Inovação E Docência No Ensino Superior: Práticas Educativas Declaradas Inovadoras Por Professores
Inovação E Docência No Ensino Superior: Práticas Educativas Declaradas Inovadoras Por Professores
Inovação E Docência No Ensino Superior: Práticas Educativas Declaradas Inovadoras Por Professores
POUSO ALEGRE – MG
2020
1
POUSO ALEGRE – MG
2020
2
CDD 378.81
3
4
AGRADECIMENTOS
Se...
Então...
RESUMO
ABSTRACT
This research is part of the Research Line for Professional Teaching, Educational
Practices and Education Management and is linked to the Research Group in
Education and Management of the Master in Education at Univás. With the title
“Innovation and Teaching in Higher Education: educational practices declared
innovative by teachers”, the teaching practices considered innovative by teachers
from three undergraduate courses, bachelor's degrees, from a private educational
institution, located in the South of Minas Gerais. The time frame is located in the
context of the last two decades, specifically, from the publication of the Law of
Directives and Bases of National Education (LDB), No. 9394/1996, considering the
changes that occurred in the educational scenario, driven by the transformations the
world of work and society itself. Based on the hypothesis that few teachers adopt
innovative practices in the classroom and that innovating teaching practice can bring
more effective results to educational work and more competent training, three
questions guided the research: how has educational practice been taking place? of
teachers in the classroom in higher education given the demands for innovation that
have been occurring in recent years? What practices are they considering innovative?
How do teachers understand the changes required in teaching practice or in the ways
of teaching and learning? The main objective of the research was to identify and
analyze the educational practices considered innovative in the researched courses, in
the perception of the teachers participating in the research. This objective unfolded in
the following specific objectives: to investigate the concept of innovation in the
educational scenario; identify on the locus practices considered innovative adopted by
teachers in the classroom; verify the main challenges of teachers in the face of the use
of innovative learning methodologies; know what the research participants are
understanding as an innovative practice. The research approach is qualitative and took
place through field research, carried out in two stages: exploratory and descriptive.
Among the results of the research, it is pointed out that innovation in higher education
has been directed to change in teaching practice with a focus on the adoption of active
methodologies, however, an innovative practice cannot be reduced to this. The
demand to innovate teaching practices in higher education is increasingly present,
making the theme of innovation in education recurrent. It is concluded that rethinking
and innovating educational practice implies the recognition of difficulties and
challenges, which are real in the reality of education, and it is not only the insertion of
novelties, alternatives and technologies in educational practice, but also the
reconfiguration of knowledge, overcoming common sense and implementing new ways
of teaching, learning and producing knowledge.
LISTA DE QUADROS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE SIGLAS
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 14
ESTRUTURA DO TRABALHO..................................................................................20
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 22
2 PERCURSO METODOLÓGICO ............................................................................ 31
2.1 Metodologia de pesquisa..................................................................................... 31
2.2 Procedimentos da pesquisa ................................................................................ 33
2.3 Relevância da pesquisa ...................................................................................... 35
2.3 Procedimentos éticos da pesquisa ...................................................................... 36
2.5 Instrumento para coleta de dados ....................................................................... 36
2.6 O processo de coleta de dados ........................................................................... 37
2.7 A organização e sistematização dos dados ........................................................ 37
2.8 Aspecto formativo da pesquisa ........................................................................... 38
5.3 Práticas inovadoras adotadas pela docência pesquisa e seus resultados .......... 85
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 97
APRESENTAÇÃO
A inovação das práticas em ensinar foi a proposta inicial para a pesquisa e com
as leituras realizadas no curso de Mestrado em Educação, aos poucos, o tema foi se
delimitando e chegamos à seguinte proposta: “Inovação no ensino superior:
possibilidades e desafios da docência”. Embora, no meio do caminho tenha me
deparado com críticos e questionadores da proposta, os momentos para desistir que
foram muitos não foram suficientes para me fazerem abandonar o tema de pesquisa.
A minha vontade e determinação, sustentada pela convicção da necessidade e
19
ESTRUTURA DO TRABALHO
1 INTRODUÇÃO
efetiva. Ao mesmo tempo, muitos desses docentes que atuam no ensino superior na
instituição pesquisada não possuem a chamada formação pedagógica e, em alguns
casos, adotam uma atuação tradicional, como identificado na pesquisa bibliográfica
exploratória realizada por ocasião da elaboração do projeto desta pesquisa.
Partindo da hipótese de que poucos são os docentes que adotam práticas
inovadoras em sala de aula e que inovar a prática docente pode trazer resultados mais
eficazes ao trabalho educativo e uma formação mais competente diante de um cenário
de transformações aceleradas, em todas as áreas, três questões orientaram a
investigação: (1) como tem se dado a prática educativa dos docentes em sala de aula
na educação superior diante das exigências de inovação que vêm ocorrendo nos
últimos anos? (2) quais práticas eles estão considerando inovadoras e (3) como
compreendem as mudanças exigidas na prática da docência ou nas formas de ensinar
e aprender?
Em face desses questionamentos, tomou-se como objetivo central da pesquisa
identificar e analisar as práticas educativas consideradas inovadoras nos cursos
pesquisados na percepção dos docentes participantes da pesquisa. Para atingir a
esse objetivo, tornaram-se objetivos específicos: (1) investigar sobre o conceito de
inovação no cenário educacional; (2) identificar no locus da pesquisa práticas
consideradas inovadoras realizadas por professores em sala de aula; (3) verificar os
principais desafios dos docentes frente ao uso de metodologias inovadoras de
aprendizagem; (4) conhecer o que os participantes da pesquisa estão compreendendo
como uma prática inovadora.
No aspecto teórico, este estudo encontra-se vinculado aos fundamentos da
docência no ensino superior, da formação de professores para o exercício profissão
docente e da inovação da prática docente. Conforme Pimenta e Anastasiou (2010;
2014), o trabalho docente tem uma identidade constituída a partir da significação
social da profissão e da revisão constante dos significados sociais que recebe e que
não são estáticos. Práticas consagradas culturalmente permanecem significativas
pelo significado que cada professor, como ator e autor, confere à atividade docente
no seu cotidiano a partir de seus valores, seu modo de situar-se no mundo, sua história
de vida, suas representações, seus saberes, anseios e angústias, suas relações com
os pares, nas escolas, seus representantes sindicais, entre outros.
Nessa linha de reflexão, Anastasiou (2010) defende que a transmissão de
conteúdos aos discentes, não cabe mais na maneira do ensinar de maneira
29
tradicional. Isso vale para qualquer nível de ensino, mas principalmente no ensino
superior, é necessário romper com esse paradigma. Como explica a autora,
metodologicamente, a relação professor/aluno/conhecimento era centralizada no
professor, que era considerado um repassador do conteúdo e no estudo das obras
clássicas da época. Entretanto, esse modelo tradicional, há algum tempo, tem sido
precário diante das mudanças e transformações que vêm ocorrendo na sociedade e
no mundo do trabalho, trazendo a necessidade de repensar metodologicamente os
processos de ensino na educação superior. Ou seja, é recorrente inovar as práticas
docentes de modo a tornar o aluno agente principal da sua aprendizagem,
desenvolvendo autonomia, com participação ativa e compromissada.
Na nova ordem educativa a que se refere Anastasiou (2010), o docente passa
a ocupar o papel de mediador, facilitador, motivador e gestor do processo educativo,
sendo convocado a inovar a sua prática educativa. Nessa mesma linha de
interpretação, o discente é convocado a construir o seu conhecimento de maneira
ativa, criativa e, principalmente significativa, o que vai ao encontro do que é proposto
na LDB 9394/96, em relação ao processo de inovação da prática docente no ensino
superior. Isso vai ao encontro das diversas questões que estão em torno das práticas
educativas e os desafios referentes ao ensino e à aprendizagem dos alunos, bem
como à formação profissional.
A ideia comum nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) do ensino superior
é que o discente deve, no curso de graduação, desenvolver competências (conjunto
de conhecimentos-saberes), habilidades (saber fazer) e atitudes (saber ser).
Entretanto, como teorizado por Masetto (2003), a competência para ensinar não pode
ser reduzida à promoção de conhecimento, apenas, pois na outra ponta tem o aluno
que possui a sua forma particular de aprender. O autor explica que o exercício da
docência exige a mobilização de saberes da experiência, saberes pedagógicos e
saberes científicos, como constitutivos da profissão docente, atualmente
denominados como competências – pessoais e profissionais – enquanto uma
concepção pedagógica e profissional. Esses saberes são mobilizados para mediarem
o processo de construção de identidade dos/as docentes, além das situações de
ensino, inclusive as particularidades advindas dos próprios estudantes.
Nessa diversidade, alguns autores, dentre eles, Cunha (2006) propõem
técnicas inovadoras a fim de promover possibilidades de se trabalhar na coletividade
30
2 PERCURSO METODOLÓGICO
uso de metodologias inovadoras em sua sala de aula, contando com a colaboração dos
coordenadores dos cursos. Foram selecionados somente aqueles que manifestarem
alguma experiência com metodologias inovadoras, enquanto docentes em qualquer
instituição. A pedido desta pesquisadora, os respectivos coordenadores indicaram três
professores de cada curso que, na observação deles, realizam práticas inovadoras ou
diferenciadas em sala de aula.
Nesse sentido, foram incluídos na pesquisa apenas os professores dos cursos
de Psicologia, Biomedicina e Odontologia, sendo três de cada curso, totalizando 9, que
estavam na ativa no período da coleta de dados, e que fazem ou já fizeram uso de
práticas inovadoras ou diferenciadas em suas aulas. Por serem os três cursos
selecionados, todos, da área da saúde e, também por contarem com docentes em
comum, optou-se por tratar os participantes da pesquisa como ‘corpo docente’ dos
cursos pesquisados.
Dessa forma, o professor, que atua em um curso e em outro, desse grupo de
cursos pesquisados, não foram contados mais de uma vez. Consideraram-se excluídos
da pesquisa os professores dos cursos que não fazem ou nunca fizeram uso de
práticas inovadoras em suas aulas ou que nunca realizaram nenhuma prática
diferenciada e, além disso, os que por algum motivo estavam afastados da sala de aula
no momento da aplicação do questionário.
A primeira etapa da pesquisa ocorreu no mês de agosto de 2019, sendo aplicada
em momentos diferentes conforme disponibilidade da pesquisadora e dos docentes.
No conjunto dos três cursos atuam 30 professores (lembrando do critério de não contar
nenhum docente de forma duplicada no caso da atuação em mais de um curso).
Nessa primeira etapa da pesquisa, 9 docentes responderam afirmativamente
sobre a alguma prática inovadora ou diferenciada em sala de aula, aos quais foi
realizado o convite para participar da pesquisa. Cabe destacar que, nesse primeiro
momento da pesquisa, não foi interesse da pesquisa discutir ou julgar quais práticas
os professores pesquisados estavam considerando diferenciadas ou inovadoras ou
quando foram realizadas. Importou apenas a sua manifestação “sim” ou “não”, quanto
a uma prática inovadora ou diferenciada em sala de aula, bem como o aceite para
participar da pesquisa.
Na segunda etapa, denominada como pesquisa de campo, foi realizado um
contato direto com os professores selecionados que aceitaram participar da pesquisa,
os quais serão tratados apenas como “participantes” (ou professores pesquisados).
35
Dessa forma, o ato de ensinar não pode resumir-se ao momento da aula expositiva,
encerrando-se nele e “desconsiderando que da ação de ensinar, se conduzida de
acordo com os fins educacionais, decorreria a ação de aprender” (p. 204).
Para Cunha (2006), ensinar é uma função complexa e se torna rica quando a
troca entre professores e alunos ocorrem em interface com os conteúdos propostos e
desenvolvidos. Os professores contam com o seu conhecimento e os saberes
experienciais que devem ir ao encontro dos alunos com suas necessidades e
expectativas esperando se tornarem futuros profissionais e conseguirem ser alocados
no mercado de trabalho. Nessa relação se dão as trocas de experiências e novas
possibilidades de construção do conhecimento, o que enriquece tanto a prática dos
docentes como a formação do aluno, por isso, o caminho da construção do saber
universitário é multifacetado.
Sem a intenção de esgotar a exploração do tema, pontua-se que a
transformação das práticas docentes não envolve apenas os conteúdos curriculares,
nem tão pouco a experiência profissional; mas, a implementação de estratégias
educacionais que, possam somar-se aos saberes científicos e os da experiência,
favorecendo de forma integrada, a revisão e ampliação de processos, conteúdos e
manejo didático (CUNHA, 2006). Portanto, trata-se de uma ação reflexiva, intencional
e persistente e, além disso, bem evidente, que exige um esforço deliberado e
conscientemente assumido. Nesse sentido, cabe abordar sobre o professor do ensino
superior.
Abordar sobre professor do ensino superior exige fazer um recorte não apenas
na literatura que versa sobre formação docente; mas, também no aspecto formal, uma
vez que independentemente do nível de atuação, aquele que se dedica ao exercício
da docência é um “profissional da educação”, conforme Emenda Constitucional n.º 53,
aprovada em 2006, que conferiu ao professor o status “profissional” (BRASIL, 2006).
Nesse contexto, alguns questionamentos se fazem necessários: o que é ser
“profissional”? O que é ser profissional no nível de ensino superior?
A discussão teórica apresentada se origina da revisão de literatura realizada no
decorrer da pesquisa dessa dissertação de mestrado, com foco na inovação das
práticas educativas no exercício da docência em cursos de graduação, bacharelados.
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mais do que uma ocupação com uma posição particular no seio da divisão do trabalho
que lhe possibilita controlar, em exclusividade, o seu próprio trabalho e pelo qual é
reconhecido por sua competência enquanto profissional. O mesmo denomina essa
competência profissional como “expertis”’.
Segundo Freidson (1998, p. 153), é o domínio de uma expertise e a
demarcação de fronteiras no mercado de trabalho que possibilitam “o monopólio no
desenvolvimento de atividades que tenham como base essa expertise”. Pode-se
entender a competência vinculada a essa expertise e ao conceito de profissão.
Entretanto, para o autor, não existe uma definição de profissão; a profissão é um
conceito popular e, por isso, não existe um conceito único. Ao contrário, “em
sociedades tão complexas como a nossa” (p. 153), deve haver uma porção de povos
e uma porção de conceitos populares sobre profissão. A definição profissão pode
“referir-se mais à maneira como os poderes existentes na sociedade e nas
organizações produtivas estão propensos a classificar os empregos do que à natureza
dos próprios empregos e à experiência de trabalho daqueles que os ocupam” (p.153).
observar que não há uma definição do perfil dos profissionais da educação para o
ensino superior semelhante ao que é definido para a educação básica. Constatou-se,
ainda, no corpo do texto que a referida lei não define critérios de formação ou
qualificação para exercício da docência no nível superior. Há uma preocupação
excessiva expressada no documento com a divulgação de informações sobre os
cursos e instituições, numa intenção de mostrar transparência para os estudantes e
candidatos, e também para a sociedade, e outros temas como cumprimento de
calendário e elementos da área de gestão acadêmico-científica. Inclusive, exige-se
divulgar no site (em página específica na internet no sítio eletrônico oficial da
instituição de ensino superior):
art. 47 –
[...]
V - deve conter as seguintes informações:
[...]
c - a identificação dos docentes que ministrarão as aulas em cada
curso, as disciplinas que efetivamente ministrará naquele curso ou
cursos, sua titulação, abrangendo a qualificação profissional do
docente e o tempo de casa do docente, de forma total, contínua ou
intermitente (BRASIL,1996, p.1).
Cabe ainda recorrer ao Decreto n 9.235 – que dispõe sobre o exercício das
funções de regulação, supervisão e avaliação das IES e dos cursos superiores de
graduação e de pós-graduação lato sensu, nas modalidades presencial e a distância,
no sistema federal de ensino –, no qual informa que “a avaliação será realizada por
meio do SINAES, com caráter formativo, e constituirá o referencial básico para os
53
historicamente não fez parte das questões do ensino superior. Uma mudança
progressiva vem ocorrendo, principalmente devido ao processo de regulação,
supervisão e avaliação implementado pelo MEC, que ganhou impulso com a
instituição do SINAES, pelo qual o docente passa a ser avaliado pelo seu desempenho
em sala de aula, inclusive didático e de incentivo à pesquisa (PIMENTA;
ANASTASIOU, 2010).
Dessa forma, falar de formação de professor para a docência universitária é
também tratar da qualificação docente, pois a função da universidade se conjuga no
tripé “ensino, pesquisa e extensão” – consequentemente, a função do professor
universitário também se inscreve nessas três dimensões. Portanto, a formação para
a docência neste nível de ensino não deve se reduzir a uma formação técnica e/ou a
experiências profissionais. Como afirma Cunha (2004), a docência é uma ação
complexa, que exige saberes de diferentes naturezas, mas sendo figura central o
docente. A docência universitária é essencialmente relacionada ao ensino e à
pesquisa e está relacionada a uma formação para uma profissão ou atividade
profissional na sociedade, conforme estabelecido no art. 43 da LDB 9394/96 (BRASIL,
1996).
Entretanto, o autor ressalta que tais técnicas sozinhas não podem ajudar na
aprendizagem e, para isso, é necessária a mediação do professor. Nesse sentido,
afirma que a eficácia do uso de técnicas diferenciadas está vinculada em três pontos:
“sua vinculação aos objetivos de aprendizagem, a postura do professor em sua
aplicação e o processo de avaliação coerente com seu uso” (MASETTO, 2012, p. 19).
Para Carbonell (2012), o desenvolvimento da inovação, pelo professor, tende
a acontecer quando exerce sua prática com paixão e compromisso pelo magistério,
objetivando construir uma ação educativa mais fluida entre professor, conteúdo e
aluno. Considera-se uma ação inovadora como um ato intencional; ou seja, o
professor planeja, cria, recria e fica atento num ensino funcional e na construção de
uma aprendizagem significativa do seu aluno.
Como a educação superior se destina precipuamente à formação profissional,
identificar os objetivos dessa formação é o primeiro passo para o professor poder
estabelecer quais metodologias inovadoras poderão ser utilizadas no processo de
ensino, como descrito por Hargraves (2004). O autor se refere aos vários
aprendizados que poderão ser efetivados com a colaboração de técnicas inovadoras
que possibilitem essa interlocução entre a teoria e prática fundamentando o
aprendizado do aluno.
Também, para Fava (2014), significa que cada vez mais, a educação vai se tornando
mais complexa, porque o foco está migrando da simples transmissão de conteúdos
para dimensões menos integradas, conspícuas, perceptíveis, como as competências
e habilidades intelectuais, emocionais e éticas. Alteram-se as atribuições do professor
com a incorporação de novos papeis, como mediador, facilitador, gestor, mobilizador,
motivador.
Ao relatar que os professores contam com o seu conhecimento e os saberes
experienciais e, da mesma forma, os alunos com suas necessidades, Cunha (2006)
entende que, ao se tornarem futuros profissionais e conseguirem ser alocados no
mercado de trabalho, eles realizam trocas de experiências e novas possibilidades de
construção do conhecimento, enriquecem tanto a prática do docente, quanto a
formação do aluno. A autora insiste na necessidade de romper com as regularidades
propostas que para ocorra a inovação educacional, permitindo desta forma que haja
a “reconfiguração do conhecimento, não somente com a inserção de novidades e
tecnologias, mas também, relacionando-se à forma de como se entende o
conhecimento” (p. 22).
Lucarelli (2000), ao abordar a inovação no ensino considera que ao fazer à
inovação, faz-se junto à associação de práticas de ensino que mudam, de alguma
forma, o a unidirecionalidade de relações que caracterizam o ensino como tradicional.
A autora concorda que uma aula inovadora supõe sempre uma ruptura. Em citação
literal, afirma:
relação aos objetivos específicos propostos nesta pesquisa. Essa relação se encontra
estruturada no Quadro 1, que se desenhou para melhor representar as categorias
evidenciadas e os resultados e discussão.
“quem sabe fazer sabe ensinar” e que, segundo as autoras, isso repercute, ainda, nos
dias de hoje.
Nessa linha de reflexão, Cária, Caliatto e Andrade (2016) asseguram que um
professor não pode ser considerado preparado para a docência universitária somente
com sua formação técnica nas áreas de seus cursos de graduação bacharelados ou,
muitas vezes, apesar de terem cursado pós-graduação em sua área de
especialização. A falta de pressupostos didáticos, sociais e psicológicos que se
relacionam ao processo de ensino-aprendizagem não lhes dão condições de
desmistificar o tradicional, materializado na expressão: “quem sabe fazer sabe
ensinar”. Devido a essa lacuna, quando se tornam docentes universitários,
comumente, eles adotam aulas expositivas para manutenção dos discentes enquanto
passivos no processo, como receptores de produtos (conhecimentos) acabados –
ensinados por quem “sabe fazer”, mas pode não saber ensinar.
Tais autores ainda afirmam que os métodos de ensino e aprendizagem, apesar
de muito pesquisados nos últimos anos, observa-se que ainda prevalece, no cenário
da educação superior, o caráter tradicional e expositivo das aulas, “o que reafirma
uma condição de alunos passivos e receptores de conhecimento” (CÁRIA; CALLIATO;
ANDRADE, 2016, p. 66). Para os autores, o caráter tradicional é o que sustenta o
“saber fazer” e, de forma enganosa de se pensar “saber ensinar”, sustentado por
promoções de grandes volumes de estudos teóricos, dotados de excesso de
informações, que se confundem com conhecimentos.
Como explicam Pimenta e Anastadiou (2010), ainda predomina entre os
professores universitários o perfil de uma prática baseada na simples transmissão da
informação, entendida como ensino e, nesse modelo, o professor fica como fonte de
“saber”. Dessa forma, ele se vê e também é visto, quase sempre, como portador e
garantia da verdade, dificultando uma mudança desse paradigma para abrir espaço à
inovação. Diante da crítica a esse modelo tradicional, cuja prática se revela
insuficiente para dar conta da educação profissional necessária à realidade atual, o
que se observa a partir da percepção dos participantes da pesquisa, é que ainda não
há uma determinação dos docentes quanto à inovação das práticas em sala de aula,
embora eles concordem sobre a necessidade inovar a prática em sala de aula.
80
foi considerada importante nesta pesquisa porque foi possível observar, na literatura
visitada, a falta de consenso em torno de um conceito para o termo “inovação” e,
também polêmicas quanto ao uso do termo na área da educação.
O sentido do termo inovação tem sido apresentado por alguns autores atrelada
a uma ruptura de paradigma (CUNHA, 2006; SOUSA SANTOS, 2011; MASETTO,
2012). A expressão “ruptura de paradigma”, em si, traz um sentido de desafio, o que
exige dos professores a reconfiguração de saberes e de comportamento, diante das
mudanças ou das novas exigências da docência no ensino superior. Esses autores
têm ressaltado a complexidade da atividade docente neste nível de ensino por
envolver tanto metodologias inovadoras, como saberes da experiência, de modo a
articular teoria e prática, bem como o desejo/intenção por parte dos docentes em
inovar as suas práticas educacionais. Ou seja, há uma categoria implícita que vem
antes, precipuamente, que é a “intenção”, o “desejo”.
Quando questionados se as metodologias inovadoras, quando associadas aos
conteúdos exigidos pelas disciplinas, viabilizam uma aprendizagem mais ativa no
processo de formação acadêmica e profissionalizante dos alunos, 88,9% dos
participantes da pesquisa concordam totalmente e, apenas 11,1% concordam
parcialmente. Além disso, 100% afirmam reconhecer a importância da inovação no
processo de ensino-aprendizagem e também as mudanças no mercado de trabalho e
no perfil dos alunos que chegam às instituições de ensino superior. Tais
posicionamentos dos docentes evidenciam condições propícias para a inovação nos
cursos em análise, sinalizando aspectos que podem ser considerados importantes
para uma mudança de paradigma, dentre eles, a predisposição manifestada quando
100% dos participantes da pesquisa consideram a inovação importante.
Clock et al (2018) acredita que essa reconfiguração da teoria e prática,
articuladas entre si, sustentam os alicerces da docência moderna, efetivando
processos centrados na aprendizagem e não mais no ensino. Representa uma
alternativa frente à desmistificação do habitus de ensinar e promoção da tomada de
consciência de como aprender, recorrendo às metodologias inovadoras para tanto.
Isso pode valer, não somente para os docentes que participaram da pesquisa, mas
para qualquer outro da educação superior, a conexão entre a teoria (forma passiva de
aprender) e a prática (a forma ativa de aprender) representa esse desafio do processo
de ensino-aprendizagem na atualidade. A prática deve ser adotada como alicerce que
permeia a teoria pedagógica, na intenção de que reflexões críticas proponham
83
Essa definição traz implícitos os aspectos essenciais para uma nova proposta
educacional que se projetam para além das aparências inovadoras; mas, sim, para
maior efetividade da aprendizagem e da formação profissional, traduzida nos
seguintes pontos positivos na percepção dos docentes: aumenta o interesse, aumenta
a participação do aluno, o aluno se torna mais ativo e motivado para aprender,
estimula o aprendizado e o conhecimento, promove aprendizagem mais efetiva, a
autonomia e segurança e contribui para o desenvolvimento de competências e
habilidades.
Os participantes da pesquisa foram também questionados quanto às
metodologias inovadoras mais utilizadas em sala de aula. Após a análise, as
metodologias destacadas por eles foram elencadas no Quadro 4 (que segue).
88
função, como teoriza a autora, porém, a partir desta pesquisa, defendemos que muda
também a forma, uma vez que o uso de tecnologias na atualidade favorece as
possibilidades e a diversificação de estratégias de ensino e de aprendizagem.
Para Manfredi (1996), desde a escola nova 1, a atividade do professor é
fundamento da concepção pedagógica escolanovista, desenhando um divisor em
relação à denominada educação tradicional. No final do século XIX e início do século
XX, o movimento educacional conhecido como Escola Nova surgiu diante da proposta
de novos caminhos a uma educação que a muitos parecia em descompasso com o
mundo das ciências e das tecnologias. Porém, o que sempre esteve em questão é
reconfiguração do papel do professor e o do aluno – este último que passaria a ser
mais autônomo. Tratava-se de um movimento de crítica à escola tradicional, à
passividade do aluno diante do protagonismo do professor em relação ao ensino.
Portanto, a ênfase nas metodologias ativas não é uma coisa nova no cenário
educacional e sua importância e atualidade do tema podem ser comprovadas por
diversas publicações acadêmicas nos últimos anos, além de estar sendo utilizada com
um forte apelo midiático, principalmente no ensino superior. Conforme descreve
Berbel (2011), adotando o uso de metodologias ativas como estratégia de ensino, as
características principais que norteiam a sua utilização são: o aluno deve ser o
protagonista, ocupar o centro do processo de ensino; deve haver a promoção da
autonomia do aluno; a posição do professor deve ser de mediador, ativador e
facilitador dos processos de ensino e de aprendizagem; deve haver estímulo à
problematização da realidade, à constante reflexão e ao trabalho em equipe.
Essas características não podem ser interpretadas isoladamente; ao contrário,
elas se inter-relacionam e são indissociáveis numa sala de aula pautada pelo método
ativo (BERBEL, 2011). Essa concepção vai ao encontro da percepção demonstrada
pelos participantes da pesquisa, resumida nas seguintes ideias centrais: uma forma
de promover a interação; oportunidade de ampliar conhecimento; inovação e
1A Escola Nova chegou afirmou-se como um movimento mundial pelas últimas décadas do século XIX
e início do século XX como uma contraposição ao ensino considerado tradicional, período que foi
marcado por inovações tecnológicas várias, com avanços da Medicina e de outras ciências. No Brasil
dos anos 30, o escolanovismo se desenvolveu em meio a importantes mudanças, tais como um
processo de urbanização acelerado, a expansão da cultura cafeeira, dentre outros. Prometia-se o
progresso para o País, sobretudo industrial, mas também os conflitos de ordem política e social, e
diante de uma promessa de transformação significativa da mentalidade brasileira. Na área da educação
destaca-se a publicação do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova: A reconstrução educacional
no Brasil. Neste documento, foram propostas e definidas várias soluções para a educação brasileira
(SAVIANI, 2009).
91
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por fim, é possível pontuar que a inovação na educação do ensino superior tem
sido direcionada à mudança na prática docente com foco na adoção de metodologias
ativas, porém, não o tema não pode ser reduzido a este aspecto. Conforme
evidenciado neste trabalho, as metodologias ativas são uma forma ou uma alternativa
para inovar a ação, estimulada por processos de ensino aprendizagem coletivos,
críticos e reflexivos, trazendo o aluno para o protagonismo do processo, o que
demanda ruptura com a adoção das práticas tradicionais. Assim, considerando esses
dois aspectos, é possível afirmar que há um longo caminho a percorrer para que uma
mudança substantiva e concreta ocorra na prática docente no nível superior,
considerando que a educação superior lida com a emergência de desempenhos
competentes e compromissados com o dever e a responsabilidade que constituem a
especificidade inovadora dos docentes em suas práticas profissionais.
Diante do exposto, pode-se considerar que a hipótese desta pesquisa se
confirmou, sendo possível concluir que poucos são os docentes que adotam práticas
inovadoras em sala de aula, mas, no contraponto, inovar a prática docente é
emergente e pode trazer resultados mais eficazes ao trabalho educativo e uma
formação mais competente diante de um cenário de transformações aceleradas, em
todas as áreas. Portanto, cabe ao docente conhecer o cenário em que atua,
reconhecer as suas exigências e as mudanças contínuas no seu entorno, desenvolver
competências na utilização de metodologias de ensino inovadoras no ato de ensinar.
Entretanto, tudo isso não poderá ser considerado inovação educacional se não romper
com as regularidades e com o senso comum, pois inovar o ensino não se trata apenas
da inserção de novidades e tecnologias na prática educativa, mas da reconfiguração
do conhecimento, sendo este o ponto fulcral em que reside o desafio da inovação.
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97
REFERÊNCIAS
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direction? Education, v.128, n.1, p.64-79, 2007.
DECLARAÇÃO DO PARTICIPANTE
Declaro para os devidos fins que fui informado (a) sobre esta pesquisa, estou
ciente dos seus objetivos, da relevância do estudo, assim como me foram esclarecidas
todas as dúvidas com relação aos procedimentos éticos. Mediante esses
esclarecimentos:
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Para tanto, lavro minha assinatura em duas vias deste documento, ficando uma
delas em minha posse e a outra com o pesquisador.
PARTICIPANTE:_____________________________________________________
CIDADE E DATA: ____________________________________________________
ASSINATURA:_______________________________________________________
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I IDENTIFICAÇÃO
1 Sexo
Masculino Feminino
2 Faixa de idade
Até 25 anos De 46 a 55 anos
De 26 a 35 anos De 56 a 65 anos
De 36 a 45 anos De 66 anos em diante
II QUESTÕES FECHADAS
Legenda:
1 Discordo totalmente;
2 Discordo parcialmente;
3 Indiferente;
4 Concordo Parcialmente;
5 Concordo Totalmente.
Questão Afirmativa 1 2 3 4 5
1 Considero-me apto a lecionar as disciplinas que
ministro
2 Considero importante inovar a prática em sala de
aula
3 Reconheço a importância da inovação no processo
de ensino-aprendizagem
4 As metodologias inovadoras podem contribuir para a
formação dos alunos e das competências exigidas
pelo mercado de trabalho
5 As metodologias inovadoras, quando associadas
aos conteúdos exigidos pelas disciplinas, viabilizam
uma aprendizagem mais ativa no processo de
formação acadêmica e profissionalizante dos alunos
6 Quando planejo as aulas, consigo associar o uso de
metodologias inovadoras ao planejamento,
promovendo assim o desenvolvimento de
conhecimentos, habilidades e competências
exigidas pelo mercado de trabalho
7 Reconheço as mudanças no mercado de trabalho e
no perfil dos alunos que chegam às instituições de
ensino superior
8 Considero-me apto a adaptar os conteúdos exigidos
ao uso de metodologias inovadoras
9 Tenho buscado aprender e aplicar recursos e
estratégias que contemplem a inovação nas aulas
10 Tenho dificuldades em usar metodologias
inovadoras nas aulas
11 Considero a inovação na educação superior um
desafio
12 Sempre procuro inovar as aulas
13 A instituição de ensino superior dispõe de recursos
que viabilizam a inovação nas aulas
14 Já apliquei metodologias inovadoras nas minhas
aulas
15 Sempre faço uso de metodologias inovadoras nas
minhas aulas
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Por que você faz uso de metodologias/práticas inovadoras nas disciplinas que
ministra aulas? Quais as metodologias/práticas inovadoras você faz uso?
Observação:
Professores 1 e 2 – atuam no curso de Psicologia
Professores 3, 4 e 5 – atuam no curso de Biomedicina
Professores 6 e 7 – atuam no curso de Odontologia
Professores 8 e 9 – atuam no curso de Odontologia e Biomedicina
Professor Por que você faz uso de Enquanto docente, como você
metodologias/práticas inovadoras percebe a relação entre inovação e
nas disciplinas que ministra aulas? metodologias ativas? Relate os
Quais as metodologias/práticas resultados que você considera
inovadoras você faz uso? mais positivos ao utilizar
metodologias inovadoras em sala
de aula
1 Porque considero uma importante Percebo tal interação como uma
ferramenta para estimular o desejo dos forma de promover conexão entre a
aprendentes. Além disso, no curso de teoria e a prática, principalmente no
Psicologia, as metodologias e práticas curso de Psicologia.
inovadoras adotadas podem contribuir O resultado mais positivo percebido
para agilizar o processo de formação é o aumento do interesse e
de alunos e futuros psicólogos prontos participação ativa dos alunos,
para o trabalho, se sentindo mais principalmente porque as práticas e
preparados e seguros. metodologias inovadoras adotadas
Principalmente para as aulas do curso os colocam no centro do processo.
de Psicologia, a adoção de técnica de
perguntas, storytelling (narração de
histórias), estudos de casos,
aprendizagem baseada em problemas,
aprendizado baseado em fenômenos,
grupos operativos e aprendizado
maker são fundamentais.
4 Porque promovem de forma mais fácil A relação pode ser percebida como
o ensino, haja vista que o aluno que fundamental para a promoção do
chega ao ensino superior já tem processo de ensinar e de aprender.
independência e maturidade suficiente Os resultados positivos são: maior
para assumir responsabilidades de seu participação do aprendendo no
protagonismo enquanto futuro processo de aprendizado; maios
Biomédico. compreensão do conteúdo, pois o
As principais metodologias que faço professor sai de cena e trabalho
uso são: aprendizagem entre como mediador para que o aluno
pares/times, grupos operativos, estudo promova suas próprias descobertas.
de caso e aula invertida.
7 Faço uso pois, a cada metodologia A relação pode ser percebida como
inovadora adotada, posso perceber uma oportunidade de já colocar
que a aquisição do conhecimento se futuros dentistas no centro de seus
torna mais evidente e efetiva. processos de formação, dando-lhes
As metodologias mais utilizadas para condição e capacidade de ‘treinarem’
os alunos que frequentam a minha e ‘praticarem’ na construção de seus
disciplina são: aprendizagem baseada conhecimentos as habilidades e
em projetos, cases, técnicas de competências que devem adquirir
perguntas/respostas (estudo dirigido), para a prática diária em suas futuras
aulas invertidas e tutoria entre pares. profissões. Dar um conhecimento
pronto e acabado não garante que o
mesmo será aprendido. Estimular a
busca de respostas e
problematizações e motivar para que
o conhecimento seja produzido e,
quando produzido pode-se dizer que
foi realmente aprendido. Por isso, a
aprendizagem efetiva do seu aluno é
o maior resultado que o docente que
trabalha pautado na inovação pode
colher.
8 Porque acredito que as metodologias Considero a relação inovação X
inovadoras são centradas na metodologias ativas como uma forma
promoção do agir em relação à de promoção de sujeitos pensantes,
construção do conhecimento e, já que utilizam suas capacidades
tenha o dito: quem faz aprende; quem críticas para construírem e se
vê/ouve o outro fazer, talvez aprenda. prepararem como futuros
Em sala de aula, faço a promoção das profissionais que deverão ser
seguintes metodologias: grupos capazes de, em suas profissões,
operativos, aprendizado maker, tomarem decisões. Para que isso
aprendizagem baseada em problemas aconteça, faz-se necessário
e estudos de casos. autonomia e segurança. E, assim,
autonomia e segurança podem ser
elencados como os pontos mais
positivos de se trabalhar com a
inovação no processo de ensino.
9 Utilizo para promover alunos ativos, Percebo tal relação como a
questionadores, críticos e seguros. efetividade de se cumprir uma
Como trabalho em dois cursos demanda no ensino superior de
relacionados à saúde, priorizo as busca por formas de ensinar que
seguintes metodologias em minhas proporcionem prática ativa e
disciplinas: Sala de Aula Invertida, participativa na construção do
Peer Instruction, Cases, conhecimento. Assim, metodologias
Aprendizagem baseada em projetos, e inovadoras nos cursos de saúde
problemas e fenômenos. em que ministro aulas (Odontologia e
Biomedicina) faz parte de um
processo de formação integral do
futuro profissional, que em pouco
tempo já estará colocado no mercado
de trabalho e será responsável de
continuar praticando o todo que pode
vivenciar e construir durante a sua
formação.
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Declaro, com este Termo, permitir a publicação da dissertação de minha autoria pela
Universidade do Vale do Sapucaí, em versão eletrônica (para fins de uso
exclusivamente acadêmico) a ser disponibilizada no site oficial dessa universidade.