Unidade 2: Objetivo
Unidade 2: Objetivo
Unidade 2: Objetivo
UNIDADE 2
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:
44 SUMÁRIO
Introdução ao Cálculo
R(x) = (3200-x).x
R(x) = 3200x-x²
Caso seja necessário calcular a receita para a venda de 30 produtos, basta substituir
x = 30 diretamente na função encontrada.
R(30) = 3200.(30)-(30)²
R(30) = 95100
Observe que o preço é expresso por uma função afim e a receita por uma função
quadrática.
SUMÁRIO 45
Introdução ao Cálculo
A função afim é um tipo específico de função descrita por um polinômio e, por este
motivo, também é denominada função polinomial de grau 1.
Observe que as grandezas envolvidas são Valor a ser pago (P) e Quantidade
de unidades (Q), sendo que a primeira depende diretamente da segunda.
Então, podemos escrever a relação entre elas como:
P = 2,50. Q
46 SUMÁRIO
Introdução ao Cálculo
f(x)=ax+b ou y=ax+b
Temos que:
x- variável independente.
• f(x) = 3x – 4, em que a = 3 e b = - 4
• f(x) = - 2x + 6, em que a = - 2 e b = 6
• g(x) = - x – 6, em que a = -1 e b = - 6
2 1 2 1
• y = x + , em que a = eb=
5 3 5 3
• y = 6x, em que a = 6 e b = 0 função linear
f(x) = 2, a = 0 e b = 2
f(x) = 3, a = 0 e b = 3
SUMÁRIO 47
Introdução ao Cálculo
b) f(–3)
f(x) = 3x+2
f(-3) = 3.(–3)+2
f(–3) = –9+2
f(–3) = 7
c) f(x)=2
Neste caso, deseja-se saber o valor de x quando o valor da função for 2.
f(x)= 3x+2
2=3x+2
3x+2=2
3x=2-2
3x = 0
0
X= = 0, logo, o valor de x tem que ser 0 para que f(x) = 2.
2
48 SUMÁRIO
Introdução ao Cálculo
f( -1) = - 2. (-1) + 3 = 2 + 3 = 5
f(0) = - 2. 0 + 3 = 0 + 3 = 3
f(4) = - 2. 4 + 3 = = 8 + 3 = - 5
Assim a imagem de funções do 1º grau, cujo domínio é real, será também real, e es-
crevemos Im(f) = ℝ.
Chamamos de raiz ou zero de uma função polinomial do 1º grau, dada por f(x) = ax
+ b, a ≠ 0, o número real x, tal que f(x) = 0, ou seja, o valor de x que atribuído à função
encontra o valor de y = 0.
SUMÁRIO 49
Introdução ao Cálculo
Exemplo 1: Dada a função f(x) = 3x – 6, para encontrar sua raiz, devemos fazer
f(x) = 0.
3x – 6 = 0.
3x = 6.
6
x= .
3
Logo x = 2.
h(x) = 0
-x-4=0
-x=4
x=-4
−b
A raiz da função linear é dada por x = , pois fazendo ax + b = 0, temos que ax = –b.
a
Logo:
−b
X=
a
50 SUMÁRIO
Introdução ao Cálculo
Vimos que, para determinar o gráfico de uma função, assinalamos uma série de pon-
tos fazendo uma tabela que nos dá as coordenadas. Esses pontos são calculados por
meio da lei y = f(x). Representamos cada par ordenado (x, y) da tabela por um ponto
no plano cartesiano. O conjunto dos pontos obtidos constitui o gráfico da função.
O gráfico de uma função afim é uma reta não paralela aos eixos coordenados. Assim
sendo, necessitamos somente de dois pontos quaisquer para que o gráfico possa ser
construído, mas utilizamos os pontos onde a reta irá cortar os eixos x e y, assim temos
os pontos (x, 0) e (0, y).
Note que o ponto (x, 0) é a raiz da função e, como na interseção com o eixo y o valor
de x é zero, y vai ser igual ao valor do coeficiente linear, ou seja, b.
y
7
6
F F(0,6) – ponto onde a reta corta o eixo y.
Obtemos as coordenadas do ponto da forma
(o,b), sendo b o valor do coeficiente linear.
5
3
G(3,0) – ponto onde a reta corta o eixo x.
Podemos obter as coordenadas do ponto da
1
forma G(( -b ,0).
a
SUMÁRIO 51
Introdução ao Cálculo
Assim, utilizando essas informações, podemos fazer o gráfico de qualquer função po-
linomial do 1º grau.
f(x) = 3x + 6
f(0) = 3.(0) + 6
f(0) = 6
52 SUMÁRIO
Introdução ao Cálculo
Portanto, as coordenadas do ponto de interseção com o eixo das ordenadas é (0, 6),
ou seja, o valor do coeficiente linear.
Vamos esboçar o gráfico com os pontos encontrados, ou seja, A(-2, 0) e B(0, 6), locali-
zando-os no plano cartesiano:
a) b)
8 y 8 y
Após localizar os pontos
7 no plano cartesiano, 7
ligamos os dois
6 B formando uma reta. 6 B
5 5
4 4
3 3
2 2
1 1
A x A x
-4 -2 0 2 4 -4 -2 0 2 4
-1
Fonte: elaborado pela autora.
-1
Legenda:
a) Localização dos pontos A e B no plano cartesiano.
b) Reta formada ao ligar o ponto A e B.
−b −2
x= = =1
a −2
Portanto, as coordenadas do ponto de interseção com o eixo das abscissas é (1, 0).
SUMÁRIO 53
Introdução ao Cálculo
Portanto, as coordenadas do ponto de interseção com o eixo das ordenadas é (0, 2),
ou seja, o valor do coeficiente linear.
Vamos esboçar o gráfico com os pontos encontrados, ou seja, A(1, 0) e B(0, 2), locali-
zando-os no plano cartesiano.
3 3
2 B 2 B
1 1
A x A x
-1 0 1 2 3 4 -1 0 1 2 3 4
-1 -1
Legenda:
a) Localização dos pontos A e B no plano cartesiano.
b) Reta formada ao ligar o ponto A e B.
Perceba que nessa função o valor a = 0 e b = 2. Essa função é um tipo especial, deno-
minada função constante, que é descrita com f(x)=b. Nesse caso, para qualquer valor
de x escolhido, o valor de y sempre será igual a 3.
54 SUMÁRIO
Introdução ao Cálculo
x Y=3 (x, y)
0 3 A(0, 3)
1 3 B(1, 3)
Fonte: elaborada pela autora.
a) b)
2 2
1 1
x x
-1 0 1 2 4 -1 0 1 2 4
-1 -1
Legenda:
a) Localização dos pontos A e B no plano cartesiano.
b) Reta formada ao ligar o ponto A e B.
Nos exemplos anteriores podemos definir o domínio e a imagem das funções. Tere-
mos para tais D = ℝ e Im = ℝ. Para analisar isso, basta olhar os valores de x que são uti-
lizados (eixo horizontal) na função e os valores de y que são utilizados (eixo vertical) na
função. Como a reta é uma figura geométrica infinita em ambas as direções, teremos
todos os valores dos eixos horizontal e vertical do plano cartesiano sendo utilizados.
Assim sendo, tanto o domínio quanto a imagem da função serão reais.
SUMÁRIO 55
Introdução ao Cálculo
QUADRO 5 - VALORES DAS COORDENADAS DOS PONTOS PERTENCENTES À FUNÇÃO F(X) =2X-1
x y
-3 -7
Os valores de
Se os valores -2 -5 y também
de x crescem -1 -3 crescem
+ 0 -1 +
1 1
2 3
3 5
a) b)
Os valores de y
8 y (imagem) crescem. 8 y
6 6
G G
4 4
F F
2 2
E E
x x
-4 -2 0 2 4 6 8 -4 -2 0 2 4 6 8
D D
-2 -2
C C
-4 -4
B Os valores de x B Observe nessa função
-6 (domínio) crescem. -6 que o valor de a=2,
portanto a>0 .
A A
-8 -8
Legenda:
a) Localização dos pontos da função f(x) = 2x –1 no plano cartesiano.
b) Gráfico formado pelos pontos.
56 SUMÁRIO
Introdução ao Cálculo
Consideremos agora a função polinomial do 1º grau definida por y = –2x –1. Vamos
atribuir valores cada vez maiores a x e observar o que ocorre com y:
QUADRO 6 - VALORES DAS COORDENADAS DOS PONTOS PERTENCENTES À FUNÇÃO F(X) =-2X-1
x y
-3 5
Os valores de
Se os valores -2 3 y decrescem
de x crescem -1 1 +
+ 0 -1
1 -3
2 -5
3 -7
a) b)
y y
Os valores de Observe nessa função
y (imagem) que o valor de a = 2,
decrescem. portanto a < 0 .
A A
B B
C C
x x
-4 -2 0 2 4 6 -4 -2 0 2 4 6
D D
-2 -2
E E
Os valores de
-4 x (domínio) -4
F crescem. F
-6 -6
G G
-8 -8
Legenda:
a) Localização dos pontos da função f(x) = –2x –1 no plano cartesiano.
b) Gráfico formado pelos pontos.
SUMÁRIO 57
Introdução ao Cálculo
Assim, podemos observar que, de maneira geral, para a função linear f(x)= ax + b,
temos que:
se a > 0 a função é dita crescente.
se a < 0 a função é dita decrescente.
Portanto, se o coeficiente angular a é positivo, a reta do gráfico dessa função será as-
cendente (função crescente). E se o coeficiente angular a é negativo, a reta do gráfico
dessa função será descendente (função decrescente).
Fazer o estudo do sinal de uma função f(x) qualquer é determinar os valores de x para
os quais y a função será positiva, negativa ou nula.
1 +
x
-3 -2 -1 0 1 2
-1
-
58 SUMÁRIO
Introdução ao Cálculo
Observe que a função é nula no valor de x em que temos y = 0, ou seja, na raiz da fun-
ção. E a função muda de sinal nesse ponto, que é o ponto onde o gráfico intercepta
o eixo x. Por isso, dissemos anteriormente que esse é um ponto importante para ser
representado no gráfico da função, pois ele servirá como base para nossa análise.
3 y
2 Os valores de x < -1
possuem imagem
1 + positiva, ou seja,
f(x) > 0 para x < -1.
x
-3 -2 -1 0 1 2
Observe que o valor do coeficiente angular da função é menor que zero, a < 0, e a
função é decrescente.
SUMÁRIO 59
Introdução ao Cálculo
1º Quando a>0
a>0
- a
-b ;
f(x) > 0, para x > -
a
-b
a -b 1
f(x) < 0, para x <
a
2º Quando a<0
a<0
+
Para a função f(x) = ax + b e
o a<o, estudo do sinal da
função será:
-b
f(x) = 0, para x = ;
- a
-b
f(x) > 0, para x < - ;
-b a
a -b
f(x) < 0, para x >
a
60 SUMÁRIO
Introdução ao Cálculo
Para f(1) = 1, temos que x = 1 e y = 1, portanto vamos substituir esses valores na lei
de formação da função, ou seja, vamos substituir o s valores de x e y na expressão
f(x) = ax + b e encontrar o valor de a e b:
f(x)= ax + b
1 = a.1 + b ou
a+b=1
Para f(3) = 5, temos que x = 3 e y = 5, portanto vamos substituir esses valores na lei
de formação da função, ou seja, vamos substituir o s valores de x e y na expressão
f(x) = ax+b e encontrar o valor de a e b:
f(x) = ax + b
5 = a.3 + b ou
3a + b = 5
SUMÁRIO 61
Introdução ao Cálculo
a +b = 1
3a + b = 5
a+b=1
a = 1–b
3.a+b=5
3.(1-b) +b=5
3-3b+b=5
3-2b=5
-2b=5-3
2
b= = −1
−2
Como b = –1, podemos substituir esse valor em qualquer uma das duas equações.
Utilizando a primeira equação, temos:
a+b=1
a–1=1
a=2
Logo, a função polinomial f(x) = ax + b em que f(1) = 1 e f(3) = 5 é dada por f(x) = 2x-1.
62 SUMÁRIO
Introdução ao Cálculo
12 y
10
L
6
2
M x
-4 -2 0 2 4 6 8
-2
-4
Para escrever a função, temos que encontrar dois pontos pertencentes ao gráfico, no
caso, L(0,6) e M(2,0).
f(x) = ax + 6
Para encontrar o valor de a, utilizaremos o ponto M(2,0), onde x=2 e y=0, e vamos subs-
tituir na expressão anterior:
f(x) = ax + 6
0 = a.2 + 6
2a + 6 = 0
2a = –6
−6
a= = −3
2
SUMÁRIO 63
Introdução ao Cálculo
R(60)= – 3600+60000
R(60) = R$ 56.400
64 SUMÁRIO
Introdução ao Cálculo
Nos dois primeiros exemplos, a função do 2º grau é dita completa, pois contém os va-
lores de a, b e c. Nos exemplos seguintes, as funções são chamadas de função incom-
pleta do 2º grau, pois possuem o valor de a e de b, ou de a e de c ou ainda, somente
o valor de a.
O gráfico de uma função polinomial do 2º grau é o conjunto de todos os pontos (x, f(x))
de um plano coordenado, onde x pertence ao domínio de f. O gráfico de uma função
polinomial do 2º grau, y = ax2 + bx + c, com a ≠ 0, é uma curva chamada parábola.
x Y = x²-2 (x,y)
-3 (-3) -2 = 9 -2 = 7
2
(-3, 7)
-2 (-2)2 -2 = 4 - 2 =2 (-2, 2)
-1 (-1)2 + 1 = 1 -2 = -1 (-1, -1)
0 (0) -2 = -1
2
(0,- 2)
1 (1)2 +1 = 1 -2 =2 (1, -1)
2 (2)2 – 1 = 4 -2 = 2 (2, 2)
3 (3)²-2 =7 (3,7)
Fonte: elaborada pela autora.
SUMÁRIO 65
Introdução ao Cálculo
Após encontrar os valores das coordenadas de cada ponto, vamos localizá-los no pla-
no cartesiano e ligá-los para obtermos o gráfico da função.
a) b)
y y
10 10
8 8
(3, 7) (3, 7) (3, 7) (3, 7)
6 6
4 4
(-2, 2) (2, 2) (-2, 2) (2, 2)
2 2
Legenda:
QUADRO 8 - VALORES DAS COORDENADAS DOS PONTOS PERTENCENTES AO GRÁFICO DA FUNÇÃO Y= –X² + 1
x Y=-x²+1 (x,y)
-3 -(-3)2 + 1 = -9 + 1 =- 8 (-3,- 8)
-2 -(-2) + 1 = -4 + 1 =- 3
2
(-2, -3)
-1 -(-1)2 + 1 =- 1 + 1 = 0 (-1, 0)
0 -(0)2 +1 = 1 (0, 1)
1 -(1) +1 = -1 + 1 =0
2
(1, 0)
2 -(2)2 – 1 = -4 +1 = -3 (2, -3)
3 -(3)²+1=-8 (3,-8)
Fonte: elaborada pela autora.
66 SUMÁRIO
Introdução ao Cálculo
Após encontrar os valores das coordenadas de cada ponto, vamos localizá-los no pla-
no cartesiano e ligá-los para obtermos o gráfico da função.
a) a)
4 y 4 y
2 2
(0, 1) (0, 1)
(-1, 0) (1, 0) (-1, 0) (1, 0)
-3 -2 -1 0 1 2 3 -3 -2 -1 0 1 2 3
-2 -2
(-2, -3) (2, 3) (-2, -3) (2, 3)
-4 -4
-6 -6
-10 -10
Legenda:
Observe que a<0, o gráfico da função resultou em uma parábola com a concavidade
voltada para baixo.
SUMÁRIO 67
Introdução ao Cálculo
Perceba que as raízes da função são os pontos em que a parábola corta o eixo x da
função, ou seja, temos y = 0. Quando consideramos x = 0, queremos encontrar o valor
em que a curva cortará o eixo y. Teremos então o ponto (0, c), pois como y = ax2 + bx + c,
temos y = a. 02 + b.0 + c, e assim y = c. Observe esses pontos e outros no gráfico a
seguir:
Eixo de Simetria
Interseção com
o eixo x (zeros
da função).
x1 x2
x
Interseção da
parábola com o Vértice da parábola.
eixo y. Ponto com Ponto com coordenadas
coordenadas (0,c).
. Se a<0, esse
Chamamos de raiz ou zero de uma função polinomial do 2º grau, dada por f(x) = ax2
+ bx + c, a ≠ 0, os números reais x tais que f(x) = 0, ou seja, o valor de x que atribuído à
função encontra o valor de y = 0.
−b ± ∆
x= com ∆ = b 2 − 4ac
2a
(∆ = lê-se delta)
68 SUMÁRIO
Introdução ao Cálculo
∆ = b2 – 4ac
y
∆ = (-5)2 –4.1.6
∆ = 25 – 24 = 1 6
b± ∆
x=
2.a 4
5± 1 5±1
x= =
2.1 2 2
5+1 x
x1 = =3
2
0 1 2 3 4 5
5−1 x1 x2
x2 = =2
2
Fonte: elaborado pela autora.
∆ = b2 – 4ac
∆=(–4)2 – 4.4.1=16-16=0
b± ∆
x=
2.a
4± 0 4±0
x= =
2.4 8
4 1
x=
1 x=
2 =
8 2
SUMÁRIO 69
Introdução ao Cálculo
x
-0.5 0 0.5 1 1.5
x1 = x2
∆ = b2 – 4ac
−3 ± −23 −3 ± −23
x= =
2.2 4
6 y
5
4
1
x
-2 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1
70 SUMÁRIO
Introdução ao Cálculo
−3 ± −23
Como ∆ = −23 ∉ , temos que x = ∉
4
Portanto, essa função não tem raízes.
• Quando ∆ = 0, ou seja, nulo, há só uma raiz real (ou uma raiz dupla).
Nos gráficos anteriores, o ponto mais baixo ou mais alto das parábolas é chamado de
vértice V da parábola. Como vimos quando a > 0, a parábola tem a concavidade para
cima e o vértice será o ponto mínimo dessa parábola. Quando a < 0, a parábola tem a
concavidade para baixo e o vértice será o ponto máximo dessa parábola.
a>0 a<0
vértice
vértice
Fonte: elaborada pela autora.
b ∆
V = − ,−
2a 4a
SUMÁRIO 71
Introdução ao Cálculo
b
xv = −
2a
−( −10) 10
xv = = =5
2.1 2
∆
yv = −
4a
−64
yv = = −16
4.1
72 SUMÁRIO
Introdução ao Cálculo
y a<0 y
x x
Legenda:
2. As raízes (ou zeros) definem os pontos em que a parábola intercepta o eixo Ox.
b ∆
3. O vértice V = − , − indica o ponto mínimo (se a > 0) ou máximo (se a < 0).
2a 4a
4. A reta que passa pelo ponto V (vértice da parábola), e é paralela ao eixo Oy (eixo
vertical), é o eixo de simetria da parábola.
5. Para x = 0, temos y = c, então (0, c) é o ponto em que a parábola corta o eixo Oy.
SUMÁRIO 73
Introdução ao Cálculo
2± 4
∆ = 4 − 4. − 1.3 = 16 → x = → x 1 = −3 e x 2 = 1
−2
b ∆
3. Vértice: V = − , − = ( −1, 4 ) .
2a 4a
4. Interseção com eixo y: (0, c) = (0,3).
(-1, 4)
Vértice 4 y
3 Interseção com
o eixo y
Concavidade 1
x1 voltada para baixo
x2
x
-3 -2.5 -2 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1
2±0
∆ =0→x = → x 1 = x 2 = 1 ( raiz dupla ) .
2
74 SUMÁRIO
Introdução ao Cálculo
b ∆
3. Vértice: V = − , − = (1, 0)
2a 4a
4. Interseção com eixo y: (0, c) = (0, 1)
5
Concavidade voltada
4 para cima
1
x
-1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3
-1
Estudar sinal de uma função f(x) qualquer é determinar os valores de x para os quais
y, ou seja, se a função é positiva, negativa ou nula. Observe que a função é nula (pon-
to onde o gráfico intercepta o eixo x) no valor de x em que temos y = 0, ou seja, nas
raízes da função. Lembre-se de que nas funções quadráticas podemos ter duas raízes
distintas, uma raiz dupla ou nenhuma raiz real.
Para realizar o estudo do sinal da função, é necessário que se faça um esboço do grá-
fico como abordado na seção 1.4.4.
SUMÁRIO 75
Introdução ao Cálculo
É necessário fazer o esboço do gráfico para estudar o sinal da função. Para isso, temos
que seguir os passos abordados na seção 1.4.4 e assim teremos o gráfico a seguir:
y
12
10
Raízes da função
8 +
6
2
x
-3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6
-2
- -
Fonte: elaborado pela autora.
Para realizar o estudo do sinal da função, tome como ponto de partida a raiz da fun-
ção. Sabendo onde a função é zero, verifique para quais intervalos de valores de x, a
função, ou seja, os valores de y, serão positivos e negativos.
f(x) = 0 para x = –2 ou x = 5.
76 SUMÁRIO
Introdução ao Cálculo
f(x) = a x² + bx + c
Temos de informação:
f(x) = ax² + bx + c
5 = a(0)² + b.0 + c
5=c (I)
f(x) = ax² + bx + c
3 = a(1)² + b + c
3=a+b+c (II)
f(x) = ax² + bx + c
1 = a(-1)² + b(-1) + c
1 = a – b + c (III)
SUMÁRIO 77
Introdução ao Cálculo
c =5
a + b + c = 3
a − b + c = 1
c =5 c =5
a + b + 5 = 3 → a + b = −2
a − b + 5 = 1 a − b = −4
Isolando a na 2ª equação:
a = –2 –b
a – b = –4
2 – b – b = –4
–2b = –2
b=1
78 SUMÁRIO
Introdução ao Cálculo
x
0 1 2 3 4 5
Observe que o gráfico nos dá informação das coordenadas dos pontos onde a pará-
bola intercepta o eixo x, ou seja, (2,0) e (3,0) e o ponto onde ela corta o eixo y, (0,6).
Assim para encontrar a função podemos utilizar o que chamamos de forma fatorada:
y = a.(x – 2).(x – 3)
y = a.(x2 – 5x + 6)
Temos que encontra o valor do a, para isso utilizaremos o ponto (0,6) e substituiremos
na equação acima:
6 = a.(02 - 5.0+6)
a=1
Portanto, a função é y = x2 – 5x + 6.
SUMÁRIO 79
Introdução ao Cálculo
Exemplo 3: O gráfico a seguir descreve uma função f(x) = ax² + bx + c, encontre os va-
lores dos coeficientes a, b e c.
y
3
x
-1 0 1 2 3 4 5
-1
Observe que temos os valores do vértice V(2, 3) e do ponto onde a parábola intercep-
ta o eixo y (0, –1).
y = a.(x – xv)2 + yv
y = a.(x–2)2 + 3
y = a.(x2 – 4x + 4) + 3
Vamos utilizar o ponto de intercepção com o eixo y para encontrar o valor de a, assim:
–1 = a.(02 – 4.0 + 4) + 3
–1 –3 = 4a
a = –1
80 SUMÁRIO
Introdução ao Cálculo
y = –1.(x2 – 4x + 4) + 3
y = –x2 + 4x – 4 + 3
y = –x2 + 4x –1
SUMÁRIO 81
Introdução ao Cálculo
CONCLUSÃO
Funções afim são usadas para descrever situações nas quais o crescimento ou o de-
crescimento da variável dependente é proporcional ao crescimento da variável inde-
pendente. Assim, dizemos que uma função é afim se qualquer variação na variável
independente provoca uma variação diretamente proporcional na variável depen-
dente. Essa variação pode ser observada pelo valor do coeficiente angular ou pela
taxa de variação da função, que também nos fornece o valor da tangente do ângulo
que a reta (representação da função afim) forma com o eixo x. Observa-se que essa
taxa de variação na função afim é constante.
Assim, há vários fenômenos que são descritos por funções dessa natureza, por exem-
plo, na física podemos citar a lei de Hooke, elaborada no estudo das deformações
elásticas, em que se observou que a intensidade de uma força F aplicada a uma mola
é diretamente proporcional a sua deformação x e é expressa pela fórmula F=Kx, em
que k é a constante elástica da mola. Em um movimento retilíneo uniforme temos
a fórmula da distância, d=v.t, em que a distância será diretamente proporcional ao
tempo, já que a velocidade é considerada constante.
Assim, nesta unidade vimos que uma função real f(x) = ax + b é chamada função afim,
obrigatoriamente com a ≠ 0. Ela também pode ser denominada função polinomial
do 1º grau, pois sua lei matemática é representada por um polinômio do 1º grau.
Caso tenhamos a = 0, uma função do tipo f(x) = b é chamada de função constante.
O domínio e imagem de funções afim são o conjunto dos números Reais. Encon-
tramos sua raiz, igualando a lei que descreve a função a zero e, em seguida, resol-
vendo a equação teremos que sua raiz é dada por . A raiz de uma função é o valor
de x que torna essa função nula, ou seja, o valor de x tal que y = 0. Para determinar
esse valor, pegamos a lei da função e igualamos a zero. Resolvendo essa equação,
teremos que a raiz da função linear é dada por x = – b/a. O gráfico de toda função
do 1º grau será uma reta. Para construí-la, precisamos definir somente dois pontos.
82 SUMÁRIO
Introdução ao Cálculo
Em relação à função quadrática, vimos que uma função real f(x) = ax2 + bx + c é cha-
mada de quadrática, obrigatoriamente com a ≠ 0. Ela recebe o nome de função po-
linomial do 2º grau, pois sua lei matemática é representada por um polinômio do
2º grau. Caso tenhamos b = 0 ou c = 0 ou b e c iguais a zero, a função será uma função
incompleta do 2º grau. A raiz de uma função é o valor de x que torna essa função
nula, ou seja, o valor de x tal que y = 0. Para determinar esse valor, pegamos a lei da
−b ± ∆
função e igualamos a zero, tendo x = com ∆ = b2 – 4ac. As coordenadas do
2a
b ∆
vértice da parábola são dadas pela fórmula: V = − , − . O gráfico de toda função
2a 4a
do 2º grau será uma parábola. Para construir essa parábola, precisamos verificar se a >
0 (concavidade para cima) ou se a < 0 (concavidade para baixo). Definir suas raízes, seu
vértice e indicar o intercepto com eixo y que será o ponto (0, c). Após isso, devemos
marcar esses pontos no plano cartesiano e ligá-los para encontrar a parábola que de-
termina a função quadrática dada. O domínio da função quadrática é sempre real, e
a imagem da função deve ser determinada de acordo com sua concavidade. Se a > 0,
∆ ∆
teremos Im = y ∈ / y ≥ − . Se a < 0, teremos Im = y ∈ / y ≤ − .
4a 4a
SUMÁRIO 83