População de Refugiados No Mundo 3º Ano A-B
População de Refugiados No Mundo 3º Ano A-B
População de Refugiados No Mundo 3º Ano A-B
DATA:
ATIVIDADE DE HISTÓRIA / / 2024
TURN
Profº: OLIVEIRA 3º ano /
ALUNO: Nº
"Um dos principais problemas, em termos populacionais e a nível global, é a questão dos refugiados. O conceito de
refugiado foi regulado pela Organização das Nações Unidas por meio da Convenção das Nações Unidas sobre o
Estatuto dos Refugiados, realizada em 1951 e adotada em 1954.
Segundo a ONU, na convenção em questão, para ser considerada refugiada, a pessoa precisa declarar que se sente
perseguida pelo Estado de sua nacionalidade por razões de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões
políticas; que se ausentou de seu país em virtude desses termos ou que não consegue a proteção do poder público
pelas mesmas razões.
No entanto, é válido ressaltar que uma pessoa deixa de ser considerada refugiada se as condições de perseguição
ou temor reverterem-se ou se tornarem injustificadas em função de mudanças políticas ou se, voluntariamente, o
refugiado voltar para o país ao qual pertence a sua nacionalidade para fins de residência. Aqueles refugiados que
adquirem uma nova nacionalidade, gozando da proteção desta, também não poderão ser mais considerados
oficialmente como tais.
Existem vários tipos de refugiados no mundo, alguns por condições de perseguição política, outros pela existência
de conflitos armados e guerrilhas, além daqueles que sofrem com a fome, discriminação racial, social ou religiosa
e até os refugiados ambientais, entre muitos outros tipos.
Os dados divulgados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) revelam um drama
crescente: em razão dos conflitos nacionais existentes em várias partes do mundo, o número de refugiados vem
aumentando exponencialmente. Em 2014, esse número chegou a incríveis 59,5 milhões de pessoas, cerca de 22
milhões a mais em comparação com a década anterior. Outro dado alarmante é que mais da metade desses
refugiados é menor de idade.
Os principais conflitos atuais que elevam o número de refugiados estão na África e na Ásia, destacando-se, nessa
última, o Oriente Médio. Entre esses conflitos, podemos enumerar:
África – oito conflitos: Costa do Marfim, República Centro-Africana, Líbia, Mali, norte da Nigéria, República
Democrática do Congo, Sudão do Sul e Burundi;
Uma característica marcante da questão dos refugiados no mundo é o fato de a maioria deles – cerca de 86% –
deslocar-se em direção aos países emergentes do sul, e não para a Europa e para os Estados Unidos, principais
destinos migratórios da atualidade. A razão para isso é a maior permissividade que os países menos desenvolvidos
possuem e, também, o elevado protecionismo dos países desenvolvidos, principalmente na União Europeia, que
impõe pesadas medidas de restrições a imigrantes ilegais e também a refugiados.
O Brasil recebe um alto número de refugiados, um valor que atingiu 7,7 mil pessoas em 2015, segundo o Conare
(Comitê Nacional para Refugiados). Desse total, avalia-se que 25% são mulheres e, em termos de nacionalidade, a
maior parte é composta por sírios, com cerca de 23% do total, em razão do conflito entre as forças rebeldes e o
ditador Bashar Al-Assad no país. Além disso, destacam-se também os colombianos, os angolanos, os haitianos e
os congoleses. Em termos constitucionais, o Governo Federal deve cuidar para receber e resolver os problemas
relativos às questões de refugiados no Brasil, principalmente no âmbito da legalização.
A questão dos refugiados no mundo ganha contornos dramáticos, pois, além dos problemas severos que abrangem
as suas áreas de origem, ainda existem os problemas que esses migrantes encontram nos locais para onde se
deslocam. Entre esses problemas, destacam-se as diferenças culturais, as dificuldades com idiomas, a busca por
emprego e, principalmente, a xenofobia (aversão a estrangeiros) praticada pela população residente das áreas de
destino."
Em 2020, 10,8 mil refugiados de fora do continente moravam no Brasil, enquanto apenas 6,3 mil moravam nos
outros onze países sul americanos.
Migração nas Américas: as características do movimento migratório na região
Durante as duas últimas décadas, a migração na América do Sul foi principalmente de caráter regional. Violência,
violações dos direitos humanos, insegurança, empobrecimento, desigualdade social, lento crescimento econômico,
falta de empregos dignos, necessidades do mercado de trabalho nos países de destino, instabilidade política, impacto
da pandemia da COVID-19, desastres naturais, degradação ambiental, mudanças climáticas e laços familiares são
alguns dos fatores que impulsionam esse fenômeno, levando migrantes e refugiados a se mudar para outro lugar na
sub-região. Os números da migração inter-regional cresceram significativamente, com movimento de quase 7
milhões de venezuelanos que deixaram seu país desde o início da crise, enquanto 6 milhões deles residem em algum
lugar da América do Sul.¹
No entanto, apesar de ser o maior, certamente esse não é o único grupo que se desloca pelo continente. Em razão
dos mesmos fatores mencionados, outras populações estão deixando suas casas pela primeira, segunda ou mais
vezes após uma tentativa de se estabelecer em outro lugar. Como consequência da pandemia, as oportunidades de
emprego diminuíram na América do Sul, deixando muitos migrantes da primeira onda desempregados e forçados a
migrar novamente. É o caso dos haitianos, por exemplo, que se estabeleceram no Brasil e no Chile após o desastroso
terremoto de 2010 e da violência generalizada no Haiti, e depois migraram uma segunda vez rumo aos Estados
Unidos (EUA) como consequência da crise global gerada pela pandemia da COVID-19. Migrantes e refugiados
que se estabeleceram nesses dois países também sofreram discriminação e xenofobia, o que representou outro
motivo para deixarem sua segunda residência. Os haitianos se tornaram o segundo maior grupo em 2023 a atravessar
a selva de Darién.² No ano anterior, eles eram o terceiro grupo na travessia, atrás dos venezuelanos, em primeiro, e
dos equatorianos, em segundo — esses últimos estão se deslocando em massa por causa da violência que assola o
país e que levou a taxa de homicídios a dobrar em um ano.³
A selva de Darién é uma floresta muito perigosa e fechada que os migrantes precisam atravessar da Colômbia para
chegar ao Panamá e continuar a jornada em direção ao norte do continente, o principal destino de migrantes e
refugiados nas Américas. Em 2022, houve cerca de 250 mil entradas irregulares no Panamá através desse perigoso
trecho de selva, e a previsão para 2023 é de que o número deve quase dobrar, chegando a 400 mil. Desde o início
do ano, 100 mil pessoas já cruzaram a floresta.4 Outras rotas atuais incluem populações migrantes do Caribe (além
de haitianos, cubanos e dominicanos), que se deslocam por países da América Central, como Nicarágua e Honduras.
Enquanto a migração entre países do sul não é um fenômeno recente na região, houve um aumento significativo na
migração vinda da África e da Ásia durante a primeira década do século XXI, como resultado de políticas cada vez
mais restritivas na Europa e na América do Norte, juntamente com posições liberais sobre requerimentos de visto
em alguns países sul-americanos. No ano passado, 11% dos refugiados que cruzaram a selva de Darién eram de
países africanos ou asiáticos. Os migrantes e refugiados que vêm de outras regiões tendem a ser ainda mais
vulneráveis, por causa dos maiores desafios no acesso ao status de migração regular, bem como pelas barreiras
linguísticas e culturais, entre outros motivos.
A migração na América Latina é amplamente caracterizada por fluxos mistos, movimentos populacionais que
incluem refugiados, solicitantes de asilo, migrantes econômicos, migrantes climáticos e outros. Essa variedade
apresenta desafios específicos na concepção e na entrega de respostas operacionais apropriadas a cada uma dessas
populações, por causa da variedade de perfis e das razões múltiplas e complexas pelas quais os migrantes e
refugiados estão realizando suas jornadas.
Médicos Sem Fronteiras (MSF) trabalha ativamente para garantir o acesso à saúde das pessoas em movimento tanto
na América Latina quanto em outras regiões do mundo por meio da prestação de serviços personalizados ao longo
das rotas de migração. Migrar é um direito humano!
ATIVIDADE
1.Qual a maior causa de refugiados no mundo?
2.Quais são os tipos de refugiados que existem no mundo?
3.Qual é a atual situação dos refugiados no mundo?
4.Quais são os principais desafios enfrentados pelos refugiados?
5.O que leva as pessoas a se tornarem refugiados?
6. Quais são as principais origens dos refugiados no Brasil?
7.O que leva as pessoas a se tornarem refugiados?
8. O que diz a ONU sobre os refugiados?
9.Qual é a diferença entre imigrantes e refugiados?
10.Qual a importância dos refugiados para a sociedade?
11.Qual seria a solução para resolver o problema dos refugiados?
12.Quais são as leis que protegem os refugiados?
13.Quais são os principais direitos dos refugiados no Brasil?