Apostila - Gestão de Patrimônio Público Municipal - Setembro de 2022 - AMCP - BH
Apostila - Gestão de Patrimônio Público Municipal - Setembro de 2022 - AMCP - BH
Apostila - Gestão de Patrimônio Público Municipal - Setembro de 2022 - AMCP - BH
Realização
Local do Curso
Hotel Ramada Encore Minascasa
Av. Cristiano Machado, 3435 - Ipiranga, Belo Horizonte - MG
Facilitador
Prof. Milton Mendes Botelho
Especialista em Gestão Pública e
Direito Público
Belo Horizonte - MG
setembro de 2022
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Apresentação
É relevante destacar que os reflexos dos fatos e atos no patrimônio público devem ser
registrados pela Contabilidade Aplicada ao Setor Público, contribuindo para o processo
de convergência e adaptação às normas internacionais e respeitando a base legal
nacional. A compreensão da lógica dos registros patrimoniais é determinante para o
entendimento da formação, composição e evolução desse patrimônio.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 07
Normas do Conselho Federal de Contabilidade 07
Decretos Federais 08
Normas da Secretaria do Tesouro Nacional 08
Princípio da Entidade 08
Princípio da Continuidade 09
Princípio da Oportunidade 09
Princípio do Registro pelo Valor Original 10
Princípio da Competência 11
Princípio da Prudência 12
Gestão 13
PATRIMÔNIO PÚBLICO 13
BENS 14
• Classificação dos Bens Públicos 14
• Regime Jurídico sobre Bens Públicos 15
• Bens Corpóreos 15
• Bens Incorpóreos 15
• Bens Fungíveis 15
• Bens Infungíveis 16
• Semoventes 16
• Créditos, Direitos e Ações 16
GESTÃO DE PATRIMÔNIO 16
• Princípios Constitucionais 16
• Objetivos Específicos 17
• Método de Gestão Patrimonial 17
Normas Brasileiras De Contabilidade Aplicadas Ao Setor Público 17
CONTROLE PATRIMONIAL 18
UNIDADE ADMINISTRATIVA DE PATRIMÔNIO PÚBLICO 18
• Competências da Unidade de Controle Patrimonial 20
INVENTÁRIO 22
• Inventário Físico dos Bens Públicos 22
• Comissão Especial de Inventário 25
• Auditoria de Bens Patrimoniais 26
ROTINAS DO CONTROLE PATRIMONIAL 27
• Tombamento de Bens Públicos 27
• Controle e Organização do Patrimônio 27
MODALIDADES DE TOMBAMENTO 28
• Aquisição 28
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• Comodato e Cessão 28
• Doação 28
• Fabricação 29
• Incorporação 29
• Dação em Pagamento 29
• Permuta ou Troca 29
BENS DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA E DO PODER LEGISLATIVO 30
BENS DO ATIVO IMOBILIZADO 30
• Conceitos de Bens Públicos 30
Classificações dos Bens de Acordo com sua Finalidade 31
• Material Inservível 31
• Ocioso 31
• Recuperável 31
• Antieconômico 31
• Irrecuperável 31
ATIVO IMOBILIZADO 32
• Bens Móveis 32
• Bens Imóveis 32
ATIVO INTANGÍVEL 33
DIRETRIZES DA GESTÃO PATRIMONIAL 34
CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA 35
REAVALIAÇÃO DOS BENS PÚBLICOS 37
• Método de Reavaliação e Avaliação 39
• Reavaliação 39
• Valor Recuperável 42
• Impairment 43
• Reversão do Valor Recuperável 43
• Definição de Bens Permanente 44
• Fatores Excludentes 45
• Recebimento de Bens Públicos 48
• Número de Tombamento 49
DEPRECIAÇÃO DE BENS PÚBLICOS 49
• Depreciação 49
• Amortização 49
• Exaustão 49
• Vida Útil dos Bens 49
• Valor Residual 49
• Métodos de Depreciação 50
NÚMERO DE TOMBAMENTO E EMPLAQUETAMENTO 56
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CONTROLE DOS BENS PÚBLICOS 56
• Controle Interno 56
• Controle Externo 56
• Tipos de Controle de Bens Públicos 56
• Identificação dos Bens Públicos 56
• Cadastro Patrimonial 57
• Termo de responsabilidade 58
• Transferências de Bens Entre as Unidades Administrativas 58
BAIXA DE BENS PÚBLICOS 60
• Alienação 61
• Furtos, Extravios, Roubos e Incêndios 63
• Destruição 64
• Cessão ou Transferência 64
• Doação 64
• Bens Especiais 64
Obras em Andamento 64
Seguros 65
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Introdução
Esse curso permitirá que o participante conheça os aspectos teóricos e práticos das
mais recentes alterações na legislação da contabilidade pública brasileira com ênfase
no patrimônio público.
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2. DECRETOS FEDERAIS
• Decreto Federal nº 6.976/2009 – Dispõe sobre o Sistema Federal e dá outras
providências;
• Decreto Federal nº 7.185/2010 - Dispõe sobre o padrão mínimo de qualidade
do sistema integrado de administração financeira e controle, no âmbito de cada
ente da Federação, nos termos do art. 48, parágrafo único, inciso III, da Lei
Complementar no.101, de 4 de maio de 2000, e dá outras providências.
Introdução ao Apêndice
O ponto de partida para qualquer área do conhecimento humano deve ser sempre os
princípios que a sustentam. Esses princípios espelham a ideologia de determinado
sistema, seus postulados básicos e seus fins. Vale dizer, os princípios são eleitos como
fundamentos e qualificações essenciais da ordem que institui. Os princípios possuem o
condão de declarar e consolidar os altos valores da vida humana e, por isso, são
considerados pedras angulares e vigas-mestras do sistema.
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Adicionalmente, as novas demandas sociais estão a exigir um novo padrão de
informações geradas pela Contabilidade Pública, e que seus demonstrativos – item
essencial das prestações de contas dos gestores públicos – devem ser elaborados de
modo a facilitar, por parte dos seus usuários e por toda a sociedade, a adequada
interpretação dos fenômenos patrimoniais do setor público, o acompanhamento do
processo orçamentário, a análise dos resultados econômicos e o fluxo financeiro.
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PATRIMÔNIO PÚBLICO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL
GESTÃO
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• a Contabilidade não está sendo reinventada, está simplesmente exercendo seu
papel como ciência, esse processo não é rápido e não haverá uma fórmula mágica
para passar a funcionar de uma hora para outra.
Pilares da Mudança
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Estrutura Organizacional da Unidade Administrativa de Contabilidade Aplicada
ao Setor Público no Âmbito Municipal.
Contabilidade Geral
• Contabilidade Orçamentária
• PPA, LDO, LOA e Plano de Contas;
• Execução Orçamentária – LRF;
• Fluxo de Caixa e Metas Fiscais;
• Cronograma de Desembolso – art. 8º da LRF;
• Prestações de Contas Anuais;
• Contabilidade Patrimonial
• Lançamento de Créditos Tributários;
• Evidenciação, Identificação e Classificação do Patrimônio Público;
• Depreciação, Exaustão, Amortização, Impairment e Baixa;
• Provisões, Execução Fiscal e Outros.
• Contabilidade de Custos
• Evidenciar os custos (valor justo) dos serviços públicos e bens produzidos;
• Controlar os estoques;
• Fixar um valor para os estoques;
• Testar a eficiência de diferentes processos;
• Testar a eficiência de diferentes departamentos;
• Detectar perdas, desperdícios e roubos;
• Separar o custo da ociosidade do custo de produção de bens;
• Estabelecer vínculos com as contas financeiras.
Controle
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Bens baixados por obsoletismo/ Bens extraviados indica:
1. Falta de política de utilização dos bens públicos;
2. Falha no Sistema de Controle Interno
Objetivo Geral:
Não é tarefa fácil, mas não existe outro caminho que não seja a elaboração de um
plano de ação para a melhoria da gestão contábil em cada órgão da administração
pública municipal. O plano de ação deve ser executado por etapas.
PATRIMÔNIO PÚBLICO
O Patrimônio Público é formado por bens de toda natureza e espécie que tenha
interesse para a administração e para a comunidade administrada. Esses bens
recebem conceituação, classificação e destinação legal para sua correta administração,
utilização e alienação.
BENS
Valores materiais ou imateriais que possam figurar numa relação jurídica, na condição
de objeto. Classificação dos bens: Código Civil Brasileiro – Lei nº 10.406/02:
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“São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas
jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual
for a pessoa a que pertencerem”.
Bens são todos os valores materiais ou imateriais que possam figurar numa relação
jurídica, na condição de objeto. Esses bens jurídicos são classificados pelo Direito Civil
em bens corpóreos, incorpóreos, bens materiais e imateriais, bens fungíveis e
infungíveis, bens móveis e imóveis.
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Bens Corpóreos
Os bens corpóreos são matérias , quer dizer, têm existência física. podem ser
tocados e são visíveis. são exemplos de bens corpóreos, também denominados bens
materiais ou tangíveis.
Exemplo:
• Dinheiro;
• Veículos;
• Móveis e Utensílios de Escritório;
• Máquinas e equipamentos Industrias;
• Instalações Elétricas e Hidráulicas;
• Ferramentas;
Estoques de:
• material de escritório;
• mercadorias;
• matérias primas;
• produtos em fabricação;
• produtos acabados.
Bens Incorpóreos
Os bens incorpóreos não existem fisicamente. Embora não sejam visíveis ou palpáveis,
eles também podem ser traduzidos em moeda. No caso de um programa de
computador, por exemplo, o relevante não é o disco rígido ou meio que o contém.
também denominados bens imateriais ou intangíveis.
Exemplo:
• Programas de computador;
• Marcas e signos de propaganda;
• Patente de fabricação;
• Ponto comercial
• Concessões obtidas para a exploração de serviços públicos;
Bens Fungíveis
São aqueles que podem ser substituídos por outros de mesmo gênero/espécie,
quantidade e qualidade, conforme o disposto no art. 85 do novo Código Civil, sendo
certo que tal classificação é típica de bens móveis, podendo-se citar os seguintes
exemplos: café, soja, minério de carvão, dinheiro e, etc.
Bens Infungíveis
Bem Infungível é aquele que não pode ser substituído por outro da mesma espécie.
Exemplo: Uma obra de arte exclusiva ou uma joia de valor original e única. esta obra
de arte e esta joia jamais poderão ser substituídas, pois não existem outras com o
mesmo valor e da mesma espécie. de forma geral, deriva da própria natureza do bem.
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Bens Afetados
Afetados: Quando esta sendo usado pela administração pública, possui característica
de bem público.
Desafetados: Quando deixa de ser úteis para os fins públicos, perde a característica
de bem público.
Semoventes
São bens móveis que possuem movimento próprio, tal como animais selvagens,
domésticos ou domesticados.
Além destes também podem ser considerados bens móveis os suscetíveis de remoção
por força alheia, desde que não altere a substância ou destinação econômico-social da
coisa, sendo que a estes dá-se o nome de bens móveis propriamente ditos. Também
podem ser considerados móveis por determinação legal (energia, por exemplo) ou por
antecipação (árvores que são plantadas justamente para serem cortadas no futuro).
Fundamentação: art. 82 do CC - arts. 668, parágrafo único, III, art. 677, art. 686, III, art.
822, I, art. 993, IV, "c", art. 1.113, § 1º e art. 1.155, II do CPC.
Gestão de Patrimônio
Princípios Constitucionais
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Método de Gestão Patrimonial
Objeto:
Antes: Patrimônio e Orçamento Público.
Atual: Patrimônio Público.
Conceito:
Antes: Contabilidade Pública
Atual: Contabilidade Aplicada ao Setor Público
Regime:
Antes: Misto
Atual: Competência
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Norma Específica de Patrimônio.
CONTROLE PATRIMONIAL
Pontos Específicos
• Atribuições da Área de Patrimônio;
• Princípios da Administração Pública voltados ao Controle Patrimonial;
• Regulamento de Patrimônio;
• Incorporação de Bens;
• Definição dos Bens Permanentes;
• Fundamentação Legal;
• Fatores Excludentes;
• Recebimento;
• Numero de Tombamentos e Emplaquetamentos;
• Avaliação, Reavaliação de Bens;
• Responsabilidade Sobre os Bens;
• Transferência entre Unidades Administrativas ;
• Movimentação de Bens Adquiridos com Recurso da Saúde e Educação;
• Sucatas e Bens Inservíveis;
• Baixa e inventário.
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• providenciar o recolhimento e baixa dos bens mobiliários considerados obsoletos,
inservíveis, antieconômicos ou danificados;
• promover sindicâncias e inquéritos com vistas a apurar o desaparecimento ou
destruição de bens do município;
• promover a contratação de seguros dos bens do município;
• informar a modalidade de tombamento:
✓ aquisição;
✓ comodato;
✓ cessão;
✓ doação;
✓ fabricação, construção ou produção;
✓ incorporação por avaliação;
✓ dação em pagamento;
✓ permuta ou troca;
✓ transferência;
✓ encampação.
• definir composição do valor de tombamento dos bens, especificando valor residual
alíquota de depreciação mensal;
• definir valor depreciável;
• definir vida útil dos bens;
• definir o valor de mercado ou valor justo;
• definir metodologia de avaliação e reavaliação dos bens públicos;
• adoção dos métodos de cálculos de depreciação : o método linear ou constante; o
método dos saldos decrescentes; o método das unidades produzidas;
RECEBIMENTO
TOMBAMENTO E
CONFERENCIA E
LANÇAMENTO NO
EMISSÃO DE TERMO DE EMPLAQUETAMENTO
CUSTO/VALOR RESPONSABILIDADE ADESIVAMENTO
SISTEMA
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O recebimento propriamente dito, ou seja, a fase liquidação, deve ser somente
acompanhado pela Área de Patrimônio. Essa função é servidor ou comissão
específica, especialmente designados para essa finalidade, conforme preceitua a Lei
Federal nº. 8.666/93.
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✓ recomendar abertura imediata de processo administrativo para apurar
responsabilidades em casos de extravio, perda, roubo, transferência ou
empréstimo irregular dos bens à disposição daquele setor e servidor responsável;
✓ efetuar conferência dos bens à disposição do setor, juntamente com o novo
responsável, em caso de nomeação para cargo de direção;
✓ solicitar laudo técnico de engenharia nos casos de comprometimento da
conservação dos bens imóveis ou obras que estão sendo executadas sem a devida
observância das normas técnicas;
✓ solicitar laudo do corpo de bombeiros em caso de risco aparente de incêndios em
imóveis do patrimônio público, recomendando solução dos problemas apontados
ao responsável da área;
✓ manter arquivo atualizado e ordenado dos documentos dos veículos e máquinas do
patrimônio municipal;
✓ manter de forma ordenada e atualizada arquivos com cópias dos documentos que
comprovam a propriedade do município de bens imóveis, como escritura ou
documento equivalente;
✓ orientar as demais unidades administrativas quanto à necessidade, obrigatoriedade
e forma de manutenção e conservação dos bens patrimoniais.
“cada servidor é responsável pelos bens e equipamentos que estejam em sua posse,
independente de assinatura de termo de responsabilidade.”
Recursos Necessários:
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Autoridade Competente Deve Instituir a Gestão Patrimonial.
✓ definir atribuições;
✓ estabelecer responsabilidades;
✓ estabelecer metodologia;
✓ institucionalizar a gestão patrimonial;
✓ suprir dos recursos necessários.
INVENTÁRIO
O inventário deve ser realizado dentro da devida formalidade, é importante que a área
de patrimônio controle os termos de abertura e encerramento, além do próprio
documento denominado inventário. Durante o levantamento dos bens encontrar-se-ão
inconsistência, como ocorre com plaquetas trocadas, bens não localizados ou bens
localizados e não cadastrados no sistema.
Inventário físico é o instrumento de controle que permite o ajuste dos dados escriturais
com o saldo físico do patrimônio em cada unidade gestora, o levantamento da situação
dos bens em uso e a necessidade de manutenção ou reparos, a verificação da
disponibilidade dos bens da unidade, bem como o estado de conservação -
classificação.
Anual
Inicial
Realizado quando da criação de uma unidade gestora, para identificação e registro dos
bens sob sua responsabilidade.
Transferência de Responsabilidade
Realizado quando da mudança do dirigente de uma unidade gestora.
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Extinção ou Transformação
Realizado quando da extinção ou transformação da unidade gestora.
Eventual
Informações do Inventário
Sucata
Sucata pode ser definida como o que sobrou de um bem, jamais poderá atender a sua
condição inicial. É o caso, por exemplo, dos restos de madeira de uma mesa após um
processo de incêndio, das carcaças de um veiculo após sua perda total. A receita
oriunda da venda de sucata é receita corrente, pois não trata-se de um bem, não
estando abrangida pelos ditames do art. 44 da Lei Completar 101/2000.
A sucata por sua vez, é o que sobrou de um bem, sua alienação gera uma receita
corrente. As receitas oriundas de alienação de sucata não podem ser considerado
receitas de alienações de bens, devendo ser classificada como receitas correntes.
Como mencionado no nosso livro a Sucata pode ser definida como o que sobrou de um
bem, jamais poderá atender a sua condição inicial. É o caso, por exemplo, dos restos
de madeira de uma mesa após um processo de incêndio, das carcaças de um veiculo
após sua perda total. A receita oriunda da venda de sucata é receita corrente, pois não
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se trata de um bem, não estando abrangida pelos ditames do art. 44 da Lei Completar
101/2000.
A sucata por sua vez, é o que sobrou de um bem, sua alienação gera uma receita
corrente. Não poderia ser diferente, pois a partir do momento que foi declarada sucata
perde a condição de bem público. Sendo assim, assim não poderia ser classificada
como uma receita de capital, considerando que não provem de um bem e sim do que
sobrou dele.
Quantos as perguntas dos concursos e cursinhos que afirmam que a receita oriunda de
vendas de sucatas deve ser considerada uma receita de capital, é equivocada diante
dos novos conceitos e princípios da Contabilidade Aplicada ao Setor Público. A
Princípio devemos conceituar o que é receitas de capital, vejamos o art. 11 da Lei
Federal nº. 4.320/64, in verbis:
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Art. 11. A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas
Correntes e Receitas de Capital.
...
§ 2º. São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros
oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos;
os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a
atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do
Orçamento Corrente.
Quando conceituas que sucata não é bem e sim o que sobrou de um bem que jamais
poderá voltar a sua forma original, exclui a aplicação das regras definidas no § 2º do
art. 11 da Lei nº. 4.320/64, acima reproduzido. Enquanto no § 1º do mesmo artigo
menciona que “são Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições,
patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e...” Quando a norma
menciona e outras, inclui ai as receitas com alienação de sucatas.
Ela deve ser formada por, no mínimo, três servidores do quadro permanente e não ter
em sua formação servidores e/ou funcionários lotados no setor de patrimônio.
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✓ solicitar equipamentos tais como: máquinas fotográficas, scanners, lanternas,
computadores, impressoras, disco rígido externo, palme top, bonés, coletes e outros
equipamentos que se fizerem necessários ao trabalho interno e externo;
✓ os bens inventariados devem receber marcação (adesivo, marca, carimbo, tinta) que
identifica que foram vistoriados, fazendo constar a data e o inventariante.
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ROTINAS DO CONTROLE PATRIMONIAL
Tombamento de Bens
A lei determina o registro analítico que nos remete a seguinte expressão, “um por um”,
que também podemos chamar de controle individualizado. Um exemplo prático é o
controle patrimonial de cadeiras de uma determinada escola. Imagine uma sala de aula
com 100 cadeiras, seria possível cadastrar no controle patrimonial somente lote
contendo 100 cadeiras? A resposta é não, eu devo cadastrar uma por uma,
individualmente. Assim, nesta sala teremos 100 plaquetas, cada uma contendo o
numero de tombamento diferenciado das demais.
A Lei exige, “com indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização”,
ou seja, a perfeita caracterização de que?
R: De cada um dos bens, que se refere a cada um dos bens de caráter permanente. Que
ocorre no momento do seu cadastro, com todas as suas especificações, conforme ocorre
no processo de licitação. Também é necessário que no cadastro do bem fique
identificado os agentes responsáveis pela sua guarda e administração.
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MODALIDADES DE TOMBAMENTO
Aquisição
Comodato e Cessão
Quando da posse, benefícios, riscos e controle do bem não pertence ao órgão, ou seja,
o bem tombado por comodato tem tem seu valor adicionado ao montante de entradas
no patrimônio do recebedor, inclusive proceder a depreciação conforme NBCASP.
Quando ocorrer o retorno do bem ao seu legítimo proprietário, deverá ser pelo valor
contábil. Caso o bem seja doado definitivamente o comodato deverá ser alterado para
Doação.
Doação
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Fabricação
Como o próprio nome indica o tombamento por fabricação ocorre quando bem tiver
sido fabricado por alguma unidade administrativa. Pelo fato de a origem dos recursos
de um tombamento por fabricação ser sempre a própria Instituição, não há
necessidade de informar o documento relativo a esta origem.
Incorporação
Para proceder ao tombamento por incorporação, deverá ser realizada avaliação por
comissão especial que, após análise, definirá o valor contábil, vida útil, valor residual e
valor depreciável.
Dação em Pagamento
É a entrega de um bem que não seja dinheiro para solver dívida anterior. a coisa dada
em pagamento pode ser de qualquer espécie e natureza, desde que o credor consinta
no recebimento em substituição à dívida.
Permuta ou Troca
É o contrato pelo qual as partes transferem e recebem um bem, uma da outra, bens
esses que se substituem reciprocamente no patrimônio dos permutantes. Há sempre
na permuta uma alienação e uma aquisição de coisa, da mesma espécie ou não.
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A permuta pressupõe igualdade de valor entre os bens permutáveis, mas é admissível
a troca de coisa de valores desiguais com reposição ou torna em dinheiro do faltante.
Essa complementação em pecúnia, para igualarem-se os valores das coisas trocadas,
não desnatura a permuta, desde que a intenção precípua de cada parte é obter o bem
da outra.
Qualquer bem público, desde que desafetado do uso comum do povo ou de destinação
pública especial, pode ser permutado com outro bem público ou particular, da mesma
espécie ou de outra. A lei autorizadora da permuta identificará os bens a serem
permutados ou trocados e a avaliação previam atribui-lhes corretamente os valores,
para a efetivação da troca ou permuta sem lesão ao patrimônio público.
O patrimônio adquirido pelas autarquias, pelo RPPS e pela câmara de vereadores vai
ser incorporado na sua integralidade ao patrimônio do município. As autarquias na
condição de pessoa jurídica, embora integrante da administração indireta possuem
patrimônio próprio e autonomia administrativa, portanto, deve manter o seu próprio
controle patrimonial.
Os bens patrimoniais em poder da Câmara de Vereadores, por sua vez, deverão ser
Controlados pelo Executivo, também podendo ser criado um controle patrimonial pelo
Poder Legislativo, no entanto, compete ao Executivo a sua fiscalização.
Valores materiais ou imateriais que possam figurar numa relação jurídica, na condição
de objeto. Classificação dos bens: Código Civil Brasileiro – Lei 10.406/02:
Bens Públicos
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direitos e ações, que pertençam, a qualquer título, às entidades estatais, autárquicas, e
empresas governamentais. Os bens públicos ainda são classificados de acordo com
suas finalidades.
Material Inservível
Ocioso - bem móvel que se encontra em perfeitas condições de uso, mas não é
aproveitado.
Recuperável - bem móvel que não se encontra em condições de uso e cujo custo da
recuperação seja de até cinquenta por cento do seu valor de mercado ou cuja análise
de custo e benefício demonstre ser justificável a sua recuperação.
Antieconômico - bem móvel cuja manutenção seja onerosa ou cujo rendimento seja
precário, em virtude de uso prolongado, desgaste prematuro ou obsoletismo.
Irrecuperável - bem móvel que não pode ser utilizado para o fim a que se destina
devido à perda de suas características ou em razão de ser o seu custo de recuperação
mais de cinquenta por cento do seu valor de mercado ou de a análise do seu custo e
benefício demonstrar ser injustificável a sua recuperação.
Art. 3º Para que seja considerado inservível, o bem será classificado como:
I - ocioso - bem móvel que se encontra em perfeitas condições de uso, mas não é
aproveitado;
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III - antieconômico - bem móvel cuja manutenção seja onerosa ou cujo rendimento
seja precário, em virtude de uso prolongado, desgaste prematuro ou obsoletismo;
ou
IV - irrecuperável - bem móvel que não pode ser utilizado para o fim a que se
destina devido à perda de suas características ou em razão de ser o seu custo de
recuperação mais de cinquenta por cento do seu valor de mercado ou de a análise
do seu custo e benefício demonstrar ser injustificável a sua recuperação.
ATIVO IMOBILIZADO
Bens Móveis
Bens Imóveis
Compreende o valor dos bens vinculados ao terreno que não podem ser retirados sem
destruição ou dano.
Os Dominicais ou Dominiais: São bens dos quais o Poder Público é titular: Estradas de
Ferro, Títulos da Dívida Pública.
ATIVO INTANGÍVEL
O gasto incorrido na sua aquisição ou geração interna deverá ser reconhecido como
Variação Patrimonial Diminutiva.
• Softwares;
ATIVO INTANGÍVEL • Marcas, direitos e patentes industriais;
• Direito de uso de imóveis
• Amortização acumulada.
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Goodwill - De acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade, o termo
Goodwill designa um conjunto de benefícios económicos futuros resultantes de ativos
que não são capazes de ser individualmente identificados e separadamente
reconhecidos.
Nenhum ativo intangível resultante de pesquisa deve ser reconhecido. Os gastos com
pesquisa devem ser reconhecidos como variação patrimonial diminutiva quando
incorridos.
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DIRETRIZES DA GESTÃO PATRIMONIAL
✓ qualquer servidor público é responsável pelo dano que causar, ou para o qual
concorrer, a qualquer bem público, que esteja ou não sob sua guarda.
✓ é vedado o uso particular de qualquer bem público.
✓ todo documento que se referir a qualquer bem público deve, obrigatoriamente,
mencionar o número do seu registro patrimonial.
✓ é vedado o reaproveitamento de um número de registro patrimonial dado a um
bem, ainda que o mesmo tenha sido dado baixa do acervo patrimonial.
✓ é vedada a movimentação ou o deslocamento de qualquer bem patrimonial
desacompanhado da documentação legal.
✓ em caso de reparo de bens, o número de registro patrimonial deve ser mantido,
anotando-se quando necessário, as alterações verificadas, para fins de pronta
identificação do bem.
✓ os bens adquiridos com recursos de convênios ou contrato de repasse que,
contiverem período de carência, serão cadastrados, terão controle especial, e
receberão o registro patrimonial imediato.
✓ a criação, aprovação e a necessidade de manter em vigor a regulamentação é
competência exclusiva do chefe do executivo municipal. sendo a fiscalização
competência do controle interno.
Material de consumo ainda pode ser subdividido em: MCASP – Vol. I (Port. STN/SOF 02/2009)
Material de consumo (propriamente dito) - É aquele que em razão de seu uso, perde
sua identificação física e/ou tem sua utilização limitada em dois anos.
Material de consumo de uso duradouro – para fins de controle - É aquele que, apesar
de ser considerado como material de consumo, necessita ser controlado como material
permanente devido a sua maior durabilidade. Seu registro é feito através de evento
específico: “Relação-carga”.
Critério de Finalidade
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Despesas com aquisição de material:
• para consumo imediato, manutenção e reparos:
Material de Consumo
• para premiação, condecoração, etc:
• 3.3.90.31.00 – Premiação Culturais
• para distribuição gratuita:
• 3.3.90.32.00 – Material para Distribuição Gratuita.
Como referência vamos citar a Resolução Nº. 71/2010 – TCE-RO - Aprova o Manual de
Administração de Almoxarifado e Patrimônio do Tribunal de Contas do Estado de
Rondônia.
É considerado como bem patrimonial de pequeno valor, todo bem autônomo que, embora
possuindo vida útil superior a 2 (dois) anos possa ser comprado inclusive via suprimento
de fundos, sem ser classificado como bem de consumo durável e apropriado como
despesa de custeio e cujo valor seja igual ou inferior a 5% (cinco por cento) do limite a
que se refere o Inciso II do art. 24, da Lei 8.666/93; Ou seja R$: 400,00 (quatrocentos
reais)
Livro de Biblioteca Pública não é considerado bem permanente, portanto, não deve ser
tombado. Essa exceção provém da chamada lei do livro ou Lei Federal nº. 10.753/03,
conforme preceitua seu art. 18:
Biblioteca Pública de Uso Restrito – aquisição de livros para o acervo para atender
aos Órgão Públicos.
Classificação da despesa:
Decreto-Lei nº 200/1967:
Art. 14. O trabalho administrativo será racionalizado mediante simplificação de
processos e supressão de controles que se evidenciarem como puramente formais
ou cujo custo seja evidentemente superior ao risco.(destaque nosso)
Entende-se como reavaliação, a técnica de atualização dos valores dos bens de uma
instituição, por meio do preço de mercado (valor justo), fundamentada em laudos
técnicos, onde a diferença entre o valor originalmente registrado e o valor reavaliado
deve ser registrada no patrimônio, ocorrendo assim superveniência ativa – Variação
Patrimonial Aumentativa - VPA (situação em que o valor registrado na Contabilidade,
por qualquer motivo, sofre acréscimo independente de movimentação financeira).
A reavaliação que deverá levar em conta dois fatores: o estado de conservação do bem
e o preço de mercado do mesmo. A composição da comissão de servidores
responsável pela realização dos trabalhos junto ao setor de patrimônio, é um ato
discricionário de cada ente, devendo o gestor responsável efetivá-las de acordo com
sua realidade.
Os procedimentos aqui descritos só deverão ser realizados após ajuste a valor justo no
ativo imobilizado e intangível, realizado no momento da adoção das novas normas
contábeis, com base em um cronograma estabelecido pelo ente.
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A Avaliação é a verificação do estado de conservação do bem, atribuindo-lhe um
determinado valor. A avaliação dos bens é necessária quando:
✓ Ao menos uma vez no ano, para atualização dos registros contábeis, quando
estiverem registrados pelo VALOR RESIDUAL;
✓ Para bens usados recebidos em doação;
✓ Quando não for possível mensurar o custo de produção, ou de aquisição de bem;
Reavaliação
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FATORES DE INFLUÊNCIA PARA EFEITO DE REAVALIAÇÃO
Período de Utilização do Bem
Estado de Conservação EC Período de Vida Útil do Bem PVU
PUB
CONCEITO PONTUAÇÃO CONCEITO PONTUAÇÃO CONCEITO PONTUAÇÃO
10 anos 10 10 anos 10
9 anos 9 9 anos 9
8 anos 8 8 anos 8
Excelente 10 7 anos 7 7 anos 7
Bom 8 6 anos 6 6 anos 6
Regular 5 5 anos 5 5 anos 5
Péssimo 2 4 anos 4 4 anos 4
3 anos 3 3 anos 3
2 anos 2 2 anos 2
1 anos 1 1 anos 1
Setor A
T-CROSS 1.4 - 250 TSI Total Flex Highline Automático 2019/2020. Adquirido em 01 novembro de
2019 por R$: 116.000,00
Data de aquisição 01/11/2019
Data de Corte:30/03/2022
Estado de conservação: Bom = 8
Vida útil futura: 10 anos – 120 meses
Período de Utilização do Bem: 2,41 anos – 29 meses
Valor de Mercado do Bem R$: 160.000,00
FR= 4*EC + 6*PVU – 3*PUB
100
FR= (4 x 8) + (6 x 10) – (3 x 2,41)
100
FR= 32+ 60 – 7,23 = 84,77
100 100
FR= 0,8477
VR = FR x Valor de Mercado
VR = R$ 160.000,00 x 0,8477
VR = R$ 135.632,00
Tabela FIPE: 121.000,00
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✓ Servidor Responsável José Maria
✓ Número de Tombamento 000012.
Simulação de Depreciação
DEPRECIAÇÃO
Valor Compra 01/11/2019 116.000,00
Valor Residual (20%) 23.200,00
Valor depreciável: 92.800,00
Inicio da depreciação 01/11/2019
Término da depreciação: 31/10/2029
Depreciação Anual 9.280,00
Depreciação Mensal 773,33
Valor Depreciado até 30/03/2022 22.426,67
Valor a Depreciar em 30/03/2022 70.373,33
Valor Residual 23.200,00
TOTAL DO BEM EM 30/03/2022 93.573,33
Valor Recuperável
É o valor de venda de um ativo menos o custo para a sua alienação (preço líquido de
venda), ou o valor que a entidade do setor público espera recuperar pelo uso futuro
desse ativo nas suas operações, estimado com base nos fluxos de caixa ou potencial
de serviços futuros trazidos a valor presente por meio de taxa de desconto (valor em
uso), o que for maior.
R: Pode-se defini-lo com base em parâmetros de referência que considerem bens com
características, circunstâncias e localizações assemelhadas.
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Redução ao Valor Recuperável (perda de futuros benefícios) é a redução ao valor
recuperável não deve ser confundida com a depreciação. É o declínio gradual do
potencial de geração de serviços por ativos de longa duração, ou seja, a perda do
potencial de benefícios de um ativo motivada pelo desgaste, uso, ação da natureza ou
obsolescência.
Impairment
Pontos Importantes
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Registro na contabilidade:
D: Imóveis ---------------------------------------------------------------------------1.900,00
C: VPA – Reavaliação de bens ----------------------------------------------- 1900,00
Registro na contabilidade:
Deve integrar o patrimônio aquele bem permanente de que órgão detenha a sua
propriedade, os benefícios, riscos e controle, vamos ao que a legislação entende como
bem permanente.
Fundamento Legal
Exemplificando:
Uma bandeja, uma jarra, um bule de metal ou uma faca, é preciso controlar esses
bens, com numero de tombamento, plaqueta, inventário e termo de responsabilidade?
R: Não, é comum encontrar esses bens tombados, o que seguramente contribuiu com
que grande parte das entidades abandonasse o controle patrimonial.
Fatores Excludentes
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Exemplificando:
Agora o mesmo colchão, adquiridos para as aulas de alongamento do Programa
Municipal Terceira Idade Melhor, que ocorre a cada dois meses no município. Neste
caso, certamente o bem durará perfeitamente mais de dois anos, e não estará
alcançado pelos fatores excludentes da Perecibilidade, devendo ser considerado um
bem permanente incorporado ao patrimônio.
A utilização dos critérios excludentes varia conforme a utilização do bem, desde que se
tenha uma boa fundamentação.
Exemplificando: em uma sala vai ser instalado um ar condicionado na parede, não vai
ter que quebrar a parede, assim, não terá prejuízo das características do imóvel, que
no caso é o prédio público, neste caso o bem permanente deverá ser tombado
individualmente, não integrando o imóvel.
Exemplificando: Por outro lado, se para retirar o ar condicionado for necessário quebrar
ou danificar o prédio, existe ai um critério excludente da Incorporabilidade, assim, o
bem não deverá ser tombado individualmente.
Exemplificando: Uma mesa comprada, via de regra, mesa é material permanente, mas
se esta mesa adquirida for transformada em plataforma para a instalação de um
determinado equipamento, neste caso a mesa não receberá número de tombamento, o
que será incorporado é o produto final, ou seja, o equipamento instalado, a mesa neste
caso, estará no critério excludente de transformabilidade e não será considerada um
bem permanente isoladamente.
Resumindo: se o seu valor não compensar o custo de controle ele não será tombado.
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RELAÇÃO CARGA DE MATERIAIS DE PEQUENO VALOR
UNIDADE
ITEM QUANT. DESCRIÇÃO CLASSIFICAÇÃO RESPONSÁVEL VALOR
ADMINISTRATIVA
1
2
3
4
5
6
De outro lado o MCASP complementa que, “Da mesma forma, se um bem material de
consumo for considerado como uso duradouro, devido à durabilidade, quantidade
utilizada ou valor relevante, também deverá ser controlada por meio de relação-carga e
incorporada ao patrimônio da entidade”.
Semoventes
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A aquisição de software (intangível) incorpora na seguinte condição:
2 – o software com modificação específica para atender o órgão é considerado Material
Permanente e deve ser incorporado.
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O fornecedor não poderá se opor a troca de um bem defeituoso, desde que o
recebimento não tenha sido definitivo, isso porque no recebimento provisório o órgão
assume somente a responsabilidade pela guarda e conservação do material.
Vida Útil do Bem: É o período durante o qual a entidade espera utilizar o ativo, ou
número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera
obter pela utilização do ativo.
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Valor Residual: É o valor estimado que a entidade obteria com a venda do ativo, caso
o ativo já tivesse a “idade”, a condição esperada e o tempo de uso esperados para o
fim de sua vida útil.
O cálculo do valor residual é feito por estimativa, sendo seu valor determinado antes do
início da depreciação. Assim, o valor residual seria o valor de mercado depois de
efetuada toda a depreciação.
O valor residual é determinado para que a depreciação não seja incidente em cem por
cento do valor do bem, e desta forma não sejam registradas Variações Patrimoniais
Diminutivas além das realmente incorridas.
Pontos Importantes
• o cálculo do valor a depreciar deve ser identificado individualmente, item a item.
• deve ser depreciado separadamente cada componente de um item do ativo
imobilizado com custo significativo em relação ao custo total do item.
• no caso dos imóveis, somente a parcela correspondente a construção deve ser
depreciada.
Aspectos Práticos
Caso o bem, a ser depreciado, já tenha sido usado anteriormente à sua posse pela
Administração Pública, pode-se estabelecer como novo prazo de vida útil para o bem:
✓ Metade do tempo de vida útil dessa classe de bens;
✓ Resultado de uma avaliação técnica que defina o tempo de vida útil pelo qual o bem
ainda poderá gerar benefícios para o ente; e
✓ Restante do tempo de vida útil do bem, levando em consideração a primeira
instalação desse bem.
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Métodos de Depreciação
Método Linear
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Método das Somas dos Dígitos
O Método das Somas dos Dígitos é o método que resulta em uma taxa decrescente
durante a vida útil do bem, o valor da depreciação será calculado pela seguinte
fórmula:
VU = Vida Útil
ΣVU = Soma dos dígitos da Vida Útil
VD = Valor Depreciável
Depreciação = (VU) x VD
ΣVU
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Método das Unidades Produzidas
O Método das Unidades Produzidas resulta em uma alíquota (taxa) baseada no uso ou
produção esperados, a vida útil do bem é determinada pela capacidade de produção.
Exemplificando: Caso Prático 03:
Um órgão pretende realizar a depreciação de um bem utilizando o método das
unidades produzidas, com as seguintes informações:
• o valor bruto contábil (conforme tombamento) é R$ 2.600,00 (dois mil e seiscentos
reais);
• foi determinado o valor residual de R$ 600,00 (seiscentos reais);
• o valor depreciável é de R$ 2.000,00 (dois mil reais);
• a vida útil do bem é determinada pela capacidade de uso que é igual a 5.000
cópias, sendo 500 cópias ao ano (10%), conforme a política da entidade;
• a alíquota (taxa) de depreciação ao ano é de 10%.
• Por questões didáticas, a depreciação será calculada anualmente. O quadro
abaixo demonstra os cálculos:
Método linear:
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Mensalmente, o ente deve apropriar o desgaste desse veículo com o seguinte
lançamento (R$: 7.000,00 / 12):
DESCRIÇÃO/QUANTIDADE DO ITEM:
Valor Reavaliação Custo Ajuste o Depreciação, Valor líquido
contábil no mês. subsequen valor amortização contábil final do
Data em que o
líquido te adicional recuper ou exaustão mês
item foi
inicial no mês ável no no mês.
disponibilizado
do mês.
para uso ou do
Data de Valor de mês. Valor
início do novo
aquisição entrada residual
período de
depreciação,
amortização ou
exaustão*.
(a) (b) (c) (d) (e) (f=a+b+c-d-e)
Depreciação – Exercícios
Um veículo de janeiro de 2008 foi recebido como doação na sua entidade em janeiro
de 2011. Pede-se calcular a taxa de depreciação anual, conforme as informações a
seguir:
• metade do tempo de vida útil dessa classe de bens (5 anos);
• resultado de uma avaliação técnica que defina o tempo de vida útil pelo qual o bem
ainda poderá gerar benefícios para o ente para 4 anos; e
• restante do tempo de vida útil do bem, levando em consideração a primeira
instalação desse bem.
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3 - Restante do tempo de vida útil do bem:
Considerando que o veículo tenha vida útil de 5 anos e já se passaram 3 anos (2008,
2009 e 2010). Deve-se depreciar 2 anos, sendo 50% para cada ano. Um computador
foi adquirido em 2008 por R$ 4.000,00. Em 12/2010 foi realizado o ajuste e chegou-se
a um valor atual de R$ 2.500,00. Registre o lançamento contábil e deprecie o bem com
base no novo valor. Vida útil de 5 anos.
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Amortização de Ativo Intangível com TVU Definida
• haja compromisso de terceiro para comprar o ativo ao final da sua vida útil; ou
• exista mercado ativo para ele e o valor residual possa ser determinado em relação a
esse mercado; e seja provável que esse mercado continuará a existir ao final da vida
útil do ativo.
O período e o método de amortização de ativo intangível com vida útil definida devem
ser revisados pelo menos ao final de cada exercício.
Exaustão
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Tipos de Controles de Bens Públicos
Identificação do Patrimônio
Na afixação da plaqueta de identificação, deverão ser observados os seguintes
critérios:
• fácil visualização para efeito de identificação;
• evitar áreas que possam curvar ou dobrar a plaqueta;
• evitar fixar a plaqueta em partes que não ofereçam boa aderência;
• evitar áreas que possam acarretar a deterioração da plaqueta;
• observar se a plaqueta não está sendo afixada sobre alguma indicação importante
do bem.
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Os veículos e máquinas oficiais e os que estiverem a serviços da municipalidade
deverão possuir a identificação da secretaria ou setor de lotação, bem como a
logomarca do município estampadas para facilitar a identificação.
Cadastro Patrimonial
Elementos essenciais à perfeita identificação:
• nº do registro patrimonial.
• descrição do material.
• fornecedor.
• data da aquisição.
• número da nota fiscal.
• valor.
• localização.
• número do termo de responsabilidade.
Lembre:
• os bens devem ser cadastrados antes de sua utilização;
• os bens móveis receberão número sequenciais, a critério de cada organização;
• as plaquetas ou adesivos deverão ser afixadas em lugar visível e seguro;
• os bens imóveis terão o número do registro patrimonial igual ao do seu registro em
cartório.
Guarda Permanente
Para o uso, responsabilidade pela guarda, segurança e conservação do bem (usuário).
Termo de Responsabilidade.
É um documento de controle necessário para efetivar a transferência da
responsabilidade pela guarda de um bem de uma unidade para outra.
Deve conter:
• unidade de localização do bem;
• nº de registro patrimonial;
• descrição, estado físico, valor, e etc;
• as competentes assinaturas. (responsável pela carga/setor de patrimônio).
•
O termo de responsabilidade deve ser utilizado nas diversas movimentações dos bens,
tais como:
• na distribuição;
• na transferência entre unidades;
• no recolhimento do bem ao Setor de Patrimônio;
• na substituição por outro bem e;
• na redistribuição.
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O setor de patrimônio é o responsável pela emissão dos termos de responsabilidade. O
Termo de Responsabilidade é o documento em que o servidor de posse do bem
patrimonial, assume responsabilidade imediata pela sua guarda e conservação.
O responsável por cada unidade administrativa terá que estabelecer controle rígido
sobre a movimentação bens, encaminhando todas as informações a Área de
Patrimônio. Mesmo que a emissão do termo de Responsabilidade pela Guarda deBens
Públicos tenha sido emitido de uma determinada unidade administrativa, a Área de
Patrimônio deverá ser comunicada e receber uma das vias do documento.
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Movimentação de Bens Adquiridos com Recursos da Educação e da Saúde
Para isso é preciso observar algumas regras de forma que fique claro que a intenção
do município não foi burlar a Constituição Federal, e sim otimizar os seus recursos,
ficando comprovado o princípio da eficiência.
Dessa forma, se um bem adquirido com recurso da educação, não atende mais as
necessidades dessa área, mas que poderia perfeitamente suprir a demanda da
secretaria de obras ou da administração deverá observar as seguintes regras:
1 - Avaliação do bem, realizada por um Engenheiro, que relatará o seu valor atual
(após depreciação e valor residual);
2 – instituir processo administrativo de transferência de bens públicos, com base no
valor da avaliação, a Secretaria de Obras deverá restituir o valor do bem a favor da
Secretaria Municipal da Educação, mediante transferência financeira.
Para o cumprimento do art. 44 da LRF, não pode aplicar esses recursos em despesas
correntes.
Os recursos só poderão ser utilizados para pagamento de contribuições ao regime de
previdência social, geral e próprio dos servidores públicos ou aquisição de outro bem
que servirá a área de Educação.
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Os recursos de alienação de bens, podem ser usados comorecursos livres, (recursos
ordinários) somente quando o valor recuperável for maior que o valor residual,
abatendo o valor residual poderá ser considerada receita não vinculada.
Quando a alienação de bens for igual ou menor que o valor residual ou ainda estiver
com vida útil definida, é obrigatório a utilização do recurso vinculado, e essa vinculação
inclusive é necessária mesmo que em exercício posterior ao ingresso da receita.
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A baixa patrimonial pode ocorrer por quaisquer das formas, a seguir:
• alienação;
• furtos, extravios e roubos;
• destruição;
• cessão;
• declaração de incapacidade do bem;
• troca;
• transferência;
• incêndios.
Alienação
Os bens públicos são inalienáveis, mas perdem esta característica em razão da lei
específica, nos termos do art. 100 da Lei do Novo Código Civil. Os Bens Públicos se
dividem:
• uso comum: praias, rios, praças;
• uso especial: edifícios, terrenos;
• os dominicais: bens de empresas públicas.
Os bens a serem alienados em leilão devem ser previamente avaliados, para que
conste do edital o valor mínimo (valor residual), a partir do qual serão consideradas as
ofertas.
"A alienação de bens móveis e semoventes não tem normas rígidas para sua
realização, salvo, em princípio, a exigência de avaliação prévia, autorização legal e
licitação, como veremos adiante, podendo a Administração interessada dispor a
esse respeito como melhor lhe convier. As vendas são geralmente feitas em leilão
administrativo, sem maiores formalidades, e entregando-se no ato a coisa ao
licitante que oferecer o melhor preço acima da avaliação, em lance verbal, para
pagamento à vista.
(...)
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Quanto à venda de bens móveis e semoventes, exigem-se também, em princípio,
autorização legal, avaliação e licitação previa. A autorização, entretanto, poderá ser
genérica, isto é, dirigir-se a bens indiscriminados, como ocorre com os materiais
inservíveis. O procedimento licitatório poderá ser qualquer um dos legalmente
previstos, inclusive o leilão administrativo, que é o mais simples e recomendável.
Casos há de venda de bens móveis ou semoventes com destinação especial que
não exige licitação."
O Edital e seus anexos deverão ser apreciados e aprovados pela Assessoria Jurídica,
atendendo o disposto no Parágrafo único do art. 38 da Lei de Licitações. Deverá ser
amplamente divulgado e publicado no diário Oficial do Estado, em Jornal de Circulação
local e no mural da Prefeitura, elaborado em timbre oficial do Município, constando:
• cabeçalho;
• preâmbulo;
• objeto, com foto e comprovante de regularidade;
• data, local e horário de realização do leilão;
• horário e local para exame dos bens;
• condições para participação:
• arrematação e pagamento;
• prazo para retirada do bem pelo arrematante;
• prazo para transferência de propriedade;
• forma de apresentação das propostas;
• realização do leilão;
• adjudicação e homologação;
• recursos administrativos;
• penalidades;
• condições gerais.
Proceder o leilão conforme edital. Fazer ata da realização do leilão, emitir guia de
arrematação, assinada pelo Leiloeiro; Comprovar as guias de recolhimento dos bens
leiloados mediante DAM ou Depósito Bancário; Fazer termo de entrega dos bens; Após
a entrega dos bens, encaminhar o processo à Contabilidade para baixa do bem.
Quando ocorrer receita oriunda de alienação de bens, deverá ser observado o disposto
no art. 44 da Lei Complementar 101, de 04.05.2000, in verbis:
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Furtos, Extravios, Roubos e Incêndios
Destruição
A destruição pode ser por ato de vandalismo que é uma ação de hostilidade, violência,
pichações em patrimônios públicos, históricos e privados, atos ilegais, onde em
primeiro momento deve-se entender que causar danos é crime, consoante o art. 163 do
Código Penal.
Cessão/Transferência
Bens Especiais
Obras em Andamento
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em processo. Nada impede que o município mantenha controle sobre o patrimônio em
construção.
Seguros
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MODELOS
PATRIMÔNIO PÚBLICO
E PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS
PATRIMONIAIS
Gestão do Patrimônio Público e implantação dos procedimentos de catalogação,
mensuração, identificação, classificação, avaliação, contabilização, ajuste e
depreciação do Ativo Permanente em atendendo às Normas Brasileiras de
Contabilidade Aplicadas ao Setor Público – NBCASP e às Portarias da Secretaria
do Tesouro Nacional.
Autor
Prof. Milton Mendes Botelho
Especialista em Contabilidade Pública e Direito Público.
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WhatsAPP (33) 9 9933-3386
miltonconsultoria@hotamail.com
2022
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DECRETO MUNICIPAL Nº. __, de __ de _______________ de 2022.
O Prefeito do Município de _______________, Estado de __________, no uso das atribuições que lhe
confere a Lei Orgânica Municipal, conjugado com o disposto na Lei Federal nº. 4.320, de 17 de março de
1964 e suas alterações e regulamentações, Lei Federal nº. 8.666/93, alterada, Portaria nº 448 de 13 de
setembro de 2002 da Secretaria do Tesouro Nacional e as Normas Brasileiras de Contabilidade
Aplicadas ao Setor Público - NBCASP;
DECRETA:
Art. 1º. Fica instituído o Grupo de Trabalho para elaboração do inventário, avaliação e cadastro dos bens
móveis, composta dos seguintes Servidores:
§ 1°. O Grupo de Trabalho é responsável para orientar elaboração do inventário analítico setorial,
promovendo a avaliação e cadastro dos bens móveis nos termos de regulamento próprio.
§ 2º. Cada chefe de unidade administrativa coordenará os trabalhos dos grupos de trabalhos setoriais
constituídos para a adoção dos procedimentos e rotinas de patrimônio disposto no Regulamento de
Gestão de Patrimônio Público Municipal, observado as regras impostas pelas Portarias da Secretaria do
Tesouro Nacional e nas Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público - NBCASP.
§ 3°. O Grupo de Trabalho constituído por esse Decreto definirá em 30 (trinta) dias após a publicação
desse decreto o cronograma de ações relativo aos procedimentos contábeis patrimoniais que serão
adotados gradualmente até o final do exercício de 2022 para que os bens móveis que integram o
patrimônio do Município estejam todos inventariados ou controlados por relação carga.
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§ 4°. Os membros do Grupo de Trabalho constituído por este decreto terão livres acessos a qualquer
ambiente para efetuar levantamento e vistoria de bens, não podendo sofrer nenhum tipo de restrição
enquanto no desempenho de suas atribuições, sob pena de abertura de processo administrativo
disciplinar para apuração da responsabilidade de quem der causa à obstrução aos trabalhos nos termos
do Estatuto dos Servidores.
§ 5°. Os membros do Grupo de Trabalho poderão ser remunerados pelos exercícios das atribuições
mencionadas nesse Decreto, em forma de gratificações conforme dispuser a legislação, quando
cumprido o cronograma previamente estabelecido.
§ 5º. Durante os trabalhos de levantamento e cadastro de bens móveis, os membros dos Grupos de
Trabalhos terão autonomia para determinar providencias a serem tomadas para aproveitamento de
melhor utilização dos bens, bem como determinar a redistribuição para outras unidades administrativas,
recuperação ou declarar inservíveis ou pedir baixa quando enquadrar na condição de sucata.
Art. 2º. Os Secretários Municipais indicarão os membros dos Grupos Setoriais, em composição mínima
de 03, dos quais pelo menos 02 integrantes sejam servidores efetivos, que realizarão o levantamento
geral dos bens móveis à disposição de cada unidade que a compõe, conforme dispõe o art. 96 da Lei
Federal nº. 4.320/64.
§ 1°. O levantamento incluirá todos os bens móveis de caráter permanente, com indicação dos
elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e dos agentes responsáveis
pela sua guarda e administração.
§ 2°. Dentre os membros dos Grupos de Trabalho setoriais será indicado um servidor efetivo para
assumir a Coordenação, recaindo a escolha preferencialmente naquele que possuir experiência na área
de Administração de Material e Patrimônio.
§ 3°. O prazo para os Grupos Setoriais apresentarem o inventário analítico dos bens móveis patrimoniais
das suas respectivas unidades administrativas, bem como as relações cargas que forem elaboradas é
até 10 de novembro do presente exercício, atendendo, no que couber, as regras do regulamento
aprovado.
Art. 3º. O Grupo de Trabalho Setorial constituído para elaboração do inventário, avaliação e cadastro dos
bens móveis nomeado nos termos do art. 1º deste Decreto viabilizará recursos e meios necessários para a
capacitação e suporte técnico dos Grupos Setoriais de cada Unidade Administrativa.
Art. 4º. Para orientar a realização do Inventário Geral dos bens móveis por unidade administrativa do
Poder Executivo o cronograma a ser elaborado pelo Grupo de Trabalho, contemplará:
I - a definição dos prazos de cumprimento das ações do cronograma geral, concluindo com a
consolidação do inventário geral na data de corte previamente definida;
III - a elaboração da minuta do regulamento de gestão patrimonial do município para ser submetido a
aprovação do Prefeito em prazo previamente definido;
IV - definição de prazo para a discussão e aprovação do regulamento por Decreto do Prefeito, como
condição para inicio dos trabalhos externos;
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V - definição de prazo para a capacitação e composição dos Grupos de Trabalhos Setoriais,
compostos pelos servidores indicados pelos Secretários Municipais;
VI - definição de prazo para apresentação dos pré inventários setoriais pelas unidades administrativas,
para análise de inconsistência e apuração de responsabilidades;
VII - definição de data para Consolidação do Inventário Geral dos bens móveis do Município e a
Contabilidade registrar sinteticamente os valores dos ajustes conforme as Normas Brasileiras de
Contabilidade Aplicadas ao Setor Público - NBCASP.
Art. 5º. A Contabilidade Geral do Município fará atualização dos valores patrimoniais no Balanço
Patrimonial na data de corte definida, quando ocorrerá os ajustes do valor contábil ao valor justo, para
mais ou para menos, em conta de ajuste de exercícios anteriores.
Art. 6º. O inventário físico dos bens móveis é o instrumento de controle que permite o ajuste dos dados
escriturais com o saldo físico do patrimônio em cada unidade administrativa, devendo demonstrar todos
os bens em condições de uso e a necessidade de manutenção ou reparos, o estado de conservação,
classificação e o responsável pela sua guarda.
Prefeito
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DECRETO QUE APROVA O
REGULAMENTO MUNICIPAL DE
GESTÃO DE PATRIMÔNIO PÚBLICO
PREFEITURA MUNICIPAL DE
_______________
2022
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DECRETO MUNICIPAL Nº. __, de __ de _______ de 2022.
O Prefeito do Município de _______________, Estado de __________, no uso das atribuições que lhe a
Lei Orgânica Municipal, conjugado com o disposto na Lei Federal nº. 4.320, de 17 de março de 1964 e
suas alterações e regulamentações, Portaria STN nº. 448 de 13 de setembro de 2002 e as Normas
Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público – NBCASP;
D E C R E T A:
CAPÍTULO I
Regulamento de Patrimônio Público Municipal
Art. 1º. Fica aprovado o Regulamento de Gestão de Patrimônio Público Municipal, parte integrante deste
Decreto, que tem como finalidade estabelecer um plano de organização e conjunto de regras, métodos e
procedimentos que visam assegurar, de forma ordenada, a gestão e o controle patrimonial, permitindo
aferir o seu real valor e conhecimento integral e rigoroso da sua composição e evolução.
Parágrafo único. As variações patrimoniais serão reconhecidas pelo regime contábil da competência
patrimonial, visando garantir o reconhecimento de todos os ativos e passivos do Município, com a
finalidade de ampliar a transparência sobre as contas públicas.
Art. 3°. Fica determinado aos Secretários Municipais, Controlador e Procurador do Município que
indiquem no prazo de 15 (quinze) dias após a publicação desse decreto, os nomes de Servidores
responsáveis pela avaliação e elaboração de inventário setorial, que deverá, se possível, servidor com
conhecimentos notórios nas áreas de contabilidade, de direito administrativo, de economia, de
administração, de engenharia civil, mecânica e informática.
Parágrafo único. Se por limitação de pessoal qualificado no quadro de Servidores não seja possível
nomear servidor com experiência na área específica, deverá a Administração, caso julgue necessário,
efetivar a contratação de empresas ou de especialista externos que demonstrem possuir experiência na
elaboração de laudos que facilitará a inventariação de patrimônio público, na condição de suporte
técnico.
Art. 4º. As Secretarias Municipais terão prazo definido em decreto, para apresentarem a Controladoria
Geral do Município, inventário analítico dos bens municipais que estão sob sua responsabilidade nos
termos que dispõe o regulamento aprovado por este Decreto.
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III – todas as unidades administrativas e a Controladoria Geral do Município são solidariamente
responsáveis pelo acompanhamento das respectivas legislações pertinentes às suas atribuições e
deverão propor formalmente a imediata alteração do Regulamento, sempre que julgarem necessário.
CAPÍTULO II
Disposições Gerais
Art. 5º. Os órgãos e entidades do Poder Executivo Municipal, por meio de suas unidades
administrativas, estão obrigados a partir da publicação desse decreto, desenvolver ações no sentido de
promover a reavaliação, a redução ao valor recuperável, a depreciação e a amortização dos bens do
ativo sob sua responsabilidade nos termos deste Decreto, para fins de garantir a manutenção do sistema
de custos, conforme estabelece o inciso VI do § 3° do art. 50 da Lei Complementar nº. 101, de 04 de
maio de 2000 e as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público - NBCASP, bem
como os Princípios de Contabilidade.
§ 2º. Ficam dispensados dos procedimentos a que se refere o caput deste artigo os bens que se
enquadrarem nos seguintes fatores excludentes:
I- bens moveis que por sua natureza em uso normal perde ou tem reduzidas as suas condições de
funcionamento, no prazo máximo de dois anos;
III - bens móveis cuja estrutura esteja sujeita a modificação, por ser quebradiço ou deformável,
caracterizando–se pela irrecuperabilidade ou perda de sua identidade;
IV - bens móveis que quando sujeito à modificações (químicas ou físicas) em virtude dos fluídos ou do
próprio uso excessivo se deteriora ou perde sua característica normal de uso;
V- bens móveis que quando destinados à incorporação a outro bem, não podendo ser retirado sem
prejuízo das características principais;
VI - bens móveis que quando adquirido para fins de transformação para integrar outro bem ou servir
de parte deste;
VII - quando ficar comprovado que o custo de controle for superior ao benefício produzido pelo bem;
VIII - bens adquiridos, avaliados ou recebidos de qualquer outra forma, que possuírem características
de material permanente mas que apresentarem valor individual até R$ 400,00 (quatrocentos reais)
deverão ser classificados como bens de consumo e controlados de forma simplificada por meio de
relação carga, não havendo necessidade de controle por meio de número patrimonial;
IX - bens que ao final de sua vida útil apresentar valor patrimonial inferior ao valor referido no inciso
anterior e apresentar possibilidade de baixa produção de benefício, deverá ser baixado e controlado por
relação carga.
§ 3º. Relação-carga é a responsabilidade pelo uso, guarda e conservação do bem, configurada por
intermédio documento e relação de materiais de pequeno valor econômico.
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§ 4º. A utilização dos critérios excludentes varia conforme a utilização do bem, desde que se tenha uma
boa fundamentação.
Art. 6º. Nos termos dos artigos 94, 95 e 96 da lei Federal nº. 4.320/64 cada unidade administrativa
deverá apresentar o inventário analítico de todos os bens que estão sob sua responsabilidade
Parágrafo único. O inventário analítico deverá trazer informações que permite o ajuste dos dados
escriturais com o saldo físico do patrimônio da unidade administrativa, o levantamento da situação dos
bens em uso e a necessidade de manutenção ou reparos, a verificação da disponibilidade dos bens da
unidade e ainda:
XVI - valor bruto contábil do bem (valor da avaliação na data de corte ou valor de tombamento);
XVII - valor residual do bem (valor de mercado no final da vida útil do bem móvel);
XVIII - valor depreciável do bem (valor bruto contábil menos o valor residual);
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XIX - valor da depreciação anual do bem (valor depreciável dividido pelo numero de anos de vida útil do
bem móvel);
XX - valor da depreciação mensal do bem (valor da depreciação anual dividido por doze meses);
Art. 7º. Os prazos para a apresentação dos inventários serão definidos pela Área de Patrimônio, que
terá como função a consolidação dos dados a serem informados no Balanço Patrimonial até 31 de
dezembro de 2022, nos termos das Portarias da Secretaria do Tesouro Nacional.
CAPÍTULO III
Avaliação, Reavaliação e Redução ao Valor Recuperável
Art. 8º. Os bens móveis e imóveis serão avaliados com base no valor de aquisição, produção ou
construção.
Art. 9º. Independentemente do disposto no artigo anterior, os bens do ativo deverão ser reduzidos ao
valor recuperável na forma deste Decreto e as condições estabelecidas no regulamento.
Art. 10. A Controladoria Geral e Contabilidade Geral do Município definirão a forma de disponibilização
das informações que serão produzidas pelas unidades administrativas, após o reconhecimento inicial
dos bens.
§ 1º. A reavaliação de bens móveis deverá ser realizada por servidores das próprias unidades
administrativas, orientados por grupo de trabalho ou membros da área de Patrimônio do Município.
§ 2º. A reavaliação prevista neste Decreto deve-se observar a periodicidade recomendada pelas Normas
Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público.
Art. 11. As Unidades Administrativas deverão indicar os responsáveis pelos procedimentos relativos a
catalogação, mensuração, identificação, classificação, avaliação, contabilização, ajuste e depreciação
dos bens móveis sob sua responsabilidade.
§ 1º. Os Servidores indicados de que trata este artigo serão indicados pelos responsáveis pelas
Unidades Administrativas.
§ 3º. Os valores mensais de reavaliação, redução ao valor recuperável, depreciação e amortização dos
bens móveis do Município deverão ser lançados via sistema integrado pela Área de Patrimônio do
Município sob coordenação da Contabilidade obedecendo o princípio da competência.
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Art. 12. Os trabalhos de reavaliação, redução ao valor recuperável dos bens imóveis serão realizados
por engenheiros ou por empresa especializada para emissão de laudos que servirão de referência para
definição de valor patrimonial, conforme dispuser regulamentação do Município.
CAPÍTULO IV
Depreciação e Amortização
Art. 13. O valor depreciado ou amortizado, apurado mensalmente, deverá ser reconhecido nas contas de
resultado do exercício.
§ 1º. Deverá ser adotado para cálculo dos encargos de depreciação e amortização o método das quotas
constantes, bem como os critérios definidos pela Secretaria da Receita Federal, por meio da Instrução
Normativa nº 162, de 31 de dezembro de 1998, atualizada, ou a que vier substituí-la, salvo disposição
em contrário.
§ 2º. A depreciação e a amortização de um ativo começa quando o item estiver em condições de uso, ou
seja, quando está no local e em condição de funcionamento na forma pretendida pela administração.
§ 3º. A depreciação e a amortização não cessam quando o ativo torna-se obsoleto ou é retirado
temporariamente de operação.
§ 4º. A depreciação e a amortização deverão ser reconhecidas, até que o valor líquido contábil do ativo
seja igual ao valor residual.
§ 5º. A depreciação de bens imóveis deverá ser calculada com base, exclusivamente, no custo de
construção, deduzido o valor dos terrenos.
I - bens móveis de natureza cultural, tais como obras de artes, antiguidades, documentos, bens com
interesse histórico, bens integrados em coleções, entre outros;
II - bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos, considerados tecnicamente, de
vida útil indeterminada;
III - bens de propriedade do órgão que não estejam alugados e que não estejam em uso;
Art. 15. A vida útil dos bens deverá ser definida em consenso do Grupo de Trabalho ou responsável pela
avaliação e de acordo com a finalidade a qual for destinado, com base em parâmetros e índices
admitidos em norma ou laudo técnico específico, podendo ser utilizados como parâmetro os critérios
definidos pela Secretaria da Receita Federal, através da Instrução Normativa RFB Nº 1700, de 14 de
março de 20171.
§ 1º. Os seguintes fatores deverão ser considerados ao se estimar a vida útil de um ativo:
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III - a obsolescência tecnológica;
§ 2º. O valor residual e a vida útil de um ativo deverão ser revisados, pelo menos, no final de cada
exercício, promovendo-se as alterações quando as expectativas diferirem das estimativas anteriores.
Art. 16. Poderá ser adotado o procedimento de depreciação acelerada, conforme o caso, quando as
circunstâncias de utilização do bem o justificar, devendo ser registrado tal condição em notas
explicativas.
Art. 17. Nos casos de bens reavaliados, a depreciação e a amortização devem ser calculadas e
registradas sobre o novo valor, considerada a vida útil indicada no correspondente laudo.
CAPÍTULO V
Competência para Normatizar
Art. 18. Compete a Controladoria Geral, a Contabilidade Geral e a Área de Patrimônio do Município, o
acompanhamento sistemático e permanente da execução das medidas constantes neste Decreto e dos
resultados obtidos, com o objetivo de editar normas complementares, visando garantir o seu
cumprimento.
CAPÍTULO VI
Disposições Finais
Art. 20. As Unidades Administrativas realizarão o ajuste inicial dos bens que já encerraram sua vida útil
ou que foram adquiridos em exercício financeiro anterior à data de corte que será estabelecido de acordo
com cronograma publicado pela Contabilidade Geral do Município.
Art. 21. Os bens móveis e imóveis adquiridos após o exercício financeiro da data de corte ficam
dispensados da obrigação prevista no artigo anterior, ficando sujeitos, desde a data da sua publicação,
aos demais procedimentos previstos neste Decreto.
Prefeito
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REGULAMENTO MUNICIPAL DE
GESTÃO DE PATRIMÔNIO PÚBLICO
PREFEITURA MUNICIPAL DE
_______________
ESTADO DE __________
2022
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REGULAMENTO MUNICIPAL DE GESTÃO DE PATRIMÔNIO PÚBLICO
Decreto Municipal nº. ___, de __ de _______ de 2022.
1.1 Bens Patrimoniais: consideram-se bens patrimoniais os bens móveis e imóveis sob-
responsabilidade do órgão que possui seus benefícios, riscos e controle.
1.3 Bens Móveis: são todos os equipamentos e materiais permanentes que, em razão da utilização,
não perdem a identidade física e constituem meio para a produção de outros bens e serviços.
1.4 Bens Imóveis: são os imóveis em geral, tais como as terras, edificações, obras em andamento,
benfeitorias e instalações incorporadas à custa do ativo permanente, ou por doação, por dação, por troca
ou permuta e inclusive as despesas correlatas.
1.5 Responsável: é todo aquele que, a qualquer título, seja depositário, responsável, encarregado ou
outra forma que resulte em responsabilidade pela guarda, depósito ou uso do bem de tombado como
patrimônio do Município.
1.6 Inventário: cadastro de todos os bens patrimoniais do Município, configurando-se na relação dos
bens registrados pela Contabilidade Geral mensurado em valores sintéticos constantes do Balanço
Patrimonial e com indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um deles
e dos agentes responsáveis pela sua guarda e administração, todos os bens móveis, imóveis, intangíveis
e de infraestrutura compõem o patrimônio público municipal deve ser submetido ao inventário, que
deverá trazer as seguintes informações:
1.6.1 – órgão;
1.6.5 – situação dos bens em uso (servível ou inservível) e a necessidade de manutenção ou reparos;
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1.6.12 – grupo ou classe do bem (ex.: administrativo; manutenção, ambulância, coleta de lixo, máquinas
pesadas e outros);
1.6.14 – espécie do bem (corpóreos, incorpóreos, fungíveis, infungíveis, semoventes, créditos, direitos,
ações e outros);
1.6.18 – fonte de recursos vinculada ao bem (vinculadas ou ordinárias – de acordo com a normatização
de cada Tribunal de contas);
1.6.26 – método de depreciação utilizado (linear, soma dos dígitos ou unidades produzidas);
1.7 Tombamento: ação de registrar os bens patrimoniais com a finalidade de controlá-los e preservá-
los.
1.8 Afetação: ação pela qual se atribui a determinado bem público destinação específica.
1.9 Desafetação: ato pelo qual se altera a destinação de determinado bem público, excluindo sua
característica de bem público.
1.10 Baixa: ato que retira de forma definitiva, o bem patrimonial do inventário, com a exclusão definitiva
do seu registro.
1.11 Doação: é a incorporação de um bem cedido por outro órgão ou terceiro ao Município, em caráter
definitivo, sem envolvimento de transação financeira.
1.11.1 O recebimento de doações será autorizado pelo gestor de cada unidade administrativa ou a
quem o mesmo delegar, cabendo à área de patrimônio proceder às etapas de incorporação do bem
recebido.
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1.12 Dação: é a entrega de um bem que não seja dinheiro para solver dívida anterior.
1.12.1 A coisa dada em pagamento pode ser de qualquer espécie e natureza, desde que o credor
consinta no recebimento em substituição à dívida.
1.12.2 No processo de dação em pagamento tem que ser comprovado o interesse público no
recebimento de bens pelo Município e as devidas garantias da destinação de recursos ordinários quando
se tratar de impostos a aplicação no ensino e na saúde.
1.13 Incorporação: inclusão de um bem no acervo patrimonial do Município, bem como a adição do seu
valor à conta do ativo imobilizado, que pode ocorrer mediante as modalidades definidas no item 22.3
deste regulamento.
1.13.1 compra/aquisição: é a incorporação de um bem que tenha sido adquirido por uma unidade
administrativa, de acordo com os critérios estabelecidos em instrumentos legais que regem a matéria;
1.14.1 Cabe à unidade administrativa na qual o bem foi confeccionado, a emissão de uma planilha de
custos, com a assinatura dos responsáveis por sua fabricação, contendo todos os dados financeiros
referentes a aquisição de matéria-prima, despesa de pessoal, encargos financeiros, materiais diversos,
serviços de terceiros e outros custos de produção despendidos na sua fabricação.
1.15 Locação: é a incorporação temporária, para fins de inclusão no cadastro geral do Município, dos
bens pertencentes a terceiros que estejam alugados ou arrendados ao Município, que ficarão em
condição especial até que haja a devolução destes ao término do contrato.
1.15.1 Os bens locados ao Município deverão ser objeto de rigorosa vistoria, levada a efeito quando de
seu recebimento e antes da devolução, com vista a apuração de seu estado de conservação e de
eventuais danos ocorridos no decorrer do período de locação.
1.16 Comodato: é a incorporação temporária, para o fim de inclusão no cadastro geral do Município, de
bens pertencentes a terceiros, emprestado para o Município a título gratuito por tempo determinado.
1.16.1 As Unidades Administrativas deverão observar as mesmas orientações constantes no item 1.15 –
locação.
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1.18 Comissão: grupo de trabalho criado pela Administração Municipal, de caráter permanente ou
especial, com objetivos previamente fixados.
1.19 Material Permanente: é todo aquele que, em razão de seu uso corrente, tem durabilidade e
utilização superior a dois anos; sua aquisição é classificada como despesa de capital e possui controle
individualizado.
1.20 Material de Consumo: é todo aquele que, em razão de seu uso corrente, perde sua identidade
física em dois anos e/ou tem sua utilização limitada a esse período, sua aquisição é classificada como
despesa corrente e não possui controle após sua distribuição, nos termos da Portaria STN nº. 448 de 13
de setembro de 2002 da Secretaria do Tesouro Nacional.
1.21.1 materiais que apresentem baixo valor monetário, alto risco de perda ou alto custo de controle
patrimonial devem, preferencialmente, ser considerados como materiais de consumo;
1.22 Vistoria: é um conjunto de procedimentos realizado para a verificação das condições físicas de um
bem a ser incorporado e é aplicável em todos os casos de incorporação.
1.23 Classe: é a classificação do bem de acordo com a sua utilização, os bens são classificados,
inicialmente, como:
1.23.1 administrativos – quando sua utilização for para fins administrativos, como veículos, móveis e etc.
1.23.2 de manutenção – quando sua utilização for para servir de manutenção de máquinas, obras e etc.
1.23.4 coleta de resíduos sólidos – veículos destinados à coleta e transporte de resíduos sólidos;
1.23.5 outros – demais bens que não forem classificados nas classes anteriores ou que não forem
criados classes específicas para tais.
1.24 Inventário Físico: é o instrumento de controle que permite o ajuste dos dados escriturais com o
saldo físico do patrimônio em cada unidade gestora, o levantamento da situação dos bens em uso e a
necessidade de manutenção ou reparos, a verificação da disponibilidade dos bens da unidade, bem
como o estado de conservação e classificação (ver item 1.6).
1.25 Data de Corte: data definida pelo ente federado que visa separar os bens que serão objetos de
ajuste em seu valor contábil e os bens que poderão ser depreciados diretamente, sem passar por um
ajuste.
1.25.1 A definição da data de corte é um ato discricionário de cada ente federado, devendo os inventários
ser entregues a Contabilidade Geral do órgão até a data limite definida como data de corte.
1.25.2 para efeito desse regulamento está sendo adotada como data de corte para os bens móveis o dia
31 de dezembro de 2022.
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1.26 Seguindo as orientações constantes do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público que,
“se o material for adquirido como permanente e ficar comprovado que possui custo de controle superior
ao seu benefício, deve ser controlado de forma simplificada, por meio de relação-carga não havendo
necessidade de controle por meio de número patrimonial”.
1.26.1 Relação Carga é o documento (ato administrativo) que atribui responsabilidade ao servidor pelo
uso, guarda e conservação do bem, mesmo que não integre o ativo permanente, por ser considerado
materiais de pequeno valor econômico.
2 OBJETIVOS DA REGULAMENTAÇÃO
2.2.1 manter permanentemente atualizado o inventário dos bens municipais com descrição detalhada
dos bens e avaliação de todos os ativos e passivos;
2.2.2 proporcionar métodos e condições para um levantamento minucioso dos bens que integram o
patrimônio municipal;
2.2.3 estabelecer ação integrada de todas as Unidades Administrativas para a realização do Inventário e
responsabilização por sua guarda, por meio de sistema integrado;
2.2.4 assegurar que as incorporações e baixas estejam de acordo com a legislação vigente e obedeça
ao planejamento estratégico e legalmente comprovado através de requisições ou documentos
equivalentes, em cumprimento das normas legais aplicáveis à matéria;
2.2.6 efetuar a verificação física periódica dos bens do ativo permanente, aferindo os registros,
determinar a regularização e apuração dos responsáveis, quando for o caso;
2.2.7 assegurar a conformidade dos direitos e obrigações do Município com os registos contábeis,
conferindo os resultados do Inventário com o Balanço Patrimonial.
2.3 No âmbito da gestão do patrimônio integra-se a observância de uma correta afetação dos bens
pelas diversas unidades administrativas do Município, considerando não só as necessidades dos
mesmos, mas também a sua mais adequada utilização face às atividades desenvolvidas e o incremento
da eficiência das operações.
3 AUTORIDADE COMPETENTE
3.2 Compete ao Prefeito a gestão administrativa do patrimônio municipal bem como a autorização
para iniciar procedimento administrativo de alienação, doação mediante lei autorizativa ou baixa nos
termos deste Regulamento.
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3.2.1 Solidariamente são responsáveis pelo cumprimento desse Regulamento e a guarda e
conservação dos bens os Secretários Municipais, chefias e outros cargos integrantes da estrutura
administrativa.
3.3 Para efeitos de cumprimento dos dispostos nos itens anteriores, decorrentes da aplicação do
presente Regulamento, aplicam-se as normas estabelecidas na Lei de Licitações, quanto à alienação,
permuta ou dação.
4.1 Compete à Comissão Permanente ou Especial de Inventário (ou grupo de trabalho), Avaliação e
Cadastro:
4.1.2 a adoção de critérios fixados no presente Regulamento e nas Normas Brasileiras de Contabilidade
Aplicadas ao Setor Público – NBCASP;
4.1.4 a supervisão de forma permanente e sistemática do inventário geral anual, bem como os
inventários e verificações periódicas e parciais.
4.2 A Comissão Permanente ou Especial de Inventário, Avaliação e Cadastro (ou grupo de trabalho)
deve integrar, se possível, vários servidores com conhecimentos notórios nas áreas de Contabilidade, de
Direito Administrativo, de Economia, de Administração, de Engenharia Civil, de Mecânica e da
Tecnologia da Informação da Cultura e outros.
4.3 Por limitação de pessoal qualificado no quadro de Servidores, não for possível nomear a
Comissão com as qualificações definidas no item anterior, deverá a Administração contratar
especialistas externos que demonstrem possuir experiência na inventariação de patrimônio público, na
condição de apoio e suporte técnico.
4.4.2 Os atos praticados pelas Comissões Permanente ou Especial de Inventário e Cadastro são
inerentes à função de servidor público, sendo vedada sua delegação a terceiros.
4.5 Dentre os membros, será indicado um servidor efetivo para assumir a Presidência da Comissão,
preferencialmente, com experiência na área de Administração de Material e Patrimônio.
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4.6.1 cientificar o dirigente de Unidade Administrativa sobre todos os endereços individuais envolvidos,
com antecedência mínima de 72 horas da data marcada para o início dos trabalhos, a fim de viabilizar o
acesso aos locais em inventário;
4.6.2 solicitar ao detentor de carga patrimonial elementos de controle interno e outros documentos
necessários aos levantamentos;
4.6.3 requisitar servidores, máquinas, equipamentos, transporte, materiais e o que for necessário ao
cumprimento das tarefas da Comissão;
4.6.4 identificar e classificar a situação patrimonial e o estado de conservação dos bens inventariados,
discriminando em relatório os suscetíveis de alienação para ciência da unidade administrativa;
4.6.6 relacionar e identificar com numeração própria, os bens que se encontram sem o número de
patrimônio ou sem o devido registro patrimonial para a devida inclusão no inventário analítico e cadastro
em sistema informatizado.
4.7.1 avaliar e majorar os valores dos bens de acordo com os critérios estabelecidos neste
Regulamento e demais atos regulamentadores, considerando o seu estado de preservação de bens de
domínio público;
4.7.2 buscar informações em arquivos, catálogos, folders e arquivos eletrônicos para verificação de
valores de produtos semelhantes para efeito de comparação entre valores dos produtos novos e usados;
4.7.3 confeccionar crachás ou outro tipo de identificação para os inventariantes para lhes dar livre
acesso nas unidades administrativas;
4.7.4 solicitar equipamentos tais como: máquinas fotográficas, scanners, lanternas, computadores,
impressoras, disco rígido externo, palme top, bonés, coletes e outros equipamentos que se fizerem
necessários ao trabalho interno e externo.
4.7.5 Os bens inventariados devem receber marcação (adesivo coloridos, marca, carimbo, tintas em
cores específicas) que identifica que foram vistoriados, fazendo constar a data e o inventariante.
5 INFORMAÇÕES
5.1 Para efeitos de elaboração do inventário dos bens do Município, devem todas as unidades
administrativas cumprir com as seguintes obrigações:
5.1.1 disponibilizar, obrigatoriamente, todas as informações que lhe sejam solicitados, pela Comissão
Especial de Inventário, Avaliação e Cadastro sobre os bens que estão sob suas responsabilidades;
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5.1.1.1 em cumprimento ao disposto no parágrafo único do art. 70 da Constituição Federal conjugado
com o art. 96 da Lei Federal 4.320/64 caberá a cada servidor que utilize, guarde ou gerencie bens,
apresentar pré-inventário nos termos definidos nesse regulamento.
5.1.2 zelar pelo bom estado de conservação e manutenção dos bens do Município que estão sob sua
guarda;
5.1.3 manter afixado em local visível, para conferência física permanente, termo de responsabilidade
dos bens pelos quais são responsáveis, assegurando a sua conformidade com a respectiva etiquetagem
de identificação e com a informação arquivadas na área de patrimônio;
5.1.4.1 O termo de responsabilidade pode conter em um único documento, vários bens patrimoniais.
5.1.4.2 O termo de responsabilidade deve ser gerado pelo Sistema Informatizado Integrado, podendo ser
utilizada a forma eletrônica.
5.1.5 Cada Servidor é responsável pelos bens e equipamentos que estejam em sua posse,
independente de assinatura de Termo de Responsabilidade.
5.1.6 O responsável por bens, enquanto ocorrer danos, defeitos de manutenção, cessão,
desaparecimento, bem como de qualquer outro ato não autorizado praticado em relação ao mesmo,
deve informar ao superior, sem prejuízo de eventual apuração de responsabilidades.
6 INVENTÁRIO
6.1.1 É importante que a área de patrimônio controle os termos de abertura e encerramento, além do
próprio documento denominado inventário, que deve possuir cópia atualizada na Controladoria Geral do
Município.
6.1.2 Quando verificadas inconsistências no inventário, é obrigação do chefe da área de patrimônio dar
ciência à Controladoria Geral e sugerir providências para solucionar as inconsistências.
6.2.1 anual – destinado a comprovar a quantidade dos bens patrimoniais de cada unidade gestora
existente em 31 de dezembro de cada exercício – constituído do inventário anterior e das variações
patrimoniais ocorridas durante o exercício (tombamentos, baixas, transferências);
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6.2.2 inicial – realizado quando da criação, extinção ou transformação de uma unidade administrativa, ou
quando da troca do dirigente para identificação e registro dos bens sob sua responsabilidade;
6.2.3 eventual – realizado em qualquer época, por iniciativa do dirigente da unidade administrativa ou
por iniciativa do órgão fiscalizador (Controle Interno).
6.3 O inventário deverá estar sempre atualizado de forma a permitir conhecer todas as características
dos bens, contendo as seguintes informações constantes do item 1.6 e ainda:
6.3.1 arrolamento – elaboração de uma listagem discriminada dos elementos patrimoniais a inventariar;
6.3.2 classificação – agrupamento dos elementos patrimoniais nas diversas classes, tendo por base,
para os bens, o seu código de classificação, localização, estado de conservação e utilização;
6.3.4 avaliação – atribuição de um valor justo a cada elemento patrimonial de acordo com os critérios de
valorização aplicáveis.
6.4.1 fichas de inventário, formal ou informatizada, fotos, plaquetas de identificação, código de barras,
adesivos e outras formas de marcação;
6.4.2 mapas de inventário, devendo ser utilizados como papel de trabalho de campo e lançados em
sistema informatizados para consolidação das informações;
6.4.3 acervo fotográfico, catálogos, documentos de origem comprovada e quaisquer outros meios que
possam colaborar com a identificação dos bens públicos.
6.5.1 os bens devem manter-se em inventário desde o momento de seu tombamento até a sua
desincorporação definitiva;
6.5.2 a identificação de cada bem se faz nos termos do disposto no presente Regulamento;
6.5.3 a aquisição dos bens deve ser registrada na ficha de inventário (formal ou informatizada) de
acordo com o estabelecido nesse regulamento em acordo com o modelo sugerido;
6.5.5 Todo o processo de inventário e respectivo controle deverão ser efetuados através de meios
seguros e adequados, quando informatizado, possuírem backup em local seguro, com cópia para a
Controladoria Geral do Município.
6.6.1 atualização permanente das fichas do inventário por meio formal ou informatizado;
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6.6.2 a realização de conciliações entre os registros das fichas do imobilizado e os registros contábeis
quanto aos montantes de aquisições e das amortizações acumuladas e constantes do Balanço
Patrimonial do Município;
6.6.3 a verificação física periódica dos bens do ativo imobilizado e de existências, podendo u tilizar,
testes de amostragem, e verificar se confere com os registros, procedend o-se prontamente à
regularização com apuração de responsabilidades, quando for o caso.
6.7 Os inventários físicos de cunho gerencial, no âmbito municipal, deverão ser efetuad os por
comissão (ou grupo de trabalho) designada pela autoridade competente, que deverá se subordinar
às normas do Sistema de Controle Interno conjugadas com o que dispõe esse regulamento.
7.1 A identificação dos bens públicos envolve catalogar, qualificar, classificar, reputar e identificar cada
bem pertencente ao Município.
7.2.1 no bem será impresso ou afixado número de inventário, que servirá de identificação no inventário
patrimonial;
7.2.2 A marcação física caracteriza-se pela afixação no bem, de plaqueta de identificação, adesiva ou
revestida de cola ou haste de fixação, na qual conterá o número de inventário;
7.2.3.3 evitar fixar a plaqueta em partes que não ofereçam boa aderência;
7.2.3.5 observar se a plaqueta não está sendo afixada sobre alguma indicação importante do bem.
7.3 Os bens patrimoniais cujas características físicas e a sua própria natureza, impossibilitem a
aplicação de plaqueta, também terão número marcado em separado, devendo as plaquetas
correspondentes ao número atribuído ao bem serem arquivadas na área de patrimônio do Município,
sendo impedidas de serem utilizadas em outros bens, quando possível anexar cópia do documento fiscal
(NF).
7.4 Em caso de perda, descolagem ou deterioração da plaqueta, o órgão onde o bem está localizado
deverá comunicar o fato à Área de Patrimônio, com vista à sua reposição;
7.5 As plaquetas ou adesivo devem possuir, preferencialmente, a identificação com brasão, nome do
Município, unidade administrativa e código de barras para facilitar a identificação informatizada,
conforme modelo sugerido.
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brasão
7.6 As plaquetas ou adesivos devem ser afixadas de acordo com critérios de melhor visualização,
melhor aderência e melhor acesso, assim sugerido:
7.6.1 estantes, armários, arquivos e bens semelhantes – a plaqueta deve ser afixada na parte frontal
superior direita no caso de arquivos de aço e na parte lateral superior direita, no caso de armários,
estantes, arquivos e bens semelhantes;
7.6.2 mesas e bens semelhantes – a plaqueta deve ser afixada na parte frontal central, contrária à
posição de quem usa o bem;
7.6.3 motores elétricos e semelhantes – a plaqueta deve ser afixada na parte fixa inferior do motor;
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7.6.4 computadores, máquinas e bens semelhantes – a plaqueta deve ser afixada no lado externo, de
forma a viabilizar a identificação e visualização;
7.6.5 cadeiras, poltronas e bens semelhantes – a plaqueta deverá ser afixada na base, nos pés ou na
parte mais sólida;
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7.6.7 automóveis e bens semelhantes – a plaqueta, nestes casos, devem ser utilizada a do tipo adesivo
para não danificar o painel do veículo ou máquina, deve ser afixada na parte lateral direita do painel de
direção, em relação ao motorista, na parte mais sólida, não removível e nunca em acessórios. Se não
achar conveniente a fixação da plaqueta no veículo, deverá a mesma ser guardada em local seguro,
juntamente, com o documento de recibo do veículo;
7.6.8 os veículos deverão possuir identificação nas chaves, constando tipo e modelo e a identificação
da placa do veículo, local de lotação e número do patrimônio;
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7.6.9 outros bens – entendem-se como outros bens aqueles materiais que não podem ser classificados
claramente, como: aparelhos, máquinas etc. nesses bens, o local de afixação da plaqueta é na base, na
parte onde são manuseados ou mesmo utilizando dos exemplos acima citados.
8.1 O Município quando possuir marca oficial da administração com manual de identidade visual,
devera ser consultado o ato normatizador antes de utilizá-la nos bens públicos.
8.2 Os prédios públicos e unidades administrativas deverão ser identificados com placas indicativas,
possibilitando a identificação dos serviços públicos disponibilizados aos pretendidos pelos usuários.
8.3 As placas de identificação e letreiros oficiais possuirão letras brancas e fundo verde acompanhado
da marca do Município (adequar de acordo com as cores da Bandeira do Município).
Logo do
Município
8.4 os veículos e máquinas oficiais e os que estiverem a serviços da municipalidade deverão possuir a
identificação da Secretaria ou da unidade administrativa, bem como a logomarca do Município
estampada para facilitar a identificação, e ainda:
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8.4.1 os veículos da municipalidade possuirão placas oficiais de cor branca de acordo com definição dos
órgãos de regulação de trânsito e possuirão a sigla do Município e seu logotipo, quando for o caso;
8.4.2 os veículos de serviços especiais da área de segurança ou assistencial terão placa oficial de
acordo com a Resolução CONTRAN e identificação visual definida pelos respectivos órgãos e entidades;
possuirão controle patrimonial diferenciado;
8.4.3 as ambulâncias terão cor branca, placa oficial de acordo com a Resolução CONTRAN nº.
231/2007, tarja vermelha de 10 cm de largura, em toda extensão da carroçaria, sigla do órgão ou
entidade, também em vermelho, com letras de 15 cm de altura, nas portas dianteiras, abaixo da faixa,
dispositivo de alarme sonoro, luz vermelha intermitente e logotipo, se for o caso, sendo necessário o
controle patrimonial isolado;
8.4.5 as motocicletas, motonetas, ciclomotores ou veículos assemelhados terão cor padrão de fábrica,
placa oficial de acordo com a Resolução CONTRAN 231/2007 2, e sigla do Município, em cor
contrastante, com 5 cm de altura, nas laterais do tanque de combustível e logotipo, se for o caso;
8.4.6 os veículos referidos no item anterior, quando destinados a serviços especiais, terão cor
padronizada pelo respectivo órgão ou entidade, placa oficial de acordo com a Resolução CONTRAN
231/2007, dispositivo de alarme sonoro, luz vermelha intermitente e, se for o caso, logotipo e/ou sigla;
8.4.7 os veículos e máquinas contratados para o prestarem serviços ao Município, serão identificados
com afixação, nas portas dianteiras, de um retângulo com 450x220 mm, na cor branca e letras pretas
(adesivo com manta magnética), posicionado abaixo das janelas dentro do qual deverá conter a
expressão "A SERVIÇO DO MUNICÍPIO”;
8.4.8 os bens cedidos em comodato ou cessão de uso deverão ser tombados nas suas respectivas
modalidades e identificados, controlados e depreciados pelo órgão que detenha seu controle, riscos e
benefícios, fazendo constar essas condições no Termo de Cessão ou Comodato.
9 COMPETÊNCIAS
9.1 Nos termos das atribuições definidas na Lei de Estrutura Administrativa do Município, deverá a
área responsável pelo patrimônio do Município desenvolver as seguintes atividades:
9.1.1 efetuar conferências periódicas sobre o estado de conservação e localização dos bens alocados
nas unidades administrativas, sugerindo sua reforma, manutenção ou substituição;
9.1.2 consolidar o inventário patrimonial com os bens à disposição da Câmara Municipal e demais
entidades municipais;
9.1.4 efetuar conferência dos bens patrimoniais da unidade administrativa, quando da exoneração ou
troca da chefia responsável;
2 Consulta: https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=106667
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9.1.5 afixar as plaquetas, adesivos ou outra forma de identificação com a numeração do bem, antes de
alocá-lo no setor e após liquidação da despesa de aquisição;
9.1.6 autorizar a transferência, cessão definitiva ou empréstimo provisório de patrimônio entre unidades
administrativas, somente acompanhados dos devidos impressos de autorização e controle que integram
este regulamento;
9.1.7 remover os bens ociosos ou inservíveis na unidade administrativa, solicitar a alienação, baixa ou
redistribuição para outras unidades onde sejam úteis ou reunindo-os e agrupando-os em lotes para
alienação;
9.1.9 quando os bens forem considerados sucatas, promover a baixa no patrimônio mediante processo
administrativo e emitir nota explicativa ao Serviço de Contabilidade.
9.1.9.1 os recursos oriundos de alienação de sucata não estão sujeitos às regras do art. 44 da Lei
Complementar 101/00 devem ser classificados como outras receitas correntes.
9.1.10 solicitar à autoridade competente a nomeação da comissão especial de avaliação, para iniciar os
procedimentos legais de alienação dos bens classificados como inservíveis;
9.1.11 proceder a baixa patrimonial e solicitar a baixa contábil dos bens sucateados e alienados por
qualquer motivo, mediante apresentação de processo administrativo e emitir nota explicativa ao Serviço
de Contabilidade;
9.1.12 inspecionar os bens móveis e imóveis, propondo reformas, substituições ou alienações, quando
tiver justificado interesse público, amparadas em laudos de profissionais de engenharia quando se tratar
de bens imóveis;
9.1.13 informar a Controladoria Geral e recomendar abertura imediata de processo administrativo para
apurar responsabilidades em casos de extravio, perda, roubo, transferência ou empréstimo irregular dos
bens à disposição daquela unidade administrativa;
9.1.14 solicitar laudo técnico de engenharia nos casos de comprometimento da conservação dos bens
imóveis ou obras que estão sendo executadas sem a devida observância das normas técnicas;
9.1.15 solicitar laudo do corpo de bombeiros em caso de risco aparente de incêndios em imóveis do
patrimônio público, recomendando solução dos problemas apontados ao responsável da área;
9.1.16 manter arquivo atualizado e ordenado dos documentos dos veículos e máquinas do patrimônio
municipal bem como os cedidos, locados e doados;
9.1.17 manter de forma ordenada e atualizada arquivos com cópias dos documentos que comprovam a
propriedade do município de bens imóveis, como escritura ou documento equivalente;
9.1.19 cada unidade administrativa, através de seus responsáveis, é responsável pelos bens sob sua
guarda, independente de assinatura de termo de responsabilidade.
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10 OUTROS SERVIÇOS MUNICIPAIS COMUNS ÀS DEMAIS UNIDADES ADMINISTRATIVAS
10.1 As demais unidades administrativas, sem prejuízo das atribuições definidas na Lei de Estrutura
Organizacional, devem atuar no cumprimento deste Regulamento para o bom desempenho de suas
atividades, com ênfase em:
10.1.1 disponibilizar todos os elementos ou informações que lhes sejam solicitados pelos inventariantes;
10.1.2 zelar pelo bom estado de conservação e manutenção dos bens afetados pelo órgão controlador;
10.1.3 informar à área de patrimônio quando da aquisição, transferência, desincorporação, troca, cessão,
alienação e perda de bens patrimoniais;
10.1.4 fornecer aos inventariantes cópias de todas as escrituras celebradas (compra e venda, permuta,
cessão, doação, dação, e etc.), bem como dos contratos de empreitadas e fornecimento de bens e
serviços.
10.2 No caso de obras, fornecer cópias dos alvarás de loteamento acompanhados de planta baixa,
boletins de informações cadastrais, onde constem as áreas de cedência para os domínios privado e
público;
10.3 À área de compras ou o liquidante da despesa deverá encaminhar à área de patrimônio cópia das
notas de empenho e comprovante de despesa classificada como despesa de capital ou aquisição de
bens de domínio patrimonial;
10.4 a área de educação, cultura e biblioteca pública deverá efetuar o inventário direto dos bens à sua
guarda e fornecer o respectivo resumo à área de patrimônio quando se tratar de acervo literário deverá
um especialista analisar e avaliar seu valor monetário;
10.5 a área de cadastro imobiliário deverá elaborar croqui das áreas e prédios objeto de cedência,
devem evidenciar as respectivas medidas e confrontações, bem como devem ser delimitados com
marcos, nos termos da legislação em vigor.
11.1 O responsável de cada bem deve zelar pela guarda e conservação deste, devendo comunicar
formalmente à autoridade competente qualquer desaparecimento de bens, bem como qualquer fato
relacionado com o seu estado operacional ou de conservação, sem prejuízo de instauração de processo
administrativo para apurar responsabilidade de dano causado ao erário.
11.3 Deverá ser comunicado, formalmente, à autoridade competente a utilização incorreta ou desvio de
finalidade de qualquer bem público, independentemente do responsável ter sido o seu utilizador regular
ou não e sem prejuízo de instauração de processo administrativo.
11.4 O detentor de carga patrimonial assume, de fato, responsabilidades sobre os bens patrimoniais, a
partir do recebimento do bem independente da assinatura do documento denominado “Termo de
Responsabilidade”.
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11.4.1 O termo de responsabilidade será emitido em 02 (duas) vias, sendo que a 1ª via será entregue ao
responsável pela carga patrimonial do referido bem e a 2ª via será arquivada na área responsável pelo
patrimônio.
11.5 Caso o bem patrimonial que está com sua carga atribuída à determinada unidade administrativa
for remanejado para outra unidade, a transferidora deve solicitar à área de patrimônio a oficialização do
remanejamento e, este, deve anular as duas vias do termo atual e refazê-lo, evidenciando o novo
responsável pelo bem, assim como sua respectiva assinatura.
11.6 Quando o servidor manifestar recusa em assinar o termo de responsabilidade pelo bem, será dado
(05) cinco dias para apresentar justificativas pela recusa, caso não seja aceita, será inserido como
responsável, independente da assinatura do termo, mediante testemunha da recusa.
11.6.1 O servidor que tiver as justificativas aceitas quanto a não responsabilização dos bens que sejam
utilizados de forma compartilhada deverá indicar em sua justificativa quem deverá responder pela guarda
do bem.
12 AQUISIÇÃO E INCORPORAÇÃO
12.2 A incorporação caracteriza-se com a inclusão de um bem no acervo patrimonial do Município, bem
como a adição do seu valor à conta do ativo imobilizado.
12.3 Os materiais permanentes recebidos, mediante qualquer processo de aquisição, devem ser
incorporados ao patrimônio do Município antes de serem distribuídos às unidades administrativas que
irão utilizá-los, obedecendo rigorosamente as normas de controle.
12.4 É competência da área de patrimônio a incorporação dos materiais permanentes adquiridos pelas
formas previstas neste regulamento, utilizando dados de:
12.4.4 certificado, termo ou documento de doação ou cessão, para quadros e obras de arte;
12.4.7 guia de produção interna para os bens gerados por produção interna, com estimativa de custo de
produção ou valor de avaliação;
12.4.9 quaisquer outros meios que comprovem a propriedade do bem, guarda, controle, risco e
benefícios pela municipalidade.
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12.5 Quanto à sua natureza e finalidade, os materiais são classificados na forma disposta no plano de
contas da administração pública municipal, conforme aspectos e critérios de classificação em naturezas
de despesas contábeis, regulamentados pela Secretaria do Tesouro Nacional, por intermédio dos
Manuais de Contabilidade Aplicados ao Setor Público.
12.6 A incorporação de materiais permanentes que compõem o patrimônio do Município tem como
fatos geradores a transação onerosa ou por troca, permuta, doação ou dação em pagamento, precedido
de ato da administração.
12.7 Os bens que se encontrarem em poder de qualquer unidade administrativa por qualquer meio e
que não pertençam ao Município deverão ser tombados na modalidade que se enquadrar devendo ser
observada a ressalva em notas explicativas.
13 AVALIAÇÃO
13.2 A constatação da existência de bens não avaliados, geralmente ocorre nas seguintes situações:
13.2.1 na ocasião do levantamento físico dos bens patrimoniais com data de corte definida;
13.2.2 quando da execução de vistorias e auditorias pelo Controle Interno ou pela área de patrimônio;
13.2.3 outras quaisquer situações que identifiquem a existência de um bem sem documentação
específica.
13.3 A avaliação será realizada através de grupos de trabalho constituído para esse fim, conforme
definido neste regulamento.
14 ETAPAS DA INCORPORAÇÃO
14.1 Observando os critérios peculiares a cada fato gerador da incorporação, conforme descritos neste
regulamento, a efetivação das incorporações pelas unidades administrativas far-se-á nas etapas distintas
aplicáveis, como se segue:
14.1.1 o recebimento é o ato pelo qual o material solicitado é recepcionado em local previamente designado
ocorrendo, nessa oportunidade, apenas a conferência quantitativa (recebimento provisório) de data de
entrega e, firmando na ocasião, a transferência da responsabilidade pela guarda e conservação do bem, do
fornecedor para a unidade administrativa que o recebeu;
14.1.2 a aceitação (recebimento definitivo) dá-se quando o material recebido é inspecionado por servidor
habilitado, verificando sua compatibilidade com o contrato de aquisição e, estando conforme, dando o
“aceite” no documento legal para entrega;
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14.1.3 após a verificação da quantidade, configuração e qualidade dos bens, e estando o bem móvel de
acordo com as especificações exigidas, o recebedor deve atestar no verso do documento apresentado
que o bem foi devidamente aceito, concretizando a fase de liquidação da despesa;
14.2 no caso de bens móveis ou equipamentos cujo recebimento implique em um maior conhecimento
técnico do bem, a unidade recebedora deve solicitar à autoridade competente a indicação de servidor
qualificado para o respectivo exame técnico e atestar o recebimento definitivo do bem;
14.2.1 poderá ser designada comissão técnica para proceder aos exames, a fim de determinar se o bem
entregue atende às especificações contidas na nota de empenho ou contrato de aquisição; no caso de
obras, essa comissão é obrigatória e composta por engenheiros.
14.3 No caso de compra, uma cópia da nota fiscal será encaminhada à Contabilidade Geral e outra
copia será encaminhada à área de patrimônio, contendo obrigatoriamente os seguintes informes:
14.3.3 especificação do valor de cada item existente na nota fiscal ou documento equivalente;
14.3.4 número de série dos itens existentes na nota fiscal, em caso de equipamentos elétricos e
eletrônicos.
14.5 As vistorias serão realizadas pela área de patrimônio ou servidor da unidade administrativa
designada para esta finalidade, que confirmará as informações constantes na nota fiscal ou documento
equivalente, contratos ou documentos de incorporação, observando as características do bem, a
situação atual, a documentação, o valor e outros fatores relevantes.
14.6 Após verificação do bem, deverá ser elaborado cadastro (ficha eletrônica) para identificação do
mesmo, o qual deverá conter informações julgadas adequadas à sua identificação e ser remetida a área
de patrimônio.
15.2 Considera-se baixa patrimonial a retirada de bem da carga patrimonial da unidade administrativa
mediante registro da transferência deste para o controle de bens baixados, feita exclusivamente pela
unidade administrativa responsável pelo patrimônio.
15.3 O número de patrimônio de um bem baixado não será aproveitado para qualquer outro bem.
15.4 a baixa patrimonial pode ocorrer por quaisquer das formas a seguir:
15.4.1 alienação;
15.4.3 destruição;
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15.4.4 cessão;
15.4.7 transferência;
15.4.8 incêndios;;
15.5 As alienações dos bens pertencentes ao Município ocorrerão através de processo administrativo
disciplinado pela Lei Federal nº. 8.666/93.
15.6 A área de patrimônio coordenará a elaboração de autos preliminares que antecedem o processo
de alienação dos bens que foram classificados inservíveis para a administração municipal.
15.7 Só poderão ser alienados bens mediante autorização expressa do Chefe do Executivo, tendo em
conta as disposições legais aplicáveis, em especial o disposto no art. 44 da Lei Complementar nº. 101 de
04 de maio de 2000.
15.8 Nos casos de furtos, extravios, destruição e roubos ou incêndios, bastará a certificação por parte
da área de patrimônio para se proceder a desincorporação, sendo obrigatória a comunicação da
ocorrência à autoridade policial e instauração de processo administrativo coordenado pela
Controladoria Geral do Município.
15.10 Sempre que um bem seja considerado obsoleto, deteriorado ou contaminado, deverá ser
elaborado auto de desincorporação, fazendo constar provas ou depoimento de testemunhas.
15.11 A transferência de bens móveis entre Unidades Administrativas (gabinetes, salas, seções,
divisões, departamentos), só poderá ser efetuada mediante autorização das autoridades competentes.
15.13 Só são incluídos no ativo permanente os bens de domínio público pelos quais o Município seja
responsável pela sua administração, benefícios, riscos e controle, estejam ou não afetados à sua
atividade operacional.
15.14 No caso de furtos, extravios, destruição, perdas ou incêndios, dever-se-á proceder da seguinte
forma:
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15.14.3 o relatório e o auto de ocorrência serão anexados no final do exercício, à conta patrimonial que
integrarão em parte as notas explicativas.
15.16 Caso se apure o responsável pelo extravio ou destruição do bem, o município deverá ser
indenizado, de forma que se possa adquirir outro que o substitua.
15.17 A definição de sucata é o que sobrou de um bem, que jamais poderá tomar a sua condição inicial.
15.17.1 A receita oriunda da venda de sucata será classificada como receitas correntes, não se
enquadra nos ditames do art. 44 da Lei Completar nº. 101, de 04.05.2000;
15.17.2 cabe ao Grupo de Trabalho ou Comissão Inventariante declarar que o bem se tornou sucata,
devendo emitir declaração ou certificado de sucateamento, constando as ocorrências nas notas
explicativas;
15.17.4 os bens declarados sucatas deverão ser baixados no acervo patrimonial imediatamente,
constituindo processo administrativo interno;
15.17.5 a autoridade competente deverá determinar a avaliação da sucata por comissão especial
designada para tal atividade, sendo necessária a organização por lote para a alienação por meio e
licitação pública;
16 SEGUROS
16.1 o termo de referência para a contratação de seguros deverá trazer todas as informações
necessárias para a realização do processo administrativo de licitação pública.
16.2 O acompanhamento dos prazos de vencimento dos contratos de apólices de seguros deverá ser
feito pela área de patrimônio.
16.4 As informações sobre seguros devem ser encaminhadas, através de memorando, à área de
patrimônio do Município e cópia autenticada das apólices e contratos, à Controladoria Geral do
Município.
17.1 O ativo não circulante, incluindo os investimentos adicionais ou complementares, deve ser
valorizado ao custo de aquisição ou ao custo de produção, conforme planilha atestada por
engenheiro.
17.1.1 Considera-se como custo de aquisição de um ativo a soma do respectivo preço de compra com os
gastos suportados direta e indiretamente para colocá-lo no seu estado atual.
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17.1.2 Considera-se como custo de produção de um bem a soma dos custos das matérias primas e
outros materiais diretos consumidos, da mão de obra direta e de outros gastos gerais de fabricação
necessariamente suportados para produzi-lo.
17.1.3 Os custos de distribuição, de administração geral e financeira não são incorporáveis no custo de
produção;
17.2 Quando se tratar de ativo não circulante, obtido a título gratuito, deverá considerar-se o valor
resultante da avaliação ou o valor patrimonial definido nos termos legais ou, caso não exista disposição
aplicável, o valor resultante da avaliação segundo critérios técnicos que se adequem à natureza desses
bens, devendo ser explicitado nas notas explicativas do Balanço Patrimonial.
17.2.1 Caso este critério não seja exequível, o imobilizado assume o valor residual até ser objeto de uma
reparação, sendo definido outro ciclo de vida patrimonial.
17.3 Na impossibilidade de valorização dos bens ou quando estes assumem o valor residual, devem
ser identificadas nas demonstrações financeiras e justificadas nas notas explicativas.
17.4 No caso de inventariação inicial de ativos, cujo valor de aquisição ou de produção se desconheça,
aplica-se o disposto nos dois itens anteriores.
17.5 Como regra geral, os bens permanentes possuem critérios de valorização individual, devendo ser
controlados isoladamente, ou seja, um a um.
17.5.1 Na classificação dos bens permanentes deverão ser considerados os seguintes elementos:
17.5.1.1 durabilidade superior a 02 (dois) anos, conforme dispõe o § 2º do art. 15 da Lei Federal nº.
4.320/64;
17.5.1.2 parâmetros excludentes nos termos da Portaria STN/SOF 448/02 e suas atualizações;
17.5.2 Existindo uma das seguintes características, o bem não será considerado permanente:
17.5.2.1 durabilidade – quando o material em uso normal perde ou têm reduzidas as suas condições de
funcionamento no prazo máximo de dois anos;
17.5.2.2 fragilidade – quando a estrutura do bem estiver sujeita à modificação, por ser quebradiço ou
deformável, caracterizando-se pela irrecuperabilidade ou perda de sua identidade (copo, jarra de vidro, e
etc);
17.5.2.4 incorporabilidade – ocorre quando destinado à incorporação a outro bem, não podendo ser
retirado sem prejuízo das características principais (base de máquina);
17.5.2.6 valor menor que o custo do controle patrimonial – quando o material for adquirido como
permanente e ficar comprovado que possui custo de controle superior ao seu benefício, devem ser
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controlados de forma simplificada, por meio de relação carga não havendo necessidade de controle por
meio de número patrimonial, nos termos do art. 14 do Dec.-Lei 200/673.
17.5.2.6.2 Da mesma forma, se um bem material de consumo for considerado como uso duradouro,
devido à durabilidade, quantidade utilizada ou valor relevante, também deverá ser controlado por meio
de relação-carga e incorporado ao patrimônio da entidade;
17.6 Quando os elementos do ativo não circulante tiverem uma vida útil limitada, ficam sujeitos a uma
amortização sistemática durante esse período, sem prejuízo das exceções expressamente consignadas
no presente regulamento.
17.7 Sempre que se verifiquem grandes reparações ou conservações de bens que aumentem o valor e
o período de vida útil ou econômica destes, deverá tal fato ser comunicado no prazo de trinta dias à área
de patrimônio para efeito de registro.
17.8 Quando à data do Balanço Patrimonial, os elementos do ativo imobilizado corpóreo e incorpóreo,
seja ou não limitada a sua vida útil, tiverem um valor inferior ao registrado na Contabilidade, devem ser
objeto de impairment correspondente à diferença, registrada com perda patrimonial, ocorrendo, assim,
uma Variação Patrimonial Diminutiva – VPD.
17.9 Nos casos em que os investimentos financeiros relativos a cada um dos seus elementos
específicos tiver, à data do Balanço Patrimonial, um valor inferior ao registrado na Contabilidade, este
pode ser objeto da correspondente redução através da conta apropriada.
17.10 Sempre que ocorrerem situações que impliquem a desvalorização excepcional de bens, esta
deverá ser comunicada, no prazo de trinta dias, à área de patrimônio, para e feitos de registro.
17.11 Entende-se como reavaliação a técnica de atualização dos valores dos bens de uma instituição,
por meio do preço de mercado, fundamentada em laudos técnicos, onde a diferença entre o valor
originalmente registrado e o valor reavaliado deve ser registrada no patrimônio, ocorrendo assim uma
Variação Patrimonial Aumentativa - VPA, “ganho na reavaliação de ativos”.
18 DEPRECIAÇÃO
18.1 A depreciação é a redução do valor dos bens pelo desgaste ou perda de utilidade por uso, ação
da natureza ou obsolescência.
18.2 Com exceção de terrenos e alguns outros itens, os elementos que integram o ativo não circulante
têm um período de vida útil limitado.
18.3 O desgaste ou obsolescência dos bens deve ser registrado em conta própria de depreciação, a fim
de apresentar o valor justo dos ativos fixos nas demonstrações apresentadas pela Contabilidade em
conformidade com as normas aplicadas ao setor público.
18.4 Para depreciação, a base é a divisão de valor depreciável do bem pelo prazo de vida útil do bem,
excluindo o valor definido como residual.
3
Dec.-Lei 200/67 – art. 14. O trabalho administrativo será racionalizado mediante simplificação de processos e
supressão de controles que se evidenciarem como puramente formais ou cujo custo seja evidentemente superior ao
risco.
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Método Linear
Quota Anual = Valor Bruto Contábil – Valor Residual
Nº anos de Períodos de Vida Útil
18.5 A depreciação dos bens públicos será contabilizada na forma prevista em lei e em obediência as
Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público – NBCASP.
18.6 A regulamentação das depreciações e amortizações dos bens imobilizados deve ser efetuada
tendo com base a vida útil econômica do bem, considerando o valor depreciável ao longo da sua vida
útil, nos termos da NBCTSP.
18.7 A quota de depreciação a ser registrada na escrituração contábil, como custo ou despesa
operacional, será sempre determinado mediante a aplicação da alíquota de depreciação sobre o valor do
bem, em real.
18.8 Antes de aplicar qualquer quota de depreciação aos bens públicos, é necessário apontar a vida útil
do bem (quanto tempo o bem estará disponível para uso na administração) e ajustar o percentual para
que esteja 100% do valor depreciável após o período definido no ato regulamentador, bem como o valor
residual.
18.9 A depreciação dos bens terá como base a vida útil econômica do bem, conforme sua destinação
sendo aplicada sobre este valor a quota anual de depreciação definida no cadastro próprio.
18.10 Para ocorrer a depreciação dos bens já existentes, deverá a administração providenciar a
apuração do valor justo dos bens e definir a data de corte e registrar a diferença de valor no Balanço
Patrimonial como ajuste.
18.11 Após a data corte não haverá mais o registro de ajuste; qualquer perda ou majoração patrimonial
será classificada contabilmente como impairment ou reavaliação.
18.12 Após a reavaliação dos bens, através de comissão inventariante ou grupo de trabalho será esta a
real base de cálculo da depreciação e a definição de valor residual.
18.13.1 admita que um veículo de carga, ano 2010 (início das regras), para o uso no serviço de limpeza
pública e que tenha sido adquirido pelo valor de R$: 100.000,00 (cem mil reais) conforme consta nota
fiscal e custos acessórios;
18.13.2 nos termos do regulamento a vida útil determinada pela administração deste veículo é de 4
(quatro) anos;
18.13.3 definido no regulamento uma alíquota de depreciação de 25% ao ano (método linear), ao final
dos 48 meses todo o valor depreciável do bem já teria transitado pela Contabilidade, constando no ativo
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o valor residual atribuído no percentual de 20% do bem correspondendo a R$: 20.000,00 (vinte mil
reais).
18.13.4 O valor constante do balanço não significa que é o valor venal; neste caso continua valendo o
previsto no art. 96 da Lei Federal 4.320/64, sendo permitida a alienação do bem quando declarado
inservível ou comprovado o interesse público, precedido de avaliação prévia nos termos da Lei Federal
8.666/93.
18.13.5 O processo administrativo de alienação seguirá o disposto na Lei Federal 8.666/93, conduzido
por leiloeiro.
18.13.6 Após 4 (quatro) anos de uso o veículo já estará depreciado e seu valor constante no Balanço
Patrimonial, figurará pelo valor residual, a partir daí avaliação deverá estar compatível com o valor de
mercado, sendo obrigatória ao menos uma vez ao ano.
18.13.7 após concluído o processo de alienação, a Contabilidade registrará como receita o valor da
alienação excluindo o valor residual, ou seja, R$: 20.000,00 (vinte mil reais), sendo considerado Variação
Patrimonial Aumentativa VPA, aquilo que for acima do valor residual.
18.14 em outra forma de aplicar a depreciação, vamos admitir que a avaliação do veículo usado no
mercado, em média, é de R$: 15.000,00 (quinze mil reais); neste caso, a Contabilidade apresentaria o
residual ao final da vida útil do bem, um valor maior do que a venda em R$: 5.000,00 (cinco mil reais)
ocorreram perda de patrimônio, registrando uma Variação Patrimonial Diminutiva – VPD.
18.14.1 o exemplo acima considera como base de cálculo da depreciação o valor de R$: 80.000,00
(oitenta mil reais), como seguem:
• R$ 100.000,00 (cem mil reais) – aquisição do veículo, conforme nota fiscal e custos acessórios;
• R$ 20.000,00 (vinte mil reais) – valor residual (20%);
• R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) – base de cálculo da depreciação (100.000,00 - 20.000,00 =
80.000,00) sendo alíquota de 25% ao ano.
18.14.2 o valor que será reconhecido na Contabilidade como quota mensal da depreciação será de R$:
1.666,67 (um mil seiscentos e sessenta e seis reais e sessenta e sete centavos), como seguem:
• R$: 80.000,00 – valor depreciável;
• 25% – taxa de depreciação anual;
• R$: 20.000,00 – valor da depreciação anual (80.000,00 x 25% = 20.000,00);
• R$: 1.666,67 – valor da depreciação mensal a ser reconhecida na Contabilidade (20.000,00/12 =
1.666,67).
18.16 A depreciação encerra-se no momento em que o bem estiver reconhecido na Contabilidade pelo
seu valor residual.
18.17 o valor da depreciação será registrado no primeiro dia útil do mês em obediência ao princípio da
competência.
19.1 a manutenção dos bens patrimoniais será realizada com pessoal próprio das Unidades
Administrativas onde o bem está alocado ou por empresa contratada para esse fim, consistindo no
acompanhamento sistemático do estado de conservação dos bens patrimoniais, objetivando manter
sua integridade física, observando-se a proteção do bem contra agentes da natureza, mediante a
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tomada de medidas para evitar a corrosão, oxidação, deterioração e outros agentes que possam
reduzir a sua vida útil.
19.2 a verificação do estado físico dos bens será realizada mediante inventários locais periódicos,
realizados por iniciativa da área de patrimônio, ou no decorrer do inventário anual, podendo ser
identificadas as seguintes condições de conservação:
19.2.1.1 novo – refere-se ao bem adquirido e que se encontra com menos de um ano de uso, desde que
guardadas as suas características e condições;
19.2.1.2 bom – é o bem que, embora com mais de um ano de adquirido esteja em plena atividade, sendo
utilizado de acordo com as suas especificações técnicas e capacidade operacional;
19.2.1.3 recuperável – é o bem que está avariado, sendo viável economicamente a sua recuperação
desde que o custo da recuperação não ultrapasse 50% do seu valor de mercado;
19.2.2 inservível4 – bem móvel que não pode ser utilizado para o fim a que se destina devido à perda de
suas características ou em razão de ser o seu custo de recuperação mais de cinquenta por cento do seu
valor de mercado ou de a análise do seu custo e benefício demonstrar ser injustificável a sua
recuperação:
19.2.2.1 ocioso – bem móvel que se encontra em perfeitas condições de uso, mas não é
aproveitado;
19.2.2.2 recuperável - bem móvel que não se encontra em condições de uso e cujo custo da
recuperação seja de até cinquenta por cento do seu valor de mercado ou cuja análise de custo e
benefício demonstre ser justificável a sua recuperação;
19.2.2.3 antieconômico – bem móvel cuja manutenção seja onerosa ou cujo rendimento seja
precário, em virtude de uso prolongado, desgaste prematuro ou obsoletismo;
19.2.2.4 irrecuperável ou contaminado – quando não mais puder ser utilizado para o fim que se
destina; recomenda-se a destruição, conforme a normas vigentes;
19.2.2.5 sucata – pode ser definida como o que sobrou de um bem, jamais poderá atender a sua
condição inicial, devendo ser baixado no acervo patrimonial imediatamente.
19.3 Nos casos em que a vistoria constatar qualquer mudança na situação atual do bem, em relação a
que está registrada, a área de patrimônio pode alterar a informação contida nele, informando a nova
situação do estado de conservação.
19.4 A análise das condições de utilização dos bens patrimoniais será feita através de verificações
locais, realizadas por iniciativa das unidades administrativas responsáveis pela carga patrimonial,
através da área de patrimônio que, quando constatar discrepâncias nas condições de utilização de um
bem, tomará a medida corretiva cabível.
19.5 Na identificação e análise das condições de utilização dos bens patrimoniais, a área de patrimônio
observará o seguinte:
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19.5.1 conhecimento das condições de utilização do bem em função das atividades desenvolvidas pela
unidade administrativa;
19.5.2 cumprimento das normas técnicas do fabricante no que se refere à capacidade operacional e
manuseio;
19.5.3 compatibilidade entre a finalidade e características do bem com a natureza dos serviços a ele
atribuídos.
19.6 os bens inventariados serão identificados inicialmente por adesivos coloridos conforme o item
4.7.5 deste regulamento.
20.1 as auditorias do Controle Interno são procedimentos realizados pela Controladoria Geral ou seus
outorgados, com ou sem prévio aviso, comparando os dados constantes do cadastro de bens com a
situação real verificada nas unidades administrativas da administração municipal.
20.2 o objetivo da auditoria é verificar o cumprimento do regulamento, não tem caráter punitivo, mas
preventivo, salvo os casos em que for constatada má-fé.
20.3 constatando em auditoria, mal uso de bens públicos, a Controladoria Geral averiguará as causas
do evento e responsabilizará os implicados.
20.4 o servidor será responsabilizado civilmente sempre que constatada sua culpa ou dolo por
irregularidades com bens de propriedade ou sob-responsabilidade do Município, independente das
demais sanções administrativas e penais cabíveis.
20.5 A apuração de irregularidades será realizada conforme os dispositivos constantes do Estatuto dos
Servidores Públicos Municipais e demais normas pertinentes à matéria.
20.6 O servidor que provocar danos aos bens públicos será responsabilizado independente de
assinatura do termo de responsabilidade pelo bem.
21 PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS
21.1 Nos termos das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, NBC TSP,
entende-se:
21.1.1 depreciação é a redução do valor dos bens pelo desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da
natureza ou obsolescência;
21.1.4 valor depreciável, amortizável e exaurível é o valor original de um ativo deduzido do seu valor
residual, quando possível ou necessária a sua determinação;
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21.1.5 valor residual é o montante líquido que a entidade espera, com razoável segurança, obter por um
ativo no fim de sua vida útil econômica, deduzidos os gastos esperados para sua alienação;
21.1.6 vida útil econômica é o período de tempo definido ou estimado tecnicamente, durante o qual se
espera obter fluxos de benefícios futuros de um ativo;
21.1.7 valor líquido contábil é o valor do bem registrado na Contabilidade, em uma determinada data,
deduzido da correspondente depreciação, amortização ou exaustão acumulada.
21.2 Nos termos do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, – MCASP, aprovado pelas
Portarias da Secretaria do Tesouro Nacional, entende-se como:
21.2.1 avaliação patrimonial: a atribuição de valor monetário a itens do ativo e do passivo decorrentes de
julgamento fundamentado em consenso entre as partes e que traduza, com razoabilidade, a
evidenciação dos atos e dos fatos administrativos;
21.2.2 mensuração: a constatação de valor monetário para itens do ativo e do passivo decorrente da
aplicação de procedimentos técnicos suportados em análises qualitativas e quantitativas;
21.2.3 reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo,
quando esse for superior ao valor líquido contábil;
21.2.4 impairment é a redução ao valor recuperável de ativo ou ajuste ao valor justo ou valor em uso,
quando esses forem inferiores ao valor líquido contábil;
21.2.5 valor da reavaliação ou valor da redução do ativo a valor recuperável: a diferença entre o valor
líquido contábil do bem e o valor justo ou valor em uso, com base em laudo técnico ou relatório de
análise;
21.2.6 valor de aquisição: a soma do preço de compra de um bem com os gastos suportados direta ou
indiretamente para colocá-lo em condição de uso;
21.2.7 fair value e o valor de mercado ou valor justo pelo qual um ativo pode ser intercambiado ou um
passivo pode ser liquidado entre partes interessadas que atuam em condições independentes e isentas
ou conhecedoras do mercado;
21.2.8 valor em uso: o valor presente dos rendimentos futuros do bem esperados ao longo de seu uso
contínuo e de sua alienação ao final de sua vida útil;
21.2.9 valor bruto contábil: o valor do bem registrado na Contabilidade, em uma determinada data, sem a
dedução da correspondente depreciação, amortização ou exaustão acumulada;
21.2.10 valor líquido contábil: o valor do bem registrado na contabilidade, em determinada data,
deduzido da correspondente depreciação, amortização ou exaustão acumulada ou ajuste na data corte
definida pelo órgão;
21.2.11 valor realizável líquido: a quantia que a entidade do setor público espera obter com a alienação
de itens de inventário quando deduzidos os gastos estimados para seu acabamento, alienação ou
distribuição;
21.2.12 valor recuperável: o valor de alienação de um ativo menos o custo para a sua alienação (preço
líquido de venda), ou o valor que a entidade do setor público espera recuperar pelo uso futuro desse
ativo nas suas operações, estimado com base nos fluxos de caixa futuros trazidos a valor presente por
meio de taxa de desconto (valor em uso), o que for maior.
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22 TOMBAMENTO
22.1.1 Todo material permanente a ser incorporado ao patrimônio deve ser objeto de tombamento;
consiste no arrolamento do bem, numerando-o em forma sequencial, com a finalidade de identificá-lo e
colocá-lo sob a guarda e proteção dos agentes responsáveis.
22.1.2 O tombamento deve ser realizado sempre no momento em que o bem entra fisicamente na
unidade administrativa e envolve, desde o lançamento do bem no sistema informatizado até a assinatura
e arquivamento do termo de responsabilidade.
22.2 O bem que entra no acervo da instituição, apresentará igualmente um aporte de recursos no
Balanço Patrimonial.
22.3 Os bens patrimoniais são tombados nas seguintes modalidades que são procedimentos de
controle gerencial de bens, não definidos pelas NBCASP:
22.3.1 aquisição;
22.3.2 comodato;
22.3.3 cessão;
22.3.4 doação;
22.3.9 encampação;
22.3.10 transferência.
22.5 Todos os documentos que se referirem a qualquer bem público deve, obrigatoriamente, mencionar
o número do seu tombamento (registro patrimonial).
23.1 Para efeito de avaliação e reavaliação de bens móveis serão considerados fatores que influenciam
no seu valor, utilizando fórmula pela qual se encontra um índice que será denominado de “fator de
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reavaliação”, possibilitando um ajuste técnico dos valores dos bens que integram o patrimônio municipal,
considerando critérios definidos nesse regulamento.
23.2 Exemplos de cálculos de avaliação e reavaliação de bens conforme o método que será utilizado e
considerando os fatores que influenciam no valor dos bens móveis:
23.2.4 Fórmula: FR = (4*EC + 6*PVU – 3*PUB)/100 = Valor do bem reavaliado = FR x valor de mercado
de um bem novo ou similar encontrado no mercado;
23.3 O Valor do Bem Reavaliado VBR = Valor do Bem Novo VBN x Fator de Reavaliação FR, terá
como referência a Planilha de Pontuação do Método, conforme quadro abaixo:
Resolução:
4 * EC + 6 * PUV − 3* PUB
FR =
100
(4 8) + (6 8) − (3 4)
FR =
100
32 + 48 − 12 80 − 12 68
FR = = = FR = 68
100 100 100
VBR = FR x VMB
VBR = 0,68 x 1.200,00
VBR = R$: 816,00 – valor bruto contábil a ser registrado pela contabilidade.
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23.4.2 classificação do bem: Classe “I” - Administrativo;
23.4.5 valor da depreciação anual: R$: 154,00 (cento e cinquenta e quatro reais);
23.4.6 valor da Depreciação Mensal: R$: 12,83 (doze reais e oitenta e três centavos);
23.5 No caso demonstrado, após a apuração do valor do bem, deverá ser informado que o bem sofrerá
depreciação por mais 4 (quatro) anos, pois o período de Vida Útil Futura (PUF) é de 8 anos, sendo que o
Período de Utilização do Bem (PUB) foi 4 anos, devendo ser definida a alíquota de depreciação anual e
o valor residual do bem, conforme regulamentado no âmbito municipal.
23.6 Nas reavaliações de veículos poderão ser utilizadas as publicações especializadas, bem como
planilhas e laudos de vistoria e avaliação de veículos, que servirão como referências.
23.6.1 Para a reavaliação de obras de arte e material bibliográficos, a Comissão Permanente ou Especial
de Avaliação deverá contar com assessoramento de um especialista (artista plástico, biblioteconomista).
23.6.2 As demais reavaliações de bens, poderá ser utilizada a legislação do imposto de renda até
regulamentação definitiva como referência.
23.7 Na avaliação de bens imóveis (ruas, praças, edifícios, pontes, estradas, rios, lagos e, outros) a
Comissão deverá ser composta, na sua maioria, por engenheiros em suas diversas especialidades, nos
termos da Resolução 345/90 – CONFEA – Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia –
http://normativos.confea.org.br.
23.7.1 Na impossibilidade de compor comissão permanente ou especial para avaliação de bens imóveis
por profissionais habilitados, deverá a área de patrimônio solicitar a contratação de empresa
especializada para a realização dos laudos de avaliação dos bens imóveis pertencentes ao Município.
23.8 Avaliação e reavaliação são atividades inerentes a servidores efetivos, os métodos aqui sugeridos
são referenciais, cabendo ao Grupo de Trabalho definir por consenso.
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24.2.1 imobilizados são bens e direitos destinados às atividades do órgão, tais como: terrenos, edifícios,
máquinas e equipamentos, veículos, móveis e utensílios, obras em andamento para uso próprio e outros;
24.2.2 bens intangíveis são aqueles que não possuem existência física, porém, representam uma
aplicação de capital indispensável aos objetivos sociais, como marcas e patentes, fórmulas ou processos
de fabricação, direitos autorais, autorizações ou concessões, ponto comercial e fundo de comércio.
24.3 Os bens incorporados ao patrimônio público municipal por aquisição, construção e doação a partir
de 01 de janeiro de 2016, deverão sofrer depreciação nos termos desse regulamento e as Portarias da
STN conforme as NBCASP.
25 MENSURAÇÃO E RECONHECIMENTO
25.1.2 vida útil dos bens em uso determinada por laudo de avaliação elaborado por comissão designada
para essa finalidade podendo ser assistida por empresa especializada na adoção inicial dos
procedimentos;
25.1.3 estimativa de vida útil de bens novos, conforme critérios aceitáveis e constantes da
regulamentação do Município;
25.1.5 valor da parcela que deve ser reconhecida no resultado como decréscimo patrimonial – Variação
Patrimonial Diminutiva – VPD, e, no Balanço Patrimonial, representada em conta redutora do ativo –
Depreciação/Amortização Acumulada.
25.2.2 a depreciação e a amortização devem ser reconhecidas até que o valor líquido contábil do ativo
seja igual ao valor residual;
25.2.3 após o período de vida útil e esgotado o valor depreciado e o valor liquido do bem for igual ao
valor residual, será submetido à reavaliação anual e apurado o valor atualizado inferior ao valor residual
será considerado perda de patrimônio;
25.2.4 os bens classificados como inservíveis na condição de antieconômico e irrecuperável deverão ser
disponibilizados e desafetados para fins de alienação imediata;
25.3 Os bens patrimoniais que ao final da vida útil apresentar valor inferior ao definido nesse
regulamento, serão baixados e passarão a ser controlados por relação carga.
25.4 A existência de laudo lavrado por especialista ou comissão não é condição para definição de valores
de bens que serão tombados.
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26 ESTIMATIVA DA VIDA ÚTIL ECONÔMICA E ALÍQUOTA E INÍCIO DA DEPRECIAÇÃO
26.1 A estimativa de vida útil econômica do bem é o período que é considerado servível e atende às
necessidades da Administração Pública, nas condições de uso que estiver sendo submetido.
26.2 Alíquota (taxa) de depreciação é o percentual aplicado sobre o valor depreciável do bem a título
de depreciação do ativo imobilizado corresponde à diminuição do valor dos elementos ali classificáveis,
resultante do desgaste pelo uso, ação da natureza ou obsolescência normal.
26.3 No momento da estimativa da vida útil econômica de um ativo devem ser considerados os
seguintes fatores:
26.3.1 o tempo pelo qual o ativo manterá a sua capacidade para gerar benefícios futuros para o órgão da
Administração Pública;
26.3.2 os aspectos técnicos referentes ao desgaste físico e a obsolescência do bem, tais como: a
utilização ininterrupta do bem pode abreviar a sua vida útil, como é caso dos veículos utilizados na
limpeza pública e abastecimento de máquinas na zona rural, e outros;
26.3.3 para os bens da mesma natureza, mas que são submetidos a condições de uso diferenciadas,
poderá ser definido período de vida útil diferente e classificados por classe e aplicada a alíquota de
depreciação diferenciada;
26.3.4 a estimativa da vida útil do ativo deve ser feita com base na experiência da entidade com ativos
semelhantes de cada órgão podendo estabelecer o tempo de vida útil e os percentuais de valores
residuais, de acordo com as características e particularidades da utilização dos seus bens, nos moldes
apresentados na tabela de referência constante neste regulamento.
26.3.5 A Controladoria Geral do Município, por Ato Normativo, poderá estabelecer tabela de referência,
conforme modelo demonstrado no quadro abaixo:
TABELA DE REFERÊNCIA
CONTA VIDA ÚTIL VALOR
CLASSE DOS BENS
CONTÁBIL (ANOS) RESIDUAL %
1.2.2.2.02.01.001 Sede (Edifícios) 25 10%
1.2.2.2.02.01.002 Subsedes /Salas/Garagens 25 10%
1.2.2.2.03.01.001 Móveis e Utensílios Administrativos 10 10%
1.2.2.2.03.01.002 Máquinas e Equipamentos Pesados 10 10%
1.2.2.2.03.01.004 Utensílios de Copa e Cozinha 10 10%
Veículos de Uso Administrativo 10 10%
1.2.2.2.03.01.005
Veículo de Uso Manutenção 5 10%
1.2.2.2.03.01.006 Equipamentos de Processamento de dados 5 10%
1.2.2.2.03.01.007 Sistema de Processamento de Dados – Software (amortização) 5 10%
* Tabela Sugerida na Instrução de Trabalho 004, de 26 de janeiro de 2012, expedida pela Vice-presidência de Controle Interno
do Conselho Federal de Contabilidade. https://cfc.org.br/wp-content/uploads/2015/12/CFC_INT_VCPI-
004_2012_DEPRECIACAO_Final.pdf
26.4 Não é necessário que o Município possua uma tabela única de depreciação, sendo possível que
determinados bens sejam depreciados a taxas diferentes; essas particularidades devem ser
evidenciadas em notas explicativas ou em laudos de avaliação.
26.5 O Município utilizará o prazo de vida útil e as alíquotas anuais de depreciação conforme as
peculiaridades de sua gestão.
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26.5.1 Conforme preceitua esse regulamento, um veículo que se destina aos serviços administrativos
pode não ter a mesma vida útil daquele utilizado pela área de obras, pois a quilometragem e as
condições de uso entre os dois veículos são diferentes, o que ocasiona vida útil diferenciada.
26.6 Os terrenos e edifícios são ativos separáveis e são contabilizados separadamente, mesmo quando
sejam adquiridos conjuntamente.
26.6.1 Os edifícios (edificações) têm vida útil limitada e são ativos depreciáveis.
26.7 A reavaliação de um terreno poderá proporcionar aumento de seu valor no qual um edifício esteja
construído, o que não afetará a determinação do montante depreciável do edifício.
26.8 O valor depreciável de um ativo deve ser alocado de forma sistemática ao longo da sua vida útil
estimada, sendo determinado após a dedução de seu valor residual.
26.9 O tempo de vida útil de referência relativa à alíquota (taxa) de depreciação e os percentuais do
valor residual constam deste regulamento (alíquota de depreciação de ativos), que deverão ser
adequados de acordo com órgãos que integram a Administração Municipal.
26.9.1 A alíquota de depreciação de ativos mencionada neste item poderá sofrer variação de
acordo com o período de vida útil, alíquota de depreciação anual e valor residual para bens de uso
normal, classificados nas classes a serem definidas pelo órgão gestor , considerando as condições
de sua utilização em condições peculiares sendo possível sua inclusão em classe específica.
26.9.2 A área de patrimônio aprovará a criação de classes necessárias para classificação dos
bens municipais, definindo especificação do bem, prazo de vida útil, alíquota de depreciação e valor
residual.
26.10 A depreciação será iniciada no mês seguinte à aquisição, incorporação ou tombamento e sua
efetiva utilização, não devendo haver depreciação em fração menor que 1 (um) mês.
26.11 Mediante comprovação de critérios técnicos e legais poderá a área de patrimônio registrar a
depreciação dos bens municipais quadrimestralmente mediante anuência da Contabilidade Geral e
Controladoria Geral do Município.
26.12 Em casos, cujo valor do bem adquirido e o valor da depreciação no primeiro mês são relevantes,
admite-se, em caráter de exceção, a depreciação em fração menor do que 1 (um) mês, devidamente
detalhado em notas explicativas.
26.13 No caso de reformas ou manutenções, não anuais, de valores relevantes, o ativo que sofre a
reforma ou a manutenção deve ser depreciado separadamente, e o gasto da reforma ou manutenção
deve ser ativado após a conclusão, para depreciação pelo período de vida útil estimado no Anexo de
referência.
26.14 A depreciação de bens imóveis (construções e edificações) deve ser calculada com base,
exclusivamente, no custo de construção, valor de mercado e capacidade de gerar benefícios, não
computado no cálculo o valor dos terrenos.
27 ACERVOS BIBLIOGRÁFICOS
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27.1.1 no início da vigência deste regulamento avaliar o acervo bibliográfico existente e estimar sua vida
útil, registrando-o no patrimônio como Lote de 01 para efeito de depreciação.
27.1.2 Após o procedimento inicial, as demais aquisições deverão ser registradas como novos lotes,
dando sequência à numeração inicial, como segue:
27.2 Os livros das bibliotecas públicas não devem ser tombados como bens permanentes nos termos
do art. 18 da Lei Federal 10.753/03.
27.2.1 Os livros das bibliotecas das escolas ou qualquer outro tipo de biblioteca de uso restrito são bens
permanentes.
28.1 Os métodos de depreciação e amortização devem ser compatíveis com a vida útil econômica do
ativo e aplicado uniformemente.
28.1.1 A critério do órgão gerenciador dos bens poderá adotar mais de um método de depreciação para
bens individualizados, devendo justificar a razão da escolha em notas explicativas.
28.2 O método de depreciação deve refletir o padrão em que os benefícios econômicos futuros ou
potencial de serviços do ativo devem ser consumidos pela entidade.
28.3 Vários métodos de depreciação podem ser utilizados para alocar de forma sistemática o valor
depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil desde que seja demonstrado sua viabilidade.
28.4 Não é regra que todos os bens sejam depreciados pelo mesmo método, podend o ser utilizado
métodos específicos para classes de bens ou em unidades administrativas diferentes, devendo
constar as justificativas e razões da escolha em notas explicativas.
28.5 Os métodos de cálculo dos encargos de depreciação admitidos pelas Normas Brasileiras de
Contabilidade Aplicada ao Setor Público – NBCASP, são:
29.1 Será adotado como método prioritário na Administração Pública Municipal o método das cotas
lineares ou constantes, utilizando a mesma taxa de depreciação durante a vida útil do ativo;
29.2 Exemplos de cálculos de depreciação de bens utilizando o método das cotas lineares ou
constantes:
29.2.1 o método das cotas lineares utiliza-se da alíquota (taxa) de depreciação constante durante a vida
útil do ativo;
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29.2.2 o valor da depreciação será calculado pela fórmula:
VB = Valor do Bem
VR = Valor Residual
VU = Vida Útil
VB − VR
Depreciação =
VU
29.2.3 exemplificando: Caso Prático: um órgão pretende realizar a depreciação de um bem utilizando
o método das cotas lineares, com as seguintes informações:
• o valor bruto contábil é R$: 2.600,00 (dois mil e seiscentos reais);
• foi determinado o valor residual de R$: 600,00 (seiscentos reais);
• valor depreciável de R$: 2.000,00 (dois mil reais);
• a vida útil do bem é de 5 (cinco) anos, conforme a política da entidade.
2.600,00 − 600,00 2.000,00
Depreciação = = = 400,00
5 5
Depreciação anual no valor de R$: 400,00 (quatrocentos reais) dividido por 12 meses
correspondem um valor mensal de R$: 33,33 (trinta e três reais e trinta e três centavos).
29.2.4 O quadro abaixo demonstra os cálculos utilizando o Método Depreciação – Cotas Lineares:
30.1 O Método das Somas dos Dígitos é o método que resulta em uma alíquota (taxa) decrescente
durante a vida útil do bem, o valor da depreciação será calculado pela seguinte fórmula:
VU = Vida Útil
ΣVU = Soma dos dígitos da Vida Útil
VD = Valor Depreciável
(VU) VD
Depreciação =
VU
30.1.1 exemplificando: Caso Prático:
Um órgão pretende realizar a depreciação de um bem utilizando o método da soma dos dígitos
com as seguintes informações:
• o valor bruto contábil (conforme tombamento) é R$ 2.600,00 (dois mil e seiscentos reais);
• foi determinado o valor residual de R$: 600,00 (seiscentos reais);
• valor depreciável de R$ 2.000,00 (dois mil reais);
• a vida útil do bem é de cinco anos, conforme a política da entidade;
Depreciação primeiro ano
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5 2.000,00 10.000,00
= = 666,67 anual
15 15
Depreciação anual no valor de R$: 666,67 (seiscentos e sessenta e seis reais e sessenta e
sete centavos) dividido por 12 meses, corresponde um valor mensal de R$: 55,55 (cinquenta e
cinco reais e cinquenta e cinco centavos).
Depreciação segundo ano
4 2.000,00 8.000,00
= = 533,33 anual
15 15
30.1.2 O quadro abaixo demonstra os cálculos utilizando o método depreciação – soma dos dígitos:
VALOR TOMBADO POR AQUISIÇÃO CONFORME NOTA FISCAL 2.600,00
DEPRECIAÇÃO VALOR
ANO DEPRECIAÇÃO DEPRECIAÇÃO
ACUMULADA VIDA ÚTIL DO LÍQUIDO
(dígitos) ANUAL MENSAL
BEM CONTÁBIL
1 666,67 55,56 666,67 1.933,33
2 533,33 44,44 1.200,00 1.400,00
3 400,00 33,33 1.600,00 1.000,00
4 266,67 22,22 1.866,67 733,33
5 133,33 11,11 2.000,00 600,00
15 2.000,00
VALOR RESIDUAL 600,00
* Apuração de Resultados: Soma dos anos (dígitos) (ΣVU=1+2+3+4+5=15) aplica-se o último ano (5)/15*o valor depreciável =
2.000,00 = 666,67: Resumindo: 5/15*2.000,00 = 666,67 - 4/15*2.000,00 = 533,33 – 3/15*2.000,00 = 400,00 – 2/15*2.000,00 =
266,67 – 1/15*2.000,00 = 133,33.
31.1 O método das unidades produzidas resulta em uma alíquota (taxa) baseada no uso ou produção
esperada, a vida útil do bem é determinada pela capacidade de produção;
31.2 Exemplificando: Caso Prático: um órgão pretende realizar a depreciação de um bem utilizando o
método das unidades produzidas, com as seguintes informações:
• o valor bruto contábil (conforme tombamento) é R$ 2.600,00 (dois mil e seiscentos reais);
• foi determinado o valor residual de R$ 600,00 (seiscentos reais);
• o valor depreciável é de R$ 2.000,00 (dois mil reais);
• a vida útil do bem é determinada pela capacidade de uso que é igual a 5.000 cópias, sendo 500
cópias ao ano (10%), conforme a política da entidade;
• a alíquota (taxa) de depreciação ao ano é de 10%.
31.3 o quadro abaixo demonstra os cálculos utilizando o método depreciação – unidades produzidas:
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VALOR TOMBADO POR AQUISIÇÃO CONFORME NOTA FISCAL 2.600,00
DEPRECIAÇÃO
DEPRECIAÇÃO ANUAL DEPRECIAÇÃO VALOR
ANO ACUMULADA - VIDA ÚTIL
(10%) MENSAL CONTÁBIL LÍQUIDO
DO BEM
1 200,00 16,67 200,00 2.400,00
2 200,00 16,67 400,00 2.200,00
3 200,00 16,67 600,00 2.000,00
4 200,00 16,67 800,00 1.800,00
5 200,00 16,67 1.000,00 1.600,00
6 200,00 16,67 1.200,00 1.400,00
7 200,00 16,67 1.400,00 1.200,00
8 200,00 16,67 1.600,00 1.000,00
9 200,00 16,67 1.800,00 800,00
10 200,00 16,67 2.000,00 600,00
VALOR RESIDUAL 600,00
32.1.1 edifícios e construções (a partir da conclusão e/ou início de utilização, o valor da edificação deve
ser destacado do valor do terreno);
32.1.4 os veículos, equipamentos e máquinas de todos os portes utilizados para desempenhar atividades
operacionais e administrativas do ente federado;
32.2.2 prédios ou construções não alugados e não utilizados pelo órgão na execução de suas atividades
ou destinados à alienação;
32.2.3 bens móveis de natureza cultural, tais como obras de artes, antiguidades, documentos, bens com
interesse histórico, bens integrados em coleções, entre outros, os quais normalmente aumentam de valor
com o tempo;
32.2.4 bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos, considerados tecnicamente
de vida útil indeterminada;
33.1 Ativos intangíveis amortizáveis são ativos sem substância física, identificáveis, controlados pelo
órgão e geradores de benefícios econômicos futuros ou serviços potenciais.
33.2 Caso as características mencionadas no item anterior não sejam atendidas, os gastos incorridos
devem ser reconhecidos como Variação Patrimonial Diminutiva – VPD.
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33.3 São exemplos de ativos intangíveis amortizáveis:
33.3.1 softwares;
33.4 Alguns ativos intangíveis podem estar contidos em elementos que possuem substância física,
como um disco (como no caso de software), documentação jurídica (no caso de licença ou patente) ou
em um filme.
33.5 Para saber se um ativo contém elementos intangíveis e tangíveis e se deve ser tratado como ativo
imobilizado, a entidade avalia qual elemento é mais significativo, tais como: um software de uma
máquina-ferramenta controlada por computador que não funciona sem esse software específico é parte
integrante do referido equipamento, devendo ser tratado como ativo imobilizado; o mesmo se aplica ao
sistema operacional de um computador, quando o software não é parte integrante do respectivo
hardware, ele deve ser tratado como ativo intangível.
33.6.1 aquisição separada: neste caso, o preço que a entidade paga para adquirir separadamente um
ativo intangível. Exemplo: Pacote Office;
33.6.2.1 fase de pesquisa – os gastos referentes à fase de pesquisa de um projeto devem ser
considerados como Variação Patrimonial Diminutiva – VPD – despesa;
33.6.3 aquisição por meio de transações sem contraprestação: ocorre quando outra entidade do setor
público transfere ativos intangíveis à outra entidade a título de doação.
33.7 O Município deve classificar a vida útil do ativo intangível em definida e indefinida;
33.7.1 se a vida útil for definida, deve avaliar também a duração e o volume de geração de benefícios
econômicos futuros ou outros fatores semelhantes que formam essa vida útil.
33.7.2 Deve atribuir vida útil indefinida a um ativo intangível quando, com base na análise de todos os
fatores relevantes, não existir um limite previsível para o período durante o qual o ativo deverá gerar
fluxos de caixa líquidos positivos, ou fornecer serviços para a entidade; neste caso não será feita a
amortização.
33.8 a amortização de ativos intangíveis com vida útil definida deve ser iniciada a partir do momento em
que o ativo estiver disponível para uso;
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33.9 A amortização deve cessar na data em que o ativo é totalmente amortizado, ou na data em que
ele é baixado, o que ocorrer primeiro.
33.10 A amortização para cada período deve ser reconhecida no resultado, contra uma conta retificadora
do ativo.
33.11 Vários métodos de amortização podem ser utilizados para alocar de forma sistemática o valor
amortizável de um ativo ao longo da sua vida útil, dentre os métodos destaca-se o da linha reta (linear ou
constante), o da soma dos dígitos e o de unidades produzidas, sendo prioritário o método linear, como já
mencionado anteriormente.
33.12 Deve-se presumir que o valor residual de um ativo intangível com vida útil definida é zero, exceto
quando:
33.12.1 haja compromisso de terceiro para comprar o ativo ao final da sua vida útil;
33.12.2.2 seja provável que esse mercado continuará a existir ao final da vida útil do ativo.
33.13 O valor amortizável de ativo com vida útil definida é determinado após a dedução de seu valor
residual.
33.13.1 Um valor residual diferente de zero implica que a entidade espera a alienação do ativo
intangível antes do final de sua vida econômica.
33.14 O ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado.
33.14.1 A entidade deve comparar o valor recuperável com o seu valor contábil sempre que existir
indícios de que o ativo intangível pode ter perdido valor.
34.1 A aquisição de ativos que sofrem depreciação ou amortização representa, em geral, um fato
permutativo, realizando-se despesas de capital na sua execução orçamentária; assim, na aquisição de
um veículo, por exemplo, ocorre o seguinte lançamento:
SUBSISTEMA SUBSISTEMA
EVENTO DESCRIÇÃO ORÇAMENTÁRIO PATRIMONIAL
DÉBITO CRÉDITO DÉBITO CRÉDITO
34.2 A Variação Patrimonial Diminutiva – VPD de depreciação mensal deve ser reconhecida no resultado
patrimonial em contrapartida de uma conta retificadora do ativo, conforme o exemplo no quadro abaixo, o
lançamento no momento da depreciação será:
SUBSISTEMA SUBSISTEMA
EVENTO DESCRIÇÃO ORÇAMENTÁRIO PATRIMONIAL
DÉBITO CRÉDITO DÉBITO CRÉDITO
Depreciação Mensal de Bens 3.3.1.1.01.01.00
3.7.7.1.001 - - 1.2.2.2.03.01.XXX
Móveis 3
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34.3 A alienação dos bens consiste na operação que transfere o direito de propriedade do material
mediante venda, permuta ou doação.
34.5 Se o Poder Executivo ou Autarquia realiza a alienação de veículos por meio de licitação pública
(convite, leilão ou concorrência), a alienação pode obter três resultados:
34.5.1 ganho com alienação (alienado por valor acima do valor contábil, valor residual ou valor
recuperável);
34.5.2 perda com alienação (alienado por valor abaixo do valor contábil, valor residual ou valor
recuperável);
34.5.3 resultado nulo (alienado por valor igual ao valor contábil, valor residual ou valor recuperável).
34.6 O ganho com alienação significa que o valor de venda do veículo foi superior ao valor contábil
líquido, ou seja, um veículo no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais) com depreciação acumulada de
R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) foi alienado pelo valor de R$: 50.000,00 (cinquenta mil reais). O
ganho com alienação foi de R$: 10.000,00 (dez mil reais) (valor alienação ( -) valor contábil => R$
50.000,00 (-) R$ 40.000,00), o lançamento no momento da alienação será conforme quadro abaixo:
34.7 A perda com alienação significa que o valor de venda do veículo foi inferior ao valor contábil
líquido, ou seja, um veículo no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais) com depreciação acumulada de
R$ 60.000,00 (sessentas mil reais) foi alienado pelo valor de R$ 30.000.00 (trinta mil reais). A perda com
alienação foi de R$ R$ 10.000,00 (dez mil reais) (valor da alienação (-) valor contábil => R$ 30.000,00
(-) R$ 40.000,00), o lançamento no momento da alienação será conforme quadro abaixo:
SUBSISTEMA
SUBSISTEMA PATRIMONIAL
EVENTO DESCRIÇÃO ORÇAMENTÁRIO
DÉBITO CRÉDITO DÉBITO CRÉDITO
1.1.1.1.03.XX.XXX
R$: 30.000,00
Alienação de
6.2.9.1.01.01.002 6.2.2.2.01.01.XXX 1.2.2.2.03.01.XXX 1.2.2.2.01.01.XXX
2.6.1.1.002 bens móveis
R$: 30.000,00 R$: 30.000,00 R$: 10.000,00 R$: 100.000,00
com perda
3.7.1.1.01.01.00 R$:
10.000,00
34.8 A alienação pode ocorrer de forma que o valor de venda do veículo seja igual ao valor contábil
líquido, ou seja, um veículo no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais) com depreciação acumulada de
R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) foi alienado pelo valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), não há
perda ou ganho com alienação, sendo: (valor alienação (-) valor contábil => R$ 40.000,00 (-) R$
40.000,00), o lançamento no momento da alienação será conforme quadro abaixo:
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34.9 A baixa de bem por perda involuntária é o detrimento do ativo por ação de danos climáticos,
incêndios, roubos, etc registrará da seguinte forma: exemplo considere um veículo no valor de R$
100.000,00 (cem mil reais) com depreciação acumulada de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais); sofreu
perda total devido a incêndio involuntário no local de estacionamento. Assim, o valor desta perda será de
R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) sendo: (valor do bem (-) valor depreciação acumulada => R$
100.000,00 (-) R$ 60.000,00) o lançamento no momento da perda será conforme quadro abaixo:
34.10 A doação é uma das formas de desfazimento dos bens patrimoniais, como exemplo considere um
veículo no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais) com depreciação acumulada de R$ 60.000,00
(sessenta mil reais) que foi doado pelo Estado a Município. Assim o valor desta doação será de R$
40.000,00 (quarenta mil reais) sendo: (valor do bem (-) valor depreciação acumulada => R$ 100.000,00
(-) R$ 60.000,00), o lançamento no momento da doação será conforme quadro abaixo:
34.11 os códigos de lançamentos poderão ser alterados conforme alterações do Plano de Contas
Aplicado ao Setor Público - PCASP, publicado pela Secretaria do Tesouro Nacional.
35 CATALOGAÇÃO E RECONHECIMENTO
35.1 A catalogação de bens é a identificação de todos os bens tombados pelo órgão, organizados por
sua natureza e por unidade administrativa com informações que possam identificar sua especificação,
seu valor contábil e os responsável pela sua guarda, quando concluída, é denominado, inventário
analítico.
35.2 As reavaliações devem ser feitas utilizando-se o valor justo ou o valor de mercado conforme
disposto neste regulamento, na data de encerramento do Balanço Patrimonial, pelo menos:
35.2.1 anualmente, para as contas ou grupo de contas cujos valores de mercado variar significativamente
em relação aos valores anteriormente registrados e para os bens registrados pelo valor residual, com
vida útil expirada;
35.3 A reavaliação é a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo,
quando esse for superior ao valor líquido contábil, como já mencionado neste regulamento.
35.3.1 Na impossibilidade de se estabelecer o valor de mercado, o valor do ativo pode ser definido com
base em parâmetros de referência que considerem características, circunstâncias e localizações
assemelhadas. A título de exemplo: as fontes de informação para a avaliação do valor de um bem são o
valor do metro quadrado do imóvel em determinada região, ou a tabela FIPE no caso de veículos
(https://veiculos.fipe.org.br/).
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35.3.2 As formas de estimar o valor da reavaliação são:
35.3.2.2 compra de um bem com as mesmas características e o mesmo estado físico do bem objeto da
reavaliação.
35.3.3 Se um item do ativo imobilizado for reavaliado, é necessário que toda a classe/grupo de contas do
ativo imobilizado à qual pertence esse ativo seja reavaliada, ou seja, não é possível reavaliar um único
veículo de uma frota inteira.
35.3.4 Caso ocorram situações de reavaliação e de redução ao valor recuperável no mesmo grupo de
contas, devem ser realizados lançamentos distintos para cada caso.
35.4.1 a reavaliação de ativos intangíveis que não tenham sido previamente reconhecidos como ativos;
35.5 Caso um ativo intangível em uma classe de ativos intangíveis não possa ser reavaliado porque não
existe mercado ativo para ele, este somente pode ser mensurado pelo custo menos a amortização
acumulada e a perda por irrecuperabilidade.
35.6 Caso o órgão receba, em doação ou cessão, um bem a ser depreciado que já tenha sido utilizado
anteriormente à sua posse por outro órgão, pode-se estabelecer como novo prazo de vida útil para o
bem:
35.6.1 metade do tempo de vida útil dessa classe de bens de acordo com as normas definidas por este
regulamento;
35.6.2 resultado de uma avaliação técnica que defina o tempo de vida útil pelo qual o bem ainda poderá
gerar benefícios para o Município;
35.6.3 restante do tempo de vida útil do bem, levando em consideração a primeira instalação desse bem.
35.7 Os bens que passaram por reavaliação ou redução a valor recuperável, durante a vida útil, a
depreciação e/ou a amortização devem ser calculadas e registradas sobre o novo valor, ainda, se estes
procedimentos provocarem alteração da capacidade de geração de benefícios futuros de um bem, não
causam modificações na tabela de vida útil.
36.1 No momento de implementação das normas descritas neste regulamento, por se tratar de uma
mudança na política contábil, será necessário realizar ajustes de exercícios anteriores, efetuando
lançamentos cuja contrapartida será diretamente o patrimônio líquido.
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36.1.1 Será tomado como base o Laudo de Avaliação fornecido pela área de Patrimônio (assinados por
Engenheiros) ou por empresa contratada. Os valores dos bens patrimoniais serão atualizados na
Contabilidade e no sistema de controle patrimonial. O lançamento para aumento do valor dos ativos será
conforme quadro abaixo:
SUBSISTEMA
SUBSISTEMA PATRIMONIAL
EVENTO DESCRIÇÃO ORÇAMENTÁRIO
DÉBITO CRÉDITO DÉBITO CRÉDITO
Reavaliação de
2.9.2.1.001 Bens (Valorização do - - 1.2.2.X.X.XX.XXX 2.3.1.1.01.01.001
Ativo) - 1º Reavaliação
36.1.2 no decorrer dos exercícios, quando o órgão realizar a reavaliação dos bens patrimoniais, os
lançamentos contábeis serão realizados em contrapartida de Variação Patrimonial Aumentativa – VPA
“ganho na reavaliação de ativos”. A título de exemplo: considere que o Município efetuou a reavaliação,
por meio de comissão ou empresa contratada de determinados móveis e utensílios e obteve os
seguintes dados:
36.1.2.1 valor líquido contábil em 31/12/XX => R$ 1.300,00 (um mil e trezentos reais);
36.1.2.2 valor de mercado em 31/12/XX => R$ 1.700,00 (um mil e setecentos reais);
SUBSISTEMA
SUBSISTEMA PATRIMONIAL
EVENTO DESCRIÇÃO ORÇAMENTÁRIO
DÉBITO CRÉDITO DÉBITO CRÉDITO
Reavaliação de
2.9.2.1.00 4.5.1.1.01.01.
Bens (Valorização - - 1.2.2.X.XX.XX.XX
2 001
do Ativo) X
37 IMPARIDADE
37.1 Ocorre a imparidade patrimonial quando se efetiva a discrepância entre o verdadeiro e o avaliado.
37.2 Deve-se tomar cuidado com imparidade aparente. Verifique se não é o caso de alteração na vida
útil remanescente e o cálculo da depreciação com ou sem valor residual.
37.2.1 Exemplificando: A entidade que compra um computador por R$: 3.000,00 e no dia seguinte esse
mesmo computador estará sendo transacionado por R$: 2.500,00, nesse caso não existem imparidade,
uma vez que o valor de uso do computador adquirido não se alterou, ele foi adquirido para desenvolver
um determinado trabalho durante um determinado período de tempo e isso não se alterou, assim não há
qualquer redução do ativo relativamente à diferença de preço.
37.3 A imparidade tecnológica ocorre quando um bem adquirido perde sua capacidade de produção em
decorrência da existência de outro bem no mercado que supere sua viabilidade de uso.
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computadorizado que tem capacidade de realizar 60.000 exames mês, o que inviabiliza a manutenção
do tomógrafo antigo em decorrência a prefeitura vê-se forçada a comprar o novo tomógrafo (maior
capacidade) e vender ou utilizar o aparelho antigo em conjunto com o novo.
37.3.1.1 No caso demonstrado, verifica-se uma perda de valor permanente do antigo tomógrafo, uma
vez que ele tem reduzida a sua utilidade frente a novo equipamento (menor capacidade de gerar
serviço). O seu valor de uso é reduzido e neste caso deverá ser verificado se o tomógrafo antigo terá
algum valor de realização para a venda;
37.3.1.2 O maior dos valores (valor de uso e valor de realização) corresponde ao valor recuperável;
o valor líquido contábil não pode exceder o valor recuperável. Se isso acontecer, reconhece-se uma
perda por imparidade;
38.1.1 O lançamento para redução do valor dos ativos será conforme quadro abaixo:
SUBSISTEMA SUBSISTEMA
EVENTO DESCRIÇÃO ORÇAMENTÁRIO PATRIMONIAL
DÉBITO CRÉDITO DÉBITO CRÉDITO
Ajuste para redução a valor
3.9.5.1.001 - - 2.3.1.1.01.01. 1.2.2.X.XX.XX.
recuperável - 1º Ajuste
001 XXX
38.2 No decorrer dos exercícios, quando o Município realizar a redução a valor recuperável dos bens
patrimoniais, os lançamentos contábeis serão realizados em contrapartida de Variação Patrimonial
Diminutiva – VPD “redução a valor recuperável”.
38.2.1 Exemplificando: Considere que o Município efetuou teste de recuperabilidade, por meio de
comissão especial de avaliação ou empresa contratada de determinados móveis e utensílios e obteve os
seguintes dados:
SUBSISTEMA SUBSISTEMA
EVENTO DESCRIÇÃO ORÇAMENTÁRIO PATRIMONIAL
DÉBITO CRÉDITO DÉBITO CRÉDITO
Ajuste para redução a valor 3.7.1.1.01.01.0 1.2.2.X.XX.XX.X
3.9.5.1.002 - -
recuperável 01 XX
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39 NOTAS EXPLICATIVAS
39.1 As Notas Explicativas – NE, são partes integrantes das demonstrações contábeis, contêm
informações adicionais em relação à apresentada no corpo dessas demonstrações e oferecem
descrições narrativas ou segregações e aberturas de itens anteriormente divulgados, além de
informações acerca de itens que não se enquadram nos critérios de reconhecimento nas demonstrações
contábeis.
39.1.2 As informações contidas nas Notas Explicativas devem ser relevantes, complementares ou
suplementares àquelas não suficientemente evidenciadas ou não constantes no corpo das
demonstrações contábeis;
39.1.3 Nas Notas Explicativas poderá ainda incluir divulgações sobre os riscos e incertezas que afetem a
entidade e quaisquer recursos e/ou obrigações para os quais não exista obrigatoriedade de serem
reconhecidos no Balanço Patrimonial.
39.1.4 Nas Notas Explicativas incluem os critérios utilizados na elaboração das demonstrações
contábeis, das informações de naturezas patrimonial, orçamentária, econômica, financeira, legal, física,
social e de desempenho e outros eventos que possam auxiliar no entendimento da demonstração
apresentada.
39.2.1 informação acerca da base para a elaboração das demonstrações contábeis e das políticas e
critérios contábeis específicos utilizados;
39.2.2 evidenciar a informação requerida pelas normas de contabilidade aplicáveis, que não tenha sido
apresentada nas demonstrações contábeis;
39.2.3 prover informação adicional que não tenha sido apresentada na apresentação principal das
políticas contábeis adotadas para o reconhecimento de variação patrimonial aumentativa de transações
sem contraprestação;
39.2.5 as principais classes de variação patrimonial aumentativa tributária que a entidade não pode
mensurar de maneira confiável durante o período no qual o fato gerador ocorre, as informações sobre a
natureza do tributo demonstrações contábeis, mas que seja relevante para a sua compreensão;
39.2.6 explicar metodologia adotada para alcançar resultados e fonte de informações e fundamentação
legal;
39.2.7 apresentar tabelas, gráficos e planilhas que facilitem o entendimento e a comparabilidade das
demonstrações contábeis;
39.3 As Notas Explicativas podem ser apresentadas tanto na forma descritiva como forma de quadros
analíticos, ou mesmo englobar outras demonstrações complementares necessárias para a melhor
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evidenciação dos resultados e da situação financeira da entidade, fazendo uso dos instrumentos de
transparência impostos pela Lei Complementar nº. 101, de 04 de maio de 2000.
39.3.1 Deve ser evidenciado em Notas Explicativas o critério de mensuração ou avaliação dos ativos do
imobilizado obtidos a título gratuito, bem como a eventual impossibilidade de sua valoração,
devidamente justificada.
39.3.2 No caso de cessão de uso de bens, permissão ou transferência temporária sem caracterizar
doação ou aquisição, o bem deverá ser tombado com valor patrimonial, adotando as notas explicativas
para assegurar essa condição.
39.4 As demonstrações contábeis devem divulgar, para cada sub elemento do imobilizado ou intangível
uma Nota Explicativa, contendo:
39.4.1 os critérios de mensuração utilizados para determinar o valor contábil bruto (Ex.: Custo de
Aquisição mais custos acessórios);
39.4.2 o método utilizado, a vida útil econômica e a alíquota (taxa) utilizada para depreciação;
39.4.3 o valor contábil bruto e a depreciação e a amortização acumuladas no início e no fim do período
ou outro método utilizado;
39.4.4 as mudanças nas estimativas em relação a valores residuais, vida útil econômica, método e taxa
utilizados;
39.4.5 o valor contábil bruto e a depreciação acumulada (mais as perdas por redução ao valor
recuperável acumulada) no início e no final do período;
39.4.6 o critério de mensuração ou avaliação dos ativos intangíveis obtidos a título gratuito;
39.4.7.1 adições;
39.4.7.2 baixas;
39.4.7.3 aumentos ou reduções decorrentes de reavaliações e perda por redução ao valor recuperável
de ativos reconhecida ou revertida diretamente no patrimônio líquido;
39.5 A seleção do método de depreciação e a estimativa da vida útil dos ativos são questões de
julgamento, a divulgação dos métodos adotados e das estimativas das vidas úteis ou das alíquotas
(taxas) de depreciação fornece aos usuários das demonstrações contábeis informação que lhes permite
revisar as políticas selecionadas pelo Município e facilita comparações.
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39.6 Caso um grupo do ativo imobilizado seja contabilizado a valores reavaliados, recomenda-se a
seguinte divulgação em Notas Explicativas:
39.6.2 os nomes que compõem a comissão permanente ou especial de avaliação ou dados da empresa
especializada contratada para subsidiar nessa função;
39.6.3 os métodos e premissas significativos aplicados à estimativa do valor justo dos itens que
compõem o patrimônio;
39.6.4 o valor justo dos itens e se foi determinado diretamente a partir de preços observáveis em
mercado ativo ou baseado em transações de mercado recentes realizadas sem favorecimento entre as
partes ou se foi estimado usando outras técnicas de avaliação.
39.7 As Notas Explicativas serão elaboradas e assinadas pelo Contador Geral do Município, que
contará com informações técnicas das unidades administrativas que deram origem as informações que
afetaram as demonstrações patrimoniais.
39.8 O Balanço Patrimonial possuirá coluna específica onde será inserida o número da nota explicativa
correspondente à conta específica e serão agrupadas em ordem cronológica no final das demonstrações
contábeis.
39.8.1 Para cada conta do Balanço Patrimonial será emitida uma nota explicativa evidenciando os
resultados do exercício atual e do exercício anterior, bem como os dados técnicos que auxiliam no
entendimento da demonstração contábil.
40 CONSIDERAÇÕES GERAIS
40.1 O método a ser adotado na classificação dos bens, identificação, cálculo da depreciação no
âmbito municipal será realizado por cada unidade administrativa, seguindo as orientações da Área de
Patrimônio e critérios estabelecidos pela Contabilidade Geral e a Controladoria Geral do Município,
seguindo as orientações constantes desse regulamento.
40.2 Nos termos do art. 96 da Lei Federal nº. 4.320/64 o levantamento geral dos bens móveis e imóveis
terá por base o inventário analítico de cada unidade administrativa e os elementos da escrituração
sintética na Contabilidade.
40.2.1 Cada unidade administrativa será responsável por elaborar o inventário físico dos bens que estão
sob sua responsabilidade e apresentar em prazo regulamentar a área de patrimônio o inventário
analítico, observando as regras deste regulamento.
40.2.2 O inventário físico é o instrumento de controle que permite o ajuste dos dados escriturais com o
saldo físico do patrimônio em cada unidade gestora. O levantamento da situação dos bens em uso e a
necessidade de manutenção ou reparos, as verificações das disponibilidades dos bens da unidade bem
como o estado de conservação e classificação deverão estar evidenciadas nesse documento que será
assinado pelo gestor responsável pela unidade administrativa acompanhando de informações que
integrará as notas explicativas.
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40.2.3 O inventário é destinado a comprovar a quantidade dos bens patrimoniais de cada unidade
administrativa, existente em 31 de dezembro de cada exercício e será constituído do saldo do inventário
anterior e das variações patrimoniais ocorridas durante o exercício (tombamentos, baixas,
transferências) por unidade administrativa.
40.2.4 O inventário será elaborado de forma que possibilitará os registros analíticos de todos os bens de
caráter permanente, com indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de cada
um deles e dos agentes responsáveis pela sua guarda e administração.
40.3.1 Para efeito do disposto neste item, entende-se como Sistema Integrado as soluções de tecnologia
da informação que, no todo ou em parte, funcionando em conjunto, suportam a execução orçamentária,
financeira, patrimonial e contábil do Município, bem como a geração dos relatórios e demonstrativos
previstos na legislação.
40.4 No prazo de trinta dias após a publicação do Decreto de aprovação desse regulamento a Área de
Controle Patrimonial do Município apresentará a relação de servidores que integrarão o grupo de
estudos, responsáveis para elaborar os procedimentos que trata esse ato, bem como definir o inventário
dos bens municipais e as tabelas de depreciação, amortização e métodos a serem utilizados pela
Administração Direta e Indireta.
40.5 Ao Poder Legislativo Municipal é facultada a adoção dos procedimentos adotados pelo Poder
Executivo, podendo se eximir da responsabilidade de inventariar os bens que estão sob sua
responsabilidade, solicitando a área de controle patrimonial do Executivo que efetue o inventário e
aplicam-se os procedimentos de que trata esse Regulamento.
40.7 Compete à Controladoria Geral do Município a resolução de qualquer situação omissa neste
Regulamento e ainda:
40.7.1 realizar auditoria para verificar se os procedimentos estão de acordo com as normas estabelecidas
nesse Regulamento;
40.7.2 qualquer espécie de auditoria patrimonial não é função da comissão permanente ou especial de
inventário e, sim, da Controladoria Geral do Município;
40.7.3.1 levantar dados contábeis, informados pelas unidades administrativas para subsidiar análises
posteriores;
40.7.3.3 apurar se há controle efetivo sobre os bens da administração pública em poder de terceiros;
40.7.3.4 atestar se os bens de terceiros em poder da administração pública estão sendo controlados e
utilizados na forma dos documentos de cessão;
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40.7.3.5 atestar se os materiais incorporados no período e os existentes foram processados em
conformidade com as normas vigentes;
40.7.3.6 atestar a realização dos inventários e se são processados de acordo com a legislação vigente e
a boa técnica;
40.7.3.7 certificar se as baixas foram devidamente autorizadas, após o devido processo instruído e
fundamentado;
40.7.3.8 atestar as formas de depreciação, exaustão, amortização e alienação e se estão de acordo com
as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público – NBCASP;
40.7.3.9 atestar fidedignidade das Demonstrações Contábeis (Balanço Patrimonial) comparando-as com
as Notas Explicativas;
40.7.3.10 é vedado o uso particular de qualquer bem público sem a devida autorização legal.
40.8 Durante a realização de qualquer tipo de inventário deverá ser vedada toda e qualquer
movimentação física de bens localizados nos endereços individuais abrangidos pelos trabalhos, exceto
mediante autorização específica da autoridade competente.
40.9 O presente regulamento entra em vigor após sua aprovação por Decreto do Chefe do Executivo
Municipal.
40.10 A violação das regras estabelecidas neste Regulamento, sempre que indicie o cometimento de
infração disciplinar, dá lugar à instauração do procedimento administrativo competentes, nos termos do
Estatuto dos Servidores Públicos Municipais e Lei de Improbidade Administrativa.
40.11 O Chefe do Executivo poderá autorizar modificação e alteração do conteúdo mínimo dos anexos
que integram o presente Regulamento, mediante proposta devidamente fundamentada do interessado.
Prefeito
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REFERÊNCIA
BOTELHO, Milton Mendes. Manual de Controle Interno: Teoria & Prática. Curitiba: Juruá,
2003.
BRASIL. Lei n° 4.320, de 17 de março de 1964. BRASIL. Lei n° 8.666, de 21 de junho de 1993.
BRASIL. Lei n° 10.257 de 10 de julho de 2001.
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