º Trimestre de 2024
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I – A MENSAGEM
“Por isso eu digo: peçam e vocês receberão; procurem e vocês acharão; batam, e a porta será aberta para vocês”
(Lc 11.9)
PEDIR, BUSCAR, BATER. Jesus estimulava a perseverança na oração. Devemos continuar a pedir, a buscar e a bater.
Pedir, fala da consciente necessidade e da confiança que Deus ouve nossa oração. Buscar, fala de fervente petição associada a
submissão à vontade de Deus. Bater, fala da perseverança em buscar a Deus quando Ele não responde imediatamente. A
garantia de Cristo de que o suplicante receberá o que pede baseia-se em: (1) buscar em primeiro lugar o reino de Deus (ver Mt
6.33 nota); (2) a bondade e amor paternais de Deus (6.8; 7.11; Jo 15.16; 16.23,24,26; Cl 1.12); (3) orar de conformidade com a
vontade de Deus (1 Jo 5.14; 3.22; Mc 11.24); (4) cultivar a comunhão com Cristo (Jo 15.7); e (5) obedecer a Cristo (STAMPS,
1995, p. 1398)
II – AUXÍLIO PEDAGÓGICO
Desde o Gênesis, podemos verificar nas sagradas escrituras que o Senhor sente prazer em relacionar-se com o
homem. Por diversas vezes, tanto no antigo testamento como no novo, Deus nos convida a invocarmos o seu nome (Jr
33. 3; 2 Cr 7. 14; Is 55. 1-6; Is 1. 18; I Ts 5. 17; Mt 6. 9-13). A oração [Do lat. orationem] é o meio pelo qual
conversamos com Deus. Essa atividade é descrita na bíblia como invocar a Deus (Sl 17.6; Gn 4.26), clamar ao Senhor
(Sl 3.4), buscar ao Senhor (Is 55.6), aproximar-se do trono da graça com confiança (Hb 4.16) e chegar perto de Deus
(Hb 10.22). Quando associada a uma vida de obediência à palavra e vigilância, a oração também é um meio de
prevalecermos contra as forças das trevas e contra o pecado (Is 1. 18; Mt 17. 21; 26.41).
No novo pacto, uma fase é iniciada a partir da cruz. O acesso a Deus na antiga aliança era limitado a algumas
pessoas e cargos específicos, mas, através do sangue derramado no Calvário, o véu do templo rasgou-se de alto a baixo
(Mt 27.51; Lc 23.45) sinalizando ao homem que agora este teria ousadia para entrar no santo dos santos (Hb 10.19). O
Espírito Santo, que outrora “vinha sobre” os homens e mulheres de Deus (Jz 14.6, 19; I Sm 10.6; Ez 11.5-6; 2 Cr 15.1-
8), passou a habitar no homem que confessa a Cristo como seu Senhor e Salvador. Vejamos o que Jesus disse aos seus
apóstolos: “o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o
conheceis, porque habita convosco e ESTARÁ em vós” (Jo 14.17).
A primeira reunião de oração: Após a ascensão de Jesus, os discípulos se reuniram no cenáculo em oração
(At 1.13,14). Podemos dizer que esta foi a primeira reunião de oração da igreja. Os discípulos aguardaram, em
oração, a promessa de Jesus até que do alto todos fossem revestidos de poder (At 2.2-4).
A oração na igreja primitiva: O resultado deste derramamento do Espírito Santo, que era aguardado com
oração, foi a conversão de várias pessoas, milagres, a unidade da igreja e a comunhão entre os irmãos (At 2.40-43).
Desde então os apóstolos se “preservavam em oração e no ministério da palavra” (Atos 6.4). Em Atos dos apóstolos
no capítulo 12, Pedro está encarcerado e cercado por dezesseis soldados, “mas a igreja fazia contínua oração por ele
a Deus” e o anjo do Senhor o visitou, as correntes de suas mãos caíram, as portas foram abertas, e Pedro retornou à
congregação (At 12. 1-17). Glória a Deus!
A oração no ministério do apóstolo Paulo: Depois de Cristo, Paulo foi o maior missionário de todos os
tempos. No entanto, este servo de Deus compreendia bem que o fruto de todo o seu trabalho não permaneceria se não
houvesse uma forte dedicação à intercessão. À igreja em Colossenses, escreve “não cessamos de orar por vós” (Cl 1.
9-10). Em suas intercessões, Paulo sentia o peso e as “dores de parto” daqueles pelos quais intercedia, para que
“Cristo fosse formado” nos que se convertiam (Gl 4.9). Reconhecendo suas limitações como homem, também pedia
às igrejas: “Irmãos, orais por nós”. (1 Ts 5.25; 2 Ts 3.1-5).
Com reverência e humildade: Todo crente deve lembrar-se que, ao orar, está se dirigindo ao Criador e
sustentador de todo o universo (Gn 1.1; Sl 19.1-6; Jo 1.6), um ser adorado e reverenciado pelos anjos (Sl 148.2;
103.20; Mt 4.11; Hb 1.6). Portanto, toda a reverência lhe é necessária, é um princípio bíblico (Sl 96.9; 123.7; Mt 4.10;
1 Tm 1.17). Além disso, temos a natureza adâmica (Rm 5.12-19) e Deus é Santo (Is 6.3). Quando nos depararmos com
a presença de um ser tão glorioso, todas as nossas qualificações e justiça se tornam “trapo de imundícia” (Is 64.6).
Logo, a humildade não se aparta da reverência.
Com fé: “Sem fé, é impossível agradar a Deus” (Hb 11.6). Quando nos dirigimos a Deus em oração,
devemos crer que Ele é poderoso para fazer tudo, muito mais, além daquilo que pedimos ou pensamos, pelo seu poder
que opera em nós, a nossa fé (Ef 3.20; Tg 1.6).
O lugar da oração: Paulo afirma aos Tessalonicenses “orai sem cessar” (1 Ts 5.17). Isso implica dizer que
em todo o tempo, ainda que nas nossas atividades diárias, nossa mente deve estar voltada para Deus. No entanto, é
imprescindível que todo crente disponha de um local particular para suas orações devocionais diárias. (Mt 6.6; Mc
1.35; At 10.9). Vale também reiterar que o crente também precisa sempre estar na casa do Pai para a oração
congregacional. (2 Cr 7.15; At 1.12-14; 3.1).
Por quem orar: Por si próprio (Lc 22.40); pelos amigos (Jó 42.10); pelos inimigos (Mt 5.44; Rm 12.14); pela
igreja de Deus (Fp 1.1-7,9; Ef 1.16); por todos os homens e pelas autoridades constituídas (1 Tm 2.1,2; 2 Rs 4.12-36).
CONCLUSÃO
Muitas coisas não serão realizadas no reino de Deus se não houver a oração dos crentes (Êx 33.11; Mt 9.38). Deus
não precisava de uma vara de madeira para abrir o mar vermelho ou fazer sair água da rocha (Ex 14.16; 17.6), não
precisava que Naamã mergulhasse sete vezes em um rio barrento para curá-lo de sua lepra (2 Rs 5.10), nem tão pouco Jesus
precisava do tanque de Siloé para dar visão a um cego (Jo 9.7), mas assim o fez, para que em seus milagres houvesse a
participação humana. Deus pode fazer todas as coisas de forma independente, no entanto Ele as prefere fazer através das
nossas orações. Portanto, digamos sempre a Deus, “Que a tua vontade seja feita aqui na terra como é feita no céu” (Mt
6.10 NTLH)
REFERÊNCIAS
• O PODER E O MINISTÉRIO DA ORAÇÃO. CPAD
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
• Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro. CPAD 2010.