TCC Rosangela
TCC Rosangela
TCC Rosangela
Itaberaba
2022
ROSÂNGELA SANTOS SAMPAIO
Itaberaba
2022
ROSANGELA SANTOS SAMPAIO
BANCA EXAMINADORA
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Profa. Esp. Daniela Novaes dos Santos
Faculdade de Santa Cruz da Bahia - FSC
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Profa.
Faculdade de Santa Cruz da Bahia – FSC
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Profa.
Professora convidada
Aprovada em ___/___/__
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois
sem ele nada seria possível; aos meus familiares,
que me apoiaram e incentivaram. Todos foram muito
importantes neste processo.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por ter me dado forças para que eu conseguisse alcançar
os meus objetivos educacionais.
Aos meus professores da Faculdade de Santa Cruz da Bahia-FSC, que,
com seus conhecimentos e experiências, contribuíram significativamente para minha
formação profissional.
Às minhas professoras que me acompanharam durante todo o processo de
formação, onde ficaram envolvidas totalmente no processo de aprendizagem
contínua.
À minha orientadora Nilza Jesus Vilela, sempre prestativa e atenciosa.
Aos meus colegas, pela parceria nesta caminhada; sempre atenciosos e
simpáticos, colaborando também para a execução das minhas tarefas pedagógicas.
RESUMO
A deficiência auditiva pode ser caracterizada em leve, moderado e grave e ainda podemos
destacar a profunda. As causas que levam a surdez são diversas, tais como rompimento do
tímpano, acúmulo de cera no ouvido, alguns são devido a questões genéticas, outros até
mesmo por questões relacionadas acidentes, como acidentes de trânsito ou a criança que
colocou algum objeto perfuro cortante no ouvido. Ao longo desse trabalho veremos os desafios
e as possibilidades de ensinar as crianças que tem deficiência auditiva, reforçando que ensinar
uma criança com deficiência auditiva se constitui como uma limitação, mas não como uma
impossibilidade. Por essa razão a pergunta de pesquisa a ser colocada nesse trabalho é de
que forma os professores podem estar ajudando e ensinando os alunos com deficiência
auditiva? Esse trabalho foi elaborado com base numa pesquisa bibliográfica através de
pesquisas em artigo e periódicos que tratam da temática da deficiência auditiva. As pesquisas
foram feitas no Google Acadêmico e na Scielo.br dando preferência a artigos construídos nos
últimos dez anos. Quanto aos objetivos da pesquisa esse trabalho segue o caráter descritivo.
Pesquisadores como Ampudia (2002), Cruz (2009), Ferrão & Lobato (2012), Manente (2007).
Ao longo do trabalho discutimos acerca da importância de os professores estarem preparados
e qualificados para trazerem atividades lúdicas e que envolvam o aluno com deficiência
auditiva em sala de aula. Também foi falado acerca das leis e das políticas educacionais
voltada para as pessoas surdas. Esperamos que esse trabalho contribua de alguma forma para
acadêmicos e a comunidade escolar.
ABSTRACT
Hearing impairment can be characterized as mild, moderate, and severe and we can also highlight the
profound one. The causes that lead to deafness are diverse, such as rupture of the eardrum,
accumulation of wax in the ear, some are due to genetic issues, others even due to accident-related
issues, such as traffic accidents or the child who put a sharp object in the ear. ear. Throughout this
work we will see the challenges and possibilities of teaching children who have hearing impairment,
reinforcing that teaching a child with hearing impairment is a limitation, but not an impossibility. For this
reason, the research question to be posed in this work is how can teachers help and teach students
with hearing impairments? This work was based on bibliographical research through research in
articles and journals that deal with the theme of hearing impairment. The searches were carried out on
Google Scholar and Scielo.br, giving preference to articles written in the last ten years. As for the
research objectives, this work follows the descriptive character. Researchers such as Ampudia (2002),
Cruz (2009), Ferrão & Lobato (2012), Manente (2007). Throughout the work, we discussed the
importance of teachers being prepared and qualified to bring playful activities that involve students
with hearing impairments in the classroom. There was also talk about laws and educational policies
aimed at deaf people. We hope that this work contributes in some way to academics and the school
community.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..........................................................................................................
CAPÍTULO 1 ................................................................................................
CAPÍTULO 2
REFERÊNCIAS ........................................................................................................
1.INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
A deficiência auditiva pode ser entendida como uma perda parcial ou total da
audição. Existem alguns graus em relação à perda da audição que são estudados,
principalmente, por fonoaudiólogos. Educar um aluno com deficiência auditiva, é
entender a cultura do surdo. O tema para esse Projeto foi escolhido com o intuito de
descrever a importância da formação de professores no ensino de alunos com
deficiência auditiva. O problema de pesquisa desse projeto é de que forma os
professores podem estar ajudando e ensinando os alunos com deficiência auditiva?
Incluir o aluno deficiente auditivo no ambiente escolar não é uma tarefa fácil.
Entende-se que é importante, no entanto, muitos profissionais da educação,
incluindo muitos pedagogos, não tem formação acadêmica para ensinar alunos
com deficiência auditiva. De acordo com Ricardo (2018, p.3) “a deficiência auditiva
é a incapacidade total ou parcial de ouvir, apresentando um entrave ao
desenvolvimento social dos indivíduos com deficiência.” O que se caracteriza
como um grande desafio é como inseri-lo em sala de aula de forma com que o
aluno aprenda e possa desenvolver suas competências e habilidades. É
interessante que o professor envolva ao aluno nas atividades e o traga para as
primeiras cadeiras e o trata como todos os outros não subestimando a sua
capacidade intelectual, afinal de contas a deficiência é auditiva e não cognitiva. A
relação entre professor e o aluno com perda auditiva pode ser determinante no
desempenho e aprendizado. Se for preciso investir recursos para que o profissional
esteja mais preparado e habilitado para a educar um aluno com deficiência
auditiva, fazer um curso ou uma especialização em LIBRAS. É importante que o
professor coloque o aluno logo nas primeiras cadeiras e acompanhe mais de perto
junto às famílias cada aluno individualmente de acordo com suas especificidades.
De acordo com Gonçalves e Guizolfi (2015, p.4) “a escola deve se aperfeiçoar
para atender as necessidades, de forma que o aluno seja sujeito ativo, e não um
simples observador. Para que a inclusão tenha êxito, é importante que o aluno
participe de tudo o que envolva a sala [...].” De fato, é preciso entender que a
inclusão escolar se dá a medida que o educador envolve o aluno no processo da
aprendizagem de forma igualitária e sem nenhum tipo de segregação. A deficiência
auditiva é uma limitação na audição, não na cognição e na capacidade intelectual
do aluno e, de acordo com Cruz (2009, p.1123) afeta diretamente o convívio
social do sujeito:
Acredita-se que pessoas com deficiência auditiva tenha baixa autoestima, são
pessoas geralmente com complexos de inferioridade, muitas, ainda na fase
adultas, mesmo com escolaridade não adquirem bons empregos, se conseguem
algo é na faxina, longe de tudo e de todos mesmo sendo assegurados os direitos
trabalhistas a pessoas deficientes. É possível ainda evidenciar que algumas
pessoas com deficiência auditiva tendem a serem antissociais, algumas podem
criar até fobias sociais querendo ficar isoladas, se sentido como se ninguém as
entendessem e compreendessem. A perda auditiva afeta diretamente a vida social,
emocional e até mesmo conjugal de uma pessoa. Se nas demais áreas torna-se
uma dificuldade, o que pensar nas relações de trabalho para uma pessoa
deficiente. De acordo com o Decreto 5.296 de 2004 a pessoa portadora de
deficiência auditiva é aquela que se enquadra como uma perda parcial ou total das
possibilidades auditivas sonoras, variando de graus e níveis na seguinte forma:
Para tanto, é necessário fazer uma distinção entre oralismo e a LIBRAS, pois
enquanto o oralismo parte do pressuposto de que se precisa falar, é a linguagem
mais informal empregada nos discursos, debates, seminários. Já a LIBRAS é a sigla
para Linguagem Brasileira de Sinais que é a linguagem voltado para o público surdo
e mudo. Mazacote (2017) afirma que não ajudava ao surdo a viver em sociedade.
Se partir do pressuposto que a escola se constitui como um ambiente de
aprendizagem que prepara as pessoas para a vida, a escola deve preparar os
surdos para o ambiente em sociedade.
De acordo com Sousa (2015) a escola se configura como um espaço
educativo onde há presença da conversação cultural, sendo assim é preciso
resgatar a cultura do surdo em sala de aula. Uma das formas de resgate cultural dos
surdos é o trabalho que o intérprete de LIBRAS faz em sala de aula, o
reconhecimento do uso da LIBRAS e das atividades lúdicas voltada para o ensino
com os surdos, tudo isso é resultado da luta dos surdos pelo seu espaço na
sociedade. A exclusão dos surdos na sociedade se constituiu não apenas como
uma questão de preconceito, mas também foi embasada na ignorância das pessoas.
Na escola se deve preparar as crianças para o futuro em sociedade. “A escola deve
ser responsável, juntamente com a família, pela preparação da criança surda para a
vida em sociedade, oferecendo-lhe condições um código de comunicação que
permita seu ingresso na realidade sociocultural, com efetiva participação da
sociedade.” (Souza, 2015, p.172).
Convém lembrar que existe a legislação que assegura aos direitos dos surdos
que pode ser vista através da lei 10.346 de 24 de abril de 2002 que é a lei que
assegura a obrigatoriedade do ensino de LIBRAS e como meio legal para
aprendizagem da comunidade surda e o decreto 5.626 de 22 de dezembro de 2005
que trata da difusão da LIBRAS e da tradução das LIBRAS (Teixeira,2011, p.6). É
preciso levar em consideração que essas conquistas foram alcançadas mediante a
muito esforço e uma luta incessante pelos direitos igualitários para a pessoa surda.
Vale lembrar também da Lei nº 13.055 de 22 dezembro de 2014 que é a lei
responsável por instituir o Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais, dia 24 de
abril. É importante observar que existem ainda algumas leis municipais e estaduais.
A Língua Brasileira de Sinais, ou Libras, foi desenvolvida no Brasil pelos
surdos como uma forma de comunicação entre eles, com estrutura
gramatical própria, composta pelos níveis linguísticos: o fonológico, o
morfológico, o sintático e o semântico. Diferencia-se das demais pela sua
modalidade gestual-visual, já que utiliza como canal de comunicação os
movimentos gestuais e expressões faciais e corporais. Compreende-se a
palavra pelo conjunto de movimentos, já que o soletrar seria impossível
devido à rapidez. É importante ressaltar que a LIBRAS não é considerada
uma língua universal como a língua oral. Entretanto, a Libras também é a
língua peculiar dos surdos, ela não é uma língua universal como a língua
oral, em que cada país tem sua própria língua e estrutura. No entanto,
assim como cada país ou grupo de países possuem uma língua oral,
diferentes países também possuem suas versões da Libras, como nos
Estados Unidos a Língua Americana de Sinais (ASL), na França a Língua
de Sinais Francesa (LSF), entre outros (Sousa,2015, p.171).
A LIBRAS foi constituída por surdos e para surdos. Por essa razão é
importante que o ensino de LIBRAS seja ensinado nas escolas para a comunidade
surda e como toda língua ela possui uma gramática, sintaxe, estilística, trata-se de
uma linguagem gestual-visual. Alguns não consideram a LIBRAS como uma língua e
que deve se forçar aos alunos a falarem, algo que não ocorre com a LIBRAS, sendo
uma linguagem onde se utiliza gestos e expressões faciais.
Quando se fala da importância da formação de professores no Ensino de
alunos com deficiência vale ser analisada também não só como uma
responsabilidade do educador, mas de toda a comunidade escolar. A escola precisa
educar a todos, sem excluir e segregar nenhum aluno por qualquer que seja o
motivo. É preciso considerar que a inclusão é o que abrange o reconhecimento e a
valorização da diversidade do aluno. Todas as crianças deveriam aprender juntas
em um mesmo espaço e ambiente, sem nenhuma distinção por cor, raça, sexo ou
necessidades especiais, em outras palavras, há uma luta muito grande por parte de
pais e professores visando a prática da Educação Inclusiva e essa luta não é de
agora
Desde meados dos anos 80 e princípio dos 90, inicia-se no contexto
internacional um movimento materializado por profissionais, pais e as
pessoas com deficiência, que lutam contra a ideia de que a educação
especial, embora colocada em prática junto com a integração escolar,
estivera enclausurada em um mundo à parte, dedicado à atenção de
reduzida proporção de alunos qualificados como deficientes ou com
necessidades educacionais especiais. Cabe destacar a este respeito, como
passo prévio à inclusão, o movimento que aparece nos EUA denominado
“Regular Education Iniciative” (REI), cujo objetivo era a inclusão na escola
comum das crianças com alguma deficiência (Sanchez, 2005, p.8)
CAPÍTULO II
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante de tudo o que foi exposto podemos inferir que é inegável o papel dos
professores na construção da aprendizagem dos alunos com deficiência auditiva.
Observa-se que as pessoas portadoras de deficiência auditiva vivem numa realidade
de exclusão e segregação. Algumas quando conseguem trabalho, isso quando
conseguem, é em funções como a limpeza e faxina. Mesmo com escolaridade e
formação muitos surdos lutam por um espaço no mercado de trabalho.
SILVA, Elayne Barbosa da. Atendimento aos surdos e deficientes auditivos na Unir
campus Vilhena. 2019.
tecnologia em Libras para inclusão dos surdos. Anais do III Simpósio Nacional
de Empreendedorismo Social Enactus Brasil, Fortaleza: Enactus Brasil, 2018.
UNICEF Brasil. Novo relatório da UNICEF 2021. Unicef Brasil, 2021. Disponível
em:< https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/ha-no-mundo-quase-
240-milhoes-de-criancas-com-deficiencia-revela-analise-do-unicef>. Acesso em: 3
de dez. 2022.