Comunicação No Contexto Humanitário
Comunicação No Contexto Humanitário
Comunicação No Contexto Humanitário
Universidade Rovuma
Nampula
2024
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Universidade Rovuma
Nampula
2024
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Índice
1. Introdução ........................................................................................................................... 3
Conclusão ............................................................................................................................. 13
1. Introdução
1.2. Objectivos
2.1.1. Comunicação
“Facto de comunicar, de estabelecer uma relação com alguém, com alguma coisa ou entre
coisas; Transmissão de signos através de um código (natural ou convencional); Capacidade
ou processo de troca de pensamentos, sentimentos, ideias ou informações através da fala,
gestos, imagens, seja de forma directa ou através de meios técnicos, que diz respeito aos
processos de comunicação que caracterizam a organização humana sendo esta de uma
forma sintética, uma acção ou meio de entrar em relação com o outro, transmitindo-se
através delas ideias, sentimentos e atitudes, possibilitando uma dinâmica social e um
estabelecimento de laços”. (p. 68)
Baseando-nos em Ribeiro (2008, p.7), este defende que a comunicação organizacional é uma
componente fundamental para a eficiência e eficácia, sendo que a eficácia é considerada a
capacidade de um indivíduo para produzir resultados responsavelmente e a eficiência
capacidade potencial que têm os sistemas, simples ou complexos, para produzir resultados.
Relembrando que as organizações são formadas por seres humanos, em vários contextos
(social, cultural, político, económico) estas visam atingir os seus objectivos, através de
processos de relação entre os indivíduos. Neste quadro, importa valorizar abordagens
interactivas da comunicação e não apenas como veículo de transmissão de informações.
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A palavra organização advém da origem grega, “organon”, que significa instrumento, órgão
ou aquilo com que se trabalha, um sistema para atingir os resultados pretendidos. Desta
forma, as organizações podem ser definidas “como conjuntos de pessoas que trabalham de
forma coordenada para atingir objectivos comuns” (Cunha et al, 2007, p.38), envolvendo
distribuição de tarefas e atribuição de responsabilidades.
De acordo, com Chiavenato (2005, p.24), “organização é uma unidade social conscientemente
coordenada, composta de duas ou mais pessoas, que funciona de maneira relativamente
continua, com o intuito de atingir um objectivo comum”.
Neste âmbito, surge a necessidade da comunicação ser pensada de forma integrada e como
uma ferramenta estratégica pelas organizações. A autora ressalta, o conceito de comunicação
integrada como facilitadora do alcance dos objectivos da organização, apesar das diferenças
dos públicos-alvo, respeitando as diferenças individuais e colectivas e contribuindo para uma
gestão participativa e mudanças necessárias a todos. Ou seja, a maneira de ser de uma
organização, pode ser interpretada pelas diversas formas de comunicar. Considerando essa
perspectiva que a dimensão humana valoriza a comunicação interpessoal e tem como
objectivos a relação e o entendimento entre as pessoas, internas ou externas à organização.
aquelas que Kunsch define como institucional e mercadológica e na segunda estariam as que
designa por interna e administrativa.
Relembrando que as organizações são formadas por seres humanos, em vários contextos
(social, cultural, político, económico) estas visam atingir os seus objectivos, através de
processos de relação entre os indivíduos. Neste quadro, importa valorizar abordagens
interactivas da comunicação e não apenas como veículo de transmissão de informações.
Uma comunicação interna eficaz reduz o esforço dispensado em conflitos que são muitas
vezes derivados da falta de informação, aumenta consigo a produtividade através da
capacitação proporcionando uma satisfação contínua, que melhora a relação entre os
indivíduos e as organizações para construir relacionamentos duradouro poupando-se tempo e
dinheiro.
Sempre que comunicamos com alguém, temos um objectivo para cumprir, nesse mesmo
objectivo são utlizados vários códigos, Segundo Adler e Towne (2002), “nós comunicamos
para atender a algumas necessidades básicas, são elas: físicas, identitárias, sociais” e ainda,
alguns objectivos práticos que podem ser alcançados através da comunicação, estes códigos
utilizados são representados pelos nossos pensamentos, desejos e sentimentos independente
dos meios utlizados para comunicação, essa transmissão de mensagem pressupõem
necessariamente a interacção de diversos factores.
Neste processo o emissor é aquele que transmite a mensagem, essa mensagem para ser
detonadora de significado deverá ser perceptível pelo receptor, este deve estar sintonizado
com o emissor para compreender a mensagem, que corresponde ao conteúdo da
comunicação, esta é feita através de um canal que serve de suporte e veículo a uma
mensagem.
Existem diversos suportes, entres ele, ar, telefone, cartaz, internet, televisão, entre outros, ou
seja, correspondem ao meio utilizado para a transmissão da mensagem, este deve ser
cuidadosamente escolhido para a eficiência e sucesso da comunicação. O código corresponde
a um conjunto de sinais estruturados que podem ser verbais ou não-verbais. Trata-se da
maneira pela qual a mensagem se organiza; por último o referente que consiste no contexto
no qual se encontram o emissor e o receptor da mensagem. Em síntese, o processo
comunicativo nas organizações envolve um conjunto de elementos e seus efeitos recíprocos, à
medida que a comunicação se desenvolve (Hall, 1984, p. 133).
também os mesmos autores “ se é activo, o destinatário recebe a mensagem e reage a ela. Por
isso se diz que seu comportamento é reactivo”. Pessoas envolvidas num diálogo tanto emitem,
como recebem mensagens. Assim, o mesmo individuo pode desempenhar a função de emissor
ou de receptor, da mesma forma, que a função de receptor ou emissor pode não ser
representada por uma única pessoa, por vezes, pode ser por um grupo, por uma empresa ou
por uma comunidade.
Saliente-se que Cascio (2002) diz-nos que as falhas na comunicação podem colocar em causa
a honestidade e abertura desejáveis na interacção com os colaboradores. Ou seja, se a
organização não promover actualizações de informação regulares e constantes pode estar a
contribuir para a criação de uma atmosfera de incertezas e expansão de rumores, suscitáveis
de activar conflitos internos.
Nesse sentido, é conveniente considerar que esta deve ser adequada às necessidades de cada
departamento ou sector e que estes poderão organizar o seu sistema de informação interno de
modo diferenciado, dependendo do número de trabalhadores, níveis e organização do
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trabalho. Com efeito, a comunicação interna não pode ser reduzida a um conjunto de canais,
através dos quais circula a informação, esta deve ser entendida como um sistema de
interacções onde o emissor e o receptor se influenciam reciprocamente e partilham
significados simbólicos.
Uma comunicação interna eficaz é considerada como uma ferramenta essencial para o sucesso
organizacional, é através desta que são conhecidos os objectivos a atingir, corrigidos os
desvios e dada relevância aos interesses e integração dos membros.
Situações de desastre são críticas, tornam-se períodos de incerteza que causam estresse
colectivo, como resultado da privação da sociedade de suas condições normais de rotina,
inclusive da perda de seus meios de comunicações (Simon, Goldberg & Adini, 2015).
As Mídias tradicionais, como televisão, rádio e jornais, não são mais as principais fontes de
informação, pois smartphones e tablets permitem acesso móvel imediato às plataformas de
média social (Collins et al., 2016).
Mídias sociais são canais de relacionamento, baseados na web 2.0, que permitem conexão e
interacção entre os usuários, mediante o compartilhamento de conteúdos. Também conhecidas
como redes sociais, as mais populares actualmente são Facebook, Youtube, Instagram e
WhatsApp (Lorenzo, 2013; Reuter, 2017).
Assim, mídias sociais fazem parte do dia-a-dia de pesquisadores e comunidades e, cada vez
mais, tornam-se ferramentas significativamente úteis ao gerenciamento das comunicações nas
crises, já que elas disseminam facilmente as informações ao público, e também, possibilitam
que haja o compartilhamento de informações pelos cidadãos (Simon, Goldberg & Adini,
2015).
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Conclusão
Referências bibliográficas
Adler, B & Towne, N. (2002). Comunicação Interpessoal. (9ª ed.). Rio de Janeiro: LTC.
Hall, Richard H. (1984) Organizações: estrutura e processos. (Trad. Wilma Ribeiro) 3.ed. Rio
de Janeiro: Prenntice Hall do Brasil.
Joseph, J. K. et al. (2018). Big data analytics and social media in disaster management.
Elsevier Inc.
Simon, T.; Goldberg, A.; Adini, B. Socializing in emergencies - A review of the use of social
media in emergency situations. International Journal of Information Management.
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