O documento apresenta um estudo sobre o acompanhamento psicológico em gestantes e puérperas em duas maternidades em Luanda. Foram entrevistadas 100 mulheres e os resultados mostraram que menos da metade das gestantes sabem da importância da atenção psicológica durante a gravidez.
O documento apresenta um estudo sobre o acompanhamento psicológico em gestantes e puérperas em duas maternidades em Luanda. Foram entrevistadas 100 mulheres e os resultados mostraram que menos da metade das gestantes sabem da importância da atenção psicológica durante a gravidez.
O documento apresenta um estudo sobre o acompanhamento psicológico em gestantes e puérperas em duas maternidades em Luanda. Foram entrevistadas 100 mulheres e os resultados mostraram que menos da metade das gestantes sabem da importância da atenção psicológica durante a gravidez.
O documento apresenta um estudo sobre o acompanhamento psicológico em gestantes e puérperas em duas maternidades em Luanda. Foram entrevistadas 100 mulheres e os resultados mostraram que menos da metade das gestantes sabem da importância da atenção psicológica durante a gravidez.
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MINHA DEFESA
Bom dia a todos presentes, prezado júri e convidados quero agradecer
a presença de todos especialmente a dos meus Pais e dos meus irmãos neta etapa muito importante da nossa vida. Para continuar a dar sustento ao nosso trabalho. Tendo em conta a abrangência do tema, o estudo delimitou-se no Município de Luanda, precisamente na Maternidade Augusto Ngangula e na maternidade Lucrécia Paim sendo um estudo comparativo, foi retirado uma amostra de 100 voluntárias, a fim de se aferir o acompanhamento nas gestantes e puérperas no nosso pais. Quanto a metodologia é um estudo de campo onde utilizou-se o método hipotético-dedutivo, tendo como tipo de pesquisa o expost factos, e o modelo exploratório descritivo com uma bordagem quantitativa, o instrumento ou a técnica para a recolha de dados foi um questionário socio demográfico de auto elaboração estruturado e composto com 14 itens relacionado com a nossa investigação. Tivemos como variável independente a falta de conhecimento das gestantes e dos médicos sobre atenção psicológica e a variável dependente o acompanhamento psicológico em gestantes e puérperas. Na definição dos termos aqui apresentando o primeiro sendo gravidez também chamado de gestação segundo Muniz é todo período de crescimento e desenvolvimento do embrião dentro da mulher e ocorre quando a gameta feminino e fecundado pela gameta masculina. Onde vai ocorrer um processo chamado de nidação, propriamente o início da gravidez começa com a nidação e termina com o nascimento do bebe. segundo Anna Mehoudar ela defini Puerpério resguardo ou quarentena, como a fase pós-parto em que a mulher experimenta modificações físicas e psíquicas, O puerpério inicia-se no momento em que cessa a interação hormonal ente o ovo e o organismo materno. William James defini Atenção psicológica, como um conceito estudado na psicologia cognitiva que refere a forma como processamos informações presentes em nosso ambiente específico. (GESTAÇAO E DESENVOLVIMENTO DO VíNCULO AFECTIVO MAE-BEBE-FAMILIA) 1- Falando da gestação e o vinculo afectivo Começo por enfatizar que A relação entre mãe e filho inicia no período pré-natal e ocorre através das expectativas que a mãe apresenta sobre o feto. Porque a mãe e o feto estão em constante interação, durante a gravidez vão compartilhando sensações, emoções e sentimentos que são provocados na mãe a partir da descarga neuro-hormonal de substâncias fisiológicas.
2- Segundo Wilheim 2006, afirma que momentos estressores e de
perturbação emocional podem fazer parte da vida da gestante e que pode repercutir de maneira negativa no psiquismo do bebe. Pós o bebe intra-útero registra um nível de memoria de todas a experiências biológicas vividas no período de gestação. Por isso que a disponibilidade afetiva da mãe é fundamental para que ocorra o desenvolvimento psicoafectivo do individuo. porque o autor relata que a repercussão pode ser reparada quando se conversa com o bebé, contando experiências do dia a dia da mãe, cantarolar canções com as quais ira de identificar apos o nascimento, ter conversas tranquilizantes com o bebé para restituir a sensação de segurança, otimismo, reforçando o vínculo de vida de ambos.
3- Segundo Piccinini o vínculo afetivo entre Pai e filho costuma ser,
mas lento, só é consolidando gradualmente apos o nascimento, devido a este facto e necessário estimular o Pai interagir com o bebé durante a gestação para favorecer o desenvolvimento do vínculo afetivo entre ambos. Porque o bebe pode estabelecer o vínculo com quem estiver próximo da mãe. (ASPECTOS PSICOLOGICOS DA GRAVIDEZ) 1- Segundo Campos 2012 A característica da gravidez é conhecida pela modificação da imagem corporal que é causada pela modificação hormonal na mulher essa modificação hormonal é uma regra natural e é conhecida globalmente como um funcionamento orgânico da mulher, só que essa mesma regra estabelecida por sua vez modifica o funcionamento psicológico (pensamentos automáticos) e o funcionamento psicológico influencia o sistema nervoso central (alteração do humor, insónia, sonolência) e isso vai acontecendo inversamente.
2- Por isso que A gravidez e o parto consequentemente apresentam
efeitos fisiológicos, (imagem corporal alterada) endocrinológicos ( alterações hormonais aumento de estrogénio e progesterona) e sobre tudo o mais importante o psicológico por isso que na gravidez diferentes reações emocionais surgem e Segundos Da Cunha 2012 são: medo, ansiedade, insegurança, duvidas, alegrias, decisões por isso que todos esses sintomas e fantasias que ocorrem durante o período gravídico necessitam de ser abordadas no espaço específico para a prevenção e alívio de questionamentos e vivencias mais emergentes na mulher. (A IMPORTANCIA DO ATENDIMENTO PSICOLOGICO AS GESTANTES E PUERPERAS/ PROMOÇAO E PREVENÇAO DA SAUDE DURANTE A GESTAÇAO E PUERPERIO) Neste contexto o trabalho do psicólogo focaliza-se em virtude da evolução do período gravídico, ou seja, independentemente da dor, a acção do psicólogo é no sentido de minimizar o impacto da gravidez na qualidade de vida da mulher, tendo ele como meta a recuperação da aquisição da consciência na mulher na valorização de todas consultas que devem ser feitas Por isso que Angerami 2002, afirma que o trabalho do psicólogo com o paciente resume-se na: a) Atenuação ou supressão da ansiedade depressão e estresse (a ansiedade na gravidez ela surge geralmente pelo processo de hospitalização, pelo facto de estar separada da família, o medo de não conseguir levar a termo a gestação.
b) Adaptação do paciente à doença e às novas limitações (aqui o
psicólogo acompanha a paciente e trabalha na estimulação de comportamentos novos e adaptativos na gravidez.
c) Adaptação da gestante as consultas ( só será possível com a
conscientização da gestante a cerca da sua condição actual e a necessidade de tratamento o, porque A tranquilidade da gestante, o bom estado emocional, são condição essencial para a manutenção do tratamento)
d) Melhoria da auto-estima (a identidade constrói-se a partir de
um corpo íntegro e completo, e que uma situação de doença coloca sob ameaça essa visão. o psicólogo aqui vai actuar no sentido de o paciente melhorar e recuperar a sua auto-estima; o que pode ser facilitado por um vínculo terapêutico que vai auxiliar na readaptação à nova vida e a nova imagem corporal, a atração pessoal e o desenvolvimento da autoconfiança. e) Apoio e orientação a família (sabemos nós que A família é um sistema com regras e estrutura próprias e definidas. Uma modificação em qualquer de seus membros necessitará de imediata reestruturação e redefinição dos papéis para integrar a novidade. O psicólogo actuará, pois, fornecendo apoio e orientação à família.
(PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DA SAÚDE PSÍQUICA
DURANTE A GESTAÇÃO E DO PUERPÉRIO ATRAVÉS DA PSICOLOGIA) Segundo os autores Da Cunha e Benevides, testificam que o psicólogo detém um conhecimento teórico e pratico em intervenção precoce e tais práticas devem ser mais incentivadas nas maternidades publicas, privadas, consultórios, e em unidades de saúde pois a mutualidade entre a psicologia e intervenção precoce durante a gestação ocorre, em grande parte, devido ás demandas próprias da profissão. (facilidade de laço com o paciente, o trabalho de escuta e acolhimento que são qualidades do psicólogo.) O autor Santos 2012, realça que o acompanhamento da gravidez visa assegurar o bem-estar materno e fetal, também a sua preparação para o parto e pós-parto e o exercício da maternidade, e a interação com o recém-nascido que se iniciam nesse período e vão sendo construídas durante a vida. (RESULTADOS DAS HIPOTESES) quanto aos resultados sociodemográficos, conseguimos entrevistar 100 mulheres com idades compreendidas dos 17 aos 41 anos de idade, a tabela nos mostra que: - 30% das gestantes e puérperas estão na classe dos 17-21 anos de idade de ambas maternidades. - 26.6% na classe dos 22-26 anos de idade. - 21.1% na classe dos 27-31 anos de idade. - 12,2% na classe de 37- 41. Os ilustres jurados podem estar a se questionar se não há uma diferença entre a percentagem vista que é um estudo comparativo entre gestantes e puérperas, podemos a firma que sim há uma diferença mínima de percentagem sendo 10% nos resultados, visto que podemos também constatar nas tabelas acima. Dando continuidade, quando ao estado civil e habilitações literárias das gestantes e puérperas de ambas maternidade: Aqui destacamos o número elevado de gestantes e puérperas que estão frequentando ensino superior mostrando um avanço escolar tendo como percentagem 14,4%, evidenciamos também que o número de mulheres que não vivem com os maridos e preocupante que faz um percentual de 25,5%, acreditamos que esse facto pode influenciar no surgimento de transtornos psicológicos, porque a gestação deve ser acompanhada pelo esposo, para maior qualidade de vida da gestante e do seu bebé.
Quanto a interpretação dos resultados no primeiro obejectivo nós
questionamos se as gestantes e puérperas sabem da importância da atenção psicológica em todas as fases em que se encontram, de acordo com a tabela dos resultados verificou-se que: 44% das gestantes de ambas maternidades afirmaram que têm o conhecimento sobre a importância da atenção psicológica em todas as fases de gestação, e 56% não têm o conhecimento sobre a importância da atenção psicológica. Nas puérperas os resultados demonstram que 55% têm o conhecimento sobre a importância da atenção psicológica em todas as fases gravídico-puerperal. os nossos resultados aqui fundamentam a pesquisa de Bortoletti que numa amostra de 654 gestantes concluíram que muitas mulheres no estado de gestação não têm a noção da importância do acompanhamento psicológico durante a gravidez. Logo a nossa hipótese foi rejeitada, por parte das gestantes uma vez que havíamos referido que todas mulheres sabem da importância do acompanhamento psicológico em fases de gestação e pós-parto, porque a nossa pesquisa maior parte demostrou não terem conhecimento sobre a importância do acompanhamento psicológico, mas nas puérperas o nosso objectivo é alcançado porque a maior parte têm o conhecimento sobre a importância da atenção psicológica em todas as fases.
No segundo obejectivo nós verificamos se as gestantes e puérperas
têm efeito o acompanhamento psicológico de forma regular ou periódica. Quanto aos resultados constatou-se que apenas 34,5% das gestantes de ambas maternidades referiram já haviam feito a consulta de acompanhamento psicológico, e nas puérperas temos 39,5% que fazem a consulta de acompanhamento psicológico. Um dos factos que muito chamou a nossa atenção e muito preocupante é o número da percentagem das gestantes e puérperas com maior atenção na maternidade Augusto Ngangula que não fazem a consulta de acompanhamento psicológico, perfazendo um total de 60,5%. Nos estudos de Dourado e Pelloso 2007, sobre o acompanhamento psicológico das consultas resumiram que só 10% das gestantes foram acompanhadas em consulta de psicologia e 90% limitaram-se a fazer a consulta de obstetrícia. Esta intercorrência pode influencia na educação da gestante sobre o acompanhamento psicológico, e os nossos resultados atestem o mesmo porque verificou-se que 76% das mulheres no estado de gestação e 60% das puérperas não tem o acompanhamento psicológico. Concordamos com Fiorini 2004 que refere que o acompanhamento psicológico pré e pós-parto é um seguimento psicoterápico na modalidade de psicoterapia breve que visa oferecer apoio continuo a gestantes com objetivo de auxiliar e na resolução de dificuldade e conflitos e de risco psicossociais. No terceiro objectivo aferimos se os médicos recomendam o acompanhamento psicológico. Quanto as transferências das gestantes e puérperas por parte dos médicos e outros profissionais a tabela mostra que 40% das gestantes afirmaram que os médicos as recomendaram a fazer a consulta de psicologia e nas puérperas 55% afirmaram que os médicos e outros profissionais de saúde as recomendam a fazer a consulta de psicologia nós aqui parabenizamos e destacamos a maternidade Lucrécia Paim porque o numero de recomendação é satisfatórios em relação a maternidade augusto Ngangula apesar da fraca oferta para este serviço e a carência de psicólogos. Notamos também que a maternidade augusta Ngangula desconhecem a importância do acompanhamento psicológico, e tem contribuído para a fraca adesão das gestantes e puérperas as consultas de psicologia. O nosso resultado corrobora com a pesquisa de Camarneiro 2010, onde referiram que 88% das gestantes nunca foram lhes recomendado a fazer a consulta de psicologia e desconhecem o mesmo. Mas concordamos com o Fiorini 2004 que afirma que a consulta psicológica pré-natal deve ser oferecida a gestante em cada trimestre da gravidez cujo objectivo e esclarecer dúvidas e oferecer informações na perspectiva da promoção da saúde mental. Concluímos que os serviços de psicologia, numa perspectiva interdisciplinar, no campo da saúde obstétrica é ainda um trabalho desafiador e envolve reavaliações constantes. enquanto parte da equipa, o psicólogo contribui nos diferentes saberes e favorecendo o diálogo e trocas de informações entre os pacientes e profissionais. As intercorrências no período gravídico-puérperal fragilizam a mulher e sua família e conduzem, muitas vezes, ao sofrimento psíquico, e oferecer atendimento psicológico possibilita à gestante elaborar e refletir acerca das estratégias diante de sua condição clínica.
Após a análise e discussão dos resultados do trabalho de campo
realizado, maternidade do Augusto Ngangula e Lucrécia Paim, podemos concluir o seguinte:
Mais da cinquenta por cento das gestantes de ambas maternidades,
não têm conhecimento sobre a importância do acompanhamento psicológico em todas fases de gestação, e boa parte das puérperas sabem sobre a importância do mesmo. Resultados expostos na tabela número 02 relacionados com o primeiro objectivo.
Em ambas maternidades foi possível verificar que, a maior parte das
gestantes e puérperas têm acompanhamento psicológico, questão relaciona com o segundo objectivo, tabela número 03. Em conversa com as que têm feito as consultas de psicologia cliníca relataram que as mesmas consultas são irregulares, facto que conseguimos constatar na prática.
Quanto ao encaminhamento para consulta de psicologia por parte
dos médicos e outros profissionais de saúde constatou-se que, 40% das gestantes das maternidades, citadas não lhes foi recomendado a consulta de psicologia, mais boa parte das puérperas afirmaram que lhes foi recomendado fazer a consulta de psicologia. Facto relacionado com o terceiro objectivo tabela número 04.
Este estudo, permitiu-nos compreender que, a actuação do psicólogo
envolve acções terapêuticas e preventivas e são voltadas, principalmente, aos aspectos emocionais e relacionais, tendo em vista as importantes transformações ocorridas na mulher e na família no período gravídico- puerperal. Ressignificar experiências difíceis representa uma possibilidade de melhorar a qualidade de vida entre as pessoas envolvidas.