Roteiro Orante em Família Domingo Ramos e Tríduo Pascal
Roteiro Orante em Família Domingo Ramos e Tríduo Pascal
Roteiro Orante em Família Domingo Ramos e Tríduo Pascal
CASA DE EMAÚS
DA ACOLHIDA GLORIOSA AO
LEVANTAR DO SEPULCRO
Revisão:
Matheus Scremin Magagnin
Wagner da Silva
Ilustração:
Alexandre Amorim
Diagramação:
Wagner da Silva
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO ......................................................................... 4
INTRODUÇÃO .............................................................................. 5
DOMINGO DE RAMOS - A ACOLHIDA ................................................ 6
QUINTA-FEIRA SANTA - O MANDATO ........................................... 11
SEXTA-FEIRA SANTA - A ENTREGA ............................................... 16
SÁBADO SANTO - O CLARÃO ....................................................... 22
DOMINGO DA RESSURREIÇÃO - O ENCONTRO ................................ 28
APÊNDICE .................................................................................35
ORIENTAÇÕES DO PAPA PARA A CONFISSÃO .............................. 35
EXAME DE CONSCIÊNCIA ....................................................... 36
VIA CRUCIS ......................................................................... 37
MISTÉRIOS DOLOROSOS ....................................................... 41
MISTÉRIOS GLORIOSOS ........................................................ 41
VIA LUCIS ........................................................................... 42
ORAÇÕES PARA AS REFEIÇÕES ............................................... 46
APRESENTAÇÃO
Contém boas doses de espiritualidade, bíblia e magistério pontifício este
pequeno texto que agora você tem em mãos ou na sua tela. Não se trata de um
trabalho orgânico ou sistemático, mas sim, de um itinerário de evocação e
invocação. Um itinerário que tem uma meta: a luz da Páscoa.
Um grupo de seminaristas do Convívio Emaús, fiéis à espiritualidade
pascal que marca a nossa casa de formação, preparou este pequeno roteiro
que, humildemente, nos conduz ao coração do ano litúrgico. Rezado com
fervor poderá fazer arder os nossos corações como aconteceu outrora na
casa de Emaús.
Creio que a motivação dos seminaristas para escreverem este itinerário
foi o desejo de, mesmo nas duras condições que nos foram impostas pela
pandemia de coranavírus, celebrar a festa maior dos cristãos, com
profundidade. Os vocacionados estão lembrados da séria advertência de Isaac
de Nínive: “o pecado consiste em não compreender a graça da Ressurreição”.
Neste tempo de grande provação para toda a humanidade cantemos com
entusiamo o que escreveu São Simeão, o Novo Teólogo, em um dos seus mais
belos hinos:
''Sei que não morrerei, porque estou dentro da Vida e tenho toda a
vida que brota dentro de mim".
05 de abril de 2020
A ACOLHIDA
Hosana ao Filho de Davi
Leitor 2: Jesus sabe que O espera uma Páscoa nova, e que Ele mesmo tomará
o lugar dos cordeiros imolados, oferecendo-Se a Si mesmo na Cruz. Sabe que,
nos dons misteriosos do pão e do vinho, dar-Se-á para sempre aos seus,
abrir-lhes-á a porta para um novo caminho de libertação, para a comunhão
com o Deus vivo. Ele caminha para a altura da Cruz, para o momento do amor
que se dá. O termo último da sua peregrinação é a altura do próprio Deus, até à
qual Ele quer elevar o ser humano.
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Leitor 3: Assim, a nossa procissão de hoje quer ser imagem de algo mais
profundo, imagem do fato que nos encaminhamos em peregrinação,
juntamente com Jesus, pelo caminho alto que leva ao Deus vivo. É desta
subida que se trata: tal é o caminho, a que Jesus nos convida”.
(BENTO XVI, Homilia de Ramos, 2011)
Todos: Hosana ao Filho de Davi, rei de Israel, hosana nas alturas. Bendito o
que vem em nome do Senhor!
Escuta da Palavra:
(Mateus 21,1-11)
D. O Senhor esteja conosco.
T. Ele está no meio de nós.
D. Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
T. Glória a vós, Senhor.
(Momento de Silêncio)
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Gesto Concreto:
Leitor 2: Entra Jesus em nosso lar, guia os nossos passos, consola os nossos
corações. Bendito és tu, que vem em nome do Senhor.
Todos: Hosana ao Filho de Davi, rei de Israel, hosana nas alturas. Bendito o
que vem em nome do Senhor.
Reflexão:
PAPA FRANCISCO
Leitor 1: “’Bendito seja o que vem em nome do Senhor’ (cf. Lc 19, 38): gritava
em festa a multidão de Jerusalém, ao receber Jesus. Fizemos nosso aquele
entusiasmo: agitando ramos de palmeira e de oliveira, exprimimos o nosso
louvor e alegria e o desejo de receber Jesus que vem a nós. Na realidade,
como entrou em Jerusalém, assim deseja entrar nas nossas cidades e nas
nossas vidas. Como fez no Evangelho – montando um jumentinho –, Ele vem a
nós humildemente, mas vem ‘em nome do Senhor’: com a força do seu amor
divino, perdoa os nossos pecados e reconcilia-nos com o Pai e com nós
mesmos.
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de encontrar n’Ele a fonte da nossa alegria, a verdadeira alegria, que
permanece e dá a paz; pois só Jesus nos salva das amarras do pecado, da
morte, do medo e da tristeza. (Homilia de 20 de março de 2016)
(Momento de Silêncio)
Oração:
Todos: Amém!
Bênção final:
Todos: Amém!
D. Bendigamos ao Senhor!
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QUINTA-FEIRA SANTA
09 de abril de 2020
O MANDATO
Façam isso em memória de Mim
Quando? Ao final da tarde, ou à noite.
Como proceder? A família se reúne ao redor de uma mesa, com uma vela
acessa, um jarro com água e uma bacia.
Leitor 1: Hoje, “a Igreja revive a Última Ceia, durante a qual o Senhor, na vigília
da sua paixão e morte, instituiu o Sacramento da Eucaristia e o do Sacerdócio
ministerial. Naquela mesma noite Jesus deixou-nos o mandamento novo,
"mandatum novum", o mandamento do amor fraterno.
Leitor 2: À noite, revive-se a Última Ceia, quando Cristo se deu a todos nós
como alimento de salvação, como remédio de imortalidade: é o mistério da
Eucaristia, fonte e ápice da vida cristã. Neste Sacramento de salvação o
Senhor ofereceu e realizou para todos os que crêem n'Ele a mais íntima união
possível entre a nossa e a sua vida.
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Todos: Se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os
pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu
fiz. Fazei isso em memória de mim.
Escuta da Palavra:
(João 13, 1-15)
D. O Senhor esteja conosco.
T. Ele está no meio de nós.
D. Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
T. Glória a vós, Senhor.
Era antes da festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a sua hora de
passar deste mundo para o Pai; tendo amado os seus que estavam no mundo,
amou-os até o fim. Estavam tomando a ceia. O diabo já tinha posto no coração
de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de entregar Jesus. Jesus,
sabendo que o Pai tinha colocado tudo em suas mãos e que de Deus tinha
saído e para Deus voltava, levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma
toalha e amarrou-a na cintura. Derramou água numa bacia e começou a lavar
os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido.
Chegou a vez de Simão Pedro. Pedro disse: “Senhor, tu me lavas os pés?”
Respondeu Jesus: “Agora, não entendes o que estou fazendo; mais tarde
compreenderás”. Disse-lhe Pedro: “Tu nunca me lavarás os pés!” Mas Jesus
respondeu: “Se eu não te lavar, não terás parte comigo”. Simão Pedro disse:
“Senhor, então lava não somente os meus pés, mas também as mãos e a
cabeça”. Jesus respondeu: “Quem já se banhou não precisa lavar senão os
pés, porque já está todo limpo. Também vós estais limpos, mas não todos”.
Jesus sabia quem o ia entregar; por isso disse: “Nem todos estais limpos”.
Depois de ter lavado os pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto e sentou-se
de novo. E disse aos discípulos: “Compreendeis o que acabo de fazer? Vós me
chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou. Portanto, se eu, o
Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos
outros. Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz.
D. Palavra da Salvação.
T. Glória a vós, Senhor.
(Momento de Silêncio)
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Reflexão:
PAPA FRANCISCO
Leitor 1: “Jesus termina o seu discurso, dizendo: ‘Dei-vos o exemplo para
que, como Eu vos fiz, assim o façais também vós’ (Jo 13, 15). Lavar os pés.
Naquela época, os pés eram lavados pelos escravos: era uma tarefa de
escravo. As pessoas percorriam as estradas, não havia asfalto, não havia
calçadas; naquele tempo havia a poeira das estradas e as pessoas sujavam os
pés. E na entrada das casas havia escravos que lavavam os pés. Era um
trabalho de escravo. Mas tratava-se de um serviço: um serviço feito por
escravos. E Jesus quis desempenhar este serviço, para nos dar um exemplo
do modo como nos devemos servir uns aos outros”. (Homilia de 29 de março
de 2016)
Gesto Concreto:
D. Jesus, lava os pés dos discípulos, lava os pés daqueles que Ele ama, lava os
pés daqueles que estavam com Ele, daqueles que o levariam a todos os
lugares. Lavar os pés é prenúncio da missão dos apóstolos de anunciar a
mensagem do mestre a todos os lugares, ambientes e nações.
Todos: Jesus, lavaste os pés dos discípulos em vista da Missão. Que ao
lavarmos nossos pés, nos preparemos para o anúncio do teu reino.
D. Neste momento, lavaremos os pés uns dos outros. Que no silêncio reinante
nesse momento, possamos transmitir a paz a tanto quantos têm a missão de
cuidar de nós: médicos, enfermeiros, trabalhadores em serviços essenciais,
padres. Que ao lavarmos os pés uns dos outros, chegue neles a nossa oração.
Um a um, dos membros da família, toma o jarro e a bacia com água e lava os
pés de outro membro. Não é necessário que um só lave os pés de todos, mas
que todos lavem ao menos os pés de um outro familiar. Após o lava-pés, segue
a oração:
Todos: Hoje, nós, mesmo pecadores, somos embaixadores de Jesus. Hoje,
quando nos inclinamos diante de cada um de nós, pensamos: Jesus me fez
instrumento do seu amor, sinal de sua presença no meio de nós. Assim é
Jesus: nunca nos abandona, ama-nos muito! Queremos levar Jesus a todas
as pessoas, em todas as circunstâncias. Aonde formos, cumpriremos o seu
mandato: “Fazei isso em memória de mim”, pois sabemos que ele nunca nos
deixa sós.
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D. E agora, obedientes à vontade de nosso Senhor Jesus Cristo, ousamos
dizer: Pai nosso...
Oração:
D. Ó Deus, que para a vossa glória e nossa salvação constituíste Jesus Cristo
sumo e eterno sacerdote, concedei ao vosso povo, resgatado por seu Sangue,
que, ao celebrar o memorial de sua paixão, receba a força redentora de sua
cruz e ressurreição. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade
do Espírito Santo.
Todos: Amém!
Bênção final:
Todos: Amém!
D. Bendigamos ao Senhor!
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SEXTA-FEIRA SANTA
10 de abril de 2020
A ENTREGA
Pai em tuas mãos entrego o meu espírito
Quando? Após a solene celebração litúrgica transmitida pelos meios de
comunicação às 15h.
Como proceder? A família se reúne na sala ou outro cômodo apropriado, ao
centro uma mesinha com uma vela acesa e um crucifixo.
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sua vida foi a firme vontade de amar o Pai, de ser um com o Pai, e ser-lhe fiel;
esta decisão de corresponder ao seu amor levou-o a abraçar, em todas as
circunstâncias, o projeto do Pai, a fazer seu o desígnio de amor que lhe foi
confiado de recapitular n'Ele todas as coisas, para reconduzir tudo a Ele”.
(BENTO XVI, Audiência geral, 20 de abril de 2011)
Todos: Meu bom Jesus, experimentamos de tua dor. Vivemos da tua cruz.
Elevamos contigo a nossa voz, pois tudo é de Deus: Pai, em tuas mãos
entregamos o nosso espírito.
Escuta da Palavra:
(João 19, 23-30)
D. O Senhor esteja conosco.
T. Ele está no meio de nós.
D. Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
T. Glória a vós, Senhor.
(Momento de Silêncio)
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Reflexão:
PAPA FRANCISCO
Leitor 1: “Domingo passado fizemos memória do ingresso de Jesus em
Jerusalém, entre as aclamações festivas dos discípulos e de grande multidão.
Aquele povo colocava em Jesus muita esperança: tantos esperavam Dele
milagres e grandes sinais, manifestações de poder e até mesmo a liberdade
dos inimigos ocupantes. Quem deles teria imaginado que dali a pouco Jesus
seria, em vez disso, humilhado, condenado e morto na cruz? As esperanças
terrenas daquele povo abalaram-se diante da cruz. Mas nós acreditamos que
justamente no Crucifixo a nossa esperança renasceu. As esperanças terrenas
se abalam diante da cruz, mas renascem esperanças novas, aquelas que
duram para sempre. É uma esperança diferente aquela que nasce na cruz. É
uma esperança diferente daquelas que se abalam, daquelas do mundo. Mas
de que esperança se trata? Que esperança nasce da cruz?
Leitor 2: Pode ajudar a entendê-lo aquilo que o próprio Jesus diz depois de
entrar em Jerusalém: ‘Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele
só; mas se morrer, dá muito fruto’ (Jo 12, 24). Pensemos em um grão ou em
uma pequena semente, que cai no terreno. Se permanece fechado em si
mesmo, nada acontece; se, em vez disso, se quebra, se abre, então dá vida a
uma espiga, a um broto, depois a uma planta e a planta dará fruto.
(Momento de Silêncio)
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Gesto Concreto:
D. Jesus faz a sua entrega suprema na Cruz. Isso é um escândalo. Não bastava
que Deus se tornasse homem, era necessário que esse Deus-homem
morresse na cruz. Quão grande é esse mistério de amor. Em Cristo, em sua
paixão e morte, tudo é consumado, tudo é redimido.
Todos: Jesus, morreste na cruz para nos salvar da morte eterna. Aceita
nossa adoração, aceita o nosso coração.
D. Queremos beijar, Senhor, a tua paixão, pois ela nos liberta de nossas
paixões. Beijamos, Senhor, a tua cruz, pois ela condena e esmaga os pecados
em nós. Beijamos o teu lado aberto, Senhor, pois fazem brotar em nós uma
nova vida.
Todos: Ó meu Jesus, dai-me a vossa força quando a minha pobre natureza se
revolta diante dos males que a ameaçam, para que possa aceitar com amor
as penas e aflições desta vida de exílio. Uno-me com toda a veemência aos
vossos méritos, às vossas dores, à vossa expiação, às vossas lágrimas, para
poder trabalhar convosco na obra da salvação. Possa eu ter a força de fugir
ao pecado, causa única da vossa agonia, do vosso suor de sangue, e da vossa
morte. Afasteis de mim o que vos desagrada, e imprimi no meu coração com o
fogo do vosso santo amor todos os vossos sofrimentos. Abraçai-me tão
intimamente, em abraço tão forte e tão doce, que nunca eu possa deixar-vos
sozinho no meio dos vossos cruéis sofrimentos. Só desejo um único alívio:
repousar sobre o vosso coração. Só desejo uma única coisa: partilhar da
vossa Santa Agonia. Possa a minha alma inebriar-se com o vosso Sangue e
alimentar-se com o pão da vossa dor! Amém. (São Padre Pio de Pietrelcina)
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Oração:
D. Ó Deus, pela paixão de nosso Senhor Jesus Cristo destruístes a morte que o
primeiro pecado transmitiu a todos. Concedei que nos tornemos semelhantes
ao vosso Filho e, assim como trouxemos pela natureza a imagem do homem
terreno, possamos trazer pela graça a imagem do homem novo. Por Cristo,
nosso Senhor.
Todos: Amém!
Bênção final:
Todos: Amém!
Todos: Amém!
Todos: Amém!
21
SÁBADO SANTO
11 de abril de 2020
O CLARÃO
Alegrai-vos
Quando? À noite, de preferência após ter acompanhado a celebração, através
algum meio de comunicação, da vigília pascal.
Como proceder? A família se reúne na sala ou em outro cômodo apropriado,
ao redor de uma mesa revestida com uma toalha branca. Sobre ela tenha-se
uma vela apagada, um recipiente com água e, se possível, flores.
Dirigente: Estamos reunidos nesta Noite Santa, em que nosso Senhor Jesus
Cristo passou da morte para a vida, para proclamarmos que Ele está vivo e,
por isso, é Senhor de nossa vida e de nossa família. A Igreja toda, reunida em
vigília e oração, por meio das comunidades onde ainda podem celebrar de
modo público esta solene vigília pascal, ou de tantos sacerdotes que hoje, em
suas igrejas paroquiais, presidem na solidão ou, ainda, por meio de inúmeras
famílias que se reúnem, como nós, de modo singelo e esperançoso, quer, por
meio da oração, participar do triunfo de Cristo sobre a morte e o mal e renovar
a sua vida nova em Deus. Por isso, confiantes, iniciemos:
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Gesto Concreto:
A LUZ DE CRISTO
D. Oremos: Ó Deus, que pelo vosso Filho trouxestes àqueles que creem o
clarão da vossa luz, santificai este fogo novo. Concedei que a festa da Páscoa
acenda em nós tal desejo do céu, que possamos chegar purificados à festa da
luz eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
A ÁGUA BATISMAL
(Momento de Silêncio)
Reflexão:
PAPA FRANCISCO
25
naquilo que fazemos e somos; com a «quota de poder» que temos. Queremos
participar neste anúncio de vida ou ficaremos mudos perante os
acontecimentos? Não está aqui, ressuscitou! E espera por ti na Galileia,
convida-te a voltar ao tempo e lugar do primeiro amor, para te dizer: 'Não
tenhas medo, segue-Me'”. (Homilia da Vigília Pascal de 31 de março de 2018)
(Momento de Silêncio)
Todos: Amém!
RAINHA DO CÉU
Oração:
Todos: Amém.
26
Bênção final:
Todos: Amém.
D. Deus, que pela ressurreição do seu Filho Unigênito nos renovou para a vida
eterna, nos conceda a glória da imortalidade.
Todos: Amém.
Todos: Amém.
27
DOMINGO DA RESSURREIÇÃO
12 de abril de 2020
O ENCONTRO
Não arde o nosso Coração?
Quando? Ao final da tarde, ou à noite.
Como proceder? A família se reúne ao redor da mesa, com uma vela acesa e
um pão para ser partilhado.
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rosto triste expressa as esperanças desiludidas, a incerteza e a melancolia.
Leitor 2: Mas de repente já não são duas mas três pessoas que caminham. A
presença de Jesus, inicialmente com as palavras, depois com o gesto de partir
o pão, dá a possibilidade aos discípulos de O reconhecer, e eles podem sentir
de maneira nova quanto já tinham sentido ao caminhar com Ele. Depois deste
encontro, os dois discípulos «partiram sem hesitar e regressaram a
Jerusalém, onde encontraram reunidos os Onze e os outros que andavam
com eles, os quais diziam: «Verdadeiramente o Senhor ressuscitou e
apareceu a Simão!» (Lc, 24, 33-34). Com efeito, renasce neles o entusiasmo da
fé, o amor pela comunidade, a necessidade de comunicar a boa nova. O Mestre
ressuscitou e com Ele toda a vida ressurge; testemunhar este acontecimento
torna-se para eles uma necessidade irreprimível”.
(BENTO XVI, Audiência Geral, 11 de abril de 2012).
Escuta da Palavra:
(Lucas 24, 13-35)
D. O Senhor esteja conosco.
T. Ele está no meio de nós.
D. Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
T. Glória a vós, Senhor.
Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam
para um povoado chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém.
Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. Enquanto
conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a
caminhar com eles. Os discípulos, porém, estavam como cegos, e não o
reconheceram. Então Jesus perguntou: “Que ides conversando pelo
caminho?” Eles pararam, com o rosto triste, e um deles chamado Cléofas, lhe
disse: “Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu
nestes últimos dias? Ele perguntou: “Que foi?” Os discípulos responderam: “O
que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras
e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. Nossos sumos sacerdotes e
nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram.
Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz
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três dias que todas essas coisas aconteceram! É verdade que algumas
mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao
túmulo e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham
visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. Alguns dos nossos
foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A
ele, porém, ninguém o viu”. Então Jesus lhes disse: “Como sois sem
inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! Será que o
Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?” E, começando por
Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as
passagens da Escritura que falavam a respeito dele. Quando chegaram perto
do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. Eles,
porém, insistiram com Jesus, dizendo: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite
vem chegando!” Jesus entrou para ficar com eles. Quando se sentou à mesa
com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. Nisso os olhos
dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém,
desapareceu da frente deles. Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o
nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as
Escrituras?” Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para
Jerusalém onde encontraram os Onze reunidos com os outros. E estes
confirmaram: “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!” Então
os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham
reconhecido Jesus ao partir o pão.
D. Palavra da Salvação.
T. Glória a vós, Senhor!
(Momento de Silêncio)
Reflexão:
PAPA FRANCISCO
31
Leitor 2: Todos nós, na nossa vida, tivemos momentos difíceis, escuros;
momentos nos quais caminhávamos tristes, pensativos, sem horizontes,
somente com uma parede diante. E Jesus está sempre ao nosso lado para nos
dar a esperança, para aquecer o coração e dizer: Vá em frente, eu estou
contigo. Vá em frente.
Leitor 3: O segredo da estrada que conduz a Emaús está todo aqui: mesmo
diante das aparências contrárias, nós continuamos a ser amados, e Deus
nunca deixará de nos amar. Deus caminhará sempre conosco, sempre,
mesmo nos momentos mais dolorosos, também nos momentos mais feios,
também nos momentos de derrota: ali está o Senhor. E esta é a nossa
esperança. Caminhamos adiante com esta esperança ! Porque Ele está
conosco e caminha conosco, sempre!” (Audiência Geral de 24 de maio de 2017)
Gesto Concreto:
O dirigente toma o pão e com suas mão o reparte com todos os membros da
família. Após a partilha, todos com um pedaço de pão em suas mão, rezam:
Todos: Ficai conosco, Senhor! Como os dois discípulos do Evangelho, nós vos
imploramos, Senhor Jesus: ficai conosco!
Todos: Ficai conosco, Senhor! Como os dois discípulos do Evangelho, nós vos
imploramos, Senhor Jesus: ficai conosco!
32
Leitor 2: Amparai-nos na fraqueza, perdoai os nossos pecados, orientai os
nossos passos no caminho do bem.
Todos: Ficai conosco, Senhor! Como os dois discípulos do Evangelho, nós vos
imploramos, Senhor Jesus: ficai conosco!
Todos: Ficai conosco, Senhor! Como os dois discípulos do Evangelho, nós vos
imploramos, Senhor Jesus: ficai conosco!
Todos: Ficai conosco, Senhor! Como os dois discípulos do Evangelho, nós vos
imploramos, Senhor Jesus: ficai conosco! Ficai conosco, Senhor! Ficai
conosco! Amém.
D. Digamos agora, todos juntos, a oração que Cristo nos entregou como
modelo de toda oração: Pai nosso...
Oração:
D. Ó Deus, por vosso Filho Unigênito, vencedor da morte, abristes hoje para
nós as portas da eternidade. Concedei que, celebrando a ressurreição do
Senhor, renovados pelo vosso Espírito, ressuscitemos na luz da vida nova. Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Todos: Amém!
Bênção final:
Todos: Amém.
33
D. Aquele que nos renova para a vida eterna, pela ressurreição do seu Filho
nos enriqueça com o dom da imortalidade.
Todos: Amém.
Todos: Amém.
34
APÊNDICE
ORIENTAÇÕES DO PAPA FRANCISCO PARA A CONFISSÃO NA AUSÊNCIA
DE SACERDOTES
35
EXAME DE CONSCIÊNCIA
Em relação a Deus
Em relação ao próximo
36
VIA CRUCIS
Oração inicial
37
III ESTAÇÃO: Jesus cai pela primeira vez
Leitor: Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei-de
aliviar-vos. Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso
e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito. Pois o
Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve ( Mt 11,28-30).
Oração: Jesus, dá-nos forças para levantar-nos das nossas quedas. Anima
nossos desânimos.
Leitor: Aquele que fizer a vontade de Deus, esse é que é meu irmão, minha
irmã e minha mãe (Mc 3,35).
Oração: Maria, que vencendo todo respeito humano foste capaz de consolar
teu Filho no caminho do calvário, ajuda-nos a experimentar teu olhar nas
nossas dificuldades e aflições.
Leitor: Jesus perguntou: Qual [...] te parece ter sido o próximo daquele
homem que caiu nas mãos dos salteadores? Respondeu: O que usou de
misericórdia para com ele. Jesus retorquiu: Vai e faz tu também o mesmo (Lc
10, 36-37).
Oração: Jesus, assim como Simão te ajudou a carregar a cruz, ajuda-nos nas
nossas fraquezas e dificuldades.
Leitor: Ó vós todos que passais pelo caminho, olhai e vede se existe dor igual
à dor que Me atormenta (Lm 1,12).
Oração: Jesus, grava tua imagem em nosso coração, e que nós sempre nos
lembremos dela.
38
VII ESTAÇÃO: Jesus cai pela segunda vez
Leitor: Se alguém quiser vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz
e siga-Me. Na verdade, quem quiser salvar a sua vida, há-de perdê-la; mas,
quem perder a sua vida por causa de Mim e do Evangelho, há-de salvá-la (Mc
8,3-35).
Oração: Jesus, ajuda-nos a aprender que carregar tua cruz é muito mais que
todas as honras da terra.
Leitor: E disse-lhes: "A Minha alma está numa tristeza mortal; ficai aqui e
vigiai" (Mc 14,34).
39
XI ESTAÇÃO: Jesus é crucificado
Leitor: Então, Jesus, ao ver ali ao pé a sua mãe e o discípulo que Ele amava,
disse à mãe: "Mulher, eis o teu filho!" Depois, disse ao discípulo: Eis a tua mãe!
E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua (Jo 19, 26-27).
Leitor: Dando um forte grito, Jesus exclamou: "Pai, nas Tuas mãos entrego o
Meu espírito". Dito isto, expirou (Lc 23,46).
Oração: Jesus, que possamos estar nos braços de Maria nos momentos mais
difíceis da nossa vida, e experimentarmos a proteção amorosa da tua santa
Mãe.
Leitor: José de Arimatéia foi ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus.
Descendo-O da cruz, envolveu-O num lençol e depositou-O num sepulcro
talhado na rocha, onde ainda ninguém tinha sido sepultado (Lc 23,52).
Oração: Maria, nossa Mãe, assim como João te fez companhia como um filho
após a morte de Jesus, que possamos sempre estar contigo, com os mesmos
sentimentos do discípulo amado de Jesus.
40
Oração final
Todos: Amém!
MISTÉRIOS DOLOROSOS
(Todos os dias da Semana Santa)
MISTÉRIOS GLORIOSOS
(Sábado Santo e Domingo da Ressurreição)
41
VIA LUCIS
(TEMPO PASCAL)
42
V Estação: Jesus reparte o pão!
D: A Eucaristia é o mistério do encontro com Deus e com os irmãos.
T: É o vosso pão que nos nutre, Senhor.
D: A Eucaristia é o mistério da vida doada.
T: É o vosso pão que nos nutre, Senhor.
D: A Eucaristia é o mistério de uma lembrança imortal.
T: É o vosso pão que nos nutre, Senhor.
VI Estação: Aparição aos discípulos em Jerusalém!
D: Somente vós sois a Verdade que dá sentido a tudo.
T: Nós cremos, Senhor.
D: Somente vós sois a Vida plena e gloriosa.
T: Nós cremos, Senhor.
VII Estação: Jesus dá o poder de perdoar os pecados!
D: Para nos libertar da prisão do egoísmo.
T: Vós nos impelis, Senhor.
D: Para libertar as nossas capacidades ocultas escondidas.
T: Vós nos impelis, Senhor.
D: Para dizer com coragem a boa notícia que vem de ti.
T: Vós nos impelis, Senhor.
VIII Estação: A fé de São Tomé!
D: Não são os documentos e as provas que dão a fé.
T: A nossa mente e o nosso coração estão abertos à vossa palavra, Senhor.
D: É impossível crer sem procurar com sinceridade.
T: A nossa mente e o nosso coração estão abertos à vossa palavra, Senhor.
IX Estação: Jesus aparece no mar de Tiberíades!
D: Somente vós, Senhor, dais um sentido para o trabalho humano.
T: Convosco construiremos um mundo novo.
D: Ajudai quem opera no amor e na justiça.
T: Convosco construiremos um mundo novo.
D: Abençoai quem trabalha para o nosso pão cotidiano.
T: Convosco construiremos um mundo novo.
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X Estação: São Pedro reitera seu amor a Jesus!
D: Doe-nos amor para aquilo que façamos e humildade para agir em vosso
nome.
T: Faça-nos sentir enviados.
D: Quando, ouvindo a vossa palavra, somos maiores que o pecado que queria
morar em nós.
T: Subimos, nós também, em direção ao céu, Senhor.
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XIII Estação: Maria e os discípulos em oração!
D: Ajuda-nos a abandonar a nossa vida em Deus, para que se faça em nós a sua
palavra.
T: A ti fomos confiados, mãe de Deus.
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ORAÇÕES PARA BÊNÇÃO DAS REFEIÇÕES
(DOMINGO DE PÁSCOA E OITAVA DA PÁSCOA)
ANTES DA REFEIÇÃO
Aquele que dirige à mesa diz:
D: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. T: Amém!
L1: Dia da Ressurreição, resplandeçamos, ó povos! Páscoa do Senhor!
Páscoa! Cristo Deus nos fez passar da morte à Vida, da terra ao Céu, entoando
o hino de Sua Vitória! Purifiquemos os sentidos e veremos a Luz inacessível da
Ressurreição a Cristo resplandecente que diz: Alegrai-vos!
L2: Exultem os céus e a terra. Exulte o universo inteiro, visível e invisível:
Cristo ressuscitou ! Alegria eterna! Exultem os céus e exulte a terra, faça festa
todo o universo visível e invisível. Alegria eterna, porque Cristo ressuscitou!
L3: Este é o Dia que o Senhor fez: seja ele nossa alegria e nosso gozo! Páscoa
dulcíssima, Páscoa do Senhor, Páscoa! Uma Páscoa santíssima nos
amanheceu.[...]
(Hino bizantino)
T: Oremos. Nós Vos louvamos com alegria, Senhor Jesus Cristo, que, depois
de ressuscitardes de entre os mortos, Vos fizestes reconhecer pelos
discípulos ao partir o pão. Estai presente, Senhor, no meio de nós, ao
tomarmos este alimento com ação de graças e fazei que, recebendo-Vos
como nosso hóspede nas pessoas dos irmãos, sejamos por Vós recebidos à
mesa do vosso reino celeste. Vós que sois Deus com o Pai na unidade do
Espírito Santo. Amém.
T: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!
DEPOIS DA REFEIÇÃO
Aquele que preside diz:
D. Os discípulos reconheceram o Senhor. Aleluia.
T. Ao partir o pão. Aleluia.
T: Oremos. Deus, fonte de vida, derramai em nossos corações a alegria
pascal e concedei àqueles que alimentais com os frutos da terra a graça de
progredirem sempre nos caminhos da vida nova que misericordiosamente
nos destes em Cristo ressuscitado. Ele que é Deus convosco na unidade do
Espírito Santo. Amém.
RAINHA DO CÉU
Oremos.
Ó Deus, que Vos dignastes alegrar o mundo com a Ressurreição do vosso
Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, concedei-nos, Vos suplicamos, a graça
de alcançarmos pela protecção da Virgem Maria, Sua Mãe, a glória da vida
eterna. Pelo mesmo Cristo Nosso Senhor. Amém.
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