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ALT ENG On VP 008-18 - Exigências Mínimas para Socaria de Via

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Nº 008/2018

ALERTA – VIA PERMANENTE 14/11/2018

CONDIÇÕES MÍNIMAS PARA EXECUÇÃO DE SOCARIA DE VIA

PÚBLICO: Este alerta será de obrigatória divulgação para todas as equipes de Via Permanente,
Mecanização, Projetos, PCM Via, Engenharia de Via, CCO Via e Despachadores.

OBJETIVO: Definir condições mínimas para trabalhos de socaria mecanizada, através dos documentos de
referência da Rumo.

DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA:
• ENG-ETS-M031 – Operação da Cabine Frontal de Socadora – Operador de Máquina II;
• ENG-ETS-E003 – Limites Geométricos de Segurança da Superestrutura;
• ENG-ETS-E007 – Valores de Superelevação para Curvas;
• ENG-ETS-D003 – Caracterização de Dormentes Inservíveis (“Clusters”);
• ENG-ETS-D005 – Condições Mínimas de Lastreamento da Via Permanente.

DESCRIÇÃO:
Todos os envolvidos nos serviços de socaria mecanizada de linha, deverão ter conhecimento prévio dos
Documentos de Referência acima e terem sido homologados nos treinamentos de Geometria.
Condição dos Dormentes:
O procedimento ENG-ETS-D003 – Caracterização de Dormentes Inservíveis (“Clusters”) define como será
caracterizado um dormente inservível e o número máximo permitido – dentro de 10 metros, ou
sequencialmente; conforme abaixo:

Figura 1: Tabela do ENG-ETS-D003

Não poderá ser executado socaria mecanizada se não for possível atender a tabela acima. Também deverá
ser obedecido o número máximo de dormentes inservíveis sequenciais:

Figura 2: Parágrafo do ETS-ENG-D003, sobre quantidade máxima de dormentes inservíveis de forma sequencial
Deve-se atentar também para a condição da dormentação das juntas, sendo obrigatório pelo menos um
dormente em bom estado, conforme figura abaixo.

Figura 3: Desenho do ETS-ENG-D003, sobre dormentes inservíveis em juntas.

Caso os dormentes não apresentem as condições acima referidas, a socaria não deverá ser realizada.

Figura 4:Extraído do ETS-ENG-D003

Mesmo os dormentes estamdo bons, deve-se verificar as condições das fixações, sendo que o número
delas inservíveis será o mesmo dos dormentes. Será considerado como fixações inservíveis: falta de grampo
ou tirefond, fixações altas e quebradas. É importante após o serviço de socaria e reguladora, a passagem da
vassoura da reguladora, para uma inspeção visual na extensão total do serviço para verificar se o serviço não
prejudicou as fixações e os dormentes.

Condição da Via:
Não será permitida a execução de socaria com trilhos, dormentes e materiais metálicos na projeção do
trabalho da socadora e reguladora. Em situações emergenciais caberá aos operadores essa decisão.
Mesmo numa linha visualmente sem material depositado, é primordial uma pré-inspeção na extensão do
serviço. Atentar principalmente para trilhos, talas e placas que possam estar encobertos na linha.

Condição do Lastro:
Quanto melhor a condição do lastro, melhor e mais duradouro será o trabalho da equipe de socaria; por
isso, a condição do lastro será dividido em 4 situações: lastro limpo, lastro com finos, lastro contaminado e
lastro com bolsão.
As duas primeiras situações, lastro limpo e com finos, poderá ser socado sem qualquer restrição ou
necessidade especial.
A socaria de lastro contaminado (sem a presença de água) poderá ser executada quando o intuito for dar
um levante na linha, prevendo levantes maiores com no mínimo duas passagens.
A socaria de lastro com presença de água (bolsão) é proibida, a não ser em recuperação de trechos
acidentados com prévia autorização de um Coordenador ou Gerente por escrito.
Figura 5:Lastro com presença de água e contaminação não deverá ser socado.

Quantidade de lastro:

Conforme ENG-ETS-D005 – Condições Mínimas de Lastreamento da Via Permanente, as vias deverão ter
ombro mínimo, conforme a tabela abaixo:

Figura 6: Tabela de Ombro Mínimo do ENG-ETS-D005.

As equipes de Via e PCM deverão prever descarga de pedra suficiente para que após a socaria os limites
da tabela acima sejam cumpridos. O limite mínimo de ombro para entrega do serviço, conforme
procedimento ENG-ETS-M031 – Operação da Cabine Frontal de Socadora – Operador de Máquina II é de no
mínimo de 20 cm de ombro. Caso o operador da máquina entenda que após a socaria não conseguirá deixar
o ombro mínimo de 20 cm no local trabalhado, o mesmo não deverá iniciar o serviço.
A altura mínima de lastro será de 20 cm para dormente de madeira, 27 cm para dormente de aço e 25 cm
para dormente de concreto.

Temperatura de Trabalho:

O serviço de socaria só poderá ser executado conforme as temperaturas abaixo definidas pelo
procedimento ENG-ETS-M031 – Operação da Cabine Frontal de Socadora – Operador de Máquina II.
Figura 7: Imagem do procedimento ENG-ETS-M031 - Definições de Temperatura de Trabalho.

Na Ferronorte por se tratar de trecho com dormentes de concreto, até novos estudos, será permitido a
temperatura máxima de serviço de até 60°C.
Só será permitido trabalhos fora desses limites em casos de recuperação de acidentes, ou em serviços
com intervalos pré acertados com PCM e Engenharia de Via.

Parâmetros de Alinhamento e Nivelamento:

Todos os operadores deverão seguir fielmente o procedimento ENG-ETS-M031 – Operação da Cabine


Frontal de Socadora – Operador de Máquina II e o ENG-ETS-E007 – Valores de Superelevação para Curvas
para definição dos parâmetros de execução.
Atentar para situações onde seja necessária a execução de grandes levantes ou puxamentos, nestes casos
deve-se garantir um bom cobrimento de pedra nessas regiões.
Atenção especial deverá ser tomada em serviços de socaria com utilização do método relativo, pois a
somatória dos puxamentos deverá ser próxima de “ZERO”. No caso de valores negativos será necessário a
realização de alívio de tensão no equipamento trabalhado; esta deverá ser feita na maior brevidade possível.

Solicitamos a divulgação imediata para todas as equipes envolvidas nesta atividade.

Engenharia de Via Permanente

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