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RESUMO
A Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o dia 01 de outubro como o Dia
Internacional do Idoso, objetivando sensibilizar a sociedade para as questões do envelhecimento e da
necessidade do cuidado com a população mais idosa. A hipertensão arterial é uma das causas de maior
redução da qualidade e da expectativa de vida dos indivíduos, no entanto, o papel social e o estilo de
vida dos idosos são fatores importantes no significado do envelhecer. Objetivou-se relatar a percepção
de acadêmicos de medicina na promoção do tratamento da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) em
idosos. Trata-se de um estudo descritivo, cuja abordagem é qualitativa e a modalidade relato de
experiência. A atividade social foi feita por acadêmicos de medicina, na Igreja Presbiteriana da
Restauração em João Pessoa-PB, envolvendo os estudantes e a comunidade. As alterações orgânicas
decorrentes do avanço da idade ocasionam maior vulnerabilidade ao desenvolvimento de doenças
crônicas não transmissíveis, como a HAS. Durante a ação, aferiu-se a pressão de dezenove pessoas, de
21 a 83 anos, com uma média de idade de 54,10 anos, em um intervalo de 21 a 83 anos. Uma maior
porcentagem de pacientes apresentou pressão arterial normal para a idade (120X70/120X80mmHg) e
os demais com valores variados, indo de 90X60mmHg a 180X10mmHg. Dessa forma, a qualidade de
vida e o envelhecimento saudável exigem um entendimento mais abrangente, sendo necessárias ações
da Atenção Básica, a fim de identificar situações de risco, por muitas vezes silenciosas.
INTRODUÇÃO
No ano de 191, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o dia 1 de Outubro
como o Dia Internacional do Idoso. Essa data comemorativa tem como objetivo sensibilizar a
sociedade para as questões do envelhecimento e da necessidade de proteger e cuidar da
população mais idosa. Ela marca o dia em que a Lei Nº 10.741 (Estatuto do Idoso de. 01 de
outubro de 2003) entrou em vigor. O Estatuto, que regula os direitos das pessoas com idade
igual ou superior a 60 anos, reúne 118 artigos. Em linhas gerais, ele estabelece a obrigação
da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público em assegurar ao idoso, com
1
Graduando pelo Curso de Medicina da Faculdade de Medicina Nova Esperança - FAMENE,
robson.segundo@hotmail.com;
absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à
cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e
à convivência familiar e comunitária.
A ONU divide os idosos em três categorias: os pré-idosos (entre 55 e 64 anos); os
idosos jovens (entre 65 e 79 anos – ou entre 60 e 69 para quem vive na Ásia e na região do
Pacífico); e os idosos de idade avançada (com mais de 75 ou 80 anos).
As alterações que vão ocorrendo com o envelhecimento, embora variem de um
indivíduo a outro, são encontradas em todos os idosos e são próprias desse processo
fisiológico normal. A interação de modificações próprias do envelhecimento e aquelas
decorrentes de processos patológicos é responsável pela apresentação clínica de várias
enfermidades, que se tornam mais graves nos idosos do que nos adultos jovens (NETTO,
PONTE, 2000) (NERI, 2000).
O aumento da PA tem sido considerado uma das consequências do envelhecimento e,
por muitos anos, foi vista como uma das mudanças “fisiológicas” desse processo
(ABERNETHY, ANDRAWIS, 2002). A HAS no idoso é importante, pois atua acelerando as
alterações próprias da senescência. Evidências epidemiológicas demonstraram que o risco
cardiovascular no idoso hipertenso é maior do que no normotenso de idade semelhante
(PIERRI, WAJNGARTEN, BARRETO, 1998) (FRANCO, HABERMANN, 1997).
Embora a grande maioria dos idosos seja portadora de, pelo menos, uma doença
crônica (Ramos et al., 1993), nem todos ficam limitados por essas doenças, e muitos levam
vida perfeitamente normal, com as suas enfermidades controladas e expressa satisfação na
vida. Um idoso com uma ou mais doenças crônicas pode ser considerado um idoso saudável,
se comparado com um idoso com as mesmas doenças, porém sem controle destas, com
sequelas decorrentes e incapacidades associadas.
METODOLOGIA
IDADES
47%
53%
30 - 60 anos 61 - 85 anos
PRESSÃO ARTERIAL
16%
53%
31%
DESENVOLVIMENTO
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Há dificuldades em se definir os níveis normais de PA para indivíduos acima
de 60 anos e embora haja tendência de aumento da PA com a idade, níveis de PAS > 140
mmHg e/ou de PAD > 90 mmHg não devem ser considerados fisiológicos para os idosos
(CONSENSO BRASILEIRO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL III, 1999) (DUARTE,
NASCIMENTO, 2000) (BRANDÃO, FILHO, AMODEO et al., 2002). A OMS
(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE,1996) com base em diversos estudos estabeleceu
que o idoso é considerado hipertenso quando apresenta pressão arterial sistólica (PAS) = a
160 mmHg e/ou pressão arterial diastólica (PAD) = a 90 mmHg (DUARTE, NASCIMENTO,
2000).
Durante a ação, aferiu-se a pressão de dezenove pessoas, de 21 a 83 anos, com uma
média de idade de 54,10 anos, com um intervalo de 21 a 83 anos. Uma maior porcentagem de
pacientes apresentou pressão arterial normal para a idade (120X70/120X80mmHg) e os
demais com valores variados, indo de 90X60mmHg a 180X10mmHg.
A hipertensão decorre da interação de vários fatores (metabólicos e não metabólicos).
Com relação aos não metabólicos, foram surgindo com as modificações no modo de vida do
homem moderno. Quanto maior o número de fatores de risco a que o indivíduo estiver
exposto, maior o risco de tornar-se hipertenso (VASCONCELOS, 1997). São considerados
como fatores de risco associados à hipertensão: herança genética, idade acima de 60 anos,
sexo(homens e mulheres em fase de pós-menopausa, etnia, tabagismo, alcoolismo,
dislipidemias, diabetes mellitus, obesidade, estilo de vida sedentária, fatores dietéticos, entre
outros (VI RELATÓRIO DO JOINT NATIONAL COMITEE, 1997).
Diante disso, as ações preventivas e terapêuticas direcionadas à HAS reduzem os
riscos de morbimortalidade e é de grande importância que se analise o perfil e os fatores
determinantes e condicionantes referentes à HAS. O diagnóstico precoce da HAS, assim
como o conhecimento dos fatores envolvidos, são necessários para garantir o controle, melhor
opção de tratamento e diminuição de hospitalizações e complicações em decorrência da
doença.
REFERÊNCIAS
MENDES, Márcia R.S.S. Barbosa; GUSMÃO, Josiane Lima de; FARO, Ana Cristina
Mancussi e; LEITE Rita de Cássia Burgos de O. A situação social do idoso no Brasil: uma
breve consideração*. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ape/v18n4/a11v18n4.pdf>
Acesso em: 10 de junho 2019.