11.sucesso e Fracasso Escolares
11.sucesso e Fracasso Escolares
11.sucesso e Fracasso Escolares
Introdução
Capítulo 1
As taxas de rendimento no ensino fundamental: série histórica de 2000 a 2010
Catorze anos depois da aprovação da LDB, dados fornecidos pelo Inep, relativos ao
ensino fundamental em 2010, apontam 959.783 alunos que abandonaram a escola e 3.028.332
alunos reprovados, nas redes estaduais e municipais.
No clássico “Evasão e repetência no Brasil: a escola em questão”, Brandão, Baeta e
Rocha (1983, p. 63) afirmam que a repetência implica desperdícios em termos econômicos e
sociais porque “limita a capacidade de absorção do sistema; baixa o grau de eficiência interna
[...]; é preditor da evasão; afeta negativamente a equidade de oportunidades educacionais;
aumenta os custos da educação”. Considerando as disposições da LDB, os dados relativos ao
Inep e esta assertiva, mostra-se necessário apresentar informações estatísticas mais precisas
com relação às taxas de rendimento no Brasil.
Observando os dados de 2010 (Tabela 4), referentes às 1ª série/2º ano, 4ª série/5º ano
e 8ª série/9º ano, a taxa de reprovação nas escolas municipais é menor, quanto mais adiantado
o ano: 1ª série (11,1%), 4ª série (9,5%) e 8ª série (8,5%). Já nas escolas estaduais, a 8ª série
apresenta maior taxa de reprovação (12,7%) em comparação com a 4ª série (7,6%) e com a 1ª
série (6,9%).
As escolas municipais apresentam crescimento mais significativo que as estaduais
nas taxas de aprovação (Tabelas 1, 2 e 3). A taxa de aprovação da 8ª série das escolas
6
municipais (Tabela 3), por exemplo, cresceu mais em um ano (2009-2010) que durante o
período correspondente a 10 anos (1999-2009).
No entanto, a taxa de abandono é maior para ambas ao final da 8ª série, em relação à
4ª série: nas escolas municipais, aumentou aproximadamente 2,3 vezes; nas estaduais, 3,25
vezes.
De modo geral, os dados mais salientes encontram-se nas taxas de rendimento
referentes à 8ª série. Em 10 anos, a aprovação na 8ª série cresceu apenas 3,9 pontos
percentuais nas escolas municipais, na série histórica de 2000 a 2010, apresentando 14% de
alunos não aprovados no último ano desta série, correspondendo 5,5% à taxa de abandono e
8,5% à taxa de reprovação. Nesse mesmo período apontado, a aprovação cresceu 2,7 pontos
percentuais nas escolas estaduais, sendo que em 2010 17,9% dos alunos não foram aprovados
(5,2% abandonaram a escola e 12,7% reprovados). Tendo em vista a 1ª série (Tabela 1) e a 4ª
série (Tabela 2), o crescimento mais irrisório das taxas de aprovação encontra-se nos dados
referentes à 8ª série.
Em contraponto, o crescimento na taxa de aprovação da 1ª série é bastante
significativo. Em 10 anos, aumentou 20,4 pontos percentuais nas escolas municipais e 15,5%
nas estaduais. Contudo, mesmo que isso possa ser considerado positivo para a educação
brasileira, ainda um em cada dez alunos foi reprovado nas redes municipais em 2010 (11,1%);
e 6,9% nas estaduais, configurando um indício da situação educacional de que muitas crianças
no início do seu processo de escolarização – com idades em torno de sete anos – já estariam
experimentando o fracasso escolar.
Em todas as séries do ensino fundamental verificou-se 11,2% de reprovação em
2010, tanto nas escolas municipais quanto nas estaduais. Nesse ano, as municipais, com
16.921.822 matrículas iniciais, tiveram 1.895.244 alunos reprovados e as estaduais, com
10.116.856 matrículas iniciais, tiveram 1.133.088 alunos reprovados.
A análise dos dados permite observar que apesar de as escolas estaduais responderem
por um menor número de alunos no ensino fundamental, em comparação com as municipais,
não estão conseguindo obter resultados relevantes ao longo do tempo no que diz respeito às
taxas de rendimento. Em contrapartida, as municipais têm progressivamente melhorado seus
índices, ainda que ambas apresentem um número considerável de alunos não aprovados, o que
reforçaria, no atual contexto educacional brasileiro, as propostas em favor da progressão
continuada e do ensino em ciclos.
Quando transferimos essa discussão para o âmbito das regiões geográficas
brasileiras, observamos as regiões Nordeste e Norte apresentam as maiores taxas de
7
reprovação e abandono (Tabelas 4 e 5). No trabalho de Brandão, Baeta e Rocha (1983), que
cobre o período de 1974 a 1978, estas regiões já apresentavam as maiores taxas de repetência.
Estas verificações indicam que é bastante provável que essas posições estejam associadas a
indicadores socioeconômicos e a fatores vinculados à saúde e à educação (BRANDÃO,
BAETA E ROCHA, 1983, p.60):
Há um consenso entre todos os estudos examinados, seja qual for a
metodologia adotada, a respeito da importância do nível sócio-econômico
(NSE) do aluno para a explicação do seu desempenho. O NSE,
frequentemente identificado com o “background” social, está ligado à
educação dos pais, ocupação do pai, renda da família, ao estado nutricional e
de saúde do aluno.
Capítulo 2
Fracasso e sucesso escolares: seleção da literatura e discussão teórica
possam ser explicadas menos pela desigualdade de suas habilidades escolares e capacidade de
aprendizagem e mais pela diferenciação de suas atitudes e condutas.
As colocações acima conduzem a questões que ajudam a entender quais os motivos
que levam algumas intervenções dos professores, sejam simples reflexos de uma distância
cultural ou reprimenda de um desvio, tornarem-se contrárias à racionalidade didática.
Perrenoud (2001, p. 86) justifica essa tendência explicando que a racionalidade não
predomina constantemente em uma sala de aula:
A complexidade das tarefas do professor, a multiplicidade de
pedidos dos alunos, a quantidade de tarefas das quais deve encarregar-se ao
mesmo tempo, a diversidade das pessoas e das atividades tornam o ensino
uma profissão cansativa, muitas vezes estressante, a qual exige decisões
rápidas, sem haver tempo para refletir.
No que diz respeito à própria diversidade, certamente deve ser vinculada à variedade
das personalidades e dos códigos e comportamentos interiorizados na família. Entretanto,
seria simplificador acreditar que a distância cultural e pessoal entre professor e aluno é
sempre maior quando se trata de um estudante de origem popular ou de um aluno com
dificuldade de aprendizagem. Ainda que seja estatisticamente plausível e, por vezes,
teoricamente coerente, uma análise mais atenta revela muitos contra-exemplos que não podem
ser desconsiderados.
Um relatório publicado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (Unesco) em 2002, denominado “Estudo qualitativo das escolas com
resultados destacáveis em sete países Latino-Americanos”, que procurava analisar como
alunos do 3° e 4° séries da educação básica obtinham resultados em Matemática acima do
esperado, considerando o baixo nível educacional dos pais, constatou que nas escolas que se
destacavam, várias características comuns foram articuladas em evidência. Entre estas,
algumas interligadas às relações das escolas com as famílias e a comunidade apontam que “o
estabelecimento de relações intensas e permanentes entre a família e a escola” e o
“desenvolvimento de atividades que reconhecidamente são geradoras de benefícios mútuos na
relação escola comunidade” configuram-se em algumas destas características em comum que
impulsionam o bom desempenho dos alunos. Não se restringindo a questões relativas ao
desempenho, o vínculo estabelecido entre comunidade e escola parece apresentar um caminho
possível para o enfraquecimento dos índices de evasão e abandono.
Adicionalmente, Patto (1999), ao destacar e elaborar algumas reflexões acerca de
trajetórias escolares mal-sucedidas, denotou que as dificuldades na escolarização dos alunos
são geradas na complexidade das relações, concepções e práticas da instituição de ensino no
11
processo de escolarização dos alunos. Isso porque, tal como afirma Charlot (2000, p. 87, 88),
qualquer teoria que se proponha a pensar a relação com o saber deve constar em sua
abordagem o conjunto dos dados do problema, considerando:
▪ um sujeito,
▪ em relação com outros sujeitos,
▪ presa da dinâmica do desejo,
▪ falante,
▪ atuante,
▪ construindo-se em uma história, articulada com a de uma família, de uma sociedade, da
própria espécie humana,
▪ “engajado” em um mundo no qual ocupa uma posição e onde se inscreve em relações
sociais.
Charlot (2000, p. 34) propõe-se, então, a elaborar considerações acerca da relação
dos alunos com o saber para esmiuçar o estudo do que é chamado “fracasso escolar”, já que
estudar a relação com o saber seria analisar os educandos como sujeitos confrontados “com a
necessidade de aprender e a presença de ‘saber’ no mundo”. Para o autor, não existe “fracasso
escolar” como termo genérico que possa ser coerentemente analisado como objeto, pois esta
expressão seria um modo cômodo para denominar um conjunto de fenômenos (como alunos
que não acompanham o ensino que lhes é ministrado, estudantes que não são orientados para
a habilitação que intencionavam; alunos que, frustrados, reagem com condutas de desordem,
entre outros). Com base nessa assertiva, todo sujeito se constituiria e seria constituído
apropriando-se do mundo, ou seja, todo homem, uma vez que nasce, ingressa por
conseqüência em um espaço no qual está subordinado à necessidade de aprender. Esse
aprendizado, por sua vez, pode estar vinculado à apreensão de um saber no sentido de um
conteúdo intelectual (relação científica), ao domínio de uma atividade ou entrada em formas
relacionais e capacidade de ação em círculos sociais (relação prática).
Aprofundando esses aspectos, pode-se agregar o conceito habitus como uma
subjetividade socializada, conforme considera Bourdieu (1983), à análise referente às
diferentes trajetórias escolares. O habitus é inerente à interdependência com um campo
específico, o que pressupõe uma relação dialética entre indivíduo e sociedade, entre aluno e os
diferentes círculos sociais que demarcam seu papel. As atitudes e aspirações individuais se
configurar-se-íam em respostas complexas entre certas disposições de um sujeito e forças e
incitações de uma conjuntura. A posição social ocupada por um estudante no campo social
gera um estilo de vida correspondente, marcando e demarcando neste espaço, como a hexis
12
corporal e a linguagem podem expressar (BOURDIEU, 1983). Tendo isso, o gosto passa a ser
uma questão de perspectiva: o que é dispensável para um pode ser fundamental para outro, ou
seja, para diferentes posições sociais, percepções diferenciadas das estruturas objetivas
(leituras de mundo desiguais), ainda que todos estejam a elas submetidos.
A tensão entre os veredictos escolares e os parentais dependerá, em graus
diferenciados (como tendência de acordo com a categoria social), da confiança conferida à
escola, aos professores e do entendimento das exigências escolares explícitas e implícitas.
Essa complexa relação ou, no caso, choque entre os veredictos escolares e a herança cultural
que o aluno traz da família deriva das disposições de cultura, que para Bourdieu (1998, p.
210) são
[...] o produto da incorporação das estruturas objetivas e as
expectativas tenderem a se ajustar às chances, a ordem instituída tende
sempre a se manifestar, mesmo aos olhos dos mais desfavorecidos, como
algo evidente, necessário, mais necessário e ainda mais evidente em todo
caso do que se poderia crer do ponto de vista dos que, não tendo sido
formados em condições tão impiedosas, só podem considerá-las
espontaneamente insuportáveis e revoltantes.
Com base nesses apontamentos, é preciso reforçar que a causalidade das situações de
fracasso escolar é multifatorial. Esta causalidade depende, também, de elementos inter-
relacionais na comunidade escolar e também de fatores como a insatisfação docente com
diferentes aspectos de seu trabalho, investimento na área da educação e problemas familiares
que por vezes independem da condição financeira. Sob esse aspecto, Patto (1999, p. 162) já
indicava a discussão metodológica, ampla e profunda, como a tarefa mais urgente na área da
pesquisa em ciências humanas, objetivando a superação de “verdades” e de simplificações
que estejam “continuamente atuando contra os interesses das classes sociais a que se
referem”.
Por esses motivos, trabalhos que se baseiam na tese de que a capacidade ou
incapacidade docente seria a resposta para a produção do “fracasso escolar” apontam para
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O autor critica a visão conservadora que acredita que a escola perdeu qualidade e
deteriorou-se, e por isso seria preciso readquirir os padrões de qualidade que teve no passado.
Como a escola secundária era seletiva e propedêutica (no sentido de uma instituição que
oferece um estudo preparatório, visando a academia, a instrução superior), a qual preparava
segmentos bem definidos da classe dominante para o ingresso em escolas superiores, tem-se
que a população posteriormente “beneficiada” com a democratização do ensino não tinha as
mesmas possibilidades de acompanhamento dos conteúdos culturais priorizados pela antiga
escola. Na medida em que foi se alargando, a escola não perdeu qualidade, segundo indica o
autor, mas mudou. A relação entre a instituição e o aluno se modificou, uma vez que as
classes dominantes desenvolviam uma relação de sinergia com a escola, contraponto com o
conflito observado com o tipo de relacionamento, em geral, travado com as camadas
populares (Op. cit., p. 4):
Aquela escola atendia a uma certa faixa, bem definida da
população; aquela escola estava perfeitamente harmonizada com as suas
funções propedêuticas, ao passo que aquela mesma escola, com as ligeira
modificações que foram introduzidas nela, já não está perfeitamente
articulada com a composição de sua clientela hoje.
Sob esse aspecto e trazendo essa colocação para o campo educacional, temos que
quando se deixa para avaliar somente ao final de determinado processo, expõe-se ao risco de,
perante resultados indesejados, perderem-se os recursos e não se aproveitar o tempo oportuno
no decurso da ação. Paro (2001, p. 39) afirma que “a avaliação educativa deve significar
precisamente o cuidado com a qualidade de ensino”. Tendo isso, o autor destaca que para a
efetivação da boa qualidade do aprendizado é necessário que a avaliação seja apreendida com
base em um caráter nitidamente diagnóstico. De modo similar, Sousa (2000) aponta que a
avaliação da aprendizagem conduzida pelos professores tem, comumente, se reduzido ao
procedimento de verificação de “acertos” e “erros” dos alunos. Esse procedimento se traduz,
sobretudo, em classificação dos estudantes, predominantemente direcionada ao controle
comportamental e à punição, pela atribuição de notas ou conceitos. É sob este aspecto que
cabe analisar se as atividades avaliativas têm ou não possibilitado o desenvolvimento
daqueles que integram a escola, considerando-se as diferenças individuais e sócio-culturais
dos alunos. Estes recursos não seriam apenas instrumentos para a aprovação ou reprovação
dos alunos, mas sim um instrumento de averiguação de diferentes situações escolares, com o
intuito de definir encaminhamentos adequados para a sua trajetória e aprendizagem (as
alternativas mais recorrentes para suprir a defasagem de aprendizado são as “recuperações
apressadas”, destoando-se disso estaria a “correção em processo”).
A avaliação formativa, por sua vez, objetiva uma evolução e formação continuada
dos atores envolvidos na realidade educativa (alunos e profissionais da educação). Esta
avaliação teria que integrar-se ao trabalho docente, como concepção formativa que o
17
Capítulo 3
Levantamento bibliográfico
3.1 Metodologia
As fontes de pesquisa para aquisição dos títulos foram diversas. As principais foram a
Scientific Electronic Library Online (SciELO), com coleção de revistas e artigos científicos, o
Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo (Sibi-USP), os periódicos do
site de Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o Thesaurus,
com vocabulário controlado que reúne termos e conceitos do Inep e o Google acadêmico.
Consideraram-se, também, métodos adicionais mais simples de pesquisa, como o
encontro de títulos alusivos ao fracasso e sucesso escolares em referências bibliográficas
disponíveis em teses, livros e artigos, por exemplo.
19
A busca pelo material encontrado foi possibilitada, em geral, pelo uso de palavras-
chave indicativas da temática abordada, como “fracasso”, “insucesso” e “sucesso” escolares;
“rendimento” (escolar), “reprovação”, “repetência”, “abandono” e “evasão”.
Inicialmente, procurou-se por títulos que considerassem a proposta de estudo de forma
mais abrangente, ou seja, que fossem capazes de abarcar trabalhos associados, ainda que de
maneira indireta, ao universo acadêmico que cerca o tema fracasso e sucesso escolares e os
intuitos enviesados no Projeto de Iniciação Científica a que este Relatório se refere. Nesse
sentido, além das palavras-chave supracitadas, a busca que compôs um primeiro levantamento
bibliográfico mais diverso também foi viabilizada por termos como “ciclos” (de ensino),
“progressão continuada”, “promoção”, “critérios” (de avaliação)”, “julgamento” (dos
professores), “ensino fundamental”, “democratização” (do ensino), “universalização” (do
ensino), “acesso” (à escola), “avaliação” (escolar), “fluxo” (escolar), “tendências” (na
configuração do ensino fundamental).
Com base nessa assertiva, o levantamento bibliográfico inicial continha 320 títulos.
Cento e onze (111) referem-se a ciclos e progressão continuada (grande parte dos títulos
alusivos a estes temas provém de um acervo já anteriormente elaborado pelo orientador deste
trabalho de Iniciação Científica). O restante, composto por 44 itens, reúne assuntos ligados às
outras palavras-chave citadas. O que diz respeito diretamente à meta de pesquisa deste
trabalho, fracasso e sucesso escolares, perfaz um total de 165 títulos.
O levantamento bibliográfico sobre fracasso e sucesso escolares abrange, sobretudo,
trabalhos publicados na década de 90 até os anos mais recentes. Parte significativa contempla,
também, os anos 80. É importante ressaltar que este levantamento não objetivou fazer um
estudo sobre o estado da arte desses períodos, mas constituir um conjunto de títulos sobre a
temática que pudesse formar alguma base para o estudo desta área do conhecimento
educacional.
ABRAPEE** 12 1
Análise Psicológica 63 1
Boletim Bibliográfico 67 1
Cadernos Cedes 61 1
Cadernos Pagu 40 1
Cadernos de Pesquisa 11- 37- 50- 131- 140 5
Contemporaneidade e Educação 71 1
Desafios 76 1
Didática 9 1
Educação 31- 62 2
Educação e Filosofia 108- 138 2
Educação e Pesquisa 8- 14- 25- 80- 95- 134- 149 7
Educação e Seleção 32- 77- 165 3
Educação & Sociedade 20- 39 2
Artigos em periódicos e séries
Educação em Revista 51 1
Em Aberto 21- 27- 35- 118- 151 5
Ensaio 7- 52- 57- 110 4
Estudos Avançados 129- 163 2
Estudos em Avaliação Educacional 66- 160 2
Idéias 24- 26- 46- 158 4
Integração 147 1
Nova Escola 97 1
Pátio 55- 155 2
Pesquisa e Planejamento Econômico 92- 143 2
Práxis Educativa 10 1
Psicologia em Estudo 150 1
Psicologia Escolar e Educacional 73- 111 2
Psicologia: Reflexão e Crítica 68 1
Psicologia: Teoria e Pesquisa 105 1
Psicologia: Teoria e Prática 36 1
Psicologia USP 23 1
Revista Brasileira de Administração da 70
1
Educação
Revista Brasileira de Educação 58- 79 2
Revista Brasileira de Estatística 89 1
Revista de Educação AEC 159 1
Revista Estudos de Psicologia 6 1
Revista Iberoamericana de Evaluación 19
1
Educativa
Revista Lusófona de Educação 59 1
Revista Portuguesa de Educação 4- 130 2
São Paulo em Perspectiva 28 1
5- 16- 17- 29- 42- 44- 56- 82- 85- 86- 87- 98- 112-
Documentos oficiais 16
126-144- 145
Textos em Anais 41- 64- 139 3
Total de referências 165
* É indicado o número de ordem de apresentação dos títulos neste Relatório.
** Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional.
21
Considerações finais
Com base no que foi apresentado neste Relatório, verificou-se que, catorze anos
depois da aprovação da LDB, 959.783 alunos abandonaram a escola e 3.028.332 escolares
foram reprovados em 2010, nas redes estaduais e municipais. Esse quadro contrasta com
aquilo que está prescrito na LDB no sentido de fazer do acesso ao ensino fundamental um
direito público subjetivo, que obriga estados e municípios, em regime de colaboração com a
União, zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola, e mesmo levando-se em
conta o desdobramento do ensino em ciclos e a adoção do regime de progressão continuada
em várias redes.
No que diz respeito às taxas de rendimento (aprovação, reprovação e abandono),
pôde ser observado que as escolas municipais apresentam crescimento mais significativo que
as estaduais nas taxas de aprovação ao longo da série histórica de 2000 a 2010. Viu-se que, de
um modo geral, os dados mais alarmantes encontram-se nas taxas de rendimento referentes à
8ª série, sendo que o crescimento mais irrisório das taxas de aprovação concentram-se nesta
série. A análise dos dados permitiu constatar que apesar de as escolas estaduais responderem
por um menor número de alunos no ensino fundamental em comparação com as municipais,
estas não estão conseguindo obter resultados relevantes ao longo do tempo no que diz respeito
às taxas de rendimento. Em contrapartida, as municipais têm progressivamente melhorado
seus índices, ainda que ambas apresentem um número considerável de alunos não aprovados.
Quando essa discussão é transferida para o âmbito das Regiões Geográficas
brasileiras, observamos as regiões Nordeste e Norte liderando o ranking das taxas de
reprovação e abandono. Essa informação apresenta-se como tendência, uma vez que no
estudo de Brandão, Baeta e Rocha (1983), já podia ser analisado que no período referente aos
anos de 1974 a 1978, estas regiões já apresentavam as piores taxas de repetência, o que
provavelmente se deve, ao menos em grande parte, à associação de fatores sócio-econômicos,
como já indicava a pesquisa na época e como se pode verificar em levantamentos atuais do
IBGE (Tabela 7).
A seleção de algumas obras do levantamento bibliográfico, escolhidas para revisão
com o intuito de melhor compreender os fenômenos referentes ao sucesso e fracasso
escolares, elucidaram algumas questões alusivas à temática. Perrenoud (2001) indicou que a
ideologia do dom ainda prevalece tendencialmente em parte considerável dos profissionais da
educação. Além disso, discutiu-se que a lógica específica da escola e a sua relação com as
22
estratégias das famílias muitas vezes marcam a reprodução na estrutura de distribuição dos
conteúdos culturais (BOURDIEU, 2007). De outra forma, é possível afirmar que, em geral, as
diferenças nas intervenções dos professores e nas relações travadas com os alunos talvez
possam ser explicadas menos pela desigualdade de suas habilidades escolares e capacidade de
aprendizagem e mais pela diferenciação de suas atitudes e condutas. Isso porque o tratamento
de certas diferenças, por vezes, beneficia os favorecidos, pensando que é comum que o
professor se interesse de modo bastante espontâneo pelos alunos que possuem conformidade
com o estilo dele, no entanto tende a não se identificar e até rejeitar os que se desviam das
regras, o que está direta ou indiretamente relacionado à incorporação das diferentes normas
familiares apreendidas pelos alunos.
Não se reduzindo aos aspectos sócio-culturais, as discussões teóricas que parecem
melhor explicar a causalidade das situações de fracasso escolar apontam para uma conjuntura
que é multifatorial (PATTO, 1999). Uma análise mais profunda permite associá-la ao que
podemos chamar de crise da educação brasileira, que semelhantemente a esta conjuntura é
multifacetária, e está subjacente à expansão da rede de escolas em todos os níveis, tendo em
suas raízes “o crescimento, a complexidade, a burocratização, a escassez de recursos, a
transformação da clientela” (BEISIEGEL, 1981) que dão forma à estrutura educacional no
país.
Os fenômenos denominados fracasso e sucesso escolares, segundo Charlot (2000, p.
34) estariam associados a uma complexa relação dos alunos com o saber, pois estudar essa
dialética seria analisar os alunos como sujeitos confrontados “com a necessidade de aprender
e a presença de ‘saber’ no mundo”.
A significativa produção sobre ciclos e progressão continuada (sobretudo após a
edição da LDB de 1996), a qual muitas vezes inclui extensas discussões teóricas sobre um
novo modo de se pensar os métodos avaliativos, como a proposta relativa à avaliação
formativa, ainda contrasta notoriamente com a realidade educacional brasileira,
principalmente no que diz respeito ao que se pode observar nas redes municipais e estaduais
de educação. Estudos mais aprofundados sobre as razões e elementos envolvidos que
impossibilitam essa transposição parecem indicar um necessário e profícuo tema de estudo no
campo educacional.
23
Referências bibliográficas
Anexos
Tabelas
Tabela 1 - Taxa de aprovação 1ª série/2º ano. Ensino fundamental. Escolas municipais e estaduais.
Brasil. 2000-2010
Dep. adm. 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2007 2008 2009 2010
Municipais 66,3 70,3 72,3 72,6 70,0 71,7 78,6 80,3 83,3 86,7
Estaduais 76,0 79,3 79,7 81,1 81,8 82,4 86,3 88,8 91,1 91,5
Fonte: MEC/ Inep
Tabela 2 - Taxa de aprovação 4ª série/5º ano. Ensino fundamental. Escolas municipais e estaduais.
Brasil. 2000-2010
Dep. adm. 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2007 2008 2009 2010
Municipais 80,4 82,6 82,9 82,6 81,2 82,4 85,9 86,4 87,3 88,1
Estaduais 82,6 84,3 86,0 85,8 85,1 85,7 86,8 88,4 90,1 90,8
Fonte: MEC/ Inep
Tabela 3 - Taxa de aprovação 8ª série/9º ano. Ensino fundamental. Escolas municipais e estaduais.
Brasil. 2000-2010
Dep. adm. 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2007 2008 2009 2010
Municipais 82,1 82,6 82,4 81,9 79,2 80,3 83,1 83,1 84,6 86,0
Estaduais 79,4 80,5 80,0 79,0 75,8 76,5 78,3 78,8 80,8 82,1
Fonte: MEC/ Inep
Tabela 7 - Famílias com crianças de 0 a 14 anos de idade, total e respectiva distribuição percentual, com muita
dificuldade para chegar ao fim do mês com o rendimento monetário familiar segundo as Regiões Geográficas.
2008-2009
8) ALVES, Maria Teresa Gonzaga; SOARES, José Francisco. O efeito das escolas no
aprendizado dos alunos: um estudo com dados longitudinais no ensino fundamental.
Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 34, n. 3, p. 527-544, set./dez. 2008.
10) AMARAL, Maria Clara Ede. Avaliação nos ciclos: adiamento da exclusão? Práxis
Educativa, Ponta Grossa, v. 3, n. 2, p. 129-133, jul./dez. 2008.
11) ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de. Avaliação escolar: além da meritocracia e
do fracasso. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 99, p. 16-20, nov. 1996.
13) ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de; PASSOS, Laurizete F. Para além do
fracasso escolar: uma redefinição das práticas avaliativas. In: AQUINO, Julio Groppa
(Org.). Erro e fracasso na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo:
Summus, 1997. p. 111-123.
14) ANGELUCCI, Carla Biancha et al. O estado da arte da pesquisa sobre o fracasso
escolar (1991-2002): um estudo introdutório. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 30,
n. 1, p. 51-72, jan./abr. 2004.
16) ARAÚJO, Carlos Henrique; LUZIO, Nildo. Para superar o fracasso escolar.
Brasília: Inep – Sala de imprensa. 3 out. 2005. Disponível em
www.inep.gov.br/imprensa/entrevistas/para_superar_fracasso_escolar.htm. Acesso
em: 16 jul. 2006.
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