VIVEIROS E INSTALAÇÕES PARA

PRODUÇÃO DE MUDAS
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PRODUÇÃO DE MUDAS
• VIVEIRO:
• - é a área destinada a produção de mudas – com todas
as suas atividades.
• - os viveiros podem ser classificados quanto a sua
duração em permanentes e temporários. Os
permanentes são os que tem caráter fixo e a produção
se prolonga por vários anos. Entretanto, se o plantio
for feito no solo, lembrar que não se deve usar a
mesma área por mais de 2 anos para o mesmo tipo de
planta – fazer uma rotação. Os viveiros temporários
são usados por pouco tempo – e não são comuns.
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PRODUÇÃO DE MUDAS
• A muda é o insumo mais importante na implantação
de um pomar.
• Mudas produzidas com qualidade irão originar um
pomar de qualidade, com plantas produtivas e
rentáveis.
• Nesse processo de produção de mudas, muitos
cuidados devem ser tomados, desde a escolha da
planta matriz até a comercialização da muda.
• Por isso, a área de produção deve ter uma infra
estrutura adequada para que se tenha uma atividade
eficiente e economicamente viável.
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• - Quanto a proteção do sistema radicular, os viveiros
podem ser classificados em viveiros com mudas de
raiz nua e viveiros com mudas em recipientes.
• - os viveiros com mudas em raiz nua são aqueles
feitos no solo, em área de solo profundo (pelo menos
1 metro) e bem manejado para que se possa fazer a
retirada das mudas com raiz nua, ou com um pequeno
torrão. Nesse tipo de viveiro são feitos canteiros,
delimitados por carreadores, por onde transitam
veículos.
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PRODUÇÃO DE MUDAS
• - os viveiros para a produção de mudas em recipientes
necessitam de área menor, e são mais versáteis – pois
a mesma área pode ser usada por muito mais tempo
que o outro, desde que o substrato venha sem pragas
ou doenças, ou sementes de plantas daninhas.
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• LOCALIZAÇÃO DO VIVEIRO:
• O local onde se instalará o viveiro é muito
importante, deve se levar em consideração alguns
aspectos:
• a) Facilidade de acesso: o viveiro deve ter acesso fácil
para os compradores de mudas, pois isso favorece a
comercialização. As estradas devem estar em boas
condições para veículos grandes também para
facilitar o transporte das mudas. Entretanto, o viveiro
não deve estar muito próximo a estradas públicas,
para que se possa reduzir o risco de infestações das
mudas.
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• b) Suprimento de água: a água é essencial para o
viveiro. Deve-se calcular quanto será necessário para
a irrigação, os tratamentos fitossanitários, etc. A
localização próxima de fontes de água, o desnível do
terreno são importantes, pois se pode reduzir os
gastos com encanamentos e bombas.
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• c) Distância da área de plantio: é aconselhável que o
viveiro esteja na mesma região dos pomares, para
reduzir o tempo de transporte das mudas e perdas
devido a grandes movimentações, mas uma certa
distância deve ser respeitada, para evitar
contaminações por vetores aéreos de viroses ou
vetores de solo, como os nematóides.
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• d) Ocorrência de invasoras: o terreno para o viveiro
não pode conter certos tipos de plantas daninhas, pois
algumas delas, se estiverem contaminando as mudas,
essas terão a sua comercialização proibida. As
principais são a grama seda e a tiririca. Além disso,
deve-se fazer sempre inspeções para ir eliminando
outras possíveis infestantes.
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• e) Facilidade de obtenção de mão de obra: esse tem
sido um ponto de estrangulamento dos viveiros.
Como eles precisam de mão de obra constantemente,
seja para semeadura, plantio, tratos culturais, controle
de pragas ou doenças, seria aconselhável que se
dispusesse de mão de obra perto da propriedade. Isso
não é fácil de se conseguir, nem perto nem longe da
propriedade!!!!
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• f) Declividade da área: é recomendável que a área
tenha pouca declividade, ou com relevo suave
ondulado. Não é recomendado que o viveiro esteja
em um terreno plano, pois pode acumular água de
chuva ou de irrigação, lembrando que os canteiros
devem estar em sentido perpendicular a
movimentação de água, para reduzir os riscos de
erosão.
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• g) Aspectos físicos do solo: o ideal é que os solos
para os viveiros sejam profundos e medianamente
arenosos. Como nem sempre isso é possível, procurar
um terreno que tenha as melhores condições físicas
possíveis. Lembrar que solos argilosos dificultam a
mecanização e o desenvolvimento das raízes. Os
solos devem ter um boa aeração e capacidade de
drenagem, não sendo passíveis de inundação – risco
de podridões radiculares.
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• h) Aspectos químicos do solo: embora as condições
químicas do solo possam ser alteradas, deve-se
procurar terrenos que tenham boa fertilidade natural e
um bom teor de matéria orgânica.
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• i) Aspectos biológicos do solo: solos que tem matéria
orgânica tem mais microrganismos e são mais ativos.
Isso pode favorecer o desenvolvimento das mudas.
Entretanto, deve-se procurar áreas sem nematóides,
insetos de solo e fungos e bactérias patogênicas, pois
o tratamento para desinfestação de solo é de alto
custo e sacrifica a vida microbiana.
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• j) Cultivos anteriores: o viveiro deve ser instalado em
áreas que não tenham sido pomar por pelo menos 5
anos. Quando se utilizam áreas que eram de mata ou
de outras plantas perenes, deve ser feita a destoca
pelo menos 2 anos antes da implantação do viveiro,
plantando-se gramíneas anuais até a implantação do
viveiro.
• Algumas plantas frutíferas liberam no solo algumas
fitotoxinas, como: juglone da noz pecã, floridzina da
macieira, prunasina do pessegueiro e amigdalina da
ameixeira.
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• l) Aspectos climáticos: entre os fatores mais
limitantes estão a temperatura, a luz e a ocorrência de
ventos. Em relação a temperatura, o viveiro não deve
estar localizado em áreas sujeitas a geadas.
Temperaturas médias mais elevadas facilitam a
produção de mudas em menor tempo. Por exemplo:
em São Paulo, a produção de mudas cítricas é feita
em 24 meses. No Rio Grande do Sul ela leva até 36
meses. A exposição à luz é fundamental, e a face
Norte é melhor. Ventos fortes podem quebrar o local
de enxertia.
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• INSTALAÇÕES:
• - as instalações dependem de muitos fatores, como a
espécie que vai ser propagada, a quantidade de mudas
e o poder aquisitivo do viveirista.
• Basicamente, o viveiro deve ter:
• - um escritório,
• - um depósito para armazenar equipamentos e
ferramentas,
• - um depósito para produtos químicos, um estrutura
de telado para manutenção das plantas matrizes,
aclimatação das mudas,
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PRODUÇÃO DE MUDAS
• - estufa ou casa de vegetação, parcialmente ou
totalmente coberta,
• - estufins – que são pequenas estufas e são
normalmente usados para produção de mudas de
semente ou enraizamento de estacas semilenhosas.
 RECIPIENTES

• Recipientes são todos os materiais que são destinados

a acondicionar o substrato durante a produção de
mudas.
• O uso de recipientes tem diversas vantagens na
produção de mudas frutíferas:
• a) quando associado ao uso de telados ou estufas,
permite o cultivo em qualquer condição climática;
• b) redução do uso de tratores e carretas na área do
viveiro;
 RECIPIENTES

• c) redução do tempo necessário para a produção de

mudas – no caso de cítricos, no sistema de sementeira
são necessários de 18 a 24 meses para a produção das
mudas. Com o uso de bandejas ou tubetes, são
necessários 12 a 15 meses;
• d) redução da competição entre as mudas;
• e) redução da área necessária para o viveiro;
• f) proteção do sistema radicular contra danos
mecânicos e desidratação;
 RECIPIENTES

• g) proteção da muda contra doenças e pragas de solo,

e facilita quando é necessário a prática de
esterilização do substrato;
• h) aumenta a facilidade no transporte das mudas;
• i) reduz o estress no momento do transplante.
 RECIPIENTES

• Na produção de mudas em recipientes, 3 aspectos são

essenciais:
• 1) manutenção da umidade – principalmente em
recipientes pequenos;
• 2) adubação, pois o substrato vai ser rapidamente
esgotado;
• 3) a limitação ao desenvolvimento radicular deve ser
sempre observada, pois o recipiente não deve ser
obstáculo para o crescimento das raízes e
consequentemente para o crescimento da muda.
 RECIPIENTES

• Um bom recipiente deve ter as seguintes

características:
• - boa resistência para suportar a pressão devido ao
peso do substrato e da planta;
• - permitir que a planta tenha um bom
desenvolvimento inicial;
• - acondicionar o volume adequado de substrato;
• - possuir bom sistema de drenagem;
• - permitir boa retenção de umidade;
 RECIPIENTES

• - permitir boa retenção do substrato;

• - ter durabilidade ao ponto de resistir durante todo o
processo de produção da muda;
• - ser de fácil manejo quando da transferência (leveza
e resistência);
• - ter baixo custo de aquisição;
• - ser reutilizável ou construído de material facilmente
reciclável.
 RECIPIENTES

• Tipos de recipientes:
• - podem ser usados: sacos plásticos, tubetes, bandejas
plásticas ou de isopor, “containers” ou citropotes.

• Na propagação por sementes, são mais usados os

sacos plásticos, as bandejas e os tubetes.
• Na propagação por estacas, são mais comuns os sacos
plásticos.
• BIBLIOGRAFIAS:
• - Hoffmann,A.; Chalfun, N. N.J.; Antunes, L.E.C.;
Ramos, J.D.; Pasqual, M.; Rezende e Silva, C.R.
Propagação de plantas frutíferas. Lavras, MG. , 319
p. 2006.
• - Laera, L.H.; Castello, J.N. Fruticultura prática.
Editora Tecnoprint S.A.
• - Nachtigal, J.C.; Fachinello, J.C.; Kersten, E.
Fruticultura: fundamentos e prática. Cpact.
EMBRAPA.
• - Revista Informe Agropecuário. Vol. 23, no. 116,
2002.