Trabalho de Bioquímica
Trabalho de Bioquímica
Trabalho de Bioquímica
-Capas
Osumario
# Enzimas
↓ Proteinas
energetico
① lipideo
O metabolismo
carros
Enzimas
O Doenças
taminal e
Proteínas
Vitaminas
E J
conduto
Lipídeos
Carboidratos
Patologias
O
Organs afetados
Exercício físico ~ e
Tabela nutricional
Funcionamento do mi
organismo
O
Vitamina A
A vitamina A é um nutriente essencial para o funcionamento saudável do organismo humano. Ela desempenha papéis vitais
em diversos processos biológicos, incluindo a visão, o sistema imunológico, o crescimento celular e a reprodução.
Importância
A vitamina A é essencial para uma série de funções biológicas importantes:
- Visão: O retinal é um componente essencial da opsina, uma proteína encontrada nos bastonetes da retina que é crucial
para a visão em condições de baixa luminosidade.
- Sistema Imunológico: A vitamina A é necessária para a integridade do epitélio, ajudando a manter as barreiras físicas do
corpo contra invasores patogênicos. Além disso, ela desempenha um papel na regulação da resposta imune.
- Crescimento e Desenvolvimento: A vitamina A é essencial para o crescimento celular adequado, especialmente durante a
infância e a gravidez.
- Reprodução: A vitamina A desempenha um papel na reprodução, sendo importante para a saúde dos tecidos reprodutivos
masculinos e femininos.
Consequências da deficiência
A deficiência de vitamina A pode levar a uma série de problemas de saúde, incluindo:
- Xeroftalmia: Uma condição caracterizada pela secura da córnea, que pode levar à cegueira noturna e, em casos graves, à
cegueira total.
- Cegueira: A deficiência prolongada de vitamina A pode levar à cegueira irreversível.
- Susceptibilidade a Infecções: A deficiência de vitamina A compromete o sistema imunológico, tornando o organismo
mais suscetível a infecções, especialmente do trato respiratório.
- Problemas de Crescimento e Desenvolvimento: A deficiência de vitamina A pode afetar o crescimento e
desenvolvimento adequados, especialmente em crianças.
Consequências do Excesso:
Assim como a deficiência, o excesso de vitamina A também pode ser prejudicial:
- Toxicidade: O consumo excessivo de vitamina A pode levar à toxicidade, caracterizada por sintomas como
náuseas, vômitos, dor de cabeça, tontura, visão turva e danos hepáticos.
- Problemas de Saúde Óssea: O excesso de vitamina A pode interferir na absorção de cálcio, levando a problemas
de saúde óssea, como osteoporose.
Fontes de Vitamina A
A vitamina A pode ser encontrada em uma variedade de alimentos, incluindo:
- Fígado: O fígado de animais é uma das melhores fontes de vitamina A.
- Vegetais de folhas verdes escuras: Espinafre, couve e acelga são exemplos de vegetais ricos em vitamina A.
- Vegetais de cor laranja ou amarela: Cenoura, batata-doce, abóbora e manga são fontes importantes de beta-caroteno, um
precursor da vitamina A.
- Laticínios: Leite, queijo e iogurte são fontes de retinol, uma forma ativa de vitamina A.
- Óleos de peixe: Óleos de peixe, como óleo de fígado de bacalhau, são ricos em vitamina A.
Complexo B
O complexo B é composto por um grupo de vitaminas solúveis em água que desempenham papéis essenciais no
metabolismo energético, função nervosa, saúde da pele, cabelo e unhas, produção de células sanguíneas e muito mais.
Cada vitamina do complexo B tem funções específicas e é importante para o funcionamento saudável do organismo.
Tiamina Riboflavina
- Função: A riboflavina é necessária para o metabolismo
- Função: A vitamina B1 desempenha um energético, além de desempenhar um papel importante
papel crucial no metabolismo de carboidratos, na saúde da pele, olhos e sistema nervoso.
convertendo-os em energia utilizável para o - Fontes: Leite, ovos, carne, vegetais de folhas verdes e
corpo. Além disso, é essencial para a função produtos lácteos são boas fontes de riboflavina.
nervosa saudável.
- Fontes: Boas fontes de tiamina incluem
grãos integrais, carne de porco, feijões,
sementes e nozes.
Ácido Pantotênico
- Função: O ácido pantotênico desempenha um papel crucial
no metabolismo energético, na síntese de hormônios e na
manutenção da saúde da pele e do cabelo.
- Fontes: Carne, aves, peixe, ovos, laticínios, abacate,
Niacina cogumelos e batatas são boas fontes de ácido pantotênico.
- Função: A niacina desempenha um
papel fundamental no metabolismo de
gorduras, carboidratos e proteínas,
além de estar envolvida na produção
Biotina
de moléculas importantes para a - Função: A biotina desempenha um papel importante no
saúde da pele, sistema nervoso e metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas, além de
sistema digestivo. ser essencial para a saúde da pele, cabelo e unhas.
- Fontes: Carne magra, aves, peixe, - Fontes: Ovos, fígado, nozes, sementes, peixe e vegetais de
amendoim, grãos integrais e legumes folhas verdes são boas fontes de biotina.
são boas fontes de niacina.
Piridoxina Cobalamina
- Função: A vitamina B6 está envolvida em - Função: A vitamina B12 é essencial para a saúde do sistema
mais de 100 reações enzimáticas no nervoso, produção de células sanguíneas e metabolismo de ácidos
organismo, incluindo o metabolismo de graxos e aminoácidos. Também desempenha um papel crucial na
proteínas, carboidratos e gorduras, a manutenção do DNA.
produção de neurotransmissores e a síntese - Fontes: Carne, peixe, aves, laticínios e alimentos fortificados são
de hemoglobina. fontes de vitamina B12.
- Fontes: Carne, peixe, aves, bananas, batatas,
grãos integrais e nozes são boas fontes de
vitamina B6.
Ácido Fólico
- Função: O ácido fólico é essencial para a síntese de DNA,
divisão celular e produção de células sanguíneas. É
especialmente importante durante a gravidez para prevenir
defeitos do tubo neural no feto.
- Fontes: Vegetais de folhas verdes, legumes, laranjas, abacate,
fígado e produtos fortificados são boas fontes de ácido fólico.
Consequências da deficiência
Vitamina B1 (Tiamina) Deficiência:
- Beribéri: Uma condição caracterizada por fraqueza muscular, problemas cardíacos,
distúrbios nervosos, perda de apetite e perda de peso.
Funcionamento no organismo
A vitamina D desempenha várias funções vitais:
- Absorção de cálcio: A vitamina D é essencial para a absorção adequada de cálcio no intestino delgado,
ajudando a manter ossos fortes e saudáveis.
- Regulação do cálcio e fosfato: A vitamina D regula os níveis de cálcio e fosfato no sangue, essenciais para a
saúde óssea e a função muscular.
- Função imunológica: A vitamina D desempenha um papel na modulação da resposta imune, ajudando o
corpo a combater infecções e doenças.
- Saúde cardiovascular: A vitamina D pode ajudar a manter a saúde do coração e dos vasos sanguíneos,
reduzindo o risco de doenças cardiovasculares.
- Função muscular: A vitamina D desempenha um papel na função muscular adequada, incluindo a força
muscular e o equilíbrio.
Importância
A vitamina D é essencial para várias funções no organismo, incluindo:
- Saúde óssea: A vitamina D é fundamental para a absorção de cálcio e a mineralização óssea, ajudando a prevenir
osteoporose e fraturas ósseas.
- Saúde muscular: A vitamina D desempenha um papel na função muscular adequada, ajudando a prevenir fraqueza
muscular e quedas em idosos.
- Saúde imunológica: A vitamina D é importante para a função imunológica, ajudando o corpo a combater infecções
e doenças.
- Saúde cardiovascular: A vitamina D pode ajudar a reduzir o risco de doenças cardiovasculares, como doença
cardíaca coronária e hipertensão.
Consequências da deficiência
A deficiência de vitamina D pode levar a uma série de problemas de saúde, incluindo:
- Fraqueza muscular.
- Dor óssea e fraqueza.
- Osteoporose e aumento do risco de fraturas ósseas.
- Maior risco de quedas, especialmente em idosos.
- Maior risco de doenças autoimunes, como esclerose múltipla e doença inflamatória intestinal.
- Maior risco de infecções respiratórias, como gripes e resfriados.
Consequências do excesso
Embora seja raro, o excesso de vitamina D pode levar a condições como:
- Hipercalcemia: Níveis elevados de cálcio no sangue, que podem levar a sintomas como náuseas, vômitos,
fraqueza muscular, sede excessiva e confusão mental.
- Danos nos rins.
- Calcificação de tecidos moles, como os rins e os vasos sanguíneos.
Fontes
A principal fonte de vitamina D é a exposição ao sol, que desencadeia a produção de vitamina D na pele. Além
disso, a vitamina D pode ser encontrada em alimentos como:
- Peixes gordurosos, como salmão, atum e cavala.
- Óleo de fígado de bacalhau.
- Gema de ovo.
- Alimentos fortificados, como leite, suco de laranja, cereais e iogurte.
Vitamina E
A vitamina E é uma vitamina lipossolúvel com propriedades antioxidantes que desempenha diversos papéis
importantes no organismo humano. Ela inclui um grupo de compostos, sendo o mais importante o alfa-tocoferol. A
vitamina E é encontrada em uma variedade de alimentos e desempenha um papel crucial na saúde celular e na
proteção contra danos oxidativos.
Funcionamento no organismo
A vitamina E desempenha várias funções essenciais:
- Antioxidante: A vitamina E é um antioxidante poderoso, protegendo as células contra os danos causados pelos
radicais livres, ajudando a prevenir o envelhecimento precoce e doenças crônicas.
- Proteção das membranas celulares: A vitamina E ajuda a manter a integridade das membranas celulares,
protegendo as células contra danos oxidativos.
- Saúde cardiovascular: A vitamina E pode ajudar a prevenir doenças cardiovasculares, reduzindo a oxidação do
colesterol LDL ("colesterol ruim") e melhorando a função dos vasos sanguíneos.
- Saúde da pele: A vitamina E é frequentemente usada em produtos para a pele devido às suas propriedades
antioxidantes e hidratantes, ajudando a proteger contra danos causados pelo sol e promovendo a saúde da pele.
Importância
A vitamina E é essencial para a saúde e o bem-estar, desempenhando os seguintes papéis:
- Proteção antioxidante: A vitamina E protege as células contra danos oxidativos, ajudando a prevenir doenças
crônicas, como doenças cardíacas, câncer e doenças neurodegenerativas.
- Saúde da pele: A vitamina E pode ajudar a proteger a pele contra os danos causados pelos raios ultravioleta do
sol, reduzindo o risco de queimaduras solares e danos cutâneos.
- Saúde ocular: A vitamina E pode ajudar a proteger os olhos contra danos oxidativos, reduzindo o risco de
doenças oculares relacionadas à idade, como degeneração macular.
- Saúde do sistema imunológico: A vitamina E desempenha um papel na função imunológica, ajudando o corpo a
combater infecções e doenças.
Consequências da deficiência
A deficiência de vitamina E é rara, mas pode levar a alguns problemas de saúde, incluindo:
- Fraqueza muscular.
- Problemas de visão, como visão dupla ou redução da visão.
- Dificuldades de equilíbrio e coordenação.
- Anemia em recém-nascidos prematuros.
Consequências do excesso
O excesso de vitamina E raramente ocorre a partir da dieta, mas a suplementação
excessiva pode levar a:
- Hemorragias: A vitamina E pode interferir na coagulação sanguínea em doses muito
altas, aumentando o risco de hemorragias.
- Náuseas.
- Diarreia.
- Fadiga.
- Problemas de visão.
Fonte
A vitamina E pode ser encontrada em uma variedade de alimentos, incluindo:
- Sementes e oleaginosas, como amêndoas, sementes de girassol e avelãs.
- Óleos vegetais, como óleo de girassol, óleo de gérmen de trigo e óleo de cártamo.
- Vegetais de folhas verdes, como espinafre e couve.
- Frutas, como abacate e kiwi.
Vitamina K
A vitamina K é uma vitamina lipossolúvel essencial para a coagulação sanguínea e a saúde óssea. Existem dois
principais tipos de vitamina K: a vitamina K1 (filoquinona), encontrada em alimentos vegetais, e a vitamina K2
(menaquinona), encontrada em alimentos de origem animal e fermentados. A vitamina K desempenha um
papel crucial no corpo humano, contribuindo para processos biológicos vitais
Funcionamento no organismo
- Coagulação sanguínea: A vitamina K é essencial para a síntese de fatores de coagulação no fígado, que são
necessários para a formação de coágulos sanguíneos e a prevenção de hemorragias.
- Saúde óssea: A vitamina K desempenha um papel na mineralização óssea, ajudando a manter a densidade
mineral óssea e reduzindo o risco de fraturas ósseas.
- Regulação do cálcio: A vitamina K contribui para o metabolismo do cálcio, ajudando a direcionar o cálcio para
os ossos e evitando o acúmulo excessivo nos tecidos moles, como as artérias.
Importância
A vitamina K é crucial para a saúde e o bem-estar, desempenhando os seguintes papéis:
- Coagulação sanguínea: A vitamina K é essencial para a formação de coágulos sanguíneos, ajudando a prevenir
hemorragias excessivas e promovendo a cicatrização de feridas.
- Saúde óssea: A vitamina K é importante para a mineralização óssea, ajudando a prevenir a osteoporose e
reduzir o risco de fraturas ósseas.
- Saúde cardiovascular: A vitamina K pode ajudar a prevenir a calcificação das artérias, reduzindo o risco de
doenças cardiovasculares, como doença cardíaca coronária e acidente vascular cerebral (AVC).
Consequências da deficiência
A deficiência de vitamina K pode levar a problemas de saúde, incluindo:
- Sangramento excessivo: A deficiência de vitamina K pode resultar em coagulação sanguínea prejudicada,
levando a hemorragias excessivas, especialmente em bebês recém-nascidos.
- Osteoporose: A vitamina K é importante para a saúde óssea, e a deficiência pode aumentar o risco de
osteoporose e fraturas ósseas.
Consequências do Excesso
O excesso de vitamina K é incomum, mas pode levar a problemas como:
- Coagulação sanguínea excessiva: O consumo excessivo de vitamina K pode levar a uma coagulação sanguínea
excessiva, aumentando o risco de trombose e formação de coágulos sanguíneos.
- Interferência com medicamentos anticoagulantes: Pessoas que tomam medicamentos anticoagulantes, como a
varfarina, devem ter cuidado com o consumo excessivo de vitamina K, pois ela pode interferir na eficácia desses
medicamentos.
Fontes
A vitamina K pode ser encontrada em uma variedade de alimentos, incluindo:
- Vegetais de folhas verdes, como couve, espinafre, brócolis e couve de Bruxelas.
- Óleos vegetais, como óleo de soja, óleo de canola e óleo de linhaça.
- Carne, ovos e laticínios.
- Alimentos fermentados, como natto (soja fermentada) e queijo.
Proteinas
As proteínas são macromoléculas formadas por sequências de aminoácidos, dispostos em uma mesma sequência em
cada tipo de proteína.
As proteínas são macromoléculas essenciais para a vida compostas por cadeias de aminoácidos. Elas possuem
uma estrutura tridimensional única, determinada pela sequência desses aminoácidos. A importância das
proteínas é evidente em todos os níveis, desde a bioquímica celular até o funcionamento sistêmico do
organismo. Suas funções incluem o transporte de substâncias, a regulação de processos biológicos, a defesa
contra patógenos, a participação na comunicação celular, entre outros.
Aminoácidos essenciais, necessários para a síntese proteica, devem ser obtidos pela alimentação,
destacando-se a importância das proteínas na dieta humana.
As proteínas podem ser classificadas de acordo com sua forma, composição e função.
São tipos de proteínas, de acordo com a forma, as proteínas fibrosas e as proteínas globulares.
São tipos de proteínas, de acordo com a composição, as proteínas simples e as proteínas conjugadas.
Composição
As proteínas são constituídas por um conjunto de 20 aminoácidos diferentes, cada um com propriedades distintas,
mantidos juntos por meio de ligações peptídicas covalentes. As proteínas são denominadas polipeptídeos, e suas
cadeias de aminoácidos são chamadas de cadeias polipeptídicas. Em cada tipo de proteína, os aminoácidos estão
dispostos em uma ordem única, chamada de sequência de aminoácidos, idêntica em cada molécula desse tipo de
proteína.
Ligações periódicas
Aminoácidos
Estrutura das proteínas
Cada tipo de proteína possui uma estrutura tridimensional característica determinada pela ordem em que seus
aminoácidos estão dispostos ao longo da cadeia polipeptídica; e é estabilizado por interações não covalentes
entre diferentes partes da molécula. A estrutura final enovelada, ou informação, é determinada por fatores
energéticos. A proteína se enovelará em uma forma que minimize a energia livre. A função de uma proteína
está diretamente relacionada à sua estrutura tridimensional específica, e pequenas alterações nessa estrutura
podem resultar em grandes mudanças na função da proteína.
A estrutura das proteínas é hierárquica, compreendendo diferentes níveis de organização não independentes.
Os principais níveis de estrutura das proteínas são:
•Estrutura primária: sequência linear de aminoácidos que compõem a cadeia polipeptídica da proteína. A
ordem específica dos aminoácidos é fundamental, uma vez que determina as interações da proteína.
•Estrutura secundária: padrões de dobramento local na cadeia polipeptídica. Os dois tipos principais de
estrutura secundária são:
◦ α-hélice: hélice espiral formada pela ligação de hidrogênio entre aminoácidos ao longo da cadeia
polipeptídica.
◦ Folha-β: estruturas planares em forma de folha, formadas pela ligação de hidrogênio entre segmentos
adjacentes da cadeia polipeptídica.
•Estrutura terciária: refere-se à conformação tridimensional completa da proteína, definindo sua forma
global. É determinada pelas interações entre os aminoácidos distantes na cadeia polipeptídica, como
ligações iônicas, interações hidrofóbicas, pontes dissulfeto e ligações de hidrogênio.
•Estrutura quaternária: quando a molécula proteica é formada por um complexo de mais de uma cadeia
polipeptídica, a organização tridimensional dessas subunidades e as interações entre elas constituem a
estrutura quartenária. Nem todas as proteínas possuem essa estrutura, já que diversas são compostas
apenas por uma única cadeia polipeptídica.
Funções das proteínas
Tipos de proteínas
As proteínas têm sido classificadas com base em diferentes aspectos, como forma, composição e função.
De acordo com o formato que as proteínas assumem, elas podem ser classificadas em:
•Fibrosas: têm uma estrutura alongada e geralmente são insolúveis em água, devido à sua estrutura hidrofóbica.
Elas estão associadas a funções estruturais e de suporte nos organismos, participando na formação de tecidos,
como tendões, cabelo e pele. O colágeno, a queratina e a fibrina são exemplos de proteínas fibrosas.
•Globulares: têm uma estrutura mais compacta e frequentemente adotam uma forma esférica ou globular.
Geralmente, são solúveis em água devido à presença de regiões hidrofílicas. São versáteis e desempenham diversas
funções, como catálise enzimática e transporte de substâncias. A hemoglobina e fatores de coagulação são
exemplos de proteínas globulares.
•Simples: são formadas apenas por cadeias de aminoácidos, sem a presença de grupos prostéticos não
aminoácidos. A albumina e as globulinas são exemplos de proteínas simples.
•Conjugadas: apresentam, além de cadeias polipeptídicas, um grupo prostético (radical não peptídico). Os
grupos prostéticos conferem funções específicas às proteínas conjugadas, aumentando a sua diversidade
funcional. A hemoglobina, que contém o grupo heme, é um exemplo de proteína conjugada.
Enzimas : catalisam (aceleram) reações químicas por meio da formação ou a quebra de ligações covalentes.
Exemplos: a pepsina degrada as proteínas ingeridas na dieta no estômago. Já a ribulose-bifosfato-carboxilase,
presente nas plantas, atua na conversão de CO2 em açúcar.
•De armazenamento: armazenam aminoácidos ou íons para uso posterior pelo organismo. Exemplo: o ferro liga-se
à proteína ferritina e é armazenado no fígado.
•Estruturais: fornecem suporte mecânico para células e tecidos. Exemplos: a actina constitui filamentos que
sustentam a membrana plasmática. A queratina é a principal proteína nos cabelos.
•Motoras: participam dos movimentos em células e tecidos. Exemplo: a dineína, presente nas células eucarióticas,
promove o batimento de cílios e flagelos nessas células.
•Receptoras: detectam e recebem sinais, transmitindo-os à maquinaria celular e desencadeando respostas celulares.
Exemplo: a rodopsina, proteína presente na retina, detecta a luz.
•De regulação gênica: ligam-se ao DNA, ativando ou reprimindo a transcrição gênica. Exemplo: proteínas
homeodomínio controlam o desenvolvimento em organismos multicelulares.
•Sinalizadoras: transmitem sinais de uma célula para outra. Exemplos: diversos hormônios e fatores de crescimento
que coordenam funções fisiológicas, como a insulina, que controla os níveis de açúcar no sangue.
•De transporte: transportam pequenas moléculas ou íons. Exemplo: os transportadores de glicose transferem
glicose para dentro e para fora das células.
As proteínas geralmente precisam manter sua estrutura tridimensional enovelada para exercer adequadamente suas
funções. A desnaturação refere-se à alteração na estrutura tridimensional de uma proteína, resultando na perda de
sua forma e, na maioria dos casos, de sua função. A proteína é convertida em uma cadeia polipeptídica flexível que
perdeu sua forma natural (proteína desnaturada). Isso pode ocorrer devido a fatores como mudanças de
temperatura, pH, ou presença de certos solventes que perturbam as ligações não covalentes que mantêm o estado
enovelado da cadeia.
Com isso, ficam livres no meio reacional um hidrônio (H+) e um hidróxido (OH-), os
quais, ao unirem-se, formam uma molécula de água.
Essas moléculas podem ser classificadas em aminoácidos essenciais e não essenciais. Os aminoácidos essenciais
são aqueles que os seres humanos são incapazes de produzir, enquanto os não essenciais são produzidos no
nosso corpo.
Os aminoácidos são uma classe de moléculas que apresentam uma estrutura em comum. Todos eles possuem um
carbono assimétrico chamado de carbono alfa, o qual detém quatro ligantes distintos:
• grupo amino;
• grupo carboxila;
• átomo de hidrogênio; e
Esse grupo variável, também denominado cadeia lateral, promove a variabilidade química dos aminoácidos.
Quando dois aminoácidos estão ligados, temos um dipeptídeo; quanto três estão ligados, temos um
tripetídeo; quando quatro estão ligados, temos um tetrapeptídeo e assim sucessivamente. A união de
muitos aminoácidos é conhecida como polipeptídeo.
Uma proteína, por sua vez, pode apresentar milhares de aminoácidos. É possível diferenciar um
polipeptídeo de uma proteína analisando-se sua massa molecular. Quando a molécula apresenta
massa molecular abaixo de 10.000, temos um polipeptídeo, e quando a massa molecular está acima
de 10.000, temos uma proteína.
Enzimas
As enzimas são substâncias de natureza protéica, consideradas catalisadores biológicos, facilitando a ocorrência das
reações, diminuindo a energia de ativação dos reagentes, também denominados de substratos enzimáticos, sendo essa
energia o potencial inicial para desencadear uma reação.
Normalmente os mecanismos orgânicos são lentos e pouco espontâneos, dependendo de enzimas específicas para
promover e regular o dinâmico funcionamento metabólico. Portanto, consideradas unidades funcionais da catálise
celular.
Essas biomoléculas podem ser classificas segundo vários critérios. Contudo, o principal evidencia a
afinidade e ação ao substrato:
Exemplo: Sintetases
- Transferases → enzimas que realizam translocação de grupos funcionais como grupamento amina, fosfato,
carbonila e carboxila, de uma molécula para outra.
Exemplo: Quinase
- Liases → enzimas que atuam na remoção de moléculas de água, gás carbônico e amônia, a partir da ruptura de
ligações covalentes.
Exemplo: Descarboxilase
- Isomerases → enzimas que mediam a conversão de substâncias isoméricas, sejam isômeros geométricos ou
ópticos.
Exemplo: Epimerases
Esses compostos possuem duas características importantes: a primeira relacionada à complementaridade enzima
substrato (teoria da chave-fechadura); e a segunda relativa à restituição enzimática no final da reação,
permanecendo intacta para reiniciar subseqüentes reações similares.
Entre os fatores que influenciam a atividade enzimática causando sua disfunção, conseqüente desnaturação
(inativação), está: a elevação e diminuição da temperatura ou pH, superior ou compreendendo um patamar de
ação otimizada conforme atuação local de cada enzima (exemplo: pepsina produzida no estômago, degradando
proteínas em pH ácido), bem como a concentração de enzimas ou substratos que podem aumentar ou diminuir a
velocidade da reação, de acordo com a quantidade de enzimas e a ocupação de seus sítios de ativação.
Metabolismo energético
Metabolismo é o conjunto de reações químicas que se processam em um organismo. Essa definição pode parecer
simples, mas envolve um conjunto de conhecimentos que se abrem como se fosse um leque. As transformações
energéticas processadas em um organismo indicam que estas aconteceram inicialmente dentro de cada célula,
individualizada.
O conjunto de reações que permitem a formação de moléculas de maior complexidade é denominado reações de
síntese ou anabolismo. Quando as reações se processam na decomposição das estruturas mais complexas em
novas mais simples são conhecidas como reações de degradação ou catabolismo.
Temos como exemplo de catabolismo o processo da digestão, quando as moléculas são degradadas em
substâncias menores absorvíveis; e como exemplo de anabolismo a união de aminoácidos para a formação de
proteínas, como a melanina.
Mas como disse Lavoisier: “Na natureza nada se perde nada se cria. Tudo se transforma!”. Sabendo que a célula
é uma unidade complexa e organizada, que demanda de energia continuamente para realizar as inúmeras
reações que a mantém viva, devemos nos questionar sobre o destino da energia produzida e sua origem.
Na célula, inúmeras reações químicas acontecem com um gasto de energia superior àquele produzido ao final
do processo, esse déficit de energia é compensado com a absorção de energia externa para a promoção da
reação. Assim, temos a reação endergônica ou endotérmica – reações onde há absorção de energia do meio
externo.
Um exemplo deste tipo de reação seria a produção de glicose a partir de moléculas de água e gás carbônico
durante o processo da fotossíntese. Existe nesse processo a necessidade da energia luminosa para promover
esta síntese.
Em contrapartida, outras reações acontecem de forma totalmente oposta às reações endergônicas, uma vez
que ocorre com liberação de energia para o ambiente, dissipando calor ao meio externo. Esse tipo de reação é
conhecido como reação exergônia ou exotérmica. Um exemplo desse processo é a liberação da energia contida
na molécula da glicose no processo de combustão, onde é produzida energia excedente ao sistema.
A liberação da energia presente em moléculas orgânicas, como a glicose, por exemplo, acontece por meio da
oxidação aeróbica. Nesse processo de degradação se formam água e gás carbônico, liberando energia para as
atividades celulares. Durante esse processo ocorrem transferências de elétrons entre as substâncias
participantes, através de reações de oxirredução. Assim, enquanto uma substância ganha elétrons durante a
reação (redução), outra substância ganha elétrons (oxidação) durante a mesma reação.
Mas se nossas reações produzem e consomem energia, como organizar essa equação para que não haja falta
ou como permitir que nosso organismo aproveite ao máximo a energia presente disponível?
Toda reação química exige um gasto de energia para iniciar, isto é o que chamamos de energia de ativação. A
estratégia desenvolvida por nosso organismo para minimizar a perda de energia e diminuir a quantidade
necessária para ativar os reagentes em uma reação química é a utilização de enzimas.
Se não fosse pelas enzimas, nosso organismo necessitaria dispor de grande quantidade de energia e de realizar
um aquecimento geral do organismo para promover as reações, entretanto, isso não seria possível, uma vez
que as proteínas desnaturam em altas temperaturas e inviabilizariam a vida.
Carboidratos
Os carboidratos são substâncias formadas principalmente por carbono, hidrogênio e oxigênio.
Os carboidratos, conhecidos também como glicídios ou açúcares, são importantes biomoléculas que constituem a
base da nutrição dos organismos não fotossintetizantes. Eles podem ser definidos como poliidroxialdeídos ou
poliidroxicetonas ou ainda substâncias que liberam esses compostos quando sofrem o processo de hidrólise (quebra
de uma molécula por água).
Os carboidratos são as biomoléculas mais predominantes no planeta e exercem as mais variadas funções. Dentre
elas, destacam-se seu papel energético, sua atuação na composição dos ácidos nucleicos, das paredes celulares e da
carapaça dos insetos e a participação em processos de interação célula-célula.
Os carboidratos são formados principalmente por carbono, hidrogênio e oxigênio, apresentando a seguinte
fórmula geral: (CH2O)n. Graças a essa fórmula, também são denominados de hidratos de carbono. Vale destacar
que alguns carboidratos fogem da fórmula geral e apresentam nitrogênio, fósforo ou enxofre em sua composição.
→ Monossacarídeos: São os compostos mais simples e que não podem ser hidrolisados. Sua estrutura é uma
cadeia de carbono linear e simples. Como exemplo, podemos citar a glicose, frutose e galactose.
Os monossacarídeos podem ser classificados de acordo com o número de carbonos que possuem. De acordo com essa
classificação, há trioses, tetroses, pentoses, hexoses, heptoses e assim por diante. Os monossacarídeos mais comuns são
as pentoses, como é o caso da ribose e da desoxirribose, e as hexoses, que podem ser representadas pela glicose,
frutose e galactose.
→ Oligossacarídeos: são formados pela união de dois a 10 monossacarídeos. Quando ocorre a união de apenas dois
monossacarídeos, recebem a denominação de dissacarídeo. Como principais exemplos, podemos citar a maltose
(glicose + glicose), lactose (galactose + glicose) e sacarose (glicose + frutose).
→ Polissacarídeos: São formados por 10 ou mais monossacarídeos. Como exemplo, podemos citar o amido, o
glicogênio e a celulose, três importantes macromoléculas. O amido é uma importante reserva energética encontrada
nos vegetais e nos fungos. A reserva energética encontradas nos animais é o glicogênio, que fica acumulado no fígado e
nos músculos. Já a celulose é um importante componente da parede celular, sendo o carboidrato mais abundante na
natureza.
Existem ainda os chamados glicoconjugados, que são compostos formados pela ligação de moléculas de carboidratos a
lipídios e proteínas. Quando unidos a proteínas, recebem o nome de glicoproteínas; e quando se unem a lipídios, são
chamados de glicolipídios. Essas formas são bastante comuns nas membranas das células onde atuam como receptores
e sinalizadores.
Polímero Monômero
Polissacarídeo Monossacarídeo
Proteína Aminoácidos
Monossacarídeo ( 3 à 7 carbonos)
Triose Mais “importante” -Pentose
• letrose Pentose Ribose e Desoxirribose 2 Oligossacarideo = pouco acucar
• Pentose -Hexose
Hexose • Dissacarídeo
• Hexose Glicose, Frutose e
• Heptose Galactose
• Solúveis em água; Maltose Glicose + glicose
• Sem hidrólise;
• Doce
Lactose Glicose + galactose
• Solúveis em água;
Armazena energia
• Sofrem hidrólise ("jogou água quebrou"-podem ser quebrados, pois são
3 Polissacarideo (mais abundante) formadas por 2 estruturas);
• Doce
Celulose Papel Parede celular vegeta
(Energético) C .
22412
• Insolúveis em água;
• Sofrem hidrólise;
• Não é doce
Lipídeos
Os lipídios são moléculas orgânicas formadas a partir de ácidos graxos e álcool que desempenham
importantes funções no organismo dos seres vivos.
Os lipídios são moléculas orgânicas formadas a partir da associação entre ácidos graxos e álcool, tais como óleos e
gorduras. Eles não são solúveis em água, mas se dissolvem em solventes orgânicos, como a benzina e o éter. Apresentam
coloração esbranquiçada ou levemente amarelada.
De acordo com a natureza do ácido graxo e do álcool que formam os lipídios, eles podem ser classificados em quatro
grandes grupos: simples, complexos, derivados e precursores.
Os lipídios simples ou ternários são compostos apenas por átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio. Já os lipídios
complexos ou compostos, além de possuírem os átomos presentes nos lipídios simples, apresentam átomos de outros
elementos, como o fósforo. Os lipídios precursores são formados a partir da hidrólise de lipídios simples e complexos.
Os derivados, por sua vez, são formados após transformações metabólicas sofridas pelos ácidos graxos.
Utilizando como critério o ponto de fusão, podemos classificar os lipídios em dois grandes grupos: as gorduras e os
óleos. As gorduras são sólidas em temperatura ambiente, são produzidas por animais e seus ácidos graxos são de
cadeia saturada, ou seja, unidos por ligações simples. Os óleos, por sua vez, são líquidos em temperatura ambiente,
fabricados por vegetais e seus ácidos graxos possuem cadeia insaturada, ou seja, apresentam dupla ligação.
→ Composição das membranas biológicas: Todos os tecidos apresentam lipídios em sua composição, uma vez que a
membrana das células é formada por fosfolipídios.
→ Fornecimento de energia: Quando comparado com os carboidratos, os lipídios liberam, em média, 2,23 vezes
mais energia quando oxidados. Estima-se que cada grama de gordura seja responsável por liberar cerca de 9Kcal. Já
uma grama de carboidrato produz apenas 4 Kcal. Vale destacar, no entanto, que o metabolismo energético dos
lipídios ocorre de maneira secundária ao dos carboidratos.
→ Precursores de hormônios e de sais biliares: Os lipídios estão relacionados com a produção de hormônios
esteroides, tais como a testosterona, progesterona e estradiol. Também se relacionam com a produção de sais
biliares, compostos que agem como detergente, ajudando no processo de absorção de lipídios.
→ Transporte de vitaminas lipossolúveis: Os lipídios transportam vitaminas que são solúveis em gordura, tais como a
A, D, E e K.
→ Isolante térmico e físico: Os lipídios garantem proteção contra as baixas temperaturas e contra choques
mecânicos.
Percebe-se, portanto, que os lipídios são moléculas importantes para os organismos vivos, incluindo-se o homem.
Sendo assim, não é recomendada a realização de dietas que restrinjam esse nutriente da alimentação. Vale destacar,
no entanto, que o consumo exagerado pode trazer riscos à saúde, como o aumento das chances de infarto em
decorrência da aterosclerose.
A reação entre ácido graxo e glicerol dá origem ao Lipídio. Repare que na estrutura
molecular deste produto há três grupos de ésteres:
O lipídio recebe então a classificação de triéster e fica conhecido como triglicerídeo. Ácidos
graxos distintos dão origem a lipídios com diferentes grupos de radicais (R, R’, R”).
Os óleos por sua vez se referem às estruturas de lipídios com grupos insaturados. Vejamos a
reação que dá origem aos sabonetes jabón de tocador.
Talvez você nunca tenha ouvido falar do trioleato, mas com certeza já o conhece por seu nome
popular: Azeite de Oliva, um óleo comestível usado para temperar saladas. Em temperatura
ambiente os óleos se apresentam na forma líquida.