D Comercial II 4 Grupo
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1. Introdução ..................................................................................................................... 4
Conclusão ....................................................................................................................... 14
1. Introdução
2. Contracto Promessa
Noção
Para Ângelo ele diz que à promessa unilateral preceitua do artigo 411° do CC, o contrato
promessa vincula apenas uma das partes e não se fixa o prazo dentro do qual o vínculo é
eficaz, pode o tribunal, a requerimento do promitente, fixar à outra parte um prazo para
o exercício do direito, findo o qual este caducará.2
Dito de uma forma mais simples, o Contrato-Promessa não resolve os problemas das
pessoas; por exemplo, nem se vende nem se compra através deste contrato. A função
dele é criar condições jurídicas para a celebração do Contrato Prometido, esse sim, um
meio de transmissão do direito de propriedade, no nosso exemplo.
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Artgo 410° Nº 1 do Codigo Civil
2
“Afasta-se o prazo normal da prescrição, permitindo-se ao tribunal fixar um prazo de caducidade”,
Lima, Fernando Andrade Pires de; Varela, João de Matos Antunes; Mesquita, Manuel Henrique. Código
Civil Anotado, vol. I (Artigos 1º a 761º), 3ª ed. Coimbra: Coimbra Editora, Lda., 1982, p. 361.
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Já a promessa unilateral é um contrato unilateral, pois há duas partes, mas apenas uma
se vincula. O promitente pode requerer a fixação judicial de prazo, para a outra parte
exercer o seu direito, sob pena de caducidade. A Unilateralidade pode ser inicial, mas
também pode ser superveniente, como resultado, por exemplo, da redução de um
contrato-promessa bilateral, parcialmente nulo.
3. Requisitos da validade
Princípio da Equiparação
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Entre outras, aplicam-se aos Contratos-Promessa as regras respeitantes a: incapacidades (art. 122º a 156º
do CC)
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Assim, a um Contrato-Promessa de Compra e Venda, aplicam-se as regras do Contrato de Compra e
Venda, como, por exemplo: -“não podem ser compradores de coisa ou direito litigioso, quer directamente,
quer por interposta pessoa, aqueles a quem a lei não permite que seja feita a cessão de créditos ou direitos
litigiosos” (art.º 876º, nº1 do Cod. Civil)
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Do que cuidaremos, agora, é de saber quais são as excepções, quais são as tais
“disposições legais relativas ao Contrato Prometido que, por sua razão de ser, não se
devam considerar extensivas ao contrato-promessa”.
Quando o art.º 410º nº1 do CC refere que não são aplicáveis ao Contrato-Promessa as
disposições legais relativas à forma do Contrato Prometido, temos que ser claros sobre o
sentido desta excepção.
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A responsabilidade do promitente-vendedor, perante o promitente-comprador, caso não consiga adquirir
a coisa ao verdadeiro dono, variará consoante a sua obrigação seja de meios ou de resultado.
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O regime geral, para qualquer negócio jurídico, é o da liberdade de forma (art.º 219º do
CC). Significa isto que, na generalidade dos negócios jurídicos, se a lei nada disser, as
partes não têm que observar qualquer forma, na sua celebração.
Pensemos, por hipótese, nos vulgares contratos de Compra e Venda de uma peça de
roupa, de uma jóia, de uma bicicleta ou de um automóvel. Em qualquer destes casos, o
Contrato faz-se por simples acordo verbal entre vendedor e comprador, não sendo
necessária qualquer outra forma.
Ora, se é assim para os Contratos Prometidos, não vai o Contrato Promessa ser e,
portanto, o regime geral para a celebração do Contrato-Promessa é o da liberdade de
forma.7
7
De acordo com o Ac. do STJ, de 22/04/2004. Do mesmo modo, “a validade [de uma cláusula acessória]
não depende da observância de qualquer forma especial, nem tem necessariamente que constar da
escritura do contrato definitivo de compra e venda (princípio da liberdade de forma art.º 219º do C.C.)”
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Portanto, nesta matéria, o art.º 412º nº1 do CC consagra uma excepção e uma regra
geral.
Ou seja, é necessário considerar também a vontade das partes, mas, em geral, não se
podem aplicar as regras sucessórias aos contratos-promessa que tenham por objecto
contratos prometidos em que seja relevante a pessoa do contratante; é o caso, por
exemplo, do mandatário, do arrendatário, do trabalhador, do empreiteiro ou do
usufrutuário.
Em termos quase caricaturais, pode dizer-se que se uma empresa celebrar um contrato-
promessa de trabalho com um determinado advogado e este falecer, o contrato extingue-
se; não se vai transmitir a posição contratual do advogado ao seu filho, que até pode
nem ser advogado e, mesmo que o seja, pode não ser o que a empresa pretende.
“A transmissão por acto entre vivos está sujeita às regras gerais”. (art.º 412º, nº2 do
CC).
Neste sentido, quanto à transmissão inter vivos, há que distinguir duas situações:
Cessão de Créditos:9 será o caso em que um dos contraentes apenas tem um direito de
crédito, por exemplo, o credor de uma promessa unilateral; nesta situação, em princípio,
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“Diz-se sucessão o chamamento de uma ou mais pessoas à titularidade das relações jurídicas
patrimoniais de uma pessoa falecida e a consequente devolução dos bens que a esta pertenciam” (art.º
2024º do CC).
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Cessão da Posição Contratual: será o caso habitual em que ambos os contraentes têm
direitos e obrigações; por exemplo, no contrato-promessa de compra e venda (o
promitente-vendedor está “obrigado” a vender, mas pode “exigir” que a outra parte
compre; o promitente-comprador está “obrigado” a comprar, mas pode “exigir” que a
outra parte venda); nesta situação, é necessário o consentimento do outro
promitente/credor10, pois para este é relevante a pessoa de quem tem de lhe pagar (por
exemplo, a garantia patrimonial varia de pessoa para pessoa).
Para Ângelo Abrunhosa Em geral, pode dizer-se que, há dois tipos de relações, quanto à
eficácia.
Relações creditícias: normalmente vinculam apenas duas partes (os direitos de crédito
têm eficácia “inter partes”); por exemplo, em princípio, um vulgar contrato de compra e
venda apenas vincula o comprador e o vendedor;
O art. 413ºdo CC começa por delimitar quais os Contratos Promessa a que pode ser
atribuída eficácia real, sendo certo que o objecto desses contratos tem que cumular duas
características:
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Artigos 577º a 588º do CC
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Como estabelece o art.º 424º nº1 do CC “No contrato com prestações recíprocas, qualquer das partes
tem a faculdade de transmitir a terceiro a sua posição contratual, desde que o outro contraente, antes ou
depois da celebração do contrato, consinta na transmissão”
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Genericamente, pode dizer-se que, quando um dos promitentes não cumpre o contrato
promessa11, o promitente não faltoso pode ter dois tipos de direitos:
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Entre muitos outros, podem ser motivos de não cumprimento por parte do promitente-transmitente:
perda do interesse no negócio; venda a outra pessoa; (Ac. do STJ, de 12/10/2004)
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Conclusão
Referencias Bibliográficas
Legislação
Código Civil
Doutrinas