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Slide Inflamação 2º Ano

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 Resposta do organismo frente a uma lesão;

 Ocorre em indivíduos vivos;


 Ocorre em tecidos vascularizados;
 Envolve o recrutamento e ativação de várias proteínas
plasmáticas e células.
 Depende de mediadores químicos.
 Objetivo
 Diluir
 Isolar
 Eliminar
Inflamação Lesão
AGRESSÃO
Tecidual
 Inflamação tem história antiga  história das guerras, feridas e infecções
 Cornelius Celsus (escritor romano, I d.C.)  quatro sinais cardinais da
inflamação:
Histórico
 John Hunter (cirurgião escocês, 1793)
 Observou que inflamação não era uma doença mas uma resposta inespecífica que possuía um efeito salutar sobre seu hospedeiro.

 Julius Cohnheim (1839-1884):


 Forneceu uma das primeiras descrições microscópicas da inflamação: observou suas alterações vasculares (vasodilatação,
alteração de fluxo, edema e emigração leucocitária) em membranas delgadas e transparentes (mesentério e língua de rã).

 Elie Metchnikoff:
 Descobriu o processo da fagocitose observando ingestão de espinhos-de-roseta por amebócitos de larvas de estrela do mar (1882)
e de bactérias por leucócitos de mamíferos (1884).
 Ele concluiu que a finalidade da inflamação era trazer as células fagocitárias para a área invadida para que pudessem tragar as
bactérias invasoras contradizendo a teoria prevalente na época (teoria humoral,de Paul Ehrlich) que a finalidade da inflamação era
trazer os fatores do soro.

 1908 – Premio Nobel  Metchnikoff e Ehrlich

 Sir Thomas Lewis:


 estabeleceu o conceito de que substâncias químicas induzidas localmente pela agressão medeiam as alterações vasculares da
inflamação (base da descoberta dos mediadores químicos e de potentes agente anti-inflamatórios)
 Endógenas  Exógenas
 Células necróticas  Químicos (HCl)
 Respostas imunes  Físicos (calor, radiação)
 Biológicos (vírus, bactérias,
parasitas, fungos).
Células Inflamação Aguda

 Neutrófilos
 Eosinófilos
 Alterações no Fluxo e no Calibre Vascular:
 vasoconstrição
 vasodilatação – área hiperemiada
 estase
 marginação dos leucócitos

 Aumento da Permeabilidade Vascular:


 equilíbrio entre Pº hidrostática e Pº coloidosmótica.
 da Pº hidrostática (vasodilatação).
 da Pº osmótica (extravasamento de líquido - edema).
Pressão Pressão osmótica
Hidrostática

Proteínas Plasmáticas

Aumento na pressão Extravasamento de fluidos Pressão osmótica


hidrostática (obstrução do diminuida (sintese proteica
retorno venoso, ex. falência diminuida, ex. doenças
cardíaca congestiva) hepáticas).

TRANSUDATO

Extravasamento de fluidos e proteínas

EXSUDATO Vasodilatação e Estase

Aumento dos Espaços Interendoteliais


Drenagem da coleção purulenta de um abscesso em
mandíbula. A retirada desse conteúdo, aliada a outras
medidas terapêuticas, promove a resolução desse foco
inflamatório.
EXSUDATO TRANSUDATO
Definição produto da líquido de edema
inflamação

Proteínas > 3g% < 1g%

Densidade > 1020 < 1012

Bactérias/ muitas raras


células

Transparência turvo/espesso límpido

Coagulação sim não


• Eventos Celulares: Extravasamento dos Leucócitos e
Fagocitose
 marginação, rolagem e adesão dos leucócitos na luz vascular.
 diapedese.
 migração nos tecidos intersticiais em direção ao estímulo
quimiotático.

ADESÃO e TRANSMIGRAÇÃO
 Interações entre moléculas de adesão ligante-receptores:
 selectina P: rolagem de neutrófilos, monócitos, linfócitos.
 selectina E: rolagem, adesão ao endotélio ativado.
 ICAM-1: adesão, interrupção do movimento, transmigração.
 VCAM-1: adesão (eosinófilos, monócitos, linfócitos).
 CD31: rolagem dos neutrófilos e monócitos
Adesão e Transmigração
 Etapas
 ativação endotelial
 rolagem dos leucócitos
 adesão firme
 transmigração

Rolamento Ativação de integrinas Aderência Diapedese


pelas quimiocinas
Adesão e Transmigração

 Quimiotaxia e Ativação dos Leucócitos


 neutrófilos / monócitos / linfócitos
 agentes quimiotáticos:
 Anafilatoxinas (C5a, C4a, C3a)
 metabólitos do ác. araquidônico (leucotrieno B4),
 quimiocinas (IL-8);
 produtos bacterianos.

• Fosfolipase C + proteína quinase


C  Ca intracelular = leucócitos
estendem pseudópodes.
 Ativação dos leucócitos:
 degranulação e secreção de enzimas,
 produção de metabólitos do ác. araquidônico,
 modulação das moléculas de adesão leucocitária.

Reconhecimento
de microrganismos,
mediadores

Resposta
Celular

Resultados
funcionais
 reconhecimento e fixação Fagocitose
 pseudópodes – fagossomo
 destruição e degradação do Ag
 Liberação de produtos leucocitários e lesão tecidual;
 enzimas lisossomais, metabólitos ativos derivados do O2,
produtos do ác.araquidônico amplificam a resposta
inflamatória;

Defeitos nas funções dos leucócitos


 aumenta a suscetibilidade a infecções.
 genéticos ou adquiridos; ex: neutropenia
INFLAMAÇÃO AGUDA RESOLUÇÃO
Alterações Vasculares Depuração do estímulo de injúria
Recrutamento de neutrófilos Depuração de mediadores e células
Mediadores inflamatórias
Substituição de células lesionadas
Função normal

Infarte
Infecções bacterianas
Toxinas
Trauma Formação de Pus (abcesso)

Progressão Cura
Cura

Cura
Infecções virais
Infecções crônicas
Injuria persistente
Doenças autoimunes. Perda de Função

Angiogênese
Infiltrado Cels. Mononucleares
Cicatrização –Fibrose
MEDIADORES Fonte
Mediadores Pré- Histamina
formados em granulos
Mastócitos, basófilos, plaquetas
Serotonina Plaquetas
secretórios

Prostaglandinas Todos leucócitos e mastócitos


Leucotrienos Todos leucócitos e mastócitos
PAF Todos leucócitos e céls. endoteliais
Recém Sintetizados Espécies reativas de O2 Todos leucócitos
Oxido nítrico Macrófagos e céls. Endoteliais
Citocinas Macrófagos, linfócitos, CE, mastócitos
Neuropeptídeos Leucócitos e fibras nervosas

Anafilatoxinas
Ativação do
Complemento
(Complexo de Ataque à Membrana)

Ativação do Fator XII Sistema de cininas (Bradicinina)


(Hageman Factor) Coagulação / sistema de fibrinólise
• Histamina / Serotonina (mastócitos, basófilos,
plaquetas)
 vasodilatação e permeabilidade vascular.

• Fatores de Liberação:
 agentes físicos
 reações imunológicas
 frag. complemento (C3a / C5a)
 citocinas (IL-1, IL-8)
 exposição colágeno
 PAF (fatores de ativaçao das plaquetas)

• Proteases Plasmáticas – Plasma


 Complexo de ataque à membrana – MAC
 Ativação:
• Via clássica: complexos Ag-Ac.
• Via alternativa: endotoxinas, polissacarídeos, globulinas.
FUNÇÕES EFETORAS
Ptt plasmáticas Quimiotaxia
(cininogênios)
Peptídeos Fator XIIa agregação
(F. Hageman) (neutrófilos)

 Via Intrínseca: proteínas plasmáticas ativadas pelo fator XII /


* inflamação: adesão dos leucócitos ao endotélio.

 Via Extrínseca: ativação do sistema fibrinolítico /


* inflamação: clivagem C3 e permeabilidade vascular
Produtos bacterianos, EFEITOS ENDOTELIAIS
imunocomplexos,
toxinas, traumas e  Aderência leucocitárias
citocinas  Síntese de PGI2
Citocinas  Atividade pró-coagulante
 Atividade anticoagulante
• Proteínas secretadas por  IL-1, IL-8, IL-6, PDGF
Ativação de
linfócitos ativados e Macrófagos
macrófagos, para modular a (e outras células) EFEITOS SISTÊMICOS

função de outros tipos Febre


celulares.  Sono
Apetite
 Proteínas de fase aguda
• Monocinas, linfocinas, Efeitos hemodinâmicos (choque)
Neutrofilia
interleucinas, quimiocinas,
etc. EFEITOS FIBROBLASTOS

 Proliferação
• IL-1 e TNF-  citocinas  Síntese de Colágeno
 Colagenase
que modulam a inflamação /  Protease
(macrófagos ativados).  Síntese PGE

EFEITOS LEUCÓCITOS

 Secreção de Citocinas (IL-1,


IL-6)
Vasodilatação
 Prostaglandinas
Quimiotaxia, Ativação de leucócitos
 ON
 C5a
 LTB4
Febre
 Quimiocinas
 IL-1, IL-6, TNF
 LPS
 Prostaglandinas
Permeabilidade Vascular
Dor
 •Histamina, Serotonina
 Prostaglandinas
 •C3a, C5a
 Bradicinina
 •Bradicinina
 •Leucotrienos C4,D4,E4
Lesão Tecidual
 •FAP
 Conteúdos lisossomais de
neutrófilos e macrófagos  •Substância P
 Metabólitos O2
 ON
 Caracterização: "Reação tecidual caracterizada pelo
aumento dos graus de celularidade e de outros elementos
teciduais, diante da permanência do agente agressor".

 Patogenias: infecções (ex.), agentes físicos, reações


imunológicas, substâncias químicas, inflamações agudas.

 Células Inflamatórias:
 Macrófagos: IL-1, TNF, PAF, ROS, Fatores de Coagulação.
 Linfócitos: IFN-γ.
 Mastócitos: histamina.
 Eosinófilos: Ig-E – infecções parasitárias.
* infecção granulomatosa
CARACTERÍSTICAS
 Infiltração por monomorfonucleares (linfócitos, macrófagos
e plasmócitos)
 Destruição tecidual
 Reparação mediante substituição por tecido conjuntivo
(angiogênese e fibrose)
LESÃO e INFLAMAÇÃO FIBROSE
TECIDUAL Fatores de Crescimento
Espécies reativas de O2 e (PDGF; FGF, TGF-b)
Nitrogênio Citocinas fibrinogênicas
Proteases Fatores da angiogênese
 Citocinas e quimiocinas (FGF)
Fatores de Coagulação
Metabólitos do AA PDGF  Fator de crescimento derivado de plaquetas
FGF  Fator de crescimento fibroblástico
TGF – Fator de crescimento transformante beta
 Interações macrófago–linfócito na inflamação crônica.
 Padrões morfológicos nas inflamações agudas e crônicas:
1 Inflamação serosa  fluido aquoso, pobre em ptna. Ex.
bolha cutânea (queimadura ou infecção viral)
2 Inflamação fibrinosa  lesões mais graves - maior
permeabilidade vascular, (pode levar a cicatrização por
fibrose se não houver resolução)
3 Inflamação supurativa  exsudato purulento
(neutrófilos, células necróticas e liquido de edema)
4 Úlceras  produzida por necrose das células e
desprendimento do tecido inflamatório necrótico.
INFLAMAÇÃO AGUDA RESOLUÇÃO
Alterações Vasculares Depuração do estímulo de injúria
Recrutamento de neutrófilos Depuração de mediadores e células
Mediadores inflamatórias
Substituição de células lesionadas
Função normal

Infarte
Infecções bacterianas
Toxinas
Trauma Formação de Pus (abcesso)

Progressão Cura
Cura

Cura
Infecções virais
Infecções crônicas
Injuria persistente
Doenças autoimunes. Perda de Função

Angiogênese
Infiltrado Cels. Mononucleares
Cicatrização –Fibrose
Efeitos Sistêmicos da Inflamação

1 Febre: IL-1 e TNF


2 Leucocitose
3 IL - 6
 Níveis plasmáticos elevados de proteínas de fase aguda.
 Proteínas plasmáticas principalmente sintetizadas no
fígado, cujas concentrações podem aumentar 100 vezes
como parte da resposta ao estímulo inflamatório.
 As 3 mais conhecidas:
 Proteína C reativa (PCR)
 Proteína amilóide A sérica (SAA)
 Fibrinogênio.
 A síntese destas moléculas pelo hepatócito é regulada por
citocinas, em especial a IL-6.
 Podem atuar como opsoninas se ligar a parede de
microrganismos, promovendo a fixação do complemento e
eliminação do microrganismo.
 O fibrinogênio se liga às hemácias e induz a formação de
pilhas que se sedimentam mais rapidamente na força da
gravidade que hemácias individuais.

 Leucocitose
 Característica comum das reações inflamatórias
 15.000 a 20.000 cel./uL, podendo chegar a 40.000 a 100.000
cel/uL, estas reações exacerbadas são chamadas de reações
leucemóides.
 Causada pela liberação acelerada de células do pool de
reserva pós-mitótico da medula óssea (causada por citocinas
como TNF e IL-1).
 Infecções Bacterianas  neutrofilia
 Infecções virais  linfocitose.
 Reações alérgicas e parasitárias  eosinofilia
 Infecções bacterianas graves  sepse
 Grandes quantidades de microrganismos e LPS no sangue ou
no tecido extravascular estimulam a produção de enormes
quantidades de várias citocinas principalmente TNF e IL-1.
 Que podem causar:
 Coagulação intravascular disseminada (CID);
 Hipoglicemia; Choque Séptico
 Choque hipotensivo.
Proteína C reativa
 Não é anticorpo, mas, quando complexada a patógenos,
fixa complemento, opsonina para macrófagos, liga-se à
NK.

 Valores normais: inferiores a 1ug/mL

 Termolábil  perde atividade a 70oC por 30 min.

 Não atravessa a placenta


Proteína C reativa – aumento:
 Às vezes precede sintomas e febre

 Elevação em 6-8 h pós-estímulo: pico entre 24-72 horas

 Aumento exgerado (1000X) depende da intensidade do estímulo:


infarto do miocárdio ou grandes traumas

 Valores elevados persistentes: mau prognóstico

 Retorna ao normal: espontaneamente após a fase aguda, devido ao uso


de corticóide e anti-inflamatórios
Alterações no centro termorregulador:
 Provocadas pela ação de pirógenos (endógenos ou exógenos)
 Febre: síndrome clínica caracterizada por sensação
de frio, tremores, hipertermia, taquicardia,
seguidos de sudorese e diurese no período de
resolução
 Caracterizada pela elevação da temperatura
corporal 1 a 4oC.
 Produzida em resposta a substâncias pirogênicas
que estimulam a síntese de prostaglandinas nas
células vasculares e perivasculares do
hipotálamo.
 AINES  reduzem a febre inibindo a
ciclooxigenases, bloqueando assim a síntese de
PG
Febre:
 SERVE DE AVISO

 PAPEL ANTI-INFECCIOSO

 impede crescimento / inativa bactérias, vírus e fungos


 diminui produção de fatores virulentos
 aumenta a produção de fatores de defesa
 potencializa o efeito dos antibióticos

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