TC - Jurisprudência - Acordãos - Acórdão 308 - 2024
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22/04/24, 16:16 TC > Jurisprudência > Acordãos > Acórdão 308/2024 .
ACÓRDÃO Nº 308/2024
I – Relatório
1. Nos presentes autos, por meio de requerimento datado de 28 de novembro de 2023, vem o
recorrente, A., reiterar o teor de pedido anterior e requerer que seja suprida suposta omissão relativa
a queixa-crime sobre factos atinentes ao processo, alegadamente a remeter ao Ministério Público.
Ora, tendo em atenção o teor do despacho da Relatora, de 13 de novembro de 2023 - proferido em
resposta a requerimento de idêntica natureza, e que afirma que nada mais há a decidir, visto que o
pedido e a informação que solicita ao Tribunal encontram resposta no Acórdão n.º 631/2023 -, e
considerando o princípio do aproveitamento dos atos processuais, convolar-se-á o requerimento aqui
em apreço, um impulso processual anómalo e não identificado, em reclamação do mencionado
despacho, nos termos do n.º 2 do artigo 78.º- B da Lei n.º 28/82, de 15 de novembro (Lei da
Organização, Funcionamento e Processo do Tribunal Constitucional, adiante designada por LTC).
II – Fundamentos
3. Como decorre do decidido no Acórdão n.º 631/2023, não se verifica nos autos nenhuma
falsidade, pelo que, por consequência, não pode materializar-se nenhuma queixa ou denúncia.
Além disso, o recorrente, incorrendo em claro erro por deficiência técnica de conhecimento,
insiste na sua posição equivocada acerca da divisão de competências da Procuradoria-Geral da
República. De acordo com o que já se determinou no despacho ora reclamado, e como sustentou o
Ministério Público nos presentes autos, a Procuradora-Geral da República, nessas funções, não tem
competência para agir na matéria em causa ou dar seguimento a uma fase de inquérito, uma vez que a
competência do referido Ministério Público se configura em razão do território, da matéria e da
hierarquia, quando há de facto fundamento para tal, ex vi dos artigos 241.º, 245.º e 262.º a 266.º do
CPP.
Com isso, carece totalmente de fundamento o pedido e reiteram-se os termos do despacho
da relatora, de 13 de novembro de 2023.
Não cabe qualquer atuação subsequente deste Tribunal, nesta matéria.
III – Decisão
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constantes do ponto 3 do presente Acórdão e o disposto nas alíneas a) e d) do n.º 2 do artigo 542.º
do CPC e no n.º 7 do artigo 84.º da LTC, abrindo-se traslado relativo à questão da má fé (instruído
com cópia das decisões recorridas, do requerimento de interposição de recurso, do despacho que
admitiu o recurso, e dos atos praticados no âmbito do recurso de constitucionalidade até esta data),
que se manterá neste Tribunal até à respetiva decisão, independentemente da baixa do processo à
instância recorrida.
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