Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Escombreiras

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 40

DIVISÃO DE ENGENHARIA

Curso: Engenharia de Minas

Nível: 4ᵒ Ano

Turma: Diurno

Cadeira: Segurança Mineira

PLANO DE SEGURANÇA DUMA MINA QUE FAZ EXTRACÇÃO PELO MÉTODO


DE ESCOMBREIRAS MISTAS NO INTERIOR DA ESCAVAÇÃO

Nome:

João Liva Júnior

Docente:

MSc. Lucas Jordão Simoco

Tete, Abril de 2023


Índice

1. Introdução.................................................................................................................................1

1.1. Objectivos.........................................................................................................................1

1.1.1. Geral..........................................................................................................................1

1.1.2. Específicos................................................................................................................1

1.2. Metodologia......................................................................................................................1

2. PLANO DE SEGURANÇA DUMA MINA QUE FAZ EXTRACÇÃO PELO MÉTODO


DE ESCOMBREIRAS MISTAS NO INTERIOR DA ESCAVAÇÃO..........................................2

2.1. MEMÓRIA DESCRITIVA...............................................................................................2

2.1.1. Definição de objectivos............................................................................................2

2.1.2. Comunicação prévia................................................................................................2

2.1.3. Legislação e regulamentação aplicável..................................................................4

2.1.4. Horário de trabalho.................................................................................................5

2.1.5. Organograma funcional do empreendimento.......................................................5

2.1.6. Seguros de acidentes de trabalho...........................................................................6

2.1.7. Fases de execução do empreendimento..................................................................6

2.1.8. Métodos e processos construtivos...........................................................................6

2.2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO.......................................................13

2.2.1. Características gerais............................................................................................13

2.2.2. Mapa de quantidade de trabalhos........................................................................16

2.2.3. Plano de trabalho...................................................................................................18

2.2.4. Cronograma de mão-de-obra...............................................................................19

2.2.5. Projecto de estaleiro..............................................................................................20

2.2.6. Lista de trabalho com riscos especiais.................................................................21

ii
2.2.7. Lista de matérias com riscos especiais.................................................................21

2.3. ACÇÕES PARA A PREVENÇÃO DE RISCOS...........................................................22

2.3.1. Plano de acções quanto ao condicionalismos existentes.....................................22

1. Savana Secundária e as Machambas......................................................................................22

2. Mosaico de Comunidades......................................................................................................22

2.3.2. Plano de sinalização e circulação da mina...........................................................23

2.3.3. Plano de protecção colectiva.................................................................................25

2.3.4. Plano de protecção individual...............................................................................26

2.3.5. Plano de utilização e controle dos equipamentos do estaleiro...........................28

2.3.6. Plano de saúde dos trabalhadores........................................................................29

2.3.7. Plano de registo de acidentes e índices.................................................................30

2.3.8. Plano de formação e informação dos trabalhadores..........................................33

2.3.9. Plano para visitantes..............................................................................................33

2.3.10. Plano de emergência..............................................................................................33

2.4. Conclusão........................................................................................................................36

iii
1. Introdução

A força de trabalho constitui um activo de valor, e portanto o estabelecimento de um


relacionamento sólido entre a gestão e o trabalhador constitui um ingrediente chave à
sustentabilidade e sucesso do projecto. O não estabelecimento e promoção de um relacionamento
sólido entre a gestão e os trabalhadores poderá prejudicar o compromisso e retenção dos mesmos
e pôr em risco o projecto. Em contrapartida, através de um relacionamento construtivo - gestão
trabalhador, e através de um tratamento justo dos trabalhadores, providenciando-lhes condições
de trabalho seguras, a MINERAR EXTRAT criarão benefícios tangíveis, tais como a promoção
da eficiência e produtividade das suas operações, assim como as boas práticas de segurança.

1.1. Objectivos

1.1.1. Geral
 Elaborar o plano de segurança para uma empresa que faz extracção pelo método de
escombreiras mistas no interior da escavação

1.1.2. Específicos
 Descrever a memória descritiva
 Demostrar a caracterização do empreendimento
 Apresentar as acções para a prevenção de riscos

1.2. Metodologia

A metodologia consistiu numa pesquisa e consequente análise da bibliografia relevante para a


elaboração do fundamento teórico, no qual esta dissertação se baseia. Simultaneamente, através
do acompanhamento de obra de outras empreitadas, foi possível tomar nota de factores
importantes em obra mas pouco abordados nos planos de segurança.

1
2. PLANO DE SEGURANÇA DUMA MINA QUE FAZ EXTRACÇÃO PELO
MÉTODO DE ESCOMBREIRAS MISTAS NO INTERIOR DA ESCAVAÇÃO

2.1. MEMÓRIA DESCRITIVA

2.1.1. Definição de objectivos


O presente Plano de Segurança e Saúde referente à empresa que faz “extracção pelo método de
escombreiras mistas no interior da escavação” pretende responder ao exigido na legislação em
vigor com os seguintes objectivos:

Realizar todos os trabalhos de forma a proporcionar a todos os trabalhadores da mina condições


de segurança e saúde adequadas;

Executar os trabalhos nos prazos adequados tendo em conta boas condições de segurança e saúde
e os níveis de produtividade considerados no planeamento aprovado que deverá ser cumprido;

Minimizar os índices de sinistralidade laboral e os custos sociais e económicos que resultam de


acidentes de trabalho ou doenças profissionais;

Realizar todos os trabalhos com a qualidade especificada, num espaço adequadamente


organizado e ambientalmente correto.

2.1.2. Comunicação prévia


Empreendimento: MINERAR LDA

Endereço do estaleiro: Chiuta, Tete, Moçambique.

Natureza e Utilização prevista para a Obra: Extracção utilizando o método de escombreiras.

Dono da Obra:

Nome: MINERAR LDA

Sede/Endereço: C.

Autor do Projecto:

Nome: MINERAR LDA

2
Sede/Endereço: Chiuta, Tete, Moçambique.

Entidade Executante:

Nome: MINERAR LDA.

Sede/Endereço: Chiuta, Tete, Moçambique.

Fiscal da Obra:

Empresa: MARC FICALIZA LTDA

Sede/Endereço: Maputo, Moçambique.

Coordenação de segurança em Projecto:

Nome: Dolfin Manuel Razão

Empresa: MINERAR LDA

Sede/Endereço: Gaza, Moçambique.

Coordenação de Segurança em Obra:

Nome: Márcio Lameia

Empresa: MARC FICALIZA LTDA

Sede/Endereço: Maputo, Moçambique.

Director Técnico da Empreitada:

Nome: Deltino Samuel Gomes

Empresa: MINERAR LDA

Sede/Endereço: Maputo, Moçambique

Representante da entidade Executante:

Nome: Donaldo Mariano

3
Empresa: MINERAR LDA

Sede/Endereço: Maputo, Moçambique.

Datas previsíveis de início e termo dos trabalhos na área de exploração:

Início: 12/09/2024 Termo: 10/08/2048

Estimativa do número máximo de trabalhadores: 350.

Estimativa do número de empresas a operar na área de exploração: 5.

2.1.3. Legislação e regulamentação aplicável


Na empreitada de implantação da “MINERAR LDA” aplica-se toda a regulamentação de
segurança e de saúde que se encontre em vigor, bem como algumas normas; destacando-se
nomeadamente a seguinte:

Legislação Data de promulgação


Constituição da República de Moçambique 2004
Regulamentos Aplicáveis ao Licenciamento Decreto 39/2003 de 26 de Novembro
Industrial Regulamentos aplicáveis à Inspecção
Comercial e Industrial
Regulamentos Aplicáveis ao Licenciamento Decreto 39/2003 de 26 de Novembro
Industrial Regulamentos aplicáveis à Inspecção
Comercial e Industrial
Lei de Minas Lei 14/2002 de 26 de Junho
Lei do Trabalho Lei nº 23/2007 de 1 de Agosto
Estabelece regras de planeamento, Decreto n 273/2003, de 29 de Outubro
organização e coordenação para promover
segurança higiene e saúde em estaleiros de
construção
Regulamentos da Lei de Minas Diploma Ministerial 28/2003 de 17 de Junho
Regulamentos Ambientais aplicáveis às Regulamentos Ambientais aplicáveis às
Actividades de Exploração Mineira Actividades de Exploração Mineira

4
2.1.4. Horário de trabalho
O horário de trabalho na mina será realizado em dois turnos de oito horas por dia com
interrupção de uma hora para almoço.

2.1.5. Organograma funcional do empreendimento.

Dono do empreendimento

Diretoria executiva Presidente Jurídico

Auditoria interna

Recursos Humanos
Gestão de Abastecimento
desenvolvimento
empresarial

Engenheiros

Director tecnico Fiscalização

5
2.1.6. Seguros de acidentes de trabalho
Antes dos iniciados os trabalhados e atendendo a legislação aplicável e ao estipulado no caderno
de encargos, o engenheiro comprovara a fiscalização, conforme previsto, a existência, a
adequabilidade e a validade dos seguros exigidos contratualmente.

É responsabilidade do engenheiro verificar e garantir que todos os trabalhos da mina, incluindo


os seus subcontratados, tarefeiros, fornecedores e trabalhadores independentes, estão cobertos
por seguros de acidentes de trabalho.

O registo dos seguros de acidentes de trabalhos será verificado e actualizado periodicamente pelo
engenheiro, de forma a garantir em contínuo que todos os trabalhadores da mina estão cobertos
por seguro. Em caso algum é permitida a permanência na mina de pessoas não cobertas por
seguros.

2.1.7. Fases de execução do empreendimento


As fases da execução seguirão a seguinte ordem de actividades: preparação de fundação
Escavação do material, carregamento transporte, descarga, controle de águas superficial.

2.1.8. Métodos e processos construtivos


De um modo geral, a formação ordenada de uma pilha de estéril deve compreender os seguintes
pontos básicos:

2.1.8.1. Preparação da Fundação

A limpeza da cobertura vegetal, caso a escombreira, seja construída em área de mata densa ou
floresta, deve ser executada (ABNT, 2006).

De acordo com Eaton et al. (2005), os depósitos espessos de solos orgânicos ou turfosos devem
ser removidos favorecendo assim a estabilidade, pois estas camadas podem funcionar como uma
superfície desfavorável entre o terreno de fundação mais resistente e o material da escombreiras.

Quando os depósitos de solos moles são pouco espessos e a remoção seria a opção óbvia,
análises devem ser realizadas a fim de se verificar se o processo de disposição de escombros
deslocará ou adensará, suficientemente, o terreno de fundação fraco. Caso positivo, a remoção ou
outras medidas de remediação podem ser evitadas.

6
No local deverão ser executados os serviços de drenagem e desvio dos cursos d’água existentes.
Os drenos de areia/pedregulhos podem ser uma alternativa nos casos de áreas

Caracterização do empreendimento com surgências ou solos húmidos, direccionando a água para


uma vala colectora. Os drenos de fundo podem consistir em colchões ou valas preenchidas de
pedregulhos. Onde se espera grandes vazões, tubos perfurados podem ser instalados de modo a
garantir maior vazão (Eaton et al., 2005). Um dreno de pedras de mão pode ser necessário no pé
de empilhamentos de estéreis em vale fechado, como se pode observar na Figura 1.

Figure 1 Dreno de fundo (Freitas, 2004)

A formação de um aterro para adensar o solo de fundação é uma alternativa à remoção e à


drenagem de solos fracos e saturados. Esses pré-carregamentos consistem, tipicamente, de
aterros de 10 a 15 m (Eaton et al., 2005).

2.1.8.2. Controle de Água Superficial

Segundo McCarter (1990), as pilhas de estéreis frequentemente cobrem grandes áreas e certos
cuidados precisam ser estabelecidos no sentido de controlar a água superficial. A água superficial
deve ser manejada de modo a impedir a saturação dos taludes expostos, prevenindo o
desenvolvimento de superfície freática dentro da pilha, protegendo a estrutura contra a perda de
finos por “piping”, além de minimizar erosões superficiais ou o desenvolvimento de rupturas por
fluxo de água nas superfícies dos taludes.

7
Desvios da água superficial são frequentemente viáveis em pilhas construídas em encostas ou em
áreas planas, mas são difíceis de serem incorporados no caso de pilhas em vales fechados e
curtos e aterros que cruzam vales extensos.

A plataforma de disposição da pilha deve ter um caimento de 1-2% a partir da crista para
direccionar a água colectada para uma valeta situada na parte posterior da plataforma (Eaton et
al., 2005).

Dreno de fundo de enrocamento é uma alternativa viável e económica frente a canais de desvios
de superfície, que são uma construções caras e de difícil manutenção. Os drenos de fundo de
enrocamento são geralmente aceitáveis, no caso de fluxo de até 20 m3/s (Eaton et al., 2005).

2.1.8.3. Método Construtivo

A disposição de estéril é feita normalmente por meio de camadas espessas, formando uma
sucessão de plataformas de lançamento espaçadas a intervalos de 10 m ou mais. A estabilidade
do aterro pode aumentar, controlando a largura e o comprimento das plataformas, e o
espaçamento vertical entre elas. Entre as plataformas deixam-se bermas, tendo como finalidades
o acesso, auxiliar na drenagem superficial e controle de erosão, além de suavizar o talude geral
da pilha (Eaton et al., 2005).

A escombreira pode ser construída de forma descendente ou ascendente. A construção


ascendente, como mostra a Figura 2, é preferida porque cada alteamento sucessivo é suportado
pelo anterior, cujo comportamento pode ser documentado e compreendido.

Qualquer ruptura terá de passar pelo banco anterior, que também atua como apoio para o pé do
talude do banco e fornece certo confinamento para os solos de fundação. Outro ponto positivo é
que o pé de cada banco é suportado em uma superfície plana, ou seja, na berma superior (Eaton
et al., 2005).

2.1.8.4. Construção ascendente

A construção de escombreira pelo método ascendente pode dar-se de duas formas por camadas
(Figura 2) ou por bancadas. Na construção por camada a pilha vai sendo desenvolvida em

8
horizontes com espessura de até 1,5 m (camada), já na construção por bancada a escobreira vai
desenvolvendo na altura de um banco (10, 15, 20 m, por exemplo).

Figure 2 Construção de uma escombreira pelo método ascendente por camada (Freitas, 2004)

A construção ascendente permite que sejam deixados terraços ou bermas. Resultam quando em
alteamentos sucessivos a disposição não se estende até a crista da plataforma anterior, deixando
assim uma berma. Essas podem ser deixadas em todas as plataformas ou em algumas
selecionadas, como mostra a Figura 3.

Figure 3 Construção de escombreira por terraceamento e wrap-arounds

2.1.8.5. Construção descendente

A construção descendente, como mostra a Figura 4, não é recomendada porque a camada


posterior é suportada no pé do talude anterior. Neste caso, as condições de fundação e os taludes
do terreno natural na região do pé da pilha frequentemente são quem controlam a estabilidade.

9
Figure 4 Construção de uma escombreira pelo método descendente (Freitas, 2004)

A construção descendente pode ser melhorada com o uso de “wrap-arounds”. Essa alternativa de
projeto consiste em executar a expansão do aterro inicial com outro aterro descendente em
elevação mais baixa (equivalente a um banco) servindo como contraforte do aterro anterior. A
Figura 5 mostra a evolução desse tipo de construção. Evidentemente que esse tipo de alternativa
melhora e muito a estabilidade da pilha construída com o método descendente. As plataformas
ou bermas ficam localizadas a intervalos de 20 a 40 m e podem ter caimento para baixo (Eaton et
al.,2005).

Figure 5 Construção de Escombreira por terraceamento e wrap-arounds

2.1.8.6. Operação

A disposição do escombro deve ser feita preferencialmente ao longo do comprimento da crista,


de modo a fazer desta a mais longa possível, minimizando a taxa de avanço de elevação do
aterro, o que favorece a estabilidade. A disposição deve ser planejada de modo a tirar o máximo

10
proveito das condições geomorfológicas do terreno, particularmente onde o avanço da disposição
ocorre sobre terrenos muito íngremes (BC Mine Waste Rock Pile Research Committee, 1991).

No desenvolvimento de uma pilha, a disposição deve ser feita em vários sectores, não utilizando
um único local. O uso de várias frentes permite a suspensão temporária em sectores com
excessiva subsidência, até que condições favoráveis se estabeleçam. O monitoramento do
comportamento do aterro durante a disposição é um factor crítico no sentido de se estabelecer
uma taxa adequada de alteamento da pilha (BC Mine Waste Rock Pile Research Committee,
1991).

Materiais rochosos grossos e duráveis deve ser colocados em ravinas e gargantas, no leito de
cursos d’água bem definidos e directamente sobre terrenos íngremes. Isto aumentará a resistência
ao cisalhamento do contacto e permitirá uma drenagem de fundo.

Os materiais de baixa qualidade, friáveis e finos devem ser colocados nas porções mais elevadas
da pilha, mas fora de zonas de escoamento superficial. Uma outra maneira de trabalhar com os
materiais de qualidade ruim é dispô-los em células de uma maneira organizada, de modo a não
formar uma zona favorável de ruptura (BC Mine Waste Rock Pile Research Committee, 1991).

Nos locais onde a estabilidade da pilha é difícil de ser prevista, a disposição inicial deve ser
realizada como um teste, de forma a permitir verificações das hipóteses de projecto.

A geração de poropressão e taxas de dissipação são muito difíceis de serem previstas de forma
acurada, com base apenas em ensaios de laboratório. Portanto, medidores de poropressões devem
ser instalados em fundações problemáticas de modo a permitir a preparação de um modelo de
desenvolvimento de poropressões que reflicta as medidas de campo.

2.1.8.7. Escombreiras mistas

Um sistema de classificação proporciona, em geral, descrições básicas das escombreiras como,


por exemplo, o seu tipo e a sua configuração. Essas informações facilitam a comunicação e o
entendimento entre profissionais interessados em seus projectos e construção. Além disso,
aquelas descrições frequentemente fornecem, também, uma previsão sobre o comportamento
interno da pilha (poro pressões, nível de água, etc) e previnem sobre áreas de problemas
potenciais, com o intuito de serem investigados e corrigidos o mais cedo possível.

11
Existem vários esquemas de classificação propostos na literatura que classificam as escombreiras
quanto aos seus tipos, baseando-se nos aspectos referentes às características gerais da fundação e
da configuração das mesmas (OSM, 1989; MESA, 1975; USBM, 1982; Taylor & Greenwood,
1981; Wahler, 1979 e BC Mine Waste Rock Pile Research Committee, 1991). Tipos de pilhas
baseados nestas classificações são mostrados na Figuras 6.

Figure 6 Os tipos de pilhas de estéril (modificado de BC Mine Waste Rock Pile)

12
2.2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

2.2.1. Características gerais


2.2.1.1. Descrição da área

O projecto de exploração de Ferro localiza-se a 55 km no nordeste da capital provincial de Tete


em três áreas nos distritos de Chiuta e Moatize,

Na figura à 7 é apresentada a distribuição das principais formações geológicas que ocorrem em


Chiúta (código e respectiva designação simplificada). Em seguida, apresentam-se as unidades
litológicas que afloram no presente Distrito, das mais antigas para as mais recentes:

O PRÉCÂMBRICO, corresponde a cerca de 84% da área do Distrito e que incluí os eons


geológicos: · Meso e Neoproterozóico (1600 M.a. - 600 M.a.) / Moçambicano (1100 M.a. - 900
M.a.), que integra Intrusões Pré-Fingoé e o Grupo de Luia.

O FANEROZÓICO, corresponde a 16% da área do Distrito, e que inclui a era geológica


Cenozóico e respectivo período Quaternário, a era Mesozóica que integra os períodos Cretácico e
Jurássico e a era Paleozóica que integra o período Permiano/Triássico. - Ao nível dos recursos
minerais no Distrito de Chiúta verifica-se a existência de Clorite. - Verifica-se a existência de
três Geosítios no Distrito de Chiúta Geosítios apresentados em seguida de acordo com o tipo: ·
Granito: Granitos Castanhos de Cazula; · Nascente: Nascente de Águas Termais de Nhaondoé.
Mármore: Mármores de Chidué.

13
Figure 7 Formações geológicas

2.2.1.2. Relevo

A superfície do Distrito de Chiúta não é homogénea, variando entre as altitudes 100 m e os 1400
m. O relevo do Distrito apresenta uma tendência de elevação gradual de sudoeste para nordeste.
A sul o Distrito é caracterizado pela existência de planícies que vão até aos 200 m de altitude que
progridem gradualmente para planaltos e antiplanaltos no centro. A nordeste encontram-se
montanhas que não ultrapassam os 1400 metros de altitude.

14
Figure 8 Relevo

A análise dos solos do Vale do Zambeze teve como referência três cartas de solos do território
moçambicano, a referir:

À escala 1:1 000 000, a base publicada pelo


INAM;
À escala 1:2 000 000, a base publicada pelo
Soil and Terrain Database for Southern
Africa – International Soil Reference and
Information Center (SOTERSAF, 2003);

À escala 1:3 000 000, a base do Atlas de


Solos de Africa (Soil Atlas of Africa, 2013).

15
As três referências utilizam classificação da Base de Referência para os Solos do Mundo –
World Reference Base for Soil Resouces (WRB) (FAO, 2006).

No Distrito de Chiúta, no que se refere à natureza pedológica dos solos, verificam-se como
principais ocorrências, as seguidamente apresentadas, atendendo às suas principais
características, percentagem de área ocupada, formas de utilização, fertilidade e
suscetibilidade à erosão:

Figure 9 Solos e pedologias

2.2.2. Mapa de quantidade de trabalhos


A quantidade de trabalhos da MINERAR EXTRAT, englobam o desmatamento,
decapeamento, carregamento, transporte, descarga.

16
17
2.2.3. Plano de trabalho
O Plano de Trabalhos será preparado de forma a evitar que sejam realizados simultaneamente
trabalhos que se considerem incompatíveis, por acarretar riscos acrescidos aquando da sua
execução.

O Plano de Trabalhos deve ser alterado sempre que se considere necessário por razões de
segurança dos trabalhos. Abaixo esta o plano de trabalho que será aplicado na MINERAR
EXTRAT.

Nome da actividade Responsável Duração Período


Desmatamento Eng. Florestal 1 Mês Novembro
Decapeamento Eng. Minas 2 Meses 2023 Dez-2024Jan
Carregamento e Eng. Minas Contínua Toda vida útil do
Transporte empreendimento
Disposição Eng. Minas Continua Durante o período que
existir

18
2.2.4. Cronograma de mão-de-obra
O Plano de Mão de Obra está descrito na tabela, contendo em linhas os meses do período de
execução dos trabalhos e, em colunas, os respectivos valores mensais e acumulados da carga
de mão-de-obra, expressos em homens-hora ou homens-dia. O planeamento dos trabalhos
está feito evitando, tanto quanto possível, grandes variações nas cargas de mão-de-obra. Os
períodos a que correspondam maiores afectações de mão-de-obra deverão ser objecto de
análise e de um maior controlo, de forma a garantir condições adequadas de segurança no
trabalho.

Dias 1 14 28 35 42 49 5 63 70 7 84 91
6 7

Semanas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 11 12
0
Enquadramento
Eng.º mina 3 3 3 4 4 4 4 3 3 3 3 3
Geólogo 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
Encarregado 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
Supervisor 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1
Coordenador de HST 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1
Trabalhadores
Operador de Shovel 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
Operador de camião fora de estrada 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3
Blusters 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4
Topógrafo 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
Servente de topográfico 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Assistente de Geólogo 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
Cozinheiro 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
Eg. Mecânico 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
Assistente de mecânica 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

19
20
2.2.5. Projecto de estaleiro

Figure 10 Projecto de estaleiro

21
2.2.6. Lista de trabalho com riscos especiais
N° Trabalho Risco potencial Avaliação
B M A
1 Desmatamento Mordedura com X
animais
Cortes com X
Equipamentos
Queda de arvores sobre X
os trabalhadores
Ruído X
2 Carregamento Queda de Camiões no X
processo de carga
Colisão do X
equipamento de carga
e de transporte
3 Transporte Colisão de camiões X
Queda do camião na X
descarga
4 Descarga Queda do camião X
5 Drenagem Desmoronamento X

2.2.7. Lista de matérias com riscos especiais


A utilização de materiais, produtos substâncias e preparações perigosas (genericamente aqui
designados por materiais) deve ser objecto de uma adequada avaliação dos riscos e definidas
as respectivas medidas preventivas. A tabela abaixo apresenta os materiais com riscos
especiais e o seu devido potencial risco e a avaliação dos risco.

N° Materiais e equipamento Risco potencial Avaliação


B M A
1 Motosserra Corte X

2 Equipamento de carga Queda X

3 Equipamento de transporte Colisão X

22
4 Equipamento de compactação Queda X

2.3. ACÇÕES PARA A PREVENÇÃO DE RISCOS

2.3.1. Plano de acções quanto ao condicionalismos existentes


Uma avaliação da vegetação a nível de delimitação do âmbito relativa às áreas em geral do
depósito identificou sete agrupamentos de condicionalismos existentes:

1. Savana Secundária e as Machambas


2. Mosaico de Comunidades

3. Prados e Matagais das Dunas


4. Matagais Costeiros com Floresta
5. Floresta de Miombo
6. Áreas de Terras Húmidas
7. Pântanos

A maior parte do depósito da área é constituída por savana secundária e machambas.


Também ocorrem áreas de terras húmidas e pântanos bem como vastas áreas de
comunidades. O depósito é constituído por um complexo mosaico de pântanos, terras
húmidas, bosque costeiro bem como savanas secundárias e machambas.

Condicionalismo Inferências com


Lavra Mina
Savana Secundária e as Machambas x
Cemitérios x
Mosaico de Comunidades x
Prados e Matagais das Dunas x

Matagais Costeiros com Floresta x x


Floresta de Miombo x x
Áreas de Terras Húmidas x x
Pântanos x x

23
2.3.2. Plano de sinalização e circulação da mina
Nos termos do decreto n.º 273/2003 devem adoptar-se as medidas para garantir as condições
de acesso, deslocação e circulação necessárias à segurança de todos os trabalhadores na mina
incluindo os elementos do dono da mina, fiscalização e eventuais visitantes.

O plano de acesso, circulação e sinalização integra plantas que identificam a mina (incluindo
todas zonas de trabalho), as vias rodoviárias e os caminhos pedonais.

Os cartazes que serão colocados no empreendimento são os que se seguem a baixo:

24
Tabela - Sinais de Proibição

Produzir Passagem de Entrada de Ingerir Proibido beber e


chama peões estranhos bebidas comer
alcoólicas

Tabela - Sinais de Perigo

Cargas Morte Queda de Tensão de Eletrocussão Substâncias Perigos vários


Suspensas Materiais Morte Inflamáveis

Tabela - Sinais de Substâncias

Corrosivo Explosivo Inflamável Nocivo Comburente Tóxico Perigoso para


(Xn)/ o Ambiente
Irritante (Xi)
Ts

25
Boca de Extintor Sirene Botoneira (de 1 os Socorros Ponto de Saída de
incêndio alarme) (Posto/ Encontro Emergência.
Caixa)
2.3.3. Plano de protecção colectiva
Neste plano, são definidas as medidas de protecção colectivas a utilizar, tendo em
consideração todas as informações constantes:

 Projecto
 Métodos e Processos Construtivos Previstos
 Condicionantes que o próprio mina Implica

Com base na análise de riscos apresentada, que deverá ser complementada em obra em
função dos processos construtivos e tecnologias que venham a ser aplicadas, serão
seleccionadas as medidas e os equipamentos de protecção colectiva a utilizar na obra,
devendo ser elaborada uma ficha de registo destes equipamentos,

26
2.3.4. Plano de protecção individual
Por Equipamento de Protecção Individual (EPI) entende-se qualquer equipamento ou seu acessório destinado a uso pessoal do trabalhador para
protecção contra riscos susceptíveis de ameaçar a sua segurança ou saúde no desempenho das tarefas que lhe estão atribuídas.

Quadro de distribuição de EPI’s


Máscara Máscara de Máscara de Luvas de Luvas de Botas com
Protetores para filtros Filtros proteção proteção biqueira e Óculos de Arnês de
Capacete auriculares soldadura físicos químicos Mecânica química palmilha segurança segurança
de aço

Profissões

Diretor da  X 
Obra/Engenheiros
Encarregado Geral  X 
Encarregado/Chefe  X 
Equipa
Armador de ferro /  X X X   X X
Serralheiro
Eng. Minas  X    X

27
Operário de motosserra  X   X
Operadores de equipamento  x X 
de carga X
Operador de equipamento  
de nivelamento
Geólogo  X 
X
Geofísico  x 
X

28
2.3.5. Plano de utilização e controle dos equipamentos do estaleiro
Os equipamentos a serem utilizados deverão ser controlados por fiscais de cada área de
operação. Durante o exercício das actividade, os trabalhadores devem sempre usar os Epis em
conformidade com o tipo de actividade a ser realizada deve ser avaliado o local de trabalho e
se necessário o isolamento da áreas. Em trabalhos com geração de calor deve ser redobrada,
pois, são uma fonte geradora de incêndio.

Posteriormente será efetuada uma comunicação de serviço onde são comunicadas as acções
irregulares (com fotografias em anexo) detectadas durante a inspecção e, sugeridas as
medidas para a sua correcção, bem como o respectivo prazo para a sua implementação.

A obra deve ser acompanhada por Técnico de Segurança e as não conformidades observadas
serão registadas no modelo que se segue (modelo de inspecção de segurança).

INSPECÇÃO DE SEGURANÇA N.º


OBRA:
LOCALIDADE: Pág. / DONO DE OBRA:
NÃO CONFORMIDADES DETECTADAS _

MEDIDAS CORRECTIVAS A IMPLEMENTAR

Prazo para Implementação: Data Efectiva da Regularização:

, de de 20 Das h às h ENCARREGADO
Técnico SHT

29
2.3.6. Plano de saúde dos trabalhadores
No âmbito da medicina e higiene no trabalho, a mina serão dotados de caixas de primeiros
socorros, que serão equipadas com meios necessários a prestação de serviços de primeiros
socorros a sinistrados de reduzida gravidade.

Em zonas estratégicas, e sempre em locais bem visíveis da mina, serão afixados placares
informativos, onde serão indicados os elementos relevantes seguintes:

Nome, morada, n.º de telefone e contacto, das corporações de bombeiros existentes no


perímetro das zonas de execução dos trabalhos;

Nome, morada, n.º de telefone e contacto, da companhia de seguros onde as empresas tem
subscritas as opilices de seguro de acidentes de trabalho;

Telefones a utilizar em caso de urgência;

 Unidade hospitalar;
 GNR das localidades principais existentes no perímetro da mina;
 Sede da empresa;
 Departamento de segurança;

Serão promovidas visitas periódicas do médico de trabalho na mina, para localmente se


inteirar das condições de saúde e higiene existentes. Estas visitas serão coordenadas pelo
director da mina e técnico de segurança.

De acordo com as exigências legais, o pessoal será sujeito regularmente aos exames médicos
obrigatórios, para confirmar a sua aptidão as tarefas inerentes ao cargo/profissão e vigilância
do seu estado de saúde.

Não será permitida a execução do trabalho dentro da mina, qualquer trabalhador que não
esteja física e/ou psiquicamente apto para exercer suas funções no trabalho.

30
2.3.7. Plano de registo de acidentes e índices
Para o Registro de acidentes e índices o empreendimento ira utilizar a plano a baixo e o cálculo do índice encontra-se formulário abaixo

OBRA: N.º
ENTIDADE EMPREGADORA:
COMPANHIA DE SEGUROS: Apólice N.º.:
DADOS DO SINISTRADO: Nome:
Morada: Estado Civil: Idade:
Sexo: Data de Admissão ao serviço:/ /
DADOS DO ACIDENTE:
Data e hora do acidente: / / às : h
Quantos sinistrados no acidente:
Testemunhas: Local do acidente:
Domicílio → Trabalho □ Trabalho → Domicílio □ Fora do estaleiro
Dentro do estaleiro Onde: Breve descrição do acidente: _ Medidas
de Prevenção adoptadas:
Destino do sinistrado:
Data: / / □ Hospital _
CAUSA DO ACIDENTE Contacto com substâncias nocivas Queda em altura
Atropelamento ou radiações Queda ao mesmo nível
Capotamento Choque com objectos Queda de objectos
Colisão de veículos Esforço físico Soterramento

31
Compressão por um objecto ou entre excessivo/Movimento falso □
objectos Explosão/Incêndio/Contacto com □
Contacto com energia eléctrica temperaturas extremas
Intoxicação
TIPO DE LESÃO
Amputação Electrocussão Lesões múltiplas
Asfixia Entorse Luxação
Concussão/Lesões internas Esmagamento Queimadura
Contusão Ferida/Golpe Traumatismo
Distensão Fracturas □
PARTE DO CORPO ATINGIDA: Membros superiores, excepto
Cabeça, excepto olhos braços, mãos e dedos Perna
Olho (s) Braço (s) Pé, excepto dedos
Tronco, excepto coluna Mão/ excepto dedos Dedo do pé
Coluna Dedos da mão Localizações múltiplas
Membros inferiores, excepto □ _
pernas, pés e dedos
CONSEQUÊNCIAS DO ACIDENTE:
Sem incapacidade □ Incapacidade permanente %
Incapacidade temporária-Regresso ao trabalho em / / □ Morte
OBSERVAÇÕES:
ENCARREGADO RESPONSÁVEL PELA SEGURANÇA DIRECTOR DA OBRA

32
DATA: / / DATA: / / DATA: / /
Ass.: Ass.: Ass.:

33
2.3.8. Plano de formação e informação dos trabalhadores
Prevê-se que ao longo da execução da obra se venham a realizar, periodicamente, ações de
formação, informação e sensibilização em matéria de segurança, que irão abranger todas as
categorias profissionais, com particular incidência para todas aquelas que envolvam riscos
elevados, ou para trabalhadores ou grupos de trabalhadores que executem tarefas com níveis
de risco acrescido. Estas formações terão uma natureza prática e teórica.

As acções de formação de natureza prática, serão desenvolvidas nas frentes de trabalho,


sobretudo nos casos em que seja necessária a simulação de situações com equipamentos,
ferramentas, processos e métodos de trabalho. Em obra, os responsáveis promoverão, com
periodicidade trimestral, acções de sensibilização com pequenos grupos de operários.

As acções de formação terão, na sua generalidade, uma vertente teórica e uma pratica. As
acções de índole teórica serão preferencialmente desenvolvidas em instalações próprias, com
recursos aos meios didácticos e audiovisuais mais apropriados para o efeito, e serão
ministrados por técnico de segurança de reconhecida competência. As acções de formação de
natureza prática serão desenvolvidas nas frentes de trabalho, sobretudo nos casos em que seja
necessária assimulação de situações com equipamentos, ferramentas, processos e métodos de
trabalho.

2.3.9. Plano para visitantes


Serão sempre comunicados ao dono da mina e fiscalização todas vistas em grupo. As visitas
serão preparadas de forma as zonas a serem visitadas, estejam em boas condições para que a
visita corra dentro da normalidade. Serão distribuídos todos equipamentos de protecção
individual que sejam necessários a visita.

As visitas serão preparadas de forma que as zonas a serem visitadas, estejam em boas
condições para que a visita corra dentro da normalidade. Também serão distribuídos a todos
os elementos visitantes equipamentos de protecção individual que sejam necessários durante
a permanência na mina visita.

2.3.10. Plano de emergência


No caso de se registar algum acidente, o mesmo deve ser comunicado, a todos os presumíveis
responsáveis, o mais rápido possível, informando as causas e as consequências do mesmo.

34
Para prestação dos primeiros socorros em caso de acidente, existe na mina, nas varias frentes,
estojos de primeiros socorros devidamente equipados, sob a responsabilidade das chefias,
cujo o conteúdo será mantido permanentemente operacional.

Em casos de maior gravidade, os acidentados serão transportados em ambulância para


hospital com serviço de urgência permanente. Sempre que o estado do sinistrado o permita
será dada preferência do seu encaminhamento para os serviços clínicos da respectiva
seguradora. Para tal, devem os administrativos manter actualizado o mapa de registos dos
elementos do seguro de cada seguradora, na mina, que ficara em local visível, juntos aos
telefones de emergência.

Nas instalações administrativas, junto a central telefónica e em local bem visível, serão
afixados:

 Listas de telefones uteis;


 Instruções em caso de acidente;
 Mapa de seguro de acidente de trabalho;

Deve ser mantido um registo de ferimentos, o qual fara parte do relatório semanal de
segurança, seguindo o modelo da ficha

Acções a serem tomadas em caso de acidente grave na obra

No caso de grave ferimentos devera ser chamada uma ambulância, dando-se as seguintes
informações:

 Localização do acidente;
 Tipo de acidente;
 Tipo de suspeita do ferimento;
 Outros cuidados

Deve ser mantido o acidentado em posição confortável, não o movendo antes da chegada de
equipa medica. Se possível, devera alguém deslocar-se ao encontro da ambulância, e indicar
o caminho para o local der acidente. A área do acidente devera permanecer intacto ate a
chegada de técnico de segurança, que conduzira a investigação do acidente. Constituem
excepção a esta ultima regra, os casos em que seja necessário remover algo para poder
recorrer o acidentado ou para se tomar área segura.

35
Medidas de combate de incêndios

Colocação dos meios de primeira intervenção em caso de incêndio. Deverão ser colocados
extintores de pó químico seco na mina, e distribuídos por diversos locais. Na apontaria estará
fixado um quadro com os números de telefones de emergência dos bombeiros locais.

Plano de combate a emergência

Deverão ser amplamente divulgados os seguintes conselhos:

 Mantenha a calma, não toque nem deixar tocar na(s) vitima(s), não lhe(s) de nada a
beber;
 Suprima imediatamente a causa do acidente;
 Chame os meios de socorro extremos na mina;
 Acolhe e guie os socorros extremos na mina;

Mantenha a calma e não se esqueça de indicar correctamente os seguintes itens:

 O nome da empresa;
 A morada na mina;
 O nome das vítimas;
 A natureza de acidente;
 O estado das vítimas;

36
2.4. Conclusão

O sector da mineração apresenta anualmente um número elevado de acidentes de trabalho,


devido às suas características específicas, quando comparado com outros sectores de
actividade. Conclui que é urgente contrariar esta tendência, nomeadamente através da
implementação de uma cultura de prevenção e segurança nas empresas ligadas ao sector,
envolvendo todos os seus intervenientes. Todos os envolvidos no sector têm um papel
relevante a desempenhar na melhoria das condições de segurança e saúde nos estaleiros de
obras de construção. É fundamental a consciencialização das empresas de que têm de encarar
a Saúde e Segurança do Trabalhador, como um investimento com retorno e não como uma
obrigação.

37

Você também pode gostar