Ufcd 8142 I
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UFCD 8142
ÍNDICE
1. Enquadramento histórico
2. Intervenientes principais e seu posicionamento na cadeia de abastecimento
3. Tendências futuras
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO
1.1. Na antiguidade
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO
❑ Nem a Gestão de Operações nem a Logística são temáticas novas. Desde o início da civilização
que ambas são praticadas, embora com maior ou menor grau de consciência e sistematização.
O que é relativamente recente é o estudo das boas práticas e a sua difusão e aplicação
sistemática na vida das empresas.
❑ No passado, quer no contexto civil quer empresarial, qualquer organização tinha sempre um
carácter fundamentalmente empírico, na medida em que as exigências se colocavam também a
um âmbito geográfico mais restrito (mercados locais e comunidades rurais quase
autossuficientes até à revolução industrial).
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO
❑ Na verdade, estamos aqui perante um primeiro fenómeno de globalização, que já nessa altura
terá exigido muito por parte da Logística.
❑ Esta situação manteve-se durante muito tempo, mesmo quando a Gestão de Operações já tinha
um órgão próprio e em empresas de maior dimensão (pós-Revolução Industrial).
❑ O transporte era gerido pela Produção e os Stocks muitas vezes apareciam sob a
responsabilidade do Marketing, existindo situações em que a Produção ou mesmo as Finanças
controlavam os Stocks. o processamento de encomendas era controlado pelas Finanças ou pelas
Vendas.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO
❑ O ambiente económico e os conhecimentos teóricos nesta área não eram propícios a uma
mudança de atitude em relação às atividades logísticas. A área do Marketing crescia em termos
de importância nas empresas da altura, diminuindo o peso da Produção nas decisões de gestão
global.
❑ Iniciou-se uma migração das zonas rurais para os grandes centros urbanos, alargando os subúrbios
desses centros urbanos. Era necessário servir áreas metropolitanas de maior dimensão, o que
aumentou os níveis de stocks na distribuição, penalizando os custos de distribuição.
❑ A área da produção já há muito tinha sido estudada pelos engenheiros de produção e pouco
havia a fazer. As atividades de distribuição surgiam como a única possibilidade de reduzir
custos.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO
❑ Por outro lado, começou-se a reconhecer a importância dos custos logísticos. Os primeiros
estudos apresentaram valores surpreendentes. Se considerarmos a economia no seu todo, os
custos logísticos representavam cerca de 15% do Produto Nacional Bruto. Destes custos, o
transporte representava cerca de 2/3 e a manutenção de stocks 1/3.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO
❑ Foi nos anos 50 que o computador se estreou no mundo dos negócios. Simultaneamente,
tornava-se mais comum a utilização de modelos matemáticos para apoio à decisão nas
empresas. Técnicas matemáticas como a programação linear e simulação são ferramentas
fundamentais para os profissionais desta área.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO
❑ No final dos anos sessenta, algumas universidades americanas começaram a lecionar cursos na
área de logística, surgiram livros sobre o tema, algumas empresas reorganizaram-se tendo em
conta o conceito de logística e surgiram as primeiras associações profissionais.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO
1.3. Globalização
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO
❑ Até ao início da década de 60 a logística não existia enquanto unidade funcional ou processual,
ainda que, como é obvio, as atividades e procedimentos conducentes a conferir disponibilidade
aos produtos/serviços fossem operadas.
❑ A manutenção de baixo custos de produção era prioridade, pelo que o nível de stocks era
usualmente elevado sem que isso implicasse necessariamente bons níveis de serviço.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO
❑ A logística chega aos anos 70 num estado de semimaturidade. O conceito estava a ser
disseminado e algumas empresas tinham aderido à sua implementação.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO
❑ Neste contexto, as técnicas da logística que tinham surgido há já alguns anos começaram a ser
utilizadas com sucesso em muitas empresas. A logística, que até aqui se resumia à distribuição
física, passa a integrar a gestão de materiais (aprovisionamentos e produção).
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO
❑ Na década de 80, os mercados apresentam-se cada vez mais “turbulentos” – as previsões são
pouco fiáveis – e mais controlados pelos consumidores. As tecnologias de informação atingem
um elevado nível de utilização e as margens dos produtos são muito reduzidas.
❑ Este desenvolvimento, que redefiniu as fronteiras conceptuais da logística, fez com que fosse
possível integrar funcionalmente um conjunto de atividades que dizem respeito ao fluxo físico
intraorganizacional, permitindo que nesta terceira fase de integração funcional a logística
assumisse uma total independência funcional face a outras áreas da organização.
❑ O conjunto de atividades que suportam o fluxo físico, e que aglutinámos em três itens
(procurement, suporte à produção e distribuição física), passou a partir de então a ser gerido de
forma integrada, possibilitando sinergias e assim um gestão efetiva dos trade-offs.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO
1.4. Atualidade
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO
❑ Na atualidade, verifica-se que a estrutura burocrática vertical que prevaleceu durante longo
tempo está a dar lugar às abordagens horizontais que se focalizam nos processos-chave. As
empresas tendem a reorganizar-se e a redesenhar os seus processos de forma a que estes
sejam geridos e assegurados por equipas multidisciplinares.
❑ Contrariamente ao que se passava nas fases anteriores, em que cada função tomava as
decisões que minimizavam os seus custos, nesta fase, as decisões são tomadas de forma a
otimizar a totalidade da empresa e, na fase seguinte, esta otimização será conseguida ao longo
de toda uma cadeia de abastecimento, envolvendo as empresas nas várias posições.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO
❑ Assim, a logística, no contexto atual, tem um carácter processual emanado pelo objeto da sua
ação dentro da organização: os fluxos físicos e informacionais. Assim, a logística pode funcionar
como uma alavanca à redefinição dos processos de negócio e da estrutura organizacional da
empresa.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO
❑ Deste modo, nos dias de hoje, a logística deve ser entendida como um processo chave da
empresa com o objetivo de conferir disponibilidade total aos produtos/serviços, e que
acrescenta valor, quando os seus atributos, incorporados no produto nuclear, são percebidos e
valorizados pelo mercado (ou por determinado segmento do mesmo).
❑ No estádio 4 encontramos uma organização do século XXI, que deixa de ser funcional vertical e
hierárquica e passa a ser funcional horizontal orientada para os processos.
❑ O estádio 5, sendo uma abordagem por processo, vai para além da estrutura, ao encontro da
virtualidade e transparência organizacional, em que a direção e o controlo hierárquico e formal
da estrutura organizacional vertical tende a ser substituído pela rede eletrónica informal, muitas
vezes referida como organização virtual.
1. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO
❑ Com vista a diminuir a complexidade, algumas organizações optam por concentrar em apenas
uma porção da sua cadeia de abastecimento geral.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO
❑ Num sentido mais limitado, o termo cadeia de abastecimento pode ser aplicado a uma grande
companhia com diferentes locais situados em diferentes países. Coordenar fluxos de
informação, material e financeiro para uma companhia multinacional de uma maneira eficiente
é uma tarefa considerável.
❑ O objetivo que governa todas as atividades de uma cadeia de abastecimento é visto como o
aumento da competitividade.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO
❑ No entanto se se observar uma cadeia de abastecimento do fim para o início, passa-se a ter
uma cadeia de necessidades.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO
❑ Cadeia de fornecimento
❑ O que é:
❑ Missão:
❑ Assegurar que cada elemento ou segmento da cadeia recebe os materiais de que necessita a
tempo e em boas condições.
❑ Função objetiva:
❑ Procurar a melhor forma de transportar produtos da forma mais eficaz, mais rápida e mais
eficiente.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO
❑ Preocupação:
❑ A movimentação eficaz de matérias e de produtos através da
cadeia e não as vendas ou os lucros.
❑ Objetivo:
❑ Limitar os stocks ao mínimo, conservando uma margem de
segurança e aproximar-se o mais possível do JIT - Just In Time.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO
❑ Cadeia de valor
❑ O que é:
❑ Um modelo eficaz de gestão que permite à empresa receber
matérias-primas, acrescentar-lhe valor por variados processos e
vender produtos transformados aos clientes com uma margem.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO
❑ Missão:
❑ Ideia:
❑ Mostrar como cada produto transporta consigo um peso de custos que é preciso recuperar.
❑ Objetivo:
❑ Fornecer uma avaliação adequada do verdadeiro custo e lucro unitário de cada produto.
❑ Utilidade:
❑ Descobrir eficiências e ineficiências na cadeia de fornecimentos e de transformação.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO
PRODUÇÃO
❑ A produção indica a capacidade que uma cadeia de abastecimento tem para de produzir e
armazenar produtos, tendo como espaços associados fábricas e armazéns.
❑ Quando se toma decisões de gestão relativamente à produção são muitas vezes questões de
balanceamento entre capacidade de resposta e eficácia.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO
❑ Quanto maior o stock de uma fábrica ou armazém, maior será a sua flexibilidade e capacidade
de resposta, mas também maiores serão os custos e stock parado e em excesso não gera
receita, portanto quanto maior a sua capacidade de resposta, menor serão os seus níveis de
eficiência.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO
STOCK
❑ Terão então que ser consideradas três decisões importantes relativamente a criar e
manter stock:
o Ciclo de stock: quantidade de stock necessário para satisfazer a procura de um produto nos
espaços temporais entre compras do mesmo.
o Stock de segurança: stock que se mantêm com vista a combater a incerteza.
o Stock sazonal: acumulação de stock antecipando aumentos na procura expectáveis
relacionados com determinadas épocas do calendário.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO
LOCALIZAÇÃO
LOCALIZAÇÃO
❑ Terão que se ter em conta diferentes fatores como o custo do local, da mão-de-obra,
experiência da mão-de-obra, distâncias entre instalações, condições das infraestruturas e
impostos, sendo estes fatores irão influenciar os gastos a longo prazo e o desempenho de uma
cadeia de abastecimento.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO
TRANSPORTE
❑ Os transportes são os responsáveis por movimentar tudo o que se encontra a circular numa
cadeia de abastecimento, desde matérias-primas ao produto final.
❑ Tendo em conta que os custos relacionados com a transportação chegam a ser um terço do
custo operacional de uma cadeia de abastecimento, não será errado dizer que as decisões
relativamente a que modo de transporte usar figuram entre as mais importantes.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO
o Marítimo: o mais lento e algo limitado (dependente de portos) mas bastante económico.
o Ferroviário: pode ser algo lento e limitado às linhas férreas mas bastante económico também.
o Tubagem: muito eficaz para o transporte de líquidos e gases (como óleo ou gás natural)
mas limitado e com custos variáveis.
o Rodoviário: relativamente rápido e muito flexível, com custos variáveis.
o Aéreo: extremamente rápido mas muito caro e algo limitado (dependente de pistas aéreas).
o Eletrónico: o modo mais rápido de transporte e dos mais económicos. No entanto apenas
possível para alguns tipos de produtos.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO
❑ A base de todas as decisões, a informação é o elo que ligada todos os outros elementos,
atividades e operações de uma cadeia de abastecimento. Pode ser usada para dois propósitos
numa cadeia de abastecimento:
FORNECEDORES
CONSUMIDORES
DE SERVIÇOS
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO
❑ Produtores
❑ Os produtores são organizações que fazem um produto, incluindo neste grupo os produtores de
matérias-primas e os de produtos finais, mas não têm que ser produtos tangíveis, ou seja,
podem ser produtores de música, software ou design e pode ser um serviço como limpeza,
ensino ou atividades médicas.
❑ Verifica-se no mundo atual que um grade número de produtores de artigos tangíveis encontram-se
nos países onde a mão-de-obra é mais barata ao invés dos produtos intangíveis que se encontram
em maior número nos países desenvolvidos da América do Norte, Europa e Ásia.
2. INTERVENIENTES PRINCIPAIS E SEU POSICIONAMENTO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO
❑ Distribuidores
❑ Retalhistas
❑ Consumidores
❑ Fornecedores de serviços
❑ Tendo estas entidades atingido elevados níveis de especialização ou sendo alternativas mais
económicas a desenvolver a tarefa in-house, muitas organizações acabam por optam pela
prática de outsourcing junto destas.
❑Tarefa 07/02/2024