Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Hierarquia Do Sistema

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 6

CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA

Princípios Constitucionais Tributários

Princípio da Legalidade;

Princípio da Irretroatividade Tributária;

Princípio da Anterioridade;

Princípio da Isonomia Tributária;

Princípio da Competência Tributária;

Princípio da Capacidade Contributiva.

Os Princípios Tributários prevalecem sobre todas as demais normas jurídicas, sendo que as mesmas
somente são válidas, se editadas em rigorosa consonância com eles.

Princípio da Legalidade

Somente será possível exigir ou aumentar tributos através de Lei que o


estabeleça. Assim, não é possível aumentar tributo, seja pela elevação
de alíquota, seja pela ampliação de base de cálculo, através de fontes
chamadas secundárias (instruções normativas, decretos, portarias, atos
declaratórios e outros)

Obs.: Exceção ― II, IE, IOF e IPI (alíquota).

Princípio da Irretroatividade Tributária

É proibido cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da Lei, que
os houver instituído ou aumentado.

1
Princípio da Anterioridade

Não é permitido que uma Lei aumente ou institua um tributo no mesmo ano de sua edição.

Anualidade: indica que alguns tributos não podem ser aumentados, seja por elevação de base ou aumento
de alíquota, no mesmo ano da publicação da Lei.

Princípio da Anterioridade

A Emenda Constitucional nº 42/2003 promoveu modificações nas regras referentes ao princípio da


anterioridade, acrescentando o prazo de 90 dias para alguns impostos.

Noventena ou Nonagesimal: Indicando que a Lei que aumentou o tributo só entrará em vigor no mês
seguinte após completar 90 dias de sua publicação.

Princípio da Anterioridade

Exceção: Estas regras não se aplicam aos impostos sobre comércio exterior (II e IE), IPI, IOF e Empréstimo
Compulsório. Sendo de aplicação imediata.

Princípio da Anterioridade

Regras para validade de Normativos propondo aumentos em tributos


(seja por ampliação de base ou aumento de alíquotas)

Anualidade e Noventena Anualidade Noventena Imediatamente

Taxas IR PIS/PASEP II e IE

CSLL CSLL
Base de cálculo
Contribuição de melhoria
do IPTU e IPVA
IPI (B.C.) IPI (B.C.)

ITBI e ITD COFINS Empréstimo Compulsório

ICMS e ISS CPMF

IPTU e IPVA (exceto base de


cálculo)

ITR e IGF INSS

Contribuições, exceto
Seguridade Social

Obs:. Nos casos de impostos e taxas que seguem as duas regras, aplicar o prazo mais longo.

2
Princípio da Isonomia Tributária

É proibido instituir tratamento desigual entre contribuintes com situação equivalente, sendo proibida
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente
da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.

Princípio da Competência Tributária

A constituição define expressamente quais impostos podem ser


cobrados pela União, pelos Estados e pelos Municípios, sendo a esta
divisão denominada de competência tributária.

Princípio da Capacidade Contributiva

É um dos princípios mais questionados pelos contribuintes, embora


seja muito subjetivo. Diz que os tributos devem ser graduados de
acordo com a capacidade produtiva de cada contribuinte.

3
Hierarquia do Sistema Tributário Nacional

Constituição Federal;

Emenda Constitucional;

Lei Complementar;

Leis Ordinárias;

Medidas Provisórias;

Decreto Legislativo;

Decreto Regulamentar;

Resoluções;

Tratados e Convenções Internacionais;

Instrução Normativa;

Ato declaratório.

Constituição Federal

É a Carta Magna do País que constitui, define e estrutura o Estado de direito. A Constituição atual é a de
1988. Prevalece sobre todas as demais leis. Só pode ser alterada via Emenda Constitucional, exceto para
as chamadas cláusulas pétreas, que não podem ser modificadas.

Emenda Constitucional

É o único instrumento legal permitido para proceder às modificações na Constituição.

Para ser publicada, uma Emenda Constitucional deve ter aprovação de três quintos dos componentes de
cada uma das casas do Congresso Nacional.

Lei Complementar

A lei complementar não é hierarquicamente superior à lei ordinária. Dentre outras atribuições, restringe-
se à lei complementar a criação e regulamentação de tributos (desde que permitida pela Constituição), a
definição de base de cálculo e fato gerador.

4
Leis Ordinárias

São as leis que regulamentam o dia a dia. No campo tributário, são as leis ordinárias que trazem as
definições básicas sobre os tributos.

A Constituição Federal não cria tributos, apenas direciona de forma impositiva a competência para sua
instituição. As leis ordinárias de cada ente (estados, municípios e a União) é que instituem e regulamentam
os tributos, alterando sua cobrança ao longo do tempo. Em alguns casos, a Constituição impõe a criação
de tributos por lei complementar.

Medidas Provisórias

A Medida Provisória nasceu na Constituição de 1988, para substituir o Decreto-Lei. Representam


assuntos referentes a casos de relevância e urgência, que podem ser adotadas pelo Presidente da
República, com força de lei.

As Medidas Provisórias devem ser votadas e aprovadas no prazo de 60 dias, prorrogável uma única vez,
por mais 60 dias, não cabendo reedição. Caso uma MP não seja aprovada neste prazo, perde sua eficácia
e não poderá se reeditada.

Decreto Legislativo

Tem a função de promulgar leis que independam da sanção por parte do poder Executivo.

Por exemplo, os tratados e convenções internacionais celebrados pelo Presidente da República são
aprovados em decreto legislativo.

Decreto Regulamentar

São atos jurídicos elaborados e promulgados pelo Chefe do poder Executivo.

Normalmente são utilizados para consolidar a legislação acumulada sobre determinado assunto.

Resoluções

São instrumentos legais emanados pelo Senado Federal, com o objetivo de:

a. Eliminar da ordem jurídica, norma declarada como inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal; e

b. Estabelecer os limites das alíquotas dos impostos sobre transmissão, circulação de mercadorias e
serviços.

5
Tratados e Convenções Internacionais

Representam acordos celebrados pelo Poder Executivo de dois Estados soberanos, com efeitos nos
territórios dos dois países. Esses tratados e convenções, firmados pelo Poder Executivo (art. 84, VII, da
CF) devem ser aprovados pelo Congresso Nacional (art. 49, I, da CF), produzindo seus efeitos no âmbito
interno após sua promulgação por Decreto do Presidente da República.

Instrução Normativa

Instruem de forma mais detalhada os artigos da Lei, esclarecendo-as.

A IN não tem poder para aumentar a base de tributos, embora tenha ocorrido em algumas situações.

Ato declaratório

Tem a função de interpretar pontos obscuros dos instrumentos legais, além de ampliar o raio de ação
desses instrumentos. São atos departamentais.

Você também pode gostar