Apostila de Doutrina e Cultura Umbandista Atualizado
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Deus
Mediunidade
O Médium na Umbanda
O médium iniciante
A Aura serve para proteção contra o meio exterior, ela é refletora da energia
interior. Os animais, os minerais, as plantas e os seres humanos possuem uma aura;
no caso dos seres vivos ela torna-se refletora dos sentimentos e dos padrões
energéticos e magnéticos.
A Aura está relacionada com o campo emocional.
Todos possuímos um campo mediúnico ou eletromagnético, que se inicia no
corpo elemental básico e se expande uniformemente ao seu redor por mais ou
menos trinta centímetros.
Este campo tem sua sede no mental, flui através da “coroa” ou chacra
coronário. Ele se abre para o plano espiritual e é através dele que são estabelecidas
as ligações magnéticas com o plano espiritual.
Pode-se dizer que tudo o que existe no plano material obedece ao padrão
vibratório material, já no plano espiritual obedece ao etérico (que são energias sutis
a níveis supra-físicos).
Este campo eletromagnético acumula focos vibratórios ou energéticos que
refletem na aura, rompendo-a e alcançando o corpo energético; é induzido, pelo
nosso magnetismo, a adequar-se ao nosso padrão pessoal, se internalizando.
Os “passes” magnetizadores e doadores de energia servem para descarregar
este campo. Sendo fundamental num tratamento espiritual, antes dos mentores
curadores começarem a realizar cirurgias desobstrutoras, atuando no campo físico.
Diversos elementos podem ser usados nos passes energéticos, entre eles
fumo, água, ervas, pedras, colares, etc.
O uso de guias durante os trabalhos serve justamente para captar estas
energias, não sobrecarregando e nem desarmonizando o médium.
Quando os mentores utilizam-se de ervas e fumos também se tornam
poderosos limpadores de campos eletromagnéticos.
Desenvolvimento Mediúnico
Defumações
Palmas
Cantos
Atabaque
Velas
Quando alguém entra pela primeira vez num templo de Umbanda percebe
que os médiuns da casa fazem certas saudações ritualísticas de fundamento que ele
desconhecerá, para isto é importante ter uma educação mediúnica.
Só reeducando internamente um médium ele alcançará níveis vibratórios
mentais e conscienciais superiores, sintonia mental com seu mestre individual, a
neutralização de possíveis vícios com as práticas religiosas e a compreensão do
que está acontecendo.
Quando bem educado mediunicamente sua sensitividade é capaz de
identificar presenças positivas ou negativas.
Há um mito sobre a mediunidade pois é comum dizer que quem desenvolve
sua mediunidade se torna mais capaz do que quem não a desenvolve, perdendo sua
humildade e compreensão de que um médium não é um fim em si mesmo, mas sim
e somente um meio.
Muitos são os preconceitos quanto à educação mediúnica, dizem que
mediunidade é uma provação, é uma punição cármica, que escraviza os médiuns e
limita o ser, entre outros preconceitos.
Mediunidade não é uma provação, é uma exteriorização de um dom e que se
bem desenvolvida acelerará sua evolução espiritual.
Não é uma punição cármica, mas um recurso que nos harmoniza com nossas
ligações ancestrais.
Não escraviza o médium, mas exige dele uma conduta adequada para que os
guias espirituais possam atuar através dele para socorrer os encarnados que
necessitam tanto do amparo espiritual, quanto de uma palavra de consolo, conforto
ou esclarecimento.
Não limita o ser pois é um sacerdócio.
Sendo assim, a mediunidade por ser um dom, tem que ser praticada com fé,
amor e caridade; mostrando-nos dignos do nosso Divino Criador.
Saudações ritualísticas
Divindades
Desta forma podemos dizer que são sete emanações de Deus, sete
irradiações Divinas, sete sentidos da vida, sete estruturas de pensamento, sete vias
evolutivas e sete linhas de Umbanda Sagrada.
Associamos Oxalá com a irradiação da Fé; Oxum com a irradiação do
Amor; Oxossi com a irradiação do Conhecimento; Xangô com a irradiação da
Justiça; Ogum com a irradiação da Lei; Obaluaiê com a irradiação da Evolução e
Iemanjá com a irradiação da Geração ou Maternidade.
Podemos dizer que Orixá Ancestral é aquele que magnetizou o ser assim que
este foi gerado por Deus e o distinguiu com sua qualidade original e natureza
íntima, imutável e eterna. Podemos reencarnar várias vezes mas nunca mudará esta
natureza íntima; identificamos esta ancestralidade de alguém através do olhar, das
feições, dos traços, dos gestos, da postura, etc.
O Orixá de Frente é aquele que rege esta encarnação e o conduz numa
direção na qual a pessoa absorverá suas qualidades e as incorporarás no seu ser,
abrindo novos caminhos e estimulando o crescimento interno. A cada encarnação
esta regência poderá mudar.
O Orixá Adjunto ou Ajuntó é aquele que forma par com o Orixá de Frente,
apassivando ou estimulando o ser, visa seu equilíbrio íntimo e o crescimento
interno permanente. Podemos identificar este Orixá através dos gestos e das
iniciativas das pessoas pois ele atua através do emocional.
O Simbolismo na Umbanda
* Exu entidade que lida com os aspectos negativos dos Orixás; dos fatores
divinos; com espíritos desequilibrados e com o emocional dos seres.
* Tranca fecha, retém, aprisiona, prende ou paralisa.
* Ruas caminhos, trilhas, sentidos, direção ou evolução.
Assim, podemos dizer que Exu Tranca-ruas das Almas é um ser que é regido
pelo Orixá Omulu, pois o cemitério é a prisão natural dos espíritos que atentaram
contra um dos sentidos da vida. Também é regido por Obaluaiê, pois ele tranca a
evolução das “almas”, que rege a evolução dos seres. Mas como ele tranca a rua,
que são caminhos a serem trilhados de forma ordenada, ele também é regido por
Ogum.
Interpretando de acordo com o nome simbólico, ele é um Exu de Ogum
atuando sobre a irradiação de Omulu e de Obaluaiê.
- Caboclos
A linha dos caboclos é formada por espíritos das mais diversas religiões, que
foram incorporados a uma hierarquia obedecendo aos Orixás. Para melhor
exemplificar podemos nos referir a linha formada por índios brasileiros.
É uma das linhas com maior nível de evolução.
- Erês
A linha dos Erês é uma das mais próximas dos Orixás, muitas vezes trazem
“recados” deles.
São brincalhões, divertidos e alegres. Durante a gira de Erês costumam lhes
ofertar balas, doces, bolos confeitados, refrigerantes e frutas.
Erês são espíritos que se apresentam como crianças, mas não são crianças.
- Baianos
A linha dos baianos é formada por espíritos que foram cultuadores dos
Orixás, cada um seguindo a irradiação deste Orixá.
São espíritos alegres, brincalhões, descontraídos; além de serem
conselheiros, orientadores, aguerridos, gostarem de dançar durante a gira e de
desmancharem trabalhos de kimbanda e de magia.
Apreciam as “festas”, onde bebem batidas de coco e comem comidas típicas
da Bahia.
É uma linha de evolução para espíritos que já serviram aos Orixás quando
viviam neste plano.
É uma linha especial, ligada ao próprio povo cigano, cuja origem parece ser
do antigo Egito, Europa central ou da Índia.
Trabalham na irradiação dos Orixás, mas louvam Santa Sarah Kali, que é
considerada a padroeira dos ciganos por ser nômade por natureza e por instinto de
sobrevivência.
Apreciam as “festas”, onde lhes são ofertados frutas, vinhos e chás típicos.
São alegres e apreciam as danças típicas e o jogo de baralho cigano.
- Boiadeiros
Essa linha de trabalho é formada por espíritos hiperativos, que atuam como
refreadores do baixo-astral e são aguerridos, demandadores e rigorosos com os
espíritos trevosos.
O laço e o chicote são suas armas espirituais.
Os Orixás que regem os boiadeiros são Ogum e Oyá.
Os boiadeiros são muitas vezes considerados erroneamente como caboclos.
São denominados “caboclos boiadeiros” por serem mestiços, e não de origem
indígena.
Apesar da regência de Ogum e Oyá os boiadeiros trabalham na irradiação de
todos os Orixás.
- Sereias
Sereias são seres naturais, pois nunca encarnaram, têm um poder de limpeza,
purificação e descarga de energias negativas.
Elas não falam, emitem um canto lamuriento ou “mantra aquático”, diluidor
de energias, vibrações e formas-pensamento. São ótimas para anular magias
negativas, afastar obsessores e espíritos desequilibrados ou vingativos.
Também trabalham na harmonização de casais ou famílias e na limpeza de
lares.
- Marinheiros
- Pretos-velhos