História Da Umbamda
História Da Umbamda
História Da Umbamda
A Umbanda é uma religião monoteísta e afro-brasileira, surgida em 1908, fundada por Zélio
Fernandino de Moraes.
Pt.2
Rapidamente, ela se espalhou por todo Brasil e outros países da América Latina.
Ainda adquiriu conceitos do kardecismo, que estava chegando ao país, como o de “evolução” e
“reencarnação”.
Também tem Jesus como referência espiritual e é possível encontrar sua imagem em lugar
destacado nos altares das casas ou de terreiros de umbanda.
Pt.3
O local para a realização das cerimônias da umbanda chama-se Casa, Terreiro ou Barracão.
Igualmente, são feitas várias celebrações ao ar livre, junto à natureza, em rios, cachoeiras ou
na praia.
Essas cerimônias são presididas por um “pai” ou “mãe”, um sacerdote que dirige os ritos e
comanda a casa. Também é responsável por ensinar a doutrina e os segredos da umbanda aos
seus discípulos.
Pt.4
Os orixás encontrados na Umbanda são: Oxalá, Xangô, Iemanjá, Ogum e Oxossi, Oxum, Iansã,
Omulú e Nanã.
Pretos velhos: pessoas trazidas da África para serem escravizados no Brasil. Apesar de terem
sofrido em vida, agora são espíritos ditos evoluídos que dão ótimos conselhos a quem os
procuram.
Baianos: pessoas que viveram na Bahia e que escolheram serem guias e ajudar a quem precisa.
Trabalham com emprego, saúde, força moral.
Marinheiros/Marujos: em algumas regiões, essa linha não existe. Trabalham com limpeza
psicológica, física, espiritual, e sempre falam a verdade. Estão sempre balançando porque vem
do mar; tiveram uma vida sofrida, mas de muito aprendizado.
Erês: são os espíritos infantis. Risonhos, adoram brincar. Consolam os aflitos, os pais e mães e,
às vezes, cometem algumas travessuras.
Malandros: são aquelas pessoas tiveram que usar de sua esperteza para sobreviver. Um dos
mais conhecidos é Zé Pelintra. Ficou órfão de pai e mãe e, para sobreviver, começou a realizar
pequenos roubos e trapaças. Cuida das mulheres viciadas, das maltratadas, das prostitutas,
esquecidas.
Pomba-gira: são mulheres que em vida lutaram contra a situação opressora feminina e por
isso, agora ajudam àquelas que passam por problemas. Uma delas foi Maria Padilha, amante
do rei Dom Pedro I de Castela (1334-1369), retratada como mulher sensual, bem-vestida e
sedutora.
Pt.5
Cerimônias da umbanda
Igualmente são feitas sessões de “descarrego”, quando é captada a energia negativa da pessoa
e transferida para os fundamentos do templo. Note que não é permitido qualquer tipo de
remuneração por esses trabalhos espirituais.
As vestes mais usadas nestas cerimônias são brancas, porque essa é a cor neutra que agrada
todos os orixás e guias.
Na Umbanda não se pratica o sacrifício de animais e se celebra rituais de batizado,
consagração e casamento.
Pt.6
Pontos de umbanda
Os pontos de umbanda são cantigas para louvar, chamar e se despedir do orixá e as linhas de
entidades.
Pt.7
Hino da umbanda
Apesar da Umbanda variar de acordo com cada região do Brasil e de cada casa/terreiro, ao
menos uma canção é muito popular: o Hino da Umbanda.
Composta por José Manoel Alves (letra) e Dalmo da Trindade Reis (música) foi oficializada
como hino em 1961.
É do reino de Oxalá
Antes de iniciar as cerimônias na Umbanda é comum uma pessoa iniciada riscar o chão com
símbolos diversos: estrelas, cruzes, tridentes, traços retos ou curvos, etc.
Estes podem variar conforme a casa de Umbanda, mas o sentido é o mesmo: chamar as
entidades que vão ser trabalhadas, garantir a chegada dos guias a serem incorporados,
homenagear os orixás, trazer bons fluidos e energias aos participantes.
É preciso observar que estes traços são apenas alguns dos muitos símbolos que existem na
Umbanda.
Pt.9
Crenças da umbanda
Os guias são denominados “entidades” e cada orixá possui uma linha de entidades que o
auxilia.
Pt.10
A Umbanda foi confundida durante muito tempo com a “macumba carioca” ou "Quimbanda".
Em 1905, João do Rio (1881-1921), publica suas reportagens que resultaram no livro "As
Religiões do Rio" e menciona ritos onde se incorporava espíritos de caboclos e preto-velhos
Muitos terreiros nasceram do kardecismo, tal como a “Tenda Espírita Nossa Senhora da
Piedade”, em 1908. Mais adiante, entre os anos de 1920 e 1930, a repressão às religiões
africanas levou a união de várias casas e terreiros.
Por fim, durante a década de 80, com a ascensão das igrejas neopentecostais, as religiões de
matriz africana voltam a ser alvo de ataques por parte de alguns fiéis.
Atualmente, a Lei 11.635 de 27 de dezembro de 2007, torna esse o "Dia Nacional de Combate
ao Preconceito Religioso" e passa a proteger as religiões de matrizes africanas.
Pt.11
A seguir, você confere uma lista com algumas oferendas aos orixás tradicionais do
candomblé, algumas adotadas também pela umbanda.
Acarajé
Acarajé é uma das comidas de Santo mais populares: uma espécie de bolinho feito de
massa de feijão-fradinho ralado, temperado com cebola ralada e sal, frito em azeite de
dendê. Pode ser servido com recheio de vatapá e molho à base de camarões secos.
Geralmente é oferecido a Iansã, mas também pode servir de oferenda a outros orixás.
Adó ou adum
O prato consiste numa mistura de farinha de milho com azeite de dendê e mel de
abelhas. É tradicionalmente oferecido à orixá da água doce: Oxum.
Aguidi
Do iorubá “àgìdí”, o mesmo que “èko”, ou seja, “alimento sólido feito de milho”. É uma
espécie de bolinho de milho vermelho amolecido, ralado e cozido com rapadura,
envolto em folha de bananeira. Em geral, é ofertado a Obaluaiê.
Ajabó ou caruru-branco
Prato à base de quiabo e mel. É uma comida de Iroko, o orixá do tempo, mas também
pode ser oferecida a Xangô, Airá ou qualquer outro orixá como pedido de misericórdia.
Amalá
Uma espécie de caruru com pirão de farinha de arroz ou de mandioca, quiabo, azeite de
dendê, camarão seco e cebola. No candomblé, o amalá costuma ser oferecido a Xangô.
No Rio Grande do Sul, é comum chamarem de amalá qualquer comida votiva oferecida
a um orixá ou entidade. Fala-se, por exemplo, em “amalá de Ogum” ou “Amalá de
caboclo”.
Axoxô ou oxoxô
Prato feito com milho vermelho cozido enfeitado com fatias de coco, que também pode
levar mel ou melado de cana. Costuma ser oferecido a Oxóssi, Ogum, Olocum e
Logunedé.
Cocada
Outra comida de Santo que também é prato típico brasileiro. Na umbanda, a cocada é
usada como oferenda para as entidades conhecidas como baianos e erês.
Deburu ou guguru
Deburu, do iorubá “gúgúrú”, que significa “milho seco frito”, é a pipoca oferecida aos
orixás Obaluaiê e Omolu. Ela também pode ser estourada no dendê ou no azeite doce.