Ficha Trabalho Filosofia
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FICHA DE TRABALHO 1
1. Na resposta a cada um dos itens 1.1. a 1.10, selecione a opção que permite obter a única
afirmação correta.
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1.9 O ser humano é um animal. Considera que se trata de uma boa definição?
1.10 Em filosofia…
A. o debate de ideias é essencial, porque as teorias filosóficas não podem ser avaliadas pelos
métodos das ciências.
B. pensar de forma autónoma não é essencial porque os melhores filósofos já o fizeram por nós.
C. procurar os fundamentos em que se baseiam as nossas crenças mais básicas não é importante.
D. nenhuma das restantes alíneas pode completar a frase.
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3. Leia os seguintes textos.
Muito para além das questões éticas, médicas e jurídicas, o debate sobre a eutanásia é um debate sobre
direitos humanos, sobre liberdade e autonomia, sobre a vida e sobre a forma como a queremos viver e
sobre o modelo de sociedade que queremos.
Esta concretiza-se no ato de antecipar a morte de alguém em situação de grande sofrimento e sem
qualquer esperança de cura, em resposta a um pedido do próprio proferido de forma informada,
consciente e reiterada. (…)
A vida é um direito, não uma obrigação, e por isso não é aceitável que sejamos forçados a estendê-la
para além da nossa vontade. Cada pessoa deve ter o direito a viver de acordo com a sua visão do
mundo, não devendo esta ser imposta por terceiros, como agora acontece, em que os doentes se veem
impedidos de decidir pela existência de restrições legais, estando o Estado, de uma forma que
qualificamos como inconstitucional, a ditar às pessoas o modo como estas devem gerir a sua vida. Em
defesa da autonomia e da liberdade, entendo que ser competente e autónomo, significa também ser livre
e responsável pelas suas escolhas, o que, nas palavras de Stuart Mill, significa, também, ser-se livre de
poder escolher quando e como morrer.
Por outro lado, uma pessoa muito idosa, um doente terminal, ou em grande sofrimento, é alguém cuja
razão e vontade estão necessariamente toldadas pela idade, ou pela sua dramática situação. Assim
sendo, não faz sentido invocar a liberdade individual, como fundamento para a despenalização da ‘morte
assistida’. É óbvio que alguém, numas circunstâncias tão vulneráveis como as referidas, pode ser mais
facilmente pressionado para tomar uma decisão falsamente apresentada como a mais ‘piedosa’ para o
próprio, a mais ‘caridosa’ para a sua família e a mais ‘solidária’ para a sociedade. A eutanásia presta-se à
imoral exploração de uma situação de desespero, quer por familiares e amigos interessados em abreviar
essa vida, quer pelas instituições sanitárias, cuja gestão economicista favoreceria a eliminação dos
doentes terminais e dos idosos mais pobres que sejam beneficiários da saúde pública, porque os ricos
poderão sempre pagar o apoio clínico de que carecem e que, na realidade, todos desejam.
A B
6. Identifique as proposições.
A. Quem será Humberto?
B. Humberto é o nome de um escritor italiano.
C. Quem me dera escrever como Humberto!
D. Compra um livro de Humberto.
E. O livro é interessante.
“Quem fez a primeira pergunta? Quem proferiu a primeira palavra? Quem chorou pela primeira vez?
Porque é tão quente o sol? Porque se morre? Porque se ama? Porque há o som e o silêncio? Porque
há o tempo? Porque há o espaço e o infinito? Porque existo eu? Porque existes tu? (…) Há um
momento em que percebemos que as perguntas nos deixam mais perto do sentido, da abertura do
sentido, do que as respostas. (…) “Eu sou a pergunta” (…) Deveríamos dedicar mais tempo a escutar
essas perguntas que pulsam no nosso interior, soterradas no atordoamento dos dias, omitidas pelo
pragmatismo ou pelo medo, adiadas pelo momento ideal que depois nunca é.”
José Tolentino Mendonça, O pequeno caminho das grandes perguntas.
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Tendo em conta o texto, caraterize as questões filosóficas.
8. Leia o seguinte texto.
Calculo que, ao longo da leitura do texto, foram respondendo mentalmente a algumas das
perguntas: “Sim. Claro que somos livres.”; “Claro que há ações corretas e outras incorretas.”; “A
verdade existe. Não sabemos toda a verdade, mas sabemos algumas verdades.” Na realidade, foram
respondendo com aquilo a que podemos chamar de senso comum, uma espécie de conhecimento
prático, que nos ajuda a viver no nosso dia-a-dia, mas que tem pouco ou nenhum rigor e diminuída
credibilidade. A vossa primeira tarefa, enquanto filósofos, é suspenderem esse saber do quotidiano e
voltarem, de certa forma, a serem crianças de cinco anos, que perguntavam tudo, sobre tudo, ou seja,
é exercerem a vossa capacidade crítica, e não aceitarem como adquirido aquilo que não se revelar
como, pelo menos, razoável de aceitar.
Tendo em conta o texto, podemos afirmar que a filosofia é uma atividade crítica, sem espaço para uma
atitude dogmática? Justifique a sua resposta.
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