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TCC Edimar Montes Filho

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E

TECNOLOGIA GOIANO - CAMPUS RIO VERDE


BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

ANÁLISE DE VIABILIDADE PARA TRÊS TIPOS DE


IMPERMEABILIZAÇÃO

EDIMAR HILÁRIO MONTES FILHO

Rio Verde, GO
2022
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA GOIANO - CAMPUS RIO VERDE
BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

ANÁLISE DE VIABILIDADE PARA TRÊS TIPOS DE


IMPERMEABILIZAÇÃO

EDIMAR HILÁRIO MONTES FILHO

Trabalho de Curso apresentado ao Instituto


Federal Goiano – Campus Rio Verde, como
requisito parcial para a obtenção do Grau de
Bacharel em Engenharia Civil.

Orientador: Prof. Dr. Marcell Willian Reis


Sales
Co-orientadora: Prof.(a). Bruna Vilela Buiatte
Silva

Rio Verde – GO
Abril, 2022
Sistema desenvolvido pelo ICMC/USP
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Sistema Integrado de Bibliotecas - Instituto Federal Goiano

Filho, Edimar
FF481a Análise de Viabilidade Para Três Tipos de
Impermeabilização / Edimar Filho; orientador Marcel
Sales; co-orientadora Bruna BUiatte. -- Rio Verde,
2022.
54 p.

TCC (Graduação em Engenharia Civil) -- Instituto


Federal Goiano, Campus Rio Verde, 2022.

1. Manta asfáltica. 2. argamassa


impermeabilizante. 3. manta de pvc. 4.
impermeabilização. I. Sales, Marcel, orient. II.
BUiatte, Bruna , co-orient. III. Título.

Responsável: Johnathan Pereira Alves Diniz - Bibliotecário-Documentalista CRB-1 n°2376


Repositório Institucional do IF Goiano - RIIF Goiano
Sistema Integrado de Bibliotecas

TERMO DE CIÊNCIA E DE AUTORIZAÇÃO PARA DISPONIBILIZAR PRODUÇÕES TÉCNICO-


CIENTÍFICAS NO REPOSITÓRIO INSTITUCIONAL DO IF GOIANO

Com base no disposto na Lei Federal nº 9.610/98, AUTORIZO o Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia Goiano, a disponibilizar gratuitamente o documento no Repositório Institucional do IF
Goiano (RIIF Goiano), sem ressarcimento de direitos autorais, conforme permissão assinada abaixo,
em formato digital para fins de leitura, download e impressão, a título de divulgação da produção
técnico-científica no IF Goiano.

Identificação da Produção Técnico-Científica

[ ] Tese [ ] Artigo Científico


[ ] Dissertação [ ] Capítulo de Livro
[ ] Monografia – Especialização [ ] Livro
[ x ] TCC - Graduação [ ] Trabalho Apresentado em Evento
[ ] Produto Técnico e Educacional - Tipo: ___________________________________

Nome Completo do Autor: Edimar Hilário Montes Filho


Matrícula: 2014102200840198
Título do Trabalho: Análise de Viabilidade para 3 tipos de Impermeabilização.

Restrições de Acesso ao Documento

Documento confidencial: [X] Não [ ] Sim, justifique: _______________________


________________________________________________________________________
Informe a data que poderá ser disponibilizado no RIIF Goiano: 29/04/2022
O documento está sujeito a registro de patente? [ ] Sim [ x ] Não
O documento pode vir a ser publicado como livro? [ ] Sim [ x ] Não

DECLARAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO NÃO-EXCLUSIVA

O/A referido/a autor/a declara que:


1. o documento é seu trabalho original, detém os direitos autorais da produção técnico-científica
e não infringe os direitos de qualquer outra pessoa ou entidade;
2. obteve autorização de quaisquer materiais inclusos no documento do qual não detém os
direitos de autor/a, para conceder ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano os
direitos requeridos e que este material cujos direitos autorais são de terceiros, estão claramente
identificados e reconhecidos no texto ou conteúdo do documento entregue;
3. cumpriu quaisquer obrigações exigidas por contrato ou acordo, caso o documento entregue
seja baseado em trabalho financiado ou apoiado por outra instituição que não o Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia Goiano.
Rio Verde, 21 de abril de 2022.

_____________________________________________________________
Assinatura do Autor e/ou Detentor dos Direitos Autorais
Ciente e de acordo:

_______________________________
Assinatura do(a) orientador(a)
​SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO

Ata nº 28/2022 - GGRAD-RV/DE-RV/CMPRV/IFGOIANO

ATA DE DEFESA DE TRABALHO DE CURSO

Ao(s) 18 dia(s) do mês de abril 2022, às 19 horas e 30 minutos, reuniu-se a banca


examinadora composta pelos docentes: orientador Marcel Willian Reis Sales e
coorientadora Bruna Vilela Buiatte Silva, Philippe Barbosa Silva, Charles Pereira
Chaves, para examinar o Trabalho de Curso intitulado "Análise de Viabilidade para três tipos
de Impermeabilização" do(a) estudante Edimar Hilário Montes Filho , Matrícula nº
2014102200840198 do Curso de Engenharia Civil do IF Goiano – Campus Rio Verde. A
palavra foi concedida ao(a) estudante para a apresentação oral do TC, houve arguição do(a)
candidato pelos membros da banca examinadora. Após tal etapa, a banca examinadora
decidiu pela APROVAÇÃO mediante ao atendimento de todas as correções sugeridas pela
banca. Ao final da sessão pública de defesa foi lavrada a presente ata que segue assinada
pelos membros da Banca Examinadora.

(Assinado Eletronicamente)

Marcel Willian Reis Sales

Orientador(a)

(Assinado Eletronicamente)

Philippe Barbosa Silva

Membro

(Assinado Eletronicamente)

Charles Pereira Chaves

Membro
EDIMAR HILÁRIO MONTES FILHO

ANÁLISE DE VIABILIDADE PARA TRÊS TIPOS DE


IMPERMEABILIZAÇÃO

Trabalho de Curso DEFENDIDO e APROVADO em 18 de abril de 2022, pela Banca


Examinadora constituída pelos membros:

__________________________________ __________________________________
Prof. Dr. Marcel Willian Reis Sales Prof. Dr. Philippe Barbosa Silva
Instituto Federal Goiano Instituto Federal Goiano

_________________________________________
Prof. Dr. Charles Pereira Chaves
Instituto Federal Goiano

Rio Verde – GO
Abril, 2022
RESUMO

MONTES FILHO, Edimar Hilário. Análise de Viabilidade para três tipos de


Impermeabilização. 2021. Novembro. Monografia (Curso de Bacharelado em Engenharia
Civil). Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Câmpus Rio Verde, Rio
Verde, GO, 2021.

A impermeabilização é um processo importante na execução de uma obra, pois infiltrações


podem ocasionar manifestações patológicas severas. Há diversos sistemas de
impermeabilizantes disponíveis, bem como diversos produtos, porém com as especificações e
recomendações para cada tipo de local e etapa, cabendo então ao consumidor escolher aquele
que apresenta uma maior viabilidade, claro que deve também escolher um sistema de
impermeabilização de acordo com o local a ser aplicado. O presente trabalho foi desenvolvido
com a proposta de comparar, através de um método de análises efetivas, a aplicação de três
impermeabilizantes. Tem-se como objetivo geral, resultar a melhor viabilidade entre três tipos
de impermeabilização, sendo elas a Manta asfáltica, a Argamassa impermeabilizante e a Manta
de PVC. Para esse resultado utilizou-se o método de análise AHP, feito com o software EXCEL.
O objeto de estudo de caso é uma área de estacionamento no subsolo de um prédio, Residencial
Cipreste, no município de Rio Verde - GO, com área total de 2.351,4 m², porém retirando e
descontando as escadas e elevadores a área a ser impermeabilizada é de 2.326,9 m². Considerou-
se o contato direto com grande fluxo de carros, não há incidência direta do sol. Foi obtido como
resultado que a Argamassa Impermeabilizante, diante de variás matrizes feitas dentro do
método AHP, considerando critérios e subcritérios de âmbito social, ecnonômico e ambiental,é
o impermeabilizante de maior viabilidade para este caso. A escolha deste método de análise
(AHP) proporciona um resultado confiável com uma boa base de dados técnicos para a
execução do mesmo.

Palavras-chave: argamassa polimérica, estacionamento, manta asfáltica, manta de pvc.


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Emissão total de CO2 no transporte dos impermeabilizantes ................................ 34

Tabela 2 - Custo Total dos Produtos e Mão de Obra da Manta Asfáltica ............................... 35

Tabela 3 - Custo Total dos Produtos e Mão de Obra da Argamassa Impermeabilizante ........ 35

Tabela 4 - Custo Total dos Produtos e Mão de Obra da Manta de PVC ................................. 36

Tabela 5 - Matriz de comparação par a par das alternativas com relação ao subcritério
“Durabilidade do produto” ....................................................................................................... 41

Tabela 6 - Matriz de comparação par a par das alternativas com relação ao subcritério “Emissão
de CO2 no transporte” .............................................................................................................. 41

Tabela 7 - Matriz de comparação par a par das alternativas com relação ao subcritério “Valor
da mão-de-obra” ....................................................................................................................... 41

Tabela 8 - Matriz de comparação par a par das alternativas com relação ao subcritério “Valor
total dos produtos” .................................................................................................................... 41

Tabela 9 - Matriz de comparação par a par das alternativas com relação ao subcritério “Geração
de serviços”............................................................................................................................... 42

Tabela 10 - Matriz de comparação par a par das alternativas com relação ao subcritério
“Manifestações patológicas” .................................................................................................... 42

Tabela 11 - Matriz de comparação dos subcritérios “Durabilidade do produto” e “Emissão de


CO2 no transporte” à luz do critério “Ambiental” ................................................................... 43

Tabela 12 - Matriz de comparação dos subcritérios “Valor da mão-de-obra” e “Valor total dos
produtos” à luz do critério “Econômico” ................................................................................. 43

Tabela 13 - Matriz de comparação dos subcritérios “Geração de serviços” e “Manifestações


patológicas” à luz do critério “Social” ..................................................................................... 43

Tabela 14 - Matriz de comparação dos critérios à luz do foco principal ................................. 44

Tabela 15 - PML’s das alternativas frente os subcritérios ....................................................... 45

Tabela 16 - PML's dos subcritérios frente o critério “ambiental” ........................................... 45

Tabela 17 - PML's dos subcritérios frente o critério “econômico” ......................................... 46


Tabela 18 - PML's dos subcritérios frente o “critério social”.................................................. 46

Tabela 19 - PML's dos critérios frente o “foco principal” ....................................................... 46

Tabela 20 - PG's das alternativas frente o foco principal ........................................................ 47


LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Etapas do processo de impermeabilização ............................................................ 15

Quadro 2 - Principais materiais utilizados .............................................................................. 16

Quadro 3 - Escala numérica de Saaty...................................................................................... 28

Quadro 4 - Critérios e subcritérios relevantes a avaliação de alternativas na escolha do


impermeabilizante .................................................................................................................... 32

Quadro 5 - Legenda das alternativas ....................................................................................... 40

Quadro 6 - Julgamentos paritários das alternativas à luz dos subcritérios .............................. 40

Quadro 7 - Julgamentos dos subcritérios em relação aos critérios correspondentes .............. 42

Quadro 8 - Julgamentos dos critérios em relação ao objetivo principal ................................. 43


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Manta asfáltica ........................................................................................................ 17

Figura 2 - Aplicação da manta asfáltica .................................................................................. 19

Figura 3 - Argamassa polimérica ............................................................................................ 20

Figura 4 - Aplicação da argamassa polimérica........................................................................ 21

Figura 5 - Manta de PVC ........................................................................................................ 22

Figura 6 - Aplicação da manta de PVC ................................................................................... 23

Figura 7 - Fluxograma da metodologia utilizada no trabalho. ................................................ 26

Figura 8 - Planta baixa do projeto de estacionamento subsolo ............................................... 27

Figura 9 - Estrutura hierárquica do método AHP .................................................................... 28

Figura 10 - Rendimento quilométrico e emissões de CO2 por modalidade ............................ 30

Figura 11 - Durabilidade dos sistemas de impermeabilização ................................................ 33

Figura 12 - Estrutura hierárquica do problema........................................................................ 38

Figura 13 - Conversão da escala verbal em escala numérica .................................................. 39


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 10

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................... 12

2.1 Breve Histórico da Impermeabilização ...................................................................... 12

2.2 Impermeabilização na Construção Civil........................................................................ 13

2.3 Sistemas de Impermeabilização ................................................................................. 15

2.4 Manta Asfáltica .......................................................................................................... 17

2.4.1 Método de aplicação manta asfáltica .................................................................. 18

2.4.2 Durabilidade da manta asfáltica ......................................................................... 19

2.5 Argamassa Polimérica ............................................................................................... 20

2.5.1 Método de aplicação argamassa polimérica ....................................................... 21

2.5.2 Durabilidade da argamassa polimérica ............................................................... 21

2.6 Manta de PVC ............................................................................................................ 22

2.6.1 Método de aplicação manta de PVC................................................................... 23

2.6.2 Durabilidade da manta de PVC .......................................................................... 24

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................................... 25

4 MATERIAL E MÉTODOS .............................................................................................. 26

4.1 Caracterização da Área de Estudo ............................................................................. 26

4.2 Método AHP .............................................................................................................. 27

4.3 Critério Ambiental ..................................................................................................... 29

4.4 Critério Econômico .................................................................................................... 30

4.5 Critério Social ............................................................................................................ 31

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................................... 32

5.1.1 Modelagem dos critérios .................................................................................... 32

5.2 Critério Ambiental ..................................................................................................... 33


5.2.1 Durabilidade do produto ..................................................................................... 33

5.2.2 Emissão de CO2 no transporte ............................................................................ 34

5.3 Critério econômico .................................................................................................... 34

5.3.1 Mão de obra ........................................................................................................ 34

5.3.2 Custo total dos produtos ..................................................................................... 35

5.4 Critério Social ............................................................................................................ 36

5.4.1 Geração de serviços ............................................................................................ 37

5.4.2 Manifestações patológicas .................................................................................. 37

5.5 Avaliação das Alternativas pelo Método AHP .......................................................... 37

5.5.1 Etapa 1 - Construção da hierarquia do problema ............................................... 38

5.5.2 Etapa 2 – Julgamentos de valor .......................................................................... 38

5.5.3 Etapa 3 – Normalização dos quadros de julgamentos ........................................ 44

5.5.4 Etapa 4 – Prioridades médias locais e globais (PML e PG) ............................... 44

6 CONCLUSÃO .................................................................................................................. 48

A. ANEXO A – ORÇAMENTO E PROPOSTA DE APLICAÇÃO DA MANTA DE PVC


53
10

1 INTRODUÇÃO

A água é um dos principais motivos influenciadores de patologias em obras, tanto na


sua funcionalidade, acarretando em prejuízos financeiros, como danos aos bens materiais, a
saúde e conforto do usuário. Por esta razão, a impermeabilização surgiu para controlar de certa
forma essa consequência de deterioração que a água provoca, como as infiltrações que levam
às diversas patologias estruturais em obras, desde leves às graves. A sociedade lida com os
problemas que água traz em lugares indesejados há muito tempo, desde os primórdios. Assim,
as técnicas de impermeabilização foram sendo estudadas e consequentemente evoluindo.

A impermeabilização é o processo que protege a edificação de infiltrações, passagens


indesejáveis de água e vapores. Este processo aumenta a vida útil estrutural, além de melhorar
as condições de habitação no local. Portanto, a impermeabilização é considerada essencial.
Segundo a NBR 9575 (2010), é um elemento obrigatório a existência de um projeto de
impermeabilização em uma obra. Existem diversas maneiras de realizar a impermeabilização
de uma obra. Exemplos são a manta asfáltica, argamassa impermeabilizante e manta de PVC.
Estes tipos de processos impermeabilizantes possuem elementos importantes, que devem ser
levados em conta, tais como: ambientes, umidade, temperatura, tipos de materiais e etc.

Problemas com a falta de impermeabilização vêm sendo observados ao longo do tempo.


De acordo com a Vedacit Impermeabilizantes (2011), os Romanos e os Incas utilizavam
impermeabilizantes à base de albumina como, por exemplo, clara de ovo, sangue, óleos e entre
outros. No Brasil, pode-se obter alguns exemplos a partir das cidades históricas, que mantêm
igrejas e pontes em perfeito estado graças ao óleo de baleia. Estes óleos eram adicionados em
argamassas, as quais funcionavam como um plastificante natural.

Grande quantidade das falhas de uma impermeabilização é dada a sua inexistência ou a


falta de importância que é atribuída na concepção de seu projeto. O projeto de
impermeabilização tem como finalidade analisar, elaborar, detalhar e descrever o melhor
método e material a ser adotado, com o propósito de alcançar um satisfatório comportamento
da impermeabilização e compatibilização com demais projetos da edificação (CAPRARO et
al., 2021).

Em projetos de engenharia, a viabilidade econômica tem uma grande deliberação nas


escolhas de materiais. Os impermeabilizantes são materiais industrializados que no geral
possuem um custo elevado. No entanto, antes de se buscar produtos com custos mais baixos,
11

recomenda-se considerar a questão de qualidade e da vida útil do material escolhido


(RODRIGUES et al., 2016).

Por haver no mercado uma grande variedade de produtos destinados a atividade de


impermeabilização, com diferentes composições, preços, princípios de funcionamento e modos
de aplicação, o objetivo desse trabalho foi realizar uma análise comparativa de eficiência, para
selecionar, dentre três impermeabilizantes, o método mais viável a partir de dados obtidos
através de pesquisas cientificas somados a utilização de um método comparativo denominado
AHP (Analytic Hierarchy Process).
12

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste tópico serão apresentados estudos referenciais que somem dados úteis no presente
trabalho.

2.1 Breve Histórico da Impermeabilização

Quando se pensa na proteção de uma construção a impermeabilização é a técnica mais


habitualmente utilizada. A umidade sempre foi uma preocupação para o homem, desde o tempo
em que habitava nas cavernas, percebeu que a umidade começava no solo e penetrava pelas
paredes, o que tornava a vida dentro delas precárias. Desde muito tempo procuram-se soluções
a fim de proteger a vida útil das construções (LUMUANGIKI et al., 2019).

Segundo Arantes (2007), a respeito dos primeiros materiais utilizados como


impermeabilização, foi o betume, que é uma mistura de hidrocarbonetos que provém da
decomposição de matéria orgânica. O betume foi utilizado em diversas obras históricas, como,
por exemplo, a muralha da china, as pirâmides do Egito, algumas múmias também foram
protegidas com o betume natural, e no Brasil, já se utilizaram óleos de baleia misturados na
argamassa para assentar tijolos e também utilizada em revestimentos que precisavam de
impermeabilização (ARANTES, 2007).

A partir da revolução industrial no século XIX, houve grande investimento e evolução


no ramo da construção civil, visto que a arquitetura de telhados inclinados para vazão de água
já era uma moda um pouco mais arcaica, sendo assim as casas começaram ser construídas com
vãos horizontais, lajes acompanhadas com terraço, e com isso identificou-se surgimento de
trincas, infiltrações, visto que as estruturas podem se retrair ou expandir de acordo com a
temperatura do clima (ARANTES, 2007).

Foi desenvolvido no início do século XX polímeros sintéticos. Assim foi possível o


surgimento e novos materiais de construção com maior extensibilidade, elasticidade e maior
desempenho também, que conseqüentemente melhorou a impermeabilização. Eis uma área que
precisava de maiores investimentos da ciência e do ramo de construção civil, a
13

impermeabilização. Houve diversas reuniões para estabelecer as normas técnicas brasileiras de


impermeabilização na ABNT, e é importante dizer que a impermeabilização era de fato algo
que precisava de uma normalização. A impermeabilização é algo tão importante na construção
civil que no ano de 1975 ocorreu à inauguração do Instituto Brasileiro de Impermeabilização
(IBI), para poder divulgar a importância do recurso e prosseguir com os trabalhos de
normalização (ARANTES, 2007).

Na construção civil a impermeabilização sempre foi uma das maiores preocupações,


uma vez que se for feita uma má execução dessa impermeabilização, é motivo suficiente para
manifestar diversas patologias na obra. E em alguns casos, devido à contenção de custos, falta
de informação, má execução ou não execução, patologias podem surgir durante e/ou no pós-
obra o que, conseqüentemente, pode gerar custos até quinze vezes maiores do que se fosse
executado no andamento da obra (RIGHI, 2009).

Mas infelizmente mesmo que estas informações disponíveis à sociedade, não são todos
que aproveitam a importância de tais conhecimentos. Diversos estudos identificaram que a má
ou não aplicação de impermeabilização pode gerar problemas que afetam todo o capital do
cliente, ou seja, causa diversas patologias na obra e ocasiona prejuízos que vai de 5 a 20% da
obra, mas em contrapartida se fosse feita a impermeabilização, o custo seria em torno de 1 a
3% do valor total (PIRONDI, 1988).

2.2 Impermeabilização na Construção Civil

A água quando é infiltrada pode causar diversos danos estruturais e estéticos, além de
causas diversos prejuízos financeiros, pois danifica futuras melhorias de pintura, também
estruturas físicas da própria construção, por esta razão é muito importante e fundamental a
impermeabilização no projeto de construção (SOUZA; BÉ, 2014).

Segundo Curotto (2008), a umidade é encontrada em diversas situações, porém também


se encontra em materiais de construção, no solo, na madeira, entre outras superfícies, se não for
feita a impermeabilização correta, causa diversos problemas que no decorrer do tempo provoca
prejuízos grandes.

A impermeabilização é uma etapa dentro da construção indispensável para que se tenha


uma construção duradoura e segura, por isso necessita de projeto especifico assim como um
14

projeto de instalação elétrica, arquitetônico, etc., garantindo que sua execução seja feita de
maneira correta. Este projeto deve conter detalhadamente os produtos a serem usados e a forma
de execução de cada método utilizado (AMORIM; ACIOLI, 2018).

A impermeabilização possui grande relevância, pois permite habitabilidade da


construção civil, protegendo a edificação de inúmeros problemas patológicos que poderão
surgir com a infiltração de água, integradas à atmosfera, oxigênio e outros componentes
agressivos da atmosfera (gases poluentes, chuva ácida, ozônio), visto que uma grande
quantidade de materiais da construção civil sofre um processo de deterioração e degradação,
em decorrência da presença dos meios agressivos da atmosfera (LUMUANGIKI et al., 2019).

É certo que aproximadamente 42% das falhas de estanqueidade, cujo processo verifica
se existem vazamentos na obra, é conseqüência da falta de projeto de impermeabilização e de
utilização de produtos inadequados. Pois é necessário escolher o melhor método de
impermeabilização, de acordo com a necessidade, ou seja, utilizar um método rígido, sendo que
seria necessário utilizar flexível, é o mesmo que não fazer o serviço de impermeabilidade
direito. Novamente ressalta-se que as falhas nas construções geram prejuízos que se aproximam
ou até mesmo ultrapassam 5% a 20% do valor total da construção, lembrando que para sanar
os problemas no imóvel, é necessário grande desgaste tanto financeiro quanto para os usuários
do imóvel, por ter que quebrar revestimentos, gera transtornos (ANTONELLI, et. al., 2002).

Como citado por Amorim & Acioli (2018), o primeiro passo é a contratação de um
profissional habilitado para desenvolver o projeto, passando a seguir pela fase do projeto básico,
analisando os diversos projetos envolvidos (arquitetura, estrutura, instalações, paisagismo,
etc.). Em prosseguimento, deverá identificar as áreas a serem impermeabilizadas e o tipo de
sistema empregado.

Conforme Lumuangiki et al. (2019), as principais funções da impermeabilização são:

• Aumentar a durabilidade dos edifícios;


• Impedir a passagem de água que é um dos líquidos que contribui para a corrosão das
armaduras do concreto;
• Proteger as superfícies de umidade, manchas, fungos, etc.;
• Garantir ambientes salubres.

O Quadro 1 apresenta três fases do processo de impermeabilização.


15

Quadro 1 - Etapas do processo de impermeabilização

FASE 1: Preparo da Limpeza Geral


superfície e
regularização Regularização: Declividade > 1% (NBR 9574, 1986).

Impermeabilização de acordo com o projeto


FASE 2:
Imprimação asfáltica: entre substratos e a manta
Impermeabilização
Teste de estanqueidade: comprovar a eficiência
Camadas
FASE 3: Sistemas
auxiliares e Proteções
complementares
Tratamento de juntas
Fonte: Lumuangiki et al., 2019.

2.3 Sistemas de Impermeabilização

Segundo o entendimento científico do trabalho, é possível perceber que os estudos


acerca do processo de impermeabilização foram evoluindo de acordo com as necessidades da
humanidade. Deste modo, foi possível identificar que alguns impermeabilizantes não atendem
certas necessidades, onde projetistas e construtores precisam avaliar o comportamento físico da
superfície que será impermeabilizada. Precisa-se também verificar a atuação da água sobre o
elemento para que após possa escolher o tipo/método certo e eficaz para a presente situação
(FERREIRA, 2013).

De acordo com Amorim & Acioli (2018), os sistemas impermeabilizantes são


classificados quanto as suas características de aderência, flexibilidade, composição e pelo
método de sua aplicação. Inclusive, as classificações existentes para os materiais
impermeabilizantes conforme referências normativas e especialistas da área estão listados
abaixo:

a) Aderência: São classificados de acordo com a aderência entre a impermeabilização e


o substrato, quando fixados por fusão do material impermeabilizante ou colagem de adesivos,
e pela sua ausência da fixação ao substrato.

Quanto à aderência ao substrato, os sistemas de impermeabilização, segundo MORAES


(2002), podem ser classificados como:

• Aderido: Quando o impermeabilizante é fixado totalmente ao substrato, seja ela por


asfalto quente ou maçarico, colagem com adesivos ou fusão do próprio material;
16

• Semiaderido: Quando a aderência está localizada em apenas alguns pontos do edifício,


como ralos e sacadas;
• Flutuante: Quando o impermeabilizante está totalmente solto encima do substrato, são
utilizadas em locais onde a estrutura sobre grandes deformações.

b) Flexibilidade: Usualmente, as fabricantes como Denver e Viapol, classificam os


impermeabilizantes em três grupos: rígidos, semiflexíveis e flexíveis.

c) Método de execução: Podem ser considerados em relação ao processo de execução


em tipos realizados in loco (grande parcela dos impermeabilizantes) e pré-fabricados (manta
asfáltica, por exemplo).

d) Material: Segundo Oliveira (2013), os sistemas de impermeabilização podem ser


classificados de acordo com a composição do material como: argamassas, cristalizantes,
asfálticos e poliméricos.

Conforme Freire (2007), o Quadro 2 relaciona-se, de acordo com a flexibilidade,


especificações mais utilizadas à base dos materiais citados acima.

Quadro 2 - Principais materiais utilizados


(continua)

SISTEMAS QUANTO
MATERIAL UTILIZADO
À FLEXIBILIDADE
Concreto impermeável com aditivos
Concreto impermeável sem aditivos
RÍGIDO Argamassa com hidrofugantes
Cimentos impermeabilizantes e polímeros
Cimentos impermeabilizantes e líquidos seladores
Argamassa aditivadas com polímeros
Epóxi isento de solventes
SEMI-FLEXÍVEL
Epóxi cinza
Epóxi flexibilizado
Fonte: Freire, 2007.
17

Quadro 2 - Principais materiais utilizados


(conclusão)
A quente (com asfalto oxidado)
A frio (emulsão asfáltica
Membranas
asfálticas Solução asfáltica modificada com

Membranas - polímeros (geralmente a frio)


moldadas in
loco Membranas poliméricas
Membranas elastoméricas - ex. neoprene, hypalon
FLEXÍVEL Sem adição de cimento
Membranas
acrílicas Com adição de cimento (MAI)

Mantas asfálticas

Mantas - pré Mantas poliméricas


fabricado Mantas elastométricas - ex. butílicas, EPDM
Mantas plásticas - ex. PVC, PEAD
Fonte: Freire, 2007

2.4 Manta Asfáltica

A manta asfáltica é considerada um tipo de impermeabilizante que, quando aplicado em


superfícies, forma uma membrana bloqueadora, permitindo a vedação da estrutura contra a ação
da água, conforme é mostrado na Figura 1 (CORADIN, 2020).

Figura 1 - Manta asfáltica

Fonte: Soluções Industriais (2022).


18

As mantas asfálticas são feitas a base de asfaltos modificados com polímeros e com
estruturas especiais, podem ser classificadas de acordo com a tração, alongamento e
flexibilidade a baixa temperatura (VEDACIT, 2010).

As mantas asfálticas são os produtos mais utilizados como impermeabilizantes no Brasil


desde muito tempo, segundo Soares (2014). Isso ocorre devido à mão de obra existente no país
ter se adaptado rapidamente à sua aplicação, bem como a fácil disponibilidade de matéria prima.
Soares (2014) também concluiu que essas mantas, por serem pré-fabricadas, são componentes
de um sistema considerado industrializado.

Há muita vantagem em utilizar a manta asfáltica, visto que possui uma espessura
constante, é aplicada em um curto tempo comparado a outros métodos de impermeabilização,
não há necessidade de aguardar secagem, e pode ser aplicada uma única vez, é de fácil
fiscalização (MELLO, 2005).

Este produto tem maior durabilidade e elasticidade, devido ser um material asfáltico
modificado com adição de elastômeros, plastômeros ou polímeros somados com diversos tipos
de materiais tendo como os mais comuns, filme polietileno, borracha, poliéster e fibras de vidro.
Estes materiais podem ser alterados mediante a necessidade da obra, como resistência a
perfuração, ou menor custo, ou maior resistência ao puncionamento, logo que cada um tem suas
próprias características (FIBERSALS, 2017).

As mantas asfálticas existem em vários tipos diferentes, e suas variações dependem da


sua composição, do estruturante interno, do acabamento externo e da sua espessura. E ainda, o
método de aplicação deste produto inicia-se com uma demão de primer sobre a superfície
regularizada e seca, aguardando sua secagem (SILVA; E SILVA, 2019).

2.4.1 Método de aplicação manta asfáltica

Para Cocito (2006) essa técnica de impermeabilização consiste na aplicação de uma


camada impermeável, sendo executada através da aplicação asfáltica com ou sem utilização de
armadura, necessitando de algumas demãos do produto.

De acordo com Sika Brasil (2022), e conforme o esquema da Figura 2, primeiramente


deve ser feito um preparo do substrato onde será aplicada esta manta. A superfície deve estar
seca, limpa e não deve possuir nenhum tipo de material sobre o local desejado. Depois desse
19

preparo deve ser feito o tratamento dos ralos, caso tenha, e tratamento de pontos emergentes
como pilares. Feito isso se inicia o processo de aplicação da manta asfáltica. Depois da
aplicação deve ser realizado o teste de estanqueidade, onde se tampa qualquer área permeável,
ralos e etc. E por fim o acabamento, com uma colher de pedreiro aquecida deve-se fazer o
biselamento das emendas. Essas informações de aplicação são fornecidas no manual do
produto.

Figura 2 - Aplicação da manta asfáltica

Preparo do
Tratamento dos Aplicação da
substrato
ralos e pilares Manta
(limpeza)

Teste de
Acabamento
estanqueidade

Fonte: Autor, 2022.

2.4.2 Durabilidade da manta asfáltica

Embora alguns fabricantes informem que a durabilidade média do produto é de cerca de


20 anos, em geral a manta asfáltica apresenta vida útil com estanqueidade total entre 5 a 10
anos, já que com o passar do tempo ela perde a flexibilidade e se torna quebradiça, apresentando
falhas na fixação e diversos outros problemas, como infiltrações e vazamentos
(COBERTURAS LEVES, 2019).
20

2.5 Argamassa Polimérica

Silva & Silva (2019), afirmam que as argamassas poliméricas são como materiais
compostos por cimentos especiais e látex de polímeros aplicados sob a forma de pintura sobre
o substrato, formando uma película impermeável, de excelente aderência e que assegura a
impermeabilização para pressões d’água positivas e/ou negativas, como é mostrado na Figura
3.

Figura 3 - Argamassa polimérica

Fonte: VR Impermeabilizações (2022).

Dessa forma, refere-se a uma argamassa de cimento que dispõe em sua composição
alterações feitas por polímeros, que são bi componentes e à base de cimento, adicionando-se à
mistura minerais inertes, polímeros acrílicos e aditivos (SILVA; E SILVA, 2019).

De acordo com Soares (2014), devido à presença dos polímeros acrílicos torna o sistema
mais flexível, fazendo com que seja capaz de suportar pequenas movimentações da estrutura.
É por esta razão que os fabricantes classificam o produto como semiflexível. Apesar de tudo,
ainda se trata de uma argamassa rígida como cimento.
21

Salgado (2009) conclui que o material resiste a pressões positivas e negativas e


acompanhada de maneira satisfatória, pequenas movimentações das estruturas, e que a
impermeabilização decorre da formação de um filme de polímeros que impede a passagem da
água e da granulometria fechada dos agregados contidos na porção cimentícia.

A resistência a pressões hidrostáticas positivas, fácil aplicação, não alteração da


potabilidade da água, bem como sua função de barreira contra sulfatos e cloretos,
uniformizando e selando o substrato, reduzindo o consumo de tinta de pinturas externas, são as
principais características da argamassa polimérica (VIAPOL, 2019).

2.5.1 Método de aplicação argamassa polimérica

De acordo com a Viapol (2019), este método de aplicação é descrito de acordo com o
manual deste produto, e como é mostrado na Figura 4.

Figura 4 - Aplicação da argamassa polimérica

Preparo do produto Aplicação do


Preparo do
(mistura de dois produto (sentido
Substrato
componentes) cruzado)

Teste de
Proteção mecânica
estanqueidade

Fonte: Autor, 2022.

2.5.2 Durabilidade da argamassa polimérica

Em relação à argamassa impermeabilizante, as informações sobre durabilidade ainda é


ausente em trabalhos já apresentados, contudo, foi adotada o prazo de 2 a 3 anos, sem qualquer
manutenção, duração essa encontrada em manuais de empresas que vendem esse produto.
22

2.6 Manta de PVC

De acordo com Silva & Silva (2019), esse material é composto por duas lâminas de
PVC, com espessura final que varia de 1,2 mm a 1,5 mm, e uma tela trançada de poliéster. A
manta de PVC é similar a um carpete de borracha, sendo utilizada, principalmente, em toda e
qualquer piscina, reservatórios de água, cisternas, caixas d’água, independentemente do
formato ou tipo, bem como em coberturas, tanto planas como curvas, como mostrado na Figura
5.

Figura 5 - Manta de PVC

Fonte: Soluções Industriais (2022).

As mantas de PVC são recomendadas principalmente para obras enterradas e coberturas,


por apresentarem a vantagem de não aderir ao substrato, o que elimina o risco de rompimentos
frente às movimentações da estrutura, no entanto a aplicação é mais trabalhosa (LOTURCO,
2005).

Outras vantagens desse sistema, conforme Loturco (2005) é o vasto conhecimento que
se tem sobre o comportamento do PVC; a execução em camada única, não necessitando de
proteção mecânica devido à dureza superficial; possibilidade de aplicação sobre pisos
23

existentes; apresenta resistência a raios ultravioletas; não propaga chamas; além da rapidez de
aplicação e limpeza na execução.

No entanto, Arantes (2007) evidencia como desvantagens do sistema, a complexidade


de se detectar eventuais infiltrações, que poderão ocorrer por ser um sistema não aderido, além
da necessidade de mão-de-obra especializada para sua colocação.

De acordo Oliveira (2013) as membranas de PVC são produzidas com um composto


virgem de PVC, além de outros ingredientes como: plastificantes, estabilizadores e aditivos
especiais. Estes compostos são os que fornecem as propriedades da manta de PVC,
flexibilidade, resistência química e a raios ultravioleta. Para este autor (OLIVEIRA, 2006), uma
grande diferença e vantagem desse sistema impermeabilizante é a vida útil do mesmo, visto que
geralmente outros sistemas impermeabilizantes não chegam à metade da longevidade da manta
de PVC.

Os locais mais indicados para utilização deste produto de acordo com Sika Brasil (2017)
são túneis e galerias, reservatórios, estruturas enterradas e piscinas em geral. Apesar desses
lugares, os manuais de instruções deste produto, em diferentes marcas, também são indicados
para estacionamentos e garagens (no subsolo ou não).

2.6.1 Método de aplicação manta de PVC

A aplicação da manta de PVC para impermeabilização vai variar conforme


características do equipamento, tais como moldes e inclinações dos espaços. Em geral, sua
aplicação pode ser demonstrada conforme Figura 6.

Figura 6 - Aplicação da manta de PVC

Preparo do Aplicação Aplicação Proteção


Substrato do Geotêxtil da Manta Mecânica

Fonte: Autor, 2022.


24

2.6.2 Durabilidade da manta de PVC

A manta de PVC reúne várias características que a tornam a melhor escolha para a
impermeabilização de coberturas. Além de ser altamente resistente às intempéries, não é
danificada pela movimentação da estrutura e possui um desempenho muito elevado em
comparação com as soluções asfálticas ou líquidas (MC BAUCHEMIE, 2019).

A alta durabilidade também é um diferencial importante. Sem a necessidade de camadas


extras, a manta de PVC tem vida útil de duas a três vezes maior que as opções tradicionais
disponíveis no mercado (MC BAUCHEMIE, 2019).

O local, as condições de uso e as características do projeto são decisivas para a


durabilidade do produto, mas, em média, a expectativa de vida útil da manta exposta é de
25anos, podendo variar para mais ou para menos dependendo de como a sua instalação foi
realizada, entre outros fatores. Para tal, é preciso efetuar inspeções periódicas, limpeza e reparos
em possíveis áreas danificadas (MC BAUCHEMIE, 2019).
25

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Em um estudo realizado por Butzke (2020), foram comparados dois métodos de


impermeabilização: Manta Asfáltica e a Argamassa Polimérica. Neste comparativo, os critérios
analisados foram o prazo de execução, a extensão da área que seria impermeabilizada e os
custos de cada produto, visando observar suas vantagens e desvantagens.

Butzke (2020) também apontou em seu estudo de caso que a manta asfáltica tende a se
sobressair frente à argamassa polimérica nos quesitos prazo, flexibilidade, durabilidade e
execução de reparos quando preciso. Já a argamassa polimérica é mais vantajosa quando se
trata da espessura de sua camada e a não necessidade de técnicas e equipamentos específicos
para sua aplicação.

Apesar de que Butzke (2020) tenha feito comparativos em vários aspectos, este não
apresentou um resultado parcial para algum dos métodos impermeabilizantes estudados, pois o
mesmo prezou por uma boa execução da aplicação do impermeabilizante já que ambos foram
para o mesmo ambiente e possuem a mesma finalidade.

Já Silva e Cristiano (2020) apresentam o desempenho da manta de PVC se tratando da


facilidade e rapidez na execução deste método prezando pela sustentabilidade que este produto
pode fornecer frente à exposição a raios UV e agentes químicos.
Silva e Cristiano (2020) abordam as vantagens da manta de PVC comparada a um
método convencional de impermeabilização, o qual traria uma vida útil de apenas 10 anos,
sendo que os fornecedores da manta de PVC afirmam garantias de 25 a 30 anos, com relatos de
mantas aplicadas há mais de 50 anos que não se deterioraram com a ação do tempo e
intempéries. Portanto visando o cenário atual da construção civil, a aplicação da manta de PVC
é mais rentável ao consumidor visto que este sistema de impermeabilização pode substituir
alguns métodos convencionais contribuindo também para a manutenção do meio ambiente.
26

4 MATERIAL E MÉTODOS

Nesse tópico será abordado todos os materiais utilizados para o devido estudo e a forma
da utilização do método AHP, como mostra a Figura 7:

Figura 7 - Fluxograma da metodologia utilizada no trabalho.

•Área selecionada para desenvolvimento do estudo.


Caracterização da
Área de Estudo

•Processo escolhido para tomada de decisão do impermeabilizante


Método AHP
mais viável.

•Definição de como chegar aos resultados dos subcritérios definidos


Critério Ambiental para este critério.

•Definição de como chegar aos resultados dos subcritérios definidos


Critério para este critério.
Econômico

•Definição de como chegar aos resultados dos subcritérios definidos


Critério Social para este critério.

Fonte: Autor, 2022.

4.1 Caracterização da Área de Estudo

Como objeto de estudo de caso, foi selecionada a área a ser impermeabilizada, trata-se
de um estacionamento no sub-solo de um prédio, Residencial Cipreste, no município de Rio
Verde - GO. Esta área tem um total e 2.351,4 m² como visto na Figura 8, descontando as escadas
e elevadores a área a ser impermeabilizada é de 2.326,9 m². Deve-se considerar tráfego de
veículos e desconsiderar contato direto com a luz do sol, pois como já dito é um estacionamento
de subsolo onde não há incidência direta da luz do sol. A impermeabilização ocorreu no ano de
2020 no mês de Agosto.
27

Figura 8 - Planta baixa do projeto de estacionamento subsolo

Fonte: Autor, 2022.

4.2 Método AHP

AnalyticHierarchyProcess - AHP ou Processo Hierárquico Analítico, desenvolvido pelo


britânico Thomas Saaty na década de 1970, apresenta uma hierarquia da seguinte forma:
objetivo geral, critérios e alternativas envolvidas no caso. Assim, estabelece-se uma relação
entre padrão e alternativa e, em seguida, são feitas comparações de paridade entre elementos
do mesmo nível (padrão para padrão, alternativa para alternativa) para verificar o efeito que um
exerce sobre o outro. Para que possa ser ajustado de acordo com o alvo, cada alternativa é
ponderada em sua classificação final. A Figura 7 representa a estruturação hierárquica do
método.
28

Figura 9 - Estrutura hierárquica do método AHP

Fonte: BAGCHI; RAO, 1992.

Uma etapa que é importante na análise dos critérios é a comparação entre eles. Nesta
etapa o decisor realiza a análise das opções, definindo de forma clara suas preferências pessoais.
Cumpre destacar que esta etapa deve ser realizada sempre em conjunto com os stakeholders
dos setores envolvidos no processo de tomada de decisão, pois permite o atingimento de uma
decisão mais equilibrada. Ainda de acordo com Saaty (1990), as comparações devem seguir
uma escala numérica conforme demonstrado no Quadro 3:

Quadro 3 - Escala numérica de Saaty

INTENSIDADE DEFINIÇÃO EXPLICAÇÃO


1 Igual importância Duas atividades contribuem para o objetivo.
A experiência e o julgamento favorecem levemente uma
3 Importância fraca
atividade em relação à outra.
A experiência e o julgamento favorecem fortemente uma
5 Importância forte
atividade em relação à outra.
Uma atividade é fortemente favorecida em relação à outra, e
7 Importância muito forte
sua dominância é mostrada na prática.
A evidência favorecendo uma atividade em relação à outra é
9 Importância extrema
do mais alto grau de certeza.
Valores intermediários entre
2,4,6,8 Quando é necessária uma condição de compromisso.
dois julgamentos adjacentes
Se a ação tem uma das intensidades de importância ou de preferência de 1 a 9 quando
Recíproco
comparada com a ação j, então j tem o valor recíproco quando comparado a i.
Fonte: Adaptado Saaty (1990).
29

Ainda de acordo com o quadro acima, a coluna Intensidade detalha os níveis que devem
ser aplicados nas avaliações, a coluna de definição foi proposta, com seguinte propósito,
explicar de maneira objetiva os níveis de intensidade utilizado na primeira coluna. Já a coluna
explicação tem como função discorrer de maneira mais clara cada uma das intensidades
apresentadas para facilitar o entendimento na utilização do método.

4.3 Critério Ambiental

Dentro do critério ambiental temos o subcritério da emissão de CO2 no transporte dos


produtos impermeabilizantes e a durabilidade do produto (vida util). Assim, a seguir será
apresentado os meios até essas informações que serão necessárias para a execução do método
AHP.

O subcritério Emissão de CO2 no transporte dos produtos impermeabilizantes foi


escolhido já que para termos a emissão de CO2 na fabricação dos produtos em questão
precisaríamos do fator de emissão de cada um, visto que são produtos bem específicos a
ausência de trabalhos e informações sobre este fator de emissão tornou-se inviável o cálculo da
emissão de CO2 na fabricação. Contudo, foi calculado a emissão de CO2 no transporte desses
produtos, considerando a distância de onde sairia cada impermeabilizante até a obra.

Tratando-se da Argamassa Impermeabilizante, a distância a ser considerada é apenas de


4 quilômetros, tendo em vista, que a obra é dentro da cidade e essa distância seria uma média
das lojas de materiais de construções.

Já a Manta Asfáltica não é encontrada a pronta entrega nessas lojas e a distribuidora


mais perto seria na cidade de Goiânia – GO, a qual a distância é de 230 quilômetros até a obra.

Por fim a Manta de PVC, produto dificilmente encontrado, foi necessário entrar em
contato com a empresa fabricadora da mesma, SIKA, e a distribuidora mais perto seria em
Osasco – SP, considerando assim uma distância de 900 quilômetros.

O fator de emissão de CO2 por km adotada foi de 1,28 kg/km, para veículos pesados
conforme encontrado por Carvalho (2011), na Figura 10.
30

Figura 10 - Rendimento quilométrico e emissões de CO2 por modalidade

Fonte: Carvalho (2011).

Para dar seguimento, o subcritério da Durabilidade do Produto é definido pela vida útil
do material após a aplicação. Como já citado na revisão bibliográfica os produtos apresentam
vida úteis diferentes, utilizando assim esses números para dar continuidade ao processo AHP.

4.4 Critério Econômico

Referindo-se a mão de obra e ao valor dos produtos de cada produto impermeabilizante,


obtivemos os valores da manta asfáltica e da argamassa impermeabilizante através da tabela de
composições da SINAPI e/ou cotações, já a manta de PVC, não foi possível encontrar
informações pela SINAPI, logo, foi feito um orçamento tanto para o valor do produto quanto
para o valor de sua mão de obra.

Ao receber a proposta de aplicação da manta de PVC de uma empresa, veio no valor


total incluindo diárias de engenheiro, arquiteta e mestre de obra responsável, porém visto que
na presente obra estudada já tínhamos estes cargos foi necessário buscar informações dos
valores das diárias de cada cargo citado, na tabela SINAPI, e retirado do orçamento oferecido
pela empresa para que chegássemos ao valor apenas de mão de obra

Após todos os custos adquiridos tanto para o subcritério de Valor da Mão de Obra,
quanto para o Valor dos Produtos, o critério Econômico tem todas as informações necessárias
para dar seguimento ao método AHP

.
31

4.5 Critério Social

Para o critério Social temos os subcritérios Manifestações Patológicas e Geração de


Emprego. Neste caso para aplicar o método AHP precisamos para um subcritério todo o
emprego que seria gerado em cada execução dos métodos impermeabilizantes e as patologias
que podem ser geradas para cada método.

Logo para sabermos todo o emprego que seria gerado na aplicação da manta asfáltica e
argamassa impermeabilizante, observamos nas tabelas 3 e 4 a quantidade de funcionários
existentes nas horas de mão de obra. E para a manta de PVC a informação foi obtida através da
empresa a qual fez a proposta de aplicação do produto.

Se tratando das manifestações patológicas, os dados foram alcançados através de


pesquisas as quais mostraram que as patologias podem ser as mesmas em todos os métodos
pois sucede das falhas de aplicação ou não aplicação de impermeabilizantes e não do tipo de
cada um.
32

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Neste tópico será abordado todos os resultados dos subcritérios definidos para a
modelagem e execução do método AHP e também o resultado final deste método após todas as
análises feitas.

5.1.1 Modelagem dos critérios

A sustentabilidade tem três dimensões: ambiental, econômica e social (IMHOF, 2018).


Com base nessas dimensões, este estudo define três critérios de avaliação de alternativas por
meio do AHP e, em seguida, define dois subcritérios para cada critério. A Quadro 4 apresenta
os critérios e subcritérios definidos.

Quadro 4 - Critérios e subcritérios relevantes a avaliação de alternativas na escolha do


impermeabilizante

CRITÉRIOS SUBCRITÉRIOS
Durabilidade do produto
Ambiental
Emissão de CO2 no transporte
Valor da mão-de-obra
Econômico
Valor total dos produtos
Geração de serviços
Social
Manifestações patológicas

Fonte: Autor, 2022.

O impacto ambiental dos fluxos de materiais na produção do ambiente construído é


evidente. A construção de edifícios consome até 75% dos recursos extraídos da natureza, a
maioria não renováveis. A produção, transporte e uso de materiais contribuem para a poluição
global, e as emissões de gases de efeito estufa estão igualmente relacionadas aos poluentes no
ambiente interno dos edifícios.
33

A inclusão de fatores econômicos no processo de seleção de materiais de construção é,


na verdade, obrigatória, pois é crucial nas decisões sobre a execução da construção, incluindo
a escolha dos materiais.

Os fatores sociais na seleção de materiais são um fator importante na construção da


sustentabilidade, principalmente em países em desenvolvimento como o Brasil, onde a
informalidade de determinados setores da produção de materiais é muito acentuada. Em muitos
casos, essa informalidade tem sido associada ao caos corporativo e à desatenção às questões
ambientais.

5.2 Critério Ambiental

O Critério Ambiental tem como subcritérios a Durabilidade do Produto e a Emissão de


CO2 e será apontado a seguir os resultados destes subcritérios.

5.2.1 Durabilidade do produto

A Figura 11 apresenta a durabilidade dos tipos de impermeabilizantes estudados nesse


trabalho.

Figura 11 - Durabilidade dos sistemas de impermeabilização

Durabilidade dos Produtos (ANOS)

Manta de PVC

Argamassa polimérica

Manta asfáltica

0 5 10 15 20 25 30

Fonte: Autor, 2022.


34

5.2.2 Emissão de CO2 no transporte

Diante a quilometragem percorrida para aquisição dos produtos e o respectivo fator de


emissão, foi realizado a emissão total de CO2 no transporte dos produtos impermeabilizantes,
como representado na Tabela 1.

Tabela 1 - Emissão total de CO2 no transporte dos impermeabilizantes

QUILÔMETROS EMISSÃO CO2/KM EMISSÃO TOTAL


PRODUTOS
(KM) (KG/KM) CO2 (KG)
Manta Asfáltica 230 1,28 294,4
Argamassa
4 1,28 5,12
Impermeabilizante
Manta De PVC 900 1,28 1152
Fonte: Autor, 2022.

5.3 Critério econômico

Mão de Obra e Custo Total dos Produtos são os subcritérios do critério econômico,
como já citado, e adiante será apresentado os resultados dos mesmos para dar seqüência ao
método AHP.

5.3.1 Mão de obra

O tempo da mão de obra definido no presente trabalho dos impermeabilizantes Manta


Asfáltica e Argamassa Impermeabilizante foram definidos por experiências práticas do autor e
engenheiros conhecidos do mesmo. Contudo o tempo de mão de obra da Manta de PVC foi
estipulado pela própria empresa a qual fez a proposta de aplicação, a proposta está inserida no
anexo A. Todos os valores estipulados estarão nas Tabelas 3, 4 e 5, no item seguinte junto aos
valores totais dos produtos.
35

5.3.2 Custo total dos produtos

As informações encontradas em relação ao custo da argamassa impermeabilizante e da


manta asfáltica, foram retiradas pela SINAPI, em 01/2022, e alguns itens foi feito cotação, como
mostra as Tabelas 3 e Tabela 4. No entanto para a manta de PVC, foi realizado um orçamento,
em relação ao custo do material, o qual está no anexo B, conforme a Tabela 5.

Tabela 2 - Custo Total dos Produtos e Mão de Obra da Manta Asfáltica

Valor
Material Unidade Quantidade Valor Total
Unitário
Manta Asfáltica Sika III 4mm M² 2327,000 R$58,03 R$ 135.035,81
Igol Eco L 1170,000 R$18,51 R$ 21.656,70
Gás GLP kg 20,000 R$8,41 R$168,20
Máscara proteção semifacial
Unidade 2,000 R$ 19,50 R$ 39,00
PFF2
Óculos Unidade 2,000 R$5,30 R$ 10,60
Luvas de raspa Unidade 2,000 R$ 18,05 R$ 36,10
Avental de raspa Unidade 2,000 R$ 29,90 R$ 59,80
Ajudante Especializado H 540,000 R$ 16,58 R$ 8.953,20
Impermeabilizador H 540,000 R$ 21,54 R$ 11.631,60
Total R$ 177.591,01
Fonte: Autor, 2022.

Tabela 3 - Custo Total dos Produtos e Mão de Obra da Argamassa Impermeabilizante


(continua)

Valor
Material Unidade Quantidade Valor Total
Unitário
Argamassa Impermeabilizante Viaplus
kg 9773,400 R$ 3,26 R$ 31.861,28
1000
Escova de aço Unidade 2,000 R$ 17,37 R$ 34,74
Vassoura de pelo Unidade 2,000 R$ 28,00 R$ 56,00
3
Areia m 69,000 R$ 129,95 R$ 8.966,55
Cimento kg 14500,000 R$ 0,59 R$ 8.555,00
Betoneira Mês 1,000 R$ 250,00 R$ 250,00
Fonte: Autor, 2022.
36

Tabela 3 - Custo Total dos Produtos e Mão de Obra da Argamassa Impermeabilizante


(conclusão)

Luvas Unidade 2,000 R$ 18,05 R$ 36,10


Máscara de proteção facial Unidade 2,000 R$ 19,50 R$ 39,00
Botas impermeáveis Unidade 2,000 R$ 47,15 R$94,30
Óculos de segurança Unidade 2,000 R$ 5,30 R$10,60
Ajudante Especializado H 270,000 R$ 16,58 R$4.476,60
Impermeabilizador H 270,000 R$ 21,54 R$ 5.815,80
Total R$ 60.195,97
Fonte: Autor, 2022.

Tabela 4 - Custo Total dos Produtos e Mão de Obra da Manta de PVC

Material Unidade Quantidade Valor unitário Valor total


Manta PVC SikaPlan WP1100-
M² 2327,000 R$ 188,84 R$439.437,66
30HL
Geotêxtil M² 2327,000 R$ 8,00 R$18.616,00
Betoneira Mês 2,000 R$ 250,00 R$500,00
Cimento kg 14500,000 R$ 0,59 R$8.555,00
Areia m3 69,000 R$ 129,95 R$8.966,55
Máquina de solda de ar quente Dia 1,000 R$ 24,77 R$24,77
Máscara proteção semifacial PFF2 Unidade 2,000 R$ 19,50 R$39,00
Luvas de raspa Unidade 2,000 R$ 18,05 R$36,10
Avental de raspa Unidade 2,000 R$ 29,90 R$59,80
Óculos Unidade 2,000 R$ 5,30 R$10,60
Ajudante Especializado H 540,000 R$ 16,58 R$8.953,20
Impermeabilizador H 540,000 R$ 21,54 R$11.631,60
Total R$ 496.830,28
Fonte: Autor, 2022.

5.4 Critério Social

Este critério tem como subcritérios a Geração de Serviços e Manifestações patológicas,


assim será abordado os resultados adquiridos para finalizar o método AHP.
37

5.4.1 Geração de serviços

Podemos observar pelas Tabelas3 e 4, em relação ao custo total do produto, que a


argamassa e a manta asfáltica geram a mesma quantidade de emprego, abrangendo um
impermeabilizador e seu ajudante, totalizando duas vagas de emprego. E a manta de PVC gera
um total de cinco vagas de emprego, sendo um impermeabilizador e seus 4 ajudantes, assim
propostos também pela empresa a qual foi realizado o orçamento desta aplicação.

5.4.2 Manifestações patológicas

Os impermeabilizantes estudados, tanto a argamassa polimérica, manta asfáltica e manta


de PVC, podem apresentar os mesmos tipos de manifestações patológicas, tendo em vista, que
essas manifestações não são especificas de cada impermeabilizante, e sim da sua ausência e
má- aplicação.

As patologias, em sua grande parte, surgem de projetos mal elaborados e construções


mal executadas, erros corriqueiros aliados à mão de obras deficientes, fazendo necessário assim,
a restauração da estrutura danificada (MARTINS, 2006).

Magalhães (2019) ainda ressalta que a busca por conhecimento das causas que geram
60% das manifestações patológicas encontradas em edificações em fase de habitação
ocasionadas pela umidade, acarretando prejuízos de caráter econômico, funcional, de
desempenho, estéticos e estruturais, representando risco à saúde e segurança dos usuários. Além
disso, deve-se dar uma maior importância para a primeira fase do processo de
impermeabilização, no caso, o desenvolvimento do projeto e seleção do sistema de
impermeabilização.

5.5 Avaliação das Alternativas pelo Método AHP

Todos as pesquisas e resultados adquiridos para cada subcritério tem como objetivo
fornecer informações necessárias para uma definição de peso consistente no uso do método
38

AHP. São com essas pesquisas e resultados que pôde ser definido o nível de importância entre
os critérios e subcritérios com pesos estabelecidos através da Tabela de Saaty.

5.5.1 Etapa 1 - Construção da hierarquia do problema

Para a aplicação do método AHP, é necessário inicialmente a estruturação do


problema, dividindo-o em: foco principal; critérios; subcritérios (quando houverem); e,
alternativas. Estes elementos formam a estrutura da hierarquia, que pode ser vista na Figura
12.

Figura 12 - Estrutura hierárquica do problema.

Durabilidade do
Produto
Ambiental Manta Asfáltica
Seleção de Impermeabilizante

Emissão de CO₂ no
transporte dos produtos

Custo dos produtos


Econômico
Argamassa
Impermeabilizante
Custo da mão de obra

Geração de emprego
Social Manta de PVC
Manifestações
patológicas

Fonte: Autor, 2022.

5.5.2 Etapa 2 – Julgamentos de valor

De acordo com Costa (2002), no âmbito do AHP, deve se comparar par a par (ou
paritariamente) os elementos de uma camada ou nível da hierarquia à luz de cada um dos
elementos em conexão em uma camada superior da hierarquia.
39

Dessa forma, devem ser comparados paritariamente: 1 - O desempenho das três


alternativas à luz de cada um dos subcritérios; 2 - A importância dos subcritérios à luz de cada
um dos critérios ligados aos mesmos; e 3 - A importância dos critérios à luz do foco principal.

Uma escala deve ser estabelecida para essas comparações, a partir disso, os
julgamentos em escala verbal devem ser convertidos para escala numérica com o auxílio da
Figura 13.

Figura 13 - Conversão da escala verbal em escala numérica

ESCALA NUMÉRICA X ESCALA VERBAL


10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Igual Preferência Preferência Preferência Preferência
preferência (importância) (importância) (importância) (importância)
(importância) moderada forte muito forte absoluta

Fonte: SAATY (2000).

Após a conversão, se procede com o desenvolvimento de quadros de julgamento, que


se comportam como elementos de matrizes recíprocas. Deve-se atentar que os pesos 2, 4, 6 e 8
são associados a julgamentos intermediários.

• Julgamentos das alternativas à luz dos subcritérios

A partir dos critérios e subcritérios definidos, foi feita uma análise para escolher os pesos
iniciais das primeiras matrizes a serem feitas, esses pesos foram escolhidos pelo autor a partir
dos resultados das pesquisas e estudos feitos atribuindo valores de acordo com a preferência de
cada critério e subcritério sobre os demais, valores que seguiram o padrão da tabela de SAATY
(2000). Os Quadros 6 e 7 apresentam, respectivamente, uma legenda referente às três
40

alternativas e os julgamentos paritários das alternativas à luz dos subcritérios, sendo que foram
satisfeitas todas as combinações paritárias.

Quadro 5 - Legenda das alternativas

ALTERNATIVA DESCRIÇÃO
Alternativa 1 Manta Asfáltica
Alternativa 2 Manta de PVC
Alternativa 3 Argamassa impermeabilizante
Fonte: Autor, 2022.

Quadro 6 - Julgamentos paritários das alternativas à luz dos subcritérios

À LUZ DO TÊM
ALTERNATIVA COM RELAÇÃO:
SUBCRITÉRIO: PREFERÊNCIA:
Durabilidade do produto Alternativa 2 Forte Alternativa 1
Durabilidade do produto Alternativa 1 Moderada Alternativa 3
Durabilidade do produto Alternativa 2 Muito Forte Alternativa 3
Emissão de CO2 no
Alternativa 1 Moderada Alternativa 2
transporte
Emissão de CO2 no
Alternativa 3 Forte Alternativa 1
transporte
Emissão de CO2 no
Alternativa 3 Muito Forte Alternativa 2
transporte
Valor da mão-de-obra Alternativa 2 Muito Forte Alternativa 1
Valor da mão-de-obra Alternativa 3 Moderada Alternativa 1
Valor da mão-de-obra Alternativa 3 Absoluta Alternativa 2
Valor total dos produtos Alternativa 2 Muito Forte Alternativa 1
Valor total dos produtos Alternativa 3 Moderada Alternativa 1
Valor total dos produtos Alternativa 3 Muito Forte Alternativa 2
Geração de serviços Alternativa 2 Moderada Alternativa 1
Geração de serviços Alternativa 1 Igual Alternativa 3
Geração de serviços Alternativa 2 Moderada Alternativa 3
Manifestações patológicas Alternativa 1 Igual Alternativa 2
Manifestações patológicas Alternativa 1 Igual Alternativa 3
Manifestações patológicas Alternativa 2 Igual Alternativa 3
Fonte: Autor, 2022.
41

A avaliação paritária das alternativas com base nos subcritérios permitiu a definição
das seis matrizes dispostas nas Tabelas 5, 6, 7, 8, 9 e 10, a partir da conversão dos julgamentos
em escala verbal para a escala numérica.

Tabela 5 - Matriz de comparação par a par das alternativas com relação ao subcritério
“Durabilidade do produto”

ALTERNATIVA 1 ALTERNATIVA 2 ALTERNATIVA 3


Alternativa 1 1 1/5 3
Alternativa 2 5 1 7
Alternativa 3 1/3 1/7 1
Fonte: Autor, 2022.

Tabela 6 - Matriz de comparação par a par das alternativas com relação ao subcritério
“Emissão de CO2 no transporte”

ALTERNATIVA 1 ALTERNATIVA 2 ALTERNATIVA 3


Alternativa 1 1 3 1/5
Alternativa 2 1/3 1 1/7
Alternativa 3 5 7 1
Fonte: Autor, 2022.

Tabela 7 - Matriz de comparação par a par das alternativas com relação ao subcritério “Valor
da mão-de-obra”

ALTERNATIVA 1 ALTERNATIVA 2 ALTERNATIVA 3


Alternativa 1 1 1/7 1/3
Alternativa 2 7 1 1/9
Alternativa 3 3 9 1
Fonte: Autor, 2022.

Tabela 8 - Matriz de comparação par a par das alternativas com relação ao subcritério “Valor
total dos produtos”

ALTERNATIVA 1 ALTERNATIVA 2 ALTERNATIVA 3


Alternativa 1 1 1/7 1/3
Alternativa 2 7 1 1/7
Alternativa 3 3 7 1
Fonte: Autor, 2022.
42

Tabela 9 - Matriz de comparação par a par das alternativas com relação ao subcritério
“Geração de serviços”

ALTERNATIVA 1 ALTERNATIVA 2 ALTERNATIVA 3


Alternativa 1 1 1/3 1
Alternativa 2 3 1 3
Alternativa 3 1 1/3 1
Fonte: Autor, 2022.

Tabela 10 - Matriz de comparação par a par das alternativas com relação ao subcritério
“Manifestações patológicas”

ALTERNATIVA 1 ALTERNATIVA 2 ALTERNATIVA 3


Alternativa 1 1 1 1
Alternativa 2 1 1 1
Alternativa 3 1 1 1
Fonte: Autor, 2022.

• Julgamentos dos subcritérios à luz dos critérios correspondentes

O Quadro 7 apresenta a comparação feita, em escala verbal, entre os subcritérios com


relação aos seus critérios correspondentes.

Quadro 7 - Julgamentos dos subcritérios em relação aos critérios correspondentes

À LUZ DO TÊM COM RELAÇÃO AO


O SUBCRITÉRIO
CRITÉRIO: PREFERÊNCIA: SUBCRITÉRIO:
Ambiental Durabilidade do produto Moderada Emissão de CO2 no transporte
Econômico Valor total dos produtos Moderada Valor da mão-de-obra
Manifestações
Social Moderada Geração de serviços
patológicas
Fonte: Autor, 2022.

Logo, é necessária a conversão da escala verbal para escala numérica, os resultados são
apresentados nas Tabelas 11, 12 e 13.
43

Tabela 11 - Matriz de comparação dos subcritérios “Durabilidade do produto” e “Emissão de


CO2 no transporte” à luz do critério “Ambiental”

DURABILIDADE DO EMISSÃO DE CO 2 NO
PRODUTO TRANSPORTE
Durabilidade do produto 1 3
Emissão de CO2 no transporte 1/3 1
Fonte: Autor, 2022.

Tabela 12 - Matriz de comparação dos subcritérios “Valor da mão-de-obra” e “Valor total


dos produtos” à luz do critério “Econômico”

VALOR TOTAL DOS


VALOR DA MÃO-DE-OBRA
PRODUTOS
Valor da mão-de-obra 1 1/3
Valor total dos produtos 3 1
Fonte: Autor, 2022.

Tabela 13 - Matriz de comparação dos subcritérios “Geração de serviços” e “Manifestações


patológicas” à luz do critério “Social”

MANIFESTAÇÕES
GERAÇÃO DE SERVIÇOS
PATOLÓGICAS
Geração de serviços 1 1/3
Manifestações patológicas 3 1
Fonte: Autor, 2022.

• Julgamentos dos critérios à luz do foco principal

O Quadro 8 apresenta a comparação feita, em escala verbal, entre os critérios em relação


ao objetivo principal, que é a determinação do método mais viável para impermeabilização.

Quadro 8 - Julgamentos dos critérios em relação ao objetivo principal

COM RELAÇÃO
À LUZ DO OBJETIVO TÊM
O CRITÉRIO AO
PRINCIPAL: PREFERÊNCIA:
SUBCRITÉRIO:
Econômico Moderada Ambiental
Análise do método mais
viável para Ambiental Moderada Social
impermeabilização
Econômico Moderada Social
Fonte: Autor, 2022.
44

Com isso, faz-se necessária a conversão da escala verbal para escala numérica, os
resultados são apresentados na Tabela 14.

Tabela 14 - Matriz de comparação dos critérios à luz do foco principal

AMBIENTAL ECONÔMICO SOCIAL


Ambiental 1 1/3 3
Econômico 3 1 3
Social 1/3 1/3 1
Fonte: Autor, 2022.

5.5.3 Etapa 3 – Normalização dos quadros de julgamentos

Com o objetivo de colocar os valores numéricos dentro do intervalo de 0 e 1, efetuou-


se a normalização dos quadros de julgamentos presentes nas Tabelas 7, 8, 9, 10, 11, 12, 14, 15,
16 e 18. Para isso, efetuou-se o somatório dos elementos de cada coluna dos quadros de
julgamentos, em seguida dividiu-se todos os elementos de cada coluna pelo somatório referente
à coluna, obtendo-se valores situados entre 0 e 1.

5.5.4 Etapa 4 – Prioridades médias locais e globais (PML e PG)

• Prioridades médias locais (PML)

Nessa etapa, foram obtidas as prioridades médias locais (PML) para cada quadro
normalizado. De acordo com Costa (2002), as PML são as médias das linhas dos quadros
normalizados. As Tabelas 15, 16, 17, 18 e 19 apresentam as PML de acordo com cada nó de
julgamento.
45

Tabela 15 - PML’s das alternativas frente os subcritérios

PML PML PML PML


PML PML
ALTERNA VALOR VALOR GERAÇÃO MANIFEST.
TIVA DURABILIDA EMISSÃO
MÃO DE TOTAL DOS DE PATOLÓGI
DE DE CO2
OBRA PRODUTOS SERVIÇOS CAS
Alternativa
0,19 0,19 0,11 0,11 0,20 0,33
1
Alternativa
0,72 0,08 0,27 0,29 0,60 0,33
2
Alternativa
0,08 0,72 0,62 0,60 0,20 0,33
3
Fonte: Autor, 2022.

De acordo com a Tabela 15 nota-se o grau de prioridade das alternativas frente a cada
um dos subcritérios. Dessa forma, tendo em vista o subcritério “durabilidade”, nota-se que a
alternativa com maior prioridade foi à alternativa 2 (com 0,72 de preferência). Para o subcritério
“emissão de CO2 no transporte”, as alternativas 3 foi a que obteve um peso maior (0,72). Ao se
considerar o subcritério “valor da mão-de-obra”, a alternativa mais bem avaliada foi a 3 (0,62).
Com relação ao subcritério “valor total dos produtos”, a alternativa de maior preferência foi a
3 (0,60). Para o subcritério “geração de serviços”, a alternativa 2 apresentou prioridade (0,6).
Finalmente, com vistas ao subcritério “manifestações patológicas”, as alternativas 1,2 e 3
apresentaram o mesmo desempenho.

Tabela 16 - PML's dos subcritérios frente o critério “ambiental”

SUBCRITÉRIO PMLAMB.
Durabilidade do produto 0,75
Emissão de CO2 no transporte 0,25
Fonte: Autor, 2022.

A Tabela 16 expõe o grau de importância, de acordo com a avaliação da equipe de


direção, dos subcritérios “durabilidade do produto” e “emissão de CO2 no transporte” tendo em
vista o critério que os abrange (ambiental). Nesse sentido, observou-se que o subcritério
“durabilidade do produto” apresentou um peso maior (0,75) frente o “emissão de CO2 no
transporte”.
46

Tabela 17 - PML's dos subcritérios frente o critério “econômico”

SUBCRITÉRIO PMLECON.
Valor da mão-de-obra 0,25
Valor total dos produtos 0,75
Fonte: Autor, 2022.

A Tabela 17 mostra a comparação entre os subcritérios “valor da mão-de-obra” e “valor


total dos produtos” frente o critério “econômico” (em nível superior). Logo, nota-se de acordo
com a tabela que o subcritério “valor total dos produtos” tem uma importância maior (0,75).

Tabela 18 - PML's dos subcritérios frente o “critério social”

SUBCRITÉRIO PMLSOCIAL
Geração de serviços 0,25
Manifestações patológicas 0,75
Fonte: Autor, 2022.

A Tabela 18 permitiu identificar que dentre os subcritérios “geração de serviços” e


“manifestações patológicas”, o segundo apresentou grande preferência (0,75) frente o critério
que os abrange.

Tabela 19 - PML's dos critérios frente o “foco principal”

CRITÉRIO PMLFOCO
Ambiental 0,29
Econômico 0,57
Social 0,14
Fonte: Autor, 2022.

Na última comparação da hierarquia, a Tabela 19 exibe que dentre os critérios, aquele


que mais pesa frente o foco principal (determinação do método mais viável para
impermeabilização) é o “Econômico” (0,57).
47

• Prioridades médias globais (PG)

De acordo com Costa (2002), o principal objetivo do método AHP é fornecer um vetor
de prioridades global (PG), que armazene a prioridade associada a cada alternativa em relação
ao foco principal ou objetivo global. Perante a combinação das PML’s (processo feito através
do software Excel), obteve-se a Tabela 20, que expõe os desempenhos (prioridades) das
alternativas à luz do foco principal.

Tabela 20 - PG's das alternativas frente o foco principal

ALTERNATIVA PGFOCO
Alternativa 1 0,16
Alternativa 2 0,38
Alternativa 3 0,46
Fonte: Autor, 2022.

Assim, observa-se que para o problema do trabalho, “a determinação do método mais


viável para impermeabilização”, a alternativa que atende melhor as necessidades é a
“Alternativa 3 (Argamassa impermeabilizante)” com 0,46. A segunda seria a “Alternativa 2
(Manta de PVC)” com 0,38, e a terceira a “Alternativa 1 (Manta Asfáltica)” com 0,16.
48

6 CONCLUSÃO

Após todas as pesquisas, orçamentos, cotações, análises e matrizes feitas chegamos ao


resultado de que o impermeabilizante mais viável é a Argamassa Polimérica (Viaplus 1000 –
VIAPOL). Obtendo em segundo lugar a Manta de PVC e a Manta Asfáltica em terceiro lugar.
Ao observar todos os pesos dados para critérios e subcritérios, e este resultado final, é correto
dizer que o valor da mão de obra, valor dos produtos e a emissão de CO2 foram os subcritérios
que permitiram com que a Argamassa Polimérica sobressaísse frente aos outros métodos
analisados. Apesar da Manta de PVC ter apresentado um preço elevado, em contra partida sua
vida útil, em relação aos outros métodos, é consideravelmente maior, fazendo assim com que
este produto seja ainda mais viável do que a manta asfáltica.

Diferente de Butzke (2020), no presente artigo a manta asfáltica tem um prazo maior
para ser instalada do que a argamassa polimérica, isso acontece devida a área a ser aplicado o
impermeabilizante. Contudo em relação à flexibilidade e durabilidade, ambos os trabalhos estão
de acordo. Assim como Silva e Cristiano (2020) o presente estudo comprova a partir dos
resultados obtidos que a manta de PVC tem uma durabilidade muito vantajosa, característica
que faz viabilidade deste método ser maior que o da manta asfáltica como citado anteriormente.

Conclui-se que para chegarmos a um resultado de sucesso o método AHP tem uma
grande confiabilidade provando isso através das diversas análises e escolhas de pesos que
devem ser feitas durante todo o processo. Uma análise de viabilidade deve ter fundamentos e
bases de dados para que assim a escolha final possa ter uma garantia de qualidade. Portanto
trabalhos como este mostram a necessidade deste tipo de análise, para que não só
impermeabilizantes, mas também outros produtos em outros processos possam ser selecionados
de forma segura.

Seria de grande proveito trabalhos futuros com outros tipos de impermeabilizantes visto
que no mundo atual existe uma grande variedade de produtos no ramo. Este trabalho poderia
também ser complementado sendo executado com outras escolhas para critérios e subcritérios,
analisando assim a viabilidade para os mesmos produtos com fatores distintos.
49

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53

A. ANEXO A – ORÇAMENTO E PROPOSTA DA MANTA DE PVC

Orçamento de Proposta Manta de PVC.pdf

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