindo com emprego e
dinheiro, se ele entregasse Tina. Mas novamente a pequena
abelhinha teimosa escolheu o jeito difícil, e teria que disciplinar de
vez sua abelhinha, nem que fosse preciso cortar suas asas, para ela
entender de vez quem é o seu dono.
TINA ZARA
SEBASTIAN SÁNCHEZ
TINA ZARA
TINA ZARA
PAPI
TINA ZARA
SEBASTIAN SÁNCHEZ
SEBASTIAN SÁNCHEZ
SEBASTIAN SÁNCHEZ
SEBASTIAN SÁNCHEZ
TINA ZARA
TINA ZARA
SEBASTIAN SÁNCHEZ
TINA ZARA
TINA ZARA
SEBASTIAN SÁNCHEZ
TINA ZARA
TINA ZARA
SEBASTIAN SÁNCHEZ
TINA ZARA
SEBASTIAN SÁNCHEZ
TINA ZARA
TINA ZARA
PAPI
Um mês depois
TINA ZARA
SEBASTIAN SÁNCHEZ
SEBASTIAN SÁNCHEZ
PAPI
PABLO CACHILA
TINA ZARA
TINA ZARA
Fim!
ENTRE A CRUZ E A ESPADA
BELLA CHAT
— Oh, meu Deus... Oh, meu Deus, o que vou fazer... —
Respiro depressa enquanto mordo minha boca, caminhando rápido
e seguindo em direção à porteira da vinícola.
Eu saí tão apressada da festa de casamento da Tina e do
senhor Sebastian, que nem sequer me despedi deles. Meus dedos
tremiam quando tentei ligar a porcaria do carro e ele simplesmente
não funcionou. As lágrimas já começavam a encher os meus olhos
enquanto o terror apenas ia crescendo dentro de mim, com o
simples fato de ouvir o maldito nome ser dito pela boca de Ralf.
Tento fazer minha mente imaginar que foi um engano, que não tinha
escutado aquele nome, ou que na pior das hipóteses, fosse outro
Ângelo, mas sei muito bem o que ouvi, e dentro de mim meu
coração me alerta: é o meu monstro, ele tinha me encontrado.
Aquele verme nojento finalmente tinha me achado, e agora estava
vindo para cá, para a vinícola. Puxo o ar com mais força e esfrego
meu peito, andando mais nervosa, não tendo ideia do que farei. Não
tenho mais para onde ir, meu último ato de desespero foi vir para
esse lugar. Não pode ser verdade, ele não pode ter me encontrado,
não agora, que minha vida está mais ainda de cabeça para baixo.
Arrumo a bolsa em meu ombro e olho assustada para os lados,
caminhando rápido para a rua. Andarei mais alguns quilômetros,
antes de chamar um táxi para vir me buscar.
— O que vou fazer, meu Deus... — Tapo meu rosto e me
encolho de medo, não acreditando que justo agora, Ângelo tinha
que sair do inferno para vir atrás de mim.
O som do carro passando lentamente ao meu lado, me faz
apenas encolher ainda mais, limpando meu rosto rapidamente.
Mantenho meu passo e ando de cabeça abaixada, mas logo o som
dos pneus freando no asfalto se faz. Ergo minha cabeça e olho para
a traseira do Dodge Charger RT antigo, completamente preto, com
calotas cromadas, me fazendo querer abrir um buraco ainda maior
no chão para eu desaparecer assim que reconheço o veículo e sei
exatamente a quem ele pertence.
— Merda! — Viro meu rosto para o lado, não acreditando que
com tantos convidados para sair da festa no mesmo momento que
eu, tinha que ser justo Ralf.
Volto meu rosto para o veículo e vejo os faróis vermelhos
ligados, com o som do ronco do motor silenciando quando o carro é
desligado. A porta se abre, me deixando ver o corpo esguio e alto
saindo dele. O homem de terno, com a cabeça raspada, fica parado
ao lado do carro, me encarando, com sua maldita sobrancelha
arqueada. Ele estufa seu peito e vira seu rosto para o lado, olhando
e levando as mãos ao bolso do terno. Vejo seu maxilar travando,
enquanto ele retorna sua face lentamente para mim.
— O que pensa que está fazendo nessa rua vazia, essa hora
da noite, señora? — ele pergunta de forma arrogante, me tratando
como se eu fosse uma criança, como ele sempre faz.
Desvio meus olhos dos seus e inalo o ar com força,
amaldiçoando minha maldita sorte, de nem poder sofrer meus
problemas em paz.
— Estou indo para casa — o respondo séria, soltando o ar
dos meus pulmões lentamente.
— De pé? — ele fala sarcástico, tirando as mãos dos bolsos
da calça e as deixando paradas em sua cintura. — Onde está
aquela lata de sardinha que chama de carro?
Ranjo meus dentes e sinto vontade de lhe mandar à merda.
Não tenho cabeça para lidar com Ralf agora, muito menos
emocional.
— Ele não pegou — falo cansada, sem ter vontade de discutir
com ele. — Na segunda, dou um jeito de buscá-lo depois do
trabalho. Boa noite, senhor Ralf. Agora, se me der licença, preciso ir
para casa.
Tomo coragem para continuar caminhando, seguindo para o
outro lado do carro, para não ter que passar do seu lado, desviando
meus olhos dos seus.
— E por que simplesmente não pediu ajuda? Poderia ter
falado com...
— Não iria incomodar o senhor Sebastian na festa de
casamento dele, por causa de um carro velho — o respondo e
mantenho meu passo, não olhando para ele, apenas implorando a
Deus que faça esse homem entrar dentro do carro dele e me deixar
em paz.
— Poderia ter falado comigo!
— Oh, sim! Claro, por que não pensei em pedir ajuda para
você?! — digo sarcástica, balançando a cabeça para os lados, como
se estivesse pensativa, dando um tapinha em minha testa. — Ah, é
simples: porque na certa você devia estar galinhando, como sempre
faz. Falando nisso, não tem nenhuma reunião marcada para agora?
— Rio, o provocando, tentando não o deixar ver como estou a um
passo de cair no choro. — Deveria ir, se não vai se atrasar, el
comedor...
— Qual a porra do seu problema, mujer?! — O som alto da
voz dele rugindo como se fosse um tigre enfurecido, me faz virar
assustada, olhando-o, tendo o carro entre nós dois. — Por que
sempre tem que ser tão amarga, tão megera? Ou é só comigo que é
assim? — Ele abre os braços e me encara mais zangado, tendo
suas narinas dilatando. — Por que não diz logo o que aconteceu
naquela maldita noite, e para de ficar me tratando como se eu fosse
aqueles mierdas dos estagiários que cheiram a leite que você
pisoteia?!
— Não aconteceu nada aquela noite. — Desvio meus olhos
dos dele na mesma hora, abaixando a minha cabeça e encarando o
asfalto. — E meu único problema nesse momento é você, me
infernizando.
Retiro a bolsa do meu ombro e a seguro com força, andando
apressada, não olhando mais para ele, me afastando do carro,
sentindo meu coração quase parando de bater. Meus olhos ficam
marejados e inalo o ar com força, tentando ser forte quando dentro
de mim tudo está desmoronando.
— Se insiste em continuar afirmando isso, me explica então
por que minha cama inteira tinha o seu cheiro na manhã seguinte...
— Ouço sua voz rosnando bravo atrás de mim.
Diminuo meus passos e caminho lentamente, mordendo
minha boca e ouvindo a respiração pesada dele. Não era para
aquela noite ter acontecido, não tenho ideia de como tudo terminou
conosco despidos em cima da cama, fodendo como dois animais.
Começou com uma discussão, e quando dei por mim estava
acordando no outro dia, algumas horas antes do sol nascer, nua, ao
lado de Ralf.
— Me explica, Bella. — Ele mantém sua voz brava falando
atrás de mim. — Ou simplesmente confirma o que eu já sei, que o
cheiro da mulher que dormiu em minha cama é seu.
— Ora, faça-me o favor! — Nego com a cabeça, andando
mais rápido. — Para o seu governo, cão farejador vagabundo de
beira de aeroporto, meu perfume não é exclusivo. Por que não caça
outra para encher o saco, e aceita o fato que você seria o último
homem na face da Terra com quem eu dormiria...
Meu corpo é brecado pelo puxão forte que recebo em meu
braço quando os dedos de aço dele se fecham em minha pele, me
rodando para ficar de frente para ele. Meus olhos se arregalam, e
estou assustada, tendo a face de Ralf a centímetros da minha,
rosnando com raiva.
— Não ouse me tratar como aqueles hijos da puta que mal
saíram das fraldas, que você brinca como se fossem ratinhos na sua
mão, señora! — Sua face se aproxima mais, me fazendo sentir sua
respiração quente me acertando, como se fosse de um touro
zangado bufando pelo nariz. — Porque não sou nem um pouco
parecido com eles, e é por isso que reconheço quando alguém tenta
mentir para mim. Posso farejar mentiras a quilômetros de distância,
assim como o seu cheiro.
Respiro mais depressa, ainda em choque, ficando paralisada
quando o rosto dele se inclina ainda mais para frente e inala forte o
ar. Ralf sempre foi arrogante, e um galinha que vivia paquerando
qualquer mulher que visse, fazendo piadas e rindo. Ao longo do
tempo que trabalho na vinícola, vi muitas faces dele: provocador,
insuportável, um homem concentrado no trabalho, até risonho, mas
essa face é a primeira vez que vejo. E isso me deixa ainda mais
confusa, sobrecarregando ainda mais meu emocional, e me
encolho, mordendo minha boca e sentindo meus olhos arderem ao
ficarem marejados, enquanto fungo baixinho.
— Dios, mujer! — Seu tom de voz baixo, fica rouco, enquanto
ele ergue sua outra mão e segura meu rosto com delicadeza, sendo
o oposto do homem que acabou de parecer um cão raivoso à minha
frente, poucos segundos atrás. — Apenas quero a verdade, Bella,
quero saber o que aconteceu naquele quarto. — Seus olhos recaem
para meus lábios e ele respira pesadamente. A sombra escura que
tinha em seu olhar se dissipa. Ele quase aparenta estar preocupado.
— Preciso saber se te machuquei, se perdi o controle...
Tirando as marcas de chupões e mordidas, que tinham se
espalhado por toda minha pele, posso garantir que Ralf não me
machucou. E queria gritar, gritar para ele: não, seu ogro. Você não
me machucou, só pôs um filho dentro da minha barriga! Mas não
digo as palavras, que assim como o choro ficam presas em minha
garganta, me fazendo fechar meus olhos, tendo as lágrimas rolando
por minhas bochechas, me sentindo perdida, completamente sem
rumo, como se tivesse uma arma apontada para minha cabeça
novamente, brincando de roleta-russa, não sabendo se ela me
mataria dessa vez ou não.
É muita coisa acontecendo ao mesmo tempo: a noite com
Ralf, descobrir que estou grávida, ouvir o nome de Ângelo e que ele
está vindo para cá, tudo isso me acerta de uma única vez. E todos
esses dias que tentei ser forte, simplesmente me dragam como uma
avalanche, caindo em cima de mim.
— Dios, me diga, señora... — Escuto sua voz falando em tom
angustiado, com ele soltando meu braço e prendendo sua mão atrás
da minha cabeça, me puxando para perto dele. — Lhe toquei, não
foi?! E lhe feri... por isso está fugindo de conversar comigo, não é...
— Não... — murmuro entre o choro e nego com a cabeça, me
segurando em seu terno, perdendo completamente a postura, não
conseguido ser forte.
Não lembro quando foi a última vez que chorei, sendo
amparada por alguém, muito menos por um homem.
— Me conte, me diga a verdade... — Ele segura meu rosto e
o prende em suas mãos, uma de cada lado da minha face, limpando
minhas bochechas com seu anelar e o escorregando, olhando para
mim com tristeza. — Não era para ter acontecido aquilo, Bella, por
isso nunca me aproximei de você. E também não foi sua culpa, lhe
vi bebendo naquela festa, e sei que tomou a vitamina da mi madre,
e eu acabei tomando aquela porra também, mas não sabia... —
Pisco, confusa, o olhando, não entendendo o que ele está falando.
— Jamais lhe tocaria conscientemente, como eu toco as mulheres
que se deitam comigo. Por favor, me diga o que lhe fiz naquela
noite, isso está acabando comigo, por não conseguir me lembrar...
Desvio meus olhos dos seus, os deixando presos na sua
gravata, não sabendo como lhe explicar que eu também não me
lembro, que culpo a bebida por ter me feito acordar na cama dele no
outro dia. Mas que por mais que tivesse acordado marcada, eu não
me sentia ferida. Com os músculos dormentes e um pouco assada,
isso sim, mas não machucada.
— Ralf, aquela noite... — Me calo e abaixo meus olhos para o
meu ventre, respirando rápido, ainda incerta de como lhe contar que
a única coisa que sei daquela noite, é que ela tinha gerado um
bebê. — Nós dois fizemos...
— Bella?
Tanto meu rosto quanto o dele se vira para o Sedan branco
que está parado na rua, ao lado da gente. Estava tão perdida, que
nem sequer tinha ouvido o barulho do carro.
— Está tudo bem? — Ken, o amigo de Aurora, que ela tinha
me apresentado na sua festa de aniversário, me pergunta sério,
olhando de mim para Ralf. — Está precisando de alguma coisa?
— Que continue dirigindo! — Ralf solta meu rosto e vira de
frente para o carro, encarando Ken com sua face, que retorna a ficar
raivosa, como ele estava antes.
— Na verdade, sim... — falo apressada, sabendo que ainda
não consigo ter essa conversa com Ralf. Seu rosto gira para mim,
me olhando confuso.
— Señora...
— Poderia me dar uma carona, Ken? — Dou um passo para
trás quando o braço dele se move com intenção de me tocar outra
vez. — Meu carro não está funcionando.
Olho para o rapaz gentil dentro do carro, o qual deveria ter
sido o meu par daquela noite, onde eu deveria ter apenas dançado
e ido para casa depois, quando lhe dissesse que não tinha intenção
de me envolver, ao invés de ir parar na cama de Ralf.
— Oh, mas é claro, Bella! — Ele sorri alegre para mim,
balançando sua cabeça em positivo.
— Señora! — O rosnado baixo sai da boca de Ralf como um
alerta que dispara em minha cabeça na mesma hora para andar
rapidinho.
— Boa noite, senhor! — digo apressada, praticamente
correndo quando dou a volta no carro, entrando nele e me sentando
no banco do carona. — Vamos!
Estampo um sorriso gentil em meus lábios, não querendo que
Ken note meu nervosismo. Ele consente com a cabeça e acelera o
carro, enquanto me sinto afundando no banco, sentindo meu
coração quase saindo pela boca.
— Quase não lhe vi na festa, pensei que tivesse ido embora.
Ainda bem que tive a chance de lhe encontrar novamente — Ken
fala, distraído, dirigindo, enquanto eu apenas sorrio e balanço minha
cabeça em positivo.
Meu rosto se move para o lado e olho para o retrovisor do
lado de fora, observando a imagem do homem carrancudo ficando
para trás, com seu corpo ereto e com suas mãos no bolso, tendo
seus olhos semicerrados.
Meu Deus, o que vou fazer?!
Fecho meus olhos e esfrego meu peito. Me sinto entre a cruz
e a espada, tendo Ralf de um lado, de quem não tenho como fugir, e
o demônio do Ângelo do outro, que está vindo atrás de mim.
Continua...
AGRADECIMENTOS
ATENÇÃO: contém cenas eróticas e gatilhos que podem gerar desconforto. não indicado
para menores de 18 anos.
Tudo nessa vida tem um preço, e Yara sabia disso quando salvou a vida
do monstro que entrou em seu caminho. Tendo que escolher entre o homem
que amava e os frutos dessa paixão que cresciam em seu ventre, partiu,
deixando-o sem olhar para trás. O que ela não sabia é que sua magia deixou
rastros, e agora algo muito pior vêm atrás dela.
Seu mundo desaba quando suas filhas são levadas por um mal maior, e
o destino brinca com a pequena bruxa, colocando-a frente a frente com o
homem que tanto assombrou suas lembranças por longos anos.
O monstro se perde assim que seus olhos pousam na pequena mulher
solitária que vê em seus sonhos, e que agora está em carne e osso na sua
frente. Algo dentro de Paolo desperta, puxando-o para ela cada vez mais, sem
entender o que os liga.
O Cão e a Bruxa estão de volta em mais uma batalha.
Yara lutará com toda sua força para ter suas filhas de volta. No meio da
sua jornada, precisará mostrar ao monstro o poder e a força da magia do amor,
e encarar a ira de cinco anos longe dos olhos tão sombrios quanto o portão do
inferno.
Poderá o cão de caça perdoar a bruxa que o jogou no limbo por cinco
anos, sem despertar o monstro que habita nele?
Um inimigo antigo uniu os irmãos Ávilas em uma derradeira vingança. Daario e Paolo
juntos, lado a lado, abriram as comportas do inferno, trazendo carnificina e sangue para
aqueles que machucaram suas famílias.
A cada percurso da caçada, em uma busca cruel e implacável pelas suas mulheres, os
monstros estavam famintos por morte e justiça, fazendo aliados poderosos e alianças
inquebráveis, deixando um rastro de corpos por onde passavam.
A pequena bruxa Yara encontrou forças para lutar pela sua sobrevivência e do seu filho
quando a destemida pantera Katorze cruzou seu caminho de uma forma inesperada. As
duas mulheres traziam fé em seus corações de que seus monstros iriam libertá-las, afinal
nem todo predador é fatal, mas todos os monstros Ávilas criados pelo cruel Joaquim são
assassinos.
Amores do campo:
Maria Eloiza estava acostumada com a batalha diária que a lavoura tinha e com o esforço
sobre-humano que seu trabalho lhe trazia. Seguia batalhando mais uma vez, atrás de outra
usina, dando graças a Deus quando essa apareceu, mas nunca imaginou que o canavial
lhe traria mais do que já estava acostumada a ter, até se perder nos olhos mais verdes que
as plantações de cana.
Pedro Raia trazia o legado de sua família junto com ele. Mesmo renunciando aos sonhos
que tinha, aceitou voltar para casa quando foi convocado, cuidando de perto de cada um
que entrava em suas terras, pois nunca foi de ficar dentro de quatro paredes. Sua paixão
pela terra era antiga, desde menino trabalhava na lavoura. Gostava da terra em suas
mãos, sabendo que era dali que vinha toda sua essência. Mas sua vida mudou quando,
entre mais uma remessa de boia-fria, a pequena cabocla, com olhos assustados, lhe
mostrou o mais puro brilho de sua alma. Dois mundos, que andavam entre linhas finas, se
chocaram. A realidade de um contra a vida do outro.
A vida sempre foi puxada para Maria Rita, fazendo-a se tornar o alicerce da sua casa e a
moldando para ser a presença materna e paterna para suas irmãs. Não é de riso fácil, e
muito menos de ser dobrada por homem, mas algo muda em sua vida quando seus olhos
se cruzam com o peão chucro, Zeca Morais. Ele fará de tudo para laçar a mulher
endiabrada, que faz seu coração disparar. Um amor nasce sem freios entre os dois em
meio aos cafezais. E juntos terão que enfrentar um grande inimigo, que fará de tudo para
acabar com a vida de Zeca Morais.
João Paulo Guerra ama a vida que leva, sem ter que dar satisfação do seu destino para
ninguém. No entanto, ele tem apenas uma fraqueza, a qual nunca permitiu nem sequer se
aproximar, pois é a sua perdição. Uma criatura pequena, de boca atrevida, que sempre lhe
provoca. A cada dia está mais difícil ele esconder o sentimento que aumenta dentro do seu
peito por Maria de Lurdes. Mas, entre intrigas, mentiras e maldades que rondam Maria de
Lurdes e João Paulo, eles se aproximam, especialmente quando Maria é condenada por
toda a cidade, com injúrias e calúnias sendo desferidas contra ela. Porém, há um mal
maior a espreitando, o que faz com que João jogue as cartas na mesa e mostre o lado
cruel da família Guerra para defender a pessoa que ama.
Para conseguir se livrar da maldade do pai e de todo
sofrimento que Manoel Arena lhe empunhava, para manter o poder
da herança que sua mãe deixou sob os seus cuidados, Madalena
aceitou a proposta de se casar com o taciturno homem de olhar
sombrio chamado Tião Raia. Um casamento de conveniência, onde
Madalena poderia partir para bem longe da cidade e Tião Raia
poderia usufruir de todo o poder que a afortunada herança de
Madalena tinha. Caminhos se separaram, com cada um seguindo
sua vida, mas cinco anos depois, Madalena retorna, não mais como
a menina sofrida que tinha partido, levando apenas um beijo de
despedida do seu sombrio marido. E Tião Raia, que conseguiu se
tornar o novo prefeito da cidade, tem uma surpresa quando a mulher
vistosa e cheia de vida, com uma beleza encantadora e olhos
felinos, bate em sua porta, vindo atrás do divórcio, não lhe
lembrando em nada a desnutrida menina com quem seu irmão lhe
obrigou a casar. A guerra entre prefeito e primeira-dama é declarada
no primeiro contato, arrancando farpas e faíscas de uma atração
fatal, que desperta amor e ódio na mesma medida.
Ginger Fox embarca para a Austrália, com destino a uma ilha remota, cheia de mistérios e
segredos escondidos entre as paredes da mansão Roy. O que começou como uma
aventura, se transforma em perigo quando recebe a proposta de um jogo erótico e
envolvente, tão pecaminoso quanto os pensamentos devassos que ela nutre pelo seu
anfitrião. O que Ginger não sabe, é que seu oponente, Jonathan Roy, é um astuto tratante,
que a prende cada vez mais entre suas teias de sedução. E em meio à sua curiosidade
descabida pelo jogo, mais fundo ela se perde no mundo sadomasoquista, e a paixão
avassaladora por seu mestre a leva às últimas consequências. Ginger lutará para
conseguir sobreviver no mar de piche e mentiras que soterram a grande mansão da família
reclusa.
Sessão da tarde:
Quatro mulheres desesperadas por apenas uma noite de folga e por um segundo de
descanso ganham, misteriosamente, um sorteio relâmpago de rádio, que tem como prêmio
uma estadia nas suítes luxuosas do novo hotel da pacata cidade.
Cada uma tem sua história e seus segredos, mas todas trazem uma coisa em comum:
desejos reprimidos.
O Dia das Bruxas nunca mais será o mesmo para elas.
Não deixem de perder essa deliciosa noite de Halloween, principalmente se for uma
menina malvada.
Handrey, junto com seu irmão Jonny, participava ativamente de um grupo de neonazistas
violentos, pregando a supremacia branca. Seu destino mudou ao encontrar o corpo do seu
irmão junto a um homem negro dentro do seu apartamento, ambos sem vida. Ele nutriu
apenas ódio e autodestruição por catorze anos, jogado dentro da penitenciária federal,
almejando apenas uma chance de descobrir quem era o verdadeiro assassino do seu
irmão. Sua chance veio acompanhada de um pro bono misterioso, que lhe deu sua
liberdade provisória.
O homem passou a ver as coisas de uma maneira diferente ao se deparar com Eme, uma
stripper negra que o levou a questionar uma doutrina de uma vida inteira. Ele já não se
sentia mais à vontade com o grupo neonazista.
Quando corpos mutilados de mulheres negras e imigrantes começaram a aparecer pelas
ruelas do porto, assombrando todas as garotas de programa ao descobrirem que tinha um
assassino em série que matava por esporte, Handrey percebeu que mais alguma coisa
tinha escapado junto com ele do esgoto imundo que era seu passado.
Dylan Ozborne sabia que a pior época da sua vida era dezembro. Ainda não acreditava
que seu irmão havia o obrigado a ser o Papai Noel para o evento beneficente.
Elly poderia ter sido a boa menina o ano inteiro, mas deixou para ser a menina má
justamente três dias antes do Natal, indignada com o nada bonzinho e muito menos
velhinho Noel. Então resolveu se vingar do tirano e por fim lhe dar uma lição que nenhum
Yane Rinna tem sua vida mudada da água para o vinho quando se torna testemunha
principal de um assassinato. Ela se vê obrigada a entrar em um disfarce para garantir sua
segurança até o dia do julgamento. E de uma stripper desastrada, inteiramente azarada, se
torna uma freira monitora de quatro adolescentes rebeldes. O que ela não imagina é que
no último lugar que poderia sonhar, o amor e o desejo puro estarão no ar. Dener Murati, o
vizinho aristocrata do convento, tem seu autocontrole testado por uma fajuta freira sexy,
nada santa, que invade sua residência para se refrescar na calada da noite, pelada, em
sua piscina. A pequena feiticeira que o encanta vai virar sua vida meticulosamente
organizada de cabeça para baixo.
Cristina Self passou anos reclusa em seu mundo seguro, o qual criou para si mesma
depois de uma separação conturbada e violenta. Até que seu caminho se cruzou com o
notório advogado criminalista Ariel Miller, conhecido nos tribunais por seu cinismo e frieza
calculista. Seduzida pelo magnetismo que ele possui, a encantando com seu olhar intenso,
Cristina se desprende do seu mundo seguro, se permitindo se perder por uma única noite
no calor dos braços do charmoso homem. Mas o que Cristina não sabe é que o destino
tem outros planos para eles, um que ligará as duas almas quebradas para sempre. E de
um engano nada angelical, mas sim completamente sexy e envolvente, Cristina irá do céu
ao inferno para viver sua história de amor.
AVISO DE GATILHO: o livro contém violência doméstica e relacionamento abusivo.
Doty só queria uma coisa: achar o miserável que engravidou Tifany e chutar o rabo dele até
Dallas.
A única coisa que Joe queria era dobrar o demônio de olhos negros que o tirou do sério e
fazê-la pagar por sua língua afiada e boca suja.
Uma proposta!
Sete dias!
E tudo foi para os ares!
[1]
Meu filho.
[2]
Minha mãe.
[3]
Sinônimo de criança pequena: menino/a (pronunciado tchico/a); diminutivo é tiquinho/a
(pronunciado tchiquinho/a); provavelmente relacionado ao espanhol chico/chica
(pronunciados tchico e tchica), bastante comum nas regiões do sul do país.
[4]
Garotinha.
[5]
Querida.
[6]
Menina.
[7]
É um chapéu que, apesar do nome, é fabricado no Equador (onde é chamado de El
Fino), especialmente em Cuenca e Montecristi. Possui cor clara e pode ter vários formatos.
É fabricado com a palha da planta Carludovica palmata, conhecida como toquilla,
encontrada no Equador e em países vizinhos, e tecida em trama fechada.
[8]
Deus.
[9]
Por que fez isso comigo?
[10]
Me deixe sozinho, maldita mulher.
[11]
Pequena fada.
[12]
O que diabos é isso?
[13]
Cala a boca, mulher.
[14]
Que diabos.
[15]
Se deitou em minha cama, como uma gatuna buscando conforto.
[16]
E o dia que procurar uma cama para ter conforto, com toda certeza a sua será a última,
senhor.
[17]
Meu Deus!
[18]
Obrigada, senhor, por acreditar em mim.
[19]
Eu deixaria ela me lavar inteiro, apenas para eu ter uma boa visão desses peitos se
esfregando em minha face.
[20]
Cala a boca.
[21]
Idiota.
[22]
Baby Jane não me deixe esperando na linha.
[23]
Boa noite, senhorita!
[24]
Ludwig van Beethoven foi um compositor germânico do período de transição entre
o classicismo e o romantismo. É considerado um dos pilares da música ocidental, pelo
incontestável desenvolvimento, tanto da linguagem como do conteúdo musical
demonstrado nas suas obras, permanecendo como um dos compositores mais respeitados
e mais influentes de todos os tempos.
[25]
Incrível.
[26]
Ajuda.
[27]
Bons sonhos, pequenino.
[28]
Fala a verdade, mulher.
[29]
Morangos.
[30]
Pode ter certeza.
[31]
Um baita corpo gostoso.
[32]
Fale.
[33]
É o nome dado para ejaculação feminina, onde a mulher consegue eliminar fluidos
através da sua vagina.
[34]
Droga.
[35]
Bruxa.
[36]
Traiçoeira.
[37]
Diga-me um nome, Tina, fale para mim quem foi.
[38]
Diga o nome do seu.
[39]
Entendeu, senhorita?!
[40]
É uma variação de filho da puta.
[41]
Não sabia que estavam tão amigos assim, ao ponto desse filho da puta já lhe chamar
pelo seu nome.
[42]
Oh, não seja tão maldoso, ele está sendo apenas gentil.
[43]
Tenho certeza de que gentileza foi a última coisa que passou pela cabeça dele
enquanto encarava seus peitos, lembrando da visão do seu corpo nu embaixo daquele
maldito vestido molhado.
[44]
Minha paixão.
[45]
Sou teu.
[46]
Mas eu juro.
[47]
Apaixonados.
[48]
Como uma cobra.
[49]
Sua língua.
[50]
Sinto muito.
[51]
Eu pedi para descansar, certo?