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Manual Do Suicida 2

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NÃO TENHA MEDO DE ENCARAR A MORTE DE FRENTE

As pessoas costumam ver o suicídio como se ele fosse uma coisa ruim, mas o suicídio nada mais é que
uma forma de escolher como você vai morrer. Entre uma morte lenta, dolorosa e contra a sua
vontade, e outra rápida, indolor e consentida, não vejo problemas em alguém optar pela segunda
opção. Além disso, no suicídio você controla o seu destino e como termina a sua própria história. Não
é à toa que muitos heróis se martirizaram no passado entregando as suas vidas para salvar seus
companheiros ou para defender um ideal - o que se encaixa no perfil do suicídio altruísta. Um
exemplo clássico do suicídio altruísta foi o de Jesus, que mesmo sabendo que seria morto, entregou-
se para salvar as pessoas.

Eu, particularmente, acho um absurdo que alguém seja obrigado a continuar vivendo contra a própria
vontade. Oras, ninguém pediu para nascer, portanto, nunca demos permissão alguma para existirmos
e não somos obrigados a gostar de viver em um universo regido por duras leis como a seleção natural
e com tantas desigualdades sociais. Então eu encaro o suicídio como um direito que todos têm, afinal,
ninguém é dono das nossas vidas a não ser nós mesmos. E é por isso também que eu sou favorável à
eutanásia. Se uma pessoa não quer mais viver, quem somos nós para obrigá-la a continuar viva?

EUTANÁSIA

No filme Johnny Got His Gun (presente no videoclipe One, do Metallica), um sobrevivente da Primeira
Guerra Mundial perde os dois braços, as duas pernas, a mandíbula, os olhos, a face e ainda fica cego,
surdo e mudo. Diante da agonia e do desespero, o protagonista implora pela sua morte: o que nos faz
pensar se vale mesmo a pena manter alguém vivo contra a própria vontade.

Obrigar alguém a viver contra a sua vontade deveria ser enquadrado como crime de tortura, porque é
de um sadismo desgraçado querer que um indivíduo vegete preso numa existência sem sentido.
Durante tempos antigos, especialmente na Idade Média, a morte era vista como um ato de piedade,
vindo daí a expressão "golpe de misericórdia", pois acabava com o sofrimento da vítima.

A frase do início do post: “A morte é libertação, não punição”, proferida pelo Rei Einon no filme
Coração de Dragão, mostra um exemplo disso. Outro exemplo ocorre naquela cena épica do filme
Coração Valente, onde William Wallace (Mel Gibson) é torturado diante de centenas de pessoas que
clamam por misericórdia ao ver a sua agonia (cena abaixo).

SUICÍDIO RESPONSÁVEL

Se quer se matar, então faça direito!

Apesar dos prós, o suicídio não é uma maneira garantida de que você não vai sofrer ao morrer ou
mesmo que você vai obter êxito ao tentar tirar a sua própria vida. Além disso, existem várias formas
de morrer sem sofrer, tais como: dormindo, anestesiado, drogado, inconsciente ou sofrendo uma
morte instantânea. Mas o problema dessas mortes é que você não pode escolher tê-las, pois se assim
fosse, seria suicídio.

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Se alguém está pensando em se matar, eu aviso logo duas coisas:

1 - Suicídio NÃO tem volta.


Depois de realizado, será o seu fim e isso é tudo. Não há como voltar atrás e não pode haver
arrependimento. Analise os prós e contras, as consequências para a sua família, para os amigos, para
o seu trabalho e para a sociedade.
2 - Suicídio exige RESPONSABILIDADE.
Tem um bando de irresponsáveis que cometem erros na tentativa de suicidar-se e acabam ficando
vivos, vegetando e dando trabalho pra família. Também tem muitos loucos que correm o risco de
matar outras pessoas se jogando de prédios, explodindo coisas ou mandando balas perdidas. Se quer
se matar, então faça o negócio direito.

TIPOS DE SUICÍDIO

Segundo um levantamento feito em países da Europa e nos EUA, as dez formas mais comum de
suicídio são:

1º. Tiro com armas de fogo


2º. Overdose de droga ou álcool
3º. Enforcamento
4º. Envenenamento
5º. Inalação do monóxido de carbono
6º. Sufocamento
7º. Pular de certa altura
8º. Cortar os pulsos
9º. Choque elétrico
10º. Afogamento.

A seguir, eu vou fazer uma rápida análise dos prós e contras de cada uma dessas formas de suicídio:

CHOQUE ELÉTRICO
Rapidez da morte: Lenta
Sofrimento causado: Desesperador
Eficiência: 70%

Essa é a pior forma de suicídio que eu conheci, pois além de ser extremamente dolorosa, também
pode, dependendo da voltagem, demorar para matar o cidadão. Além desses problemas existe risco
de não haver morte e o sujeito que tentou o suicídio ficar aleijado numa cama de hospital cheio de
queimaduras.

CORTAR OS PULSOS
Rapidez da morte: Muito lenta
Sofrimento causado: Alto
Eficiência: 60%

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Além de dolorosa, essa forma de suicídio também pode demorar para funcionar. Se o objetivo é
sangrar até morrer, é melhor transpassar a artéria carótida (a do pescoço) com algum objeto afiado
ou com disparo de arma de fogo. A maioria das pessoas que sobreviveram a um suicídio tentaram se
matar dessa forma.

ENFORCAMENTO
Rapidez da morte: Lenta
Sofrimento causado: Muito alto (se não quebrar o pescoço)
Eficiência: 65%

Se você não morrer com a quebra do pescoço, pode ter certeza que vai sofrer muito e lentamente
antes de desfalecer com o estrangulamento. Além disso, a corda precisa ser muito resistente e ficar
num lugar bastante alto.

AFOGAMENTO
Rapidez da morte: Lenta
Sofrimento causado: Alto
Eficiência: 98%

A chance de alguém morrer afogado é grande se não houver ninguém para tentar socorrê-lo em alto-
mar. Mas o sofrimento causado pela entrada da água nos pulmões e toda a lenta agonia do processo
me levam a crer que essa é uma péssima opção para quem não quer sofrer durante a morte.

ENVENENAMENTO
Rapidez da morte: Lenta/média
Sofrimento causado: Muito alto
Eficiência: 81%

Dependendo do veneno e da dose do mesmo que o suicida tomar, ele vai sofrer horrores antes de
morrer. Alguns venenos como o 1080 e o chumbinho podem provocar hemorragias internas, dores
violentas, diarréias de sangue, vômitos de sangue, isquemias e, ainda assim, não matar.

TIRO COM ARMAS DE FOGO


Rapidez da morte: Rápida
Sofrimento causado: Baixo
Eficiência: 92%

Disparos na cabeça matam mais rápido, mas se forem dados no ângulo errado, além de não matar,
pode deixar a pessoa com seqüelas. É preciso saber o ângulo exato para atingir a própria cabeça,
evitando sofrimento inútil ou coisas bizarras como ocorreu no final do filme Clube da Luta, onde o
protagonista continuou falando mesmo com a cabeça perfurada.

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PULAR DE GRANDE ALTURA
Rapidez da morte: Rápida
Sofrimento causado: Baixo
Eficiência: 96%

O problema aqui ocorre por conta do desespero ao ver o chão se aproximando e do estado que fica o
corpo após o impacto. Se o suicida não morrer na queda, certamente vai ficar meses na UTI cheio de
fraturas, órgãos rompidos, pinos, placas, sedativos e muito sofrimento. Se alguém pretende se matar
assim, ao menos certifique-se do que há lá embaixo, pois há pessoas que caem sobre outras que
estavam passando na hora e há outros que ficam presos em fios e janelas no meio da queda livre,
agonizando até a morte.

OVERDOSE DE DROGA OU ÁLCOOL


Rapidez da morte: Lenta
Sofrimento causado: Baixo
Eficiência: 70%

Uma pessoa que entra em coma alcoólico ou tem uma overdose de drogas pesadas dificilmente vai
ter uma morte dolorosa, mas certamente vai morrer aos poucos, pois é preciso estar consciente para
continuar injetando ou bebendo mais.

INALAÇÃO DO MONÓXIDO DE CARBONO


Rapidez da morte: Lenta
Sofrimento causado: Baixo
Eficiência: 92%

Essa aqui consiste basicamente em alguém se trancar num lugar totalmente fechado e ligar o motor
do carro. Pronto, em alguns minutos o sangue do suicida vai estar entupido de monóxido de carbono
e ocorrerá morte por asfixia. Não é à toa que muita gente morre trancada numa garagem
acidentalmente por ter deixado o carro ligado com ela fechada. Mas se o local não estiver
perfeitamente fechado, existe a chance do suicida não morrer e ficar com sequelas, principalmente
no cérebro.

SUFOCAMENTO (COM DESMAIO)


Rapidez da morte: Média
Sofrimento causado: Baixíssimo
Eficiência: 90%

Eu considero essa como sendo a melhor forma de suicídio que existe, porque não há sofrimento ou
dor e, quando morrer, você estará inconsciente. O que é preciso aqui é usar algum sonífero ou
sedativo numa máscara totalmente fechada que não permita a respiração e em seguida por no rosto.
Pronto, pois aqui o suicida desmaia rapidamente por causa do sonífero e morre em seguida por
asfixia, pois a máscara não permite a respiração. Ouvi alguns casos de pessoas que morreram
acidentalmente dessa maneira cheirando lança-perfume com o rosto sobre o travesseiro.

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Conclusão

Eu acho que o sofrimento faz parte da vida e temer senti-lo durante a morte é quase uma covardia,
mas isso vai de acordo com o que cada um pensa. Acredito que as pessoas que querem se suicidar
precisam, antes de tudo, de tratamento e acompanhamento psicológico. O suicídio só deveria ser
pensado em último caso, pois a vida sempre nos dá uma segunda chance. Amante da vida que sou,
acho o suicídio um desperdício, pois a vida precisa ser aproveitada até o último segundo, uma vez
que não há garantia alguma que possa haver algo após a morte.

Na verdade, não há uma melhor forma de morrer - desde que a sua vida tenha valido a pena. O que
vale a pena não é como se morre, mas, sim, como se vive. Precisamos encarar a morte: e não temê-
la.

Agora vamos aos métodos propriamente ditos.

1º) Por monóxido de carbono da queima de combustível fóssil:

Este é o mais conhecido método de suicídio indolor. Contudo, não é muito utilizado por carecer de
um automóvel e de um lugar totalmente fechado sem ventilação. Não necessariamente uma
garagem, mas inevitavelmente um local sem ventilação (totalmente fechado) e preferencialmente
pequeno (um grande galpão seria inviável) para evitar a dispersão do gás. Precisa-se que o carro
esteja em funcionamento perfeito de modo que ele não venha a estancar e que esteja com o tanque
de gasolina acima de sua metade (tem de ser um carro a gasolina. O álcool não despeja gases tão
tóxicos quanto a gasolina quando queimados). Introduz-se o automóvel no interior do ambiente,
tranca-se o ambiente (ideal que seja trancado para evitar o acesso fácil de terceiros que possam vir a
interferir), liga-se o motor do carro e pode-se aconchegar próximo ao cano de descarga do veículo
(inclusive com travesseiro e um colchão, se preferir) para o sono. Não haverá dor. A sonolência virá
com o acúmulo de monóxido de carbono no ambiente e também não haverá despertar. O carro pode
ser alugado. No caso da dificuldade de se conseguir um local totalmente lacrado, pode-se improvisar
com um motel.Porém há de se tomar o cuidado de se solicitar um quarto distante da saída e da
administração, deixar claro que há o desejo de não ser incomodado por motivo de descanso e o
principal, levar plástico e fita adesiva pra lacrar por dentro os espaços abertos da entrada da garagem
do motel (geralmente as garagens de motel são fechadas apenas por um toldo que é baixado). Para
evitar fracasso, pode-se fazer um estudo anterior por alguns motéis, anotando a quantidade de
plástico preciso e qual motel teria o modelo de garagem mais indicado.

2°) Inalação de dióxido de carbono por derretimento de gelo:

Precisa-se de um quarto, ou um cômodo qualquer, pequeno e sem ventilação. Em vários lugares que
se vende gelo, é possível encontrar aquelas pedras de um metro de tamanho. Adquiri-se cerca de 4
ou 5 pedras e acomoda-se no quarto ao lado ou embaixo da cama ou rede. Quando o gelo passa do
estado sólido para o estado líquido, libera dióxido de carbono. Numa quantidade dessas em um lugar
pequeno e fechado, é o suficiente pra tirar a vida de quem quer seja que esteja dormindo no local.
Recomenda-se algumas coisas: a) que o preparo seja feito com discrição. Testemunhas estranhariam
o transporte de grandes pedras de gelo pra um cômodo pequeno; b) que a pessoa esteja bem
agasalhada. Logicamente que a temperatura no ambiente baixaria tirando, talvez, o sono do
protagonista; c) Que os vãos debaixo de portas sejas lacrados com plástico e fita adesiva pra evitar o
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escoamento da água derretida do gelo, chamando assim a atenção de terceiros que interferiam no
suicídio.

3º) Falta de oxigênio no sono com plástico na cabeça:

Esse aparenta ser o mais acessível, mas também pode ser o mais incômodo. Basta um saco plástico
grande (50 litros é o suficiente, um menor poderia prejudicar o sucesso do ato). Envolve-se a cabeça
com o saco e lacra-se ele em volta do pescoço ou dos ombros com fita adesiva, sem pressionar
bastante pra não chegar a machucar. Apenas o suficiente pra não entrar ar. Então, basta deitar e
dormir. Para este método, apenas uma recomendação. Para algumas pessoas pode ser incômodo
dormir com um plástico na cara, então deve-se estudar, antes da prática, uma maneira de dispor o
plástico de uma forma tal que não venha a tirar o sono do suicida.

Para todos os três métodos listados aqui, recomenda-se que a pessoa esteja bastante sonolenta. Será
um momento que talvez envolva forte reflexão ou surto emocional que poderá inibir o sono, então o
mais indicado é que o suicida se prepare ficando o máximo de tempo sem dormir no dia anterior. Se
ficar mais de 24 horas sem dormir é inevitável que o sono venha. Pode-se usar o tempo da
madrugada em claro acertando os preparos para a noite seguinte, visto que muitos estarão dormindo
nesse intervalo.

Em todos os três casos, não haverá dor, apenas não haverá despertar do sono.

4º) Injetando substâncias no sangue:

Este método não se tem a certeza de ser indolor. Porém, é um método extremamente simples e
viável de ser realizado por qualquer pessoa. Basta que se injete qualquer substância estranha (ar,
água, refrigerante, álcool, água sanitária etc.) no sangue por uma seringa. Seringas descartáveis são
vendidas livremente em qualquer drogaria. Duas recomendações: a) que seja com a seringa cheia da
substância (independente de qual seja a substância), pois se for em pequena quantidade, é capaz de
haver sobrevivência com seqüelas, ainda mais se o suicida tiver um grande porte físico; b) que a
pessoa tome o cuidado de acertar sem dúvidas a veia, pois se errar, estará injetando a substância
num músculo ou na pele o que acarretará em grande dor e seqüelas drásticas, talvez irreversíveis. No
mais, deseja-se sucesso na empreitada e retorno para este que lhe escreve caso haja problemas,
desistência ou insucesso por qualquer motivo, para melhor estudo de caso e aprimoramento dos
métodos. Como diria Alfred Hitchcock: “Doces sonhos”.

Desculpe-me a discordância. Mas tenho pro lapso mitral, com insuficiência mitral e ainda tenho
doença auto-imune… Tomo Rivotril para relaxar, na dose de 10 gotas à noite, e nada sinto. Já faço uso
deste remédio há 8 anos, associado à Fluoxetina: 20 mg pela manhã.

Todo medicamento é uma droga e só deve ser tomado quando há indicação. Mas o Paracetamol
usado indiscriminadamente é hepatotóxico, mata mais que o Rivotril e ninguém comenta.

CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL SOBRE SUICÍDIO

A nona revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-9), compreende as seguintes categorias


de suicídios:
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- E950 - suicídio por sólidos ou líquidos;
- E951 - suicídio por gás doméstico;
- E952 - suicídio por outros gases ou vapores;
- E953 - suicídio por enforcamento, estrangulamento ou sufocação;
- E954 - suicídio por submersão ou afogamento;
- E955 - suicídio por arma de fogo e explosivos;
- E956 - suicídio por instrumento cortante penetrante;
- E957 - suicídio por precipitação de lugar elevado;
- E958 - suicídio por outros procedimentos ou não especificado;
- E959 - efeitos tardios de lesões auto-infligidas.

Posteriomente a Organização Mundial de Saúde publicou a décima revisão da Classificação


Internacional de Doenças (CID-10), incluindo as categorias X60 a X84 (lesões autoprovocadas
intencionalmente) e Y87.0 (seqüelas de lesões provocadas intencionalmente)

- X60: auto-intoxicação por exposição, intencional, a analgésicos, antipiréticos e antirreumáticos, não-


opiáceos;
- X61: auto-intoxicação por exposição, intencional, a drogas anticonvulsivantes (antiepilépticos),
sedativos, hipnóticos, antiparkinsonianos e psicotrópicos não classificados em outra parte;
- X62: auto-intoxicação por exposição, intencional, a narcóticos e psicodislépticos (alucinógenos) não
classificados em outra parte;
- X63: auto-intoxicação por exposição, intencional, a outras substâncias farmacológicas de ação sobre
o sistema nervoso autônomo;
- X64: auto-intoxicação por exposição, intencional, a outras drogas, medicamentos e substâncias
biológicas e às não-especificadas;
- X65: auto-intoxicação voluntária por álcool;
- X66: auto-intoxicação intencional por solventes orgânicos, hidrocarbonetos halogenados e seus
vapores;
- X67: auto-intoxicação intencional por outros gases e vapores;
- X68: auto-intoxicação por exposição, intencional, a pesticidas;
- X69: auto-intoxicação por exposição, intencional, a outros produtos químicos e substâncias nocivas
não especificadas;
- X70: lesão autoprovocada intencionalmente por enforcamento, estrangulamento e sufocação;
- X71: lesão autoprovocada intencionalmente por afogamento e submersão;
- X72: lesão autoprovocada intencionalmente por disparo de arma de fogo de mão;
- X73: lesão autoprovocada intencionalmente por disparo de espingarda, carabina ou arma de fogo de
maior calibre;
- X74: lesão autoprovocada intencionalmente por disparo de outra arma de fogo e de arma de fogo
não especificada;
- X75: lesão autoprovocada intencionalmente por dispositivos explosivos;
- X76: lesão autoprovocada intencionalmente pela fumaça, pelo fogo e por chamas;
- X77: lesão autoprovocada intencionalmente por vapor de água, gases ou objetos quentes;
- X78: lesão autoprovocada intencionalmente por objeto cortante ou penetrante;
- X79: lesão autoprovocada intencionalmente por objeto contundente;
- X80: lesão autoprovocada intencionalmente por precipitação de um lugar elevado;

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- X81: lesão autoprovocada intencionalmente por precipitação ou permanência diante de um objeto
em movimento;
- X82: lesão autoprovocada intencionalmente por impacto de um veículo a motor;
- X83: lesão autoprovocada intencionalmente por outros meios especificados;
- X84: lesão autoprovocada intencionalmente por meios não especificados.

TEXTOS COMPLETO SOBRE SUICÍDIO


Um método de suicídio é qualquer meio pelo qual uma pessoa comete o suicídio, encerrando
propositalmente a própria vida.
O número de métodos usados ao mesmo tempo, define os suicídios em suicídio simples e suicídio
complexo. No suicídio simples é usado apenas um método enquanto que o suicídio complexo é
definido como o suicídio em que se usou mais de um método para induzir a morte, o planejamento
de vários métodos para induzir a morte permite ainda a classificação do suicídio em planejado e não
planejado. No tipo planejado, dois ou mais métodos são aplicados simultaneamente para garantir
que a morte ocorra. No tipo não planejado, um segundo método é usado apenas se o primeiro
método for malsucedido ou doloroso. Métodos menos fatais, como envenenamento ou corte, são
combinados com um segundo método, geralmente mais letal, como disparo de arma de fogo, saltar
de uma altura, queimar-se ou enforcamento. Um exemplo de suicídio complexo é o do pintor
austríaco Richard Gerstl que se esfaqueou e então se enforcou.
A influência da letalidade — o quanto um método é eficiente, portanto letal — de um método é
teorizada ter vários fatores:
Mortalidade inerente, por exemplo, a exaustão de um carro que liberar mais CO será mais mortal do
que a exaustão de um carro que libera menos CO.
Facilidade de uso, um método que requer conhecimento técnico é menos acessível do que aquele
que não exige.
Acessibilidade, dada a breve duração de algumas crises suicidas, uma dose letal de pílulas na mesa de
cabeceira representa um perigo maior do que uma prescrição que precisa ser acumulada durante
meses para reter uma dose letal. Da mesma forma, uma arma de fogo no armário apresenta um risco
maior do que uma ponte muito alta a oito quilômetros de distância, mesmo que ambos os métodos
tenham igual letalidade se usados.
Capacidade de desistência durante a tentativa, mais pessoas iniciam uma tentativa e desistem do
que a terminam; portanto, os métodos que podem ser interrompidos sem danos no meio da
tentativa - como overdose, cortar-se, envenenamento por CO e enforcamento/asfixia — oferecem
uma janela de oportunidade para resgate ou mudança de atitude do que armas de fogo ou saltar de
altura.
Aceitabilidade para o tentador, embora o fogo, por exemplo, seja universalmente acessível,
raramente é usado (nos EUA) para suicídio.

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• AFOGAMENTO
O suicídio por afogamento é o ato de submergir-se deliberadamente em água ou outro líquido para
impedir a respiração e assim privando o cérebro de oxigênio. Devido à tendência natural do corpo a
subir para alcançar o ar, as tentativas de afogamento geralmente envolvem o uso de um objeto
pesado para superar esse reflexo. À medida que o nível de dióxido de carbono no sangue da pessoa
aumenta, o sistema nervoso central envia aos músculos respiratórios um sinal involuntário para
contrair e assim a pessoa aspira a água. A morte geralmente ocorre quando o nível de oxigênio se
torna muito baixo para sustentar as células do cérebro. Está entre os métodos menos comuns de
suicídio, geralmente representando menos de 2% de todos os suicídios relatados nos Estados Unidos.
• ARMAS DE FOGO
Um método comum de suicídio é usar uma arma de fogo. Geralmente, a arma é direcionada para a
têmpora ou menos comumente, dentro da boca, sob o queixo ou no peito. Em todo o mundo, a
prevalência de armas de fogo em suicídios varia muito, dependendo da aceitação e disponibilidade de
armas de fogo em uma cultura. O uso de armas de fogo em suicídios varia de menos de 10% na
Austrália para 50,5% nos EUA, onde é o método mais comum de suicídio.
Sobreviver a um tiro autoinfligido pode resultar em dor intensa no paciente, além de habilidades
cognitivas e função motora reduzidas, hematoma subdural, corpos estranhos na cabeça,
pneumocefalia e vazamento de líquido cefalorraquidianos. Para as balas direcionadas ao osso
temporal, pode resultar em abscesso do lobo
temporal, meningite, afasia, hemianopsia e hemiplegia são complicações intracranianas tardias
comuns. Cerca de 50% das pessoas que sobrevivem a ferimentos de bala direcionados ao osso
temporal sofrem danos no nervo facial, geralmente devido a um nervo rompido.
Existe uma associação positiva entre a disponibilidade de armas de fogo e o aumento do risco de
suicídio.Essa relação é mais fortemente estabelecida nos Estados Unidos. Mais armas de fogo estão
envolvidas em suicídio do que em homicídios nos Estados Unidos. Aqueles que compraram
recentemente uma arma de fogo são considerados de alto risco para suicídio dentro de uma semana
após a compra.
• ASFIXIA
Suicídio por asfixia é o ato de inibir a capacidade de respirar ou limitar a captação de oxigênio
durante a respiração, causando hipóxia e, eventualmente a asfixia. Isso pode envolver o uso de um
saco plástico na cabeça ou confinamento em um espaço fechado sem oxigênio. Essas tentativas
envolvem o uso de depressores para fazer o usuário desmaiar devido à privação de oxigênio antes do
pânico instintivo e o desejo de escapar devido à hipercapnia.
É impossível alguém cometer suicídio simplesmente prendendo a respiração, pois o nível de oxigênio
no sangue fica muito baixo, o cérebro envia um reflexo involuntário e a pessoa respira quando os
músculos respiratórios se contraem. Mesmo que se consiga superar essa resposta a ponto de se
tornar inconsciente, nessa condição, não é mais possível controlar a respiração e um ritmo normal é
restabelecido.

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Por causa disso, é mais provável que alguém cometa suicídio por inalação de gás do que tentar
impedir a respiração. Gases inertes como hélio, nitrogênio e argônio, ou gases tóxicos como
monóxido de carbono são comumente usados em suicídios por asfixia, devido à sua capacidade de
deixar a pessoa inconsciente e assim causar sua morte em poucos minutos.
• AUTO-ESTRANGULAMENTO
Este método envolve apertar uma ligadura ao redor do pescoço, de modo a comprimir as artérias
carótidas, impedindo o suprimento de oxigênio ao cérebro e resultando em inconsciência e morte. A
técnica também está associada a certos tipos de suportes e restrições de judô e à asfixia auto-erótica.
Isso também pode ser feito com laços torcidos
• AUTOMUTILAÇÃO
O suicídio por corte pode envolver a exsanguinação, o infarto, o choque séptico de certas rupturas
como apendicite ou o afogamento por uma contusão pulmonar. A exsanguinação envolve reduzir o
volume e a pressão do sangue para níveis abaixo do nível crítico, induzindo uma grande perda de
sangue. Geralmente, é o resultado de danos infligidos nas artérias. As
artérias carótida, radial, ulnar ou femoral são alvos comuns de cortes para causar suicídio. A morte
pode ocorrer diretamente como resultado da dessanguinação do corpo ou via hipovolemia, quando o
volume sanguíneo no sistema circulatório se torna muito baixo e resulta no desligamento do corpo.
Aqueles que consideram uma tentativa de suicídio, ou experimentam um objeto para verificar sua
eficácia, podem primeiro fazer cortes superficiais em si mesmo, conhecidos como "feridas de
hesitação" ou "tentativas de feridas" na literatura; geralmente múltiplos cortes não-letais e paralelos.
• CORTAR OS PULSOS
Cortar o pulso às vezes é praticado com o objetivo de causar dano próprio e não o suicídio; no
entanto, se o sangramento for abundante, ocorre a arritmia cardíaca, seguida por grave hipovolemia,
choque, colapso circulatório ou ataque cardíaco e então a morte, nessa ordem.
No caso de uma tentativa de suicídio não fatal, a pessoa pode sofrer lesões nos tendões dos músculos
flexores extrínsecos ou nos nervos ulnar e mediano que controlam os músculos da mão, os quais
podem resultar em redução temporária ou permanente da capacidade sensorial ou motora da pessoa
ou causar dor crônica somática ou autonômica.
• DESIDRATAÇÃO
A morte por desidratação pode levar de vários dias a algumas semanas. Isso significa que,
diferentemente de muitos outros métodos de suicídio, não pode ser realizado impulsivamente.
Aqueles que morrem por desidratação terminal geralmente caem na inconsciência antes da morte, e
também podem experimentar delírios e desarranjo de sódio sérico. A interrupção da hidratação não
produz sede verdadeira, embora uma sensação de secura da boca seja freqüentemente relatada
como "sede". A evidência de que essa não é uma verdadeira sede é extensa e mostra que o mal-estar
não é aliviado pela ingestão de líquidos por via intravenosa, mas é aliviado pelo umedecimento da
língua e dos lábios e pelo cuidado adequado da boca. Pacientes com edema tendem a demorar mais
para morrer de desidratação por causa do excesso de líquido em seus corpos.

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A desidratação terminal tem sido descrita como tendo vantagens substanciais sobre o suicídio
assistido por médico no que diz respeito à autodeterminação, acesso, integridade profissional e
implicações sociais. Especificamente, um paciente tem o direito de recusar o tratamento e seria uma
agressão pessoal alguém forçar água a um paciente, mas esse não é o caso se um médico
simplesmente se recusar a fornecer medicamentos letais. Mas também tem desvantagens distintas
como um meio humano de morte voluntária. Uma pesquisa com enfermeiros de hospícios constatou
que quase o dobro havia cuidado de pacientes que escolheram a recusa voluntária de alimentos e
fluidos para acelerar a morte do que cuidou de pacientes que escolheram o suicídio assistido por
médico. They also rated fasting and dehydration as causing less suffering and pain and being more
peaceful than physician-assisted suicide. Outras fontes, no entanto, observaram efeitos colaterais
muito dolorosos da desidratação, incluindo convulsões, rachaduras e sangramentos na pele, cegueira,
náusea, vômito, cãibras e dores de cabeça graves. Pode haver uma linha tênue entre sedação
terminal que resulta em morte por desidratação e eutanásia.
• ELETROCUSSÃO
O suicídio por eletrocussão envolve o uso de um choque elétrico letal o suficiente para matar. Isso
causa arritmias do coração, o que significa que o coração não se contrai em sincronia entre as
diferentes câmaras, causando essencialmente a eliminação do fluxo sanguíneo. Além disso,
dependendo do valor da corrente elétrica, também podem ocorrer queimaduras. A opinião do o juiz
William M. Connolly do Supremo Tribunal de Nebraska, proibindo a cadeira elétrica como um método
de execução, afirma que "a eletrocussão causa dor intensa e sofrimento agonizante", acrescentando
que é "desnecessariamente cruel infligir sem propósito a violência física e a mutilação do corpo do
prisioneiro".
• ENFORCAMENTO
O suicídio por enforcamento era o método mais comum na cultura chinesa tradicional, , pois
acreditava-se que a raiva envolvida em tal morte permitia o espírito da pessoa assombrar e
atormentar os sobreviventes. Era usado como um ato de vingança por mulheres zangadas e
oprimidas e de desafio por parte de autoridades impotentes, que a usavam como uma "maneira final,
mas inequívoca, de permanecer inert contra e acima das autoridades opressivas". Os suicidas
abordavam o ato cerimonialmente, incluindo o uso de roupas adequadas. Enforcar-se é o meio
predominante de suicídio em sociedades pré-industriais e é mais comum em áreas rurais do que em
áreas urbanas.
• ENVENENAMENTO
O suicídio pode ser cometido usando venenos de ação rápida, como o cianeto de hidrogênio, ou
substâncias conhecidas por seus altos níveis de toxicidade para seres humanos. A maioria das pessoas
de Jonestown morreram quando Jim Jones, líder de uma seita religiosa, organizou um suicídio em
massa bebendo um coquetel de diazepam e cianeto em 1978. Doses suficientes de algumas plantas
como planas da família beladona, grãos de mamona, Jatropha curcas e outras também são tóxicas. O
envenenamento através de plantas tóxicas geralmente é mais lento e é relativamente doloroso.

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• MONÓXIDO DE CARBONO
Um tipo particular de envenenamento envolve a inalação de altos níveis de monóxido de carbono. A
morte geralmente ocorre através de hipóxia. Na maioria dos casos, o monóxido de carbono (CO) é
usado porque é facilmente disponível como um produto da combustão incompleta; por exemplo, a
que ocorre em veículos e em alguns tipos de aquecedores. Uma tentativa falha pode resultar em
perda de memória e outros sintomas.
No passado, antes dos regulamentos para qualidade do ar e dos catalisadores, o suicídio por
envenenamento por monóxido de carbono costumava ser alcançado com a operação do motor de
um carro em um espaço fechado, como uma garagem, ou redirecionando o escapamento de um
carro para dentro da cabine com uma mangueira. A exaustão de automóveis pode conter até 25% de
monóxido de carbono. No entanto, os conversores catalíticos encontrados em todos os automóveis
modernos eliminam mais de 99% do monóxido de carbono produzido.
A incidência de suicídio por envenenamento por monóxido de carbono por meio da queima de
carvão, como um churrasco em uma sala fechada, parece ter aumentado. Isso tem sido referido por
alguns como "morte por hibachi".
• OVERDOSE
Overdose é quando a pessoa utiliza mais do que a quantidade normal ou recomendada de algo,
geralmente um medicamento, uma overdose pode resultar em sintomas graves e prejudiciais ou
mesmo a morte; overdoses podem ser intencionais ou por acidente; overdoses não são o mesmo que
envenenamento embora os efeitos possam ser os mesmos, o envenenamento ocorre quando alguém
ou algo (como o meio ambiente) o expõe a produtos químicos, plantas ou outras substâncias
perigosas sem o seu conhecimento.
A overdose é frequentemente o método preferido de morte digna entre membros de sociedades a
favor do direito de morrer. Uma pesquisa entre membros da sociedade de direito à morte, a Exit
International sugeriram que 89% prefeririam tomar uma pílula ao em vez de usar um saco de
suicídio - um dispositivo para suicídio que consiste em um saco ou bolsa para respirar gás - um
gerador de Dióxido de carbono ou usar "eutanásia lenta".A morte por inalação de hélio, no entanto, é
o método mais comum preferido na prática, em grande parte devido à sua confiabilidade.
A confiabilidade do método dos medicamentos depende muito dos medicamentos escolhidos e de
medidas adicionais, como o uso de antieméticos para prevenir o vômito. A taxa média de fatalidade
para overdoses nos EUA é estimada em apenas 1,8%. Ao mesmo tempo, o grupo de suicídio
assistido Dignitas relatou nenhuma única falha entre 840 casos (taxa de mortalidade de 100%),
em overdoses de pentobarbital, o agente ativo da antiga medicação hipnótica Nembutal, usado em
combinação com drogas antieméticas.
Embora os barbitúricos sejam usados há muito tempo para o suicídio, eles estão se tornando cada vez
mais difíceis de adquirir. A sociedade holandesa de direito à morte, WOZZ, propôs várias alternativas
seguras aos barbitúricos para uso na eutanásia.
As tentativas de overdose com analgésicos estão entre as mais comuns devido à fácil disponibilidade
da substância sem receita.
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• PESTICIDA E AGROTÓXICOS
Em todo o mundo, 30% dos suicídios são causados por envenenamentos por pesticidas. O uso deste
método, no entanto, varia acentuadamente em diferentes áreas do mundo, de 4% na Europa a mais
de 50% na região do Pacífico. O envenenamento por produtos químicos agrícolas é muito comum
entre as mulheres no interior da China e é considerado um grande problema social no país. Na
Finlândia, o pesticida altamente letal Parathion era comumente usado para suicídio na década de
1950. Quando o acesso ao produto químico foi restrito, outros métodos o substituíram, levando os
pesquisadores a concluir que restringir certos métodos de suicídio pouco afeta a taxa geral de
suicídio. No entanto, no Sri Lanka, tanto o suicídio por agrotóxicos quanto o total de suicídios
reduziram após a primeira classe 1 e depois o endosulfan serem banidos.
No Brasil, os casos de intoxicações ocupacionais por agrotóxicos (fitossanitários) aparecem em queda
enquanto o número de intoxicações propositais para fins de suicídio estão em alta, no entanto o
SINITOX, Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas informa que "o menor número de
casos de intoxicações e envenenamentos registrado nas estatísticas publicadas pelo Sinitox, nos
últimos anos, ocorreu em virtude da diminuição da participação dos Centros de Informação e
Assistência Toxicológica (CIATs) nestes levantamentos".
• OUTRAS TOXINAS
O suicídio relacionado a detergentes envolve a mistura de produtos químicos domésticos para
produzir sulfeto de hidrogênio ou outros gases venenosos. As taxas de suicídio por gás doméstico
caíram de 1960 a 1980.
No final do século XIX, na Grã-Bretanha, houve mais suicídios por inalação de ácido carbólico do que
de qualquer outro veneno, porque não havia restrições à sua venda. Braxton Hicks e outros médicos
legistas pediram que sua venda fosse proibida.
• FOGO
Atear fogo a si mesmo é popularmente chamado de autoimolação apesar da palavra se referir
originalmente a qualquer ato de se auto-sacrificar.
Em algumas partes da Índia, o auto-sacrifício conhecido como sati consistia em atear fogo a si
mesmo, geralmente uma viúva hindu se atirava na pira funerária do marido morto, voluntariamente
ou por coerção.
Em 1963, Thích Quảng Đức um monge Mahayana, ateou fogo em seu próprio corpo durante uma
manifestação na cidade de Saigon, Vietnã do Sul, contra a política religiosa do governo de Ngo Dinh
Diem. Em 2011, oito jovens em áreas de etnia tibetana na província de Sichuan atearam fogo ao
próprio corpo em protesto contra controles religiosos de Pequim, Gyalton, vice-presidente da
Associação Budista Provincial de Sichuan, disse que a autoimolação dos tibetanos degrada o budismo.
• ATIRAR-SE EM UM VULCÃO
O suicídio ao atirar-se em um vulcão envolve pular na lava derretida em uma cratera vulcânica ativa,
uma abertura nas fissuras, no fluxo de lava ou em um lago de lava. A causa real da morte pode ser o

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resultado da queda, queimaduras de contato, calor radiante ou por asfixia pelos gases vulcânicos.
Segundo algumas fontes antigas, o filósofo Empédocles pulou para dentro do vulcão Etna.
Os suicídios modernos desse tipo ocorreram em numerosos vulcões, mas o mais famoso é o Monte
Mihara, no Japão. Em 1933, Kiyoko Matsumoto se suicidou pulando na cratera Mihara. Uma
tendência de suicídio se seguiu, quando 944 pessoas saltaram para a mesma cratera no ano
seguinte.Mais de 1200 pessoas tentaram suicídio em dois anos antes de uma barreira ser erguida. A
barreira original foi substituída por uma cerca mais alta, encimada por arame farpado, depois que
outras 619 pessoas saltaram em 1936.
• HIPOTERMIA
O suicídio por hipotermia é uma morte lenta que passa por vários estágios. A hipotermia começa com
sintomas leves, levando gradualmente a penas moderadas e graves. Isso pode envolver tremores,
delírios, alucinações, falta de coordenação, sensações de calor e, finalmente, a morte. Os órgãos
deixam de funcionar, embora a morte cerebral possa ser retardada.
• IMPACTO VEICULAR
Outra maneira de cometer suicídio é colocar-se deliberadamente no caminho de um veículo grande e
veloz, resultando em impacto fatal.
• TRILHOS
O suicídio é realizado posicionando-se em uma via férrea quando um trem se aproxima ou dirigindo
um carro em direção aos trilhos. Tentativas fracassadas podem resultar em lesões profundas, como
múltiplas fraturas, amputações, concussão e graves danos cerebrais e deficiências físicas.
Ao contrário de ferrovias subterrâneas, em suicídios envolvendo linhas ferroviárias acima do solo, a
pessoa geralmente fica de pé ou deitada nos trilhos, esperando a chegada do trem. Como os trens
geralmente viajam em alta velocidade (geralmente entre 80 e 200 km/h), o condutor geralmente não
consegue parar o trem antes da colisão. Esse tipo de suicídio pode ser traumatizante para o condutor
do trem e pode levar ao transtorno de estresse pós-traumático.
• SISTEMAS DE METRÔ
Pular na frente de um metrô que se aproxima tem uma taxa de mortalidade de 59%, menor que a
taxa de mortalidade de 90% dos suicídios relacionados ao ferroviário. Isso acontece porque os trens
que viajam em trilhos abertos viajam relativamente rápido, enquanto os trens que chegam a uma
estação de metrô estão desacelerando para que possam parar e permitir o embarque dos
passageiros. Diferentes métodos têm sido utilizados para diminuir o número de tentativas de suicídio
em metrôs: por exemplo, fossas profundas de drenagem reduzem pela metade a probabilidade de
fatalidade. A separação dos passageiros da pista por meio das portas da plataforma está sendo
introduzida em algumas estações, mas é uma medida cara.

• AUTOMÓVEIS
Alguns suicídios são o resultado de acidentes de carro. Isso se aplica especialmente a acidentes com
um único ocupante ou único veículo envolvido", devido à frequência de seu uso, aos perigos

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inerentes à direção geralmente aceitos e pelo fato de oferecer ao indivíduo a oportunidade de pôr
em perigo ou terminar sua vida sem se confrontar conscientemente com sua intenção suicida ".
A porcentagem real de suicídios entre acidentes de carro não é conhecida com segurança; estudos
realizados por pesquisadores de suicídio dizem que "fatalidades veiculares que são suicídios variam
de 1,6% a 5%". Alguns suicídios são classificados incorretamente como acidentes, porque o suicídio
deve ser comprovado; "É digno de nota que, mesmo quando há forte suspeita de suicídio, mas uma
nota de suicídio não é encontrada, o caso será classificado como 'acidente'".
Alguns pesquisadores acreditam que os suicídios disfarçados de acidentes de trânsito são muito mais
prevalentes do que se pensava anteriormente. Uma pesquisa comunitária em larga escala na
Austrália entre pessoas suicidas forneceu os seguintes números: "Dos que relataram planejar um
suicídio, 14,8% (19,1% dos planejadores do sexo masculino e 11,8% dos planejadores do sexo
feminino) haviam concebido um "acidente" de veículo a motor... De todos os que tentaram, 8,3%
(13,3% dos homens) tentaram anteriormente por colisão de veículos a motor."
• AERONAVES
Entre 1983 e 2003, 36 pilotos cometeram suicídio por aeronaves nos Estados Unidos. Há ataque
suicidas por aeronaves bem documentadas, incluindo ataques japoneses dos Kamikazes e os ataques
de 11 de setembro. Em 24 de março de 2015, o co-piloto da Germanwings, Andreas Lubitz, caiu
deliberadamente Germanwings Flight 9525 nos Alpes franceses para cometer suicídio, matando 150
pessoas com ele.
O suicídio por piloto também foi proposto como uma causa potencial para o desaparecimento do Voo
Malaysia Airlines 370 em 2014,com evidências sendo encontradas em um aplicativo de simulador de
voo usado pelo piloto do voo.
• INDIRETO
O suicídio indireto é o ato de seguir um curso obviamente fatal sem cometer diretamente o ato sobre
si mesmo. Existem evidências de inúmeros exemplos de suicídio por crime capital
na Austrália colonial. Condenados que tentam escapar de seu tratamento brutal matariam outro
indivíduo. Isso era necessário devido a um tabu religioso contra o suicídio direto. Acreditava-se que
uma pessoa que cometesse suicídio era destinada ao inferno, enquanto uma pessoa que cometesse
assassinato poderia absolver seus pecados antes da execução. Em sua forma mais extrema, grupos de
prisioneiros na colônia penal extremamente brutal da Ilha Norfolk formavam loterias suicidas. Os
prisioneiros sorteavam palhas para que um prisioneiro matasse o outro. Os participantes restantes
testemunhariam o crime e eram enviados para Sidnei, pois os julgamentos capitais não poderiam ser
realizados na Ilha Norfolk, ganhando assim uma pausa da Ilha. Há incerteza quanto à extensão dessas
loterias suicidas. Embora os relatos contemporâneos afirmem que a prática era comum, tais
alegações provavelmente são exageradas.
• ATAQUE POR ANIMAIS
Algumas pessoas optaram por se suicidar indiretamente ao serem atacadas por animais predadores,
como tubarões e crocodilos, e em alguns casos a pessoa foi comida viva; por exemplo, em 2011 no
leste da África do Sul, um homem deprimido (que queria ser atacado por um crocodilo) pulou em um
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rio e foi consumido por um crocodilo. Da mesma forma, em 2002, uma mulher deprimida se matou
pulando em um lago de crocodilos no Samutprakarn Crocodile Farm and Zoo na Tailândia. Em 2014,
uma segunda mulher se matou pulando no mesmo lago de crocodilos da Tailândia.
• INANIÇÃO
Uma greve de fome pode levar à morte. A fome tem sido usada por ascetas hindus e jainistas como
um método ritual de penitência (conhecido como Prayopavesa e Santhara, respectivamente), ou
como um método para acelerar a própria morte, cátaros também faziam jejum depois de receber
o consolamentum, a fim de morrer em um estado moralmente perfeito. Esse método de morte é
frequentemente associado a protestos políticos, como o Greve de fome irlandesa de 1981 de
prisioneiros paramilitares republicanos irlandeses que exigem status de prisioneiro de guerra, dos
quais dez morreram. O explorador Hey Heydadahl se recusou a comer ou tomar remédios pelo último
mês de sua vida, depois de ter sido diagnosticado com câncer.
A morte por anorexia nervosa causada por inanição não é listada nos atestados de óbito como
suicídio. No Reino Unido, a recusa em aderir às normas relativas ao consumo de alimentos e bebidas
pode levar à detenção, tratamento e até alimentação forçada nos termos da seção 3 da Lei de Saúde
Mental 1983. Os efeitos disso podem ser substanciais e podem resultar em secções/compromissos
involuntários, com alguns casos demonstrando um nível de persistência dos profissionais de saúde
mental na resistência de tais métodos.
Os efeitos da alimentação forçada foram comparados a "agressão sexual" por alguns estudiosos como
June Purvis (professor de sociologia da Universidade de Portsmouth); que cita os maus-tratos a
mulheres no movimento Sufragista. Um argumento apresentado pelo historiador e jornalista George
Dangerfield denotou o tratamento como "Não mais que extremamente desagradável". As próprias
mulheres alegando que o processo estava "terrivelmente degradantes". As questões morais
enfrentadas pelos profissionais médicos que lidam com esses tratamentos ainda estão presentes
hoje. As redes de notícias americanas registraram o caso de um enfermeiro da marinha que
enfrentou uma corte marcial na Baía de Guantánamo por se recusar a alimentar os detidos por
motivos éticos. Essa revelação causou conflito entre muitas pessoas nos EUA quando vazou um vídeo
de um detento, Gitmo, angustiado que tossia sangue durante o procedimento.
• SALTAR DE ALTURA
Saltar de um lugar alto é um modo comum de suicídio em área populosas ou em lugares onde
edifícios altos são comuns e acessíveis como Hong Kong, Singapura, cidade de Nova Iorque, cidade de
Taipei, Taiwan etc; nestes lugares, a maioria dos saltos ocorrem de edifícios residenciais, é um
método procurado especialmente por idosos, por ser acessível e fácil de se conduzido e também por
jovens cujo suicídios são impulsivos; o acesso a lugares e edifícios altos é um facilitador para este tipo
de suicídio.0
Em Hong Kong, saltar é o método mais comum de cometer suicídio, sendo responsável por 52,1% de
todos os casos de suicídio relatados em 2006 e taxas semelhantes nos anos anteriores.0
Há vários casos documentados de suicídio por pára-quedismo, por pessoas que deliberadamente não
abriram seu pára-quedas (ou o removeu durante a queda livre) e haviam deixado notas de suicídio.00

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Em situações extremas de desespero como no Incêndio no Edifício Joelma ou no Ataques de 11 de
setembro de 2001, as vítimas têm o impulso de tomar uma atitude para acabar com seu estado de
angústia, pressentindo que morrerem queimadas é um sofrimento muito grande, calculam que a
melhor saída é se atirar; as vítimas provavelmente entram em estado psicótico; isto é: falam, agem e
pensam, mas já perderam o contato com a realidade; durante o trajeto de poucos segundos até o
chão, a maioria das pessoas permanecem de olhos abertos, mas estão completamente anestesiadas;
as situações de medo extremo fazem o corpo liberar hormônios que inibem a dor, além de acelerar a
respiração e os batimentos cardíacos; aApenas em algumas situações a vítima tem o alívio de não ver
o chão se aproximando, esses casos são raros e acontecem porque a falta de uma perspectiva de
ação faz com que o organismo desacelere as funções vitais: o coração passa a bater tão devagar que a
pessoa desmaia e morre já inconsciente.0
• SUICÍDIO RITUAL
O suicídio ritual é realizado de maneira prescrita, geralmente como parte de uma prática religiosa ou
cultural.
• SEPPUKU
Seppuku é um método de suicídio ritual japonês praticado principalmente na era medieval, embora
alguns casos isolados apareçam nos tempos modernos, por exemplo, Yukio
Mishima cometeu seppuku em 1970 após um fracassado golpe de Estado que pretendia restaurar o
poder total ao imperador japonês. Ao contrário de outros métodos de suicídio, era considerado uma
maneira de preservar a honra. O ritual faz parte do bushido , o código do samurai .
O suppuku consiste em esventramento, cortar e remover os próprios órgãos do abdômen, é
frequentemente e erroneamente confundi com o harakiri que significa literalmente cortar a barriga.
• AUTO-SACRIFÍCIO
O sacrifício humano era uma atividade religiosa em toda a Mesoamérica. Na cultura asteca e maia, o
auto-sacrifício automático envolvendo auto-decapitação por padres e reis é retratado em obras de
arte. O sacrifício é geralmente representado segurando uma faca ou um machado na lateral do
pescoço.
Algumas formas de adoração em Durga envolvem um devoto do sexo masculino que se oferece como
sacrifício através da auto-decapitação ritual com uma espada curva para obter um favor da divindade
para terceiros.
• INTOXICAÇÃO POR MONÓXIDO DE CARBONO
A intoxicação por monóxido de carbono é geralmente o resultado da inalação de uma quantidade
excessiva de monóxido de carbono (CO). Os sintomas mais comuns são dores de cabeça, tonturas,
fraqueza, vómitos, dor torácica e confusão. A inalação prolongada pode resultar em perda de
consciência, arritmias cardíacas, crise epiléptica ou morte. Raramente a pele se apresenta de
tonalidade roxa. Entre as sequelas a longo prazo estão o cansaço, problemas de memória e
problemas ao nível motor. Em pessoas que inalaram fumo, deve também ser considerada a
possibilidade de intoxicação por cianeto.

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A intoxicação por monóxido de carbono pode ocorrer de forma acidental ou como tentativa de
suicídio. O monóxido de carbono é um gás incolor e inodoro que geralmente não provoca irritação. É
produzido pela combustão incompleta de matéria orgânica. A maior parte dos casos de intoxicação
tem origem na inalação do monóxido de carbono produzido na combustão de veículos a motor,
aquecedores ou equipamento de cozinha alimentados a combustíveis fósseis. Pode ainda ocorrer
como resultado da exposição a cloreto de metileno. O monóxido de carbono causa efeitos adversos
ao unir-se à hemoglobina para formar carboxihemoglobina (HbCO), impedindo assim o sangue de
transportar oxigénio. O diagnóstico tem por base uma quantidade de HbCO no sangue superior a 3%
entre não fumadores ou superior a 10% entre fumadores.
Entre as medidas de prevenção estão a instalação de detectores de monóxido de carbono, a
ventilação adequada de aparelhos a gás e a limpeza e manutenção de chaminés e sistemas de
exaustão de fumos em veículos. O tratamento da intoxicação geralmente consiste na administração
de oxigénio a 100% e cuidados de apoio até que os sintomas se deixem de manifestar ou que a
quantidade de HbCO no sangue seja inferior a 10%. Embora nos casos mais graves seja
usada oxigenoterapia hiperbárica, os benefícios em relação à oxigenoterapia convencional não são
claros. O risco de morte entre as pessoas afetadas é de 1% a 30%.
A intoxicação por monóxido de carbono é relativamente comum. Nos Estados Unidos é a causa de
mais de 20 000 admissões hospitalares por ano. Em muitos países, é o tipo mais comum de
intoxicação potencialmente fatal. Nos Estados Unidos, os casos não relacionados a incêndio são a
causa de mais de 400 mortes por ano. As intoxicações são mais frequentes durante o inverno,
sobretudo com o uso de geradores portáteis durante falhas de energia. Os efeitos tóxicos do
monóxido de carbono são conhecidos desde a Antiguidade. A descoberta de que o monóxido de
carbono afeta a hemoglobina foi feita em 1857.
Causas
O monóxido de carbono é um produto da combustão incompleta de matéria orgânica devido à falta
de fornecimento de oxigénio para permitir uma completa oxidação para dióxido de carbono (CO2).
Ocorre tanto em ambiente doméstico como industrial devido a motores a combustão, aquecedores e
outras máquinas com mecanismos de combustão. A exposição a valores de 100 ppm ou superiores
pode colocar em risco a vida humana. Fontes comuns de CO incluem:
• Veículo com motor ligado em garagem pouco ventilada;
• Forno a combustível ou chaminé acesos por muitas horas em casa mal ventilada;
• Respirar a fumaça de um incêndio;
• Fornalha industrial em fábrica mal ventilada.
O CO tem 200-250 vezes mais afinidade pela hemoglobina que oxigênio, expulsando e impedindo o
transporte de oxigênio nessas células para o resto do corpo. A falta de oxigênio causa hipoxia tóxica,
principalmente nas extremidades.
CO + Hb.Fe.O2 → Hb.Fe.CO + O2

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Sinais e sintomas
Mais de 100ppm (partes por milhão), equivalente a 0,01% do ar respirado, já é suficiente para causar
sintomas. Os primeiros sintomas de uma leve intoxicação por monóxido de carbono
incluem confusão, cefaleia e náusea. Quanto mais tempo exposto, piores os sintomas. Em doses
moderadas (mais de 1,000 ppm ,1% do ar) causa coração acelerado (taquicardia), respiração
acelerada (taquipneia), vertigens, visão borrosa e sonolência. Exposições intensa (mais de 2,000 ppm
,2% do ar) podem causar desmaio e convulsão prolongando a exposição. Eventualmente a toxicidade
grave no sistema nervoso central e no coração, possivelmente fatal. Na sequência de uma intoxicação
aguda, as sequelas são quase sempre permanentes. O monóxido de carbono pode ter efeitos graves
no feto quando inalado pelas grávidas. A exposição crônica a baixos níveis de monóxido de carbono
pode conduzir à depressão nervosa, confusão e perda da memória. O monóxido de carbono tem
sobretudo efeitos negativos nas pessoas ao combinar-se com a hemoglobina para
formar carboxihemoglobina (HbCO) no sangue, o que evita a ligação do oxigénio à hemoglobina pela
redução da capacidade de transporte de oxigénio pelo sangue. O efeito grave que tal provoca é
a hipóxia, e, além disso, supõe-se que a mioglobina e o citocromo c oxidase mitocondrial sejam
fortemente afetados. A carboxihemoglobina pode tornar-se de novo em hemoglobina, mas tal
processo demora porque o complexo HbCO é bastante estável.
• INTOXICAÇÃO POR HIDROCARBONETOS
Intoxicação por hidrocarbonetos é resultado da ingestão ou inalação de substâncias
orgânicas constituídas por moléculas de carbono e hidrogênio, geralmente derivados do petróleo.
Causas - Ingestão
Os hidrocarbonetos mais comumente ingeridos incluem gasolina, óleo lubrificante, óleo de
motor, óleo combustível, nafta e querosene. Quanto menor a viscosidade do líquido maior o risco de
aspiração.
• INALAÇÃO
A inalação de cola de sapateiro, propelente ou solvente de tinta é mais comum entre adolescentes,
com fim recreativo por causar euforia e distorções sensitivas, mas pode resultar em fibrilação
ventricular, uma arritmia cardíaca potencialmente fatal, geralmente sem sintomas de alerta.
Sinais e sintomas
Mesmo com ingestão de pequenas doses de hidrocarbonetos líquidos os pacientes já tossem até
engasgar e vomitar. Muito pouco é absorvido por via digestiva, mas os líquidos voláteis ingeridos são
aspirados pelos pulmões causando inflamação e hemorragia (pneumonite aspirativa). Crianças com
menos de 5 anos (maioria dos casos) podem ter cianose, prender a respiração e tossir
persistentemente. O distresse respiratório pode demorar até 6h para começar. Maiores de 5 anos
podem relatar ardor no estômago e confusão mental. A absorção sistêmica substancial,
particularmente de um hidrocarboneto halogenado, pode causar letargia, coma e convulsões.
Exposição prolongada a alguns hidrocarburetos, por abuso de drogas, pode causar dependência
química, visão turva, perda sensorial, atrofia muscular, neuropatia periférica e parkinsonismo.

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• SUICÍDIO POR QUEIMA DE CARVÃO
O suicídio por queima de carvão consiste na inalação dos gases emitidos pela queima de carvão em
lugares fechados por um indivíduo com intuito de cometer suicídio. O mecanismo por trás de seu
funcionamento está ligado à associação do monóxido de carbono (CO) à hemoglobina, formando o
complexo carboxiemoglobina, que por sua vez compromete o transporte de oxigênio e resulta em
morte por hipóxia cerebral. É visto como um método "fácil, letal e indolor"; entretanto, pode
ocasionar danos físicos e cerebrais permanentes àqueles resgatados ainda com vida.
Embora haja registros de sua prática desde o século XIX, foi apenas após ser noticiado
extensivamente pela mídia asiática durante a crise financeira de 1997 que passou a ter exponencial
popularidade, principalmente em Taiwan, Hong Kong, Japão, Coreia do Sul, Singapura e China. O
método é sobretudo praticado por homens, pessoas entre 25 e 54 anos, desempregados, ou por
indivíduos sem histórico de aconselhamento psicológico e transtornos mentais diagnosticados. Há
várias medidas e recomendações adotadas pela mídia e por governos de países asiáticos para coibir
sua prática, dentre elas divulgar mais responsavelmente casos de suicídio e limitar o acesso livre a
carvão em supermercados e lojas de conveniência.
Mecanismo de ação
À medida que o carvão queima, a concentração de monóxido de carbono (CO) no ar aumenta. Graças
à sua toxicidade — e não por causa da exaustão de oxigênio, como muitos pensam —, concentrações
de cerca de 0,1% no ar em um espaço confinado são fatais se inaladas por um longo período de
tempo. A combustão incompleta do carbono produz o CO, que se une rapidamente à hemoglobina,
comprometendo o transporte de oxigênio dentro do organismo. Isso resulta em morte
por hipóxia causada pela intoxicação aguda por monóxido de carbono.
Alguns sobreviventes que tentaram o método dizem tê-lo empregado por considerá-lo "fácil e
indolor" quando comparado a outros métodos de suicídio. Diferentemente de pular de uma grande
altura ou cortar-se com uma faca, o suicida não tem que enfrentar o medo da dor. É comum que a
prática seja associada a álcool ou drogas hipnóticas, e muitos sobreviventes costumam relatar não
terem sentido desconforto algum.
Alguns contestam a afirmação de que o processo é indolor, observando que a falta de oxigênio pode
causar asfixia e consequente reação involuntária de luta do corpo, mediada pela mudança
de pH em quimioceptores do bulbo raquidiano. Entretanto, tal indagação é baseada numa
compreensão errônea do método, que causa morte não pela falta de oxigênio, mas pelo acúmulo de
CO no soro sanguíneo. Os sintomas de intoxicação aguda por CO incluem, entre outros, dor de
cabeça, náusea, taquicardia e convulsões. Alguém que seja resgatado ainda com vida necessitará
de tratamento intensivo e pode ter danos cerebrais permanentes em decorrência da hipóxia.
• AUTOIMOLAÇÃO
Autoimolação é o ato de se auto-sacrificar em prol de algo maior como protesto ou martírio, não
necessariamente ateando fogo no próprio corpo, como geralmente pensam.
No hinduísmo e xintoísmo, a autoimolação de maneira ritual é tolerada, como forma de devoção,
protesto ou renúncia. Na Índia ocorria a prática do chamado sati ou sattee, onde viúvas de certas
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atiravam-se à fogueira da pira crematória do finado esposo. O governo indiano baniu o ritual em
1829, mas algumas mulheres da zona rural ainda o praticam.
Casos notáveis incluem o monge vietnamita Thích Quảng Đức, que se autoimolou em 1963 contra a
política religiosa do governo de Ngo Dinh Diem, e o tunisiano Mohamed Bouazizi, que, ao se incendiar
em protesto às condições econômicas de seu país em 2010, inspirou a revolução de Jasmim e levou
muitos a praticarem a autoimolação nas revoltas da Primavera Árabe.

• ESTRANGULAMENTO
Estrangulamento é o ato que consiste em pressionar o pescoço interrompendo o fluxo
de oxigênio para o cérebro, podendo levar a pessoa que sofre a ação à inconsciência ou mesmo à
morte. Em medicina forense chama-se de estrangulamento aquele causado ou não por laços de
diversos tipos de materiais que proporcionam lesões distintas.
No estrangulamento, poderá ser verificado na vítima a existência de um ou múltiplos sulcos
horizontais (devido à tentativa de resistência da vítima), de profundidade uniforme, que não se
interrompe e se localiza no meio do pescoço
Existe também o estrangulamento antebraquial que ocorre através da constrição do pescoço pela
ação do braço e do antebraço sobre a laringe, o que é popularmente chamado como gravata.
Caso sejam usadas as mão para provocar a constrição no pescoço da vítima, a medicina forense
chama este ato de esganadura.
• EXSANGUINAÇÃO
Exsanguinação (do latim: ex-sanguis, "sem sangue") é o processo fatal de total hipovolemia (perda de
sangue). É mais comumente conhecido como "sangrar até à morte".
• FORCA
Forca é um instrumento usado para execução de presos ou réus condenados à morte, assim como
para assassinatos ou suicídios. É composta por um poste de madeira com uma corda amarrada em
forma de laço. O executado é colocado de pé sobre uma mesa ou cadeira, alçapão ou veículo (ex.
carroça), e o laço é posto em volta de seu pescoço; então é removido aquilo que estivesse sob os pés.
A corda não poderá ser curta demais e nem muito longa, para que o condenado possa ser executado
de forma rápida e limpa.
Se a corda tem a medida ideal (considerando-se a altura e o peso do condenado), pode ocorrer uma
ruptura das vértebras cervicais, e a secção da medula espinhal provocando a paragem da função
respiratória e, assim, uma morte rápida. Por outro lado, se é excessivamente longa, poderá causar
a decapitação do condenado.
Caso as vértebras cervicais não se rompam (normalmente por ser usada uma corda curta), o
condenado morre por asfixia causada pelo laço, tanto por obstrução respiratória quanto pela
obstrução das veias jugulares e artérias carótidas. A morte será assim lenta e dolorosa.

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Muitas vezes esse método era visto como uma "morte suja", pois podia ocorrer libertação de fezes ou
urina por perda de controle sobre os esfincteres durante a morte. Essa "morte suja" ofendia a moral
do condenado e até mesmo a de sua família.
• OVERDOSE
Sobredose, superdose, dose excessiva ou overdose são termos utilizados cientificamente para se
denominar a exposição do organismo a grandes doses de uma substância química, seja ela
um medicamento, uma droga ou outros. Popularmente, refere-se à exposição a doses excessivas de
uma droga, ocorrendo ou não a intoxicação, isto é, havendo ou não sinais e sintomas clínicos que
debilitam o organismo, provocando a falência de órgãos vitais como coração e pulmões, sendo uma
das suas principais causas de morte entre dependentes químicos.
A sobredose pode ser dividida entre acidental e provocada, fatal ou não, sendo difícil estabelecer um
critério para cada uma dessas situações. Na maioria dos casos, ela ocorre quando o usuário busca
maiores efeitos, perdendo o controlo das doses, encaminhando-se às vezes acidentalmente e outras
vezes consciente do risco que corre para quadros que poderão levá-lo à morte.
Causas
A metabolização, ou seja, a eliminação da droga ingerida, geralmente é feita pelo fígado, onde serão
decompostas em subprodutos menos tóxicos. Quando a ingestão for maior que a velocidade de
metabolização, ocorrerá acumulação das substâncias tóxicas (intoxicação) em níveis capazes de
provocar parada cardiorrespiratória ou depressão total do sistema nervoso central, sendo fatal. A
sobredose pode ser distinguida pela saída de sangue pelas narinas.
Como exemplo, podemos citar o álcool, que, ao atingir entre 0,4 e 0,5 por cento de concentração no
sangue (o equivalente a 600 mililitros de uísque bebido num período igual ou inferior a 60 minutos),
provoca o coma. Ao se ingerir entre 0,6 e 0,7 por cento (o equivalente a 750 mililitros, no mesmo
período de tempo), todo o cérebro e a medula espinhal entram em depressão profunda, provocando
paralisia do centro respiratório e, consequentemente, a morte.
Para a cocaína, a dose capaz de causar uma sobredose seguida de parada cardíaca é de 1,2 gramas
Sintomas
Os efeitos variam de indivíduo para indivíduo devido a vários fatores, tais como:
• Tipo de droga ingerida;
• Quantidade;
• Vias de administração;
• Procedência da droga;
Constituição física e psicológica do usuário
Circunstâncias em que ocorre a overdose
Sintomas comuns são problemas respiratórios e perda de consciência. Muitas mortes por sobredose
poderiam ser evitadas, se o indivíduo em crise por sobredose recebesse socorro especial imediato.

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Devemos ressaltar que os amigos ou a(s) pessoa(s) que o socorrem terão o direito ao anonimato, não
correndo o risco de serem delatados.
• DEFENESTRAÇÃO
Defenestração é o ato de atirar algo por uma janela. Refere-se, contudo, mais especificamente ao ato
de atirar pessoas de uma janela com a intenção de assassinar ou ao caso de suicídio. O termo provém
da palavra latina para janela, fenestra.
A defenestração, no caso concreto da aplicação a pessoas, foi uma prática corrente no século
XVII (embora já viesse do século anterior, tendo sido usada na matança de São Bartolomeu),
nomeadamente na Guerra dos Trinta Anos. Ficou famoso o episódio das "Defenestrações de Praga"
(1618), tendo os nobres protestantes da Boémia invadido o castelo da capital e arremessado
representantes do Governo Imperial pelas janelas. Este foi, a par da demolição de duas Igrejas
Luteranas na Boémia por parte das forças católicas do Sacro Império Romano-Germânico, um dos
episódios determinantes na deflagração do conflito no continente.
Uma suposta defenestração ocorreu em Portugal, no contexto da Restauração da Independência. A
vítima teria sido o Secretário de Estado Miguel de Vasconcelos, personagem odioso aos olhos dos
portugueses por colaborar com a Dinastia Filipina, na manhã do dia 1 de dezembro de 1640, atirado
das janelas do Paço da Ribeira para o Terreiro do Paço. No entanto, embora o corpo tenha sido de
facto atirado pela janela, Miguel de Vasconcelos já tinha sido morto a tiro pelos conjurados.
Já antes disso, também em Portugal, nos momentos tensos da crise de 1383-1385, o bispo de Lisboa,
D. Martinho de Zamora, de origem castelhana e por isso suspeito de colaborar com o inimigo, foi
atirado pelas janelas da Sé de Lisboa em 1383, pela população enraivecida.
• CARÓTIDA PRIMITIVA
As artérias carótidas primitivas ou comuns esquerda e direita são responsáveis por fornecer
o sangue a toda a região da cabeça. A artéria carótida primitiva direita origina-se do tronco arterial
braquiocefálico, enquanto a carótida primitiva esquerda origina-se directamente da crossa da aorta.
Cada uma das carótidas primitivas dá origem a uma artéria carótida externa e uma artéria carótida
interna.
• VENENO
Um veneno consiste em qualquer tipo de substância tóxica, seja ela sólida, líquida ou gasosa, que
possa produzir qualquer tipo de enfermidade, lesão, ou alterar as funções do organismo ao entrar em
contato com um ser vivo, por reação química com as moléculas do organismo.
A diferença entre uma substância venenosa e uma substância farmacêutica ou mesmo nutricional é
que um veneno é mortal em determinada dose e não tem qualquer função
terapêutica. Flúor e iodo podem ser considerados venenosos, mas têm aplicações terapêuticas em
mínimas doses, sendo o iodo indispensável e o flúor um bom fármaco contras as cáries.

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Os venenos podem ser de origem:
Mineral (arsênico ou mercúrio, por exemplo);
Vegetal (a cicuta ou algumas plantas venenosas, por exemplo; as plantas medicinais, como a Atropa
beladona ou a Zantedeschia aethiopica são muito venenosas
Animal (Mordedura de serpentes, abelhas e medusas, por exemplo);
Artificial (muitas das substâncias sintetizadas pelo ser humano na indústria, por exemplo, como
o ácido sulfúrico, ou o monóxido de carbono do escapamento dos automóveis).

• CHOQUE ELÉTRICO
O choque elétrico (AO 1945: choque eléctrico) é a passagem de uma corrente elétrica através do
corpo, utilizando-o como um condutor. Esta passagem de corrente pode causar um susto, podendo
também causar queimaduras, parada cardíaca ou até mesmo a morte.

• AFOGAMENTO
Afogamento é a paragem respiratória resultante da imersão em líquido. O afogamento geralmente
ocorre de forma silenciosa, sendo poucas as pessoas que conseguem acenar com a mão ou gritar por
socorro. Após o salvamento, os sintomas incluem problemas respiratórios, vómitos, confusão ou
perda de consciência. Em alguns casos os sintomas podem só se manifestar após seis horas. Entre as
complicações mais comuns estão a diminuição da temperatura do corpo, aspiração do vómito
e síndrome do desconforto respiratório do adulto.
O afogamento é mais comum em locais em que a água é mais quente e entre pessoas com acesso
frequente à água. Entre os fatores de risco estão o consumo de álcool, epilepsia e baixa condição
sócio-económica. Entre os locais de afogamento mais comuns estão as piscinas públicas, banheiras,
corpos de água como mares e rios e baldes. Durante um afogamento, a pessoa inicialmente sustém a
respiração, seguida por espasmo da laringe e posterior diminuição dos níveis de oxigénio. Geralmente
só mais tarde é que entra água nos pulmões em grande quantidade. O afogamento pode resultar
em morte, causar problemas respiratórios ou não ter quaisquer seqüelas.
Entre as medidas de prevenção de afogamento estão ensinar as crianças a nadar, cumprir as medidas
de segurança a bordo de embarcações e dificultar ou impedir o acesso a massas de água, como por
exemplo vedar as piscinas. O tratamento de afogados em paragem respiratória começa pela abertura
das vias respiratórias e realização de cinco exalações. Nas vítimas em paragem cardíaca e que tenham
estado debaixo de água durante menos de uma hora, é recomendada reanimação
cardiorrespiratória. As taxas de sobrevivência são superiores em pessoas que tenham estado pouco
tempo debaixo de água. Entre as crianças sobreviventes, cerca de 7,5% dos casos estão associados a
mau prognóstico.
Estima-se que em 2015 tenham ocorrido cerca de 4,5 milhões de casos de afogamento não
intencional. No mesmo ano, o afogamento foi a causa de 324 000 mortes, sendo a terceira principal
causa de morte por acidentes, atrás das quedas e acidentes rodoviários. Destas mortes, cerca de
56 000 ocorreram em crianças com menos de cinco anos de idade. O afogamento é responsável por

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7% de todas as mortes por acidentes. Mais de 90% das mortes ocorrem em países em vias de
desenvolvimento. O afogamento é mais comum entre homens e entre os jovens.

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