5.5 - Sergei (Parte 2)
5.5 - Sergei (Parte 2)
5.5 - Sergei (Parte 2)
SINOPSE
A designer de vestidos de noiva e proprietária de boutique Bianca Bradshaw sempre joga pelas
regras, até Sergei. O gigante russo derrubou os muros que guardavam seu coração, facilmente,
quando ele chutou a porta da frente. Depois que um selvagem caso de amor apaixonado, que
é o assunto no submundo de Houston, os deixa diante de uma gravidez não planejada, mas
muito desejada, Bianca não pode imaginar um único dia sem Sergei em sua vida e em sua
cama.
Livre das garras da máfia russa por seu amor tenaz, o ex-executor e lutador premiado Sergei
Sakharov pretende dar a Bianca exatamente o que ela quer. Ele vai fazer essa deliciosa, bela e
curvilínea mulher sua esposa e passar o resto de sua vida fazendo-a feliz.
Mas Sergei aprende rapidamente que ninguém nunca realmente fica fora daquela vida.
Quando um negócio inacabado ameaça a família que ele está tentando construir com a mulher
que sempre manteve o seu coração, ele vai ter que fazer uma escolha difícil. Para proteger sua
esposa grávida, não existe uma linha que Sergei não cruzará.
Tradução: Selene
Revisão Inicial:Selene
Revisão Final: Perséfone
Formatação: Afrodite
Disponibilização: Afrodite
Grupo Rhealeza Traduções
Capítulo Um
Sergei.
Meu Sergei.
Mas, apesar de seu toque ser suave e seu ritmo lânguido, Sergei
ainda conseguia me fazer ver estrelas, pelo menos, duas vezes por noite.
Quatro na última noite, pensei com uma risadinha impertinente e me
enterrei contra o seu travesseiro. Eu não me lembrava de muito mais após
o terceiro clímax que ele tinha tirado de mim com sua boca
perversamente hábil, mas o que me lembro foi que deixou meu corpo
vibrando com um calor sensual.
A forma reverente com que ele falou fez meu coração inchar com
amor. Ficar grávida tão inesperadamente não tinha sido parte do plano,
mas eu não me arrependia da noite que tínhamos feito amor sem
proteção, nem por um único momento. Me tornar mãe era uma
perspectiva assustadora, mas eu poderia enfrentar qualquer coisa com
Sergei ao meu lado.
—Não.
—Você tem alguma preferência?
—Eu não tenho uma coisa por bad boys. Eu tenho uma coisa por um
bad boy muito em particular.
—Você é tão bonita pela manhã. Esta é a minha hora favorita de vê-
la.
Ele havia deixado a máfia por mim, por nós, e eu nunca, nunca me
esqueceria disso. Nós tínhamos ido contra as probabilidades para
estarmos juntos e eu lutaria até o meu último suspiro para proteger a vida
que estávamos construindo. O calor abrasador do amor refletido em seus
olhos me dizia que ele iria fazer a mesma coisa. Sem sombra de dúvida ou
hesitação, ele lutaria por nós.
—Eu vou comprar uma nova mala enquanto estou fora hoje. Você
precisa de alguma coisa?
—Tem certeza de que ainda quer ir para Londres? —Seu olhar caiu
para o meu estômago. —Se você estiver cansada demais ou não se
sentindo bem, tenho certeza de que Vivian não se importaria.
—Eu sei que ela não se importaria, mas eu sim. Eu me sinto bem. De
verdade. —Acrescentei, certa de que ele estava se preocupando muito. —
Mulheres grávidas viajam o tempo todo. Além disso, esta é a primeira
mostra de arte internacional da Vivi. Eu quero estar lá.
—Eu também, mas me sentiria melhor sobre sua ida, se você for
capaz de ver o seu médico antes.
—Oh. Isso.
—E a paz, Sergei?
—Paz? - ele riu asperamente. —Bianca, não há paz para se ter nesse
quesito. Eu aceitei que eles se foram. Toda a conversa no mundo não vai
trazê-los de volta.
—Entendo.
Eu balancei a cabeça.
—Esta é a minha maneira de dizer que temos que fazer isso mais
cedo ou mais tarde - ele respondeu honestamente. —Ela precisa saber
antes de dizermos a minha família, quando eles nos encontrarem em
Londres na próxima semana.
—Eu sei.
—Mas?
—Ela vai amar este bebê tanto quanto ama você - ele me
tranquilizou. — Ela pode não ficar feliz com as circunstâncias, mas ela vai
superar, Bianca.
—Eu vou estar na academia com Ivan até às dez e então vou para o
escritório da Construtora. —Ele pegou seu tênis e sentou na beira da cama
para amarrar. —Quer que eu faça o seu café da manhã antes que eu saia?
—Eu irei.
Ivan fez uma careta e foi para frente para agarrar a corda esticada
na frente dele.
—Você e Erin?
—A lua de mel acabou. Era apenas uma questão de tempo até que
tivéssemos a nossa primeira e verdadeira discussão.
—Por quê?
—Porque ela é uma porra de uma drogada que quase matou Erin -
Ivan disse o assunto com naturalidade. —Ruby sabe como prender Erin
em torno de seu dedo e manipulá-la. Eu não vou deixar Ruby machucar
Erin novamente. Essa é uma dor que corta muito profundo - ele soltou
uma respiração áspera. — Erin acredita que eu não conheço Ten bem o
suficiente para julgar seu caráter. É seguro tê-lo em minha casa. Ele fez
coisas extremamente violentas, mas ele não é um homem violento.
Sergei gargalhou.
—Você me diz. Devo listar todas as coisas que você fez por Nikolai?
—Sim. Ok.
—Ten fez o seu trabalho e fez isso bem. Quando aquele roubo foi
fodido, ele deu um passo para frente e levou a culpa para proteger a
família. Ele pegou seis anos. Seis. Anos - enfatizou Ivan com um golpe em
sua carne com cicatrizes. —Devemos a ele um novo começo.
—Boy.
—Boy?
Boy assentiu e Sergei olhou para Ivan. Se o garoto era confiável para
executar coletas para Arty, essa era uma recomendação boa o suficiente
para Sergei. A confirmação de cabeça de Ivan confirmou seus
pensamentos.
—Sim, senhor.
—Senhor?
—Quando tinha dezenove anos, como achava que seria ter trinta?
— Vamos conversar.
Quando eles estavam em segurança dentro do escritório de Ivan,
ele encostou na porta e esperou. Com seus enormes braços tatuados
cruzados na frente do peito, Ivan parecia em cada centímetro o campeão
invicto que ele tinha sido, antes de se aposentar do serviço de Nikolai e
Sergei tomar seu lugar. Agora ele treinava combatentes de elite que
lutavam pelas enormes bolsas em torneios e na TV a cabo. Ele era um dos
mais procurados treinadores nas artes marciais mistas do mundo, um
enorme sucesso e Sergei queria ser como ele.
— Eu pensei.
—E?
Sergei suspirou.
—Você não tem que fazer as duas coisas. Você pode trabalhar para
mim e levar a sua parte na construção. —Ele disse isso que tão facilmente.
—O chefe não espera que você de marteladas 80 horas por semana. Ele
deu a empresa a você como uma recompensa por tudo o que fez para ele
e para a família.
—Você tem alguma ideia de quanto dinheiro ele ganha com seus
punhos?
—Não, ela ficou surpresa. Nós dois ficamos, mas agora ela está feliz.
Nós dois estamos animados.
—Isso é bom. É mais fácil dessa maneira. —Ivan hesitou. —Você vai
se casar com ela?
—Claro! — Ele não podia acreditar que Ivan ainda tinha que
perguntar.
—Estou feliz por vocês. É bom ter uma mulher como Bianca em sua
vida. Ela é forte. Ela vai fazer de você um homem melhor.
Sergei sabia que Ivan estava pensando na maneira como Erin havia
mudado e amolecido a ele.
—Kazimir é quem cria, ele só precisa saber que pedras quer que ele
use. Você vai encontrar algo para Bianca lá.
—Obrigado.
—Quando você chegar lá, ele vai dar uma olhada em você e o
reconhecera como executor de Nikolai, mas apenas no caso dele não o
reconhecer, diga que eu lhe enviei. Ele vai cuidar de você.
Não é como nós. Não é russa ou branca. Ele não tinha que dizer as
palavras que Ivan estava, sem dúvida, pensando. Esses eram os
pensamentos que estavam o incomodando desde que descobriu que
Bianca estava grávida. Ele se recusava a sobrecarrega-la com os “e se”
enquanto ela estava nesse estado delicado, mas era possível que Lidia
pudesse estar certa sobre sua mãe. Ela não se desagradaria de Bianca
simplesmente por causa da cor de sua pele, mas aquelas velhas ideias
arraigadas sobre o que era certo e o que não era, não seriam fáceis de
mudar. Ele esperava que a ideia de ter um neto fosse suavizar sua mãe,
mas se não...
Com um sorriso que não alcançou seus olhos, Sergei assentiu e saiu
do escritório, depois de uma rápida discussão sobre o treinamento do
garoto. Depois de tomar banho e colocar um jeans e uma camisa polo, ele
se dirigiu a saída. Ele olhou para o escritório de Ivan e ficou surpreso ao
ver Erin andando até o marido. Como de costume, ela usava um vestido
pouco sedutor que a fazia parecer despreocupada e inocente.
Ele iria pensar em algo. Ele sempre pensava. Uma vez que ele
tivesse resolvido com a mãe de Bianca, ele iria se concentrar em um
problema ainda maior: sua própria mãe.
Capítulo Dois
—Sergei.
—Chefe. — Ele podia não estar mais na folha de pagamento de
Nikolai, mas o homem era o chefe de Houston.
—Entendo.
—Ivan me enviou aqui. Ele disse que este era o melhor lugar.
—É. Cada peça que já dei a Vee veio daqui. Kaz tem bom gosto. —
Ele mostrou a joia colocada em cima do pano branco. —Está vendo?
Sergei piscou. Ele não tinha ideia do que diabos o chefe quis dizer.
—Uh... Quadrado?
—Se você gostou desse, a minha filha tem o esboço para uma
harmonização com o anel de casamento. —Kazimir fez um gesto em
direção à parte de trás da loja. —Você gostaria de olhar algumas pedras
para o centro?
Sergei assentiu.
—Boychenko.
—Ele é baixo.
—Todo mundo é menor do que eu. —Ele disse facilmente. —Ele não
é tão grande como alguns dos outros lutadores do circuito, mas ele é
rápido. Ele pode aprender.
—Ele nunca vai ser você - Nikolai disse. —Nunca haverá outro como
você. Após Vanya sair, eu tive a sorte de tê-lo caindo em minhas mãos.
Agora? - ele abanou a cabeça. —Eu não prevejo muitos ganhos no nosso
futuro.
Sergei observou a forma como o chefe disse nosso. Mesmo que ele
estivesse fora da família, ele ainda era considerado parte dela. Ele se
perguntou se iria realmente estar fora dessa vida. Mesmo Ivan e Alexei
Sarnov não podiam cortar completamente os laços. Ivan continuava a
treinar lutadores para o chefe e Alexei disponibilizava caminhões de sua
frota sempre que o chefe precisava deles.
— Obrigado, chefe.
—Você merece. Eu exigi muito de você quando você era meu.
Arriscou sua vida naquele ringue, noite após noite e nunca se queixou. A
boa vida para sua família é o mínimo que posso fazer.
—Sim. — Ele não mencionou a parte sobre Ten morar com Ivan e
Erin.
—Eu decidi que ele vai tomar o seu lugar. Ele vai ser o novo guarda
costas de Vee.
—Eu não estou pagando a ele para ser seu amigo. Eu estou pagando
a ele para mantê-la segura.
— Será que você falaria com ele? Você a entende. Sabe do que ela
gosta e do que ela precisa de seus guardas. Será mais fácil para ela se Ten
entender suas... Peculiaridades.
Tanto quanto Sergei sabia, o casal ainda não tinha dado uma
palavra sobre a gravidez de Vivian. Os rumores na rua sobre os problemas
com a distribuição de cerveja entre o pai dela e o cartel a quem ele servia,
tinha deixado todos no limite. Corriam rumores de que Maksim
Prokhorov, o grande chefe de Moscou, tinha feito um acordo com Romero
Valero para negociar armas e mais no território do cartel Guzman. Não
surpreendentemente, o movimento estava deixando todo mundo
nervoso. Se o cartel quisesse retaliação, eles iriam começar com Vivian, e
depois haveria mesmo muita conta para ajustar.
Embora ela falasse com Nikolai em russo perfeito, não havia dúvidas
do sotaque. Como Boy, ela era norte-americana. A julgar pelo orgulho na
forma com que seu pai sorria para ela, ela era o centro de seu mundo.
Quando ela estudou o anel que Sergei tinha escolhido, ela sorriu em
aprovação.
Atordoado ao ouvir Zoya falar com tal autoridade sobre Bianca, ele
perguntou:
—Obrigado.
Sergei virou-se para acenar para Kostya antes de dar sua atenção
para a linha de diamantes esperando por ele em uma bandeja preta de
veludo.
Preparado para isso, Sergei puxou sua carteira de seus jeans e tirou
um laço de fio dental que ele tinha envolvido no dedo de Bianca,
enquanto ela dormia naquela manhã.
—Bom.
—Você vai conosco para a reunião? — Ela olhou para ele de uma
forma que o convenceu de que esta foi uma discussão que ela tivera com
Bianca.
—Não, senhora.
—Sim, senhora.
—Querido… - disse ela com uma risada. —... Parece que você está
prestes a dizer-me que você quebrou meu para-brisa com uma bola de
baseball - ela falou com cuidado, enfatizando as sílabas e deslizando ao
longo dos sons consonantais em consequência de seu acidente vascular
cerebral. —Seja o que for, apenas coloque para fora.
—Não - ela concordou. —Mas é você que ela quer. Você a ama.
Você a faz feliz. Isso é tudo que eu quero para ela - ela inclinou-se para
frente. —O que você quer para Bianca?
—Eu quero fazê-la sorrir todos os dias. Eu quero que ela saiba que é
amada e apoiada. Eu quero fazer o que for preciso para ajudá-la a alcançar
seus sonhos na carreira. Eu quero que ela se sinta protegida e provida em
todo seu caminho.
—Eu vou pedir para ela se casar comigo. Eu gostaria de ter a sua
bênção. Eu acho... Eu sei que Bianca gostaria de tê-la.
—É claro que ela tem! - Mona pareceu surpresa por haver qualquer
dúvida. —Eu não estou entusiasmada com esta situação. Eu criei Bianca
para ser mais responsável. Mas... - ela enfatizou a palavra. —Eu sei que
ela vai ser uma mãe maravilhosa. Acho que você vai ser um bom marido e
pai também. Se...
—Eu acabei - ele não lhe deu os detalhes. —Está feito. Esse capítulo
da minha vida está terminado - com um sorriso, ele acrescentou: — O
único chefe a quem pretendo servir é Bianca.
Ela riu.
—Sim, eu sei.
—Sim, senhora.
Sergei me notou vindo pela calçada e parou para esperar por mim.
Aquele sorriso sexy fez minha barriga fazer saltos selvagens. Ele se
inclinou para me beijar. Não querendo que ele se esgueirasse ainda, eu
puxei a parte inferior de sua camisa para mantê-lo lá alguns segundos
mais. Quando finalmente o soltei, ele fez questão de passar seus lábios
contra minha testa.
—Foi bom passar o dia com ela. —Apesar dos sacos pesados que
ocupavam seus braços, ele ainda segurava a porta da frente aberta para
eu passar em primeiro lugar.
—Agora eu fui - ele olhou para o relógio. —Eu deveria ir. — Ele deu
um passo em minha direção e me deu um rápido beijo. —Jantar?
Eu balancei a cabeça.
—Não foi nada demais. Você tem o meu número agora. Chame-me
se precisar de qualquer coisa.
—Não foi grande coisa? Mamãe, você nunca foi almoçar ou fazer
compras com qualquer um dos meus namorados.
—Por quê?
—Porque ele é o pai do meu neto - disse ela com naturalidade. Seus
olhos castanhos quase me desafiaram a negá-lo.
—Não fique muito zangada com ele. Ele estava tentando protegê-la.
—Sim, senhora.
Porque a minha mãe disse, eu sabia que isso tinha que ser verdade.
Capítulo Três
—Ten, você não tem que tomar conta de mim aqui. Quando
estamos aqui na casa, você deve tentar ficar confortável.
— Vamos tentar de novo. Você só tem alguns dias até que conhecer
a mãe de Sergei.
Ela pegou sua xícara de chá morno com sabor de pêssego e tomou
um gole.
—Isso não é fácil para ele. Eu nunca o conheci antes dele sair da
prisão, mas eu tenho ouvido as histórias. Ele fazia parte do círculo interno
e era respeitado enormemente. Ele era o tipo de soldado de rua que todos
os outros soldados queriam ser. Ele sacrificou-se para salvar a família e
agora ele foi recompensado com um trabalho de baby sitter. - ela rodou a
colher na xícara. —Tenho certeza de que ele se sente menosprezado pela
queda em seu status.
—Tenho certeza que Ten não vê dessa forma - ela olhou para a
porta. — Ele só esteve fora da prisão por dois dias. Ele precisa de algum
tempo para se adaptar a viver do lado de fora novamente - ela suspirou
melancolicamente. —Ele não é Sergei ou Danny, mas vai continuar a me
proteger. Eu gostava de ter alguém para falar, mas eu não preciso desse
tipo de amizade do meu guarda-costas.
—Ele foi promovido - ela não quis dar mais detalhes, eu não forcei.
Eu tinha tido um vislumbre do mundo sombrio que seu marido habitava e
já era o bastante para mim. —Então, Ten, hein? Que tipo de apelido é
esse?
—Sombra.
—Oh.
1
TEN – em inglês DEZ
—Sim - ela sentou-se e sorriu. —É engraçado porque eu costumava
brincar com Sergei que ele era a minha sombra. Agora eu tenho o Sombra
me seguindo em todos os lugares.
Ela disse isso como uma piada, mas eu podia ouvir a frustração
subjacente em sua voz.
—Mas?
—Sobre?
—Eu tenho pensado a mesma coisa. Nós nunca tivemos uma lua de
mel. Quando nos casamos, era muito perigoso ir a qualquer lugar e
agora… - ela suspirou. — Bem...
—Vee!
Pensando nos muitos anos em que o casal tinha sido amigos e algo
mais antes de seu casamento, me perguntei sobre o relacionamento que
tinha com Sergei. Nosso alicerce era menor e mais fino. Nós estávamos
prestes a começar a brigar assim? Será que nós tínhamos o que
precisávamos para fazer isso dar certo? Jogar um bebê em uma relação
tão nova não ia ajudar.
—Eu acho que Sergei disse que era às oito? - eu guardei o bloco de
notas na minha bolsa junto com a caneta. —E você dois?
—Sim.
Eu balancei a cabeça.
—Eles vão ficar com a gente até domingo de manhã, quando voarão
de volta para a Rússia.
—Ele teve uma reunião com o seu novo advogado no início desta
semana. Parece promissor até agora. —Embora Sergei tivesse status de
residente permanente, sua mãe e irmão haviam tentado, sem sucesso, se
juntarem a ele em Houston. Depois que um advogado sem escrúpulos,
que tinha enganado dezenas de candidatos à imigração levando seu
dinheiro suado, ele tinha sido forçado a iniciar o processo mais uma vez
para a sua família. Agora nós estávamos trabalhando com um advogado
recomendado por Nikolai e Yuri Novakovsky, o magnata bilionário que
parecia ter uma agenda recheada com contatos úteis.
—Fico feliz em ouvir isso. Será bom para toda a família estarem aqui
juntos.
—Da.
—Oh, eu não preciso de uma escolta - eu disse com uma leve risada.
O pensamento de estar a sós com o sombrio Ten fez meus joelhos
tremerem. —Eu sou uma menina grande.
—Eu estive preso por seis anos. Você não pode culpar um homem
por olhar quando a visão é boa.
—Sim.
—Por quê?
Estudei seu rosto. Assustador como ele era, eu podia ver que ele
estava sério.
—Por quê?
—Sua mãe.
Ten assentiu.
—Era?
Eu sabia que ele não tinha esquecido. Não tinha dúvidas de que ele
havia se convencido de que eu iria estar muito cansada para fazer o jantar.
Ele parecia pensar que estar grávida significava que eu deveria estar
sentada com os pés para cima muitas horas por dia.
—Problemas?
—Sim - ele disse com tristeza. —E agora ela tem esse maldito
guarda costas aterrorizante chamado Ten - eu continuei. —Ele não gosta
de você. Ele foi realmente rude com ela e então ele me acompanhou até o
meu carro...
—Sim.
—Porque o chefe sabe que Ten é um animal que vai matar sem um
momento de hesitação - Sergei falou. Dando uma respiração ruidosa, ele
colocou as mãos sobre meus ombros e as deslizou em direção ao meu
pescoço. Cobrindo meu rosto, ele segurou o meu olhar e me suplicou para
ouvir com cuidado. —Você sabe o que eu sou, Bianca. Você sabe o que eu
fiz para a família, mas eu nunca, nunca, tive prazer nisso.
—Eu sei disso - eu sussurrei. —Eu sei que você não é assim.
—Ten é um homem leal. Ele tem honra, mas também tem um gosto
por sangue. Ele fez coisas... - Sergei não podia nem mesmo falar sobre
elas. —Eu não quero que você passe um tempo a sós com ele.
—Quando estiver com ela, tudo bem. Ele vai manter as duas longe
de problemas, mas eu não quero você andando por aí a sós com ele. Seis
anos é muito tempo para um homem ficar sem a sua coisa favorita - Sergei
me olhou de cima abaixo. —E você é precisamente o que ele gosta.
—Não.
—Mas?
—Mas ele tem uma reputação de levar coisas que não pertencem a
ele.
—É isso que Ten lhe disse? Que a minha mãe não vai querer que nós
fiquemos juntos?
Eu fiz beicinho.
—Eu sou terrível, Sergei. Eu pensei que depois de todos esses anos
de francês e espanhol, eu seria capaz de pegar um novo idioma com
facilidade, mas não está acontecendo.
—Oh, verdade?
—Olhe para mim - insistiu ele com sua voz rouca. —Olhe para mim
enquanto você chupa meu pau.
—Sergei...
—Da - disse ele com um sorriso em sua voz. —Mais. Cante, Bianca.
Sua mão se moveu mais rápido agora, os seus dedos batendo em
minha buceta molhada com uma velocidade tal que não me segurei. Eu
me rendi às sensações incríveis. Quando ele entrava em modo de amante
alfa assim, não havia nada a fazer a não ser se submeter e confiar. Fechei
os olhos e agradeci onda após onda arrebatadora.
Usando sua força bruta, ele apertou minha cintura e inclinou meus
quadris para um ângulo melhor. Ele me levou bem profundo, com
estocadas duras que me deixaram balbuciando. Ofegante, tremendo e
batendo no piso de cerâmica, me contorci sob seu enorme corpo. Olhei
para cima para Sergei, meu Sergei e sorri. Não havia outro homem no
mundo que poderia foder no chão da cozinha e fazer parecer tão especial.
Porque ele está comigo. E essa era a verdade. Quando estávamos juntos,
tudo era especial. Tudo era perfeito. Com o jantar esquecido no balcão e
os sons do nosso amor enchendo a casa, eu não poderia imaginar uma
maneira melhor de terminar o nosso dia.
Capítulo Quatro
Sergei brincou com Bianca quando ele ergueu uma de suas malas
para tirar da parte de trás do seu SUV. Ele não estava inteiramente
brincando, no entanto. A coisa provavelmente pesava vinte ou trinta
quilos.
—Eu não ouvi você reclamar quando estava transportando as bolsas
de compras da Mama por aí - ela respondeu enquanto colocava os óculos
escuros. —É melhor não deixar Ivan ouvi-lo choramingando. Ele
provavelmente vai colocar você para fazer flexões durante toda a viagem
pelo Atlântico.
Ele riu com seu entusiasmo. Com qualquer outra mulher, ele
poderia secretamente ter medo de que ela se impressionasse com o luxo
que um homem como Yuri Novakovsky poderia dar e, querer mais do que
isso, mas ele conhecia o suficiente sobre os gastos e hábitos de Bianca e,
as perspectivas de vida, para ter a certeza de que não era o seu caso. Do
que ele tinha testemunhado entre Yuri e sua namorada, Lena não se
importava muito sobre dinheiro também. Era provavelmente a razão para
Yuri a amar tanto. Ela nunca pedia ou esperava algo, só seu amor e apoio
emocional.
Ignorando Ten, ele levou Bianca mais para dentro do terminal. Ele
viu Vivian, Erin e Lena sentadas nas cadeiras de couro à esquerda. Duas
delas estavam conversando e rindo, mas Vivian olhava para o relógio e
para a entrada. Quando ela percebeu meu olhar nela, ela sorriu
levemente.
Ele não conseguia parar o sorriso que puxava os cantos de sua boca.
—Sim.
Ivan apertou seu ombro e trocou um olhar com Yuri. Pisando mais
perto e baixando a voz, ele disse:
— Escute, há um problema.
—Com?
—Vivian.
—Estávamos prestes a lhe dizer. Ele não queria que Ten fizesse isso
—Eu vou dizer a ela. Ela está acostumada a ouvir este tipo de
notícias de mim.
Ele não perdeu o triste olhar que os dois amigos trocaram quando
ele se afastou. Nos meses em que passara constantemente ao lado dela
como seu guarda-costas, eles tinham estabelecido uma relação que se
assemelhava a de irmãos. Ele tinha aprendido que ela se decepcionava
facilmente. Não a faça chorar. Ele repetiu as palavras para si mesmo
enquanto se sentava ao lado dela. Os olhos azuis brilhantes de Vivian se
fixaram nos dele. Longos segundos se estenderam entre eles enquanto se
entreolhavam.
—Se ele pudesse estar aqui... - disse Sergei suavemente, mas ela
não o deixou terminar.
—Eu sei - tristeza escureceu sua voz. Seus olhos se voltaram tão
frios que ele sentiu a frieza no fundo de sua alma. Colocando um sorriso
falso no lugar, ela pegou a mala de couro que ela tanto amava. —Diga a
Yuri que estamos prontos para ir. Ligo para ele de Londres.
—Eu não posso ajudá-la. Esse era meu trabalho, me preocupar com
ela. Eu não posso simplesmente desligar isso.
—Você vai saber - ela prometeu com um brilho malicioso nos olhos.
Feliz de que eles estavam na mesma página, ele deu uma risadinha
e se recostou contra o assento surpreendentemente espaçoso. A última
vez em que ele havia voado por todo o Atlântico, tinha sido enfiado na
segunda classe. Felizmente ele tinha sido capaz de pegar um lugar na
fileira da saída de emergência, mas mesmo com um pouco mais de espaço
para as pernas, mal tinha feito o voo tolerável. Hoje à noite seria
diferente.
Mas era linda. The Victorian era uma mansão que tinha sido
restaurada detalhadamente do lado de fora, mas o interior era uma
história diferente. A cobertura foi refeita com linhas limpas e modernas e
espaços abertos e luminosos. Havia um mármore de 500.000 dólares em
preto e branco entre os seis quartos e sete banheiros. Ele teve um cuidado
especial ao escolher o design de interiores e podia apreciar a forma como
o espaço fluía de uma sala para a outra.
Ela passou a mão ao longo da bermuda que cobria sua coxa e veio
perigosamente perto de tocar seu pênis.
—Você está bem? - Bianca esfregou seu braço e puxou para fora de
seus pensamentos.
Seu olhar pousou sobre a família que lhes dava um vislumbre de seu
futuro. Sorrindo, ela disse:
— Bonitas.
Nikolai ainda não tinha chegado a Londres. Mesmo Sergei não sabia
dos detalhes sobre o que o mantinha em Houston. Fosse o que fosse, deve
ter sido grave, perigoso ou perigosamente sério. Eu não tinha tido
coragem para perguntar a Vivian se o marido estaria aqui a tempo para
sua mostra na sexta à noite. Eu esperava por isso. Para o bem dela e dele.
—Eu adoraria ir, mas já prometi a Niels que eu ia deixar ele me levar
para uma galeria de arte e para um almoço depois.
Um homem que poderia ter sido gêmeo de Sergei passou pela porta
segurando pequenos presentes embrulhados. Ele compartilhava o mesmo
cabelo escuro, olhos escuros e o tamanho gigante de seu irmão mais
velho. Seu sorriso amigável imediatamente me colocou à vontade. Havia
uma elevação no seu nariz que me dizia que tinha sido quebrado,
provavelmente mais do que uma vez. Aparentemente, a luta estava no
sangue da família Sakharov.
—Eu tenho certeza que vou. — A caixa não era muito pesada, e era
do tamanho certo para chocolates ou doces.
Ele afastou para cumprimentar Vivian com mais reserva. Ela beijou
suas bochechas e falou baixinho para ele. Ele a presenteou com a outra
caixa, e ela agradeceu.
—Spasibo.
Sua expressão se suavizou, mas ela voltou sua atenção para Vivian
agora. Eu não perdi a forma como sua mãe praticamente se iluminou
quando Vivian conversou com ela. Eu invejei esse caminho mais fácil, mas
eu esperava que com o tempo ela pudesse me ver da mesma maneira.
Depois de tudo sobre o que Lidia e Ten tinham me avisado, encontrar sua
mãe não tinha sido tão estranho ou perturbador como eu esperava.
Eu balancei a cabeça.
—Isso é bom.
Vivian sorriu.
—Silhueta.
—Talvez um terço dos meus projetos seja assim. Eles ficam bem em
todo mundo e eles são mais leves e mais confortáveis para aqueles
casamentos quentes no verão do Texas. Eu estou fazendo mais tipo
sereias este ano. —Eu fiz a forma da saia com as minhas mãos. —Elas são
muito populares, especialmente com bordados e rendas.
Ela sorriu para mim antes de olhar de volta para o telefone. Vivian
tinha colocado fotos de seu próprio casamento. Galina as estudou. Ela
murmurou docemente para Vivian, sem dúvida elogiando sua beleza. De
repente, ela virou-se para mim com uma expressão genuína e elogiou o
meu trabalho.
Sobre mim. Tinha que ser sobre mim. Não havia outra razão para
isso. Me afastando da porta, eu dei três passos, vire e bati no peito de
Ivan. Cubos de gelo do seu copo caíram sobre o tapete debaixo dos nossos
pés.
Será que ele sabe sobre o bebê? —Eu realmente estou bem.
—Ivan?
Ele olhou para mim.
Ele não respondeu, até que tínhamos passados mais duas portas.
—Mas?
—Mas ela não quer que ele se case com você - ele hesitou
novamente, e eu podia ouvir seus dentes rangendo. —Seria embaraçoso
para ela explicar aos seus amigos.
—Não deixe isso incomodá-la. Não agora. Não quando... - ele olhou
para o meu estômago novamente. —Não importa para Sergei. Você
entende? Ele te ama. Isso é tudo o que importa agora.
—Eu sei que ele me ama, mas eu também sei que a família significa
muito para ele. Como pedir para ele escolher entre nós?
Chegamos a sua suíte, ele pegou a chave do bolso de sua calça. Ele
abriu a porta e me levou para dentro.
Ela sorriu para mim do sofá onde estava enrolada em seus pijamas.
Tirei meus sapatos e me juntei a ela. Ivan trouxe a Erin uma taça de
champanhe rosa, o favorito dela como eu bem sabia, mas ele trouxe-me
uma xícara de chá quente. Ele se sentou no canto próximo a Erin e tomou
um gole do champanhe preferido de sua esposa. Como um coelho, ele
mexeu o nariz quando o espumante borbulhou em sua boca. Eu quase ri
da visão do grande e assustador Ivan bebendo champanhe rosa.
—Oh! Certo. —Erin olhou para mim com confusão. Tudo o que ela
viu no meu rosto, fez uma carranca aparecer ligeiramente no seu. Amanhã
ela, sem dúvida, tiraria a verdade de mim.
—Ah, bem...
—Claro.
Eu dei um tapinha no braço de Ivan enquanto passava por ele.
—Boa noite.
—Seja lá o que você ouviu, não significa nada. Ela virá por livre e
espontânea vontade.
—Eu contei.
—Mas?
—Mas nada, Bianca. Ela está feliz por nós. Ela está feliz com o bebê.
Ele estava mentindo para mim, mas eu não podia estar zangada
com ele. Eu sabia por que ele estava fazendo isso. De certa forma, eu o
amava mais por tentar poupar meus sentimentos.
—Vamos para a cama. Foi um longo dia. Tenho certeza de que você
está cansada.
—Eu estou.
—Sinto muito.
—Nunca peça desculpas por dizer não. Eu não deveria ser tão
exigente com você, especialmente agora.
—Eu gosto quando você está exigindo - ela admitiu. —Eu gosto de
saber que você me quer.
—Eu quero você. O tempo todo - ele acrescentou com uma risada
silenciosa. —Só de pensar em sua boca macia ou nesta sua bunda
perfeita... - ele apertou a bunda gorda. —Me deixa duro - ele salpicou
beijos ruidosos em sua bochecha. —Mas eu não sou um homem das
cavernas. Eu posso esperar.
Mas o tabu de cruzar essa linha de se casar com ela não era o que
uma mãe poderia aceitar tão facilmente. Com o tempo, ela viria a amar
Bianca tanto quanto ele amava. Disso Sergei estava certo. Até então? Ele
tinha que manter a paz entre as duas mulheres de sua vida que
significavam tudo para ele.
Por conta disso ele tinha sido muito claro com a sua mãe. Ele não
permitiria que ela desrespeitasse Bianca ou mostrasse sua indelicadeza.
Depois de tudo o que ela tinha feito por ele e pelo amor que ela lhe havia
presenteado, Bianca merecia ser tratada como uma rainha.
Sua mão se moveu de seu quadril para sua barriga. Logo seria
redonda e pesada com seu bebê. Ninguém seria permitido perturbá-la.
Ninguém.
Capítulo Seis
—Sim. — Eu sorri para o irmão mais novo de Sergei. Com seu senso
de humor e sua profunda gargalhada, ele me lembrava do meu irmão
Perry. Eles não teriam levado muito tempo para se tornarem amigos.
—Spasibo, Vova.
—Você vai aprender. Você tem uma vida inteira pela frente.
—É Teague.
—Teague?
—Não. Ivan não vai fazer uma cena. Veja? Erin está lidando com
isso.
Uma vez que Teague estava fora de vista, Erin rasgou o cartão em
quatro pedaços e enfiou-o dentro de sua taça de champanhe vazia. Sua
mão acariciou delicadamente a parte de trás do pescoço de Ivan. Ele
visivelmente relaxou. Suas testas se tocaram e ela sussurrou
carinhosamente para ele. Apesar de toda a sua confiança e habilidade
como um lutador, estava claro que Ivan ainda alimentava dúvidas sobre
sua capacidade em fazê-la feliz. Ele a amava muito e ela absolutamente
vivia por ele. Uma infância preenchida com negligência e dor não tinham
facilitado para o grande lutador confiar ou acreditar em si mesmo.
—Quem é ela?
—O quê?
—Ele nunca... Isso foi muito antes de Vivian começar a trabalhar no
Samovar e as coisas começarem a ficar interessantes entre eles. Nikolai
nunca amou aquela mulher e ela não podia suportá-lo. Era tudo arranjado
entre seu pai e o chefão de Moscou. Ela veio para Houston para a escola
de pós-graduação. Eles deveriam se aproximar...
—Mas?
—Escapar? De quem?
—De Houston e de seu pai - disse ele. —Eu não sei para onde. Eu
nem sabia que ela estava de volta.
—Você acha que Lena sabe? Porque ela a botou para fora.
—Yuri?
—Nós?
Ele estava certo. A vista da cidade era linda aqui de cima. Não era
minha primeira viagem a Londres. Eu tinha vindo quando era adolescente
com Mama e Perry. Naquela época, nós tínhamos feito todas as coisas
turísticas que os americanos esperam fazer. Desta vez, eu tinha tentado
encontrar lugares novos e interessantes para visitar com Sergei. Este
terraço definitivamente se encaixava nessa descrição.
—Eu vou fazer de tudo para fazê-la feliz, Bianca. Qualquer coisa que
você quiser, eu vou encontrar uma maneira de torná-la sua.
—Sergei!
—Isso está meio de trás pra frente, eu sei - ele parecia apologético.
—Eu deveria pedir-lhe para se casar comigo antes de fazermos um bebê,
mas eu preciso que você saiba que eu teria perguntado mesmo se não
estivéssemos prestes a nos tornar pais. É você quem eu quero, Bianca. Era
você, desde a primeira vez em que a vi com Vivian - ele segurou meu rosto
com as mãos. —Você me deu de volta a minha vida, Bianca. Você me fez
um homem livre. Compartilhe minha vida comigo? Ande ao meu lado
daqui até o fim?
—Eu prometo que nunca vou parar de chutar portas por você.
Ele quis dizer cada palavra que ele disse. A cortina de chuveiro, os
loucos racistas, não havia nada que ele não faria para me manter segura.
—Eu te amo, Sergei.
—Por que não? - ele já estava puxando minha calcinha para baixo
dos meus quadris. —Estamos aqui fora. Está escuro. A porta está
trancada. Ninguém vai nos encontrar.
—Sergei...
—Vou tentar.
—Sergei. Agora.
—Eu juro que vou te amar mais doce do que isso quando voltarmos
para o hotel. Eu vou fazer amor com você até o nascer do sol, se é isso que
você quer.
Capítulo Sete
Eu sorri.
—Eu gostaria muito. O restaurante no andar de baixo parece ser
muito bom. Você gostaria de tentar?
—Vem comigo?
—Eu gosto de trabalhar com Ivan, mas o chefe estava certo. Tenho
que pensar a longo prazo, especialmente agora com o bebê. Eu conversei
com Ivan sobre isso e ele compreendeu as minhas preocupações. Eu estou
no ginásio para treinar todas as manhãs, de qualquer maneira, então eu
faço parcerias com os lutadores no circuito subterrâneo para colocá-los
em forma. Ele também me pediu para entrar em um treino rotativo com
alguns de seus lutadores. Eu posso não ter qualquer cinto oficial de
campeonato, mas sei de coisas que você não pode aprender em uma luta
autorizada.
—Eu só a conheço há alguns dias, mas não acho que ela vai aceitar o
dinheiro de você.
—Ela não vai. É por isso que eu vou colocá-lo em fundos mútuos
para os nossos filhos.
—Então, e o casamento?
—Ma?
A expressão tensa no rosto do irmão dizia que não era nada bom. Se
inclinando para frente, Sergei desceu do banco e esperou Vladimir dizer
alguma coisa. Ele deslizou seu telefone no bolso e tirou sua carteira. Um
punhado de notas pousou sobre a mesa.
Era algo muito ruim, se sua mãe tinha deixado de lado todos os seus
preconceitos para confortar Bianca? Sem dizer uma palavra, sua mãe deu
um beijo na testa de Bianca antes de sair de seu lado. Ela se juntou a ele
na cortina e bateu no seu peito. Ela saiu deixando-os sozinhos. Recusando-
se a mostrar a fraqueza que ameaçava paralisá-lo, Sergei caminhou para a
cabeceira de Bianca e assumiu a cadeira que sua mãe tinha desocupado.
Bianca precisava que ele fosse forte por ela e pelo bebê, então ele
engoliu o nó de emoção que entupia sua garganta. Ele entrelaçou seus
dedos e capturou sua boca em um longo beijo. Sua outra mão viajou para
baixo e se estabeleceu em sua barriga. Ele estendeu os dedos pelo seu
estômago.
— E nosso bebê?
—Eu não sei - ela engoliu em voz alta e piscou. Mais lágrimas
derramaram sobre seu belo rosto. Ele as enxugou com o polegar. —Eles
estão esperando por um obstetra para vir me ver - ela agarrou seus dedos
com tanta força que ele pensava que ela poderia quebrá-los. —Estou com
medo.
—Eu estou aqui - ele a beijou novamente, com seus lábios macios,
carnudos. —Aconteça o que acontecer, eu estou aqui.
Ele não tinha certeza do que deveria fazer. Tudo o que sabia com
certeza era que ele não ia sair do seu lado. Quando o médico segurou a
varinha de ultrassom, Sergei experimentou um momento de surpresa. Ele
tinha assumido que sempre era feito na barriga, mas aparentemente isso
não era verdade. Ele manteve seu olhar fixo no rosto preocupado de
Bianca enquanto o médico fazia o que precisava fazer. Ela ainda segurava
sua mão com tanta força que os nós dos dedos estavam brancos.
—Bem, bem, bem... - disse o Dr. Jones com sua voz divertida. —
Tenho a sensação de que você dois não estão esperando por isso.
Só que agora que ele olhou para o monitor, realmente olhou para o
monitor, ele viu facilmente os dois sacos pretos no centro de um círculo
cinza e branco distorcido. Dentro desses sacos escuros estavam duas
formas de bebês brancas distintas.
Meus bebês.
—Nós vamos descobrir isso, Bianca. Nós não somos o primeiro casal
a tropeçar nisso. Nós temos as nossas famílias para nos ajudar e nossos
amigos.
—Eu vou ter que começar a importunar Benny por conselho. Você
vai ter que perguntar a Dimitri sobre os melhores assentos de carro e
berços e...
Mesmo que Vivian tivesse ficado ferida por Bianca não ter contado
seu segredo, ela não mostrou. Suspeitava que Vivian tivesse se sentido
culpada por manter seu segredo dela também.
Certo de que era o maior elogio que ele jamais poderia esperar
ganhar do chefe, ele deu um passo para trás e viu o seu táxi desaparecer
pela rua movimentada.
Capítulo Oito
Com o meu véu e cauda escolhidos, Mama pediu para Renee fazer
alguns ajustes finais no vestido. Ela queria que ele fosse levantado um
pouco na frente e balançou a cabeça quando anágua não estava no lugar
certo. Sabendo que Mama era exigente com todas as noivas que ela
ajudava a vestir para os seus grandes dias, fiquei silenciosa e a deixei fazer
o que ela fazia de melhor.
Na nova casa que Mama compartilhava com a tia Penny e a tia Sara,
conversei com ela sobre a próxima reunião. Havia algum grande drama
sobre a lista de atribuições para o churrasco de sábado que tinha deixado
todos em um estado de confusão. Algumas das mulheres mais velhas em
nossa família eram tão territoriais quando se tratava de cada um trazer
pratos individuais. Eu realmente não entendia o que era tão insultuoso
sobre a nova esposa do tio Terry trazer a salada de batatas.
3
Upstart: presunçosa. No texto ela confundiu Dirt tart (Vadia suja) com Upstart. Nomes
parecidos.
—Eu recebi um telefonema da assistente social de Adam Blake. —
Mama anunciou quando entrei na garagem de sua casa. Era uma coisa boa
que eu estava prestes a estacionar o carro porque eu quase pisei no freio
com a surpresa de ouvir seu nome.
Eu zombei.
Surpresa com o contato que Galina tinha feito com a minha mãe, li a
nota curta que Vivian tinha traduzido. Era realmente doce e sincera. Eu
não tinha dito a minha mãe sobre o atrito no início com a mãe de Sergei.
Não havia nada para se ganhar com isso. Honestidade realmente não era a
melhor política em todas as situações.
—Eu vou enviar um cartão para ela. Vivian se ofereceu para ajudar.
—Eu consigo.
De olhos fechados, tentei fazer com as minhas mãos o que ele fazia
com as dele, mas não foi possível. Minhas mãos eram muito menores e
mais suaves. Quando Sergei me tocava, aqueles seus dedos longos e
grossos queimavam minha pele. Ele tinha dedos ásperos que acordavam
todas as terminações nervosas e deixavam faixas formigando em todo
meu corpo. Suas mãos grandes apertavam e me acariciavam como
nenhum outro que eu já tive ou teria. Ele me possuía com seus beijos e
seus toques de maneira delicada, ele sussurrava meu nome enquanto me
fodia como uma fera selvagem, sempre mais e mais rápido e mais áspero
do que eu jamais tinha imaginado desfrutar.
—Sergei.
Capítulo Nove
Sergei não achava que tinha visto qualquer coisa mais erótica do
que Bianca brincando com sua buceta. Seus dedos delicados viajavam
através das dobras lisas de sua buceta, deslizando na umidade brilhante
que cobria sua carne macia. O cheiro de sua excitação enchia no ar e fez
seu pau pulsar. Com as bolas doendo, ele observava ela apertar o clitóris.
Ela precisava dele. Ela o queria. Ele havia jurado fazê-la feliz, não
havia? Ele estava cumprindo muito bem essa promessa!
Ele ficou em cima dela e colocou uma mão firme ao lado de seu
braço. Trocaram beijos cada vez mais apaixonados. Suas línguas se
lançaram dentro e fora da boca um do outro, sacudindo e tocando e
alimentando um fogo que ameaçava queimá-los. Ele mordeu seu lábio
inferior e ela chupou o dele.
Amando o jeito que ela implorava por seu pau, ele tomou o seu eixo
na mão e guiou-o até sua entrada ensopada. Pelo fato de ele ter ficado
algum tempo sem, ele tentou não enterrar tão profundamente de uma
vez. Ele levou o seu tempo com ela, deslizando alguns centímetros e
recuando e, em seguida, deslizando de volta para dentro ainda mais
fundo. Ela agarrava suas costelas, com suas unhas lindamente feitas, mas
ele não se importava. Ele adorou a picada.
—Sergei?
—Sim?
—Bem...
—Para quê?
Seu peito se apertou com a dor gravada em seu rosto. Tocando seu
braço, ele balançou a cabeça.
— Não.
—Sim.
—Não - ele cortou a mão pelo o ar. —Isso não está em debate.
Você. Não. Vai.
—Minha mãe vai e eu vou com ela. Esta não é sua decisão.
—O inferno que não é! — Ele gritou com ela. —Diga-me que você
não é cega, Bianca. Você não entende como isso é perigoso? Você vai
andar em uma porra de prisão cheia de assassinos e racistas...
—Isso é diferente!
—Por quê?
—Que nós não iríamos sair para ver a porra do pôr do sol como um
par de amantes de algum conto de fadas - ela confessou. —E que você
nunca realmente estará fora.
— Você deveria estar feliz por eu nunca estar livre então. Já que
você está tão interessada em se encontrar para almoçar com os presos,
você precisa de todos os favores que eu posso conseguir.
—Você precisa parar de ser tão ingênua. É exatamente por isso que
eu não gosto deste grupo de apoio. Ele deixa vocês todos distorcidos. Ele
já a convenceu de que você deve perdoar esses monstros que acabaram
com sua família.
Sergei cerrou os dentes juntos tão forte que ele esperava que
fossem se quebrar. Arrasado por suas palavras, ele odiou a si mesmo por
expor a sua fraqueza para a única pessoa em todo o mundo que poderia
machucá-lo. Ele não dava a mínima para o que alguém dissesse a ele ou
sobre ele, mas Bianca? Sua decepção e raiva cortou de cima a baixo sua
alma.
—Isto não é sobre Vivian e Nikolai. É sobre nós. Estou falando sério,
Sergei. Você não vai tomar as decisões por mim.
—O inferno que não! — Por que ela não entendia? Ela estava sendo
deliberadamente obtusa? —Eu sou o pai dessas crianças. —Ele apontou
para a barriga nua. —Quando for seu marido, vai ser o meu trabalho
mantê-la segura. Às vezes isso significa dizer-lhe coisas que você não vai
querer ouvir.
—É? Bem. Você não é meu marido ainda. Talvez isso seja uma coisa
boa.
Não muito tempo atrás, ele sabia de cada ação obscura em todos os
cantos sujos da cidade. Ele teria sabido sobre os assaltos, as entregas, os
sucessos e as vinganças no calendário do submundo. Agora ele nem sabia
se a nova gangue racista supremacista que havia assumido a ação dos
Night Wolves tinha finalizado os negócios com Bianca.
Havia uma maneira fácil de descobrir. Tudo o que ele tinha a fazer
era pegar o seu telefone e chamar o chefe, mas uma vez que a porta fosse
reaberta? Ele nunca seria capaz de fechá-la novamente. Ele tinha sido
autorizado a seguir em frente. E se ele viesse e pedisse uma informação
como esta? Ele estaria novamente em dívida com Nikolai. Amigo ou não, o
chefe iria esperar para cobrar algum dia.
Era uma coisa dolorosa de aceitar. Não havia nada neste planeta
que ele poderia negar a ela. Seu estômago embrulhou quando ele
reconheceu a verdade. Na manhã, ele voltaria rastejando para ela e para
pedir desculpas. Ele tinha sido arrogante e rude. Em seu desespero para
tentar protegê-la, ele tinha ultrapassado a linha.
Eram quase três da manhã quando ele finalmente voltou para sua
casa. O portão se abriu silenciosamente, ele estacionou em seu lugar de
sempre. Quando desligou o motor e seus olhos se adaptaram à escuridão,
viu Bianca sentada sobre os degraus da parte de trás da casa. Seu coração
acelerou quando a preocupação tomou conta dele. Ela tinha estado
sentada ali a porra da noite toda?
—Eu sinto muito, Sergei - ela soluçou contra seu peito e agarrou sua
camisa em suas mãos. —Eu sinto muito. Eu não quis dizer isso. Eu te amo.
Por favor, não vá embora.
—Eu não vou a lugar nenhum - ele beijou sua testa. —Eu estava
com raiva, e precisava de algum espaço para pensar. Talvez nós
precisássemos. —Pensando nos bebês, ele pediu para ela entrar. —Você
precisa se trocar e ir para a cama. Isto não é saudável.
—Eu não deveria ter ameaçado desistir do casamento. Isso foi baixo
e sujo - ela apertou-se contra ele como se estivesse com medo que ele
pudesse desaparecer. —Eu não falei sério, Sergei. Eu te amo, e quero que
você seja meu marido.
—Ele não pode nos prejudicar - disse Sergei em vez disso. —Ele está
na prisão, e está aleijado. Ele está isolado no seu interior. Sua gangue ou
está morta ou presa. Não tem nenhum poder.
Ela virou-se em seus braços. Ele podia sentir os olhos tristes para
ele, mas ele não podia vê-los na escuridão.
Ela não disse nada. Ela estava duvidando dele? Se ela estivesse, não
se atreveu a mencionar.
—Sergei?
—Sim?
—Eu sinto muito sobre o que disse sobre seu irmão. Isso foi tão
errado. Eu não deveria ter tocado nesse assunto.
—Isso te machucou.
—Está tudo bem - ele a beijou com ternura. —Está feito, Bianca. Eu
vou relevar. Então, você releve também.
Ela procurou sua boca e docemente arrastou a ponta dos dedos por
sua bochecha. Seu beijo aliviou a dor remanescente. Ele não estava
zangado com ela. Ele realmente tinha relevado. No calor do momento, os
dois tinham dito coisas estúpidas, mas seu amor e essa relação eram
muito fortes para manter rancores.
Ele esperou até que sentiu Bianca relaxar em seus braços para
deixar o sono levá-lo. Ele não demorou muito para que seus sonhos felizes
tomassem um rumo feio. A última coisa que ele lembrava antes de
acordar rosnando, era da boca de um lobo branco afundando seus dentes
cruéis na barriga grávida de Bianca.
Passando a mão pelo seu suado rosto, ele rolou para o lado e
enterrou o rosto em seu cabelo perfumado. Jurando mantê-la segura, ele
fez planos para ver Nikolai o mais rapidamente possível. Não havia
nenhum acordo que não fosse fazer para protegê-la.
Capítulo Dez
—Sim. — Essa briga que tivemos quase uma semana antes tinha
sido terrível, mas tinha mostrado o quanto eu amava Sergei e queria ele
na minha vida. Sempre teríamos discussões, mas tinha a certeza de que
nós poderíamos passar por elas.
—Ele era terrível. Quero dizer, você pensaria que tão atlético como
ele é que não haveria nada que ele não pudesse fazer. Aparentemente há
sim.
—Talvez seja uma coisa boa. — Ela deu um passo para trás para
admirar seu trabalho. —Ele é um cara tão intimidante. Vê-lo lutando em
algo o torna humano. Além disso, ele parecer realmente engraçado
quando está realmente determinado a fazer alguma coisa. —Vivian imitou
sua expressão e me fez rir. —Está vendo? Mesmo você não está imune.
—Você está louca, você sabe disso? — Eu reuni minha saia na frente
com cuidado para evitar rugas e levantei o tecido. Balançando a cabeça, vi
minha melhor amiga grávida debaixo da minha saia. O colar que ela tinha
recebido de Nikolai para comemorar sua primeira mostra internacional
caía em seu decote. —Deus nos ajude que ninguém entre aqui.
—Levante.
—Fique quieta!
Mas seu olhar estava fixo nas pernas aparecendo por debaixo da
minha saia. Logo atrás dela, mamãe entrou no vestiário e engasgou com
surpresa.
—Como você conseguiu chegar aqui? Eu pensei que você não pôde
conseguir os vistos para a viagem? —O olhar grato de Galina caiu sobre
Vivian. Minha amiga deu de ombros e continuou a alisar minha saia.
—Você está tão bonita, Bianca. Estou feliz que Sergei a encontrou.
—Aqui está.
—Obrigada.
Com seu presente dado, Galina me abraçou uma última vez e deixou
a sala com Vivian. Mama demorou mais tempo. Ela ajustou o meu véu e
amaciou minha saia duas vezes antes de enfiar o braço no meu e me levar
para fora. Sem meu pai ou meu irmão para me levar pelo corredor, ela ia
fazer as honras para mim. Eu não poderia imaginar ninguém melhor para
fazê-lo. Ela era a mulher que tinha me guiado e moldado a minha vida.
Com a minha mãe ao meu lado, eu lentamente fiz meu caminho até
o altar de uma igreja lotada. Minha família e amigos tinham transbordado
os bancos traseiros do lado de Sergei, mas ele tinha uma surpreendente
quantidade de convidados também. Eu quase pisquei duas vezes quando
vi Ten em um terno e gravata no final de um dos bancos da frente. Ele
parecia chocantemente bonito, mas ainda tão perigoso. Nikolai estava na
primeira fila com a mãe de Sergei, Ivan e Erin. Yuri, Lena, Dimitri, Benny e
Sofia estavam atrás deles.
—Tudo bem - disse Erin com uma risada. —Eu tenho que salvar o
meu homem de si mesmo.
Bianca riu quando Erin tentou puxar Ivan para fora da pista de
dança. Quando ele não quis se mover, ela sussurrou algo em seu ouvido. O
que quer que fosse, funcionou. No instante seguinte, Ivan varreu Erin em
seus braços e jogou-a sobre seu ombro como um prêmio. Os aplausos que
irromperam por causa desse movimento encheram o salão da recepção e
abafaram a música. Ivan levou-a até a sua mesa, agarrou sua pequena
bolsinha e se abaixou até Bianca para dar-lhe um beijo barulhento na
bochecha. Ele bateu nas costas de Sergei e disse algumas palavras
irreverentes de encorajamento antes de deixar o salão com a sua mulher a
tiracolo como uma espécie de viking.
Yuri e Lena ainda estavam na pista de dança. Ele nunca tinha visto
um casal que gostava de dançar. Lembrando-se da recepção de
casamento de Nikolai e Vivian, ele esperava que o bilionário ficasse
totalmente chateado e dançasse nas mesas novamente. Ele só esperava
que ainda estivesse aqui quando isso acontecesse. Aparentemente, isso
tinha sido uma coisa absolutamente espantosa.
Sua mãe tinha agido naturalmente. Ela conversou com algumas das
esposas mais velhas dos soldados e capitães do patrão. De vez em
quando, ela olhava para ele e sorria. Quaisquer que fossem suas reservas
anteriores sobre Bianca ser aceita na família, ela tinha hoje a acolhido com
os braços abertos e um coração amoroso.
Ele sorriu para o jeito com que ela chamou seu irmão pelo apelido.
Quando ele encontrou o seu irmão dançando lentamente com Zoya, ele
não estava tão surpreso. Vladimir sempre tinha sido apaixonado por
loiras, especialmente as pequenas, como a designer de joias. Quando a
música terminou, Boychenko aproximou-se da mesa e perguntou se
Bianca queria dançar. Ele bateu em seu quadril e encorajou-a a se divertir.
Ela mal tinha deixado sua visão antes do chefe se acomodar na cadeira
vazia ao lado dele. Nikolai tinha tido o cuidado de tomar a mesma cerveja
à noite toda. Enquanto todo mundo ficava bêbado, o chefe estava sendo
cuidadoso, especialmente com sua esposa nas proximidades e contando
com ele para mantê-la segura.
Uma vez, o mesmo havia sido dito sobre ele. Será que o patrão se
arrependia de tê-lo deixado ir?
Nikolai piscou.
—Por quê?
—Eu concordo.
Ele quis perguntar ao chefe como ele trabalhava com Vivian, mas
mordeu a língua em seu lugar.
—Entendo.
Ele pretendia passar a noite lembrando a ela do por que ela o havia
escolhido como seu marido. Como prometido, ele levou-a para sua suíte,
mas ele não a jogou sobre seu ombro. Ele temia que não fosse seguro em
seu estado de gravidez, mas ele a embalou em seus braços e gentilmente
colocou-a na cama. Tomando seu tempo, ele arrancou seu vestido e suas
roupas de baixo. Ele o fez com reverência, como se desembrulhasse um
presente especial.
Depois de toda a cerveja e vodka que ele tinha tomado, Sergei teve
que se esquivar para o banheiro antes que as coisas ficassem muito
interessantes. Ele tirou seu smoking e escovou os dentes enquanto estava
lá dentro. Com o estômago sensível, a última coisa que queria era Bianca
recebendo seu bafo de cerveja em seu rosto.
Duro como uma rocha e ansioso por ela, ele saiu do banheiro para
encontrar Bianca descoberta e enrolada em seu lado dormindo. Embora
decepcionado por não haver sexo selvagem na sua noite de núpcias, ele
não se importou muito. Seu pobre corpo estava trabalhando horas extras
para manter esses bebês saudáveis e tinha sido um dia muito longo para
ela.
Beijando seu rosto, ele colocou seu braço sobre a cintura dela e
acariciou lhe o seio.
Capítulo Onze
Lado a lado, Jane nos levou a uma pequena sala onde ela explicou-
nos o procedimento e as expectativas da visita novamente. Nós tínhamos
discutido isso muitas vezes durante as semanas que precederam via
conversas telefônicas e em uma reunião antes em um dos nossos
encontros do grupo de apoio.
Embora eu não estivesse tão feliz sobre esta reunião como Mama
estava, eu esperava obter algo de útil dela. Eu não tinha visto Adam Blake
desde a fase de condenação de seu julgamento. Nós dois estávamos mais
velhos agora. Eu poderia listar todas as maneiras que eu tinha mudado
desde então, mas eu queria saber sobre ele. Ele ainda estava tão irritado?
Ele ainda era tão cruel? Ele era um homem diferente agora?
Fomos levadas para um local seguro onde eu iria obter as minhas
respostas. Meu estômago tremia de nervosismo quando sentamos em
nossas cadeiras e esperamos ele aparecer. Apesar de todas as garantias de
Sergei, eu ainda temia que Adam tivesse segundas intenções. Mais do que
tudo, eu estava com medo de que ele falasse sobre seu irmão
desaparecido. O que diabos eu deveria dizer sobre isso? Nós tínhamos sido
alertadas que a sessão de hoje seria gravada. E se ele tentasse me
incriminar de alguma forma?
Esta foi uma má ideia. Você deveria ter escutado Sergei. Ele estava
certo. Isso é loucura.
Será que ele sabia que foi o seu próprio irmão que tinha
encomendado? Será que ele sabia que não era nada mais do que um pião
estúpido na mão de seu irmão mais velho?
—Eu queria que vocês soubessem que não há um dia em que não
me arrependa do que fiz. Não há um dia em que acordo sem ter sonhado
com o seu filho, Sra. Bradshaw. —Ele engoliu duro, seu pomo de Adão
subiu e desceu em sua garganta. —Eu acordei por vezes no meio da noite,
me lembrando do jeito em que você gritou quando bati em você, Bianca.
Lembro-me da maneira como você lutou para viver. —Ele piscou
rapidamente. —Lembro-me da forma como o seu irmão pulou na sua
frente para salvá-la da bala.
—Eu não sei por que estava tão irritado. Eu não sei por que pensei
que pessoas como você mereciam ser feridas e intimidadas e mortas. —
Ele trouxe suas mãos algemadas ao rosto e enxugou as lágrimas de seu
rosto. —Foi estúpido. Toda aquela raiva e dor? Era tudo tão sem sentido.
—Eu sei que não muda nada. Isso não trará Perry de volta. Não vai
apagar as memórias do jeito que eu gostaria, mas eu sinto muito.
Genuinamente - ele adicionou sobriamente. —Eu sinto muito pelo que fiz.
—Está tudo bem. —Ela sussurrou. — Está tudo nas mãos de Deus
agora.
—Acabou.
—O que é isso?
Então por que você está caminhando conosco até nosso carro?
—Sim.
—E agora?
O guarda riu.
—Você não pode ser tão estúpida. Eles se foram. Acabou. Seu
marido e seus amigos fizeram isso, depois que Derek tentou estuprá-la e
matá-la em sua loja.
Ele queria que ela ficasse desse jeito também. Agora a gentil oferta
de Nikolai em ter alguém de olho nas esposas de seus amigos não parecia
tão simples. E se ele soubesse que havia uma ameaça contra mim? O
pensamento doentio torceu minha barriga. Erin estaria bem? E se
tivessem tentado agarrá-la também? E sobre Vivian e o bebê que ela
carregava?
—Você já foi a Cabo? Estou pensando que é aonde vou depois que
fizer essa entrega. Eu vou pegar o meu dinheiro e sumir, sabe?
—Oh, Deus. Por favor. — Corri minhas mãos sobre a minha barriga e
pressionei um pouco para ver se eu poderia obter uma resposta.
Decidindo que eu tinha pelo menos que tentar salvar a minha mãe,
eu solucei.
Capítulo Doze
Sergei não podia acreditar que o homem ainda estava andando. Ele
tinha a porra de uma ferida de um tiro de espingarda no ombro e o que
parecia ser uma laceração em arco feita por uma faca sobre o peito. O
spray de sangue em sua calça jeans não era seu.
—Tudo bem. Os dois estão bem. Eu a deixei com o chefe. Ela está
em um lugar seguro - Ten balançou a cabeça e colocou a mão
ensanguentada no ombro de Ivan. —Arty está no hospital. Dois de seus
homens estão mortos - Ten olhou para ele, e um punho invisível atacou o
estômago de Sergei. —Boy e Danny estão desaparecidos. Seu SUV foi
encontrado na estrada perto da prisão. O carro em que Bianca estava
bateu em uma árvore. Havia um guarda de prisão morto no banco da
frente. Sua sogra estava viva.
—E a minha esposa?
—Ela se foi. Eles a levaram - ele olhou para Ivan. —Erin também.
—Pare! Chega!
Ivan recuou e Sergei esperou por um soco que nunca veio. Seu
amigo recuperou o controle de si mesmo antes de cruzar a linha.
Respirando com dificuldade, Ivan cerrou os punhos.
—Eu jurei que iria protegê-la. Eu prometi a ela que ninguém nunca
iria machucá-la novamente.
—Eu não sei, cara. O que ouvi enquanto vinha para cá é que El Jefe
desapareceu esta manhã. Ele deixou o submundo. Ele se foi.
—E se ele não tiver fugido? O que eles vão fazer com ele? Eu nunca
confiei em Salas ou Contreras. Lalo e Hector foram os únicos que
sobreviveram a esses ataques no mês passado. Eu ainda acho que eles
atiraram uns nos outros para fazer isso parecer como se tivessem sido
atacados também.
—Você sabe quem é Ivan Markovic? Você sabe o que ele vai fazer
para você se descobrir que você deu um soco em sua esposa? Ele vai
arrancar suas bolas e empurrá-las para baixo de sua garganta. E a outra?
Eu vi o marido dela lutar uma vez. Ele partiu o esterno de um homem com
um soco. Um. Soco. —O homem riu alto. —Não, eu não vou ficar para ver
esse show. Matamos eles, e nós vamos embora.
—Ivan Markovic é rico, certo? E o outro? Sergei? Ele está preso com
Kalasnikov. Isso é um monte de dinheiro que podemos roubar.
—Parece ser um desperdício. Ela pode ser capaz de nos dar mais
dinheiro.
—Nós vamos enviar outros aqui para vê-los. Nós diremos aos caras
que vamos levar essas duas para um novo local. Deixe-os serem os únicos
a saudarem os russos. —Chris me empurrou para frente. —Porque você e
eu sabemos que aquele limpador que eles mantêm em sua folha de
pagamento vai encontrar este lugar, mais cedo ou mais tarde.
Sergei!
Capítulo Treze
—Mas onde é que vamos colocar tudo isso? —Ele fez uma pilha de
toalhas azuis e rosas sobre a mesa de café. —Entre a sua mãe e a minha, o
berçário estará transbordando. Se isso continuar, vou ter de converter um
dos quartos de hóspedes em um closet para nossos bebês.
—Eu ouvi ideias piores. Você poderia fazer prateleiras embutidas
em três paredes, mas você teria que mudar a pavimentação. Oh, e talvez
adicionar uma nova janela?
Olhando para ela, ele estava feliz por ver que ela tinha um sorriso
maroto em seu rosto. Com toda a preparação que ela tinha feito
ultimamente, ele quase não podia opinar. Nas últimas semanas, ela lhe
pediu para mover cada peça de mobiliário da casa, do andar de cima para
o de baixo, para que ela pudesse aspirar e varrer tudo atrás e sob eles. Ele
havia tentado dizer-lhe que seus bebês nem notariam a poeira, mas ela
tinha ligado o sistema hidráulico das lágrimas e fim de papo.
—Estou acabada.
Com a mão contra suas costas, ele levou-a para cima e para dentro
do banheiro da suíte. Ela felizmente ficou parada enquanto ele a despia e
arrumava o chuveiro. Ele ajudou-a a entrar e em seguida, tirou suas
roupas para se juntar a ela. Nunca desperdiçando a chance de colocar suas
mãos sobre ela, Sergei ensaboou suas palmas das mãos e fez com que
cada centímetro de seu delicioso corpo fosse completamente limpo. Ele
demorou um pouco mais em suas partes favoritas.
Quando ele tinha ido visitar sua sogra em um andar diferente, ela
teve a certeza de deixá-lo saber que ela estava muito decepcionada por
ele ter arrastado Bianca para algo tão terrível. Ele tinha ouvido tudo como
um homem. Nenhuma quantidade de culpa que ela jogou em seus ombros
jamais superaria a sua própria. Lentamente, mas seguramente, ele ia
ganhar de volta a confiança de Mona.
Quando ele e Ivan haviam discutido sobre aquela noite, alguns dias
depois, os dois homens tinham chegado à conclusão de que não existia
realmente fuga das ações escuras de seus passados. O pecado estava
manchado profundamente sobre suas almas. Eles poderiam deixar
Houston para morar em lugares em que eles não conheciam ninguém,
mas mesmo isso não era infalível.
E agora, ele tinha uma mulher bela, nua e muito sexy ofegante em
sua cama.
—Sergei - suas coxas ficaram tensas sob suas mãos. —Sergei. Oh,
baby. Bem aí. Bem... Oh.
Confortável em sua boceta, ele tomou o seu tempo esta noite. Sem
pressa, ele estabeleceu um ritmo fácil e lânguido que os deixou desfrutar
de uma construção lenta em direção ao clímax. Quando Bianca começou a
agarrar os lençóis e a torcê-los em seus punhos, ele enfiou a mão entre as
coxas para ajudá-la a encontrar a liberação que ela desejava. Seus dedos
dançaram ao redor do clitóris num ritmo que fez suas paredes interiores
se apertarem. Mordendo o lábio inferior, ele empurrou um pouco mais
rápido e mudou o ângulo. Ela gritou e empurrou para trás contra ele,
pedindo para ficar exatamente lá.
Ela gritou seu nome quando gozou, ele afrouxou o domínio sobre
seu próprio orgasmo. Ele perseguiu em seu clímax, vindo com ela e
batendo nela até que ambos estavam caindo com as pernas parecendo
gelatina. Ele segurou seu corpo exuberante em seus braços e gostou do
seu calor suave, feminino.
Algum tempo depois, ele ouviu Bianca chamando seu nome. Com os
olhos turvos, ele estendeu a mão para ela, mas pegou o cobertor em vez
dela. Sentando-se, ele percebeu que ela não estava na cama. Seu olhar foi
para o banheiro, onde a luz podia ser vista por baixo da porta.
—Bianca?
Roupas limpas? Ele olhou para o relógio. Era uma da manhã. Por
que ela precisava de roupas a esta hora da noite? Saindo da cama, ele
atravessou seu quarto e abriu a porta do banheiro. Encontrou-a em pé
em uma poça de água e esfregando uma toalha molhada na parte interna
das coxas. Por um momento, ele não sabia muito bem o que pensar.
—Isso é...?
Ele tentou se lembrar de tudo que leu nos livros e nas aulas, mas a
sua mente estava em branco. Com um sorriso doce, ela tocou seu rosto.
—Dê-me algumas roupas limpas, por favor. Precisamos tomar
banho e arrumar as malas. Vou ligar para o hospital para deixá-los cientes
de que estamos entrando em contato como a médica disse, ok?
—Sergei?
—Sim?
Nosso filho tinha ambos os pés para cima perto de sua cabeça e
suas costas estavam perto do meu colo, e nossa filha estava realmente
inclinada na diagonal com os pés debaixo da minha caixa torácica. Pela
segurança dos bebês e a minha, um cesariana tinha sido recomendada. A
ideia da cirurgia me assustou, mas eu tinha optado pela cautela.
Tudo depois disso foi uma espécie de borrão. Sergei tinha sido
arrastado para mudar de roupa enquanto eu era levada para uma sala de
operação e preparada. Inserir a peridural na minha espinha tinha sido
menos do que uma diversão, mas não tinha sido muito ruim. Enquanto
eles me preparavam para a cirurgia, me concentrei no resultado.
Uma vez que Sergei tinha se juntado a mim, a coisa toda tinha
acontecido com bastante rapidez. Nossa filha tinha nascido primeiro e
depois o nosso filho. Ambos estavam com quase três quilos. Seus gritos
inspiraram o meu. Quando Sergei havia me deixado para ir com eles para
o berçário, eu tinha ficado triste, mas me lembrei de que tinha uma vida
para apreciá-los.
Com muito cuidado, ele se levantou e trouxe os bebês para mim. Ele
beijou o nosso filho, antes de me entregá-lo. Eu ainda não podia acreditar
que essa coisinha bonita e perfeita tinha crescido no meu interior.
Embalando a nossa filha, Sergei se dobrou e capturou a minha boca num
persistente e carinhoso beijo. Nós compartilhamos um sorriso secreto e
um olhar que não precisava de palavras.
FIM