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Hist 9 Ficha Formativa 4

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Histria 9 ano Ficha Formativa 4 2011

PORTUGAL: DA 1 RPUBLICA DITADURA MILITAR


Descontentamento e vontade de mudana: Dificuldades econmicas: - Finais do sculo XIX, Portugal era um pas predominantemente agrcola; - Industrializao s se dera em sectores muito limitados e a maioria das fbricas situava-se apenas nas zonas de Lisboa e Porto. - Balana Comercial Portuguesa era em geral deficitria, continuava a exportar-se mais do que se importava; - A dvida externa do pais era elevada, contrada sobretudo, para a construo de estradas e linhas frreas, pagando Portugal, por isso, elevados juros aos pases estrangeiros junto dos quais tinha contrado emprstimos. O estado no tinha, muitas vezes, meios para pagar esses juros de emprstimos, apesar do aumento de impostos. Descontentamento social: - Em 1890-1892 grave crise econmica afectou toda a Europa, estendendo-se tambm a Portugal. - Alguns bancos foram falncia; - Algumas pequenas e mdias empresas atravessaram srias dificuldades, o que agravou o descontentamento de vrios sectores da Burguesia.

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- Maior descontentamento ainda entre os operrios, eram permanentemente ameaados pelo desemprego, viviam, em geral, em condies bastante deficientes, com salrios muito baixos e pesados horrios de trabalho (entre 10 e 14 horas dirias). Difuso de Ideias Republicanas: - Entre 1834 e 1910 Portugal foi uma monarquia constitucional; - Os principais partidos monrquicos Partido Regenerador e Partido Progressista alternavam no poder, de acordo com a maioria obtida nas eleies. - Cerca de 1870 fundao do Partido Republicano, que em 1878 elegeu os primeiros deputados ao Parlamento. - Aproveitando o clima de instabilidade, o Partido Republicano desenvolveu uma campanha intensa contra a Monarquia: afixavamse cartazes, distribua-se propaganda, organizavam-se comcios e manifestaes. - base social de apoio do Partido Republicano era a pequena e mdia burguesia, descontentes com a difcil situao econmica e poltica do pas; - O partido tinha tambm a simpatia de sectores importantes do operariado que acreditavam que, com a queda da Monarquia, poderiam ver melhoradas as suas condies de vida. - No incio do sculo XX, o republicanismo ganhava cada vez maior terreno na Sociedade Portuguesa. A agonia do regime Monrquico: O Ultimato e a impopularidade da Monarquia: - Ultimato Ingls de 1890 acentuou a falta de popularidade da Monarquia. Grande parte do Pais culpava o rei e os seus colaboradores de terem cedido s ameaas britnicas.

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- rebentaram manifestaes de repdio contra os Ingleses e contra a Monarquia - Nesta altura, foi composta uma marcha patritica a Portuguesa que viria a ser adoptada como hino nacional. A ofensiva Republicana: - No final de Janeiro de 1891 rebentou no Porto a primeira revolta republicana (revolta de 31 de Janeiro), e apesar de vencida sem particular dificuldade, foi a primeira ameaa directa ao regime monrquico. -Principais jornais de Lisboa e Porto apoiavam a causa republicana e faziam uma autentica campanha de descrdito da Monarquia. - A causa republicana era tambm apoiada por organizaes poderosas como a Maonaria e a Carbonria. O Regicdio e o fim da Monarquia: - 1907 D. Carlos tomou deciso de fora, dissolveu o parlamento e entregou a chefia do Governo a Joo Franco, que passou a governar em ditadura. Foi estabelecida a censura imprensa e alguns presos polticos foram condenados a penas de degredo para as colnias. - Fevereiro de 1908 o rei D. Carlos e o Principe herdeiro D. Lus Filipe foram mortos por extremistas republicanos num atentado no Terreiro do Pao, em Lisboa. (regicdio). - Subiu ao trono D. Manuel II, o filho mais novo de D. Carlos. Demitiu Joo Franco tentando acalmar a agitao que se vivia. - As instituies democrticas foram restabelecidas, mas a Monarquia, cada vez mais isolada, tinha os dias contados.

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Implantao da Repblica: A revolta triunfante: - O movimento que derrubou a Monarquia saiu para a rua na madrugada de 4 de Outubro de 1910. - Nmero de militares revoltosos era relativamente baixo mas tinha o apoio dos populares que, armados como podiam, tiveram um papel decisivo. - Militares e civis concentraram-se na Rotunda ( ao cimo da Avenida da Liberdade, onde hoje a Praa Marqus de Pombal). - O comando das operaes foi assumido foi assumido pelo oficial da Marinha Machado Santos; - Foram raras as foras fieis monarquia que se decidiram a sair Rua para defesa do rei e das instituies monrquicas. - Alguns navios de guerra ancorados no Tejo, apoiantes do movimento revolucionrio, comearam a bombardear o Palcio das Necessidades, ento D. Manuel II e famlia saram secretamente de Lisboa em direco a mafra. - A famlia real acabou por se exilar no estrangeiro. Chegada ao poder: - Na manh de 5 de Outubro de 1910 foi proclamada solenemente a implantao da Repblica, numa cerimnia que decorreu na varanda da Cmara Municipal de Lisboa. - Foi nomeado um Governo Provisrio, presidido pelo professor Tefilo Braga. Este governo que elaborou as primeiras leis do novo regime. Iniciava-se assim a 1 Repblica, que se prolongaria at 1926.

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O novo regime poltico: - 1911 eleies para a Assembleia Constituinte, a qual elaborou a primeira constituio republicana portuguesa a Constituio de 1911.

Diviso de Poderes:
- Poder legislativo Parlamento, designado por Congresso da Repblica. - Poder executivo Presidente da Repblica e Governo - Poder Judicial Tribunais - O parlamento, eleito por sufrgio directo, escolhia e podia destituir o Presidente da Repblica; - O Governo, nomeado pelo Presidente da Repblica, s se podia manter em funes enquanto dispusesse do apoio da maioria dos deputados. - Parlamentarismo predominncia do parlamento sobre o poder executivo. Foi uma das causas de instabilidade politica que iria abalar o regime republicano. A aco da 1 Repblica: Realizaes e dificuldades: Os primeiros governos republicanos, nos quais o ministro Afonso Costa, desempenhou um papel importante, tomaram importantes medidas, que incidiram essencialmente, em trs reas: - Laicizao do Estado lei da separao da Igreja e do Estado, expulso das ordens religiosas e nacionalizao dos seus bens; estabelecimento do registo civil obrigatrio, legalizao do divrcio. - Legislao social autorizao e regulamentao da greve; instituio do descanso semanal obrigatrio; limitao dos horrios

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de trabalho. Estas medidas, cuja aplicao foi lenta e limitada, destinavam-se a satisfazer o operariado, que tinha apoiado activamente a revoluo republicana. - Ensino estabelecimento da instruo obrigatria e gratuita para todas as crianas entre os 7 e os 12 anos; fundao das universidades de Lisboa e do Porto. - Dificuldades: muitas das medidas tomadas provocaram uma forte oposio da Igreja Catlica; o partido republicano dividiu-se em vrios partidos rivais; os operrios estavam impacientes com a lentido da resoluo dos seus problemas e faziam movimentos grevistas; os monrquicos conspiravam contra o novo regime. Participao de Portugal na Guerra: - Uns defendiam a neutralidade do nosso pais em relao 1 Guerra Mundial ( por considerarem no haver condies para tal ou por simpatizarem com o lado alemo) outros defendiam a interveno ao lado dos aliados. - Os intervencionistas defendiam que essa era a nica forma de quebrar o isolamento de Portugal e de garantir a posse das colnias em frica, perante as ambies da Alemanha e da Inglaterra. Venceu a corrente intervencionista e a partir de 1916 foram enviados vrios contingentes de tropas para Angola e Moambique, que tinham fronteiras com colnias alems e para a frente de combate em Frana CEP : Corpo Expedicionrio Portugus. - Consequncias da participao de Portugal na I Guerra Mundial: esta participao na guerra exigiu um grande esforo militar e veio agravar as dificuldades econmicas e financeiras j sentidas no pas, tendo levado a um aumento do descontentamento de sectores importantes da populao, e a uma maior agitao poltica. - Neste contexto de profunda instabilidade, em 1917 ocorreu um movimento revolucionrio, presidido pelo Major Sidnio Pais, instaurando-se uma ditadura, que terminou um ano depois, em 1918, com o assassinato de Sidnio.

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- Ainda assim, o facto de ter entrado na guerra levou a que Portugal tenha visto garantidos internacionalmente os seus direitos sobre as colnias africanas. O fim da 1 Repblica e a Ditadura Militar: Os problemas econmico-financeiros: - Inflao imparvel, com desvalorizao da moeda e constante subida de preos; - Salrios no acompanhavam a subida dos preos, tendo levado a uma diminuio do nvel de vida dos operrios, dos funcionrios e de militares. - Dfice financeiro as despesas eram superiores s receitas, o Estado recorria a emprstimos cada vez mais difceis de pagar, pois os juros iam-se acumulando. Crise da repblica liberal: - instabilidade poltica, com constantes mudanas de governo, tornava difcil a resoluo da situao econmico-financeira. - Agitao militar era permamente; - Operariado mostrava o seu descontentamento com manifestaes e greves; - Alguns grupos de extrema-esquerda recorriam a atentados que sobressaltavam a populao; - Capitalistas e vrios sectores da direita receavam que, semelhana do ocorrido na Rssia, Portugal pudesse viver um processo revolucionrio, por isso foi estimulada a formao de grupos armados de extrema-direita e foi procurado o apoio dos militares mais conservadores, para formar um governo forte que defendesse os seus interesses.

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Os militares no poder (ditadura militar): - 28 de Maio de 1926 golpe militar, iniciado em Braga e comandado pelo General Gomes da Costa, Repblica; - 1926-1933 ditadura militar- o parlamento foi dissolvido, as liberdades individuais suspensas e o poder passou a ser assumido directamente pelos militares. - At 1928 continuou a instabilidade politica ( os governos sucediam-se uns aos outros) e o dfice financeiro no cessou de aumentar. - Em 1928 foi escolhido para Presidente da Repblica o general Carmona, em eleies para as quais era o nico candidato. - Em 1928 Antnio de Oliveira Salazar foi chamado para Ministro das Finanas, sendo conhecido pela sua competncia tcnica e ideias conservadoras. - Salazar conseguiu resolver o problema financeiro, e acabaria por assegurar uma longa permanncia no poder, como adiante iremos estudar. Bom estudo e boas notas! Resumo elaborado por Isabel Alexandra Almeida (Xana) Ponte para o Saber Centro de Estudos e Apoio Escolar 10-11-2011 ps fim Primeira

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