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Conceitos: "Sem A Curiosidade Que Me Move, Que Me Inquieta, Que Me Insere Na Busca, Não Aprendo Nem Ensino."

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PDL

1. Conceitos

“Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino.”

(Paulo Freire)

Antes de tudo, precisamos entender o conceito de Gestão de pessoas. Há inúmeras definições que a
explicam, contudo, vamos nos ater ao recorte do âmbito escolar. Não há uma receita pronta a ser seguida
quando se trata de gestão de pessoas, dadas as inúmeras variáveis, mas alguns ingredientes são básicos e
obrigatórios. É sob essa perspectiva que vamos trabalhar no Programa de Desenvolvimento de Liderança
(PDL).

Na gestão escolar, a figura do Gestor é personificada pelo Dirigente Regional de Ensino, nas Diretorias
Regionais de Ensino e pelo Diretor de Escola/Escolar, nas escolas, que conforme explica LUCK (2009),
tem uma missão muito clara.

Segundo Chiavenato (1999), "A Gestão de Pessoas nas organizações é a função que permite a colaboração
eficaz das pessoas — empregados, funcionários, recursos humanos ou qualquer denominação utilizada —
para alcançar os objetivos organizacionais e individuais".

As pessoas compõem a parte mais importante da escola. São elas que fazem todo o resultado acontecer, por
isso, buscamos uma gestão que propicie o desenvolvimento desses profissionais para que alcancem o melhor
resultado em sua performance. Uma gestão adequada consiste em criar um vínculo forte e decisivo entre as
pessoas e as técnicas.
Fazer um bom gerenciamento das pessoas não significa apenas ter uma liderança forte e comprometida com
os resultados. Deve-se criar espaço para desenvolver e valorizar cada membro da equipe, evoluindo as
melhores habilidades de cada um, promovendo a satisfação mútua e a melhoria de desempenho.

O Gestor educacional envolve todos os componentes da sua instituição, não havendo segmentação de áreas
de atuação dentro de sua dinâmica. O Gestor precisa ter visão holística do processo para entender que todas
as ações impactam umas nas outras, são interdependentes. Ou seja, uma boa gestão da merenda escolar que
garanta que o aluno se alimente bem ajudará em seu desempenho em sala de aula tanto quanto uma aula bem
preparada e muito estimulante com metodologias ativas.

Portanto, a gestão do processo, a gestão financeira e a gestão das pessoas que compõem esse organismo
estão interligadas e o Gestor precisa ter esse entendimento.

2. Os 5 Pilares da Gestão de Pessoas

Um bom gestor é aquele que está sempre em busca de novos desafios, que sabe ouvir, motivar e liderar a sua
equipe. Que enxerga em cada funcionário uma “peça fundamental” que contribui para o pleno
funcionamento da escola.

Gestão de pessoas é tão importante que adotá-la implica diferentes vantagens que impactam o sucesso na
escola. É possível impulsionar positivamente a produtividade dos professores, o que resultará
na redução do absenteísmo. A motivação que gera melhora no clima é um dos exemplos, dentre inúmeros
outros benefícios que veremos no decorrer deste capítulo.

Veja a seguir, os 5 pilares da gestão de pessoas que destacamos entre tantos outros que você poderá
aprofundar depois.
3. Gestão de Pessoas: situações que devem ser evitadas

Todos cometemos erros e nem sempre isso é ruim, mas no que tange a gestão de pessoas há de se cuidar
para que esses erros não desfaçam todo o trabalho que está sendo desenvolvido.

Então fique atento(a) a estas dicas! 🚨


Falta de planejamento, Gestão sem estratégia

Esse é o primeiro item da nossa lista, pois afeta todos os outros. Pense na seguinte situação: organizar uma
dinâmica para promover interação entre o time, porém, se essa ideia não estiver trabalhando em conjunto
com outras ações, a fim de fortalecer o espírito de equipe, ela passa a ser apenas uma distração para a equipe
e uma perda de tempo.

A gestão precisa ser estratégica. Na prática, podemos explicar esse erro da seguinte forma: se as ações da
Gestão são aleatórias e não estão todas alinhadas e direcionadas para alcançar um objetivo claro, elas
perdem a eficácia.

Uma dica ❗: Então, para evitar que isso ocorra, procure realizar um bom planejamento, selecionando e
organizando ações que atendam aos objetivos mais amplos da sua escola alinhados ao Mapa Estratégico da
Seduc para a Educação de São Paulo.

Falta de clareza na comunicação

A comunicação é uma habilidade que todos os gestores devem cultivar. Diálogos precisam ser praticados de
forma clara na hora de passar um feedback, ao informar as metas e apresentar novas normas e
procedimentos. Quando a comunicação não é clara o suficiente, surgem mal-entendidos que podem
desequilibrar as relações de trabalho e prejudicar a produtividade de todos. Neste módulo, apresentamos a
você a Comunicação não violenta, que traz muitas dicas sobre como praticar uma comunicação que seja
entendida e aceita pelos membros de sua equipe; nos módulos seguintes, teremos mais sobre Comunicação,
mas você pode buscar em livros e palestras no TED Talk, há muitos conteúdos interessantes.

Uma dica ❗: Toda vez que estiver falando com um funcionário ou uma equipe, reflita: eu estou
transmitindo essa mensagem da maneira mais simples e objetiva possível?

Focar apenas em resultados

O foco tem de ser na gestão de pessoas, elas trarão os resultados se estes estiverem claros e as pessoas
desenvolvidas para a entrega. Na realidade, os processos são tão importantes quanto os resultados, pois
mostram o verdadeiro potencial de um funcionário. É a sua gestão que o ajudará a chegar ao desempenho
esperado.

Quando um Gestor guia suas ações baseando-se apenas em resultados, ele desmotiva a equipe, perde a
confiança dos profissionais.

Uma dica ❗: Foque nas habilidades e nas competências que você precisa ajudar sua equipe a desenvolver
para o alcance do objetivo proposto, ao invés de apenas focar no alcance dele.
Feedback inconsistente ou ausência de feedback

Quando um funcionário não percebe que seu bom desempenho está sendo reconhecido, ele perde o impulso
de fazer mais e passa a fazer simplesmente o mínimo necessário. Por isso, parabenizá-los, quando devido, é
tão importante quanto de fato acompanhar o seu trabalho. Não basta ver, é preciso verbalizar! Da mesma
maneira, o feedback corretivo é essencial, pois somente assim o funcionário poderá ter consciência das
melhorias necessárias, do que se espera dele e como poderá alcançar o que foi proposto.

Uma dica ❗: Crie uma rotina, uma agenda de feedback e, no momento de aplicá-lo, mostre a trajetória do
funcionário desde o feedback anterior até o presente momento. Ainda que não haja grandes alterações, esse
acompanhamento pode ajudá-lo a perceber a necessidade de acelerar seu desenvolvimento trazendo o
engajamento com os resultados de volta.

4. Resultados esperados

Você lembra que no início deste módulo dissemos que toda esta capacitação tem por objetivo alcançar a
aprendizagem do estudante?

Então vamos analisar se a gestão de pessoas contribui ou não para que a aprendizagem do aluno aconteça.

Uma boa Gestão de Pessoas na escola gera redução de absenteísmo, aumenta o engajamento dos
profissionais com programas e metodologias propostas, favorece a comunicação entre todos, o que
proporciona melhoria do clima na organização.

Logo, se não há falta, os alunos não deixarão de receber o conteúdo pensado e preparado para as aulas; se o
engajamento é presente, todos serão adeptos das metodologias propostas para uma aula mais interessante e
envolvente; se o clima organizacional é bom, haverá cooperação entre todos visando o melhor resultado.

Com tudo que foi apresentado acima, tenho certeza de que você chegará à mesma conclusão: a Gestão de

Pessoas favorece diretamente a aprendizagem do aluno, nosso objetivo maior!! 🎯

5. Material complementar

Para aprofundar os seus estudos, sugerimos a leitura do livro Descubra seus pontos fortes, de Marcus
Buckingham e Donald O. Clifton.

Ele traz uma pesquisa mostrando que os profissionais bem-sucedidos compartilham um segredo simples,
mas poderoso — usam suas energias para aprimorar aquilo que fazem melhor, deixando seus pontos fracos
em segundo plano. E, assim, tornam-se cada vez mais competentes, produtivos e felizes. Para ajudar você
a descobrir quais são e como aprimorar seus talentos e os de sua equipe, esse livro traz um programa em
torno do teste "Descubra a fonte de seus pontos fortes".

Para fazer o teste é preciso adquirir o livro.

Mas para ajudá-lo na "leitura" disponibilizamos um audiobook com o conteúdo completo dessa obra.

Sugestão: "Audiobook Descubra seus pontos fortes"


Como seu Diretor deve agir diante deste dilema sobre motivação?
Como Dirigente, você deverá estar atento ao desempenho de sua equipe em cada escola, e como vimos o
fator motivação impacta diretamente no desempenho de cada um. Para que esse impacto seja positivo, a
ação do Diretor na escola é de extrema importância.

Navegue pelos cenários e veja os possíveis resultados de cada ação.

Avaliação de Conhecimento - GP
Parabéns por seu empenho e dedicação até o momento!

Para finalizarmos este conteúdo, é necessário realizar a atividade avaliativa, composta por duas (2) questões
objetivas.

Para realizar esta atividade, você terá apenas três (3) oportunidades para responder à avaliação.

Reveja suas anotações, os pontos principais do conteúdo e, apenas depois que estiver preparado(a), inicie o
questionário.

Para aprovação e certificação no curso, você deverá acertar 100% (cem por cento) do total das questões.

Boa sorte!

Conteúdo dentro de um box de destaque

IMPORTANTE! ATENTE-SE ÀS REGRAS A SEGUIR:


 Para iniciar o questionário clique no botão “Tentar responder o questionário agora”.
 Ao responder o questionário avaliativo clique no botão “Salvar tentativa”. Nesta etapa você pode salvar as
atividades para enviá-las posteriormente.
 Na tela “Resumo de tentativas” você pode “Retornar à tentativa” e/ou “Enviar tudo e terminar”.
 Atividades salvas são registradas como “Em progresso”, são visualizadas somente pelos cursistas e não
são consideradas para avaliação.
 Após o envio das respostas, será fornecido o feedback de cada alternativa selecionada. As respostas corretas
serão acompanhadas de um ícone de acerto na cor verde () e as incorretas, de um ícone na cor vermelha ().
 Após a leitura dos feedbacks clique em “Terminar revisão”. Somente após esse passo a atividade será
considerada enviada e a avaliação será registrada. Se houver necessidade você poderá realizar uma nova
tentativa.
 A quantidade de tentativas e o período de realização da atividade estão descritas no Regulamento do curso.
 Para verificar seu desempenho clique no menu superior em seu Nome e selecione a opção “Notas”. Na
sequência clique no nome do Curso, sendo exibido as notas e os percentuais de aproveitamento obtidos neste
curso.
 O envio da atividade não será aceito fora dos prazos estabelecidos em Regulamento. Fique atento!

Resolva as questões a seguir e verifique o quanto se apropriou das discussões.


1. Conceito

“Liderança é ação, e não posição.”

Donald McGannon
Liderança, do verbo liderar, é uma palavra carregada de significados importantes, dentre eles e o mais
comum de ser encontrado nos dicionários é “posição, função ou caráter de líder”.

A liderança deve ser vista como uma ferramenta estratégica para a condução eficiente dos trabalhos. Isso
porque, através dela, o desempenho de cada indivíduo é potencializado, impactando diretamente nos
resultados das equipes e, por consequente, da escola como um todo, cujo resultado final é a aprendizagem
dos alunos, motivo pelo qual a instituição existe.

Já consegue perceber como essa prática pode ser eficiente aí na sua instituição?

A liderança tem impacto direto no funcionamento da escola. Do relacionamento interpessoal ao alcance de


resultados, são os líderes que fazem a diferença.

O primeiro passo para o desenvolvimento de liderança é entender o seu papel dentro da escola.

2. Papel da Liderança

A liderança pode ser aplicada em diversos cenários e contextos. Entretanto, vamos falar sobre a sua
aplicação na educação. Portanto, neste capítulo, vamos tratar da liderança educacional.

A essência da liderança em uma instituição de ensino continua a mesma. Em síntese, o líder é o responsável
por motivar uma equipe e canalizar todos os esforços em busca de um objetivo em comum que seja
positivo para cada um dos profissionais e por conseguinte para a aprendizagem do estudante de forma
geral.

Assim, durante esse processo, há múltiplas variáveis com que um Gestor, líder educacional, deve se
preocupar.

Freitas et al. (2003, p. 16), em artigo sobre "Liderança Educacional" afirma que “liderar instituições
educativas, num mundo com rápido desenvolvimento científico e tecnológico, grandes dificuldades
econômicas, políticas e sociais, é uma atividade complexa”.

Considerando a influência que o Gestor deve exercer em sua equipe em face de um cenário de constante
mudanças, faz-se mister que esteja preparado para esse desafio, capacitando-o para exercer essa influência
de forma eficaz.

No mesmo artigo, Freitas et al. (2003, p. 17) resgata os desafios da educação sintetizados pelo Instituto
Internacional de Planejamento da Educação (IIPE), reproduzidos a seguir:
A imagem acima destaca como desafio central da educação o trabalho em equipe, cuja execução requer
liderança e comunicação, como forma de viabilizar as ações para o alcance do sucesso e das mudanças
necessárias.

“O líder em educação lidera líderes em potencial” (FREITAS et al., 2003, p. 16). Remetendo essa idéia à
função do Gestor escolar, conclui-se que ele lidera líderes, pois professores, diante seus alunos, são uma
referência, ocupam esse lugar.

Para aprofundar seu conhecimento em Liderança Educacional, leia o artigo no link abaixo.

3. Líder X Chefe

Entender as diferenças entre chefe e líder também é muito importante para o desenvolvimento da
liderança. Confira mais sobre cada uma dessas funções:

Chefe

Normalmente, um chefe se dedica mais à busca de resultados e menos às pessoas envolvidas no processo
para o alcance desses resultados. Dessa maneira, ele enxerga os integrantes do time como subordinados, e
não como uma equipe.

Essa visão não ajuda no engajamento dos profissionais, já que eles se sentem desmotivados a expressar suas
opiniões e suas dúvidas. Isso, é claro, tem efeito direto na motivação para o trabalho, visto que eles fazem
suas funções apenas por obrigação, e não porque se sentem parte da empresa e dos seus resultados.

Líder
As características do líder de alta performance fazem com que ele esteja atento a equipe e aos seus pontos
fortes e fracos. Nesse caso, esse profissional cria estratégias visando utilizar os talentos da equipe em
diferentes papéis, conforme seus conhecimentos técnicos e habilidades comportamentais (as soft e hard
skills).

Além disso, ele identifica os pontos mais fracos e propõe soluções para o seu desenvolvimento. Um bom
líder sabe ouvir sua equipe, oferece feedbacks construtivos e reconhece quando erra – atitudes que geram
o engajamento e a motivação para a rotina escolar.

4. Tipos de Liderança

Conheça quais são os tipos de liderança

Após entender o papel do líder na escola e as diferenças da função de chefe, está na hora de conhecer os
tipos de liderança. Esse conhecimento é essencial para aplicar estratégias para o desenvolvimento desses
profissionais, segundo a classificação.

Liderança autocrática 👨🏻‍✍🏽

É um dos tipos mais tradicionais de liderança, haja vista que as decisões são centralizadas no líder. Além
disso, a equipe está sujeita a regras definidas. Ela pode ser considerada um pouco antiquada, justamente por
não dar abertura para que os profissionais se posicionem diante dos processos da instituição.

Liderança democrática ✅❌

Como o próprio nome diz, essa liderança está mais aberta a participação, sugestões e contribuições do time.
É o modelo mais utilizado nas instituições hoje em dia, justamente por ser um modelo para a gestão de
pessoas. Esse tipo está sempre em busca de estratégias e de ações para motivar, para engajar e para
desenvolver seus liderados.

Liderança liberal 🔛🔝

Nesse tipo, o líder conta com a capacidade de autogestão do time, o que não quer dizer que ele é ausente,
mas sim que atua como um direcionador. Esse modelo é mais indicado para equipes com profissionais
experientes, os quais possuem uma maior facilidade em trabalhar com níveis altos de autonomia e de
responsabilidade.

Liderança técnica 👥📈

Também chamada liderança operacional, caracteriza-se por motivar as equipes pelo exemplo,
compartilhando conhecimentos e técnicas já utilizados. Desse modo, busca-se a inspiração das equipes,
exigindo que o líder esteja em constante atualização.

Liderança situacional 🤓💢

Trabalha com a variação dos tipos de liderança conforme os obstáculos enfrentados. O conceito, definido no
final da década de 1960, defende que um líder por excelência conduz os times com capacidade técnica,
habilidade e inteligência emocional. Isso ocorre mesmo diante das adversidades e considerando o momento
atual da empresa.

Liderança coaching 🎯

O foco desse tipo de liderança está na motivação e no desenvolvimento dos times, usando a mesma ideia dos
processos de coaching tradicionais. O líder incentiva os colaboradores a alcançarem um objetivo com um
grupo forte conduzido por estratégias.

5. Reunião 1 para 1: como fazer e por quê?

Com as demandas do dia a dia, muitos gestores negligenciam uma importante ferramenta de gestão de
pessoas: as reuniões 1 para 1 (one-on-one), reunião periódica entre gestor e seu liderado.

No livro O lado difícil das situações difíceis (The Hard Thing About Hard Things), o autor traz exemplos
que mostram o quão importante são as reuniões 1 para 1, acreditando serem um fator crucial na construção
de culturas organizacionais sólidas.

O autor desse livro acredita que certas informações só são transmitidas em um ambiente seguro e privado
entre gestor e seu liderado. E quando as informações, principalmente problemas e riscos, sobem livremente,
há a chance de ser proativo na resposta a esses problemas.

As reuniões 1 para 1 não são benéficas apenas para as escolas e diretorias regionais, são sobretudo
produtivas para o membro da equipe. As reuniões 1 para 1 têm um impacto enorme na vida de um
colaborador. Em primeiro lugar, a expressiva maioria dos colaboradores se sente pouco ouvida. Sente ainda
que recebe pouco direcionamento e pouco feedback.

Para que cada pessoa de sua equipe esteja engajada, é imprescindível que:

Para que esse


processo seja eficaz é preciso ter constância, ter um cronograma que garanta a periodicidade necessária.
Gestor e liderado devem ter esse momento na agenda como “sagrado”, apenas cancelado se algo muito
importante acontecer. Mesmo assim, se for necessário cancelar uma 1 para 1, é importante que a nova
data/hora seja marcada imediatamente, no ato do cancelamento.

Essas conversas precisam ser estruturadas, para que o colaborador possa dizer o que o incomoda, qual sua
dificuldade de modo que você possa orientá-lo com combinados para a melhoria.

Por exemplo: um professor pode relatar uma grande dificuldade de conter uma turma considerada de
comportamento difícil, relata não conseguir lidar com alunos inquietos. O papel do Diretor nessa conversa é
apoiá-lo oferecendo apoio presencial em sala de aula, preparação de uma aula juntos para estar adequada ao
perfil dos alunos, etc.

“Ao conduzir reuniões frequentes com seu liderado, o gestor é capaz de entender que dificuldades ele
pode estar enfrentando, definir um plano de ação para ajudá-lo e potencializar seus resultados com a
transferência de experiência.”

Portanto, resumindo, as vantagens das reuniões 1 para 1 são:

 Melhor fluxo de informações na escola;


 Melhor engajamento da equipe por meio de feedback;
 Direcionamento e desenvolvimento de carreira;
 Mais confiança na relação entre gestor e liderado.

📝Dicas de como ajudar seu liderado a se abrir:


📌Especialistas na metodologia 1:1 afirmam que, para que o funcionário sinta liberdade de expor opiniões
sem o receio de ser mal interpretado, o gestor pode adotar duas estratégias.

📌Jamais deve ser quebrado o ciclo de confiança com o funcionário. Caso ele se sinta sabotado ao se abrir, a
troca de informações estará comprometida e prejudicará o andamento de quaisquer futuras reuniões. Assim,
deve ser adotada uma postura que não imponha julgamentos.

📌Outra alternativa para deixar o funcionário à vontade está atrelada à liderança se utilizar como exemplo
com uma demonstração de vulnerabilidade. Ao expor suas pretensões profissionais ou falar dos próprios
defeitos, o gestor cria uma sensação de confiança e abre um espaço de conforto para a exposição de
preocupações, ansiedades e críticas.

Para uma 1:1 de sucesso, segue alguns direcionamentos para estruturação:

1. Planejamento e duração: o planejamento da 1 para 1 assim como de qualquer outra reunião é de suma
importância para o sucesso desse momento. Defina a pauta com antecedência. O tempo de duração vai
do bom senso, considerando pauta, período do calendário, etc.

2. O líder precisa ouvir o liderado: o gestor não deve perder o foco em ouvir o funcionário.

3. Reuniões exclusivas: como o nome já sugere, a reunião deverá ser apenas com um funcionário por
vez, o líder e seu liderado.

4. Pauta prévia da reunião: é importante que seja mantida a flexibilidade para liderado e gestor sugerirem
assuntos a serem abordados.

5. Anotação dos principais pontos: no decorrer da reunião, gestor e liderado devem anotar os principais
pontos da conversa, para a produção de um acompanhamento e estabelecer metas a serem cumpridas para
a próxima 1 para 1. Essas tarefas devem ser estabelecidas tanto para o gestor quanto para o funcionário.

Modelo de agenda para Reunião 1 para 1


Gestor, para te auxiliar neste início preparamos um Guia com perguntas que poderão ser utilizadas em sua
reunião 1 para 1 além de templates para preenchimento durante as conversas e uma tabela de combinados e
realizações para acompanhar a evolução. Você poderá customizá-la conforme a realidade da sua equipe.

Sugerimos que você baixe e a salve em seu Drive, assim ficará mais fácil para acompanhar a evolução sem
perder nenhum dado.

Modelo de agenda para reuniões 1 para 1.xlsx

Modelo de agenda para reuniões


1. Mas afinal o que é o Apoio Presencial em Sala de Aula?

O Apoio Presencial em Sala de Aula é uma metodologia de formação em serviço que possibilita ao
professor e ao Coordenador de Gestão Pedagógica refletirem sobre o processo de ensino a partir de questões
propositivas. Pode ser lido, como uma prática construída a partir de combinados entre a equipe
pedagógica e o corpo docente e, principalmente, é uma ação formativa que envolve três momentos: antes,
durante e depois.

Enquanto estratégia metodológica, o Apoio Presencial em Sala de Aula contribui para o desenvolvimento
profissional, uma vez que permite ao gestor a reflexão em parceria com o professor sobre o trabalho
desenvolvido em sala de aula, reconhecendo pontos que contribuem para a aprendizagem dos estudantes,
bem como aqueles que precisam ser ajustados para que o ensino se torne cada vez mais eficiente
(CARNEIRO, 2016; MACEDO; ANDRADE, 2020).

Desse modo, o Apoio Presencial em Sala de Aula, opera como uma ferramenta importante para o
aprimoramento das habilidades docentes, a partir de situações de ensino como seleção e disposição do
conteúdo, recursos e estratégias utilizadas em aula, formas de comunicação com os estudantes, gestão do
tempo de modo a proporcionar para os estudantes maior período para realização das atividades, manutenção
do clima escolar, para citar alguns.

2. Quem faz o Apoio Presencial em Sala de Aula e por que o faz?

O apoio presencial em aula é feito pela EQUIPE GESTORA - Diretor de Escola/Escolar e Coordenador de
Gestão Pedagógica

O Diretor de Escola/Escolar acompanha a aula como forma de se aproximar do professor, de perceber


quais são suas potencialidades e quais são suas fragilidades, como o clima escolar tem interferido na
aprendizagem dos estudantes e como estes interagem com o professor, com o conhecimento e com os
colegas. O tipo de apoio dado por ele é informal para que possa alinhar com o Coordenador de Gestão
Pedagógica as necessidades pedagógicas decorrentes de seu acompanhamento.
O Coordenador de Gestão Pedagógica realiza o acompanhamento da sala de aula de modo a
pensar coletivamente, com os docentes, alternativas de trabalho que resultem em avanços na aprendizagem
dos estudantes. O olhar do Coordenador de Gestão Pedagógica em face do apoio de sala de aula deve ser
pautado na relação de parceria com os docentes, não devendo ocorrer sem um momento de
acompanhamento para que juntos possam combinar o que será observado na aula, bem como o tempo
necessário para que essa observação aconteça.

Cabe ressaltar que o apoio presencial em sala, realizado pelo Coordenador de Gestão Pedagógica, não
exime a necessidade do apoio por parte do diretor, uma vez que, como uma liderança pedagógica no
contexto escolar, este profissional precisa saber como acontecem as práticas de ensino em sala de aula para,
a partir disso, desenvolver ações que permitam avanços no trabalho desenvolvido pelos docentes.

3. Etapas do Apoio Presencial em sala de aula

O cumprimentos das etapas do apoio presencial em sala de aula é importante para que a ação formativa não
seja compreendida como um trabalho de fiscalização, diminuindo assim a sensação de insegurança docente
com o medo de ser punido por eventuais dificuldades manifestadas na condução das aulas.

As etapas do apoio presencial em sala de aula, de acordo com a literatura, se estrutura em três momentos
(REIS, 2011; LORENZONI, 2020): Antes, Durante e Depois.

O antes constitui-se na preparação para a realização do apoio presencial em sala de aula, ou seja, é preciso
começar pelo acolhimento e pelo objetivo, delimitando o que espera do professor e onde pretende chegar.
Ter um objetivo claro vai facilitar dois processos: primeiro, vai direcionar seu olhar na elaboração de um
roteiro ou instrumento de observação e, em segundo, vai permitir que você explique com objetividade ao
professor o porquê de sua iniciativa em observar suas aulas ( Lorenzoni, 2019). É preciso combinar antes,
apoiar as ações do seu professor e elogiar as boas práticas.
O durante é a entrada na sala de aula, a observação dos encaminhamentos do professor conforme acordado
anteriormente, preenchendo o instrumento a partir dos critérios e da frente de observação já definida. É
importante que o tempo dedicado a esse apoio seja de qualidade, de preferência que o apoio dure todo o
tempo da aula assistida.

O depois é a devolutiva feita ao professor durante o próximo acompanhamento de ATPC (aulas de trabalho
pedagógico coletivo). Esse talvez seja o momento mais desafiador, pois é quando ocorrerá a interação entre
professor e Coordenador de Gestão Pedagógica a respeito da aula apoiada, sendo imprescindível a escuta
ativa, os questionamentos propositivos, a construção do feedback formativo. Para organizar seu feedback,
destaque 3 pontos:

1º O que foi superlegal.

2º As oportunidades de melhoria.

3º Os combinados.

3. Etapas do Apoio Presencial em sala de aula

3.1. Foco: o que observar?

A seleção do foco do apoio presencial em sala de aula e a definição dos critérios que serão acompanhados
em conjunto com o professor oportunizarão o sucesso da aula. O apoio presencial deve estar interligado
preferencialmente com algo já mencionado pelo professor, a fim de que a aprendizagem tenha significado,
ou seja, que esta ação traga possibilidades de novos olhares para o docente.

Veja algumas frentes de observação, falaremos um pouco mais sobre cada uma delas.

3. Etapas do Apoio Presencial em sala de aula

3.2. Organização de sala de aula


O espaço físico da sala de aula precisa ser organizado para atender ao propósito da aula, a metodologia de
ensino pensada deve priorizar atividades de práticas, de mão na massa, bem como formas de comunicação
entre estudantes e docentes. Conforme a organização da sala de aula, o ambiente de aprendizagem se torna,
ou não, favorável para a dinâmica de trabalho e para que as aprendizagens pretendidas se efetivem.
3. Etapas do Apoio Presencial em sala de aula

3.3. Gestão de sala de aula

Está relacionada a todas as ações planejadas e colocadas em prática pelos docentes e que busquem estimular
o aprendizado dos estudantes, trabalhando competências significativas como as socioemocionais, as práticas
e as cognitivas. A gestão deve ocorrer diariamente e o professor precisa estar atento ao desenvolvimento e à
interação dos alunos, voltado para observar suas dificuldades, facilidades, habilidades, e identificar os
principais pontos de atenção e possíveis problemas, trabalhar com eles e buscar a solução e
encaminhamentos.

3. Etapas do Apoio Presencial em sala de aula

3.4. Estratégia de ensino

Refere-se ao percurso planejado e desenvolvido pelo professor na aula, contemplando: momentos,


ferramentas, formas de apresentação do conteúdo e de avaliação, com a finalidade de estabelecer um
percurso intencional para aprendizagem.

3. Etapas do Apoio Presencial em sala de aula

3.5. Formas de comunicação

Condiz com a maneira como o docente se comunica, envolvendo aspectos de tom de voz, a velocidade da
fala, ritmo, linguagem corporal e recursos audiovisuais mobilizados. É preciso ter a habilidade de se
conectar com as outras pessoas, promovendo identificação, confiança e empatia. Comunicar-se é entender e
se fazer entender. É interpretar corretamente o que a outra pessoa diz e compreender seu sentido,
transmitindo as informações necessárias para que o outro também entenda o que se pretende comunicar,
minimizando os ruídos e estabelecendo diálogos eficientes.

3. Etapas do Apoio Presencial em sala de aula

3.6. Relação entre os alunos


A relação estabelecida entre professores e alunos, alunos e alunos se constitui no elemento fundamental do
processo de ensino e aprendizagem. É a partir do contato harmonioso entre professor e aluno que se constrói
um vínculo importante para superar as dificuldades, sanar as dúvidas e aprofundar o conhecimento,
favorecendo um bom clima escolar.

3. Etapas do Apoio Presencial em sala de aula

3.7. Atividades educativas

Compreende o conjunto de atividades trabalhadas pelo professor. Envolve atividades dentro e fora de sala de
aula, individual ou coletiva, realizadas sob a orientação do professor.

4. Dicas para um apoio presencial eficaz


Gestor, é importante destacar que, mais do que o conhecimento sobre as frentes de observação, o grande
desafio é selecionar aquelas que são mais pertinentes às situações pedagógicas vivenciadas no momento e de
acordo com a realidade da sua escola e que culmine com a melhoria do processo de aprendizagem, a
frequência e a aprovação dos estudantes.

A observação de aulas em parceria permite ao professor observado encontrar apoio para responder a
questões precisas sobre a sua prática.

(CARNEIRO, 2016)

Veja as dicas para o planejamento e a efetivação da observação de sala de aula


5. Feedback formativo e sua importância
O feedback formativo como uma etapa do Apoio Presencial em sala de aula é fundamental para que os
docentes possam ter um momento de análise e reflexão não apenas sobre desafios da prática pedagógica,
mas também sobre o desenvolvimento de ações a serem empregadas no trabalho de sala de aula que
permitam a superação delas.

O desenvolvimento de um feedback formativo consiste em toda informação que permite ao docente


identificar o que falta fazer e como fazer para alcançar o esperado. Para tanto, o direcionamento da fala a
respeito dos pontos de avanço, bem como daqueles que precisam ser retomados, deve ser pensado, a fim de
que o professor não se sinta desmotivado ou mesmo incapaz de atingir o objetivo esperado para as aulas.

Para a construção de um bom feedback é essencial que durante o Apoio Presencial o gestor registre as
evidências recolhidas com fidedignidade. Assim, o feedback ocorre não a partir de suposições, mas sim a
partir de fatos concretos.

Vale ressaltar que com o feedback é possível apontar com mais facilidade os pontos fortes e os que
necessitam de melhorias.

A eficácia de uma frequência de devolutivas é acompanhar o desenvolvimento pedagógico e seu impacto


nos resultados dos estudantes. Dessa forma, os professores podem aprimorar suas práticas pedagógicas.
Afinal, o feedback tem como objetivo principal a reflexão junto ao professor sobre o que foi observado, seus
motivos e estratégias para superação dos pontos de atenção identificados, com a finalidade de ofertar aos
estudantes aulas mais atrativas e contextualizadas aos objetivos de aprendizagens previstos para cada etapa
de ensino.
Aprendizagem Ativa

1. Conceitos Importantes

“Na aprendizagem ativa, entende-se que o aluno não deve ser meramente um ‘recebedor’ de
informações, mas deve se engajar de maneira ativa na aquisição do conhecimento, focando seus
objetivos e indo atrás do conhecimento de maneira proativa.”

(PONTILI, 2021).

Aprendizagem Ativa

O termo "aprendizagem ativa" compila um agrupamento de práticas pedagógicas que caminham na


contramão do popularmente conhecido “ensino tradicional”, no qual, tradicionalmente, o professor ocupa
uma posição centralizadora na aprendizagem por ser a ferramenta exclusiva de acesso dos estudantes ao
conhecimento ou ao desenvolvimento de habilidades. Assim, a aprendizagem ativa se refere às abordagens
pedagógicas que colocam o professor na função de mediador do conhecimento, no sentido de continuar
sendo essencial para o aprendizado do estudante, mas agora, como um meio e não um fim. A prática do
docente como mediador ocorre quando ele oferece aos estudantes situações de aprendizagem nas quais eles
podem atuar como protagonistas, apresentando soluções para situações-problemas, resolvendo problemas
concretos vinculados ao seu contexto, realizando experimentações, dramatizações, debates, etc.
Pesquisas apontam que abordagens de educação focadas na aprendizagem indicam que os estudantes
aprendem mais quando participam do processo, sendo as metodologias que propiciam a aprendizagem ativa
um caminho para isso, uma vez que incentivam o cérebro a ativar redes cognitivas e sensoriais, processando
e armazenando com mais eficiência o conhecimento. Cabe lembrar a desvantagem da aula expositiva: duas
semanas após uma aula tradicional, os estudantes tendem a lembrar menos de 30% do que foi exposto pelo
professor. Aí reside o grande trunfo, ao engajar o estudante com os objetos de estudo, há uma maior fixação
do conhecimento.

Fonte: https://desafiosdaeducacao.grupoa.com.br/metodologias-ativas/
“A aprendizagem ativa aumenta a nossa flexibilidade cognitiva, que é a capacidade de alternar e
realizar diferentes tarefas, operações mentais ou objetivos e de adaptar-nos a situações inesperadas,
superando modelos mentais rígidos e automatismos pouco eficientes.”

(BACICH; MORAN, 2018)

2. Aprendizagem Significativa

"A aprendizagem significativa consiste na interação não arbitrária e não literal de novos
conhecimentos com conhecimentos prévios existentes na estrutura cognitiva de cada estudante."

(AUSUBEL; NOVAK E HANESIAN, 1980)

A aprendizagem significativa é aquela em que ideias expressas simbolicamente interagem de maneira


substantiva e não arbitrária com aquilo que o aprendiz já sabe. Substantiva quer dizer não literal, não ao
pé da letra, e não arbitrária significa que a interação não é com qualquer ideia prévia, mas sim com algum
conhecimento especificamente relevante já existente na estrutura cognitiva do sujeito que aprende
(MOREIRA, 2011).

Para que os estudantes possam construir aprendizagens significativas, é importante que o trabalho educativo
esteja organizado tendo como ponto de partida a realidade na qual estão inseridos, oportunizando a eles, a
partir do que conhecem, ampliarem o seu repertório de aprendizagens. Nesse sentido, a avaliação
diagnóstica é essencial para que os docentes tenham um ponto de partida para agir.

Outro aspecto relevante da aprendizagem significativa é o que se refere à natureza do material a ser
aprendido. Para que os materiais ou as informações adquiram um significado, é importante que a seleção do
conteúdo e das estratégias de ensino utilizadas durante a aula tenha como ponto de partida os conhecimentos
prévios dos aprendizes, o que favorece a construção de relações e de ideias correspondentes. Por exemplo,
dados como os de temperatura média mensal de cidades como São Paulo podem ser relacionados ao
conceito de clima, que, por sua vez, pode ser conectado ao desmatamento de florestas, ao aquecimento
global etc.

Por ser a aprendizagem significativa resultado da interação do estudante com o objeto a ser aprendido,
pensar ações em sala de aula que permitam maior momentos de mão na massa torna-se relevante para que a
realização das atividades resultem no desenvolvimento dos objetivos de aprendizagem.

Agora, vamos assistir ao seguinte vídeo para compreender um pouco mais os benefícios da aprendizagem
ativa para a aprendizagem significativa:

3. Gestão Pedagógica e Aprendizagem Ativa

Gestores, agora que já conhecemos os benefícios gerados pela promoção de uma aprendizagem ativa e
significativa, cabe destacar qual é o seu papel a partir da temática e das ferramentas ofertadas, para apoiar
seus professores no desenvolvimento de aulas mais atraentes aos nossos estudantes.

Os gestores escolares, por representarem a liderança pedagógica dos processos de ensino e aprendizagem,
são os principais responsáveis pela promoção da cultura educacional da instituição em que atuam (LÜCK,
2009).

Devido à influência que exercem sobre os profissionais que trabalham na escola e por terem a visão
sistêmica dos processos, os gestores escolares podem integrar as ações pedagógicas no intuito de promover
uma cultura educacional que escape aos paradigmas tradicionais e busquem formas mais aprimoradas de
promover o ensino, como a aprendizagem ativa e a aprendizagem significativa. Portanto, o gestor que preze
por desenvolver esses ambientes de aprendizagem deve primeiro questionar-se no intuito de refletir sobre
quais ações têm realizado para criar tal cultura educacional em suas escolas.

Como você, Gestor, pode apoiar seus professores no desenvolvimento de aulas que explorem a
Aprendizagem Ativa?
Cabe ressaltar que os gestores também podem se utilizar da aprendizagem ativa nas demandas do trabalho
pedagógico e administrativo realizado no cotidiano escolar, como em reuniões com pais e responsáveis, pré-
conselho, conselho e pós-conselho de classe, etc.

4. Estudo Complementar

CURSO COMPLETO DE PEDAGOGIA. Teoria da Aprendizagem Significativa de David Ausubel (1918-


2008), 21 abr. 2021. Disponível em: https://cursocompletodepedagogia.com/teoria-da-aprendizagem-
significativa-de-david-ausubel-1918-2008/. Acesso em: 17 jan. 2023.

LARP: Criando um simulador na sala de aula para resolução de problemas. REGINA, Patricia. LARP:
Criando um simulador na sala de aula para resolução de problemas. GEG Brasil - Blog, 3 jan. 2019.
Disponível em: http://comunidadegegbrasil.blogspot.com/2019/01/larp-criando-um-simulador-na-sala-
de.html. Acesso em: 17 jan. 2023.

MORAES, Ronny M. de. A teoria da aprendizagem significativa - tas. Construir Notícias, ed. 34. Disponível
em: https://www.construirnoticias.com.br/a-teoria-da-aprendizagem-significativa-tas/. Acesso em: 17 jan.
2023.

PARANÁ. Secretaria da Educação. O professor PDE e os desafios da escola pública paranaense, v. 1, 2010.
Disponível em: www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/
2010/2010_unicentro_geo_artigo_ana_maria_sampietro.pdf. Acesso em: 17 jan. 2023.

RICARDO GUDWIN'S Home Page. Aprendizagem Ativa. Disponível


em: https://faculty.dca.fee.unicamp.br/gudwin/activelearning. Acesso em: 17 jan. 2023.
Frequência escolar

1. Introdução

Um dos maiores desafios de nossas escolas é fazer com que todos os nossos estudantes nela permaneçam e
consigam concluir os níveis de ensino em idade adequada, e que jovens e adultos também tenham os seus direitos
educativos atendidos.

A verificação da frequência é uma tratativa recorrente e intrínseca ao trabalho do Gestor. LEMBRE


SEMPRE: ESTUDANTE FORA DA ESCOLA, NÃO PODE!!! Assim você precisa planejar as
estratégias que viabilizem a ação de frequência escolar com sucesso!

A Secretaria de Educação vai fornecer a frequência diária de todos os alunos para facilitar o gerenciamento e
as ações devidas para pronta ação e resolução.

Todos os profissionais da sua equipe devem realmente se importar com a falta do estudante, acolhê-lo,
demonstrar preocupação com seu bem-estar, com suas aprendizagens, investigando os motivos das suas
faltas. Verificar se esse estudante não vem sofrendo alguma forma de violência na escola ou fora dela. Deve-
se, ainda, organizar a retomada dos objetivos de aprendizagem e reposição dos conteúdos, orientar o estudo
dirigido, quando necessário.

As diferenças encontradas nos resultados positivos dos alunos, que poderiam se relacionar ao trabalho
da gestão da escola, geralmente estão vinculadas ao cumprimento de tarefas como apoio pedagógico
aos professores e acompanhamento da frequência dos estudantes, conciliando a manutenção de um
ambiente propício para a aprendizagem e um trabalho coletivo de visão e metas compartilhadas entre
a equipe.
(OLIVEIRA; WALDHELM, 2016).

Gestor, possibilite à sua equipe refletir sobre todo o trabalho/ações voltadas a frequência, busca ativa e
permanência escolar.

Jardim florido atrai borboletas. Deixe sua escola interessante, com aulas estimulantes, professores
motivados, ambiente escolar positivo, e seus alunos não vão querer perder aula!

1. Introdução

1.1. Foque sua atenção


Uma situação que merece sua atenção, Gestor/a, são os estudantes que têm um bom rendimento quando
estão presentes, mas que apresentam frequência inconstante. É fundamental pensar estratégias para o
atendimento desses alunos. Questionamentos propositivos ao coletivo são de fundamental importância para
desenvolver as ações e as reflexões necessárias diante dessa questão.

Estudantes nessa condição acendem um alerta — é necessário voltar o olhar aos professores e as
componentes curriculares nos quais ocorrem muitos desses casos. Esses professores precisam ser
acompanhados e orientados em relação às possibilidades e o repensar das ações desenvolvidas.

Outra situação ponto de atenção relaciona-se aos professores que poderão desmotivar o estudante,
“fomentar” a infrequência, mesmo que de modo inconsciente, devido à maneira como conduzem as aulas,
sendo elas pouco atrativas ou mesmo monótonas.

2. Fatores que influenciam na frequência escolar

De modo específico, há dois conjuntos de fatores que influenciam na infrequência escolar e que cabem ao
gestor um olhar mais apurado, a fim de desenvolver ações voltadas ao resgate e à permanência dos
estudantes na escola. São eles fatores endógenos e exógenos.

Pode ser verificado no quadro a seguir os fatores endógenos — aqueles que ocorrem dentro da escola — e
os fatores exógenos, oriundos de situações além do ambiente interno escolar.

Há dados que comprovam que os fatores endógenos são os responsáveis pela maioria esmagadora da
infrequência escolar. Portanto, cuidar do que está exclusivamente em nossas mãos é fundamental para
garantir a frequência de nossos alunos.
3. Sugestões de técnicas de gestão de sala de aula com foco na frequência escolar

O conhecimento por parte do gestor de técnicas de gestão de sala de aula é um caminho importante para
auxiliar os docentes a desenvolverem aulas mais atrativas aos estudantes, o que tende a contribuir para o
aumento da frequência e da aprendizagem nas aulas. Explore as técnicas de gestão de sala de aula
apresentadas por Lemov (2020) que podem auxiliar no desenvolvimento da frequência; elas podem ser
consultadas no Cardápio de Técnicas.

 Técnica Todo Mundo Escreve (técnica 37)

Esta técnica tem por objetivo engajar os alunos em uma tarefa, dando a eles a chance de refletir sobre
determinado tema, bem como realizar registros do que foi solicitado antes da discussão.

Para a implementação dessa técnica o professor pode seguir os seguintes passos:

 Apresentação de questionamentos a serem respondidos por escrito.


 Registros por escrito de ações a serem desenvolvidas durante as práticas de mão na massa individual
e/ou coletiva.

 Técnica Virem e Conversem (técnica 43)

Esta técnica estimula a formulação dos pensamentos ao incluir discussões curtas e contidas em duplas. O
ideal é que todos os estudantes participem ativamente da conversa, desenvolvam suas ideias, ouçam com
cuidado as do colega e, a partir dessa troca, ressurjam com ideias mais bem formadas. Para essa técnica o
professor precisa: garantir a eficiência e a responsabilidade dos alunos.

Para a implementação dessa técnica o professor pode seguir esses passos:


 Estabeleça as duplas: Quem vai discutir com quem deve ser predeterminado para que as duplas
estejam certas e as conversas possam começar.
 A deixa para começar: Use frases e comandos claros para que os alunos iniciem as discussões: por
exemplo, “Comecem!”.
 A deixa para terminar: Uma boa maneira para terminar costuma incluir uma contagem curta durante
a qual os alunos podem “amarrar as ideias”.

 Técnica Questionamento Dirigido (técnica 2)

Esta técnica consiste na utilização de questionamento dirigido no qual são exploradas perguntas com
possibilidades de respostas abertas, escolhidas cuidadosamente e direcionadas de forma estratégica aos
estudantes.

Para a implementação desta técnica o professor pode seguir estes passos:

 Planejamento das perguntas com antecedência


 Amostragem estratégica
 Associação à técnica de surpresa
 Rastreio dos dados

 Técnica Mostre-me (técnica 5)

O objetivo é que os alunos que se encontram passivos mostrem ativamente evidências do seu nível de
entendimento do conteúdo trabalhado a partir de duas situações específicas:

 Sinais com as mãos

Exemplo

Professora Neide: O período composto por orações independentes que expressam uma ideia completa é
chamado de período composto por coordenação?

Alunos: Os estudantes que concordam com a afirmação farão o sinal de positivo, os que discordam, o sinal
negativo.

Professora Neide: Em sua opinião, haveria necessidade de repetir o sujeito na segunda oração? Por quê?

Alunos: Novamente os estudantes que concordam com a afirmação farão o sinal de positivo, os que
discordam, o sinal negativo. Em seguida, a professora solicitará que justifiquem suas respostas, fazendo
complementos ou ajustes na fala dos estudantes.

 Utilização de ferramentas digitais ou analógicas

Exemplo
Professora Valéria: O grupo deverá escrever em uma única folha um recurso natural e renovável de modo
que todos possam visualizar.

Professora Valéria: Ao meu comando, levantem a folha para que todos possam visualizar o registro de cada
grupo.

Professora Valéria: Agora, escrevam três palavras que retratem a importância de ações que permitam
enfrentar a crise hídrica.

Professora Valéria: Ao meu comando, levantem a folha para que todos possam visualizar o registro de cada
grupo.

Conforme as respostas dos estudantes a professora faz a retomada ou avança para a próxima etapa da aula.

Avaliação externa

1. Conceito

As avaliações externas são aquelas realizadas por um agente externo à escola e geralmente aplicadas em
uma larga escala, visando a mensuração de dados estatísticos sobre a aprendizagem de um grupo
considerável de instituições e sujeitos. São ferramentas que fornecem elementos para a formulação e o
monitoramento de políticas públicas voltadas à educação, bem como permitem o redirecionamento de
práticas pedagógicas junto a estudantes, professores e gestores escolares.

As avaliações externas embasam o diagnóstico e o monitoramento do sistema educacional brasileiro, bem


como fundamentam o trabalho dos profissionais que atuam nas instituições de ensino, tornando-se mais uma
ferramenta para o acompanhamento e a melhoria dos processos ensino e aprendizagem, uma vez que são
aplicadas de modo a mensurar o conhecimento dos alunos, estabelecendo comparação entre o desempenho
esperado e o apresentado, e por isso as avaliações externas são também denominadas AVALIAÇÕES DE
DESEMPENHO ou AVALIAÇÕES SISTÊMICAS DE LARGA ESCALA.

2. Avaliações externas aplicadas à rede pública de São Paulo

Vamos falar sobre as avaliações externas aplicadas a nossa rede, entender a importância de acompanharmos
essas avaliações e quais ações são importantes para alcançarmos os índices esperados através da
aprendizagem dos alunos.

Composição das Avaliações Externas

Gestor, no intuito de compreender os resultados das avaliações externas para melhor se preparar e utilizar os
dados fornecidos por elas, neste momento vamos conhecer algumas características básicas da composição de
tais avaliações.

Clique nos points em vermelho para conhecer cada uma das composições. Importante que você clique em
todos os points.
2. Avaliações externas aplicadas à rede pública de São Paulo

2.1. SARESP

O SARESP é uma referência para a avaliação de desempenho dos estudantes no tocante ao


acompanhamento de uma das principais diretrizes do Plano Estadual de Educação de São Paulo: a melhoria
da qualidade da educação.
O Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo – SARESP é um processo de
avaliação de larga escala, que completou em 2022 a sua 24ª edição. Além de permitir a verificação do
desenvolvimento das habilidades e das competências cognitivas propostas para cada etapa de ensino e
aprendizagem escolar, o SARESP é importante mecanismo de apoio à tomada de decisão na gestão da
Educação Básica paulista, em especial no que se refere à definição de programas de formação continuada, ao
planejamento escolar e ao estabelecimento de metas para o projeto de cada escola.

De outra parte, ao disponibilizar os resultados de cada escola pública estadual à população em geral, o
SARESP integra-se ao processo de comunicação da escola com a sociedade, abrindo a perspectiva para a
discussão, a reflexão e o engajamento na vida escolar e no projeto educacional na busca de melhoria
significativa da educação de um povo.

Trata-se de uma avaliação estadual realizada anualmente, que conta com a participação de todas as escolas
da rede estadual, envolvendo mais de 1 milhão de estudantes dos 2º, 3º, 5º, 9º anos do Ensino Fundamental e
da 3ª série do Ensino Médio em 2022 ( Resolução SEDUC nº 81 de 19/10/2022) . Além disso, a SEDUC
oferece a participação custeada pelo estado para redes municipais com adesão ao Currículo Paulista
(Resolução SEDUC Nº77/22, de 05/10/2022), favorecendo aproximadamente 250 mil estudantes dessas
redes. É prevista, ainda, a adesão de demais escolas e redes que tiverem interesse em participar, arcando
com os custos da aplicação.

Os resultados do SARESP integram o Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo


– IDESP, que constitui para cada unidade escolar importante indicador da qualidade do ensino oferecido e
referência para o monitoramento das metas em qualidade educacional.

Características:

● Abrangência: Estudantes dos 2º, 5º, 9º anos do EF e da 3ª série do EM, em aplicação censitária, e 3º ano do EF em
amostra

● Provas cognitivas: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências da Natureza, Língua Inglesa (aplicação piloto
amostral)

● Questionários de contexto e perfil socioeconômico (estudantes e pais/responsáveis)

● Aplicação impressa e amostra digital

Conheça mais o SARESP em https://saresp.vunesp.com.br/referencias_finalidades.html Acesso em: 8 jan. 2023.

2. Avaliações externas aplicadas à rede pública de São Paulo

2.2. IDESP

O IDESP (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo) é um indicador de qualidade


das séries iniciais (1º ao 5º ano) e finais (6º ao 9º ano) do Ensino Fund amental e do Ensino Médio. Na
avaliação de qualidade das escolas feita pelo IDESP consideram-se dois critérios complementares: o
desempenho dos alunos nos exames do SARESP e o fluxo escolar.

O IDESP tem o papel de dialogar com a escola, fornecendo um diagnóstico de sua qualidade, apontando os
pontos em que precisa melhorar e sinalizando sua evolução ano a ano.

De acordo com a Resolução SE - 74/2008, as metas a serem alcançadas até 2030 são:

Anos inicias: 7

Anos finais: 6

Ensino Médio: 5

Fórmula de Cálculo

O IDESP é composto de duas dimensões: o desempenho dos estudantes na avaliação de proficiência do


SARESP (o quanto aprenderam) e o fluxo escolar (em quanto tempo aprenderam).

Esses dois critérios se complementam na avaliação da qualidade da escola.

O desempenho dos alunos é medido pelos resultados das provas de Língua Portuguesa (LP) e Matemática
(Mat) do SARESP, nos 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e na 3ª série do Ensino Médio.

De acordo com as notas obtidas pelos alunos, é possível agrupá-los em quatro níveis de proficiência.

Níveis de proficiência do SARESP:


Níveis de Proficiência do SARESP

A distribuição dos alunos em níveis de desempenho indica a defasagem da escola (def) em relação às
expectativas de aprendizagem de cada componente curricular, a partir da seguinte função:
Observe que na composição da fórmula performances abaixo do básico tem peso 3. Alunos com resultados
básicos têm peso 2, enquanto os alunos com resultados considerados adequados para aquele determinado
nível de ensino têm peso 1.

Como a fórmula pretende espelhar um indicador da defasem da escola, obviamente alunos considerados em
nível avançado em relação àquele nível de ensino tem peso zero, ou seja, na prática não entram no cálculo.

Indicador de Desempenho (ID)

A partir da defasagem, calcula-se o indicador de desempenho (ID) da escola, expresso na fórmula


idealmente igual a “1”. A diferença entre o desempenho máximo e a defasagem é o indicador que sintetiza o
resultado da escola nos exames do SARESP.

O ID é crescente com o bom desempenho da escola e varia numa escala entre zero (quando a defasagem da
escola é máxima, igual a três) e dez (quando a defasagem da escola é

Observe na fórmula que o indicador de defasagem é a média ponderada pelos diferentes pesos atribuídos aos
níveis de proficiência. Essa média é obtida pela divisão da defasagem calculada anteriormente pelo
denominador “3”, correspondente aos três níveis que compõem o cálculo.

Para o cálculo do IDESP, encontra-se o indicador de desempenho (ID) da escola em cada etapa da
escolarização, a partir da média simples entre o ID de Língua Portuguesa e o ID de Matemática:

Indicador de Fluxo (IF)

O fluxo escolar é medido pela taxa média de aprovação em cada etapa da escolarização (anos iniciais e anos
finais do EF e EM).

O Indicador de Fluxo Escolar (IF) é uma medida sintética da promoção dos alunos e varia entre zero e um:
Conheça mais e acompanhe os resultados em http://idesp.edunet.sp.gov.br/ Acesso em: 8 jan. 2023.

2. Avaliações externas aplicadas à rede pública de São Paulo

2.3. Prova Paulista


1. A Prova Paulista é a nova avaliação bimestral para os estudantes das escolas estaduais de SP. Com o uso da
tecnologia, os resultados da Prova Paulista, que acontece de forma 100% digital, por meio do aplicativo ou versão web
do Centro de Mídias de São Paulo (CMSP), são disponibilizados de forma rápida e mais clara no painel Prova
Paulista.

O painel é acessado através do site: escolatotal.educacao.sp.gov.br, login e senha são os mesmos


utilizados na SED.

TODOS da rede possuem acesso aos resultados do painel (escolas, DE e órgão central)

A Prova Paulista é parte da Sala do Futuro, pacote de ferramentas digitais da Secretaria da Educação
do Estado de SP para modernizar e tornar mais atrativa a educação paulista. Participam da Prova
Paulista estudantes do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental e de todo o Ensino Médio. A aplicação segue
um cronograma com dias específicos para cada ano/série.

2. Avaliações externas aplicadas à rede pública de São Paulo

2.4. SAEB - Sistema de Avaliação da Educação Básica

Avaliação nacional voltada para todos os estados brasileiros; é aplicada para os 5º, 9º anos do Ensino
Fundamental e 3ª série do Ensino Médio nas escolas da rede estadual de São Paulo.

Realizado desde 1990, o Saeb passou por várias estruturas até chegar ao formato atual. A partir de 2019, a
avaliação contempla também a Educação Infantil, ao lado do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.

O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) representa um conjunto de avaliações em larga escala,
realizadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira — Inep, que se
define como uma autarquia vinculada ao MEC (Ministério da Educação). O sistema tem o objetivo de
realizar um diagnóstico da educação básica brasileira e, também, de fatores que podem interferir no
desempenho dos estudantes. Por meio de testes e questionários, aplicados a cada dois anos na rede pública e
em uma amostra da rede privada, o Saeb reflete os níveis de aprendizagem demonstrados pelos estudantes
avaliados, explicando esses resultados a partir de uma série de informações contextuais.

O Saeb permite que as escolas e as redes municipais e estaduais de ensino avaliem a qualidade da educação
oferecida aos estudantes. O resultado da avaliação é um indicativo da qualidade do ensino brasileiro e
oferece subsídios para a elaboração, o monitoramento e o aprimoramento de políticas educacionais com base
em evidências.
São avaliados os componentes curriculares de Língua Portuguesa e Matemática. Os resultados de proficiência, com o
fluxo escolar, geram o indicador IDEB.

2. Avaliações externas aplicadas à rede pública de São Paulo

2.5. IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica


O Ideb funciona como um indicador nacional que possibilita o monitoramento da qualidade da Educação
pela população por meio de dados concretos, com o qual a sociedade pode se mobilizar em busca de
melhorias.

Ideb: As médias de desempenho dos estudantes, apuradas no Saeb, com as taxas de aprovação, reprovação e
abandono, apuradas no Censo Escolar, compõem o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

Foi criado em 2007 e reúne, em um só indicador, os resultados de dois conceitos igualmente importantes
para a qualidade da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações. O Ideb é calculado
a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de desempenho no
Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

O Ideb agrega ao enfoque pedagógico das avaliações em larga escala a possibilidade de resultados sintéticos,
facilmente assimiláveis, e que permitem traçar metas de qualidade educacional para os sistemas. O índice
varia de 0 a 10.

A combinação entre fluxo e aprendizagem tem o mérito de equilibrar as duas dimensões: se um sistema de
ensino retiver seus alunos para obter resultados de melhor qualidade no Saeb, o fator fluxo será alterado,
indicando a necessidade de melhoria do sistema. Se, ao contrário, o sistema apressar a aprovação do aluno
sem qualidade, o resultado das avaliações indicará igualmente a necessidade de melhoria do sistema.

Assim, o Ideb é um indicador da qualidade educacional que combina informações de desempenho em


exames padronizados (Saeb/Prova Brasil) com o Fluxo (Aprovação) nas instituições escolares

O Ideb é calculado a partir de dois componentes: a taxa de rendimento escolar (aprovação) e as médias de
desempenho nos exames aplicados pelo Inep.

SÉRIE HISTÓRICA – GRÁFICO RESUMO


Gestor/a, ao considerar os índices obtidos nas avaliações externas como os obtidos pelo Ideb podemos
mensurar o avanço nas ações voltadas à frequência dos estudantes, bem como o seu aproveitamento escolar.

Frequência e aprendizagem escolar representam dois elementos fundamentais para caracterizar o progresso
das instituições públicas, pois é preciso avançar e ganhar proficiência. Sendo, portanto, a função da escola
pública garantir a permanência com o êxito escolar – ou seja, que o aluno aprenda e avance no domínio das
habilidades e dos objetivos de aprendizagem.

2. Avaliações externas aplicadas à rede pública de São Paulo

2.6. PISA - Programa Internacional de Avaliação de Estudantes

Avaliação internacional realizada trienalmente para os países da OCDE, e o Brasil participa como
colaborador. Objetiva medir as competências dos jovens de 15 anos. No ano de 2022, o foco foi o domínio
de matemática e participaram da amostra 137 escolas do Estado de São Paulo.

Pisa para Escolas – SP: projeto contratado pela SEDUC, em parceria com a OCDE/Fundação Cesgranrio.
Possui a mesma metodologia da avaliação internacional. 1ª Etapa (2019) - 127 escolas; 2ª Etapa (2021) - 127
+ 46 novas escolas. Envolve os domínios de leitura, matemática e ciências; proposta de resolução de
problemas, com o uso da tecnologia digital. Em 2021: Aplicação dos Questionários Módulos de Crises
Globais (impacto da pandemia). Público envolvido: estudantes de 15 anos (na 1ª série do Ensino Médio).

Prezado(a) 22392126,

Assim como sua participação foi muito importante para a realização desse curso, sua
opinião também será fundamental para o aperfeiçoamento de futuras ações formativas.

Portanto, nas seções a seguir, selecione o seu grau de satisfação com alguns aspectos
do curso e, ao final, se necessário, apresente dúvidas e sugestões.

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Caso tiver dificuldades durante o preenchimento, entre em contato com nossa equipe
por meio do canal "Fale com a SEDUC" no site da EFAPE.

Agradecemos por sua participação.

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