Teologia
Teologia
Teologia
Tema do Trabalho:
IGREJA
Código: 708211476
Introdução ...................................................................................................................................3
1. IGREJA ..................................................................................................................................4
Conclusão ................................................................................................................................. 10
2
Introdução
Na linguagem cristã, “Igreja” designa a assembleia litúrgica, mas também a comunidade local ou
toda a comunidade universal dos crentes. Igreja é o povo que Deus reúne no mundo inteiro.
Igreja é o povo de Deus.
A figura de Maria sempre esteve muito presente nas expressões religiosas do catolicismo e hoje
constitui objecto de pesquisa e de análise de historiadores, sociólogos, antropólogos, psicólogos,
filósofos e teólogos que buscam antes de explicar, compreender o retorno ao sagrado.
3
1. IGREJA
O termo grego “κυрιακα” do qual derivam os termos “church”, “kirchie” significa “pertencente
ao Senhor”. Em hebraico, Igreja diz-se “qahal”.
Na linguagem cristã, “Igreja” designa a assembleia litúrgica, mas também a comunidade local ou
toda a comunidade universal dos crentes. Igreja é o povo que Deus reúne no mundo inteiro.
Igreja é o povo de Deus. Cristo é a cabeça deste povo que é o seu corpo.
O próprio Jesus, nas poucas vezes que a refere (5 vezes em todos os Evangelhos) trata-a
por “Mulher”. Mateus, o evangelista que mais vezes a refere, dedica-lhe dezassete
versículos no conjunto de 1068 que constituem o seu Evangelho. Lucas refere-a
vagamente; João quase que a esquece, embora aos pés da cruz Jesus a confie, Marcos
nem se lhe refere. Nos Actos dos Apóstolos, surge apenas duas vezes, mais como viúva
desamparada e necessitada de auxílio depois de ter perdido o filho, do que uma figura
4
proeminente. Na literatura epistolar neo-testamentária é completamente esquecida. São
Paulo não a refere uma única vez. (SILVA, 2006, p.3).
Olhando por uma outra vertente, o Concílio convocado por Cirilo de Alexandria tinha como
principal objectivo combater a heresia denominada nestorianismo2, o que de certo modo foi
alcançado.
Maria depois de 400 anos de penumbra sai do Concílio de Éfeso, que durou apenas 10
dias (de 22 a 31 de Julho de 431) com uma história, uma missão, uma doutrina, um culto,
um lugar eminente na corte celeste, Rainha dos Céus, dos Anjos e de todos os Santos,
Mãe da Igreja, Mãe de Deus (SILVA, 2006, p. 17).
Sob o título de “Mãe de Deus”, todos os outros hipocorísticos dedicados aos deuses pagãos
passam a fazer referência a Maria (Rosa de Ouro, Rainha do Universo, etc.). Fiores e Meo (1995,
p.900) nos declaram que “a força mitológico-simbólico de Maria é tal que ela polariza em si uma
encruzilhada de mitos”. Deste ponto de vista, ratifica-se o fato de que o culto mariano foi
integrando-se gradativamente na religiosidade do povo cristão e que será somente a partir do
século IV que a figura de Maria vai assumir dimensões maiores dentro do Cristianismo.
Da mesma forma a imagem de Maria passou a ser “uma aliada de luta, um exemplo de força e de
coragem, um sinal concreto de esperança” (CARDOSO, 2000, p. 03), um símbolo referencial
para as mulheres que buscam ser agentes de transformação na sociedade contemporânea.
Portanto, o feminismo usou a figura de Maria como argumento para promover os direitos da
mulher na Igreja e na sociedade.
Segundo Jung, a imagem de Maria simbolizada como mulher possui uma importância
considerável no psicológico das pessoas, tal que a Igreja a colocou como modelo de
personalidade para a sociedade, “Maria é um caso declarado de identificação, de reflexo, de
imagem arquétipa nuclear na psique mítica ocidental”. (SILVA, 2006, p. 32). Com mais de vinte
séculos de história, apesar do progresso e das mudanças ocorridas dentro da Igreja Católica e na
sociedade, percebe-se que a “Nossa Senhora” está cada vez mais na boca do povo.
5
No seio do povo de Israel Deus suscitou uma mulher, serva humilde do Senhor para que depois
de ter talado muitas vezes e de muitos modos pudesse falar pelo seu próprio Filho. Maria depois
de um diálogo com o anjo, decidiu obedecer e colaborar no projecto de Deus (Lc 1, 26
38).Concebeu a Palavra e teve lugar a Incarnação do Verbo.
A igreja ao logo da sua história formulou algumas verdades dogmáticas sobre Maria mãe de
Jesus. São consideradas as mais importantes:
A formulação da verdade sobre a maternidade divina de Maria foi definida no Concílio de Éfeso,
sob o título de theotókos. Éfeso assumiu a ideia da maioria conciliar de matriza alexandrina que
defendia que Maria é geradora de Deus. Maria gerou segundo a carne o Verbo de Deus que se
fez carne (Ds, 525) Para Éfeso, Jesus tem duas naturezas: humana e divina, unidas sem distinção
nem separação mútua, união hipostática. “Se alguém não confessar que o Emanuel é Deus no
verdadeiro sentido da Palavra, e que, por isso, a santa virgem é geradora de Deus porque gerou
segundo a carne o Verbo de Deus feito carne seja anátema” (DS, 252).
b) Virgindade de Maria
A virgindade é a consagração do coração e do copo a Deus. Ela tem como finalidade de acolher
plenamente o amor de Deus. O Vaticano II reafirmou o símbolo niceno-constantinopolitano
segundo o qual “por nós homens e para a nossa salvação desceu dos céus, e incarnou pelo
Espírito Santo no seio da virgem Maria” (LG, S2). Maria foi sempre virgem corporal e
moralmente. A afirmação da virgindade de Maria permite-nos falar da concepção virginal de
Jesus pela força do Espírito Santo.
c) Imaculada Conceição
A doutrina sobre a Imaculada Conceição pretende afirmar que Maria foi preservada do pecado
original, como preparação para a sua maternidade divina. No projecto de redenção que Deus
traçou para a humanidade era necessário que a Mãe do Filho de Deus fosse preservada de todo o
6
contacto com o pecado. Pio IX declarou oficialmente esta doutrina na encíclica Ineffabilis Deus a
8 de Dezembro de 1854. Declarámos que “no primeiro momento da concepção, a bem
aventurada Virgem Maria foi pela graça singular e o privilégio de Deus em vista dos méritos de
Jesus Cristo, Salvador do género humano, preservadas, intacta de toda a mancha do pecado
original” (Ds, 2803).
Ela foi chamada por Deus na qualidade de primeira redimida a contribuir no plano salvífico de
Cristo (LG, 8).
Os cristãos acreditam que se Maria teve uma concepção e uma vida excepcionais, também pode
Ter tido um fim excepcional. Assim, foram levados a acreditar na assunção de Maria.
O mais antigo exame da morte de Maria esta nos escritos de Epifânio (+403). Ele apresenta duas
possibilidades: que Maria morreu ou não morreu e confessa que não sabe qual é a verdadeira.
Já no séc. V havia uma forte convicção de que o corpo de Maria não se decompôs no túmulo, nas
que tinha sido levado logo depois da sua morte, reunido a sua alma e transformado pelo poder do
Espírito.
Logo cedo em muitas igrejas orientais começou a ser celebrada a festa da dormitio de Maria que
ó chegou a Roma no século VI, embora persistissem as dívidas, como no caso de São Beda (755)
A assunção de Nossa Senhora foi declarada dogma por Pio XII em 1950 na encíclica
7
Munificentisumus Deus, onde se afirma: “proclamamos e definimos ser um dogma revelado por
Deus que quando a etapa de sua vida terrena terminou a imaculada mãe de Deus e sempre
virgem Maria foi levada de corpo e alma à glória do seu Filho” (DS, 3903).
Era apropriado que o corpo de Maria não fosse deixado a sorte da terra. Proclamar a assunção de
Maria dogma de fé é afirmar que ela participa da plenitude da ressurreição que Deus prometeu a
todos os povos quando ressuscitou Jesus.
A doutrina da assunção do corpo e da alma de Maria significa que toda a pessoa é salva. Nesse
ínterim, a mãe de Jesus tal como esta no céu já glorificada de corpo e alma é imagem do começo
da igreja como devera ser consumada no tempo futuro. Assim, também brilha aqui a terra como
sinal de presença e do conforto para o povo de Deus em peregrinação até que chegue o dia do
senhor (LG, 66).
1.3.1. Conceito
É a encarnação do Evangelho nas culturas e ao mesmo tempo introdução dessas culturas na vida
da igreja. Inculturação significa uma íntima transformação dos auténticos valores culturais
através da sua integração no cristianismo e o enraizamento do cristianismo nas diversas cultuas
(Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, CCDDS, 4).
1.3.2. Necessidade
De uma parte, a penetração do Evangelho num dado ambiente sócio-cultural fecunda como de
dentro, fortifica, completa e restaura em Cristo as qualidades do espírito e os dotes de cada povo.
Doutra parte, a igreja assimila esses valores, no caso que os mesmos sejam compatíveis o
Evangelho, para aprofundar o anúncio de Cristo e para melhor exprimi-lo na celebração litúrgica
e na vida multiforme da comunidade dos fiéis.
8
uma novidade (Boa Nova) não uma novidade estranha o que abre espaço à duplicidade ou
incoerência. É igual para participar com mais envolvimento nos actos litúrgicos.
1.3.2. Exigências
Evite-se o perigo que a introdução de elementos culturais não pareça aos fiéis como retorno ao
um estado anterior à Evangelização (CCDD, 32). Inculturação não se deve confundir com
sincretismo religioso.
1.3.3. Competências
Todo o movimento de inculturação, depende unicamente da autoridade da igreja. Tal autoridade
compete à Sé Apostólica que exerce através da Congregação como Culto Divino e a Disciplina
do Sacramento; compete também nos limites previstos pelo Direito, às Conferências episcopais e
ao Bispo diocesano. Num outro, absolutamente ao mesmo se é sacerdote, acrescente, tire ou
mude algo da sua iniciativa, em matéria litúrgica. A incultura não é portanto, deixada à iniciativa
pessoal dos celebrantes, nem a iniciativa colectiva da assembleia (CCDDS,37). A nível de uma
nação, o processo de inculturação Litúrgica é da responsabilidade da Conferencia Episcopal a
qual apoiando-se de peritos em diversas áreas, como é a Bíblia, Litúrgica e Teologia e expoentes
das religiões não cristãs, pode discernir, avaliar e legitimar, em consonância com a Congregação
para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, uma dada experiência inculturação ou o que
deve modificado nas celebrações litúrgicas de acordo com as tradições e da mentalidade do povo
(CCDDS, 30, 62-66).
9
Conclusão
No catolicismo popular, a Virgem Maria exerce papel semelhante e de total relevância ao do seu
filho Jesus Cristo. Para os seus devotos, ela é a protectora, a mãe bondosa, a justiceira e a
defensora das minorias. Apesar de existirem poucas passagens de sua vida na Bíblia, Maria, ao
longo do tempo tornou-se um personagem extremamente familiar e habituado na Igreja Católica.
Assim, esse artigo preocupa-se em compreender o processo de popularização e devoção da
Virgem Maria, pautado em três indicativos: Festas em louvor a Santa, Iconologia Mariana e as
Cartas Dogmáticas.
10
Referências bibliográficas
CARDOSO, Rosa Maria. (2000) Viva Maria a “Nossa Senhora”. O Mensageiro, Santo André,
SP, ano XLIII, n. 08, p. 2-4.
FIORES, Stefano de; MEO, Salvatore (1995). Dicionário de Mariologia. Tradução de Álvaro A.
Cunha, Honório Dalbosco, Isabel F.L. Ferreira. São Paulo: Paulus,
JULIA, Dominique (1976). A religião: história religiosa. In: LE GOFF, Jacques e NORA,
Pierre (orgs.). História: novas abordagens. 3. ed. Tradução de Henrique Mesquita. Rio de
Janeiro: F. Alves. p. 106.
Padre Rafael Baciano Sapato, Padre Francisco Cunlela, Irmã Ester Lucas Maria. Manual de
Fundamentos de Teologia Católica. Versão actualizada em 2014. Módulo único (5 capítulos).
Universidade Católica de Moçambique, Beira, s/d.
SILVA (2006). As grandes aparições de Maria – Relatos de vinte e duas aparições. Tradução de
Bárbara Theoto Lambert. São Paulo: Paulinas.
SILVA, Rui Alberto. O tempo dos tempos de Maria: Hipóteses sobre o “Paradoxo Mariano”.
Monografia disponível em:
<http:/br.monografias.com/trabalhos/paradoxomariano/paradoxomarianao3shtml#unific>.Acesso
em 02 de Novembro de 2022.
11