Prova Eaf 2005
Prova Eaf 2005
Prova Eaf 2005
9 questões
Duração máxima da prova: 5 horas
1. É bem conhecido que a maioria das estrelas formam sistemas binários. Um tipo de sistema binário
consiste numa estrela ordinária de massa m0 e raio R, e uma estrela de nêutrons, de massa M
maior, mas mais compacta, que rodam em torno de um centro comum. Em todo o problema
ignore o movimento da Terra. Observações astronômicas destes sistemas binários revelaram as
seguintes informações:
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Figura 2: Vista dos cilindros (anodo e catodo) e da orientação do campo magnético.
L − keBr2 (1)
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circular do feixe LASER é muito menor do que R. Quer o hemisfério de vidro, quer o feixe LASER,
são axialmente simétricos com o eixo z.
O hemisfério de vidro não absorve a luz LASER. A sua superfı́cie foi revestida com uma camada
fina de material transparente pelo que as reflexões da luz ao entrar e sair do hemisfério de vidro são
desprezı́veis. O caminho óptico percorrido pelo feixe LASER ao atravessar a camada superficial
não-refletora também é desprezı́vel.
Determinar a potência do LASER, P , necessária para equilibrar o peso do hemisfério de vidro,
desprezando termos de ordem (δ/R)3 ou superior. Sugestão: utilize a aproximação
θ2
cos θ ≈ 1 − (2)
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quando θ, dado em radianos, é muito menor que 1.
4. Considere um prisma hexagonal regular sólido, longo e rı́gido, como um lápis comum (Figura
4). A massa do prisma é M e está uniformemente distribuı́da. O comprimento do lado da base
hexagonal é a. O momento de inércia I do prisma hexagonal em torno do seu eixo de simetria
longitudinal é:
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I = M a2 (3)
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O momento de inércia I 0 em torno de uma aresta do prisma é:
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I0 = M a2 (4)
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O prisma encontra-se inicialmente em repouso, com o seu eixo na posição horizontal, sobre um
plano inclinado que faz um ângulo θ com a horizontal (Figura 5). Considere que as faces do
prisma são ligeiramente côncavas pelo que o prisma apenas toca o plano nas arestas. O efeito
destas concavidades no momento de inércia pode ser ignorado. É dado um empurrão ao prisma
pondo-o a rolar, descendo o plano inclinado “rolando aos solavancos”, havendo em cada instante
uma só aresta em contacto com o plano. Considere que o atrito evita o escorregamento do prisma
e que este não deixa nunca o contato com o plano. A velocidade angular imediatamen te antes de
uma dada aresta tocar o plano é wi e a velocidade angular imediatamente após o impacto é wf .
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Figura 4: Um prisma regular cuja base é um hexágono.
Kf = rKi (6)
5. O satélite possui uma velocidade em B de 3200m/s na direção indicada, paralela ao eixo x (ver
Figura 6). Determine o ângulo β que localiza o ponto C de impacto com a Terra. Nesta questão,
utilize g0 = 9,825 m/s2 como sendo o valor da aceleração da gravidade na superfı́cie na Terra.
Adote, ainda, R = 6371 km.
6. Uma corda uniforme de massa M e comprimento L (Figura 7) passa por um pino sem atrito e de
raio muito pequeno. No inı́cio do movimento, BC = b. Mostre que a aceleração e a velocidade,
quando BC = 2L/3 são:
g
a= (7)
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s µ ¶
2g 8 2
v= L + 2bL − b2 (8)
L 3
7. Um tubo horizontal, rı́gido, cilı́ndrico, de seção reta interna circulare uniforme, gira em torno de
um eixo vertical, ∆, fixo em relação à Terra (suposta, ela mesma, um referencial inercial), e uma
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Figura 6: Colisão do Satélite com a Terra .
pequena esfera metálica, de massa m e diâmetro igual ao da seção reta interna do tubo, pode se
mover sem atrito no seu interior. O movimento de rotação do tubo (relativo à Terra) é uniforme,
sendo igual a ω a sua velocidade angular, e inicialmente a esferazinha está colada ao tubo, num
ponto situado a uma distância h do eixo ∆, mas num certo instante a esferazinha desloca-se do
tubo e passa a se mover no seu interior. Calcule:
(a) a norma (=módulo) da sua velocidade, relativa à Terra, no instante em que ela estiver
passando no ponto do tubo situado a uma distância igual a 5h do eixo ∆.
(b) a norma da força que ela estará exercendo sobre o tubo, no instante mencionado no item
anterior.
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órbita de raio rn é dada por:
e2
vn = (9)
2²0 hn
9. A Figura 9 representa o aparelho construı́do por Möllenstedt e Düker nos anos cinquenta, com
o objetivo de demonstrar que os elétrons além de partı́culas também se comportam como ondas.
Este aparelho é constituı́do basicamente por três placas planas carregadas, com um comprimento
L, que criam campos elétricos uniformes de módulo E nos espaços entre elas, como mostra a
Figura. Pela esquerda das placas (região 1) incide um feixe colimado de elétrons, com uma
velocidade vx paralela às placas.
(a) Calcule a componente transversal vy da velocidade dos elétrons ao saı́rem das placas (região
2). Dados: L = 5,0 mm; E = 570 V/m ; vx = 1,24×108 m/s; e = 1,60×10−19 C; me =
9,11×10−31 kg. Não é necessário o cálculo relativı́stico.
(b) O feixe de elétrons na região 1 pode ser considerado como uma onda plana. Sendo A a sua
amplitude e kx o número de onda (kx = 2π /λ1 , sendo λ1 o comprimento de onda associado
e p = hk/(2π) ) esta onda pode ser expressa num dado instante, t = 0, da seguinte forma:
Na região 2 as duas ondas planas associadas aos elétrons desviados entre as placas sobrepõem-
se. Dessa forma, em t = 0 a onda resultante pode ser expressa como: