Mecânica Básica
Mecânica Básica
Mecânica Básica
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1. COMPONENTES DO CHASSI
QUADRO DO CHASSI:
SUSPENSÃO
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Um componente fixo: Neste caso, o eixo, que mantém o conjunto de rodas
em posição fixa em relação ao chassi.
Os tipos mais comuns de suspensões utilizadas em caminhões são os sistemas de
suspensão por molas.
O sistema de suspensão por molas apresenta várias formas de construção,
empregadas conforme determinações do projeto geral do veículo e divide-se em vários
tipos distintos, como veremos a seguir, todos entretanto exercendo importantes funções.
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MOLAS SEMI-ELÍPITCAS: Confeccionadas em barras de aço de perfil constante
tratado e moldado em formato de uma semi-elipse, é o tipo mais comum de mola usado
na suspensão de caminhões. Aplica-se tanto na dianteira como na traseira, em geral em
conjuntos de várias lâminas, chamados comumente de “feixe de molas”.
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MOLAS PARABÓLICAS: São lâminas forjadas, com perfil em forma de parábola.
Apresentam grande resistência à flexão em função de secção variável, de menor espessura
nas extremidades, aumentando gradativamente em direção a área de apoio sobre o eixo.
Ao contrário das molas semi-elíptcas, possuem distribuição uniforme dos esforços em
toda a extensão da lâmina, eliminando as situações de concentração de tensões causadas
pela aplicação de carga.
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SUSPENSÃO A AR: Esse sistema de concepção mais moderna, proporciona maior
conforto, mais estabilidade e praticidade na operação, pois permite que o usuário ajuste
sua altura conforme a necessidade, como por exemplo no caso de engate de um semi-
reboque.
É usado nos eixos traseiros. Composto por bolsões de ar ativo em um invólucro de
borracha. Um braço tensor é usado para manter o eixo em sua posição.
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DIREÇÃO HIDRÁULICA
Nos veículos mais antigos o sistema de direção era mecânico, ou seja, as rodas
eram giradas através de um sistema de braços e engrenagens, o que deixava a direção
muito pesada, dificultando as manobras. Nos veículos mais modernos utiliza-se o sistema
de direção hidráulica, deixando a direção muito mais leve.
O sistema de direção hidráulica é composto por vários componentes, como,
bomba hidráulica, caixa de direção braços e terminais.
Veremos a seguir como funciona o sistema de direção hidráulica.
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CAIXA DE DIREÇÃO: Esse componente é responsável pelo direcionamento
das rodas, está ligado no volante de direção através da barra de direção e nas rodas através
dos braços. A caixa de direção é composta por vários componentes como podemos ver na
figura a seguir:
1 – Chaveta
2 - Eixo de entrada
3 - Válvula limitadora de pressão 1
4 – Tampa
5 - Barra de torção
6 - Válvula de Controle
7 – Bucha
8 – Chaveta
9 - Válvula fim de curso
10 - Esferas ou rolamentos - Setor dentado
12 - Parafuso sem fim
13 – Pistão
14 - Válvula fim de curso
15 - Corpo exterior
16 - Afinador da Válvula fim de curso
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FUNCIONAMENTO DA DIREÇÃO HIDRÁULICA:
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MOTOR
PROCESSO DE COMBUSTÃO
Por exemplo, quando você acende o fogo de uma churrasqueira ali acontece uma
combustão: temos o ar (oxigênio), o combustível, que é o carvão e o calor que vem do
fósforo que usamos para acender. Aliás, quando acendemos o fósforo, também ocorre
uma combustão.
O processo de combustão libera calor e, há muito tempo, o homem descobriu que
podia usar este calor para movimentar coisas, surgindo assim a máquina a vapor.
Os motores de combustão são divididos em dois tipos básicos em se tratando do
seu processo de combustão, que são os motores de combustão externa e os motores de
combustão interna.
COMBUSTÃO EXTERNA
Esse motor não será nosso objeto de estudo, está sendo mencionado aqui apenas
a título de conhecimento, pois este foi um dos primeiros tipos de motor fabricados e foi a
partir dele que evoluímos para os modernos motores de combustão interna que
conhecemos atualmente.
Este processo era usado antigamente nas máquinas a vapor onde a queima do
combustível ocorria fora do motor, no caso de trem a vapor, por exemplo, a queima
ocorria na fornalha.
No trem o combustível era a madeira ou o carvão, sendo que o calor liberado na
combustão aquecia a água, que fervia e produzia vapor de água.
Este vapor sob pressão acionava um pistão, criando assim um movimento que
fazia o trem andar.
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O mecanismo do motor de combustão externa é muito rudimentar e perde muita
energia durante o processo de transformações de energia, especialmente no que diz
respeito à energia térmica. Devido à queima de combustível, liberava uma quantidade de
fumaça imensa.
Outro inconveniente nos motores de combustão externa é o seu “start”, ou seja, o
tempo que leva para começar a funcionar de fato, pois necessita que todo sistema atinja
uma temperatura ideal para que o motor obtenha seu maior rendimento.
COMBUSTÃO INTERNA
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EXEMPLO DE MOTOR COM COMBUSTÃO INTERNA
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SENSORES
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Unidades Injetoras (UI)
Os sistemas UI's integram a bomba de alta pressão e o injetor em uma só unidade
compacta para cada cilindro do motor. O sistema UI (unidade injetora) substitui a
bomba injetora e os porta-injetores dos sistemas de injeção mecânicos (bomba e
bicos). Esse sistema possibilita atingir elevados valores de pressão. Com a
utilização desse sistema, podem-se obter benefícios como um maior pico de
pressão, melhor desempenho e potência e menor emissão de gases poluentes.
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A grande vantagem desse sistema, além de proporcionar grande ganho de
potência, suavidade de funcionamento e economia de combustível, é menor
emissão de poluentes. Essa tecnologia atende às atuais normas de controle de
emissão de poluentes Proconve P-7, Conama P-5 e as normas internacionais
Euro-5, ainda que no Brasil estejamos um tanto atrasados visto que na Europa já
existem as tecnologias Euro-6 adotadas em 2014 e a atual Euro-7 com índices
ainda mais exigentes no quesito emissão de poluentes.
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SISTEMA EGR (Exhaust Gas Recirculation)
Esse dispositivo tem uma função extremamente importante, a válvula EGR (Exhaust Gás
Recirculation) atua no controle de emissão de gases poluentes provenientes da queima do
combustível. A válvula EGR um mecanismo de controle do volume de gases, derivados
da combustão, que serão reutilizados em um novo ciclo de admissão. Esse processo faz
com que a mistura ar/combustível do motor fique mais pobre e, consequentemente, a
queima se torna menos eficiente em termos de capacidade de compressão e,
principalmente, em termos de temperatura da combustão. Dessa forma, há uma
significativa redução na produção do óxido de nitrogênio (NOx).
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uma vela que faz com que a mistura ar + combustível queime e aumente muito a pressão
na câmara de combustão, gerando força e empurrando o pistão.
4º Tempo – Exaustão (Escape): É a saída dos gases resultantes da queima
dessa mistura de ar e combustível da câmara de combustão.
Neste tipo de motor a compressão que ocorre no 2º tempo deve ser controlada,
pois como foi dito anteriormente, o ar aquece quando é submetido a uma pressão elevada,
e como a gasolina e o álcool queimam facilmente, a combustão pode começar antes do
momento desejado, ou seja, antes da faísca da vela, alterando o funcionamento do motor.
Outra diferença entre esses dois tipos de motores, é que no primeiro tempo o motor
ciclo Otto admite a mistura ar+combustível, que é comprimida no segundo tempo
(compressão), ocorrendo a combustão no terceiro tempo e finalmente eliminada no quarto
tempo no coletor de escape.
A combustão do motor ciclo Otto é intensa, porém de pouquíssima duração, como
se fosse “uma martelada” na cabeça do pistão, se dissipando logo após, devido a essa
limitação, o motor ciclo Otto é mais utilizado em veículos ou máquinas leves.
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Como desvantagens têm um preço elevado, maior peso, produz mais vibração em
baixa rotação se comparado ao motor ciclo Otto e menor capacidade de aceleração.
Contudo é o mais indicado quando a aplicação exige grandes esforços. Este é o
tipo de motor que estudaremos detalhadamente.
BLOCO DO MOTOR
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CAMISAS DOS PISTÕES
Nos motores mais antigos os cilindros, que é o local onde os pistões se deslocam,
eram usinados diretamente no bloco do motor, o que dificultava a manutenção, pois em
caso de reparo todo o bloco era trocado. Nos motores mais modernos este cilindro é
fabricado separadamente e depois é encaixado no bloco, recebendo o nome de camisa
molhada.
Como visto anteriormente, é no interior da camisa que ocorre a combustão,
gerando temperaturas em torno de 600 Cº a 800 Cº. Para melhor dissipar este calor, as
paredes das camisas devem ter uma espessura reduzida, porém, devem ser resistentes ao
desgaste.
Para diminuir os efeitos do calor, as camisas são arrefecidas pelo liquido de
arrefecimento do motor, impedindo sofram danos.
Este arrefecimento pode ser feito de duas maneiras, em uma delas, a água de
arrefecimento entra em contato direto com a camisa, neste caso chamada de camisa
úmida, e no outro, a água passa pelas paredes do bloco onde a camisa é montada,
chamada, neste caso, de camisa seca, como podemos observar no exemplo a seguir:
PISTÃO
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PISTÃO E ANÉIS
VIRABREQUIM
134
BIELA
CABEÇOTE DO MOTOR
135
SISTEMA DE COMANDO DE VÁLVULAS
BALANCIN
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Válvulas: Os motores podem ter duas ou quatro válvulas em cada cilindro. No
caso de motores com duas válvulas por cilindro, uma é para entrada de ar e outra para
saída dos gases queimados, já os motores que apresentam quatro válvulas por cilindro,
existem duas válvulas para entrada de ar e duas válvulas para saída de gases queimados.
Além de controlar a entrada de ar e a saída de gases queimados, outra função importante
das válvulas é promover a vedação da câmara de combustão, pois dentro da câmara a
pressão é muito alta, não podendo apresentar vazamentos, o que iria prejudicar o bom
funcionamento do motor.
O corpo das válvulas é dividido em duas partes principais: a haste, que permite o
deslocamento da válvula, e a cabeça, que é a parte que fica em contato direto com a
câmara de combustão e por isso necessita ser confeccionada com um material mais
resistente, a fim de suportar altas pressões e altas temperaturas.
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CARTER
SISTEMA DE
ARREFECIMENTO
16%
138
Sistema de Lubrificação
O sistema de lubrificação faz com que o óleo lubrificante circule por todo o motor.
O óleo é vital para o funcionamento do motor e tem as funções de reduzir o atrito, reduzir
o desgaste, eliminar folgas, realizar a troca de calor com os componentes internos,
remover resíduos contaminantes, vedar a câmara de combustão e evitar a corrosão das
peças metálicas.
A bomba de óleo localizada na parte inferior do motor (dentro do Carter) é
acionada pelo virabrequim, e tem a função de puxar o óleo do cárter, bombeando o mesmo
para o radiador de óleo para ser resfriado. Do radiador, o óleo passa pelo filtro, onde são
retiradas as impurezas, seguindo posteriormente para o motor, onde irá lubrificar o
comando de válvulas, o virabrequim, o turbo compressor, as engrenagens de distribuição,
a bomba injetora, os pistões e as bielas para depois retornar ao cárter.
O óleo e o filtro devem ser trocados rigorosamente de acordo com as
recomendações do fabricante. O óleo deve sempre ser mantido no nível correto para
garantir que a bomba possa ficar sempre submersa. Uma falha ou contaminação no
sistema de lubrificação certamente danificará o motor.
Sistema de Lubrificação
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O momento da partida do motor é o mais crítico em termos de lubrificação, pois
o óleo leva alguns segundos para atingir todos os componentes do motor. Portanto, deve-
se evitar partidas frequentes e acelerações exageradas na partida do motor.
Intercambiador de Calor
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Filtro de óleo
Os sintomas que indicam uma possível falha no sistema de lubrificação são: ruídos
anormais, óleo lubrificante na água do radiador, fumaça branca ou azul no escapamento,
baixa pressão do óleo e consumo excessivo de óleo lubrificante. Devemos verificar:
O nível do óleo.
Se o óleo e o filtro estão limpos.
Vazamentos no filtro e no radiador de óleo.
Defeitos no radiador de óleo (vazamento interno).
Se o óleo atinge o comando de válvulas.
Os resultados das análises de óleo.
O funcionamento da bomba de óleo (medir a pressão do óleo).
SISTEMA DE ARREFECIMENTO
141
A alta temperatura é um dos grandes inimigos do motor, a manutenção correta
do sistema é primordial para garantir o bom funcionamento e vida útil do motor.
Logo abaixo veremos como ocorre a troca de calor do liquido de arrefecimento
com o meio externo.
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Ventilador: Em certas situações como em subidas, o motor irá sofrer um
aumento de temperatura e como a velocidade do veículo está baixa, não há ar suficiente
para o radiador resfriar a água. Nesse momento é acionado o ventilador, que tem por
função suprir esta falta de ar. O acionamento do ventilador é feito por um sistema de cubo
viscoso (ou embreagem viscosa). Quando a temperatura do motor sobe, o liquido que está
no interior do ventilador expande fazendo com que o ventilador seja acionado. O
ventilador só é acionado quando necessário, não desperdiçando energia do motor.
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abre gradativamente, permitindo que a água, que estava circulando somente no interior
do motor, comece a circular também pelo radiador.
Quando o motor está em situação severa de funcionamento, a válvula termostática
permanece totalmente aberta para que a água que circula pelo motor, passe pelo radiador
para ser resfriada, mantendo assim a temperatura ideal de funcionamento.
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FALHAS NO SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO:
Grande parte dos problemas que ocorrem nos motores começa por uma falha no
sistema de arrefecimento. Deve-se ficar atento a sintomas como superaquecimento, motor
sem força e alto consumo de combustível ou óleo lubrificante. Verificar se:
O nível do liquido de arrefecimento está correto e se está limpo;
O radiador está limpo e não apresenta vazamentos;
A correia do ventilador ou da bomba d’água está ajustada;
A válvula termostática funciona (teste de bancada);
A tampa do radiador está em boas condições;
Não existem vazamentos de água;
As mangueiras e conexões estão ajustadas e em bom estado;
Os demais radiadores estão em boas condições (óleo do motor, óleo
hidráulico e outros).
CIRCUITO DE ALIMENTAÇÃO DE AR
PRÉ-PURIFICADOR
O ar é captado do meio externo através de um duto chamado pré-purificador. Ao
entrar no pré-purificador o ar é forçado a passar por labirintos que têm a função de reter
a umidade e as sujeiras maiores em suas paredes. Na figura a seguir temos um pré-
purificador.
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FILTROS DE AR
SISTEMA DE ADMISSÃO DE AR
ADMISSÃO NATURAL
TURBO ALIMENTADO
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O turbo compressor é um componente robusto e suporta alta pressão e
temperatura, mas requer cuidados, pois, trabalha a altíssimas rotações, podendo
facilmente passar de 120.000 RPM.
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Sistema de admissão de Ar – Turbo+Pós Resfriador de Ar
BICOS INJETORES
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FALHAS NO SISTEMA DE COMBUSTÍVEL
Alguns sintomas que indicam uma possível falha no sistema de combustível, como
por exemplo: o motor não funciona, o motor falha, o motor não atinge a rotação desejada,
o motor tem baixo torque, alto consumo de combustível, fumaça preta no escapamento e
superaquecimento do motor.
Nos motores atuais não se utiliza bomba injetora, a qual foi substituída por um
sistema eletrônico. Neste sistema a injeção de combustível nas câmaras de combustão é
feito pelas Unidades de Injeção (U.I.) montadas na cabeça dos cilindros, sendo
independentes em cada cilindro. As unidades injetoras substituem a bomba injetora, os
tubos de alta pressão e os bicos injetores.
1 - Embolo da bomba
2 - Válvula de combustível
3 - Bico injetor
4 - Canais de combustível
5 - Balancim
6 - Árvore de comando do motor
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Fase de injeção: Quando a válvula de combustível fecha, o canal de
combustível é bloqueado e a pressão sobe a um valor muito alto. O combustível a alta
pressão empurra para cima a agulha do bico injetor, fazendo com que o mesmo abra, e o
combustível sob a forma de névoa, muito fina, seja injetado na câmara de combustão.
Fase de descarga: Quando o embolo da bomba se move para baixo, o
combustível é empurrado através da válvula aberta, para os canais de combustível na
cabeça de cilindro.
Fase de queda de pressão: A injeção termina quando a válvula de
combustível abre novamente, quando a pressão abaixa e a agulha do bico injetor fecha.
TREM DE FORÇA
O trem de força é composto pelo motor, pela embreagem, pela caixa de mudanças,
pelo “eixo cardan” e pelo eixo traseiro que transmitem a energia cinética gerada no motor
para as rodas.
EMBREAGEM
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A embreagem funciona como elo entre motor e caixa de mudanças, possibilitando
que a energia gerada pelo motor chegue até as rodas, fazendo com que o veículo entre em
movimento. Assim, quando é necessário parar o veículo ou trocar de marcha, a
embreagem é acionada cortando o fluxo de energia entre motor e a caixa.
Quando o pedal de embreagem está em repouso, o garfo não atua sobre a mola,
desta forma pressiona o platô que por sua vez pressiona o disco contra o volante do motor,
fazendo com que toda força do motor seja transmitida para caixa de mudanças, como
podemos observar na figura a seguir.
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Neste momento o fluxo de energia é cortado e a força do motor não é mais transmitida
para a caixa de mudanças, como podemos ver na figura a seguir.
CAIXA DE MUDANÇAS
Árvore primária (eixo piloto): é onde o torque gerado pelo motor entra na caixa
de mudanças e na sua extremidade fica montada a embreagem.
Árvore Intermediária: Possui várias engrenagens fixas que recebem o
movimento da árvore primária e transmitem para a árvore secundária. Outra função
importante da árvore intermediária é a lubrificação, pois ela fica submersa em óleo
lubrificante, e durante seu movimento de giro esse óleo é salpicado para as outras
engrenagens e rolamentos.
Árvore secundária: Transmite o movimento da saída da caixa de mudança para
o cardan.
Colares (luvas) de engate: Posicionados ao lado das engrenagens, os colares são
responsáveis pelo engate das marchas.
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Engrenagem intermediária (reversora): É responsável pela inversão da rotação
quando a marcha ré é engatada. Sua posição é entre as engrenagens de ré da árvore
intermediária e secundária.
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2º Situação: Primeira marcha engatada.
154
4º Situação: Veículo em movimento, marcha à ré engatada.
Quando a marcha ré é engata o fluxo passa pela engrenagem intermediária o que
faz com que o sentido da rotação seja invertido, como podemos ver na figura a seguir:
SESSÃO PLANETÁRIA
155
COMPONENTES DA SESSÃO PLANETÁRIA
O sistema planetário é composto pelos seguintes componentes:
Engrenagem
anelar
Engrenagem
planetária
Engrenagem
solar
Para que o sistema possa transmitir o movimento, é preciso travar um desses três
elementos para que os outros dois possam agir como acionador e acionado.
Por exemplo, suponha que o movimento esteja entrando no sistema através da
engrenagem solar, que, portanto, é a acionadora. Suponha também que o movimento
deverá sair do sistema pelo suporte das planetárias, devendo a anelar permanecer travada.
A engrenagem solar move as planetárias, que são forçadas a girar em seu eixo,
caminhando dentro da anelar, que estará travada. Dessa forma, o suporte das planetárias
estará movimentando-se no mesmo sentido da engrenagem solar, porém, a uma
velocidade mais baixa e com uma força maior.
156
Grupo Desmultiplicador (GV) e Grupo Planetário (GP)
A caixa de mudança com GV e GP se caracteriza por um escalonamento mais
progressivo. Este conjunto possibilita 16 marchas à frente.
GV – Veículos comerciais leves necessitam apenas de 5 ou 6 marchas à frente, as
quais podem ser acomodadas sem problemas em uma caixa de mudanças normal.
Mas seguindo esse princípio de construção, no caso de aumentar o número de
velocidades, o comprimento da árvore secundária seria aumentado demais, ficando assim
submetida a grandes esforços de torção. Para evitar esse tipo de esforço, são usadas
engrenagens redutoras adicionais antes e depois da caixa de mudança. O Grupo GV
permite a duplicação de cada uma das marchas numa mesma posição através do
acionamento de um botão “Split”.
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opte pelo modo Manual, deve deslocar a alavanca para frente ou para trás, selecionando
dessa forma as marchas ascendentes ou reduções.
Tomada de Força
DIFERENCIAL
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Quando o veículo faz uma curva, a roda do lado externo da curva percorre um
trajeto maior que a do lado interno, como podemos ver na figura a seguir:
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Caso uma das rodas apresente maior resistência ao movimento que outra, como
no caso de curvas ou rodas patinando, as satélites são forçadas a girar em relação ao seu
eixo, permitindo que uma roda gire mais que outra. Este é o efeito diferencial.
SISTEMA DE FREIO
Sistema Top-Brake
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Freios de Serviço
Sua finalidade é reduzir a velocidade do veículo, até parar as rodas e durante o
processo de atuação dos freios o veículo deve permanecer em seu trajeto de forma a não
perder o atrito e manter a segurança. O freio de serviço é operado de forma contínua onde
o motorista aplica um esforço no pedal de freio para o sistema atuar sobre todas a s rodas
do veículo.
Freios Auxiliares
A finalidade desses freios é auxiliar o freio de serviço. O sistema de freios
contínuos se divide em contínuos primários e contínuos secundários de acordo com a
montagem no trem de força, onde aqueles que atuam sobre o motor do veículo são
denominados primários e aqueles situados na caixa de transmissão são denominados
secundários. O Retarder é um exemplo de freio auxiliar secundário, pois atua sobre o
câmbio do veículo.
Mecânico
Hidráulico
Hidrovácuo
Pneumático
Eletropneumático
COMPRESSOR DE AR
161
da embreagem, suspensão pneumática, entre outros componentes que dependem de ar
para funcionar.
Regulador de Pressão
Controle independente da pressão de funcionamento entre a pressão de corte e
desligamento
Conexão de ar comprimido para trabalhos externos, por exemplo encher os pneus
ou sistema de uma fonte externa.
Proteger o sistema contra sobrepressão
Controle de secador de ar e / ou proteção contra geada.
Válvula APU
162
Secador de ar
Responsável por retirar a umidade e impureza do ar admitido, aumentando a
durabilidade das válvulas dos circuitos pneumáticos.
Reguladora de pressão
Integrada ao conjunto secador de ar por função regular a pressão máxima do
circuito que dependendo do veículo pode ser de 10 ou 12 BAR essa APU tem
uma válvula de segurança que se abre quando estabilizar a pressão nos pórticos
do sistema pneumático.
Válvula de segurança
As APU’s modernas possuem uma válvula de segurança que despressuriza o
reservatório de ar do freio de estacionamento quando houver vazamentos no
freio de serviço traseiro.
163
Válvula Relé:
É um componente essencial do sistema de freio pneumático. A função dessa
válvula é ampliar o armazenamento e alimentação de ar comprimido nos reservatórios de
ar e deve bloquear o retorno contra perda de ar para os consumidores conectados.
Quando a válvula de alívio é usada como limite de pressão, a proteção se realiza
na pressão em que a válvula se abre (pressão de abertura).
FREIO DE SERVIÇO
O freio de serviço é aquele que atua diretamente sobre as rodas do veículo através
de sistemas Lona/Tambor ou Discos/Pastilhas e conforme dito anteriormente dependem
de ar para funcionar, seu acionamento é feito através do acionamento do pedal de freios.
Este sistema é utilizado para reduzir a velocidade do veículo ou pará-lo. O freio de serviço
é composto pelos componentes a seguir;
164
CUICAS DE FREIO
As cuícas acionam o sistema de freio de serviço. Elas possuem em seu interior um
diafragma, que ao receber o ar comprimido atua sobre uma haste que se desloca para
acionar os freios, como podemos ver na figura a seguir:
TAMBOR DE FREIO
É no tambor de freios que as rodas do veículo são fixadas, e é no tambor também, que
os freios atuam por meio do atrito entre as lonas e o tambor.
LONAS DE FREIOS
As lonas apresentam um alto coeficiente de atrito; Quando o freio é acionado as
lonas são pressionadas contra o tambor de freio, reduzindo a velocidade ou parando o
veículo. É um sistema bastante eficiente porém perde rendimento se atingir
temperaturas excessivas, podendo inclusive apresentar falha grave no sistema durante
esse tipo de situação.
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CATRACA DE ACIONAMENTO
A catraca é o componente que liga a haste da cuíca ao eixo do “S”, que por sua
vez atua sobre as sapatas de freio, pressionando as lonas contra o tambor. É nas catracas
que se faz a regulagem do sistema de freios, podendo ser de forma automática ou manual.
166
FREIO A DISCO
O funcionamento do sistema
acontece da seguinte maneira: o
compressor comprime o ar e o envia para
o regulador de pressão, que controla a
pressão de trabalho do sistema, jogando
para a atmosfera o excesso produzido
pelo compressor. Em seguida, a pressão
regulada é distribuída para os quatro
circuitos independentes através da válvula de proteção de 4 circuitos.
A frenagem se dá através do acionamento das pastilhas de freio
que são pressionadas contra o disco, reduzindo a velocidade do veículo.
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Alavanca de acionamento do freio de
estacionamento
A ação do sistema ocorre quando, ao detectar que uma roda irá travar, um sinal é
enviado à unidade de comando do ABS naquela roda, aliviando a pressão do freio,
provocando uma variação rápida da pressão no sistema de freios, evitando assim o seu
bloqueio.
FREIO MOTOR
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FREIO RETARDER
Sistema de freio Retarder, Instalado na caixa de transmissão. Oferece alta potência de frenagem.
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