Crime Doloso Ou Culposo
Crime Doloso Ou Culposo
Crime Doloso Ou Culposo
Espécies de Conduta
- PREVISÃO LEGAL
Crime doloso
- Conceito de dolo
- Elementos do dolo
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Liberdade não é elemento do dolo, sendo mais uma prova de que o fato de ser livre ou
não ser livre não pertence ao dolo.
Obs: Dolo não se confunde com desejo. No dolo, o agente quer o resultado delitivo
como consequência de sua própria conduta. No desejo, quer-se o resultado delitivo como
consequência de conduta alheia (ou exemplo alheio)”.Ex: se eu te dou um tiro e quero te matar,
isso é dolo. Mas se eu fico torcendo para você ser morto na rua por outra pessoa, isso é desejo.
- Teorias do dolo:
1) Teoria da Vontade: Essa teoria diz que dolo é a vontade consciente de praticar a conduta
prevista em lei como crime, de praticar a infração penal.
Crítica: Quando ela diz que dolo existe sempre que alguém, prevendo o resultado
morte como possível, continua agindo, ela está jogando no mesmo saco dolo eventual e culpa
consciente. Essa teoria mistura dolo eventual com culpa consciente. Dá ao dolo o mesmo conceito
de culpa consciente.
3) Teoria do consentimento ou assentimento: vai corrigir a teoria passada, repetindo a sua lição,
mas acrescentando uma correção.
Com essa parte final não corre o risco de abranger a culpa consciente.
O Brasil adota a teoria da vontade para o dolo direto e a teoria do consentimento ou
do assentimento para o dolo eventual.
- PREVISÃO LEGAL
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Art. 18, II, do CP:
Crime culposo
É a conduta voluntária que produz um resultado não querido ou aceito pelo agente,
mas que foi por ele previsto (culpa consciente) ou lhe era previsível (culpa inconsciente), e que
podia ser evitado se o agente atuasse com cuidado.
O Código Penal Militar no art. 33, II, traz conceito mais completo de crime culposo:
a) Conduta;
b) Violação de um dever de cuidado objetivo: ocorre quando o agente viola um dever de cuidado
imposto a todos, atua em desacordo com o que esperado pela sociedade e pela lei.
- Imprudência: é a ação descuidada (afoiteza). Sempre por ação. Ex: atravessar pela
placa “Pare” sem parar e acabar atropelando alguém; passar sinal vermelho etc.
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- Negligência: é a falta de precaução, falta de cautela. Sempre por omissão. Ex:
omissão de cautela e deixa arma ao alcance de crianças.
c) Resultado: todo crime culposo produz resultado naturalístico. Assim, sempre será crime
material, pois depende de resultado naturalístico para sua consumação.
d) Nexo causal entre a conduta e o resultado: a conduta imprudente, negligente ou imperita tem
de ser a causa do resultado.
Assim, a espécie de crime culposo que tem previsão é a culpa consciente. A culpa
consciente, mais do que previsibilidade, tem previsão, já que o agente efetivamente conhece o
perigo.
f) Tipicidade: para que o agente responda por crime culposo é necessário a previsão expressa em
lei da forma culposa, sob pena de só poder ser praticado dolosamente.
Art. 18, Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido
por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.
Assim, no silêncio, o crime é punido a título de dolo. Quando o legislador quiser punir a
forma culposa, ele o fará expressamente. Ex: há homicídio e LC doloso, pois o CP (arts. 121, §3º e
129, §6º) traz expressamente a forma culposa. Furto não pode ser praticado culposamente, pois
não tem forma culposa.
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Crime culposo não ofende o princípio da legalidade, pois, apesar de ser um tipo
abertos (exige um complemento valorativo a ser dado pelo juiz, segundo o caso concreto), contém
um mínimo de determinação legal.
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