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Caderno - Higiene Ocupacional

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Higiene

Ocupacional
Eraldo de Jesus Argôlo
Sumário
Introdução ................................................................................................................................... 3

1.Competência 01 | Analisar as Condições de Higiene e Organização do Ambiente de Trabalho,


Avaliando os Riscos Ocupacionais para a Segurança e Saúde do Trabalho .................................... 5

1.1 Agentes ambientais.....................................................................................................................................5


1.2 Agentes físicos.......................................................................................................................................... 10
1.2.1 Ruído ..................................................................................................................................................... 10
1.2.2 Vibrações............................................................................................................................................... 16
1.2.3 Pressões anormais ................................................................................................................................ 17
1.2.4 Temperaturas extremas (Calor e Frio) .................................................................................................. 18
1.2.5 Radiações .............................................................................................................................................. 20
1.2.6 Umidade ................................................................................................................................................ 21
1.3 Riscos químicos ........................................................................................................................................ 22
1.4 Agentes biológicos ................................................................................................................................... 23
2.Competência 02 | Estabelecer Ações Preventivas e Corretivas para a Promoção da Higiene e
Organização do Trabalho ............................................................................................................ 27

2.1 Gerenciamento de Riscos Ocupacionais .................................................................................................. 28


2.1.1 Da Antecipação de Riscos ..................................................................................................................... 28
2.1.2 Da identificação..................................................................................................................................... 29
2.1.3 Da avalição ............................................................................................................................................ 29
2.1.4 Das medidas de prevenção e controle.................................................................................................. 30
2.2 Tipos de análise ........................................................................................................................................ 32
2.3 Instrumentação ........................................................................................................................................ 33
Conclusão................................................................................................................................... 40

Referências ................................................................................................................................ 41

Minicurrículo do Professor ......................................................................................................... 43


Introdução
Olá Estudante!
Neste momento iniciamos a disciplina de Higiene Ocupacional. Desejamos que você seja
bem-vindo (a)!
Você já ouviu falar sobre o termo Higiene Ocupacional ou Higiene do Trabalho? Mas o
que é Higiene Ocupacional? De que ela trata? Qual a sua importância para a saúde e bem-estar dos
trabalhadores? São esses e tantos outros questionamentos que você terá como esclarecer ao longo
desta tão importante disciplina para o Curso Técnico em Segurança do Trabalho e para a sua formação
profissional. Sendo assim, é extremamente importante a sua dedicação e empenho ok!
Agora veja o que preparamos para você!
Esta disciplina é composta por duas competências. Na primeira, ou seja, a competência
1, você terá a oportunidade de Analisar as Condições de Higiene e Organização do Ambiente de
Trabalho, avaliando os Riscos Ocupacionais para a Segurança e Saúde do Trabalho, e terá a sua
disposição materiais didáticos como podcasts, vídeo aula, dentre outros, assim como a avaliação
semanal e aula-atividade. Já na segunda competência, você irá conhecer e se aprofundar nas
questões relacionadas ao Estabelecimento de Ações Preventivas e Corretivas para a Promoção da
Higiene e Organização do Trabalho, tendo também disponível além dos materiais didáticos referentes
à esta competência, a oferta da avaliação da disciplina.
Veja, o trabalho é um fator de extrema importância no processo saúde-doença dos
trabalhadores. Ao mesmo tempo em que ele promove vida, subsistência, saúde e bem-estar, também
pode ocasionar em impactos negativos, como acidentes, adoecimentos, sofrimento e mortes. A
saúde dos trabalhadores, e da população em geral, está intrinsecamente relacionada há como
levamos nossa vida e a como nos comportamos no nosso trabalho de maneira geral; ou seja, está
“associada às formas de produção e consumo e de exploração dos recursos naturais e seus efeitos ao
meio ambiente, nele compreendido o do trabalho” (BRASIL, 2001; BRASIL, 2012, p.46-51; ALMEIDA,
2020).
As doenças ocupacionais, ou simplesmente aquelas que tem origem ou são ocasionadas
no ambiente de trabalho, são cada vez mais comuns, atuam de forma silenciosa, e têm vitimado
gravemente inúmeros trabalhadores, seja incapacitando-os para a atividade de trabalho e/ou até
mesmo causando sua morte.

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A origem das doenças ocupacionais ou do trabalho, podem ser diversas como: ritmo
acelerado de trabalho imposto aos trabalhadores, pressão psicológica por parte da chefia e da própria
empresa pela cobrança exagerada de resultados dos trabalhadores, e que muitas vezes não fornece
as condições necessárias de trabalho aos mesmos (SINTTEL-PE, 2013). Normalmente, os riscos e
agentes ambientais encontrados nos locais de trabalho são classificados em: Agentes físicos, Agentes
químicos e Agentes biológicos. Mas também são considerados como riscos ocupacionais os riscos
ergonômicos e de acidentes.
Pronto para estudar sobre as questões relacionadas ao ambiente de trabalho e as ações
de prevenção à saúde dos trabalhadores? Espero que sim!
Ah, mas antes, vamos conhecer um pouco da história da Higiene Ocupacional. Leia e
acesse o link do Saiba Mais.

Bons Estudos!

Saiba Mais!
Pois bem, percebeu que são várias as questões que envolvem a saúde e o
bem-estar do trabalhador? Agora você pode conhecer um pouco mais sobre a
história da Segurança do Trabalho. Acesse os links a seguir e assista aos vídeos
“Trecho do filme "Tempos Modernos", de Charles Chaplin (Link: 1) ” E “Parte
da história da Segurança do Trabalho no Mundo e Brasil (Link: 2) ”.
Link: 1: https://videos.bol.uol.com.br/video/trecho-do-filme-tempos-
modernos-de-charles-chaplin-04020E983066CC896326
Link: 2: https://www.youtube.com/watch?v=7gHkXYUh9xk&t=275s

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1.Competência 01 | Analisar as Condições de Higiene e Organização do
Ambiente de Trabalho, Avaliando os Riscos Ocupacionais para a Segurança
e Saúde do Trabalho

1.1 Agentes ambientais

Caro(a) estudante seja bem-vindo à primeira competência da disciplina de Higiene


Ocupacional!
A Higiene Ocupacional é um estudo que demanda um pouco mais de dedicação, devido à
complexidade do assunto. No primeiro momento, será abordado no Ebook uma introdução sobre a
relação que existe entre os riscos ocupacionais e você, futuro técnico em segurança do trabalho. Para
isto é preciso entender que você pode estar exposto ou não ao chamado agente ambiental durante
as suas atividades no ambiente laboral. É possível que no mesmo ambiente de trabalho laboral, sejam
identificados a presença diversos agentes, mas nem sempre estes representarão um risco para a
saúde do trabalhador (AZEVEDO, 2018; ACIOLY, 2020). Mas antes de prosseguir com a leitura,
recomendo que você ouça o Pdcast da Competência 1.

Caro(a) estudante, agora acesse ao AVA e ouça o Podcast desta primeira


semana (Competência 1)! Neste será comentado e ensinado outras
curiosidades que com certeza irão fornecer maior segurança no aprendizado
fazendo com que a aula fique cada vez mais interessante!

Agora que você já ouviu o Podcast desta primeira semana (Competência 1), você pode
prosseguir com os seus estudos, leia a definição da Higiene do Trabalho ou Higiene Ocupacional.
A Higiene do Trabalho ou Higiene Ocupacional, é a ciência que trata justamente sobre a
prevenção das doenças oriundas do trabalho de forma a se antecipar, reconhecer, avaliar e controlar
os agentes/riscos ambientais (ALMEIDA, p. 9, 2020).
A Norma Regulamentadora - NR-9 consideram-se os riscos ambientais os agentes físicos,
químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza,
concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do

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trabalhador. No seu subitem 9.1.1 da Norma Regulamentadora - NR-9 estabelece os requisitos para
a avaliação das exposições ocupacionais a agentes físicos, químicos e biológicos quando
identificados no Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR, previsto na Norma Regulamentadora
- NR-1, e subsidiá-lo quanto às medidas de prevenção para os riscos ocupacionais.

Caro(a) estudante imagino que você já esteja agora pensando sobre avaliação
das exposições ocupacionais a agentes de riscos Ergonômicos e de Acidentes?
O Gerenciamento de Riscos Ocupacionais prevê a avaliação de todos os riscos
ocupacionais (não apenas os ambientais), a indicação do nível de risco e sua
classificação para determinação das medidas de prevenção e o
acompanhamento do controle dos riscos ocupacionais.

Com a introdução desse novo conteúdo na NR-01, que dialoga com todas as demais
normas regulamentadoras, os requisitos referentes a gerenciamento de riscos até então presentes
na NR-09 foram reescritos na NR-01, sobrando ao novo texto da NR-09 os requisitos específicos para
avaliação e controle das exposições ocupacionais aos agentes ambientais químicos, físicos e
biológicos.

Caro(a) estudante, você gostou e entendeu que a Norma Regulamentadora -


NR-9, no seu subitem 9.1.1, estabelece os requisitos para a avaliação das
exposições ocupacionais a agentes físicos, químicos e biológicos? Agora você
pode conhecer um pouco mais sobre a identificação e avaliação das
exposições ocupacionais aos agentes ambientais físicos, químicos e biológicos.
Acesse o link a seguir:
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-
especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normas-regulamentadoras/nr-09-atualizada-2021-com-anexos-vibra-
e-calor.pdf

Depois de você saber da importância da avaliação das exposições ocupacionais a agentes


físicos, químicos e biológicos, torna-se fundamental agora entender a diferença dos termos Agentes

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Ambientais e Riscos Ambientais, pois esses serão bastante utilizados durante a sua rotina de trabalho.
Como diferenciar “agente” e “risco” ocupacionais?
Preste atenção...
Em todas as atividades laborais existem riscos com a probabilidade de ocorrência
diferente, uns com menor ou outros com gravidades maiores, porém sempre existirá a presença de
agentes nocivos, capazes de causar danos à saúde do trabalhador. De acordo com o anexo I da Norma
Regulamentadora - NR-1, define-se o Risco relacionado ao trabalho ou risco ocupacional, como sendo
a combinação da probabilidade de ocorrência de eventos ou exposições perigosas a agentes nocivos
relacionados aos trabalhos e da gravidade das lesões e problemas de saúde que podem ser causados
pelo evento ou exposição.

Caro(a) estudante um agente ocupacional passa a ser considerado como risco


ocupacional, quando este é nocivo à saúde do trabalhador.
Sendo assim, um agente que está presente no ambiente laboral é considerado
saudável, quando apresentar uma concentração baixa e/ ou intensidade
permitida.

Você estudante como futuro técnico em segurança do trabalho, deverá ter um olhar
técnico, muita prática e conhecimento das Normas Regulamentadoras – NRs, para observar os riscos
presentes no seu cotidiano laboral, visando sempre minimizar os efeitos dos riscos ocupacionais. Veja
um exemplo prático do cotidiano laboral.
Considerando que você seja contratado para ser o técnico de segurança do trabalho de
uma grande empresa, ao passar primeiro pelo escritório de administração, observa que no ambiente
de trabalho só há bancadas e computadores, mas o ambiente se apresenta com muito ruído devido
as falas e euforias de tons elevados dos colaboradores, que se encontram comemorando um grande
resultado das vendas de produtos acabados. Já em um segundo momento você está passando pelo
setor de produção, e observa a presença elevada de ruídos devido aos movimentos intensos das
maquinas de produção. Qual é a conclusão para os dois casos apresentados que você pode ter
relacionada ao agente ocupacional observado?

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O agente ruído está presente nos dois casos? Sim. A Intensidade produzida nos dois casos
são capazes de causar danos à saúde dos colaboradores? No primeiro caso não, mas no segundo caso
deve ter medidas de segurança de proteção individual, como uso de abafadores ou protetores
auriculares para minimizar a intensidade ao risco de ruído. Nos dois casos analisados o tempo de
exposição ao risco de ruído pode provocar algum dano à saúde do colaborador? No primeiro caso
não, mas já no segundo caso o tempo de exposição pode influenciar na elevação do grau dos danos
à saúde dos colaboradores do setor de produção. Em casos práticos como os citados, você deve
sempre levar em consideração no ambiente laboral a presença da Susceptibilidade individual. Você
sabe o que este termo significa?
Quando o trabalhador está inserido em uma determinada ocupação susceptível, ele pode
desenvolver características particulares, que podem provocar no mesmo o surgimento de uma
doença ocupacional, devido aos efeitos da intensidade e do tempo exposição ao ambiente de
trabalho com elevado nível de ruídos. Mas como você pode monitorar esta exposição?
A Norma Regulamentadora – NR 15 estabelecem os paramentos relacionados a
ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES, nesta consta que um trabalhador só pode ficar exposto a
85 dB (Nível de Ruído em dB - Decibéis) no período de sua jornada de trabalho de 8 horas diárias, sem
que ocorra danos graves a sua saúde, mas existe casos onde os trabalhadores são mais sensíveis, isto
é, apresentam alta sensibilidade que podem ter a sua saúde afetada mais rapidamente devido ao
alto nível e o tempo de exposição ao risco de ruído. Entretanto pode existir também neste mesmo
ambiente laboral trabalhador que não sofram nenhum dano à saúde, pois conseguem suportar uma
pressão sonora maior no mesmo período de tempo de exposição de 8 horas diárias.
A norma regulamentadora NR-15 estabelece as atividades que devem ser consideradas
insalubres, gerando direito ao adicional de insalubridade aos trabalhadores.

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Caro(a) estudante, você gostou e entendeu o motivo da importância da Norma
Regulamentadora - NR-15 para o desenvolvimento da Higiene Ocupacional?
Agora você pode conhecer um pouco mais sobre a Norma Regulamentadora –
NR 15. Acesse o link a seguir:
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-
especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-
trabalho/ctpp-nrs/norma-regulamentadora-no-15-nr-15

Todos os profissionais da área de saúde e segurança do trabalho devem conhecer e


compreender os fundamentos técnicos e elementos-chaves da Higiene Ocupacional, pois através
destes será possível analisar os parâmetros para realização das avaliações de riscos presente no
ambiente laboral ocupacional. Cabe a gestão da Higiene Ocupacional analisar e implantar medidas
de controle dos riscos ocupacionais, de acordo com às Normas Regulamentadoras – NRs. A seguir
você poderá conhecer e compreender alguns dos fundamentos técnicos e elementos-chaves da
Higiene Ocupacional. São eles:

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• Nexo causal: É a relação de causa e efeito, na segurança do trabalho, isto é
a relação existente entre ação do agente e o resultado final desta ação, logo,
o acidente ou doença ocupacional.
• Limite de Tolerância: É o intervalo de concentração ou intensidade máxima
ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente
ambiental específico, que não causará danos à saúde do trabalhador,
durante a sua vida laboral.
• Valor Teto: É o valor do nível máximo que não pode em nenhum momento
ultrapassar o limite permitido de saúde e segurança do trabalho, isto é, no
período da jornada de trabalho todas às avaliações não poderá exceder por
nenhuma hipótese o valor limite do nível máximo. Este fundamento é
bastante utilizado para avaliações a agentes químicos.
• Nível de ação: É o valor de alerta máximo, acima do qual devem ser iniciadas
as ações preventivas. De forma a minimizar a probabilidade de que as
exposições a agentes ambientais ocupacionais ultrapassem aos limites de
exposição estabelecidos.

1.2 Agentes físicos

De acordo com a NR 9 Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que


possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruídos, vibrações, pressões anormais,
temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infra-som e o
ultra-som e umidade. No mapa de riscos ocupacionais a cor verde representa as áreas de presença
dos agentes físicos. Chamo atenção do subitem 5.3.1 da NR 5 que desobriga as empresas a registrar
os riscos ocupacionais por mapa de riscos.

1.2.1 Ruído

O ruído sempre está presente em todo ambiente laboral, é um dos agentes físicos mais
comuns. A depender dos elevados níveis de concentração e tempo de exposição o ruído pode
provocar ou não graves danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores durante o período da atividade
laboral, como por exemplo perda irreversível da audição. Por este motivo o estudo e monitoramento
do ruído é de grande relevância para pesquisadores higienistas e profissionais da área da saúde e
segurança do trabalho.

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Como pode ser definido o “ruído”? Veja primeiro alguns conceitos básicos para melhor
entender o ruído.

• O Som: É formado por uma variação da pressão atmosférica sensível ao


ouvido.
• Som audível é o som que o Ser Humano é capaz de ouvir, por meio da
captação de vibrações com frequências compreendidas no intervalo de 20
Hz até 20.000 Hz (hertz).

Com os entendimentos dos “som e som audível” ficará mais fácil para você entender o
que é um ruído!
Ruído é definido como sendo um conjunto de sons não coordenados, onde não há uma
relação harmônica entre si. Por este motivo que tipos de ruídos como barulho, som ou poluição
sonora não desejada causam incômodo e desconforto, sendo assim é o som indesejável ao ouvido.
Podem ser classificados como sendo:
 De Impacto: Conforme definido no anexo Nº 2 da NR 15 e a Norma de Higiene
Ocupacional – NHO 01 da FUNDACENTRO, é aquele que apresenta picos de energia
acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um)
segundo. Por exemplo: O ruído produzido pelo equipamento de fundação de bate
estacas de uma obra da construção civil.
 Contínuo ou Intermitente: Entende-se para os fins de aplicação de Limites de
Tolerância, o ruído que não seja ruído de impacto. Logo este tipo de ruído ocorre nos
intervalos com duração inferior a um segundo, sendo pouco perceptível a audição,
isto é considerado contínuo. Por exemplo os equipamentos utilizados nas obras da
construção civil como: martelete de ação pneumática utilizados nas obras de
restauração de estradas e rodovias.
O ouvido humano é capaz de detectar um intervalo de nível de ruído muito grande de
diferentes tipos de vibrações, que se converte em pressão sonora, com intervalo de variação de 20 µ
(micro) Pa até 200 Pa (unidade de pressão de Pascal), o que torna inviável a produção de instrumento
que mensure este alto nível da pressão sonora. Por esse motivo usar-se uma escala logarítmica de
relação de grandezas, para a medição deste alto nível da pressão sonora, conhecido como decibel

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(dB), unidade que será muito utilizada durante sua atividade laboral como técnico de saúde e
segurança do trabalho, ao monitorar os níveis de ruídos no ambiente de trabalho. Os Limites de
Tolerância para ruído contínuo ou intermitente na escala em decibel (dB), são estabelecidos na NR
15, no Anexo Nº 1 conforme a Tabela - 1 a seguir, levando em consideração o tempo diário de
exposição, em função dos níveis de ruídos presentes no ambiente laboral. Esses níveis de ruídos
serão medidos na escala decibel (dB) (A), que significa resposta lenta.

NÍVEL DE RUÍDO dB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL


85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 45 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos

12
114 8 minutos
115 7 minutos

Tabela - 1: Limite de Tolerância para ruído contínuo ou intermitente.


Fonte: Adaptado da NR 15.

A NR 15 estabelece os tempos de exposição do trabalhador aos níveis de ruídos, os quais


não poderão em nenhuma hipótese exceder os limites de tolerância fixados na tabela apresentada.
Chamo a atenção para analises dos valores intermediários da tabela, pois deverá ser considerado o
valor do nível máximo de exposição de trabalho diário permissível relativa ao nível imediatamente
mais elevado, ou seja, por exemplo se o trabalhador estiver exposto a 99 dB (valor intermediário
entre 98 e 100 dB que consta na tabela), deve-se considerar que ele está exposto ao nível máximo de
exposição permitida de 100 dB, que é uma exposição máxima do trabalhador ao risco ocupacional de
ruído do ambiente por 1 hora. Espero que você tenha entendido o exemplo proposto.

Caro(a) estudante o que são 100 dB? Você já imaginou como realizar uma
avaliação da intensidade do nível do ruído no ambiente laboral, sem a
utilização dos equipamentos de medição? Como afirmar que o ambiente
laboral está dentro do nível máximo de exposição permitida de 85 dB? Veja a
seguir uma imagem com os valores estipulados dos níveis de ruídos presentes
nos cotidianos das grandes cidades.

Você como futuro técnico de segurança do trabalho deverá sempre alertar os


funcionários em relação aos problemas relacionados à perda auditiva provocada pela a exposição
frequente da alta intensidade dos níveis de ruídos presentes nos cotidianos, principalmente no
ambiente laboral, pois, uma vez que inicia a perda auditiva, esta será irreversível para o trabalhador.

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Figura 01: Valores estipulados da intensidade dos níveis de ruídos presentes nos cotidianos das grandes cidades.
Fonte: https://www.vibrashop.com.br/ruido-perigo
Audiodescrição da figura: A imagem ilustra uma escala com os valores estipulados da intensidade dos níveis de ruídos
presentes nos cotidianos das grandes cidades. Nesta é possível observar os níveis de ruídos que não representam ricos
ocupacionais (representado na parte inferior da coluna na cor verde), já na parte superior da coluna (na cor vermelho
escura) é possível ver os níveis de ruídos que podem provocar lesão irreversível. A variação das cores na coluna é de
acordo com a elevação dos valores estipulados da intensidade dos níveis de ruídos, isto é quanto maior a intensidade do
ruído há uma variação de corres do mais leve aos mais intenso (verde, amarelo, vermelha e vermelha escura). No lado
esquerdo da escala você pode observar as ações presentes no dia a dia ao qual corresponde a esses valores estipulados
da intensidade dos níveis de ruídos, com imagens na ordem de cima para baixo: sirene, discoteca, fone no ouvido, pasta
com veículos, sala de aula com alunos, boca representando uma pessoa falando. Fim da audiodescrição.

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Caro(a) estudante chamo a atenção para uso constante dos fones de ouvidos
em altos volumes ou até mesmo no volume máximo, pois a alta intensidade dos
níveis de sons dos equipamentos de músicas ou de comunicação, podem causar
perda irreversível da audição. Lembrando que a variação do nível da pressão
sonora do leitor de música está no intervalo de 70 até 100 dB.

Os principais problemas relacionados ao Ruído são: Perdas auditivas; Problemas


fisiológicos (como por exemplo problemas cardiovasculares); Estresse relacionados ao trabalho;
Riscos acrescidos de acidentes. Já as perdas auditivas, identificada como PAIRO (Perda Auditiva
Induzidas do Ruído Ocupacional), só podem ser reconhecidas e relacionadas ao ruído ocupacional se
apresentarem as seguintes características como: Perda neurossensorial irreversível; Perda gradual ao
longo de 6 a 10 anos; inicia-se nas frequências altas; Estabiliza quando para a exposição ao ruído.

Caro(a) estudante chamo sua atenção para os casos em que o trabalhador


desempenha em dupla ou até tripla jornada, isto é, ficam expostos aos altos
níveis de ruídos por dois ou mais períodos de trabalho, neste caso deve-se ser
considerados os efeitos de forma combinada, nas avaliações quantitativas!
Você sabe realizar o cálculo de avalição a exposição ao risco de ruído? A seguir
veja como é fácil realizar através da equação abaixo!

Considere na equação: Cn: Indica o tempo total que o trabalhador fica exposto a um nível
de ruído especifico. Tn: Indica a máxima exposição diária permissível a este nível. Considerando os
seus efeitos combinados e somados, você obtém as seguintes frações:

C1/T1 + C2/T2 + C3/T3 ... + Cn/Tn

Atenção para quando a soma das frações da equação acima ultrapassar o valor da unidade
(o número 1), pois significa que a exposição estará no valor acima do limite de tolerância. Chamo
também a sua atenção para os casos, onde ocorrem atividades ou operações que exponham os
trabalhadores a níveis de ruído, contínuo ou intermitente, superiores a 115 dB(A), sem proteção
adequada, pois estás oferecerão riscos grave e iminente.

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Considere o exemplo proposto: Em uma empresa montadora de aviões, existe um grande
quantitativo de funcionários, distribuídos em diversos setores desde a área administrativa até a linha
de produção, onde todos trabalham dia a dia expostos a diferentes níveis de ruídos, isto porque cada
setor tem suas rotinas, equipamentos e máquinas diversas, funcionando todas no mesmo período da
jornada laboral. Neste caso para analisar se os funcionários estão em condições insalubres, o técnico
de segurança do trabalho resolveu realizar um monitoramento das avaliações quantitativas dos níveis
de ruídos do ambiente laboral do setor de linha de produção, porque apresentava maior intensidade
de ruídos, chegando à conclusão que os funcionários estão expostos a MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA
PERMISSÍVEL de: 2 horas de trabalho exposto a 90 dB; 3 horas de trabalho exposto a 91 dB; 1 hora de
trabalho exposto a 100 dB; 2 horas de trabalho exposto a 85 dB.

Caro(a) estudante futuro técnico de segurança do trabalho, qual foi a sua


conclusão, com relação as condições laborais do setor de linha de produção
desta empresa de aviões? Espero que você tenha gostado da análise prática?
Poste sua resposta no fórum do AVA? Realize outras avaliações, simulando
outros valores! Espero por você lá no AVA!

1.2.2 Vibrações

De acordo com Soeiro (2009), as “vibrações ou oscilações são produzidas e dissipadas


através dos movimentos que se repete, regular ou irregularmente, após um intervalo de tempo”. A
NR 15 no ANEXO VIII estabelecer critérios para caracterização da condição de trabalho insalubre
decorrente da exposição às Vibrações de Mãos e Braços (VMB) e Vibrações de Corpo Inteiro (VCI)
(SILVA, 2016; ANCIOLY, 2020). Já a Organização Internacional para a Normalização – ISO, em suas
normas ISO 2631-5:2018 e ISO/DIS 5349 ou suas substitutas estabelecem os limites de tolerância,
visando à comprovação ou não da exposição ao agente físico da vibração (JUSBRASIL, 2019).
No ambiente laboral da construção civil o agente físico da vibração pode ser encontrado
facilmente na vibração de corpo inteiro dos operadores de máquinas pesadas, como por exemplo as
retroescavadeiras, motoristas de caminhões e de ônibus. No entanto as vibrações localizadas podem

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ser encontradas nos trabalhadores que operam ferramentas manuais, como marteletes, lixadeiras,
compactadores e motosserras.
As vibrações de corpo inteiro geralmente provocam lesões musculares e distúrbios ao
Sistema Nervoso Central, principalmente na região da medula espinhal e as meninges que se
encontram no interior do canal vertebral, que se estende pelo centro da coluna vertebral.
Caro(a) estudante você já andou de ônibus algum dia? Deve ter sentindo as vibrações de
corpo inteiro que ocorrem durante a movimentação do veículo, devido ao próprio movimento e a
vibração do motor. Imagine agora como deve estar a saúde ocupacional do motorista de ônibus
urbano no final de cada dia, mês ou anos, que trabalha exposto aos agentes de vibração e ruído
durante 8 horas diárias com intervalo entre 15 a 30 minutos de descanso por viagem, onde cada
percurso pode ser de até 2 horas ou mais a depender do movimento transito.
As vibrações localizadas podem provocar doenças vasculares, principalmente no punho,
cotovelo e ombros, que podem levar a má circulação do sangue ou até a formação de gangrena, que
é a morte do tecido.

1.2.3 Pressões anormais

De acordo com SILVA, 2016 há dois tipos de pressões anormais as hiperbáricas (que
ocorrem com o aumento da pressão atmosférica) e as hipobáricas (onde ocorrem a redução da
pressão atmosférica). As atividades em condições hiperbáricas, temos mergulhos, serviços
metroviários (realizados em túneis), perfurações e extrações de minas, construção civil (trabalhos
realizados em tubulações de grandes diâmetros), entre outros. Quando o trabalhador está exposto a
um ambiente pressurizados, ocorrem interferências nos gases presente no seu organismo, caso
aumente a pressão poderá causar algumas doenças de descompressão ao término da atividade de
entrada e retorno do ambiente em condições hiperbáricas (ANCIOLY, 2020). É por isto que o
mergulhador deve tomar muito cuidado no mergulho e quando retorna à superfície (SILVA, 2016).
Já as atividades em condições hiporbáricas são as desenvolvidas em determinadas
altitudes, como por exemplos atividades de pilotos de avião, paraquedista, alpinista, astronauta,
operações de limpezas ou reformas de silos ou tanque na vertical de alturas elevadas, entre outras.
Os efeitos da pressão atmosférica e falta de oxigênio respirável, reduz a concentração de oxigênio
recebido pelos tecidos do corpo humano, provocando a hipóxia, que pode provocar danos graves a

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saúde do trabalhador como por exemplos aumento da frequência cardíaca e respiratória, redução da
capacidade motora e sensitiva, interferências no sono, fadiga muscular, hemorragias na retina
oculares, edemas cerebrais e pulmonares, que podem causar até a morte.

Caro(a) estudante, você gostou e entendeu o conceito de Pressões anormais


(hiperbáricas e hiporbáricas)? Agora você pode ampliar e consolidar um pouco
mais os seus conhecimentos sobre Oxigenoterapia Hiperbárica. Acesse o link
abaixo e assista ao vídeo aula:
http://hiperbaricanatal.com.br/oxigenoterapia-hiperbarica/

1.2.4 Temperaturas extremas (Calor e Frio)

O calor e o frio são considerados como agente ambiental de temperatura extrema, que
podem provocar graves danos à saúde do trabalhador, comprometendo o funcionamento das suas
atividades normais de trabalho e vida. Por este motivo é que você futuro técnico em segurança do
trabalho deverá sempre está monitorando esse tipo de risco ocupacional no ambiente laboral.
Para tornar um ambiente salutar são necessários constantes monitoramentos dos riscos
ocupacionais e investimentos em melhores condições de trabalhos. A NR 17 em seu subitem 17.5.1
trata das condições ambientais de trabalho, que devem estar sempre adequadas às características
psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.

a) Exposição ao calor:
Caro(a) estudante, você já ouviu falar em determinados trabalhadores que atuam em
áreas de fundição (processo de colocar metal líquido em um molde) ou soldagem em indústria
metalúrgicas, que ficam expostos no ambiente laboral em condições com temperaturas elevadas
durante sua jornada de trabalho? Caso você seja responsável pela saúde e segurança desse
profissional, como você poderá minimizar e monitorar o agente ambiental de temperatura extrema,
o calor? Para isto é necessário você entender melhor o Risco Físico Calor!
O sol é a maior fonte do Risco Físico Calor do planeta terra, estando presente nas regiões
quentes e úmidas. No período do verão é bastante evidente o desconforto com o calor e elevadas
temperaturas acima de 30°C que passa a população das cidades do nordeste do Brasil. A NR 15

18
estabelece no anexo 3, que para o Risco Físico Calor seja evidenciado é necessário a presença de uma
fonte artificial de energia de calor, proveniente de equipamentos como por exemplos fornos,
caldeira, fogão, etc. A avaliação quantitativa do calor deverá ser realizada com base na metodologia
e procedimentos descritos na Norma de Higiene Ocupacional NHO 06 (2ª edição – 2017) da
FUNDACENTRO nos seguintes aspectos: a) determinação de sobrecarga térmica por meio do índice
IBUTG – Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo; b) equipamento de medição e formas de
montagem, posicionamento e procedimentos de uso dos mesmos nos locais avaliados; c)
procedimentos quanto à conduta do avaliador; e d) medições e cálculos.
Observação: A taxa metabólica ou sobrecarga térmica que o trabalhador está exposto
deve ser estimada com base na comparação da atividade realizada pelo trabalhador com as opções
apresentadas na NR 15 no quadro 2 deste Anexo. Caso uma atividade específica não esteja
apresentada no Quadro 2 deste Anexo, o valor da taxa metabólica deverá ser obtido por associação
com atividade similar do referido Quadro. O IBUTG para ambientes fechados (sem carga solar) é
calculado a partir da medição de duas temperaturas: Tbn e Tg.

IBUTG = 0,7 Tbn + 0,3 Tg

Onde: Tbn – Termômetro de bulbo úmido natura e Tg – Termômetro de globo. O IBUTG


para ambientes abertos (com carga solar) é calculado a partir de três medições: Tbn e Tg, que já foi
utilizado, e a Tbs.

IBUTG = 0,7 Tbn + 0,2 Tg + 0,1 Tbs

Onde: Tbs – Termômetro de bulbo seco. Observação: No cálculo do IBUTG deve ser
considerado o tipo e classe da atividade realizada pelo trabalhador, quantificada em kcal/h.

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Caro(a) estudante, você gostou e entendeu o conceito sobre Exposição ao
calor? Agora você pode ampliar e consolidar um pouco mais os seus
conhecimentos sobre como realizar o Cálculo do IBUTG e Taxa metabólica com
média ponderada - Higine ocupacional. Acesse o link abaixo e assista ao vídeo
aula:
https://www.youtube.com/watch?v=jjykvBbNy18

b) Exposição ao frio:
Caro(a) estudante, você já ouviu falar em determinados trabalhadores que atuam
expostos as condições de risco extremo ao frio, em geral temperaturas próximas de 0°C ou até menos,
em áreas de câmeras frias das industrias dos setores agroindustriais, alimentos ou em locais que
apresentem condições similares? Como exemplos desses setores, podem ser citadas as câmeras frias
de frigoríficos de carne animal ou as câmeras frias das áreas de conservação produtos alimentícios
acabados como das polpas de frutas, embutidos de carne, laticínios, maturação das cervejas
(processo que acontece depois que a fermentação foi finalizada), entre outras. O Anexo 9 da NR 15
determina as ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES executadas no interior de câmaras frigoríficas.
Os danos à saúde do trabalhador relacionados à exposição ao risco físico frio podem ser:
Hipotermia; Problemas respiratórios; Geladura (congelamento parcial de membros pés e mãos);
Ulcerações (lesões na pele).

1.2.5 Radiações

A Radiação é um fenômeno físico, onde ocorre a emissão e a propagação de energia,


através de dois pontos no espaço ou no meio material. Quando se manipula a radiação, há liberação
de energia radioativa ou radioatividade no meio ambiente, onde se faz presente o trabalhador. O
emprego da energia radioativa é bastante utilizado nas áreas da medicina, indústria, agricultura e
geração de energia, através das usinas nucleares. A NR 15 no Anexo 7º estabelece que Radiação pode
ser classificada em Radiação Ionizante e Radiação não Ionizante.

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a) Radiação Ionizante: ao depender do seu tipo de energia, é capaz de penetrar na
matéria e remover parte do átomo. Como exemplo da radiação ionizante, podemos citar os Raios X
(que são capazes de atravessar o corpo humano); Radiação alfa (α) (que não são capazes de
atravessar uma folha de papel); Radiação beta (β) (que não são capazes de atravessar uma camada
de alumínio); Radiação gama (γ) (que não são capazes de atravessar uma camada de chumbo ou
concreto).
Caro(a) estudante, como exemplo de trabalhadores que atuam constantemente em
condições de exposição à Radiação Ionizante, estão nas áreas de radiologia, que podem ter devido
ao longo período de exposição, doenças cancerígenas. Para minimizar o risco a radiação, faz-se uso
necessário de equipamentos de radioproteção, como aventais, assim como, o uso de medidores
individuais, conhecidos como dosímetros de radiação, que mostram níveis de energias radioativas, a
qual o trabalhador está exposto.
b) Radiação não Ionizante: A NR 15 no ANEXO N.º 7 define RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES
como sendo a que não tem o poder de ionização, como por exemplo as micro-ondas, ultravioletas e
laser. A comunicação de radiofrequências e os equipamentos que são fontes de calor como os
secadores de cabelos, fornos e aparelhos de esterilização transmitem micro-ondas, assim como a
energia fornecida pelo sol no horário da manhã, através da radiação ultravioleta que tem
comprimento de onda menor que 400nm dividida em UV-A, UV-B e UV-C. Chamo atenção para
lembrar que a UV-B é prejudicial à saúde humana, por este fato, deve-se utilizar bloqueadores solares
específicos para essa radiação no corpo, para evitar câncer de pele, lesões na pele e nos olhos e
cansaço físico, entre outros danos à saúde.

1.2.6 Umidade

A NR 15 no ANEXO N.º 10 escabece as condições para ATIVIDADES E OPERAÇÕES


INSALUBRES com UMIDADE, sendo que as condições para ser executadas em locais alagados ou
encharcados, com umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, serão
consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho. Nas
atividades laborais com possíveis presença umidade, podem ser citadas como exemplos, as atividades
executadas em lavanderias, frigoríficos, lava jato de carro, atividade pesqueira, cozinha industriais,
indústrias de refrigerante e cerveja, entre outras. A presença da umidade associada ou não a outros

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riscos como o frio e eletricidade nos ambientes laborais, pode provocar grave danos à saúde do
trabalhador, e até levar a morte.

1.3 Riscos químicos

A NR 01 no Anexo I estabelece que o agente químico, é toda substância química, que por
si só ou em misturas, que seja em seu estado natural, que seja produzida, utilizada ou gerada no
processo de trabalho, que em função de sua natureza, concentração e exposição, é capaz de causar
lesão ou agravo à saúde do trabalhador. Exemplos de agente químico: fumos de cádmio, poeira
mineral contendo sílica cristalina, vapores de tolueno, névoas de ácido sulfúrico.
São substâncias químicas toxicas, que podem causar graves danos à saúde. A
contaminação do organismo, pode ser através da inalação (pela via respiratória), via cutânea (por
absolvição pela pele), e via digestiva (através do ato de ingerir). A presença do agente químico nas
áreas de riscos ocupacionais das empresas, devem ser representados pelos os círculos na cor
vermelha. Os agentes químicos estão caracterizados nos Anexos 11, 12 e 13 da NR 15, e nestes
constam, os limites de tolerâncias e os parâmetros que determina a insalubridade do ambiente
laboral. Mas para cada tipo de agente químico avaliado, terão os Valores Teto. Nos ambientes laborais
onde há contaminações de agentes químicos, em geral ocorrem a redução da concentração do
oxigênio, o que o torna o ambiente asfixiante e até mortal (ARGÔLO; BATISTA, 2021). Destacando
alguns agentes químicos e seus possíveis danos à saúde:
Poeiras: São micropartículas sólidas orgânicas e inorgânicas, e em geral menores do que
1 mícron de diâmetro. A Pneumoconiose são as doenças originadas pela inalação de pó
principalmente no ambiente de trabalho. Dependendo do pó mineral inalado, podem ser
desenvolvidos diferentes tipos de pneumoconiose, por exemplo: Asbestose: causada pela inalação
de pó de amianto; Silicose: relacionada à inalação de sílica (presente no cimento); Antracose: oriunda
da inalação de partículas de carbono derivadas do carvão ou grafite; Siderose: decorrente da
exposição a partículas de ferro; Talcose: causada geralmente por processos de mineração e moagem
do talco, bagassose: devida à inalação de pó de bagaço da cana de açúcar.
Particulados Líquidos: A névoa é composta por partículas no estado líquido, que são
produzidas por substâncias líquidas que sofreram ruptura, se tornando pequenas partículas que
acabam por se dispersar no ar, como por exemplo as névoas de óleo, muito comum em maquinários

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da metalúrgica. Já a neblina é a suspensão de partículas líquidas formadas pela condensação do vapor
de uma substância líquida na temperatura normal, como por exemplo nas oficinas de pintura
automotivas, onde são recomendadas o uso de cabine com exaustores para minimizar os riscos do
agente químico.
Gasosos: Esse agente contaminante não possui forma e nem volume definido, e em
condições normais de temperatura e pressão ele é considerado um gás. Existem vários tipos de gases
no ambiente laboral como por exemplo o oxigênio, gás carbônico, hélio, o gás liquefeito de petróleo
(GLP), (chamado de gás de cozinha). Já se o contaminante é um líquido em condições normais, sua
fase gasosa será chamada de vapor, como por exemplo o vapor de água.
De acordo com suas propriedades químicas, os gases e vapores podem ser classificados,
resumidamente, como orgânicos, ácidos, alcalinos e inertes. Como exemplo de vapor orgânico pode
ser citado o benzeno (que causa o câncer) e o álcool etílico.
Os fumos metálicos são partículas sólidas, que podem ser liberadas pela condensação de
vapores, em processos de fundição de metais (na fumaça), durante a realização de trabalhos com
solda e corte de chapas à quente e, a depender da liga do eletrodo usado, podem causar graves danos
à saúde do trabalhador. O eletrodo de alumínio pode causar bronquites e fibrose pulmonar, além de
câncer no pâncreas. Já o óxido de ferro pode causar uma pneumoconiose, a siderose.

1.4 Agentes biológicos

A NR 01 no Anexo I estabelece que os agentes biológicos, são microrganismos, parasitas


ou materiais originados de organismos que, em função de sua natureza e do tipo de exposição, são
capazes de acarretar lesão ou agravo à saúde do trabalhador. Exemplos: bactéria Bacillus anthracis,
vírus linfotrópico da célula T humama, príon agente de doença de Creutzfeldt-Jakob, fungo
Coccidioides immitis. Isto é, todos os microrganismos patogênicos, que causam doenças como por
exemplo os vírus, bactérias, parasitas, protozoários, fungos e bacilos. No mapa de risco a presença
destes agentes biológicos, são representados pelo círculo na cor marrom.
Esses microrganismos patogênicos, que podem causar doenças, como por exemplos
fungos (doenças de pele, como micoses, frieiras e dermatoses, etc.), vírus (hepatite, caxumba,
sarampo, gripe, AIDS e COVID 19, etc.), bactérias (meningite meningocócica, difteria, coqueluche,

23
tétano e tuberculose, etc.), protozoários (doenças de Chagas, tricomonas vaginales e parasitas da
vagina). Os Agentes biológicos, podem estar presentes em diversas áreas do ambiente laboral, nas
quais os trabalhadores ficam expostos aos riscos de contaminações microbiológicas, como exemplo
nas atividades laborais em indústrias de alimentos, hospitalares, na coleta e limpeza do lixo e esgoto
das cidades urbanas e rurais, manipulação de análises nos laboratórios microbiológicos, cemitérios
(exumação de corpos), estábulos e cavalariças, clinicas veterinárias (manipulação de resíduos de
animais), entre outras.

Caro(a) estudante chamo sua a atenção de que para o técnico de segurança do


trabalho, realizar a avaliação quantitativa do agente biológico, se faz necessário
o apoio de um profissional especialista em Medicina do Trabalho. E que as
doenças profissionais ou doenças ocupacionais são todas doenças adquiridas
pelo trabalhador, em função da atividade de trabalho, como por exemplo a LER
(lesões por esforço repetitivo), DORT (distúrbios osteomusculares relacionados
ao trabalho), que são doenças desenvolvidas por esforço repetitivo por longo
período de digitação. Veja as LER e DORT mais comuns que acometem o
trabalhador:
Tendinite: inflamação dos tendões; Tenossinovite: inflamação do tecido que
cobre os tendões; Epicondilite: inflamação dos músculos e tendões do cotovelo.

1.5 Riscos de acidentes (mecânicos)


Os Riscos de acidentes estão relacionados com as condições inseguras ou de
insalubridades existentes no ambiente laboral, que podem contribuir com o aumento da
probabilidade de ocorrência de acidentes, com danos imediato material ou pessoal (integridade física
e/ou psicológica), ao trabalhador exposto. No mapa de risco a presença dos Riscos de acidentes
(mecânicos), são representados pelo círculo na cor azul.
Os Riscos de acidentes (mecânicos), podem ser estabelecidos em diversas normas –
NRS, como por exemplo na NR12, NR13, NR14, NR18 e NR23. Relacionados as condições ambientais
de inseguranças, fator pessoal de insegurança e ato abaixo dos padrões de segurança, como:
Arranjo Físico Inadequado: Ocorrem quando há uma desorganização no ambiente
laboral, isto é uma bagunça no espaço de trabalho, que pode causar acidentes, devido à falta de

24
espaço para a movimentação do trabalhador. A falta de sinalizações pode também contribuir para o
aumento da probabilidade dos Riscos de acidentes (mecânicos).
Máquinas e Equipamentos sem proteção: Todas as máquinas de produção devem
possuir partes móveis, como por exemplos os botões de acionamento de ligar e desligar, botões de
emergências e sistemas de frenagens automáticas, que devem ser acionados diante de situação de
risco grave e iminente, passível de bloqueio ou parada total. A NR 12 no Anexo 12.1 definem
referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para a prevenção de acidentes
e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos, e ainda à
sua fabricação, importação, comercialização e exposição.
Eletricidade: Ocorrem quando o trabalhador fica exposto ao risco de choque elétrico,
nas atividades como por exemplo de instalações de fiações elétricas em redes energizadas, ligações
inadequadas de gambiarras, manutenção de rede elétrica sem a instalação do cabeamento do fio
terra, manutenção de máquinas energizadas, entre outras. A NR 10 estabelece os procedimentos
de segurança do trabalho relacionados as instalações elétricas. O choque pode trazer graves a danos
à saúde do trabalhador, como por exemplo desmaios, lesões e hematomas no corpo, paradas
cardiorrespiratórias, e até a morte (ARGÔLO; BATISTA, 2021).
Incêndio: Em geral ocorrem com o aumento da probabilidade do risco de acidente
(incêndio) nas edificações urbanas, áreas rurais e instalações indústrias que armazenam, transportam
e manipulam líquidos combustíveis e inflamáveis. A NR 20 estabelece os fatores de risco de acidentes
provenientes das atividades de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e
manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis. Já NR-23 dispõe de informações e orientações
acerca da proteção e combate a incêndios.

1.6 Riscos ergonômicos


A NR 17 trata da ERGONOMIA, que é o estudo da adaptação do meio ambiente laboral ao
trabalhador, tornando o ambiente de trabalho o mais agradável possível (salutar), assim melhorando
a qualidade de vida do trabalhador. Os agentes ocupacionais de riscos ergonômicos mais presentes
no cotidiano dos ambientes laborais, são a Postura Inadequada, Levantamento de peso excessivo,
Monotonia e Repetitividade, ritmo excessivo de trabalho, jornada de trabalho prolongadas e a
Iluminância, que é a pouca ou excesso de iluminação, capaz de provocar danos a visão do trabalhador,

25
como por exemplo cansaço e irritações, entre outras. A seguir um quadro resumo dos riscos
ocupacionais.

Riscos Cor de Descrição


Grupo Identificação
1 Físicos Ruído, calor, frio, pressões, umidade, radiações
Verde
ionizantes e não ionizantes, vibrações, etc.
2 Químicos Vermelho Poeiras, fumos, gases, vapores, névoas, neblinas, etc.
3 Biológicos Fungos, vírus, parasitas, bactérias, protozoários, insetos,
Marrom
etc.
4 Ergonômicos Levantamento e transporte manual de peso, monotonia,
repetitividade, responsabilidade, ritmo excessivo,
Amarela
posturas inadequadas de trabalho, trabalho em turnos,
etc.
5 Acidentais Arranjo físico inadequado, iluminação inadequada,
incêndio e explosão, eletricidade, máquinas e
Azul
equipamentos sem proteção, quedas e animais
peçonhentos.

Figura 02: Quadro resumo dos riscos ocupacionais.


Fonte: HOKEBERG, et al., 2006.

Caro(a) estudante, agora acesse ao AVA ouça o Podcast e assista a vídeo aula
desta primeira semana (Competência 1)! Nesta será mostrado e ensinado
outras curiosidades que com certeza irão fornecer maior segurança no
aprendizado fazendo com que a aula fique cada vez mais interessante!

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2.Competência 02 | Estabelecer Ações Preventivas e Corretivas para a
Promoção da Higiene e Organização do Trabalho
Caro(a) estudante, na primeira semana (Competência 1) você aprendeu, a importância de
Analisar as Condições de Higiene e Organização do Ambiente de Trabalho, Avaliando os Riscos
Ocupacionais para a Segurança e Saúde do Trabalho.
Nesta segunda semana (Competência 2) da disciplina de Higiene Ocupacional, você irá
estudar agora como se determina medidas de controle dos agentes ocupacionais, visando a
minimização ou eliminação dos acidentes laborais, que causam consequências danosas a saúde do
trabalhador. Mas antes de prosseguir com a leitura, recomendo que você ouça o Pdcast da
Competência 2.

Caro(a) estudante, agora acesse ao AVA e ouça o Podcast desta segunda


semana (Competência 2)! Neste será comentado e ensinado outras
curiosidades que com certeza irão fornecer maior segurança no aprendizado
fazendo com que a aula fique cada vez mais interessante!

Agora que você já ouviu o Podcast desta segunda semana (Competência 2), perceba que
você como futuro técnico em segurança do trabalho irá atuar para minimiza os riscos ocupacionais
presente no ambiente laboral, através das ações de prevenção de segurança e saúde do trabalhador,
e será conhecido como profissional Prevencionista. Mas como você irá realizar as ações de prevenção
de segurança e saúde do trabalhador?
As ações preventivas estão relacionadas com o conjunto de Medidas de Prevenção e
Controle, que tem por objetivo evitar ou retardar o aparecimento de situações de emergência,
provocadas por riscos ocupacionais indesejáveis presente no ambiente laboral. Portanto, considera-
se que o nível de ação das Medidas de Prevenção e Controle das exposições dos trabalhadores aos
riscos ocupacionais deverão ser determinadas, só a partir das avaliações qualitativas e quantitativas
dos agentes ocupacionais, para que assim se possa eliminar, minimizar ou paralisar a exposição do
trabalhador aos riscos ocupacionais.

27
No momento que os riscos estiverem identificados, pode-se realizar ações que visam a
eliminação do problema (risco) já na sua origem, caso não consiga, deve-se tomar ações corretivas
relacionadas aos reparos dos danos ocorridos ao longo da trajetória de sua extensão. Por fim, caso o
problema ainda persista após a trajetória, as ações devem ser realizadas no ponto final do receptor.
A NR 9 estabelece a AVALIAÇÃO E CONTROLE DAS EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS A AGENTES FÍSICOS,
QUÍMICOS E BIOLÓGICOS.

2.1 Gerenciamento de Riscos Ocupacionais

As etapas do GERENCIAMENTO DE RISCOS OCUPACIONAIS estão previstas na NR 9, que


trata do Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR, introduzido na NR 01(Portaria 6.730/2020),
como etapas devem ser cumpridas durante o seu desenvolvimento, no levantamento dos riscos
ocupacionais. São elas:

2.1.1 Da Antecipação de Riscos

A etapa da Antecipação de Riscos Ocupacionais é a primeira etapa da Higiene


Ocupacional. Considerada como sendo a etapa de maior importância, tem como objetivo principal de
prever os riscos potenciais para a saúde dos trabalhadores e tomar as medidas necessárias para
mitigá-los antes que tenham a oportunidade de acontecer (ANALYTICSBRASIL, 2021).
Mas como ocorre na prática laboral?
Na prática, a antecipação de riscos ocupacionais se inicia nas etapas de planificação e
projeto através, por exemplo, da seleção de tecnologias menos agressivas e da inclusão antecipada
de medidas de controle. O Higienista Ocupacional é o profissional que tem o conhecimento na área
de gerenciamento de riscos relacionados à saúde e segurança do trabalhador, responsável por
antecipar, reconhecer, avaliar e controlar os agentes ou processos que podem colocar em risco a
saúde e bem-estar do trabalhador, no exercício de suas funções laborais (ANALYTICSBRASIL, 2021).
O Higienista Ocupacional é a peça chave nas etapas de projeto, tendo que aprovar se
determinada matéria-prima, processo, produto… pode vir a promover risco ocupacional dentro da
empresa (ANALYTICSBRASIL, 2021).

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Ao tratar a antecipação de riscos químicos, o Higienista Ocupacional pode utilizar de
poderosas ferramentas como: – FISPQ’s: As Fichas de Informação de Segurança dos Produtos
Químicos trazem consigo as informações de composição, estado físico e perigos relacionados aos
produtos químicos (ARGÔLO; BATISTA, 2021). É a FISPQ que vai munir o Higienista Ocupacional com
informações sobre quais agentes químicos estão entrando na empresa (ANALYTICSBRASIL, 2021). A
Ficha de Informação de Segurança para Produtos Químicos – FISPQ’s são normas de uso obrigatório
nas embalagens de produtos químicos perigosos e inflamáveis como tintas, solventes entre outros,
cuja finalidade é a de informar sobre os procedimentos de segurança, riscos a integridade física,
saúde, acidentes, formas de armazenar, transportar, combate ou neutralização a intoxicação ao fogo
ou ações de emergências. A FISPQ é definida no Brasil pela NBR 14725-4, pela NR-20 e NR-26 de
Segurança do Trabalho (ARGÔLO; BATISTA, 2021).

2.1.2 Da identificação

No subitem 9.2.1 estabelece que as medidas de prevenção estabelecidas nesta Norma se


aplicam onde houver exposições ocupacionais aos agentes físicos, químicos e biológicos.
O subitem 9.2.1.1 trata da abrangência e profundidade das medidas de prevenção, que
dependem das características das exposições e das necessidades de controle. Já o subitem 9.2.2.1
estabelece que para fins de caracterização de atividades ou operações insalubres ou perigosas,
devem ser aplicadas as disposições previstas na NR-15 - Atividades e operações insalubres e NR-16 -
Atividades e operações perigosas. Já no subitem 9.3.1 estabelece que a identificação das exposições
ocupacionais aos agentes físicos, químicos e biológicos deverá considerar: a) descrição das atividades;
b) identificação do agente e formas de exposição; c) possíveis lesões ou agravos à saúde relacionados
às exposições identificadas; d) fatores determinantes da exposição; e) medidas de prevenção já
existentes; e f) identificação dos grupos de trabalhadores expostos.

2.1.3 Da avalição

O item 9.4 trata da Avaliação das Exposições Ocupacionais aos Agentes Físicos, Químicos
e Biológicos. Já no subitem 9.4.1 estabelece que nessa etapa deve ser realizada análise preliminar das
atividades de trabalho e dos dados já existentes relativos aos agentes físicos, químicos ou biológicos,

29
a fim de determinar a necessidade de adoção direta de medidas de prevenção ou de realização de
avaliações qualitativas ou, quando aplicáveis, de avaliações quantitativas (Informativo da
Confederação Nacional da Indústria, 2020).
O sub item 9.4.2 estabelece que a avaliação quantitativa das exposições ocupacionais aos
agentes, quando for necessária, deverá ser realizada para (i) comprovar o controle da exposição
ocupacional aos agentes identificados; (ii) dimensionar a exposição ocupacional dos grupos de
trabalhadores; (iii) subsidiar o equacionamento das medidas de prevenção, e, deve ser representativa
da exposição ocupacional, abrangendo aspectos organizacionais e condições ambientais que
envolvam o trabalhador no exercício das suas atividades. Os resultados das avaliações (qualitativas e
quantitativas) devem ser incorporadas ao inventário de riscos do Programa de Gerenciamento de
Risco – PGR (NR -1) e devem ser registrados pela organização. A forma desse registro, ficará a critério
da empresa, observados apenas os aspectos específicos constantes dos anexos das normas
regulamentadoras – NRS (Informativo da Confederação Nacional da Indústria, 2020).

2.1.4 Das medidas de prevenção e controle

O item 9.5 trata das Medidas de Prevenção e Controle das Exposições Ocupacionais aos
Agentes Físicos, Químicos e Biológicos. Já o subitem 9.5.1 estabelece que nessa etapa as medidas
necessárias para prevenção, controle e eliminação das exposições ocupacionais relacionadas aos
agentes físicos, químicos e biológicos, devem observar os critérios estabelecidos nos anexos da norma
NR 9, em conformidade com o Programa de Gerenciamento de Risco – PGR. Essas medidas integram
os controles dos riscos e devem ser incorporadas ao Plano de Ação da empresa (Informativo da
Confederação Nacional da Indústria, 2020). Destaca-se que ainda serão criados novos anexos a essa
norma. Por enquanto, estão incorporados os seguintes anexos: (i) Anexo sobre Vibração; (ii) Anexo
sobre Exposição Ocupacional ao Benzeno em Postos Revendedores de Combustível; e (iii) Anexo de
Calor. As disposições transitórias são estabelecidas no item 9.6. No item 9.6.1 determina que
enquanto não forem estabelecidos os Anexos a esta Norma, devem ser adotados para fins de medidas
de prevenção: a) os critérios e limites de tolerância constantes na NR-15 e seus anexos; b) como nível
de ação para agentes químicos, a metade dos limites de tolerância; c) como nível de ação para o
agente físico ruído, a metade da dose.

30
Mas, no subitem 9.6.1.1 estabelece que na ausência de limites de tolerância previstos na
NR-15 e seus anexos, devem ser adotados para fins de medidas de prevenção: a) os critérios e limites
de tolerância constantes na NR 15 e seus anexos; b) como nível de ação para agentes químicos, a
metade dos limites de tolerância; c) como nível de ação para o agente físico ruído, a metade da dose.
E na ausência de limites de tolerância previstos na NR 15 e seus anexos, devem ser utilizados como
referência para a adoção de medidas de prevenção aqueles previstos pela American Conference of
Governmental Industrial Higyenists – ACGIH. Considera-se nível de ação, o valor acima do qual devem
ser implementadas ações de controle sistemático de forma a minimizar a probabilidade de que as
exposições ocupacionais ultrapassem os limites de exposição.
No subitem 9.6.1.2 Considera-se nível de ação, o valor acima do qual devem ser
implementadas ações de controle sistemático de forma a minimizar a probabilidade de que as
exposições ocupacionais ultrapassem os limites de exposição.

Caro(a) estudante, certamente você já entendeu que a NR 9 guarda forte


relação com o Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR, introduzido na
NR 01 (Portaria 6.730/2020)? Caso não tenha ainda entendido veja, como
pode ser visto na figura a seguir!

Figura 03: Gerenciamento de Riscos Ocupacionais X NR 09.


Fonte:https://conexaotrabalho.portaldaindustria.com.br/media/publication/files/RT%20informa%20N.%2012%20marc
o%20-%20Ministerio%20da%20Economia%20aprova%20nova%20redacao%20da%20NR%209.pdf
Audiodescrição da figura: Figura da relação com o Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR, com cores que

31
representam as seguintes etapas: Cinza escuro Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO), cinza-claro as NR 09, PGR
e NR 07, laranja o PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) e Inventário de Riscos, bege o Plano de
Ação, verde outros documentos. Fim da audiodescrição.

2.2 Tipos de análise

Caro(a) estudante, você como futuro técnico em segurança do trabalho poderá ter que
realizar algumas avaliações ou análises qualitativa e quantitativa dos agentes ocupacionais presente
no ambiente laboral, visando sempre o bem-estar do trabalhador. Para isto você deve entender como
são definidas e realizas as avaliações ou análises qualitativa e quantitativa dos agentes ocupacionais.
A avaliação qualitativa é feita através de uma inspeção no ambiente laboral, visando
identificar a presença de agentes de riscos ocupacionais, para isto torna-se necessário a utilização de
equipamentos de medição, assim como uma observação minuciosa do ambiente laboral. As reuniões
da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), que tem em vista a prevenção de acidentes
e doenças relacionadas no trabalho, e relatos dos trabalhadores que atuam no ambiente laboral,
devem ser levados em consideração na identificação e controle dos agentes de riscos ocupacionais.
Já na avaliação quantitativa, deve ser levado em consideração a necessidade da utilização
de equipamentos de medição específico, para que se possa mensurar e avaliar o nível de exposição
aos agentes de riscos ocupacionais.
Conforme já citado a NR 9 estabelece os requisitos para a avaliação das exposições
ocupacionais a agentes físicos, químicos e biológicos quando identificados no Programa de
Gerenciamento de Riscos – PGR. Nas situações em que se possa mensurar e avaliar o nível de
exposição, deve ser utilizado os parâmetros estabelecidos na NR 15 e seus anexos, como os American
Conference of Governmental Industrial Higyenists – ACGIH. Mas o que é a ACGIH?

ACGIH é a sigla da American Conference of Governmental Industrial Hygienists


– ACGIH ou Conferência Americana de Higienistas Industriais Governamentais.
Trata-se de uma associação privada de profissionais de higiene ocupacional e
outros relacionados, sediada nos Estados Unidos da América
(ANALYTICSBRASI, 2021).

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Entre os principais objetivos da (ACGIH) está em promover a proteção de trabalhadores
expostos a fatores de riscos ambientais. Suas publicações são referências mundiais na análise de
riscos físicos, químicos e biológicos. A ACGIH, entre outros trabalhos, estuda e estabelece os limites
de exposição ocupacional para substâncias químicas, agentes físicos e índices de exposição biológicos
adotados internacionalmente. Esses limites, para cada tipo de fator de risco, são utilizados em vários
países na elaboração de normas de segurança e de proteção à saúde (ANALYTICSBRASI, 2021).

2.3 Instrumentação

Caro(a) estudante, depois de conhecer todos os riscos ambientais (Físicos, Químicos e


Biológicos), é preciso identificar quais equipamentos de medição de segurança do trabalho podem
ser utilizados na empresa, nas avaliações de quantificação dos riscos ambientais (Físicos e Químicos).
Já que a avaliação do risco biológico é realizada em geral por profissional especialista em análises
microbiológicas como químico, biólogo e biomédico, entre outros.
Os resultados das avaliações quantitativas dos riscos ambientais (Físicos e Químicos),
obtidos por equipamentos eletrônicos serão de grande importância, e utilizados no auxílio da
elaboração de programas de prevenção e controle dos riscos ocupacionais presente no ambiente
laboral, como:
 Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR;
 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO;
 Programa de Conservação Auditiva – PCA;
 Programa de Proteção Respiratória – PPR.

Conheça agora os principais equipamentos de medição de segurança do trabalho, que são


utilizados como ferramentas de apoio e sevem de suporte para o desenvolvimento de programas
internos de prevenção e controle dos riscos ocupacionais presente no ambiente laboral das
empresas.

1. Anemômetro: Utilizado para medir a velocidade do ar e a direção do vento, e é muito


usado no caso de trabalhos em áreas abertas. Podem ser classificados em diversas categorias, por

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exemplo: anemômetros de concha, de hélice, de rotação, de veleta, de tubo de pressão e de
ultrassom, entre outros.

Figura 04: Anemômetros de concha e de hélice.


Fonte: https://loja.impac.com.br/anemometro-de-concha-portatil-am4220-lutron e
https://www.casadomecanico.com.br/anemometro-digital-mda-01-minipa-p7599/
Audiodescrição da figura: A imagem mostra dois Anemômetros de concha e de hélice. O da esquerda trata-se de um
equipamento de concha, possui cor branca, com visor azul e conchas na cor preta, já o equipamento da direta trata-
se de um Anemômetros de hélice, na cor azul possuindo visor e hélices na cor preta. Fim da audiodescrição.

2. Decibelímetro: Tem por finalidade a medição da pressão sonora do ambiente laboral,


em que o trabalhador está exposto. São equipamentos mais simples, capazes de oferecerem apenas
a leitura imediata dos níveis de ruído do ambiente de trabalho. Já os modelos mais modernos,
possuem memória para armazenamento de dados, o que permite a criação de um histórico de
medições quantitativa dos níveis de ruído do ambiente laboral. Por ressonância, um oscilador interno
vibra na frequência do som que chega pelo microfone, gerando uma leitura precisa. Em geral, os
decibelímetros comercializados no Brasil operam entre 30 a 140 decibéis.

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Figura 05: Decibelímetro digital.
Fonte: https://www.tecnoferramentas.com.br/decibelimetro-digital-30-130db-atende-normas-liec651-type2-e-ansi-1-
4-type2-novotest-sl801a/p
Audiodescrição da figura: A imagem mostra um Decibelímetro digita na cor branca, com visor branco e esponja de
proteção de extremidade superior na cor preta. Fim da audiodescrição.

3. Dosímetro: É utilizado da mesma forma do Decibelímetro, para verificar o nível de


ruído ao qual o profissional está submetido, durante determinado período no ambiente laboral. Esse
equipamento de medição de segurança do trabalho é fixado no corpo do colaborador e por isso,
permite uma avaliação ainda mais exata. Na verdade, o dosímetro toma como base parâmetros
preestabelecidos e inseridos em sua programação, indicando apenas uma comparação entre os
valores encontrados e o padrão.

Figura 06: Dosímetro.


Fonte: https://www.balitek.com.br/calibracao-dosimetro
Audiodescrição da figura: A imagem mostra a utilização do Dosímetro. No lado esquerdo está sendo mostrado um
trabalhador de camisa de manga curta na cor cinza, utilizando um Dosímetro preso ao bolso de sua camisa com o
captador de som nas proximidades de seu ouvido. Do lado direito está apresentada a imagem ampliada do Dosímetro
na cor vermelha, com captador de som na cor preta. Fim da audiodescrição.

4. Luxímetro: É o equipamento utilizado para medir a iluminância, ou seja, a luz


distribuída em uma superfície ou área dentro do ambiente de trabalho. De acordo com as normas
técnicas, cada ambiente de trabalho tem um nível de iluminação adequado que deve ser garantido.
O equipamento funciona transformando a luz captada, natural ou artificial, em corrente elétrica e
assim, a quantidade de luz é mostrada no visor. Sua unidade de medida é o lux, sendo que um lux
corresponde a um watt por metro quadrado.

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Figura 07: Luxímetro.
Fonte: https://www.highmed.com.br/hm-832-luximetro-medidor-de-intensidade-de-lux-
digital/p?idsku=211&gclid=EAIaIQobChMI_JrlgKiQ9AIVhqCGCh0F_ANDEAQYBiABEgLIz_D_BwE e
https://www.lojadomecanico.com.br/produto/175887/3/283/luximetro-digital-a-bateria-9v-incoterm-t-lux-001000
Audiodescrição da figura: A imagem mostra dois Luxímetro. No lado esquerdo está sendo mostrado um Luxímetro de
cor branca, com fotocélula à parte do equipamento na cor preta, a direita a fotocélula já está acoplada ao equipamento
na cor azul. Fim da audiodescrição.

5. Higrômetro: É o equipamento utilizado para medir a umidade relativa do ar. Esse


equipamento é especialmente importante para estudos do clima e para verificar as condições de
trabalho em ambientes fechados, onde altos níveis de umidade poderiam causar danos à saúde do
trabalhador. Como por exemplo: museus ou bibliotecas.

Figura 08: Higrômetro.


Fonte: https://www.centralbrasilinstrumentos.com.br/laboratorio/termo-higrometros/termo-higrometro-simpla---th01
Audiodescrição da figura: A imagem mostra um Higrômetro nas cores preta e branca e visor digital branco. Fim da
audiodescrição.

6. Monitor de IBUTG (Índice de Bulbo Úmido e Termômetro de Globo): O monitor de


IBUTG também é conhecido como medidor de stress térmico e permite a avaliação do calor. O
Monitor de IBUTG é mais utilizado em siderúrgicas, espaços confinados com temperaturas elevadas
ou ainda para acompanhamento de trabalhos realizados sob o sol. O uso desse equipamento (IBUTG)
é fundamental para que a empresa atenda às exigências da NR15 e NHO 06 (Norma de Higiene
Ocupacional), que determinam os limites de exposição máxima permitidos no país.

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Figura 09: Monitor de IBUTG (Índice de Bulbo Úmido e Termômetro de Globo).
Fonte: https://www.formis.com.br/seguranca-do-trabalho/termometro-de-globo-digital-ibutg-protemp-lite
Audiodescrição da figura: A imagem mostra um Monitor de IBUTG (Índice de Bulbo Úmido e Termômetro de Globo)
composto por caixa cinza com visor digital, contendo na parte superior um termômetro de globo preto, um termômetro
de bulbo seco e outro bulbo úmido acoplado. Fim da audiodescrição.

7. Explosímetro: É um equipamento de medição de segurança do trabalho usado para


avaliar a presença de misturas gasosas de inflamáveis ou explosivas na atmosfera. Na realização do
teste, o aparelho coleta os gases do ambiente e os mantém em contato com um filamento aquecido.
A partir da queima desses gases, é possível determinar a presença ou não de agentes perigosos.
Entretanto, o explosímetro gera apenas resultados quantitativos, e não qualitativos. Ou seja, o
equipamento pode detectar a presença e a concentração de um gás ou vapor inflamável na amostra,
mas não consegue diferenciar um elemento específico na composição.

Figura 10: Explosímetro


Fonte: https://www.itest.com.br/seguranca-e-medicina-do-trabalho/detector-de-gases/detector-med-4-gases-ch4-h2s-
co-o2-oxi-explosimetro-dg-500--p
Audiodescrição da figura: A imagem mostra um Explosímetro, equipamento de formato retangular na cor vermelha,
com visor digital. Fim da audiodescrição.

8. Medidores de vibração: Os medidores de vibração são utilizados para avaliar a


intensidade das vibrações nos braços, mãos e corpo do colaborador, durante a realização das
atividades de rotina. Os compactadores, britadeiras, marteletes e lixadeiras estão entre os principais

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causadores desse tipo de efeito. Esse aparelho mede tanto as vibrações localizadas, como as que são
reproduzidas em máquinas de grade porte, como tratores e guindastes.

Figura 11: Medidores de vibração.


Fonte: https://m.facebook.com/TeknikaoAnalisedeVibracoes/videos/conhe%C3%A7a-o-medidor-de-
vibra%C3%A7%C3%B5es-nk300/1673192329383869/
Audiodescrição da figura: A imagem mostra um profissional utilizando um medidor de vibração digital na cor branca
acoplado a uma máquina que produz vibração. Fim da audiodescrição.

Caro(a) estudante futuro técnico de segurança do trabalho, você observou que, desse
modo, é fácil compreender a necessidade por equipamentos de medição de segurança do trabalho
em todas as empresas. Com essas análises, é possível definir medidas protetivas e ações preventivas,
visando a saúde e o bem-estar dos colaboradores.
Investimentos em infraestrutura tecnológica e treinamento das equipes, adoção de novos
EPIs e a implantação de pausas programadas e rodízios de tarefas, são atitudes que contribuem para
uma gestão mais inteligente do capital humano.
Paralelamente, ao reduzir a incidência de acidentes e doenças ocupacionais, a empresa
também consegue aumentar a produtividade, evitar despesas adicionais e melhora o bem-estar do
trabalhador no ambiente laboral. Por fim promover uma melhor qualidade de vida para todos.

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Caro(a) estudante futuro técnico de segurança do trabalho, espero que você
tenha gostado de conhecer quais equipamentos de medição de segurança do
trabalho podem ser utilizados na empresa, nas avaliações de quantificação dos
riscos ambientais (Físicos e Químicos)? Agora acesse os links, e assista aos
vídeos da FUNDACENTRO e aprimore um pouco mais os seus conhecimentos.
Após assistir postem no fórum do AVA os seus comentários, sobre a
importância da realização destas avaliações quantitativas? Espero por você lá
no AVA!
Instrumentação Agentes Químicos:
https://www.youtube.com/watch?v=hnIjys-Cmxg
Instrumentação Agentes Físicos:
https://www.youtube.com/watch?v=ab8xfZJWYTk

Caro(a) estudante, agora acesse ao AVA e assista a vídeo aula desta segunda
semana (Competência 2)! Nesta será mostrado e ensinado outras curiosidades
que com certeza irão fornecer maior segurança no aprendizado fazendo com
que a aula fique cada vez mais interessante!

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Conclusão
Como já foi visto em outras disciplinas, os riscos ocupacionais existem nos mais variados
ambientes de trabalho ou do dia a dia, é de sua obrigação justamente tentar prevenir ou mitigar esses
riscos, como profissional da área de segurança do trabalho.
Mas a tragédia persiste, em que infelizmente, apesar de todos os esforços da equipe, os
acidentes continuarão acontecendo seja por falha de aplicações de medias eficazes de saúde e
segurança do trabalho, por imprudência dos trabalhadores ou por fatalidades.
Sendo assim, você precisa estar sempre preparado para atuar na prevenção ou eliminação
dos riscos ocupacionais que estejam dentro do ambiente de trabalho ou não, visando a melhoria da
qualidade de vida do trabalhador ou das pessoas que fazem parte do seu cotidiano.
Depois de adquirir os conhecimentos teóricos desta disciplina, assistindo as videoaulas e
realizando todas as atividades, você estará apto para atuar na prevenção ou eliminação dos riscos
ocupacionais de uma empresa ou do seu cotidiano.
Não tenha medo!
Mantenha a calma!
Aplique os conhecimentos dos quais você se apropriou a amplie o seu repertório com
mais pesquisas.
Agora, é só colocar em prática os conhecimentos adquiridos e atuar como profissional
Técnico em Segurança do Trabalho, ajudando a modificar, mitigar ou minimizar os riscos
ocupacionais.

Até breve.

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Referências
ACIOLY, C. M. S. N. Higiene Ocupacional: Curso Técnico em Segurança do Trabalho:
Educação a distância / Crisleide Maria da Silva Nascimento Acioly. – Recife: Escola Técnica Estadual
Professor Antônio Carlos Gomes da Costa, 2020. 54 p.: il.
ALMEIDA, A. M. Higiene do trabalho I. Audennille Marinho de Almeida. – Indaial:
UNIASSELVI, 2020. 144 p.; il.
ANALYTICSBRASIL: Disponível em: ps://www.analyticsbrasil.com.br/blog/entenda-a-
importancia-de-saber-ler-e-interpretar-a-acgih/. Acessado em: 08 de novembro de 2021.
Antecipação de riscos, a base na gestão da saúde ocupacional. Disponível e acessado em
04/11/2021: https://www.analyticsbrasil.com.br/blog/importancia-do-higienista-ocupacional-no-
dia-dia-das-empresas/
ARGÔLO, E. J.; BATISTA, F. R. A. M. Primeiros Socorros. Curso Técnico em Segurança do
Trabalho. Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa. Educação a Distância.
Recife. PE. 2.ed. | Maio de 2021.
ARGÔLO, E. J.; BATISTA, F. R. A. M. Primeiros Socorros. Guia normativo para o Ensino
Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) articulado à Educação Profissional a
Distância. Gerência de Educação a Distância Secretaria Executiva de Educação Integral e Profissional
de Pernambuco. 2.ed. | Abril de 2021.
BRASIL. Portaria Federal GM/MS n° 1.823, de 23 de agosto de 2012. Institui a Política
Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. Diário Oficial da União. Ano CXLIX Nº 165, Seção
I, pág. 46-51. Brasília, 2012.
BRASIL, Ministério da Saúde. Doenças relacionadas ao trabalho. Manual de
procedimentos para os serviços de saúde. Série A. Normas e manuais técnicos; n.144. Brasília, 2001.
BRASIL. Organização Pan-Americana da Saúde, Escritório Regional da OMS, Brasil. Saúde
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https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=378:saude-do-
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FERREIRA, L. S.; PEIXOTO, N. H. Segurança do trabalho I. Santa Maria: UFSM, CTISM,
Sistema Escola Técnica Aberta do Brasil, 2012. 151 p. : il. ; 28 cm. Disponível em: <

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http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_amb_saude_seguranca/tec_seguranca/seg_tr
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FIOCRUZ. Riscos Biológicos. Disponível em:
<http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/riscos_biologicos.html >. Acesso em: 06 de
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Https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?q=iso%2C+em+suas+normas+iso+2
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– www.cni.com.br
Jornal do Sinttel-pe. Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações de Pernambuco.
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OIT – Organização Internacional do Trabalho. 2020. Disponível em:
<http://www.ilo.org/brasilia/lang--pt/index.htm>. Acesso em: 06 de outubro de 2021.

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Minicurrículo do Professor

Eraldo de Jesus Argôlo


 Doutor em Engenharia Química pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE.
 Mestre em Engenharia Química pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE.
 Graduado em Engenharia Química pela Universidade Católica de Pernambuco –
UNICAP.
 Pós-Graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Faculdade Joaquim
Nabuco – FJN.

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