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Comunicação No Contexto Humanitário

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Lasmina Atumane Adamugi

Maura Manuel Matias

Nafisa Sunira Alberto Marurício

Comunicação no contexto humanitário

(Licenciatura em Psicologia Social e das Organizações)

Universidade Rovuma

Nampula

2024
i

Lasmina Atumane Adamugi

Maura Manuel Matias

Nafisa Sunira Alberto Marurício

Comunicação no contexto humanitário


(Licenciatura em Psicologia Social e das Organizações)

Trabalho de carácter avaliativo a ser


entregue na Faculdade de Educação e
Psicologia, na cadeira de Diagnóstico e
Técnicas de Intervenção nas
Organizações, leccionada pelo
docente: Prof. Doutor Mussa Abacar,
4º ano, regime laboral

Universidade Rovuma

Nampula

2024
ii

Índice

1. Introdução ........................................................................................................................... 3

1.2. Objectivos ........................................................................................................................ 3

1.2.1. Objectivo geral ............................................................................................................. 3

1.2.2. Objectivos específicos .................................................................................................. 3

2. COMUNICAÇÃO NO CONTEXTO HUMANITÁRIO ................................................... 4

2.1. Conceitos gerais – básicos ............................................................................................... 4

2.1.1. Comunicação ................................................................................................................ 4

2.1.2. Organizações humanitárias ........................................................................................... 5

2.2. Dimensões da comunicação............................................................................................. 5

2.3. Processo de comunicação ................................................................................................ 6

2.4. Comunicação humanitária ............................................................................................... 9

2.5. Exemplos de uso da comunicação nas organizações humanitárias ................................. 9

2.6. Importância das comunicações na gestão de riscos ....................................................... 10

2.7. Papel das Mídias sociais na comunicação de riscos ...................................................... 11

Conclusão ............................................................................................................................. 13

Referências bibliográficas .................................................................................................... 14


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1. Introdução

A comunicação desempenha um papel fundamental no contexto humanitário, onde a


transmissão eficaz de informações é vital para o planeamento, implementação e avaliação de
intervenções destinadas a aliviar o sofrimento humano em situações de crise. Ela abrange uma
gama diversificada de actividades, desde a disseminação de alertas precoces e informações
sobre medidas de protecção até a mobilização de recursos e o envolvimento da comunidade.
Em meio a desastres naturais, conflitos armados, crises de saúde pública e outras
emergências, a comunicação desempenha um papel crucial na promoção da segurança,
coordenação de esforços de socorro, empoderamento das comunidades afectadas e defesa dos
direitos humanos.

1.2. Objectivos

1.2.1. Objectivo geral

 Analisar o papel da comunicação no contexto humanitário ou em situações de crise e


emergência.

1.2.2. Objectivos específicos

 Definir o conceito de comunicação e organizações humanitárias;


 Descrever os elementos da comunicação;
 Explicar a importância da comunicação no âmbito humanitário.
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2. COMUNICAÇÃO NO CONTEXTO HUMANITÁRIO

2.1. Conceitos gerais – básicos

2.1.1. Comunicação

É do conhecimento geral que a palavra comunicação vem do latim “communicare”, que


significa pôr em comum, conviver. Entre as diversas definições mais correntes nos
dicionários, surge Santos (1992), que refere as seguintes definições:

“Facto de comunicar, de estabelecer uma relação com alguém, com alguma coisa ou entre
coisas; Transmissão de signos através de um código (natural ou convencional); Capacidade
ou processo de troca de pensamentos, sentimentos, ideias ou informações através da fala,
gestos, imagens, seja de forma directa ou através de meios técnicos, que diz respeito aos
processos de comunicação que caracterizam a organização humana sendo esta de uma
forma sintética, uma acção ou meio de entrar em relação com o outro, transmitindo-se
através delas ideias, sentimentos e atitudes, possibilitando uma dinâmica social e um
estabelecimento de laços”. (p. 68)

Baseando-nos em Ribeiro (2008, p.7), este defende que a comunicação organizacional é uma
componente fundamental para a eficiência e eficácia, sendo que a eficácia é considerada a
capacidade de um indivíduo para produzir resultados responsavelmente e a eficiência
capacidade potencial que têm os sistemas, simples ou complexos, para produzir resultados.

Também na opinião de Berlo (2003), uma organização de qualquer espécie só é possível em


virtude da comunicação, ou seja, é a comunicação no ambiente empresarial que faz com o que
os elementos se consigam organizar e façam com que a empresa seja também organizada e
estruturada.

O conceito Comunicação Organizacional, comporta consigo diversas abordagens teóricas,


engloba todas as formas de comunicação possíveis de existir numa organização, para que
possa interagir com os seus públicos internos e externos e seja responsável pela gestão de
comportamentos e acções dirigidos a esses mesmos públicos, isto é feita de uma maneira
eficaz e capaz de gerar resultados. (Ribeiro, 2008).

Relembrando que as organizações são formadas por seres humanos, em vários contextos
(social, cultural, político, económico) estas visam atingir os seus objectivos, através de
processos de relação entre os indivíduos. Neste quadro, importa valorizar abordagens
interactivas da comunicação e não apenas como veículo de transmissão de informações.
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2.1.2. Organizações humanitárias

A palavra organização advém da origem grega, “organon”, que significa instrumento, órgão
ou aquilo com que se trabalha, um sistema para atingir os resultados pretendidos. Desta
forma, as organizações podem ser definidas “como conjuntos de pessoas que trabalham de
forma coordenada para atingir objectivos comuns” (Cunha et al, 2007, p.38), envolvendo
distribuição de tarefas e atribuição de responsabilidades.

De acordo, com Chiavenato (2005, p.24), “organização é uma unidade social conscientemente
coordenada, composta de duas ou mais pessoas, que funciona de maneira relativamente
continua, com o intuito de atingir um objectivo comum”.

Portanto, Segundo Médicos Sem Fronteiras (2020), as “organizações humanitárias são


instituições não-governamentais que visam socorrer as populações afectadas por catástrofes,
conflitos e outras situações de emergência, fornecendo assistência e serviços essenciais para
preservar a vida, a dignidade e os direitos humanos”.

2.2. Dimensões da comunicação

A comunicação organizacional, segundo análise de Kunsch (2003), apresenta diferentes


modalidades que permeiam as suas actividades: a comunicação institucional, a comunicação
mercadológica a comunicação interna e a comunicação administrativa. Sob essa perspectiva
pressupõe uma junção “estas comunicações formam uma mix, o composto da comunicação
organizacional” (idem, p.150).

Neste âmbito, surge a necessidade da comunicação ser pensada de forma integrada e como
uma ferramenta estratégica pelas organizações. A autora ressalta, o conceito de comunicação
integrada como facilitadora do alcance dos objectivos da organização, apesar das diferenças
dos públicos-alvo, respeitando as diferenças individuais e colectivas e contribuindo para uma
gestão participativa e mudanças necessárias a todos. Ou seja, a maneira de ser de uma
organização, pode ser interpretada pelas diversas formas de comunicar. Considerando essa
perspectiva que a dimensão humana valoriza a comunicação interpessoal e tem como
objectivos a relação e o entendimento entre as pessoas, internas ou externas à organização.

De modo mais sintético, poderíamos subdividir a comunicação organizacional em dois


subdomínios: A comunicação externa (dirigida aos públicos externos da organização) e a
comunicação interna (dirigida aos seus públicos internos). Na primeira, estariam englobadas
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aquelas que Kunsch define como institucional e mercadológica e na segunda estariam as que
designa por interna e administrativa.

Relembrando que as organizações são formadas por seres humanos, em vários contextos
(social, cultural, político, económico) estas visam atingir os seus objectivos, através de
processos de relação entre os indivíduos. Neste quadro, importa valorizar abordagens
interactivas da comunicação e não apenas como veículo de transmissão de informações.

Uma comunicação interna eficaz reduz o esforço dispensado em conflitos que são muitas
vezes derivados da falta de informação, aumenta consigo a produtividade através da
capacitação proporcionando uma satisfação contínua, que melhora a relação entre os
indivíduos e as organizações para construir relacionamentos duradouro poupando-se tempo e
dinheiro.

2.3. Processo de comunicação

Sempre que comunicamos com alguém, temos um objectivo para cumprir, nesse mesmo
objectivo são utlizados vários códigos, Segundo Adler e Towne (2002), “nós comunicamos
para atender a algumas necessidades básicas, são elas: físicas, identitárias, sociais” e ainda,
alguns objectivos práticos que podem ser alcançados através da comunicação, estes códigos
utilizados são representados pelos nossos pensamentos, desejos e sentimentos independente
dos meios utlizados para comunicação, essa transmissão de mensagem pressupõem
necessariamente a interacção de diversos factores.

“A comunicação nas organizações evoluiu de seu estágio embrionário, em que se definia


como mero acessório, para assumir, agora, uma função relevante na política negocial. Deixa,
portanto, de ser actividade que se descarta, ou seja, relegada a segundo plano, em momentos
de crise e de carência de recursos, para se afirmar como ferramenta estratégica, de que uma
empresa ou entidade lança mão para idealizar clientes, sensibilizar multiplicadores de opinião
ou interagir com a comunidade” (Bueno, 2000, p.50).

Em todo o processo comunicacional é importante que todo o contexto esteja em consonância


com a mensagem, ou seja, o tom, as posturas e os sentimentos. As teorias e abordagens da
comunicação estão na origem do conhecido esquema, cujos componentes são os:
7

Figura 1: O processo da comunicação


Fonte: Shannoh & weaver (1999,como citado Redfield,1967)

Neste processo o emissor é aquele que transmite a mensagem, essa mensagem para ser
detonadora de significado deverá ser perceptível pelo receptor, este deve estar sintonizado
com o emissor para compreender a mensagem, que corresponde ao conteúdo da
comunicação, esta é feita através de um canal que serve de suporte e veículo a uma
mensagem.

Existem diversos suportes, entres ele, ar, telefone, cartaz, internet, televisão, entre outros, ou
seja, correspondem ao meio utilizado para a transmissão da mensagem, este deve ser
cuidadosamente escolhido para a eficiência e sucesso da comunicação. O código corresponde
a um conjunto de sinais estruturados que podem ser verbais ou não-verbais. Trata-se da
maneira pela qual a mensagem se organiza; por último o referente que consiste no contexto
no qual se encontram o emissor e o receptor da mensagem. Em síntese, o processo
comunicativo nas organizações envolve um conjunto de elementos e seus efeitos recíprocos, à
medida que a comunicação se desenvolve (Hall, 1984, p. 133).

Para Duterme (2002, p. 18), em situação de comunicação, a nossa atenção é focalizada


naquilo que é trocado: no conteúdo, ou seja, a mensagem. Segundo a sua perspectiva, para o
emissor, o objectivo é que a informação atinja da melhor forma o destinatário, devendo ter o
cuidado de referenciar o essencial do conteúdo da informação e identificá-lo de forma clara e
lógica, formalizando-o da melhor maneira possível, de modo a que o conteúdo chegue ao
destinatário com a máxima eficácia.

A comunicação deve promover a rotatividade, com efeito, segundo referem Tomasi e


Medeiros (2007, p. 12), “se o destinatário é passivo, ele recebe a mensagem, mas não a
utiliza” e a mensagem que não é utilizada será de pouco valor para a organização. Referem
8

também os mesmos autores “ se é activo, o destinatário recebe a mensagem e reage a ela. Por
isso se diz que seu comportamento é reactivo”. Pessoas envolvidas num diálogo tanto emitem,
como recebem mensagens. Assim, o mesmo individuo pode desempenhar a função de emissor
ou de receptor, da mesma forma, que a função de receptor ou emissor pode não ser
representada por uma única pessoa, por vezes, pode ser por um grupo, por uma empresa ou
por uma comunidade.

Neste sentido,“ os canais utilizados são também diversos, os métodos de comunicação no


mundo organizacional podem ser agrupados em três rubricas, aos quais os gestores devem
decidir qual o método de informação a ser utilizado e conhecer as suas vantagens e limitações
para que não existam falhas de comunicação” (Cavalcante, 2008).

Dependendo do objectivo da comunicação usa-se um diferente meio, isto é, se for pretendido


fazer a comunicação de tarefas entre o superior e o subordinado sobre o que necessita de ser
feito, ou sobre mudanças existentes no ambiente ou local de trabalho, pode-se utilizar as
ordens directas ou sessões de formação para que seja assegurado um desempenho benéfico, se
for para comunicar o desempenho do subordinado e a qualidade do seu trabalho, remete-se
para a comunicação sobre a carreira, para que seja possível discutir possíveis formações e
uma avaliação justa (Nascimento, 2005, p. 9). Por fim, se for para a integração do individuo
na organização, através da partilha de informações sobre a família ou interesses pessoais, aí já
nos remete para a comunicação pessoal (Shirley, 2008, p.2).

Saliente-se que Cascio (2002) diz-nos que as falhas na comunicação podem colocar em causa
a honestidade e abertura desejáveis na interacção com os colaboradores. Ou seja, se a
organização não promover actualizações de informação regulares e constantes pode estar a
contribuir para a criação de uma atmosfera de incertezas e expansão de rumores, suscitáveis
de activar conflitos internos.

Considerando, Almeida (2003), sobressai a necessidade de promover e coordenar essa


comunicação para que a organização possa funcionar de acordo com os objectivos visados,
num processo pelo qual as pessoas interagem e se revêm tanto pessoalmente como
organizacionalmente.

Nesse sentido, é conveniente considerar que esta deve ser adequada às necessidades de cada
departamento ou sector e que estes poderão organizar o seu sistema de informação interno de
modo diferenciado, dependendo do número de trabalhadores, níveis e organização do
9

trabalho. Com efeito, a comunicação interna não pode ser reduzida a um conjunto de canais,
através dos quais circula a informação, esta deve ser entendida como um sistema de
interacções onde o emissor e o receptor se influenciam reciprocamente e partilham
significados simbólicos.

Uma comunicação interna eficaz é considerada como uma ferramenta essencial para o sucesso
organizacional, é através desta que são conhecidos os objectivos a atingir, corrigidos os
desvios e dada relevância aos interesses e integração dos membros.

2.4. Comunicação humanitária

A comunicação humanitária desempenha um papel crucial nas operações das organizações


humanitárias. Ela abrange várias actividades essenciais, tais como:

 Capacitação técnica: Desenvolvimento de habilidades para usar tecnologias de


comunicação;

 Coleta e disseminação de informações: Reúne e compartilha dados críticos e


urgentes entre populações afectadas por crises e agências humanitárias;

 Preparação: Antecipação e planeamento para situações de emergência;

 Análise de dados: Avaliação de informações para salvar vidas, aliviar o sofrimento e


proteger a dignidade das pessoas em crise.

2.5. Exemplos de uso da comunicação nas organizações humanitárias

As organizações humanitárias empregam a comunicação para:

 Colectar e analisar dados: Isso inclui informações de Mídias sociais, dados


geoespaciais e outras fontes;
 Melhorar a conscientização situacional: Disseminando informações para combater
rumores e fornecer clareza;
 Conectar populações afectadas às actividades de resposta: Facilitando a
comunicação entre as partes envolvidas;
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A comunicação humanitária desempenha um papel crucial em situações de conflito,


desastres naturais e emergências complexas. Organizações humanitárias utilizam a
comunicação para promover o Direito Internacional Humanitário (DIH), explicar suas
posições sobre questões humanitárias, facilitar operações e aumentar a conscientização sobre
as necessidades das pessoas afectadas por conflitos e violência.

O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), por exemplo, emprega contactos


diplomáticos para alcançar esses objectivos. Eles lutam por uma acção humanitária neutra,
imparcial e independente, ao mesmo tempo que combatem o uso indevido das actividades
humanitárias.

A comunicação humanitária ainda desempenha um papel crucial na:

 Advocacia: Promover a adesão ao DIH e sensibilizar sobre questões humanitárias.


 Coordenação: Facilitar a colaboração entre organizações humanitárias, governos e
outras partes interessadas.
 Conscientização pública: Informar o público sobre crises e necessidades
humanitárias.
 Segurança das equipes: Garantir que as equipes no terreno possam operar com
segurança e eficácia.

2.6. Importância das comunicações na gestão de riscos

Situações de desastre são críticas, tornam-se períodos de incerteza que causam estresse
colectivo, como resultado da privação da sociedade de suas condições normais de rotina,
inclusive da perda de seus meios de comunicações (Simon, Goldberg & Adini, 2015).

A Informação e a comunicação exercem um papel de extrema relevância nas actividades da


logística humanitária. Além disso, é importante destacar que a comunicação tem também uma
função educativa e, é dever da administração pública e um direito dos cidadãos (Haselkorn e
Walton, 2009). Sistemas de monitoramento e alerta, bem como a comunicação de risco, são
cruciais para a sobrevivência e recuperação das populações afectadas por desastres. Várias
ferramentas podem capacitar as comunidades para agirem em resposta a um alerta de risco e,
desta forma, contribuírem com a capacidade das instituições locais de resposta. Percebe-se,
então, que a comunicação na gestão de risco pode apoiar não apenas a resiliência e o processo
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de “recuperação”, mas também pode incluir o “como reconstruir melhor”, na fase de


reconstrução da infra-estrutura e do ambiente.

As condições para o gerenciamento das comunicações e para a prevenção de desastres serão


tanto melhores quanto melhores forem os recursos tecnológicos disponíveis. Usando a
internet é possível interligar redes de sensores, atuadores e big data, além de relatos e
históricos de eventos, em computadores interconectados, o que permite ganhos em eficiência,
para uma boa gestão de riscos. Diferentes departamentos podem ser interligados, com
comunicação via satélite e inteligência artificial, para rastrear ameaças de desastres, bem
como, para definir a melhor e mais viável forma de procedimentos de resgate. (Joseph et al.,
2018; Wellington e Ramesh, 2018; Murayama e Yamamoto, 2019).

2.7. Papel das Mídias sociais na comunicação de riscos

As Mídias tradicionais, como televisão, rádio e jornais, não são mais as principais fontes de
informação, pois smartphones e tablets permitem acesso móvel imediato às plataformas de
média social (Collins et al., 2016).

Mídias sociais são canais de relacionamento, baseados na web 2.0, que permitem conexão e
interacção entre os usuários, mediante o compartilhamento de conteúdos. Também conhecidas
como redes sociais, as mais populares actualmente são Facebook, Youtube, Instagram e
WhatsApp (Lorenzo, 2013; Reuter, 2017).

Então, as Mídias sociais oferecem oportunidades para envolver os cidadãos na gestão de


emergências, disseminando informações ao público e Acessando informações deles. Durante
eventos de emergência, os indivíduos são expostos a grandes quantidades de informações sem
estarem cientes de sua validade ou risco de desinformação, mas os usuários geralmente são
rápidos em corrigi-los, tornando a média social “auto-regulada” (Simon, Goldberg & Adini,
2015).

As mídias sociais e digitais possibilitam ainda que as comunidades se preparem para os


desastres, por meio do compartilhamento de informações, difundidas por dispositivos com
tecnologia móvel. O uso das mídias sociais, atende prontamente a divulgação dos boletins,
relatórios e protocolos discutidos e planejados e vem se tornando uma prática comum, pois
elas, com seu efeito informativo, têm um alcance quase exponencial, graças às tecnologias
móveis (Wang; zhuang, 2018).
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Assim, mídias sociais fazem parte do dia-a-dia de pesquisadores e comunidades e, cada vez
mais, tornam-se ferramentas significativamente úteis ao gerenciamento das comunicações nas
crises, já que elas disseminam facilmente as informações ao público, e também, possibilitam
que haja o compartilhamento de informações pelos cidadãos (Simon, Goldberg & Adini,
2015).
13

Conclusão

Tendo chegado ao fim, conclui-se que a comunicação desempenha um papel fundamental no


contexto humanitário, onde a transmissão eficaz de informações é vital para o planeamento,
implementação e avaliação de intervenções destinadas a aliviar o sofrimento humano em
situações de crise. Ela abrange uma gama diversificada de actividades, desde a disseminação
de alertas precoces e informações sobre medidas de protecção até a mobilização de recursos e
o envolvimento da comunidade. Em meio a desastres naturais, conflitos armados, crises de
saúde pública e outras emergências, a comunicação desempenha um papel crucial na
promoção da segurança, coordenação de esforços de socorro, empoderamento das
comunidades afectadas e defesa dos direitos humanos.
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Referências bibliográficas

Adler, B & Towne, N. (2002). Comunicação Interpessoal. (9ª ed.). Rio de Janeiro: LTC.

Almeida,V. (2000). A Comunicação Interna na Empresa. Lisboa: Práxis.

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Bueno, W. (2001). A auditoria de imagem na mídia como estratégia de inteligência


empresarial. Revista Comunicação & Sociedade.

Chiavenato, I. (2004). Comportamento Organizacional: A dinâmica do sucesso das


organizações. São Paulo: Pioneira Thomson Learning.

Chiavenato, I. (2010). Comportamento organizacional (3ª ed.). Rio de Janeiro: Elservier.

Duterme, C. (2002). A Comunicação interna na empresa. Lisboa: Instituto Piaget.

Hall, Richard H. (1984) Organizações: estrutura e processos. (Trad. Wilma Ribeiro) 3.ed. Rio
de Janeiro: Prenntice Hall do Brasil.

Joseph, J. K. et al. (2018). Big data analytics and social media in disaster management.
Elsevier Inc.

Kunsch, Margarida. (2012). Comunicação Organizacional: conceitos e dimensões dos estudos


e das práticas

Murayama, Y. & Yamamoto, K. Research on disaster communications. Second IFIP TC 5


DCITDRR International Conference.

Reuter, C.; Kaufhold, M. A. & Spielhofer, T. (2017) Social media in emergencies: A


representative study on citizens’ perception in Germany.

Ribeiro.J.(2008). Comportamento Organizacional. Acesso em 19/13/2024.URL:


http://tecempreende.anje.pt/system/files/items/344/original/ComportamentoOrgan-v11-
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Santos, R. (1992). O que é comunicação. Lisboa: Difusão Cultural.

Simon, T.; Goldberg, A.; Adini, B. Socializing in emergencies - A review of the use of social
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15

Tomasi, C. & Medeiros, J. (2010). Comunicação Empresarial. São Paulo: Atlas.

Wellington, J. & Ramesh, P. (2018). Role of Internet of Things in disaster management.

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