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º Trimestre de 2024

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Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco

Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais


Departamento Infantojuvenil
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – Recife-PE / CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524 / 3084 1543
PROFESSOR 3 – CLASSE DE ADOLESCENTES – 2º TRIMESTRE DE 2024

LIÇÃO 02 – UMA HISTÓRIA SOBRE ORAÇÃO


TEXTO BÍBLICO: LUCAS 11.1-13
INTRODUÇÃO
A oração é um meio que Deus utiliza para desenvolver a comunhão do crente com Ele. Falar com Deus é uma preciosa
e indivisível dádiva do cristã. Desperdiçar a oportunidade de falar com Deus e ouvi-lo, quando estamos em oração, é um
atestado de enfermidade espiritual, cujo tratamento requer urgência (Is 55.6; Jr 29.13).

I – A MENSAGEM
“Por isso eu digo: peçam e vocês receberão; procurem e vocês acharão; batam, e a porta será aberta para vocês”
(Lc 11.9)
PEDIR, BUSCAR, BATER. Jesus estimulava a perseverança na oração. Devemos continuar a pedir, a buscar e a bater.
Pedir, fala da consciente necessidade e da confiança que Deus ouve nossa oração. Buscar, fala de fervente petição associada a
submissão à vontade de Deus. Bater, fala da perseverança em buscar a Deus quando Ele não responde imediatamente. A
garantia de Cristo de que o suplicante receberá o que pede baseia-se em: (1) buscar em primeiro lugar o reino de Deus (ver Mt
6.33 nota); (2) a bondade e amor paternais de Deus (6.8; 7.11; Jo 15.16; 16.23,24,26; Cl 1.12); (3) orar de conformidade com a
vontade de Deus (1 Jo 5.14; 3.22; Mc 11.24); (4) cultivar a comunhão com Cristo (Jo 15.7); e (5) obedecer a Cristo (STAMPS,
1995, p. 1398)

II – AUXÍLIO PEDAGÓGICO

Caro(a) professor(a), no intuito de mostrar aos alunos que a oração é uma


ferramenta de relacionamento com Deus, e não apenas de petições, aplique a seguinte
dinâmica: Confeccione três pequenos envelopes, com suas respectivas cartas contendo as
seguintes frases. “Amigo(a), estou precisando de sua ajuda! Me empresta, por favor, mil
reais”. Para tal exemplo, diga que o dinheiro é emprestado e ao tempo certo devolvido,
mas repita esse evento na segunda e na terceira carta. Pergunte aos alunos o que
pensará o destinatário, quando este receber uma quarta carta. Após a discussão
interna, leve à classe a uma pequena reflexão perguntando-lhes, “O que Deus pensa,
quando dobramos nossos joelhos diante dEle?”

III - COMENTÁRIO DA LIÇÃO

Desde o Gênesis, podemos verificar nas sagradas escrituras que o Senhor sente prazer em relacionar-se com o
homem. Por diversas vezes, tanto no antigo testamento como no novo, Deus nos convida a invocarmos o seu nome (Jr
33. 3; 2 Cr 7. 14; Is 55. 1-6; Is 1. 18; I Ts 5. 17; Mt 6. 9-13). A oração [Do lat. orationem] é o meio pelo qual
conversamos com Deus. Essa atividade é descrita na bíblia como invocar a Deus (Sl 17.6; Gn 4.26), clamar ao Senhor
(Sl 3.4), buscar ao Senhor (Is 55.6), aproximar-se do trono da graça com confiança (Hb 4.16) e chegar perto de Deus
(Hb 10.22). Quando associada a uma vida de obediência à palavra e vigilância, a oração também é um meio de
prevalecermos contra as forças das trevas e contra o pecado (Is 1. 18; Mt 17. 21; 26.41).

3.1 ORAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO


Ainda no antigo pacto, podemos observar que a oração sempre esteve presente na vida dos que temiam a Deus.
“No AT, a oração pode ser adequadamente descrita em termos dos grandes homens de Israel que aparecem muitas
vezes como grandes intercessores perante Deus em nome do povo. Nessa função, eles manifestaram uma incrível
coragem e persistência.” (WYCLIFFE, 2006, p. 1420). As orações registadas no período patriarcal, monárquico e
profético, revelam que os servos de Deus puderam apresentar suas alegrias, tristezas, lamentações, súplicas, medos e
também o sentimento de gratidão. Vejamos abaixo alguns exemplos:
3.1.1 Período Patriarcal: A conversa entre Deus e Adão (Gn 1.28); Sete “começou a invocar no nome do
Senhor” (Gn 4.26); A comunhão de Enoque com Deus (Gn 4.26); Abraão com frequência invocava o
Senhor (Gn 13.4 18.23-33); Isaque (Gn 25.21); Jacó (Gn 28.20-22); Jó (Jó 403-5); e, Moisés (Ex
14.13-15).
3.1.2 Período Monárquico: Davi relevou na oração sua dependência de Deus (1Sm 23.2,4,10-12), em
tempos de bençãos (2Sm 7.18-22); em tempos de fracassos (2Sm 12.16, 24.17) e em expressão de
louvor (2Sm 22.1); Salomão ora por sabedoria (1Rs 8.22-53); Josafá pede por livramento (2Cr
20.6-12); Ezequias quando recebe a notícia que morreria (2Rs 19.15-19).
3.1.3 Período Profético: Elias ora pelo filho morto da viúva de Sarepta (1 Rs 17.20-22); Eliseu, de igual
modo (2 Rs 4.32-35); Isaías ao sentir seu pecado, diante da glória de Deus (Is 6.1-11); Jeremias ao
receber a mensagem profética para Judá (Jr 1.6); Daniel orou para Deus revelar o sonho de
Nabucodonozor, e além disso, pediu a interpretação do sonho.

IV - ORAÇÃO NO NOVO TESTAMENTO

No novo pacto, uma fase é iniciada a partir da cruz. O acesso a Deus na antiga aliança era limitado a algumas
pessoas e cargos específicos, mas, através do sangue derramado no Calvário, o véu do templo rasgou-se de alto a baixo
(Mt 27.51; Lc 23.45) sinalizando ao homem que agora este teria ousadia para entrar no santo dos santos (Hb 10.19). O
Espírito Santo, que outrora “vinha sobre” os homens e mulheres de Deus (Jz 14.6, 19; I Sm 10.6; Ez 11.5-6; 2 Cr 15.1-
8), passou a habitar no homem que confessa a Cristo como seu Senhor e Salvador. Vejamos o que Jesus disse aos seus
apóstolos: “o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o
conheceis, porque habita convosco e ESTARÁ em vós” (Jo 14.17).
A primeira reunião de oração: Após a ascensão de Jesus, os discípulos se reuniram no cenáculo em oração
(At 1.13,14). Podemos dizer que esta foi a primeira reunião de oração da igreja. Os discípulos aguardaram, em
oração, a promessa de Jesus até que do alto todos fossem revestidos de poder (At 2.2-4).
A oração na igreja primitiva: O resultado deste derramamento do Espírito Santo, que era aguardado com
oração, foi a conversão de várias pessoas, milagres, a unidade da igreja e a comunhão entre os irmãos (At 2.40-43).
Desde então os apóstolos se “preservavam em oração e no ministério da palavra” (Atos 6.4). Em Atos dos apóstolos
no capítulo 12, Pedro está encarcerado e cercado por dezesseis soldados, “mas a igreja fazia contínua oração por ele
a Deus” e o anjo do Senhor o visitou, as correntes de suas mãos caíram, as portas foram abertas, e Pedro retornou à
congregação (At 12. 1-17). Glória a Deus!
A oração no ministério do apóstolo Paulo: Depois de Cristo, Paulo foi o maior missionário de todos os
tempos. No entanto, este servo de Deus compreendia bem que o fruto de todo o seu trabalho não permaneceria se não
houvesse uma forte dedicação à intercessão. À igreja em Colossenses, escreve “não cessamos de orar por vós” (Cl 1.
9-10). Em suas intercessões, Paulo sentia o peso e as “dores de parto” daqueles pelos quais intercedia, para que
“Cristo fosse formado” nos que se convertiam (Gl 4.9). Reconhecendo suas limitações como homem, também pedia
às igrejas: “Irmãos, orais por nós”. (1 Ts 5.25; 2 Ts 3.1-5).

V - COMO, ONDE E POR QUEM ORAR?

Com reverência e humildade: Todo crente deve lembrar-se que, ao orar, está se dirigindo ao Criador e
sustentador de todo o universo (Gn 1.1; Sl 19.1-6; Jo 1.6), um ser adorado e reverenciado pelos anjos (Sl 148.2;
103.20; Mt 4.11; Hb 1.6). Portanto, toda a reverência lhe é necessária, é um princípio bíblico (Sl 96.9; 123.7; Mt 4.10;
1 Tm 1.17). Além disso, temos a natureza adâmica (Rm 5.12-19) e Deus é Santo (Is 6.3). Quando nos depararmos com
a presença de um ser tão glorioso, todas as nossas qualificações e justiça se tornam “trapo de imundícia” (Is 64.6).
Logo, a humildade não se aparta da reverência.
Com fé: “Sem fé, é impossível agradar a Deus” (Hb 11.6). Quando nos dirigimos a Deus em oração,
devemos crer que Ele é poderoso para fazer tudo, muito mais, além daquilo que pedimos ou pensamos, pelo seu poder
que opera em nós, a nossa fé (Ef 3.20; Tg 1.6).
O lugar da oração: Paulo afirma aos Tessalonicenses “orai sem cessar” (1 Ts 5.17). Isso implica dizer que
em todo o tempo, ainda que nas nossas atividades diárias, nossa mente deve estar voltada para Deus. No entanto, é
imprescindível que todo crente disponha de um local particular para suas orações devocionais diárias. (Mt 6.6; Mc
1.35; At 10.9). Vale também reiterar que o crente também precisa sempre estar na casa do Pai para a oração
congregacional. (2 Cr 7.15; At 1.12-14; 3.1).
Por quem orar: Por si próprio (Lc 22.40); pelos amigos (Jó 42.10); pelos inimigos (Mt 5.44; Rm 12.14); pela
igreja de Deus (Fp 1.1-7,9; Ef 1.16); por todos os homens e pelas autoridades constituídas (1 Tm 2.1,2; 2 Rs 4.12-36).

CONCLUSÃO
Muitas coisas não serão realizadas no reino de Deus se não houver a oração dos crentes (Êx 33.11; Mt 9.38). Deus
não precisava de uma vara de madeira para abrir o mar vermelho ou fazer sair água da rocha (Ex 14.16; 17.6), não
precisava que Naamã mergulhasse sete vezes em um rio barrento para curá-lo de sua lepra (2 Rs 5.10), nem tão pouco Jesus
precisava do tanque de Siloé para dar visão a um cego (Jo 9.7), mas assim o fez, para que em seus milagres houvesse a
participação humana. Deus pode fazer todas as coisas de forma independente, no entanto Ele as prefere fazer através das
nossas orações. Portanto, digamos sempre a Deus, “Que a tua vontade seja feita aqui na terra como é feita no céu” (Mt
6.10 NTLH)

REFERÊNCIAS
• O PODER E O MINISTÉRIO DA ORAÇÃO. CPAD
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
• Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro. CPAD 2010.

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