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CIMENTOS DE IONÔMERO DE VIDRO

COMPOSIÇÃO
 Pó: a sua produção de dá através do processo de sinterização, que é a queima de
todos os elementos juntos que formam um bloco homogêneo que posteriormente
será moído para formar o pó
 Sílica: SiO²
Vidro
 Alumina: Al²O³
 Fluoreto de cálcio: CaF² (restaurações)
 Fluoreto de alumínio: AlF³
Liberação de flúor no material
 Fluoreto de sódio: NaF
 Fosfato de alumínio: Al²(PO4)³
 Líquido

 Água
 Acido poliacrílico
 Ácido maléico
 Ácido tartárico (aumenta o tempo de trabalho)
 Acido itacônico (reduz viscosidade do liquido)
FORMAS DE APRESENTAÇÃO

 Pó/liquido = cimentos anidros


 Cápsulas

INDICAÇÕES

 Agentes de cimentação
 Selantes de sulcos e fissuras
 Forradores e bases
 Restaurações
 Classe I conservadoras (tamanho V-L estreito)
 Classe II – tipo Túnel (com acesso oclusal sem comprometimento da
crista marginal)
 Classe V (não tem esforço mastigatório direto)
 ARTs (tratamento restaurador traumático)
 Não precisa estar em consultório odontológico
 Usa materiais manuais
 Tratamento definitivo
 Dentes decíduos (mais cômodo para a criança)
 Núcleos de preenchimento
CONTRA-INDICAÇÕES
 Restaurações classe IV com grande perda vestibular
 Restaurações submetidas a grandes esforços mastigatórios
 Classes I extensas e classes II com envolvimento da crista marginal

CLASSIFICAÇÃO (quanto a indicação)

 Tipo I: cimentação (precisa haver extravasamento)


 Brackets (ortodontia)
 Peça protética
 Granulação fina (20μm)
 Tipo II: restaurações
 Definitiva (classe IV)
 Temporária (classe I e II)
 Granulação grossa (45μm)
 Tipo III: forramento ou base e selamento de cicatrículas e fissuras
 Granulação média (25-35μm)

QUANTO A COMPOSIÇÃO QUÍMICA

1. Reforçados por metal (desuso)


2. Convencionais
3. Modificados por resina Utilizados

CARACTERÍSTICAS

 Liberação de flúor
 Adesão ao dente
 Biocompatibilidade
 Curto tempo de trabalho
 Longo tempo de presa (24h presa final)
 Alta solubilidade

1. Cimentos de ionômero de vidro reforçados por metal:


 Liquido: semelhante aos dos ionômeros convencionais
 Pó: composto de mistura do pó convencional com partículas de liga de
amálgama ou partículas de prata sinterizadas com as partículas de vidro
 Características:
 Maior radiopacidade
 Menor liberação de flúor
 Baia adesividade
2. Cimentos de ionômero de vidro modificados por resina
 Adição de HEMA (presa química)
 Adição de radicais iniciadores (presa física pela ativação da luz
fotoativada)
 Ativação química e/ou foto ativação
 Vantagens:
 maior resistência
 menor tempo de presa
 melhor estética
 menor solubilidade
 fácil manipulação
 menor sensibilidade à umidade
 Desvantagens
 Contração de polimerização
 Alto coeficiente de expansão térmica
 Reação de presa
 Fase de deslocamento de íons (inicial, inserção do material na cavidade)
 Fase de formação da matriz de poliácido
 Fase de formação do gel de sílica e incorporação da matriz
 Ionômeros modificados por resina
1. Quimicamente ativados = dupla presa (Reação ácido/base do
ionômero + parte resinosa é quimicamente ativada)
2. Fotoativados = dupla presa (Reação ácido/base do ionômero +
parte resinosa é foto ativada)
3. Sistema Dual = presa tripla (Reação ácido/base + reação
quimicamente ativada da porção resinosa + reação fotoativada da
porção resinosa)

MANIPULAÇÃO

 Preparo da superfície (condicionamento do dente)


 Ácido poliacrílico (~10-20%)
10 a 20seg
 Ácido fosfórico (~34-37%)
 O condicionamento da dentina aumenta a resistência de união entre o
dente e material após 24h.
 O adesivo deve ser aplicado sobre dentina e esmalte
 Proporção pó/líquido
 Pouco pó:
 Mistura fluida
 Maior solubilidade
 Menor resistência à abrasão
 Muito pó:
 menor translucidez
 menor tempo de trabalho
 menor adesividade
 Passo a Passo
PÓ/LIQUIDO
1. Agitar o frasco antes do uso para garantir que o pó fique homogêneo.
2. Dispensar a medida indicada na bula em um bloco de papel ou placa de
vidro, removendo o excesso da colher dosadora.
3. Colocar o frasco na vertical em 90° com a superfície para garantir que a
gota dispensada não contenha bolha.
4. Dividir o pó em duas partes.
5. Incorporar o pó ao líquido ocupando a menor área possível da superfície,
para evitar perda do material. Seguir o tempo de manipulação e trabalho
descritos na bula.

CÁPSULA PRÉ-DOSADA

1. Ativar a cápsula pressionando sua parte inferior


2. Agitar no misturador operando a 4000 rpm respeitando o tempo
recomendado pelo fabricante
3. Colocar na pistola de aplicação para uso imediato em boca.
 Controle da umidade (para evitar)
 Sinérse (fissuras e rachaduras)
 Embebição (maior solubilidade)
 Tempo de mistura = 30 segundos
 Tempos de presa
 Inicial= 7min
 Final = 24h
 Considerações durante a manipulação
1. Preparar a superfície dentária
2. Agitar o frasco do pó antes da utilização
3. Manter o frasco do líquido na posição vertical
4. Dispensar a primeira gota do líquido
5. Colocar o material na placa imediatamente antes do início da mistura
6. do material
7. Refrigerar a placa acima do ponto de orvalho
8. Inserir o cimento na cavidade antes que ocorra a perda do brilho
9. Evitar contato com água antes da presa do material
10. Proteger o material com verniz

PROPRIEDADES

1. Adesão
 Quelação (ligação reversível de um quelato a um íon) dos grupos
carboxílicos com o cálcio
 Adesão no esmalte é maior que na dentina
2. Liberação de flúor
 Potencial anticariogênico
 Inibição da desmineralização
 Resistência do esmalte aos ácidos
 Equilíbrio desmineralização/remineralização
 Inibição do metabolismo dos microrganismos (somente alguns trabalhos
afirmam)

3. Biocompatibilidade
 Biocompatibilidade moderada
 Cimentos de ionômero de vidro são mais biocompatíveis que os
cimentos de fosfato de zinco
 Ionômeros usados para cimentação são mais agressivos que os
restauradores
 Potencial irritante em cavidades profundas (0,5mm de dentina)
 Fatores que favorecem a biocompatibilidade
1. o ácido poliacrílico é um ácido fraco
2. os poliácidos tem difusão dificultada
3. o ácido poliacrílico é rapidamente precipitado pelos íons de
cálcio na dentina
4. capacidade de diminuir a penetração bacteriana (por conta do
baixo pH
5. liberação de flúor
6. baixo pH inicial
7. união química
8. liberação de cátions
4. coeficiente de expansão térmica
 próximo ao das estruturas dentárias nos ionômeros convencionais
 contribui para o vedamento marginal
5. resistência
 resistência à compressão e à tração
 resistência total = após presa final
 baixa resistência
 fatores que afetam a resistência
1. proporção pó/liquido
2. forma e tempo de aglutinação
 maior tempo de mistura = menor resistência
3. forma de inserção na cavidade
 inserção incremental = menor resistência
 inserção em incremento único
4. proteção contra o contato com água
 contato com água: ganho ou perda de água = menor
resistência
5. solubilidade
 os cimentos de ionômero de vidro apresentam alto grau de
solubilidade e desintegração ao meio bucal
 essa solubilidade é maior nas primeiras 24h por isso deve-
se fazer a proteção com verniz

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