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Exame Português 2021 (1 Fase)

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Grupo I

Parte A
O meu olhar azul como o céu
É calmo como a água ao sol.
É assim, azul e calmo,
Porque não interroga nem se espanta...
Se eu interrogasse e me espantasse
Não nasciam flores novas nos prados
Nem mudaria qualquer cousa no sol de modo a ele ficar mais belo.
(Mesmo se nascessem flores novas no prado
E se o sol mudasse para mais belo,
Eu sentiria menos flores no prado
E achava mais feio o sol...
Porque tudo é como é e assim é que é,
E eu aceito, e nem agradeço,
Para não parecer que penso nisso...)

1. Relacione as comparações presentes nos dois primeiros versos com


o sentido do quarto verso.
 Nos dois primeiros versos, o sujeito poético compara o seu olhar
com o azul do céu (l.1) e com a calma da água e do sol (l.2),
transmitindo uma sensação de tranquilidade. No quarto verso,
este menciona a razão pela qual o seu olhar é azul e calmo, pois
este não se questiona, não se espanta e nem reage
emocionalmente ao mundo tal como ele existe, limitando-se
apenas a aceitar a realidade em que vive.
2. No âmbito da argumentação desenvolvida ao longo da segunda e da
terceira estrofes, o recurso à antítese, nos versos de 8 a 11, evidencia
a ideia de que é pela visão que se pode conhecer a beleza objetiva
da natureza.

3. Explique a aparente contradição presente nos versos de 12 a 14:


 No verso 12, o sujeito poético refere que pensar nas coisas não
muda nada, pois “tudo é como é e assim é que é”, referindo que
devemos apenas aceitar o mundo, sem o questionar. Porém, nos
versos 13 e 14, o sujeito poético evidencia uma contradição,
pelo facto dessa visão ser resultado de uma opção consciente
(logo, pensada), admitindo que faz de conta que não pensa.

Parte C

«O que coloca Fernão Lopes fora de toda a comparação na nossa


literatura e talvez em todas as literaturas é o modo como ele dá vida às
multidões alvoraçadas.»
7. Baseando-se na sua experiência de leitura da Crónica de D. João I,
de Fernão Lopes, escreva uma breve exposição sobre a emergência de
uma consciência coletiva do povo português:
 Na obra “Crónica de D. João I”, Fernão Lopes dá vida e relevo a
um herói coletivo – o povo português (“multidões
alvoraçadas”). Desta forma, o povo português é valorizado
enquanto consciência coletiva, sobressaindo o seu esforço,
valentia e determinação. Exemplos desta bravura e coragem
podem ser: quando ocorreu o cerco de Lisboa e o povo uniu-se
para fortalecer as muralhas e proteger a margem do rio, de
forma a assegurar o transporte de mantimentos para dentro da
cidade e resistindo ao invasor castelhano; ou quando circulou a
notícia de que o Mestre de Avis corria perigo de vida, juntando-
se uma enorme multidão em agitação para proteger aquele que
poderia garantir a independência de Portugal. É deste modo que
Fernão Lopes se destaca dos restantes cronistas, ao dar destaque
aos que mantiveram um papel importante, mas que não foi tão
reconhecido, o povo.

Grupo II

1. De acordo com o texto, a marca distintiva do modernismo


português consiste no culto...
(A) da diversidade.

2. Quando o autor afirma que «Almada Negreiros é um ator» (linha


5), pretende evidenciar as ideias de...
(C) versatilidade e experimentação.

3. No terceiro parágrafo, o autor do texto pretende...


(A) comprovar a ausência de fronteiras entre as diferentes
manifestações artísticas de Almada.

4. De acordo com o quarto parágrafo, a conceção de Poesia defendida


por Almada Negreiros...
(B) desconstrói a definição clássica de produção poética.

5. . Todas as orações abaixo transcritas são subordinadas substantivas


completivas, exceto a oração...
(C) «que aprende a viver» (linhas 27-28).
6. As expressões «por tapeçarias decorativas» (linha 28) e «de um
livro» (linha 32) desempenham as funções sintáticas de...
(C) complemento oblíquo, no primeiro caso, e de complemento do
nome, no segundo caso.

7. Tal como em «são» (linha 33), o valor aspetual genérico está


presente em...
(D) «se confunde» (linha 30).

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