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TCC Rosangela

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UNIÃO DE ENSINO SANTA CRUZ – UNIESC

FACULDADE SANTA CRUZ DA BAHIA


LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

ROSÂNGELA SANTOS SAMPAIO

A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO ENSINO


DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA: UMA REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA SOBRE A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA LIBRAS

Itaberaba
2022
ROSÂNGELA SANTOS SAMPAIO

A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO ENSINO


DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA: UMA REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA SOBRE A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA LIBRAS

Trabalho de conclusão de curso, apresentado


a Faculdade de Santa Cruz da Bahia – FSC
como requisito parcial obrigatório para
obtenção do grau de Licenciada em
Pedagogia.

Orientadora: Profa. Esp. Daniela Novaes dos


Santos.

Itaberaba
2022
ROSANGELA SANTOS SAMPAIO

A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO ENSINO


DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA: UMA REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA SOBRE A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA LIBRAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Faculdade de Santa Cruz da Bahia – FSC
como requisito parcial obrigatório para
obtenção do grau de Licenciada em Pedagogia.

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________
Profa. Esp. Daniela Novaes dos Santos
Faculdade de Santa Cruz da Bahia - FSC

_____________________________________________
Profa.
Faculdade de Santa Cruz da Bahia – FSC

_____________________________________________
Profa.
Professora convidada

Aprovada em ___/___/__

DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois
sem ele nada seria possível; aos meus familiares,
que me apoiaram e incentivaram. Todos foram muito
importantes neste processo.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por ter me dado forças para que eu conseguisse alcançar
os meus objetivos educacionais.
Aos meus professores da Faculdade de Santa Cruz da Bahia-FSC, que,
com seus conhecimentos e experiências, contribuíram significativamente para minha
formação profissional.
Às minhas professoras que me acompanharam durante todo o processo de
formação, onde ficaram envolvidas totalmente no processo de aprendizagem
contínua.
À minha orientadora Nilza Jesus Vilela, sempre prestativa e atenciosa.
Aos meus colegas, pela parceria nesta caminhada; sempre atenciosos e
simpáticos, colaborando também para a execução das minhas tarefas pedagógicas.

E, a todas as outras pessoas, que participaram de forma direta ou indireta


para realização deste trabalho. Obrigada!
"Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma
coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre." -
Paulo Freire

RESUMO
A deficiência auditiva pode ser caracterizada em leve, moderado e grave e ainda podemos
destacar a profunda. As causas que levam a surdez são diversas, tais como rompimento do
tímpano, acúmulo de cera no ouvido, alguns são devido a questões genéticas, outros até
mesmo por questões relacionadas acidentes, como acidentes de trânsito ou a criança que
colocou algum objeto perfuro cortante no ouvido. Ao longo desse trabalho veremos os desafios
e as possibilidades de ensinar as crianças que tem deficiência auditiva, reforçando que ensinar
uma criança com deficiência auditiva se constitui como uma limitação, mas não como uma
impossibilidade. Por essa razão a pergunta de pesquisa a ser colocada nesse trabalho é de
que forma os professores podem estar ajudando e ensinando os alunos com deficiência
auditiva? Esse trabalho foi elaborado com base numa pesquisa bibliográfica através de
pesquisas em artigo e periódicos que tratam da temática da deficiência auditiva. As pesquisas
foram feitas no Google Acadêmico e na Scielo.br dando preferência a artigos construídos nos
últimos dez anos. Quanto aos objetivos da pesquisa esse trabalho segue o caráter descritivo.
Pesquisadores como Ampudia (2002), Cruz (2009), Ferrão & Lobato (2012), Manente (2007).
Ao longo do trabalho discutimos acerca da importância de os professores estarem preparados
e qualificados para trazerem atividades lúdicas e que envolvam o aluno com deficiência
auditiva em sala de aula. Também foi falado acerca das leis e das políticas educacionais
voltada para as pessoas surdas. Esperamos que esse trabalho contribua de alguma forma para
acadêmicos e a comunidade escolar.

Palavras-chave: Deficiência Auditiva. Inclusão. Formação profissional. LIBRAS

ABSTRACT
Hearing impairment can be characterized as mild, moderate, and severe and we can also highlight the
profound one. The causes that lead to deafness are diverse, such as rupture of the eardrum,
accumulation of wax in the ear, some are due to genetic issues, others even due to accident-related
issues, such as traffic accidents or the child who put a sharp object in the ear. ear. Throughout this
work we will see the challenges and possibilities of teaching children who have hearing impairment,
reinforcing that teaching a child with hearing impairment is a limitation, but not an impossibility. For this
reason, the research question to be posed in this work is how can teachers help and teach students
with hearing impairments? This work was based on bibliographical research through research in
articles and journals that deal with the theme of hearing impairment. The searches were carried out on
Google Scholar and Scielo.br, giving preference to articles written in the last ten years. As for the
research objectives, this work follows the descriptive character. Researchers such as Ampudia (2002),
Cruz (2009), Ferrão & Lobato (2012), Manente (2007). Throughout the work, we discussed the
importance of teachers being prepared and qualified to bring playful activities that involve students
with hearing impairments in the classroom. There was also talk about laws and educational policies
aimed at deaf people. We hope that this work contributes in some way to academics and the school
community.

Keywords: Hearing deficiency. Inclusion. Professional qualification. LIBRAS

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..........................................................................................................

CAPÍTULO 1 ................................................................................................

CAPÍTULO 2

CAPÍTULO 3 METODOLOGIA .................................................................................

CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................

REFERÊNCIAS ........................................................................................................

1.INTRODUÇÃO

Todos os dias estamos vivendo sob a globalização e muitas informações já


chegam até nós de uma forma acelerada, percebe-se que a velocidade da
tecnologia tem modificado bastante a comunicação entre os indivíduos. Desta forma,
é notável os grandes desafios da inclusão social, Dentro dessa inclusão percebe-se
que a educação inclusiva vem sendo alvo de estudos, isso tem possibilitado uma
compreensão
melhor de como incluir e entender os desafios que o professor possui na
política inclusiva ao surdo, provocando assim, debates para desenvolver soluções
em prol da educação e do professor em sala de aula, pois é nitidamente notável que
uma criança surda pode afetar todo o processo de aprendizagem e a família pela
incapacidade que causa para pessoa, fazendo com que a vida mude de alguma
forma por conta da surdez
De acordo com o Ministério da Saúde a surdez, é algo que impede de o
indivíduo de ouvir, este possui vários tipos e graus, existem aquelas que são
provocadas e aquelas em que o individuo já nasce surdo. Alguns tipos são a ligeira,
a média, severa, profunda.
Desta forma, vale ressaltar que, diante dos estudos realizados, é notável
perceber que, há muito tempo no Egito Antigo, os surdos eram adorados como se
fossem deuses, pois para eles as pessoas surdas podiam se comunicar com os
deuses por causa de sua limitação.
Com o passar do tempo, criou-se em paris o primeiro Instituto Nacional de
Surdos-Mudos, o educador francês Hernest Huet era surdo e foi o introdutor dessa
metodologia aqui no Brasil. Ele fundou o Imperial Instituto Nacional de Surdos-
Mudos, por meio da Lei nº 839, de 26 de setembro de 1857, no Rio de Janeiro, com
apoio do imperador Dom Pedro II. Este só atendia somente crianças do sexo
masculino, mas após 100 anos de sua instalação o instituto se tornou “Instituto
Nacional de Educação dos Surdos” (INES), onde foi introduzida a LIBRAS – Língua
Brasileira de Sinais, através da Lei nº 3. 198. Mas mesmo com a implementação da
Língua, o ensino continuou sendo oralista, onde mostrava a ineficácia para as
crianças e desta forma, buscou-se procurar inovações para que o ensino fosse
capacitado para a criança surda. Em 1970, já havia tratamento para bebês surdos.
Já em 1980, o INES intensificou o trabalho de pesquisas sobre a Língua Brasileira
de Sinais e sobre a educação de surdos, criando o primeiro curso de especialização
para professores na área da surdez. O Bilinguismo passou então a ser explorado.
Partindo desta perspectiva, este trabalho se baseia na seguinte problemática:
por que o professor educador precisa saber sobre as LIBRAS? Essa pesquisa tem
como objetivo geral caracterizar a importância da formação de professores no
Ensino de alunos com deficiência auditiva. Como objetivos específicos podem ser
destacados os seguintes: investigar de que forma a formação de professores para
ensinar crianças com deficiência auditiva pode ser determinante para o desempenho
do aluno; relatar de que forma os professores podem estar trabalhando com
crianças deficientes auditivas. Portanto, a escolha do tema é acima de qualquer
coisa compreender o estado de um indivíduo surdo, os desafios do professor para
com este indivíduo e o papel do governo público.
Tal temática é muito desafiadora e complexa, tendo uma grande importância
para a discente, pois através de observações foi analisado dentro do contexto
educacional, um grande impacto das discussões que esta se gerando em torno da
conversação de inclusão e prática de empatia para com o individuo surdo. Através
dos estudos realizados foi despertado o anseio buscar, investigar, compreender as
politicas inclusivas sobre tal tema.
Neste estudo, tentou-se reunir informações pertinentes, para melhor
compreensão do tema. Buscou-se no capítulo 1 investigar sobre a formação de
professores em relação ao ensino com as crianças surdas. Essa formação pode ser
um fator que determinará o desempenho do aluno em sala de aula. Definiu-se no
capítulo 2 relatar como os professores podem estar trabalhando, na prática, com os
alunos surdos, independente do seu grau de surdez, em sala de aula, através de
atividades lúdicas e voltadas para a comunidade surda. E no capítulo 3 é o capítulo
que trata da metodologia abordada para a construção desse trabalho. A pesquisa
encerra com as considerações finais fazendo um levantamento dos objetivos e de
que como eles foram alcançados.

CAPÍTULO I

A deficiência auditiva pode ser entendida como uma perda parcial ou total da
audição. Existem alguns graus em relação à perda da audição que são estudados,
principalmente, por fonoaudiólogos. Educar um aluno com deficiência auditiva, é
entender a cultura do surdo. O tema para esse Projeto foi escolhido com o intuito de
descrever a importância da formação de professores no ensino de alunos com
deficiência auditiva. O problema de pesquisa desse projeto é de que forma os
professores podem estar ajudando e ensinando os alunos com deficiência auditiva?

A deficiência auditiva se constitui como uma limitação para o aprendizado,


mas não uma incapacitação total. Através de pesquisas bibliográficas e seguindo o
método qualitativo, pode-se evidenciar em alguns autores a perspectiva inclusiva em
relação ao deficiente auditivo. Diante do número crescente de crianças que nascem
com necessidades especiais se faz necessário a formação e a preparação de
professores. Atividades lúdicas, exercícios que envolva os alunos e os coloque na
frente, falar diretamente com eles são coisas simples, mas que fazem muita
diferença.

A incapacidade e a falta de preparo por parte de alguns profissionais chamam


a atenção. Esse projeto visa despertar e chamar atenção não só da comunidade
acadêmica, mas de educadores quanto à importância de o saber fazer no contexto
da deficiência auditiva. Vale destacar também a importância da LIBRAS para a
comunidade surda.

Esse tema foi escolhido diante da necessidade em que se tem de se tocar no


assunto em questão. Há cada dia surgem mais crianças com deficiência auditiva. De
acordo com Freitas (2021) em 2021 5% da população brasileira é surda e usa a
LIBRAS para se comunicar. Por essa razão, se faz necessário pensar acerca da
importância da preparação e qualificação de profissionais habilitados para ensinar as
crianças com deficiências auditivas. A autora ainda destaca que a OMS estima que
no ano de 2050, 900 milhões de pessoas no mundo desenvolverão a surdez.
Acredita-se que a maior parte dos estudantes com deficiência auditiva em
encontram-se na educação básica regular principalmente nos anos iniciais. Essa
estimativa faz com que seja repensando além de políticas públicas educacionais
inclusivas, a promoção de práticas que sejam realmente inclusivas em sala de aula,
e fazer mudanças não apenas nas estruturas físicas da escola, mas também a
pedagógica.

É inegável a importância dos professores na área de Educação Especial. Um


dos pontos fundamentais acerca do processo educacional é que todo educador deve
investir tempo e até mesmo seus recursos em formação continuada. No contexto da
formação continuada insere-se a educação especial. Com o passar do tempo
percebe-se o número de crescente de crianças que nascem com necessidades
especiais. De acordo com o UNICEF (2021) há, no mundo, quase 240 milhões de
crianças com deficiência. Essas crianças, são amparadas pela Declaração Universal
dos Direitos Humanos (DUDH) que foi proclamado pela Assembleia Geral das
Nações Unidas (ONU) em 1948.

Acredita-se que a Declaração Universal dos Direitos Humanos tenha sido o


pontapé inicial para outras legislações vigentes relacionadas aos direitos e a
assistência às pessoas com deficiência e às classes minoritárias. Entre essas leis
pode-se destacar a Declaração de Jomtien em março de 1990 na Tailândia. A
Declaração de Salamanca que foi decretada em 1994 na Espanha também foi outro
marco em relação às necessidades educativas especiais. Importante destacar que
quando se fala em educação especial está se referindo as mais diversas
especialidades, síndromes e necessidades especiais que podem ser encontradas
atualmente. Pode-se evidenciar, por exemplo, a deficiência visual, deficiência física,
deficiência múltipla, deficiência intelectual, altas habilidades e superdotação, nesse
projeto optou-se por dar ênfase a uma necessidade em específico que é a
necessidade especial auditiva visando uma reflexão a cerca de um tema tão
importante que é a inclusão escolar.

A inclusão escolar, independentemente do nível de escolaridade,


representa, não só atender ao deficiente, mas a todos os alunos, no sentido
de introduzir na escola uma cultura de respeito e de mudança de atitude
perante o diferente. Isso seria possível através de um programa de ensino
com uma filosofia em comum, coordenado por uma equipe constituída por
professores, pais, alunos, membros da comunidade e administradores
compromissados com o atendimento à diferença (MANENTE ET AL. 2007,
p.29).

Incluir o aluno deficiente auditivo no ambiente escolar não é uma tarefa fácil.
Entende-se que é importante, no entanto, muitos profissionais da educação,
incluindo muitos pedagogos, não tem formação acadêmica para ensinar alunos
com deficiência auditiva. De acordo com Ricardo (2018, p.3) “a deficiência auditiva
é a incapacidade total ou parcial de ouvir, apresentando um entrave ao
desenvolvimento social dos indivíduos com deficiência.” O que se caracteriza
como um grande desafio é como inseri-lo em sala de aula de forma com que o
aluno aprenda e possa desenvolver suas competências e habilidades. É
interessante que o professor envolva ao aluno nas atividades e o traga para as
primeiras cadeiras e o trata como todos os outros não subestimando a sua
capacidade intelectual, afinal de contas a deficiência é auditiva e não cognitiva. A
relação entre professor e o aluno com perda auditiva pode ser determinante no
desempenho e aprendizado. Se for preciso investir recursos para que o profissional
esteja mais preparado e habilitado para a educar um aluno com deficiência
auditiva, fazer um curso ou uma especialização em LIBRAS. É importante que o
professor coloque o aluno logo nas primeiras cadeiras e acompanhe mais de perto
junto às famílias cada aluno individualmente de acordo com suas especificidades.
De acordo com Gonçalves e Guizolfi (2015, p.4) “a escola deve se aperfeiçoar
para atender as necessidades, de forma que o aluno seja sujeito ativo, e não um
simples observador. Para que a inclusão tenha êxito, é importante que o aluno
participe de tudo o que envolva a sala [...].” De fato, é preciso entender que a
inclusão escolar se dá a medida que o educador envolve o aluno no processo da
aprendizagem de forma igualitária e sem nenhum tipo de segregação. A deficiência
auditiva é uma limitação na audição, não na cognição e na capacidade intelectual
do aluno e, de acordo com Cruz (2009, p.1123) afeta diretamente o convívio
social do sujeito:

Dentre as deficiências humanas, a auditiva pode ser considerada uma das


mais devastadoras em relação ao convívio social do sujeito, visto que
interfere diretamente no desenvolvimento da linguagem, fala, comunicação
interpessoal e aprendizagem, podendo prejudicar o desenvolvimento
escolar e, consequentemente, profissional da população afetada (CRUZ,
2009, p.1123).

Acredita-se que pessoas com deficiência auditiva tenha baixa autoestima, são
pessoas geralmente com complexos de inferioridade, muitas, ainda na fase
adultas, mesmo com escolaridade não adquirem bons empregos, se conseguem
algo é na faxina, longe de tudo e de todos mesmo sendo assegurados os direitos
trabalhistas a pessoas deficientes. É possível ainda evidenciar que algumas
pessoas com deficiência auditiva tendem a serem antissociais, algumas podem
criar até fobias sociais querendo ficar isoladas, se sentido como se ninguém as
entendessem e compreendessem. A perda auditiva afeta diretamente a vida social,
emocional e até mesmo conjugal de uma pessoa. Se nas demais áreas torna-se
uma dificuldade, o que pensar nas relações de trabalho para uma pessoa
deficiente. De acordo com o Decreto 5.296 de 2004 a pessoa portadora de
deficiência auditiva é aquela que se enquadra como uma perda parcial ou total das
possibilidades auditivas sonoras, variando de graus e níveis na seguinte forma:

- De 25 a 40 decibéis: surdez leve;


- De 41 a 55 decibéis: surdez moderada;
- De 56 a 70 decibéis: surdez acentuada;
- De 71 a 90 decibéis: surdez severa;
- Acima de 91 decibéis: perda profunda;
- Anacusia: perda total da audição.
Em algumas empresas há contratação para pessoas que tenham o grau de
surde leve como afirmado por Souza (2014). Segundo o autor, as pessoas são
contratadas pelo fato de já terem uma perca auditiva e essas pessoas são expostas
a diversos barulhos e ruídos que são causados pelas máquinas nas indústrias e
fábricas. Isso é um evidente demonstrativo dos estigmas e segregação na qual são
expostas as pessoas com deficiência auditiva. Uma das formas de amenizar os
preconceitos e estigmas no qual as pessoas com deficiência auditiva passam na
sociedade é fazer com que elas tenham um atendimento pedagógico de qualidade e
diferenciado para elas. Muitos educadores não têm conhecimento em LIBRAS, por
exemplo, nesse caso surge a necessidade de ter uma intérprete de LIBRAS, ou o
professor pode pensar em fazer um curso aprofundado de LIBRAS, no entanto
existem algumas dificuldades em relação ao trabalho com a LIBRAS

Atualmente, surdos sente orgulho de Língua de Sinais, tem sua Cultura,


mas sente dificuldade desenvolver sua identidade, pois a família é ouvinte e
convive sociedade ouvinte, a maioria aprendeu LIBRAS na escola de/para
surdo e na associação de surdo. O importante é contato com surdos para
desenvolver autoestima e linguístico. Por isso, a escola para/do surdo é
suma importância para surdos que possa encontrar outros surdos como elo
entre surdos que nela fortalece cultura e comunidade surda (Mazacote,
2017, p.220)

Um dos fatores determinantes também é o apoio que se deve ter em relação à


escola e família. Os pais de alunos com deficiência auditiva devem ser participativos
e auxiliar a escola no que for necessário para o desenvolvimento da sua capacidade
motora e intelectual. De acordo com Ampudia (2011) os alunos que possuem um
grau severo ou perda total da audição pode se iniciar a alfabetização com esses
alunos através da LIBRAS. Educar um surdo é também conhecer a sua cultura.
Educar um surdo é entender seus limites e os diversos complexos nos quais a
criança com deficiência auditiva passa numa sociedade desigual e discriminatória.
Sendo assim, é importante que:
as escolas precisam se organizar para ter um ambiente com um contexto
linguístico adequado para os surdos, buscando um êxito na sua educação,
para isso as escolas devem perceber que a língua de sinais, sendo a língua
oficial da comunidade surda, seja uma garantia de direito de o surdo usar
sua língua natural (FERRÃO e LOBATO, 2016, 35).

No entanto, o que mais se percebe, são professores despreparados e escolas


sem estruturas para receber alunos com deficiência auditiva. A falta de habilidade
em língua de sinais é um dos fatores recorrentes no despreparo em lidar com
crianças com deficiência auditiva. Se voltarmos um pouco no tempo, observaremos
que em décadas passadas o surdo precisava aprender leitura labial de maneira
“forçada”. Essa foi a forma que muitas crianças aprendiam e eram alfabetizadas,
através da leitura labial. Era um tempo em que o surdo precisava aprender a falar e
se expressar, para isso é importante inserir, linguisticamente falando, o aluno surdo
É necessário inserir o indivíduo no lugar de capaz, pois o mesmo tem a
capacidade de interagir e aprender no mundo em que o cerca. Para isso, é
preciso romper com o modelo já aplicado de educação inclusiva e especial,
e por fim aderir o modelo de escola bilíngue, para que assim ocorra a
verdadeira aprendizagem da pessoa surda, onde o mesmo encontre sua
identidade social, sendo capaz de interagir e desenvolver suas habilidades.
Independentemente de tratar de uma minoria linguística na sociedade
majoritária, é interessante lembrar que possuem capacidades equivalentes
à de um ouvinte para se desenvolver, além de que são seres humanos
iguais a qualquer um, e merece o devido respeito (Conceição,2019, p.150).

Para tanto, é necessário fazer uma distinção entre oralismo e a LIBRAS, pois
enquanto o oralismo parte do pressuposto de que se precisa falar, é a linguagem
mais informal empregada nos discursos, debates, seminários. Já a LIBRAS é a sigla
para Linguagem Brasileira de Sinais que é a linguagem voltado para o público surdo
e mudo. Mazacote (2017) afirma que não ajudava ao surdo a viver em sociedade.
Se partir do pressuposto que a escola se constitui como um ambiente de
aprendizagem que prepara as pessoas para a vida, a escola deve preparar os
surdos para o ambiente em sociedade.
De acordo com Sousa (2015) a escola se configura como um espaço
educativo onde há presença da conversação cultural, sendo assim é preciso
resgatar a cultura do surdo em sala de aula. Uma das formas de resgate cultural dos
surdos é o trabalho que o intérprete de LIBRAS faz em sala de aula, o
reconhecimento do uso da LIBRAS e das atividades lúdicas voltada para o ensino
com os surdos, tudo isso é resultado da luta dos surdos pelo seu espaço na
sociedade. A exclusão dos surdos na sociedade se constituiu não apenas como
uma questão de preconceito, mas também foi embasada na ignorância das pessoas.
Na escola se deve preparar as crianças para o futuro em sociedade. “A escola deve
ser responsável, juntamente com a família, pela preparação da criança surda para a
vida em sociedade, oferecendo-lhe condições um código de comunicação que
permita seu ingresso na realidade sociocultural, com efetiva participação da
sociedade.” (Souza, 2015, p.172).
Convém lembrar que existe a legislação que assegura aos direitos dos surdos
que pode ser vista através da lei 10.346 de 24 de abril de 2002 que é a lei que
assegura a obrigatoriedade do ensino de LIBRAS e como meio legal para
aprendizagem da comunidade surda e o decreto 5.626 de 22 de dezembro de 2005
que trata da difusão da LIBRAS e da tradução das LIBRAS (Teixeira,2011, p.6). É
preciso levar em consideração que essas conquistas foram alcançadas mediante a
muito esforço e uma luta incessante pelos direitos igualitários para a pessoa surda.
Vale lembrar também da Lei nº 13.055 de 22 dezembro de 2014 que é a lei
responsável por instituir o Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais, dia 24 de
abril. É importante observar que existem ainda algumas leis municipais e estaduais.
A Língua Brasileira de Sinais, ou Libras, foi desenvolvida no Brasil pelos
surdos como uma forma de comunicação entre eles, com estrutura
gramatical própria, composta pelos níveis linguísticos: o fonológico, o
morfológico, o sintático e o semântico. Diferencia-se das demais pela sua
modalidade gestual-visual, já que utiliza como canal de comunicação os
movimentos gestuais e expressões faciais e corporais. Compreende-se a
palavra pelo conjunto de movimentos, já que o soletrar seria impossível
devido à rapidez. É importante ressaltar que a LIBRAS não é considerada
uma língua universal como a língua oral. Entretanto, a Libras também é a
língua peculiar dos surdos, ela não é uma língua universal como a língua
oral, em que cada país tem sua própria língua e estrutura. No entanto,
assim como cada país ou grupo de países possuem uma língua oral,
diferentes países também possuem suas versões da Libras, como nos
Estados Unidos a Língua Americana de Sinais (ASL), na França a Língua
de Sinais Francesa (LSF), entre outros (Sousa,2015, p.171).

A LIBRAS foi constituída por surdos e para surdos. Por essa razão é
importante que o ensino de LIBRAS seja ensinado nas escolas para a comunidade
surda e como toda língua ela possui uma gramática, sintaxe, estilística, trata-se de
uma linguagem gestual-visual. Alguns não consideram a LIBRAS como uma língua e
que deve se forçar aos alunos a falarem, algo que não ocorre com a LIBRAS, sendo
uma linguagem onde se utiliza gestos e expressões faciais.
Quando se fala da importância da formação de professores no Ensino de
alunos com deficiência vale ser analisada também não só como uma
responsabilidade do educador, mas de toda a comunidade escolar. A escola precisa
educar a todos, sem excluir e segregar nenhum aluno por qualquer que seja o
motivo. É preciso considerar que a inclusão é o que abrange o reconhecimento e a
valorização da diversidade do aluno. Todas as crianças deveriam aprender juntas
em um mesmo espaço e ambiente, sem nenhuma distinção por cor, raça, sexo ou
necessidades especiais, em outras palavras, há uma luta muito grande por parte de
pais e professores visando a prática da Educação Inclusiva e essa luta não é de
agora
Desde meados dos anos 80 e princípio dos 90, inicia-se no contexto
internacional um movimento materializado por profissionais, pais e as
pessoas com deficiência, que lutam contra a ideia de que a educação
especial, embora colocada em prática junto com a integração escolar,
estivera enclausurada em um mundo à parte, dedicado à atenção de
reduzida proporção de alunos qualificados como deficientes ou com
necessidades educacionais especiais. Cabe destacar a este respeito, como
passo prévio à inclusão, o movimento que aparece nos EUA denominado
“Regular Education Iniciative” (REI), cujo objetivo era a inclusão na escola
comum das crianças com alguma deficiência (Sanchez, 2005, p.8)

É importante destacar que é preciso ter a formação e capitação de


profissionais que estejam aptos e preparados para atender as crianças surdas de
acordo com suas especificidades. A partir de 2006 foi dado início ao primeiro curso
de Letras-LIBRAS. Uma Licenciatura de duração de quatro anos que tem como
objetivo formar a capacitar professores para ministrar aulas na Língua Brasileira de
Sinais. O Bacharelado, que tem duração de oito semestres e uma carga horária de
2520 h, prepara e forma profissionais para serem tradutor/intérprete. Ainda é
possível o educador fazer uma Segunda Graduação em Letras-LIBRAS, caso ele já
tenha uma Graduação.
Segundo Arantes & Pires (2012) o bilinguismo está sendo difundido desde
a década de 80 nas escolas. Entende-se como bilinguismo a capacidade da pessoa
dominar duas línguas, no que diz respeito aos surdos, é capacidade de algumas
pessoas em dominar a Língua Portuguesa e a LIBRAS. Pelo fato de muitos surdos
não falarem achavam que ele era um ser incapaz e que teria que ficar em trabalhos
subalternos. A história mostra como os surdos foram perseguidos ao longo do
tempo, sendo alguns mortos ainda pequenos, muitos vivam num estado de
mendicância. Durante a Idade Média muitos foram perseguidos pela Igreja Católica.

Cada criança é única e possui suas especificidades. As crianças chegam à


Escola e trazem consigo inúmeras bagagens advindas de casa. Essas bagagens
referem-se aos aprendizados, aos costumes, a tudo aquilo que ela aprendeu em
casa. É na escola que a criança terá seus primeiros contatos com o mundo externo;
vai se socializar, conhecer cores, formatos, objetos, vai redescobrir a si mesma e
perceber que não está só no mundo. Na escola ela aprenderá a contar, ter o
primeiro contato com as letras, identificar símbolos e imagens. Agora imagine esse
contato inicial de pessoas surdas sendo inseridas nesse mundo.

Pode-se generalizar que a inserção do indivíduo na sociedade,


especificamente do sujeito surdo, perpassa pelo processo de mudanças
construídas a partir de uma educação que visa à participação ativa e ao
desenvolvimento social, conforme disposto na referida Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional, nº 9.394/96.
Assim, uma sociedade mais justa e democrática se traduz na garantia
dos direitos e deveres de todos seja nas relações entre si, seja nas práticas
cotidianas. Pensando no contexto do sujeito surdo, essas premissas, se
praticadas de fato, levam a efetiva inserção do surdo na sociedade. Porém, o
acima exposto diz respeito ao ideal que se busca, não reflete a realidade que se
encontra no país, pois são muitas as dificuldades encontradas pelo sujeito surdo,
que utiliza a Libras como língua para se comunicar em seu meio.
Para podermos dar seguimento ao raciocínio, e considerando que
estamos tratando de sociedade, é preciso esclarecer que a surdez é vista, sob
uma ótica clínica, como uma deficiência sensorial, já na perspectiva sociológica,
trata-se de um grupo cultural, onde a surdez é caracterizada como uma diferença
a ser respeitada (STROBEL, 2008; BRASIL, 2015).
Apesar de ser importante se compreender o percurso histórico para a
evolução da humanidade, este texto respeita sua relevância, mas não foca a
discussão no passado, e sim na realidade em que nos encontramos, pois, “a
conscientização dos direitos humanos e da necessidade da participação e
integração na sociedade de uma maneira ativa se fez presente” (FERNANDES,
SCHLESENER e MOSQUEIRA, 2011, p.138).
Nesse sentido, valorizamos os esforços dos surdos no empenho em
buscar legitimar seus direitos, em todos os âmbitos, especialmente o social,
identificamos algumas iniciativas voltadas à comunidade surda que partiram da
criação de espaços com foco para a referida comunidade e, após fortalecimento e
empoderamento dos sujeitos surdos e legitimação dos direitos de acessibilidade,
passou-se então, para o trabalho de propagação da Libras como elemento de
inclusão através da comunicação. Este é o caso, por exemplo, da Associação de
Surdos de Criciúma em Santa Catarina (BRITTOS e SILVEIRA, 2020).
Iniciar um trabalho de inclusão a partir de um lugar de conforto,
confiança e aceitação para a sociedade em geral é um pensamento compartilhado
por Perlin e Strobel (2014, p. 25) quando afirmam que “A cultura surda é o padrão
de comportamento compartilhado por sujeitos surdos na experiência trocada com
seus semelhantes quer seja na escola, nas associações de surdos ou encontros
informais.”.
As autoras Brittos e Silveira (2020) destacam o mercado de trabalho e
as instituições de ensino são dois espaços de grande relevância para a vida em
sociedade para qualquer pessoa independente das diferenças entre os indivíduos.

O trabalho das autoras evidenciou:

a necessidade de cumprimento da Lei nº 10.098, de 19 de


dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios
básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras
de deficiência ou mobilidade reduzida, visto que cita que o Poder
Público ficará responsável por extinguir obstáculos na
comunicação para o pleno desenvolvimento da cidadania dos
sujeitos com dificuldades de comunicação (BRITTOS e SILVEIRA,
2020, p. 11).

Conforme o disposto legal no cap. VII, art. 17:

O poder Público promoverá a eliminação de barreiras na


comunicação e estabelecerá mecanismos e alternativas técnicas
que tornem acessíveis os sistemas de comunicação e sinalização
às pessoas portadoras de deficiência sensorial e com dificuldade
de comunicação, para garantir-lhes o direito de acesso à
informação, à comunicação, ao trabalho, à educação, ao
transporte, à cultura, ao esporte e ao lazer (BRASIL, 2000).

Ainda há surdos que relatam exclusão de situações do cotidiano ou


chacotas, além de muitas vezes não haver intérprete nas instituições, especialmente
as de ensino.
No tocante ao exercício laboral, Strobel (2008, p. 79), afirma que os
surdos são “[...] desvalorizados enquanto cidadãos e profissionais que podem
contribuir a partir de suas capacidades inerentes e de sua diferença: do ser surdo”.
Ainda refletindo sobre a pesquisa de Brittos e Silveira (2020), esta
aponta dificuldades significativas na comunicação em Libras nas suas práticas
sociais. Informam que muitos precisam da ajuda de ouvintes para se fazerem
entendidos, optam pela escrita ou simplesmente desistem de interagir ou de ir a
outros espaços fora de suas convivências habituais.
A análise dessa categoria revelou que a sociedade precisa garantir
Políticas Públicas que visem respeito ao sujeito surdo; há a tentativa de inclusão,
no entanto, nem mesmo nas práticas sociais cotidianas os surdos têm acesso
satisfatório. As respostas quanto aos lugares que conseguem ser atendidos em
Libras mostram as dificuldades que eles enfrentam todos os dias, com a falta de
comunicação, o que faz com que o não uso da Libras impossibilite que tenham
autonomia em suas atividades sociais.
Neste ponto a afirmação de Strobel (2008, p. 145) ganha espaço ao
dizer que “A realidade mostra que a maioria dos sujeitos surdos é vítima da falta
de oportunidade, das ausências de políticas sociais que contemplem suas
necessidades ou que, simplesmente, são tratados com indiferença [...]”. Portanto,
a acessibilidade de comunicação através do uso da Libras em espaços sociais e
órgãos públicos, estabelecimentos comerciais e até mesmo com membros das
famílias de surdos ainda é um caminho que precisa ser percorrido para assegurar
e efetivar a inclusão e respeito.
construir um processo de inclusão ao contrário, onde estão reunidas
uma série de relatos e pesquisas internacionais realizadas com crianças ouvintes
sem e com algum comprometimento e que aprenderam a língua de sinais como
segunda língua (ROA, 2020).
Em território nacional podemos citar a proposta de Lacerda e Moraes
(2013) que também traz a abordagem de bilinguismo às avessas. Com a intenção
de qualificar as interações da turma com uma criança surda e proporcionar às
crianças ouvintes a aprendizagem de uma segunda língua, foi realizado o ensino
da língua de Libras. Além desta aprendizagem também objetivou-se sensibilizar as
crianças quanto as diferenças e incentivá-las a utilizar a libras no cotidiano
escolar.
Mourão, Castro e Melo (2018) apresentam o projeto Librário como um
recurso didático e imagético divertido, que pode ser usado em qualquer espaço
que tenha pessoas surdas e ouvintes através de dinâmicas com duas ou mais
pessoas. Utilizar o jogo como proposta de atividade e interação baseia-se no
estímulo da comunicação entre surdos e ouvintes, considerando que incentiva a
aprendizagem de Libras pelos ouvintes como ação principal para transpor o
obstáculo comunicacional vivenciado pelos surdos. A aprendizagem é então
estimulada por meio da relação direta com o surdo e contato visual com a língua
de sinais através das cartas e da sinalização durante o jogo.
O Librário consiste de um material de baixo custo e fácil reprodução, a
proposta metodológica é acessível e, há ainda, uma versão do Librário virtual,
em um aplicativo, adaptado a partir do jogo físico, que permite também o jogo
para um único jogador. Tal recurso pode contribuir na comunicação e no ensino,
por meio da diversão, na perspectiva da inclusão social.
Relevante considerar também que a criação de recursos abre espaço
no meio do empreendedorismo, afinal, acredita-se tanto essa proposta, quanto
outras tantas que existem ou podem surgir com potencial transformador e criativo,
e gerar resultados promissores.
Apesar da realidade de muitos lugares ser a de não disponibilizar tão
facilmente um intérprete para a área educacional, o trabalho de Souza et al. (2020)
relata uma experiência pedagógica cativante e bem sucedida no Instituto Federal
do Piauí que se refere a uma oficina de astronomia em libras. Esta oficina, aberta
ao público, proporcionou a aproximação com os conhecimentos de Astronomia
para indivíduos ouvintes e surdos. Esta experiência demonstrou uma ação positiva
de inclusão, de aproximação com a ciência e de aprendizagem concreta, pois
foram trabalhados pontos principais tanto da Libras quanto da Astronomia.
O uso de oficinas como ferramenta de inclusão para práticas docentes
e estudantes não é tarefa tão simples, afinal estamos falando de uma outra língua
com características e gramática próprias, mas é uma estratégia eficiente, quando
bem planejada, já que em muitos lugares sofre com a falta de preparo específico,
tanto nos cursos de formação de professores quanto nas redes de ensino regular
(DOS SANTOS, 2018).
Para o futuro educador, participar de as oficinas significa ter
experiências práticas que contribuem de forma significativa na formação docente,
de madeira que possibilita a construção de uma consciência mais inclusiva, o que
tende a refletir sobre a sua atuação profissional (DOS SANTOS, 2018).
Para além do uso “superficial” de Libras, Araújo et at. contribuindo para
o processo de ensino de forma inclusiva, desenvolveu sinais que codifiquem
espécies vegetais da Caatinga e sem registros na LIBRAS. Para este desafio, o
conhecimento etnobotânico de estudantes surdos foi obtido através de entrevistas
semiestruturadas a fim de identificar se havia sinais que representassem as
plantas da Caatinga. Foram entrevistados estudantes, de uma escola para surdos,
que apontaram a ausência de sinais para 40 espécies,utilizadas para diversos fins.
Uma comissão foi então reunida para criar e estabelecer os sinais para
cada espécie citada, com base em seus atributos morfológicos e fins utilitários. Os
autores atingiram seus objetivos de criação dos sinais em Libras e viabilizaram a
aprendizagem ao tornar disponível os conhecimentos relacionados as espécies
vegetais da Caatinga para todos os alunos, ouvintes e surdos fluentes em Libras.
Considerando o estado de Pandemia pelo Covid-19 em que nos
encontramos, o trabalho de Nascimento (2020) é bem pertinente à realidade de
ensino na modalidade EAD, pois trata do modelo pedagógico virtual da UFRB,
que, segundo o autor, embora seja fundamentado em princípios que visam a
educação para todos e acessibilidade, e que contribui para a prática docente, ele é
em parte omisso quanto às necessidades dos estudantes surdos usuários de
Libras. No entanto, permite que os docentes tenham à sua disposição recursos
visuais variados a serem utilizados na formatação do AVA da sua disciplina. No
ambiente virtual de aprendizagem de Libras, foram disponibilizados ícones para
fácil identificação visual da atividade, vídeos em língua de sinais, filmes indicados
em Língua Portuguesa com o recurso de legendas e atividades semanais
separados por cores.
Este não é um trabalho definitivo, pois ainda há muito o que ser
organizado para melhor atender todos os alunos independente de suas
especificidades, foi, no entanto, uma análise de pontos forte e fracos, e que se
almeja que passe por uma reformulação e que se ampliem as discussões sobre
acessibilidade.
A pesquisa de Ramos e Almeida (2017) sensibilizou estudantes de
diferentes cursos de graduação na área da saúde no aspecto ao acesso de
serviços de saúde de qualidade para o indivíduo surdo. Haja visto que são por
muitas vezes, atendidos de maneira inadequada e com desrespeito. Assim
apontou a importância de a área de saúde possuir profissionais capacitados para
um atendimento aprimorado, destacando assim o estudo de Libras para uma
melhor preparação profissional de saúde para atuar junto à comunidade surda,
desde o período da graduação.
O trabalho de Satie (2017) discute o impacto social da acessibilização
de conteúdos audiovisuais gaúchos para atender pessoas com deficiência auditiva
e surdos usuários de libras, e o primeiro elemento destacado se refere ao
investimento para esse fim, especialmente após o ano de 2015.
Nesse meio, temos também, o trabalho de Souza (2020) que aborda a
perspectiva e contribuição do interprete, apontando que quando este profissional
faz parte da equipe que pensa e elabora o projeto audiovisual, pode auxiliar na
identificação de possíveis estratégias mesmo antes da tradução em Libras ser
registrada em vídeo, contribuindo, assim para um resultado de melhor qualidade.
Caldas (2017) apresenta uma perspectiva de uma sorveteria localizada
na cidade de Aracaju – Sergipe. A comunicação entre funcionários surdos e
clientes deste comércio acontece num sistema que combina o uso da Libras de
forma fluente, gestos, sinais indicativos e linguagem escrita. O funcionamento
pleno desta empresa, através dessas formas de comunicação não são um
empecilho. Pelo contrário, a diversidade se configura como um diferencial,
favorecendo a inclusão social, a difusão da Libras, a valorização do Surdo
enquanto profissional capaz e representando um modelo de empreendimento de
sucesso.
Em território baiano, destacamos um trabalho que realizou uma análise
preliminar das motivações toponímicas em Libras do centro comercial da cidade
de Feira de Santana. Para melhor entendimento, contextualiza-se que o termo
“Topônimo” designa um nome. Os estudos toponímicos da Língua Portuguesa,
língua oficial dos brasileiros, ainda se encontra em processo de expansão. Em se
tratando de Libras:

[...] do ponto de vista linguístico, a Língua de Sinais Brasileira é uma língua


ainda em desenvolvimento, especialmente o léxico que recebe
frequentemente neologismos na língua comum e na língua de
especialidade, como é o caso dos nomes próprios. (SOUZA JR, 2012, p.
37).

Identificar e iniciar a análise dos sinais toponímicos, juntamente com a


pesquisa da sócio-história dos nomes das ruas de Feira de Santana contribui
significativamente para a circulação de pessoas surdas e ouvintes, mas também
como elemento maior de identidade pessoal e identificação a nível regional. Desta
forma, o entendimento do processo de nomeação e participação da comunidade
surda contribuirá com o desenvolvimento do léxico dos surdos usuários de Libras,
facilitando o processo de localização geográfica. O legado a ser deixado para
gerações futuras, vai além da localização, mas também constará na história.

CAPÍTULO II

Discutir sobre a temática da capacitação e formação dos professores que


trabalham com crianças que são deficientes auditivas não é uma tarefa fácil. Em
alguns casos, o que se percebe são professores despreparados e escolas que não
tem estrutura para receber esses alunos. A deficiência auditiva é dividida em graus-
leve, severo-moderado-grave-surdez total

A origem dessa diversidade de preferências está no grau da audição


afetada. Tecnicamente, consideramos a deficiência auditiva como sendo a
categoria maior, dentro da qual encontramos diversos graus de perda
auditiva, variando da surdez leve (25 a 40 db) à anacusia e tendo como
níveis intermediários a surdez moderada (41 a 55 db), a surdez acentuada
(56 a 70 db), a surdez severa (71 a 90 db) e a surdez profunda (acima de 91
db). Portanto, oficialmente, “deficiência auditiva” e “surdez” significam a
mesma coisa. (Inciso II do art. 4º do Decreto nº 3.298, de 20/12/99, que
regulamenta a Lei nº 7.853, de 24/10/89) (SASSAKI, 2012, p.2).

De acordo com os graus, alguns podem ser até empregados em algumas


indústrias, ou até mesmo outra empresas. Na Escola, muitos alunos têm o contato
inicial com a alfabetização através das LIBRAS. Posteriormente, eles irão aprender a
Língua Portuguesa. “É perfeitamente possível que uma pessoa surda de aproprie da
língua portuguesa. Esse processo será dependente de uma série de fatores que
influenciam o aprendizado [...]” (FERNANDES, 2007, p.4). O fato é que se precisa
de professores com mais habilitação e preparação para ensinar aos alunos com
deficiência auditiva. A deficiência não é um sinal de incapacitação total. Os alunos
deficientes auditivos têm as mesmas capacidades que todo os demais alunos e
podem sim aprender e progredir bastante assim como todos os outros

Um dos grandes obstáculos no ensino de crianças surdas pode ser


simplificado na dificuldade de comunicação entre os pais e as crianças e que por
sua vez também é dificultosa na escola entre professor e aluno. Um profissional
intérprete de LIBRAS também se faz necessário em sala de aula. Muitas vezes
essas crianças têm que lidar com professores que não são bem remunerados ou
não estão aptos para lidar as especificidades delas.

É bem verdade que dentro da sala de aula encontraremos alunos com


diversas características e singularidades. O aluno surdo foi considerado durante um
bom tempo como um aluno incapaz de aprender algo devido a sua incapacidade
auditiva. Esse tipo de preconceito era gerado, principalmente, pela falta de
conhecimento. O processo da inclusão diferencia-se da integração. Muitas vezes
cometemos o erro de achar que estamos incluindo quando na verdade o que se está
fazendo é a integração. Na integração inclui-se o aluno no mesmo espaço físico,
porém os direitos de igualdade não são respeitados, as atividades são diferenciadas
e o alunos muitas vezes fica isolado dentro da própria sala.

As dificuldades voltadas para os alunos surdos são muito grandes. Para se


ensinar um surdo muitas vezes será preciso entender a cultura surda. A escola
precisa ter um currículo voltado que seja flexível que atenda às necessidades dos
alunos. O professor terá como papel primordial auxiliar o aluno no processor de seu
desenvolvimento fazendo com que seja possível abrir caminhos para novos
horizontes na construção do saber e do conhecimento.

A perda auditiva prejudica o entendimento da fala a depender do nível da


perda. É importante lembrar que é o mesmo a criança com perda auditiva leve pode
ter sérias consequências no desenvolvimento da fala da linguagem e no rendimento
social o que leva alguns pais a se questionarem se seu filho, que tem deficiência
auditiva, poderá se comunicar normalmente. Muitas crianças com deficiência
auditiva conseguem falar de maneira que a pessoa ouvinte entenda, seja por forma
da LIBRAS, mímica quem sabe até escrevendo num papel.

Alguns fatores são determinantes para o desenvolvimento da fala e a


linguagem como a quantidade de resíduo auditivo, a realização de terapia
fonoaudiológica e o envolvimento dos pais. É preciso compreender que o fato de
uma pessoa possuir deficiência auditiva não significa que ela seja muda; a
linguagem está relacionada à diversas questões referente à pessoa com deficiência
auditiva, como a oralização, a leitura labial, bilinguismo e os tratamentos adequados
que podem facilitar sua inclusão

A questão é de que aprendizagem e linguagem caminham juntas a falta da


capacidade de falar acarreta a uma criança com deficiência auditiva um déficit no
seu desenvolvimento cognitivo, na aprendizagem no convívio social infelizmente
ainda existe uma enorme um distanciamento entre indivíduo com deficiência auditiva
e a ouvinte, devido a uma espécie de falha nas trocas de informações durante a
comunicação por ocasião dessa deficiência fonoarticulatória o indivíduo com a
deficiência auditiva afasta-se ,isola-se deixando de ter o convívio social.

Há estudiosos que defendem a chamada abordagem bilíngue que dá nada


mais é do que a ação inclusiva das pessoas com deficiências auditivas unindo o
processo de aprendizagem da LIBRAS e da oralidade promovendo a tentativa de
uma comunicação total, a união das línguas gestual e oral parece ser a opção que
oferece maior ganho e funcionalidade a pessoa com deficiência auditiva, garantindo
maior autonomia ao sujeito, seja nos estudos no trabalho ou nas relações sociais.

Há, no entanto, uma série de variáveis que conduzem a escolha do


caminho a ser seguido como diria o sábio ditado popular "cada caso é um caso"
devemos estar cientes de que a linguagem de uma pessoa com deficiência auditiva
é um processo lento e gradual. Cadê a escola, a família e os profissionais envolvidos
oferecer recursos para um adequado o processo de aprendizagem. A linguagem
deve ser vista sempre como um instrumento de inclusão social, que precisa ser
estimulado independentemente da maneira com a qual o usuário melhor se adapta o
importante é garantir a todos os direitos de se comunicar.

Falar em inclusão requer, antes de tudo, um olhar mais amplo


e um tratamento multidisciplinar, pois envolve vários âmbitos, desde a políticas
públicas, elementos de infraestrutura, ação social, além de questões culturais e
educacionais. Contudo, compreende-se que é uma prática construída
processualmente, afinal, envolve os diversos jeitos de ser e agir da sociedade.
Este estudo busca discutir a questão da inclusão de sujeitos surdos que
utilizam as Libras no contexto social, e para tanto, entende-se que é importante
contextualizar alguns fatos e apresentar alguns conceitos relevantes ao
entendimento.
Assim, temos que Akhras (2011, p.2) aponta que a inclusão se refere a
sistemas que “envolvem processos de participação, mediação e interação nos
quais cognição e aprendizado são situados em contextos socioculturais mais
amplos”. No caso dos sujeitos surdos, podemos destacar a comunicação como um
elemento de inclusão e exclusão nas esferas sociais.
Retornando a discussão ao ponto da abordagem em diferentes áreas,
destacamos a seguir alguns atos relacionados à política e ação cultural que
contribuíram para mudar o cenário.
Em 24 de abril de 2002, acontece a aprovação da Lei n. 10.436, que
reconhece a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como língua, meio de
comunicação e expressão.Dois anos antes, a Lei em 2000, a Lei n. 10.098 já
previa a formação de intérpretes para facilitar a comunicação entre as pessoas
surdas/surdas e surdas/ouvintes. Passo este que já possibilita a inserção e
inclusão do surdo em outros espaços da sociedade.
Um pouco depois, em 11 de julho de 2007, a Portaria do Ministério da
Justiça nº 1220, determina que as emissoras, produtoras e programadores de
conteúdos audiovisuais devem fornecer e veicular a informação da classificação
indicativa textualmente em português, com tradução simultânea em LIBRAS.
Outros avanços obtidos no Brasil se referem a obrigatoriedade de
interpretes em alguns ambientes governamentais e educacionais, implementação
de cursos de graduação específicos em Libras, inclusão da disciplina de Libras em
cursos de graduação e de pós-graduação, contudo, ainda há muito a ser
conquistado.
Desta forma, a presente pesquisa propõe uma reflexão a partir de
discussões teóricas sobre a importância da Libras nos espaços como forma de
inclusão social dos surdos, a partir da abordagem explicativa e contextualização
das legislações, conceitos e práticas pertinentes, articulando com pesquisas atuais
e o impacto de práticas bem sucedidas.
Objetiva-se então, discutir e analisar a importância e o reconhecimento
da Libras nos contextos e espaços sociais, respeitando a maneira do surdo de
lidar com o mundo. Pois o sujeito surdo tem uma maneira diferente de ver o
mundo. Enquanto as pessoas ouvintes apreendem os conceitos, interagem, se
expressão e se comunicam com outras pessoas por meio da audição, visão e fala,
os surdos apreendem as informações pelo visual e gestual.
O ouvinte, ao interagir com outro ouvinte através da fala, pode ter
acesso a várias informações ao mesmo tempo, e isso acontece pela articulação
dos sentidos e por intermédio da audição. No entanto com o surdo acontece de
maneira diferente, pelo fato da sua língua acontecer pela via visual, é preciso que
esteja focado somente em uma pessoa para que possa interagir. Segundo Strobel
(2008, p. 59), “os sujeitos surdos veem o mundo de maneira diferente em alguns
aspectos, porque suas vidas são diferentes por terem mais experiência visual e
por estarem longe da experiência auditiva”.
Seguindo a perspectiva acima, Perlin e Miranda (2003, p. 217), afirmam
que “olhar a identidade surda dentro dos componentes que constituem as
identidades essenciais” é se propor a respeitar o diferente. Os autores continuam
afirmando que “é uma experiência na convivência do ser na diferença”.
Assim, considera-se fundamental pensar na inclusão da Libras nos
diversos espaços sociais, pois, além de ser lugar de convivência e interação é
também de construção, de busca do saber e de reconhecimento enquanto
indivíduo, desta forma concretizando a valorização do ser humano, do respeito às
diferenças e da conscientização da sociedade de forma mais justa e humana.
Afinal o sujeito surdo não deve ficar limitado ao meio familiar, no qual,
provavelmente consegue se comunicar, mas para além da família e sua
comunidade, todas as iniciativas que abrem espaço para o uso da Libras são
importantes. E neste sentido, Akhras (2011, p. 11) defende que para de fato existir
a igualdade enquanto direito faz-se necessária a ação social que gere mudanças
na situação social, possibilitando a existência e ocorrência constante de atividades
de cunho social, que, com o passar do tempo, culminará em inclusão com
mudanças de perspectiva no próprio âmbito social.
Corroborando a afirmação acima, Oliveira e Leite (2007) destacam que
estratégias bem planejadas levam ao sucesso das ações inclusivas. Então,
podemos destacar como estratégias válidas a difusão da Libras, pois uma
comunicação efetiva promove a convivência, o respeito e a valorização de todo e
qualquer indivíduo.

CAPÍTULO III- METODOLOGIA

Quando à metodologia aplicada para construção desse trabalho optou-se,


quantos aos procedimentos da coleta, pela pesquisa bibliográfica. Pesquisas feitas
através de artigos e periódicos disponibilizados no Google Acadêmico e na Scielo.br.
A pesquisa bibliográfica é feita através obras publicadas por outros autores. Quanto
aos objetivos da pesquisa, esse projeto segue o caráter descritivo. Através de uma
pesquisa procurou-se descrever a realidade dos alunos com deficiência auditiva nas
escolas e de que forma os professores podem se preparar e se qualificar para
melhor trabalhar com os alunos com deficiência auditiva. Em relação as fontes de
informação, esse projeto segue o caráter bibliográfico. Em relação à natureza dos
dados a pesquisa segue o caráter qualitativo. Para elaboração desse projeto de
pesquisa foi preciso fazer algumas pesquisas, principalmente em revistas eletrônicas
que podem ser encontradas de fácil acesso através do google acadêmico como por
exemplo Ampudia (2022), Cruz (2009), Ferrão & Lobato (2012), Manente (2007). Foi
dada preferência a periódicos elaborados num espaço máximo de quinze anos
recentes.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante de tudo o que foi exposto podemos inferir que é inegável o papel dos
professores na construção da aprendizagem dos alunos com deficiência auditiva.
Observa-se que as pessoas portadoras de deficiência auditiva vivem numa realidade
de exclusão e segregação. Algumas quando conseguem trabalho, isso quando
conseguem, é em funções como a limpeza e faxina. Mesmo com escolaridade e
formação muitos surdos lutam por um espaço no mercado de trabalho.

A história dos surdos é marcada por muitas peculiaridades. Enquanto no Egito


e na Pérsia eles eram adorados pois acreditava que eles se comunicavam com os
deuses, na Grécia Antiga e os povos primitivos eram totalmente cruéis com os
surdos onde muitos eram escravizados ou até mesmo assassinados.

A sociedade se mostrou, e ainda vemos esses resquícios, incompassiva com


os deficientes auditivos. Mesmo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos,
a Declaração de Jomtien e a Declaração da Tailândia asseguram as Leis de Direitos
Humanos, mesmo assim ainda há um longo caminho a percorrer.

O deficiente auditivo é capaz de aprender da mesma forma como os demais


alunos. É preciso envolver o aluno com atividades lúdicas, olhar firmemente para o
aluno e trazer atividades voltada para o público surdo. Ensinar ao surdo é também
estudar e entender a cultura surda. É extremamente importante que os professores
sejam formados e capacitados para ensinar aos surdos, entender a cultura deles e
entender que todos são capazes de aprender.
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10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais -
Libras, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000
BRASIL. Lei n º 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas
gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas
portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.
Brasília: Senado Federal, 2000.
BRASIL. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira
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