Alexandre Assis,+45738
Alexandre Assis,+45738
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Abstract: The book “Teaching to Transgress: Education as a Practice of Freedom,” from bell
hooks, is the subject of this review. This work aims to analyze the effects of colonialism in
the educational field. In addition, the author emphasizes the critical and decolonial
perspective as a possible way to promote freedom. Reading is led by reflections on
pedagogical practice as a political and resistance place.
hooks, bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. São Paulo
Martins Fontes, 2013.
2020 Souza; Raposo. Este é um artigo de acesso aberto distribuído sob os termos da Licença
Creative Commons Atribuição Não Comercial-Compartilha Igual (CC BY-NC- 4.0), que permite uso,
distribuição e reprodução para fins não comerciais, com a citação dos autores e da fonte original e sob a
mesma licença.
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É certo que eu era ingênua ao imaginar, durante o ensino médio, que recebia
orientação espiritual e intelectual da parte de escritores, pensadores e
acadêmicos no contexto universitário. Encontrar uma tal coisa seria o mesmo
que descobrir um tesouro precioso. Aprendi, junto com os outros alunos, a
me dar por contente que se encontrasse um professor interessante capaz de
falar de maneira envolvente. A maioria dos meus professores não estavam
nem um pouco interessados em nos esclarecer. Mais que qualquer outra
coisa, pareciam fascinados pelo exercício do poder da autoridade dentro do
seu reininho – a sala de aula.
Destarte, reforça que a “educação engajada” não se trata de uma educação normativa,
que se baliza por deveres e obrigações, mas um processo que tem entre seus critérios exercer a
liberdade e promover o diálogo. Diante da dívida histórica do Estado para as pessoas de
minorias étnicas, garantir educação nesses princípios é uma das funções mais importantes do
processo formativo. A educação decolonial e feminista pode contribuir desse modo para fazer
Revista Interinstitucional Artes de Educar. Rio de Janeiro, V. 6, N.1- pág. 416-421 janeiro-abril de 2020:
“Educação: Corpo em movimento II.” – DOI: 10.12957/riae.2020.45738
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falta de reconhecimento da produção intelectual das autoras negras, bem como a inscrição da
lógica colonial no contexto de produção do conhecimento. Em face disso assinala:
Visto que a produção feminista por parte de acadêmicas negras sempre foi
marginalizada, tanto em relação à hegemonia acadêmica existente, quanto à
corrente principal do feminismo, aquelas entre nós que creem que esse
trabalho é crucial para qualquer discussão imparcial da experiência negra
têm de intensificar seu esforço de educação em prol da consciência crítica.
Aquelas acadêmicas negras que começaram a tratar de questões de gênero
enquanto ainda eram ambivalentes em relação à política feminista e agora
cresceram, tanto em sua consciência quanto em seu comprometimento, têm o
dever de se mostrar dispostas a discutir publicamente as mudanças no seu
pensamento. (2013, p. 172)
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REFERÊNCIAS
hooks, bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. São Paulo
Martins Fontes, 2013.
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Bacharela em Serviço Social pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte –(UERN). Pós-graduada em
i
Saúde Pública com Ênfase em Saúde da Família pela instituição Faculdade Vale do
Jaguaribe.macianafreitas@hotmail.com ORCID https://orcid.org/0000-0003-2291-0411
ii
Licenciada em Ciências Sociais pela UERN. Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Ensino (PPGE),
do Campus Avançado “Profa. Maria Elisa de A. Maia” (CAMEAM). patyloreraposo@hotmail.com ORCID:
https://orcid.org/0000-0002-3923-757X
3
Para Crenshaw (2002, p. 177), a interseccionalidade: [...] busca capturar as consequências estruturais e
dinâmicas da interação entre dois ou mais eixos da subordinação. Ela trata especificamente da forma pela qual o
racismo, o patriarcalismo, a opressão de classe e outros sistemas discriminatórios criam desigualdades básicas
que estruturam as posições relativas de mulheres, raças, etnias, classes e outras. Além disso, a
interseccionalidade trata da forma como as políticas específicas geram opressões que fluem ao longo de tais
eixos, constituindo aspectos dinâmicos ou ativos do desempoderamento.
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