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a Atos 21.17-23.33 O TESTEMUNHO DE PAULO EM JERUSALEM Para ler e meditar durante a semana D~ Mt5.10-12 — Bem-aventurados os perseguidos; Perseguicao e o avanco do evangelho: Q T-Ar8.1- — At 1.6-11 — Poder para testemunhar; Jo 15.18-27 — O 6dio do mundo a Cristo e a seus discfpulos; Q— Fp 2.1-11 —Altrufsmo cristao; $ — Ef 2.11-22~Naigreja, judeus e gentios so unidos; $ - 1Co 3.1-9 — Cooperadores de Deus INTRODUGAO Agéncias missiondrias em todo 0 mundo exigem de seus missiondtios visi- tas periddicas a suas igrejas mantenedoras, com o fim de prestar relatério ¢ renovar parcerias. Isso certamente aproxima 0 missionério da igreja que 0 apoia e torna seu trabalho uma tealidade mais vivida para cada crente. Esse procedimento re- monta as viagens missionérias registradas em Atos. ‘Ao final de cada viagem missionétia, Paulo retornava a Jerusalém, com o fim de prestar relatério a0 Conselho da igre- ja. Ele fez isso a0 completar a primeira viagem (At 15.1-2, 4,12), eembora Lucas tenha sido conciso em seu relato, Paulo parece ter feito 0 mesmo no final da se- gunda viagem (At 18.22). Agora, ao final da terceira viagem missiondria, o mesmo procedimento é adotado. Assim, Paulo mantinha a igreja informada, renovando 0 apoio dos irmaos. I.ACHEGADA DE PAULO EM JERU- SALEM (At 21.17-40) Antioquia tornou-se 0 centro de missdes da igreja primitiva e comissionou homens para a evangelizacao dos gentios (At 13.1-3), mas a igreja de Jerusalém ainda ocupava um lugar de destaque na lideranga. O propésito da visita de Paulo e seus companheiros (At 20.4) & igreja de Jerusalém era triplo: 1) Entregar a oferta arrecada pelas igrejas gentilicas, para socorro dos irmaos da Judeia (1Co 16.1-4; 2Co 9.1-5). 2) Prestar relatério do crescimento ¢ influéncia das igrejas gentilicas. 3) Promover o encontro ¢ fortalecer 0 elo dos crentes judeus de Jerusalém com 0s crentes gentios. A. O relatério missiondrio — Deus € glorificado Apés passar a noite na casa de Mnasom, Paulo e seus companheiros che- garam a Jerusalém ¢ foram recebidos com alegria pelos irmaos. No dia seguinte, eles se encontraram com o Conselho da igre- ja, formado por Tiago ¢ os presbiteros (21.18). Paulo comecou a apresentar um relatério minucioso de sua terceira via- gem missionaria, falando sobre 0 que Deus fizera entre os gentios por meio de seu ministério. O apéstolo deixou claro sua conduta ¢ procedimento humilde © reconhecimento pessoal de que fora apenas um instrumento nas maos de Deus (Rm 1.1; 1Co 3.6-7). Na obra de Deus, somos apenas cooperadores, ser- vos (1Co 3.9). Deus cumpria o que havia prometi- do nas Escrituras do Antigo Testamento, 52 Atos dos apdstolos ea cvangelicagaa na lgreja Primitiva acerca da salvaco dos gentios. Para os ju- deus cristios, ouvir sobre isso era impor- tante e reforcava 0 entendimento de que os gentios deveriam ser recebidos na igre- ja como irméos e coerdeiros da salvagio, também pelo fato de que havia em Jeru- salém alguns que nutriam uma atitude de desconfianga e preconceito. Tal relato re- forcava o elo entre crentes judeus ¢ genti- os. Afinal, Deus estava salvando pessoas de outras nagées. Paulo sempre se esfor- cava por promover esse entendimento entre judcus ¢ gentios cristaos, para que as diferengas fossem climinadas, compre- endendo que, em Cristo Jesus, haviam se tornado um sé povo, membros da mesma familia da fé (Ef 2.11-22). Na igreja de Cristo, independentemente de raga, cor, nacionalidade, origem, ou posigio social, todos possuem o mesmo status, s4o todos filhos de Deus. Tiago ¢ os presbiteros aprovaram 0 trabalho realizado por Paulo e reconhe- ceram a mao de Deus em seu ministério (cf. 21.20). Ao ouvirem sobre o crescimen- to da igreja na Asia Menor, Macedénia, Grécia, Roma ¢ Ilitico, eles louvaram ¢ glorificaram a Deus por sua maravilhosa obra e ao mesmo tempo estavam gratos ¢ convencidos de que os relatérios negati- vos que haviam recebido acerca do minis- tério de Paulo eram incorretos. B. Tentativa de desfazer um engano Embora o Conselho da igreja de Je- rusalém estivesse convencido de que as noticias sobre 0 apéstolo Paulo nao pro- cediam, 0 estrago jé havia sido feito. En- quanto Paulo realizava seu trabalho fora de Jerusalém, alguns judeus (possivelmen- te aqueles que o perseguiram em outras cidades, cf., por exemplo, 15.1,5; 20.19) disseminaram entre os judeus cristéos a noticia de que ele ensinava “todos os ju- deus entre os gentios a apostatarem de Moisés” e que nao circuncidassem seus filhos, nem mais andassem conforme os costumes da lei (21.21). Paulo ensinava que a salvacao nao poderia ser alcancada por mérito pessoal, baseada na prética da lei, Ele ensinava a todos, tanto judeus como gentios, que a salvagio era dom de Deus, baseada na jus- tiga de Cristo, obtida pela fé, seguida de arrependimento pessoal (At 20.20-21). ‘Aos gentios, ensinava que nao era neces- sdtio se submeterem aos procedimentos da lei mosaica, como por exemplo, a cir- cuncisao. Por outro lado, havia transmiti- do aos gentios cristéos a decisio do Con- cflio de Jerusalém, de que deveriam abs- ter-se das coisas sacrificadas aos idolos, da carne de animais sufocados e do sangue, ¢ das relagGes sexuais ilfcitas (At 15.29) (ver ligdo 8, O Concilio de Jerusalém). Paulo en- sinava aos judeus que a fé em Jesus Cristo superava as leis e os costumes mosaicos (GI 3.25). No entanto, em nenhum mo- mento se ops a pratica dos costumes ju- daicos, mesmo compreendendo que cles no podiam determinar a salvagéo (G15.2- 6). Alids, ele mesmo, em certas situacSes, demonstrou lealdade aos judeus pela obe- diéncia as praticas judaicas. Quando le- vava carta acerca da decisio do Concilio de Jerusalém as igrejas da Galicia, com Timéteo em sua companhia, Paulo o cir- cuncidou, por causa dos judeus daquela regiao (At 16.1-3). Em outra ocasiao, ele raspou seu cabelo, em cumprimento do voto de nazireu que havia feito (At 18.18). E, por fim, em suas cartas, em nenhum lugar profbe os judeus de observar qual- quer rito da lei judaica. Certamente, as acusages levantadas pelos judaizantes eram falsas, mas em Je- rusalém havia milhares de judeus cristios que observavam a lei mosaica. Paulo ¢ 0 Conselho da igreja de Jerusalém nao que- riam que, por causa de tais rumores, aque- la visita atrapalhasse o propésito de forta- lecet o elo entre os cristaos judeus e gen- tios. Por isso, o Conselho propés a Paulo que ele se juntasse a quatro homens que tinham tomado voto de nazireu, fosse com eles ao templo, se purificasse com eles ¢ pagasse as suas despesas para que raspas- sem a cabega. Durante o perfodo do voro de nazireu (Nm 6.1-21), 0 devoto deixa- va o cabelo crescer ¢, ao final desse perfo- do, ele raspava 0 cabelo, dedicava-o a0 Senhor ¢ 6 queimava junto com o sacrifi- cio de oferta pacifica (Nm 6.18). Paulo pagou as despesas dos quatro ofertantes, foi com eles ao sacerdote e participou do ritual da purificagao. Dess a mancira, ele demonstrou publicamente que era um judeu cumpridor da lei judaica, cuida- doso em evitar contendas desnecessdrias € que os interesses do evangelho estavam em primeiro lugar em seu ministério € vida (1Co 9.19-23). Para Paulo, a prati- ca dos ritos judaicos em nada acrescen- taria a sua fé e salvacio, nem tampouco diminuiria a sua confianga em Cristo Je- sus. Para manter a unidade da igreja ele estava disposto a fazer qualquer coisa que estivesse ao seu alcance e que nao fosse ofensiva a fé crista. Muitos problemas internos e divisdes de hoje seriam evita- dos ou resolvidos se esse exemplo fosse seguido (Ep 2.1-11). C.Aprisiio de Paulo — falsas acusacoes Quando Paulo ¢ os quatro homens estavam para findar os sete dias da purifi- O testemunho de Pauloem Jerusalém 53 cacao do voto de nazireu, os judeus (nao- cristéos) vindos da Asia, provavelmente os de Efeso, alvorocaram 0 povo e agarraram a Paulo. Agora, a acusacao era de que ele havia introduzido gregos no templo, o que era proibido. Tais judeus tinham vis- to Tidfimo, o efésio, em companhia do apéstolo € concluiram que Paulo o havia introduzido no templo. Para esses judeus, aquela era a chance que tinham para prendé-lo ¢ 0 sentenciar a prisdo ¢ morte (compare At 6.11-14 com 21.28). A acu- sago era falsa, mas isso nao importava para eles, desde que vissem se cumprir seu objetivo, o que parece, estavam conse- guindo. Paulo estava sendo espancado, quando as autoridades o resgataram, sal- vando-o de ser morto. A malfcia de al- guns, associada ao julgamento precipita- do e ao zelo sem entendimento, quase le- varam & morte um inocente. Tal situagio nio € rara € na igreja nao estamos livres de ver coisa parecida. Uma fofoca que sur- ge, um julgamento precipitado, podem comprometer um projeto e causar danos a obra do Senhor. II. PAULO APRESENTA A SUA DEFESA (At 22.1-23.33) A.A fiéria dos judeus — Paulo alega ser cidadao romano Paulo inicia sua defesa perante os judeus, narrando sobre sua vida e conver- sfo, mas seus acusadores estao cegos de édio € reiniciam o tumulto (22.1-23). O comandante da guarda ordena que Paulo seja amarrado para ser interrogado sob agoites. Quando estd sendo amarrado, cle informa que era cidadao romano. A cida- dania romana era tida em alta conta e normalmente era concedida somente 54 Atos dos apdstolos¢ a evangelizacdo na lereja Primitiva aqueles de alta posigao, ou que haviam prestado algum servigo valioso ao Estado ¢ entdo, era passada a herdeiros. Em ou- tra ocasido, Paulo havia também apelado para sua cidadania romana (At 16.37-39).. ‘Agora, a profecia de Agabo se cumpria (21.10-14). A vontade decretada pelo Senhor se realizou, Paulo havia sido preso ¢ amarrado, mas, fazendo uso de um di- reito adquirido, evitou ser acoitado. B. Paulo perante o Sinédrio Perante 0 Sinédrio, que era compos- to pelas autoridades religiosas judaicas, Paulo diz que nada havia em sua consci- éncia e perante Deus que 0 condenasse. Até entao, havia andado de forma reta ¢ justa, tanto moral como religiosamente, Perante o Sinédrio, sabendo que era com- posto de dois grupos religiosos, saduceus e fatiseus, que tinham opinides politicas ¢ religiosas diferentes, Paulo inicia sabia- mente seu depoimento dizendo que era fariseu ¢ que era julgado segundo a espe- tanga € a ressurreigéo dos mortos. Os saduceus nao acreditavam na ressurrei¢ao dos mortos, mas os fariseus sim (Mt 22.23-32). Essa identificacdo com os fariseus dividiu o plendrio. Por causa dis- so, 0 comandante, temendo que Paulo fosse morto, 0 retirou para a fortaleza. C. Opropésito de Deus - testemu- nho em Roma Na noite seguinte, enquanto aguar- dava uma decisio das autoridades roma- nas, Paulo teve uma visio em que Jesus se colocou a seu lado, encorajando-o. De- pois de ser socorrido duas vezes em dois dias pelo comandante romano, certamente Paulo temia por seu destino. E nessa hora que o Senhor aparece ¢ 0 encoraja a ser destemido, e ao mesmo tempo aponta sua préxima misao: testemunhar em Roma. Que conforto para Paulo saber que seu destino seria assegurado pelo Senhor. Ele entendeu mais uma ver. 0" que todos os crentes devem sempre saber, que nossa vida ¢ destino estio nas maos do nosso Deus, mesmo quando nao sabemos 0 que nos aguarda, D. A cilada dos judeus O Senhor Jesus assegura a Paulo sua misao ¢ destino, mas isso nfo significava que cle seria liberto ou que sua viagem seria tranquila até a capital do império. Enquanto Paulo aguardava na prisio, os judeus maquinavam o mal contra sua vida. Mas como o destino proposto pelo Senhor para sua vida era certo, a cilada arquiteta~ da pelos judeus foi frustrada (23.12-24). CONCLUSAO Para a igreja de Jerusalém a visita eo testemunho do apéstolo Paulo foi impor- tante. Aquela igreja foi informada de seu trabalho e péde louvar a Deus por sua obra. Embora Paulo tenha ido a Jerusa- lém movido por um coracao sincero, com © propésito de contribuir para o fortale- cimento da igreja com seu testemunho, sua visita nao foi tranquila, por manifestagées hostis da parte dos ini- migos de Cristo. Isso demonstra que a ptegacéo do evangelho ¢ a edificagao da igreja sao acompanhadas de dificuldades ¢ provagoes (Mt 16.18). Assim como Paulo, nos dias de hoje, crentes tém softido per- seguiicdes e provacGes em diversos lugares do mundo por causa da evangelizacao. APLICAGAO Qual tem sido 0 seu envolvimento com a evangelizagao? Vocé tem pessoal- mas marcada testemunho de Pauloem Jerusalém 55 mente testemunhado e apoiado o trabalho _ missionéria id6nea e obter informagies so- dealgum missionério? Vocé pode entrarem bre algum missiondrio ¢ até organizar em contato com a APMT ou outra agéncia sua igreja uma visita missiondria. AVIDA DE PAULO ‘rebar jae om Coen, “reponse sare’ ov prt Sesoquncrsea ees | ‘emai agen mmere

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